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Questões de Direito Privado

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SEMANA 1

SEMANA 1Caso Concreto 01 -Tema: Conflito de leis no espaoGonzales, argentino com 20 anos de idade, residente e domiciliado em Buenos Aires, interessou-se em adquirir um apartamento situado na orla de Florianpolis, imvel que pertence ao cidado brasileiro Marcos. No momento da concretizao do negcio, Marcos conhecedor da lei argentina, que prev a maioridade civil aos 21 anos, questionou ao tabelio se Gonzales seria civilmente capaz para o ato, recebendo resposta positiva, pois a compra e venda seria realizada no Brasil e, assim, estaria sujeita lei brasileira. Voc, advogado(da) que acompanhava a transao na defesa dos interesses de Marcos, como se pronunciaria sobre a resposta dada pelo tabelio? Estaria ela correta?Gabarito caso 1Segundo o art. 7 da Lei de Introduo ao Cdigo Civil, o pas em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre a capacidade. Assim, o domiclio o elemento de conexo para o estatuto pessoal. Logo, errada est a resposta dada pelo tabelio, uma vez que se o comprador domiciliado na Argentina, no conflito de leis no espao relativo capacidade, aplica-se a lei argentina, e no a lei brasileira, mesmo tendo sido o ato constitudo no Brasil.Questo Objetiva 11)Sobre o direito internacional privado pode-se afirmar: (XI CONCURSO JUIZ FEDERAL 2006 1 REGIO)a) Direito internacional privado trata basicamente das relaes humanas vinculadas a sistemas jurdicos autnomos e convergentes;b) Direito uniforme espontneo resulta de esforo comum de dois ou mais Estados no sentido de uniformizar certas instituies jurdicas;c) O direito internacional uniformizado fruto de entendimento entre Estados e que se concentram nas atividades econmicas de natureza internacional;d) A uniformizao de normas disciplinadoras de comrcio internacional realizada por meios de acordos bilaterais, multilaterais, tratados e convenes, at onde isto seja aceitvel para os pases interessados.Gabarito Questo Objetiva 1O direito uniforme constitudo por regras idnticas e designativas do direito aplicvel em mais de um Estado. O Direito Internacional Uniforme tem como instrumento jurdico o Tratado Internacional.Os tratados podem ser multilaterais (Convenes) ou bilaterais, estes ltimos so minoritrios. Na prtica proliferam as Convenes Internacionais.As convenes internacionais podem ser abertas ou fechadas, conforme possam ou no a ela aderir Estados terceiros no participantes das conferncias especializadas que as elaboram.As Convenes abertas (lois uniformes), com efeitoerga omnes,substituem as normas de direito internacional de origem interna e so aplicveis frente a todos os Estados, inclusive os no vinculados Conveno, ou seja, aqueles no signatrios.Ainda nos parece distante a uniformizao do Dipri., pois as diferenas raciais, culturais e religiosas impedem a criao de regras comuns aos Estados que compe a comunidade internacional, exceto no que concerne s normas de comercio e finanas, matrias passveis de uniformizao pelo direito internacional privado.Questo Objetiva 2Um testamento celebrado na Itlia, segundo a lei italiana, visto de Consulado do Brasil em Roma e devidamente traduzido para o vernculo, ter eficcia no Brasil para execuo, desde que: (31 Exame da OAB)a) Seja homologado pelo Supremo Tribunal Federal;b) Seja ratificado pelo Congresso Nacional;c) No ofenda soberania, ordem Pblica e aos Bons Costumes nacionais;d) Amparado por protocolos junto ao Ministrio das Relaes Exteriores.Gabarito Questo Objetiva 2A lei brasileira prev que as leis, atos e sentenas de outro pas, bem como quaisquer declaraes de vontade, no tero eficcia no Brasil somente se ofenderem a ordem pblica, a soberania nacional e os bons costumes (art. 17, da LICC). Logo, como o caso em tela no diz respeito sentena proferida no exterior, bem como no existe ofensa ao direito nacional, no h necessidade de homologao a ser realizada no STJ.Questo Objetiva 3Dimitri, cidado grego, residente e domiciliado no Rio de Janeiro, conhece Anastcia em uma festividade da colnia grega em So Paulo, tambm grega e residente na capital paulista. Depois de dois anos de namoro pretendem se casar. Embora a cerimnia seja realizada no Brasil, gostariam que a mesma fosse celebrada em consonncia com as leis da Grcia. Isto seria:1. Impossvel j que no podem ser celebrados no territrio brasileiro casamentos que utilizem a legislao estrangeira;2. Possvel, desde que o juiz de paz fosse um cidado grego;3. Impossvel sem que houvesse autorizao consular brasileira;4. Possvel se realizada a cerimnia na repartio consular ou diplomtica grega no Brasil.Gabarito Questo Objetiva 3Seria possvel realizar o casamento segundo a lei estrangeira, uma vez que ambos os nubentes so da mesma nacionalidade e a cerimnia fosse realizada na repartio consular ou diplomtica da Grcia no Brasil, na forma do art. 7, 2 da LICC.SEMANA 2Caso Concreto 1 Tema: Ato Internacional- RatificaoNo mbito da OIT- Organizao Internacional do Trabalho centenas de pases celebram um tratado determinando que um trabalhador, com jornada de 44 horas por semana, deve receber um salrio de no mnimo 1.000 dlares americanos, baseando-se no princpio da dignidade da pessoa humana. O Brasil assina o tratado, atravs de um agente plenipotencirio e posteriormente o presidente o ratifica, aps a aprovao do Congresso Nacional, via decreto legislativo. Pergunta-se: os trabalhadores brasileiros faro jus ao imediato recebimento do novo salrio mnimo? Explique.Gabarito caso 1No, uma vez que a ratificao de um tratado gera efeitos externos e no internos. Para que possa valer no Brasil, necessrio se faz sua recepo atravs da promulgao e publicao, momento em que ser incorporado no ordenamento jurdico brasileiro e passar a gerar efeitos para todos os trabalhadores nacionais.Questo Objetiva 1No que diz respeito ao MERCOSUL, assinale a opo correta. (34 Exame da OAB)1. O MERCOSUL possui personalidade jurdica de direito internacional.2. vedado ao MERCOSUL celebrar acordos de sede.3. Os idiomas oficiais do MERCOSUL so o espanhol e o portugus, com prevalncia do espanhol em caso de dvida sobre a aplicao ou interpretao dos tratados constitutivos.4. O MERCOSUL ainda no possui um tratado sobre defesa da concorrncia, no obstante os esforos brasileiros para a criao de um instrumento sobre tal matria.Gabarito Questo Objetiva 1Somente as organizaes internacionais, que dispe de personalidade jurdica prpria, podem celebrar tratados e o MERCOSUL uma delas. O MERCOSUL pode estabelecer acordos de sede; no h prevalncia de um idioma oficial sobre o outro e j existe um tratado sobre defesa da concorrncia no mbito do MERCOSUL.Questo Objetiva 2Acerca da temtica dos tratados internacionais, assinale a opo correta: (32 Exame OAB)a) O nico ato que pode consistir na vinculao do Estado ao tratado, no plano internacional, a ratificao.b) A adeso o processo de apreciao do texto do tratado pelos Poderes Legislativos dos Estados.c) A assinatura tem o efeito de autenticar o texto do tratado, aps a sua aprovao ainda no plano internacional.d) A ratificao o ato interno do Poder Executivo na troca ou no depsito dos instrumentos respectivos.Gabarito Questo Objetiva 2Quando um tratado assinado institui-se, segundo o art. 10 da Conveno de Viena sobre Tratados, um protocolo de intenes, autenticando-se o seu texto. A obrigatoriedade de cumprimento, no plano externo, s ocorrer no momento da ratificao, enquanto que sua incorporao, no plano interno, ser feita com a promulgao e publicao.SEMANA 3Caso Concreto 1 Tema: Conflito entre norma interna e internacionalMucio Andrade financiou a compra de um veculo junto ao Banco S Lucro S/A. No contrato de financiamento, o contratante oferece o prprio veculo Instituio Financeira como garantia, alienao fiduciria, ao cumprimento da sua obrigao. Meses depois, Mucio torna-se inadimplente.Aps o vencimento da 3 parcela, o Banco prope ao de busca e apreenso do veculo, a qual distribuda perante a 6 Vara Cvel da Comarca da Capital. O juzo, com fundamento no Decreto 911/69, determina a busca e apreenso liminar do veculo, medida no efetivada pelo oficial de justia, uma vez que o veculo encontra-se em poder de terceiro, do qual no se sabe o paradeiro. Diante de tais fatos, o Banco S Lucro requer ao Juzo a converso do feito em ao de depsito, com a expedio de mandado de entrega do bem. Sem sucesso, requer o Banco a priso civil de Mucio, com fundamento no pargrafo nico do art. 904 do CPC. Diante da ameaa sua liberdade de locomoo, Mucio impetrahabeas corpusalegando que a priso civil do depositrio infiel constitui violao aos direitos humanos, em especial Conveno Americana de Direitos Humanos (art. 7, 7) e ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Polticos (art. 11).A ordem denegada pelo Tribunal de Justia do Rio de Janeiro. Aps os recursos cabveis, o remdio passa a apreciao do STF.Com relao questo dos tratados de Direitos Humanos e o direito interno, responda:1. No Brasil, os tratados internacionais so auto-aplicveis - tm aplicabilidade direta e efeito imediato?2. A legislao ptria dispensa procedimento legislativo diferenciado aos tratados sobre direitos humanos, quando da sua incorporao ao sistema normativo interno?3. Como o STF vem entendendo a questo do conflito entre os tratados sobre direitos humanos e a Constituio Brasileira? Aponte os precedentes.4. Como deveria ser decidida a questo de Mucio pelo Egrgio STF?Gabarito caso 1Apelao 2008.001.26444 TJRJ Des. Lucia Maria Miguel da Silva Lima1. No. O Brasil dualista e assim exige a incorporao dos tratados ordem jurdica interna. (art. 49, I e 84, VII e art. 5, 3 da CRFB)2. Sim. Art. 5, 3 da CRFB.HC 92257-SP e HC 87.585-TO e RE 466.343-SP: Min. Celso MelloDECISE DIVERGENTESRHC 90.759-MG e HC 92.541-PR,INFORMATIVO 450 - Alienao Fiduciria e Depositrio Infiel - 1 (Errata)

Comunicamos que o correto teor da matria referente ao RE 466343/SP, divulgada no Informativo 449, este:O Tribunal iniciou julgamento de recurso extraordinrio no qual se discute a constitucionalidade da priso civil nos casos de alienao fiduciria em garantia (DL 911/69: "Art. 4 Se o bem alienado fiduciariamente no for encontrado ou no se achar na posse do devedor, o credor poder requerer a converso do pedido de busca e apreenso, nos mesmos autos, em ao de depsito, na forma prevista no Captulo II, do Ttulo I, do Livro IV, do Cdigo de Processo Civil."). O Min. Cezar Peluso, relator, negou provimento ao recurso, por entender que o art. 4 do DL 911/69 no pode ser aplicado em todo o seu alcance, por inconstitucionalidade manifesta. Afirmou, inicialmente, que entre os contratos de depsito e de alienao fiduciria em garantia no h afinidade, conexo terica entre dois modelos jurdicos, que permita sua equiparao. Asseverou, tambm, no ser cabvel interpretao extensiva norma do art. 153, 17, da EC 1/69 - que exclui da vedao da priso civil por dvida os casos de depositrio infiel e do responsvel por inadimplemento de obrigao alimentar - nem analogia, sob pena de se aniquilar o direito de liberdade que se ordena proteger sob o comando excepcional. Ressaltou que, lei, s possvel equiparar pessoas ao depositrio com o fim de lhes autorizar a priso civil como meio de compeli-las ao adimplemento de obrigao, quando no se deforme nem deturpe, na situao equiparada, o arqutipo do depsito convencional, em que o sujeito contrai obrigao de custodiar e devolver.RE 466343/SP, rel. Min. Cezar Peluso, 22.11.2006. (RE-466343).Questo Objetiva 11) O Brasil tem a inteno de aderir ao Tratado de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, contudo, o referido rgo prev entre seu rol de penalidades a priso perptua. Assim:1. No haver problemas com o direito interno nacional, uma vez que adotamos a primazia dos tratados sobre a constituio;2. O Brasil dever estabelecer uma reserva ao cumprimento do referido diploma legal, evitando-se a inconstitucionalidade do tratado;3. O tratado no poder ser ratificado pelo Estado Brasileiro, uma vez que possui norma considerada inconstitucional;4. No conflito entre tratado e constituio haver paridade entre ambos, prevalecendo o posterior sobre o anterior.Gabarito Questo Objetiva 1O art. 5, XLVII, b da CF probe a pena de priso perptua, assim ser considerado inconstitucional o tratado que preveja tal penalidade, sujeitando-se o tratado ao controle de constitucionalidade, atravs de uma ao direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, de acordo com o art. 102, II, b da CF.Questo Objetiva 2Havendo um litgio judicial, levado ao STF, em que se discute o conflito entre o direito interno (lei) e o direito internacional (tratado), qual dever prevalecer?1. O STF adotar a paridade entre a lei e o tratado, decidindo pela prevalncia do posterior sobre o anterior, do mais especfico sobre o mais genrico.2. O STF decidir pela superioridade do tratado sobre a lei.3. O STF decidir pela superioridade da lei sobre o tratado.4. O STF remeter a deciso para o STJ, por no ser sua a referida competncia.Gabarito Questo Objetiva 2A jurisprudncia do STF, embora j tenha provocado muitas discusses, atualmente aponta para o monismo moderado, igualando lei e tratado e decidindo pela superioridade do posterior sobre o anterior, do mais especfico sobre o mais genrico.SEMANA 4Caso Concreto 1Tema:Critrios atributivos da nacionalidadeMaria, brasileira, residente e domiciliada em Paris (Frana), casou-se com o francs Jean Pierre. Desta unio nasceu, em Lisboa, Helena. Supondo que a Frana e Portugal adotem o critrio dojus sanguinis,qual seria a nacionalidade de Helena? Responda fundamentando com a legislao adequada.Gabarito caso 1Helena teria dupla nacionalidade, uma vez que ser considerada brasileira nata, uma vez que o art. 12, I, c, da CF/88 contempla sua situao, j que filha de uma brasileira, bastando ser registrada em repartio pblica competente do Brasil no exterior. E tambm ser francesa nata, uma vez que seu pai francs e a Frana ius sanguinis. S no ser considerada portuguesa, pois como Portugal no um pasius solino merecer a referida nacionalidade, mesmo tendo nascido naquele pas.Caso Concreto 2Tema:Critrios atributivos da nacionalidadeFritz, casado com Helga, h cinco anos cnsul da Repblica da Alemanha no Brasil. Ambos so alemes e tm um filho de 4 anos, chamado Hans, nascido em territrio brasileiro. Ante a situao hipottica e considerando que a Repblica da Alemanha adota ojus sanguiniscomo critrio de atribuio da nacionalidade originria, pergunta-se:a) Qual a nacionalidade de Hans?b) Hans tem capacidade para ser titular de direitos e deveres na ordem civil, de acordo com o direito brasileiro?Gabarito caso 2Hans ter a nacionalidade alem e ter capacidade de ser titular de direitos e deveres na ordem civil, pois a redao vigente do art. 1 do Cdigo Civil procurou evitar a diferenciao e possvel afronta ao princpio da igualdade e veio a balizar o princpio da dignidade da pessoa humana preconizado pela Constituio de 88, em seu artigo 1, inciso III.Caso Concreto 3Tema:Critrios atributivos da nacionalidadeMaria, brasileira, residente e domiciliada em Paris (Frana), casou-se com o francs Jean-Pierre. Desta unio nasceu Helena. Supondo que a Frana dote o critrio dojus soliuse sabendo que o Brasil adota tanto o critrio dojus solisquanto o dojus sanguinis, seria Helena aptrida de origem? Responda fundamentando com a legislao adequada.Gabarito caso 3Helena ser poliptrida, pois ter a nacionalidade francesa, j que a Frana adota o critrio de aquisio ius sanguinis e ter a nacionalidade brasileira nos termos do art.12, I, c da Constituio Federal.Questo Objetiva 1Sobre a nacionalidade e a cidadania, assinale a opo verdadeira:(XI CONCURSO JUIZ FEDERAL 2006 1 REGIO)1. A dimenso horizontal a ligao do indivduo com o Estado a que pertence, que lembra a relao de vassalo e suserano, e que contm uma srie de obrigaes do indivduo para com o Estado.2. A cidadania acentua o aspecto internacional, ao distinguir entre nacionais e estrangeiros, enquanto que a nacionalidade valoriza o aspecto nacional.3. A nacionalidade geralmente definida como o vnculo jurdico-poltico que liga o indivduo ao Estado, ou, em outras palavras, o elo entre a pessoa fsica e um determinado Estado.4. A nacionalidade primria ou originria ocorre por via naturalizao, isto , voluntria ou em tempos idos, tambm imposta e, em certos pases, por meio de casamento.Gabarito Questo Objetiva 1Trecho extrado de DOLINGER, Jacob. Direito Internacional Privado, parte geral. 5 edio atualizada. Ed Renovar. P. 137.Questo Objetiva 2No que se refere aos direitos de nacionalidade previstos na Constituio, julgue os seguintes itens.I- O Brasil, como um tpico pas de imigrao, adota exclusivamente o critrio doius soli.II- proibida a distino entre brasileiros natos e naturalizados, salvo os casos previstos na prpria Constituio.III- privativo de brasileiro nato o cargo de ministro da Justia.IV- A Constituio prev que so brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que venham a residir na Repblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.Esto certos apenas os itens:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) IIGabarito Questo Objetiva 2O Brasil adota um sistema misto, os cargos privativos de brasileiro nato so: presidente e vice, presidente da cmara e do senado, ministro do STF, diplomatas e oficiais das foras armadas e ministro da defesa e a opo de nacionalidade s pode ser feita a partir da maioridade.Questo Objetiva 3Com relao nacionalidade, assinale a opo incorreta.a) A Emenda Constitucional n 3/1994 admite a possibilidade de aquisio de nacionalidade por filhos de brasileiro(a), nascidos no exterior, sem que um dos pais esteja a servio do Brasil, desde que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.b) A opo de nacionalidade um ato de jurisdio voluntria de competncia da justia estadual.c) A naturalizao a nica forma de aquisio de nacionalidade por via derivada, segundo a Constituio brasileira.d) A nacionalidade um direito fundamental, assim reconhecido pelo direito internacional, que exorta aos Estados que facilitem a sua aquisio pelos indivduos e que no a retirem arbitrariamente.Gabarito Questo Objetiva 3A opo de nacionalidade um ato de jurisdio voluntria, de competncia de justia federal.SEMANA 5Caso Concreto 1 Tema: Naturalizao Perda da nacionalidadeGeor e Gia, naturais do Brasil, formam uma dupla de vlei de praia com destaque nas competies internacionais, contudo, sem oportunidade de serem convocados para as Olimpadas pela delegao brasileira, j que outras duas duplas obtiveram melhores ndices tcnicos, resolvem voluntariamente naturalizarem-se na Gergia, pas que passaram a representar na referida competio. Os dois atletas mantm a nacionalidade brasileira? Explique sua resposta.Gabarito caso 1No continuam ostentando a nacionalidade brasileira, uma vez que se enquadram nos casos de perda da nacionalidade brasileira, prevista no 4 do art. 12 da CF, ao optarem voluntariamente pela nacionalidade derivada estrangeira, sem que estivessem presentes os requisitos previstos nas letras a e b do inciso II, do 4 do art. 12 da CF.Questo Objetiva 1Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.I. A formulao de pedido de naturalizao, cujo exame pela administrao esteja atrasado, impede a deportao do estrangeiro com visto de permanncia vencido.II. A naturalizao pode ser requerida diretamente na Justia Federal, em procedimento de jurisdio voluntria.III. O processo de naturalizao somente se conclui com a entrega do respectivo certificado ao estrangeiro, privativa de juiz federal.IV. A naturalizao extraordinria ocorre pelo simples implemento do prazo, sendo dispensvel qualquer procedimento administrativo para sua consecuo.a) Est correta apenas a assertiva I.b) Esto corretas apenas as assertivas I e III.c) Esto corretas apenas as assertivas II e IV.d) Esto corretas apenas as assertivas II, III e IV.Gabarito Questo Objetiva 1A naturalizao requerida perante o Ministrio da Justia, sendo um processo de natureza mista. Inicia-se como um processo administrativo, que corre no Ministrio da Justia e termina como um ato de jurisdio voluntria, perante o juiz federal.A naturalizao extraordinria ocorrer quando o estrangeiro resida no pas h mais de 15 anos e no tenha condenao criminal, na forma do art.12 , II, b da CF.Questo Objetiva 2Qual das assertivas abaixo mencionadas discorre de maneira correta sobre o processo de Naturalizao diante do ordenamento jurdico de nosso pas?a)O pedido de naturalizao dirigido a 1 Vara da Justia Federal do domiclio do naturalizado;b)A naturalizao ficar sem efeito, se o certificado no for solicitado pelo naturalizado no prazo de 12 (doze) meses contados da data de publicao do ato, salvo o motivo de fora maior, devidamente comprovado;c)O deferimento do pedido de naturalizao publicado no Dirio Oficial da Unio atravs de Decreto Presidencial;d)A naturalizao extingue a responsabilidade civil ou penal a que o naturalizando estava anteriormente sujeito em qualquer outro pas.Gabarito Questo Objetiva 2O pedido feito ao Ministrio da Justia, seu deferimento publicado no DO por portaria do Ministrio da Justia e a naturalizao no extingue a responsabilidade, civil ou criminal, do naturalizado.Questo Objetiva 3A nacionalidade matria sumamente importante ao Direito Internacional, sendo preceituada no artigo 12 da nossa Constituio Federal. Sobre este instituto podemos afirmar queser declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: (31 Exame da OAB)a)Tiver cancelada sua naturalizao, por ato administrativo, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;b)Adquirir outra nacionalidade originria concedida pela lei estrangeira;c)Adquirir outra nacionalidade em razo de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio ou para o exerccio de direitos civis;d)Tiver cancelada sua naturalizao, por deciso judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.Gabarito Questo Objetiva 3A perda da nacionalidade brasileira se opera em duas situaes: a aquisio de nacionalidade derivada, por ato volitivo, e o cancelamento da naturalizao, quando o brasileiro naturalizado pratica atividade nociva ao interesse nacional.Questo Objetiva 4Joo, angolano, portador do visto temporrio, que est h dois anos trabalhando no Brasil em uma agncia de viagens onde querido por todos, protocola seu pedido de naturalizao junto a Polcia Federal. Pergunta-se, qual das alternativas abaixo aponta a soluo correta para o presente caso:a) O pedido ser deferido porque Joo oriundo de pas que adota a lngua portuguesa como idioma oficial e possui idoneidade moral;b) O pedido ser indeferido porque Joo no possui o visto permanente, condio indispensvel para a concesso do seu pleito;c) O pedido ser indeferido porque necessrio que Joo resida no Brasil h pelo menos quinze anos;d) O pedido ser arquivado porque a Polcia Federal no competente para protocolar e processar o pedido de naturalizao.Gabarito Questo Objetiva 4A naturalizao poder ocorrer quando o estrangeiro reside ininterruptamente no Brasil h mais de 15 anos, sem condenao criminal, ou quando originrio de pas de lngua portuguesa, esteja morando do Brasil h mais de um ano e tenha idoneidade moral. Contudo, em todos os pedidos de naturalizao o requerente dever provar que possui visto permanente, j que o Estatuto do Estrangeiro Lei n. 6.850-80 condiciona sua concesso a esse requisito.SEMANA 6Caso Concreto 1Tema: Ingresso no pasChristian Anders, nacional da Dinamarca decide vir ao Brasil, conhecer o Pao Imperial, no Rio de Janeiro. Para tanto, solicita concesso de visto no Setor Consular da Embaixada brasileira, situado em Copenhague. Aps os trmites de estilo, ele recebe visto de turista. Com alguma dificuldade econmica, adquire as passagens e providencia reserva em hotel. Ao desembarcar no territrio nacional, agentes da imigrao desconfiam de Christian. Resolvem entrevist-lo e percebem que o estrangeiro tem pssimo domnio da lngua portuguesa e no traz consigo dinheiro suficiente para permanecer no Brasil. O desfecho do incidente a denegao de entrada. Christian detido e informado no prprio aeroporto, que voltar no primeiro vo para Dinamarca. Transtornado com o ocorrido e com a perda do investimento feito (passagem, hotel etc.), ele surpreendido por Armando Augusto, advogado recm formado, que assistiu o episdio e resolve ajud-lo, pleiteando medida judicial urgente a fim de evitar tal constrangimento, com base no art. 5, XV, da Constituio Federal. Assiste razo ao nobre advogado? Responda com fundamento na legislao pertinente, na doutrina e nos apontamentos de sala de aula.Gabarito caso 1No assiste razo ao advogado j que o ingresso depender do juzo de oportunidade e convenincia do Poder Pblico local, como tpico ato de sua soberania. O caso trata da hiptese de impedimento, no qual o estrangeiro no conseguiu vencer a barreira imigratria, sendo, do prprio aeroporto, mandado de volta ao pas de procedncia. O Estado pode negar o ingresso do estrangeiro segundo as suas convenincias, que podem ser mais expansivas ou no nos termos dos artigos 26 e 27 da Lei 6815/80 e nos termos dos artigos. 42 e 43 do Anteprojeto da nova lei.Questo Objetiva 1O visto de Turista :a) Exigido para qualquer estrangeiro que pretenda vir morar no Brasil;b) Dispensado, apenas, nacionais integrantes da Comunidade Comum Europia;c) Obrigatrio para quaisquer estrangeiros que pretendam vir temporariamente ao Brasil;d) Todas as afirmativas so falsas.Gabarito Questo Objetiva 1Via de regra, todos os estrangeiros que pretendem vir ao Brasil em viagem de passeio devem antecipadamente providenciar o visto de turista, que ser concedido por no mximo 90 dias, admitindo-se uma nica prorrogao, por igual perodo. Para os pases com os quais o Brasil possui tratado de reciprocidade, o referido visto pode ser dispensado, como o , por exemplo, para os integrantes do MERCOSUL.Questo Objetiva 2Em relao aos vistos consulares correto afirmar:a) o visto consular constitui mera expectativa de direito, podendo a entrada , a estada ou o registro do estrangeiro ser obstado ocorrendo qualquer das hiptese do artigo 7 do Estatutodo estrangeiro, ou a inconvenincia de sua presena no territrio nacional, a critrio do Ministrio da Justia;b) o visto de turista no exigido dos americanos em decorrncia do princpio da reciprocidade de tratamento;c) o visto de cortesia fornecido aos estrangeiros que queiram realizar misso de estudos no Brasil, desde que filho de brasileiro;d) o visto oficial concedido ao estrangeiro que ingressa no Brasil em viagem de negcios, desde que casado com brasileira.Gabarito Questo Objetiva 2O visto de turista exigido dos americanos por seu pas o exige em relao aos brasileiros, o visto temporrio concedido aos que vem estudar no Brasil e tambm para os que esto em viagem de negcios.Questo Objetiva 3 letra dMarque a alternativa incorreta:a) A entrada no territrio nacional far-se- somente pelos locais onde houver fiscalizao dos rgos competentes dos Ministrios da Justia, Fazenda e Sade.b) Os espanhis impedidos de entrar no territrio brasileiro, podero retornar ao Brasil, desde que apresentem a documentao exigida.c) O passaporte um documento de propriedade da Unio, cabendo a seus titulares a posse direta e o uso regular.d) Como forma de incentivo ao turismo e ao setor imobilirio, o estrangeiro que adquirir permanecer no territrio brasileiro.Questo Objetiva 4 letra dCom base na Lei 6.815/80, o estrangeiro natural de pas limtrofe, domiciliado em cidade contgua ao territrio nacional poder, exceto: OAB MG 2008a) Entrar nos Municpios fronteirios a seu respectivo pas, desde que apresente prova de identidade.b) Exercer atividade remunerada nos Municpios fronteirios, desde que apresente documento especial que o identifique e caracterize sua condio, e, ainda, Carteira de Trabalho e Previdncia, quando for o caso.c) Freqentar estabelecimento de ensino naqueles Municpios, desde que apresente documento especial que o identifique e caracterize sua condio, e, ainda, Carteira de Trabalho e Previdncia, quando for o caso.d) Residir no Brasil, no perodo em que estiver estudando e/ou trabalhando nos municpios fronteirios, desde que de posse do documento especial de identificao.SEMANA 7Caso Concreto 1 Tema: RefugiadosOJornal Nacional, da TV Globo, no dia 2 de janeiro de 2001, noticiou que pescadores brasileiros salvaram, no litoral do Rio Grande do Norte, um nacional de Serra Leoa que, por ser clandestino, fora jogado ao mar pelo comandante de um navio de bandeira grega. O africano, Tutu, interrogado na Polcia Federal, disse que fugia dos horrores da guerra civil instaurada no seu Pas, aproveitando a oportunidade para solicitar sua permanncia no Brasil, dada a impossibilidade de retorno a seu pas sem que viesse a correr risco de vida. Na hiptese, haveria alguma medida que pudesse ser tomada pelas autoridades brasileiras no sentido de acolher o pedido de Tutu? Qual seria esta medida? Qual rgo teria competncia para deferi-la? Haveria fundamento legal para o pleito de Tutu? Fundamente sua resposta nas normas internas e internacionais e na doutrina pertinente.Gabarito caso 1O africano dever solicitar refgio, que ser submetido ao CONARE Comit Nacional para Refugiados, rgo colegiado vinculado ao Ministrio da Justia, com competncia para processar e julgar os pedidos de refgio em nosso pas.A Lei n 9.474/97 prev em seu artigo 7: estrangeiro que chegar ao territrio nacional poder expressar sua vontade de solicitar reconhecimento como refugiado a qualquer autoridade migratria que se encontre na fronteira, a qual proporcionar as informaes necessrias quanto ao procedimento formal cabvel.Questo Objetiva 1Dadas assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.(JUIZ FEDERAL 4 REGIO 2008)I. A posse de bens imveis no Brasil garante ao estrangeiro o direito de visto ou autorizao de permanncia.II. A dispensa de visto ao turista estrangeiro natural de pas que tambm dispense o visto de turista aos brasileiros, automtica e independe de lei ou tratado, decorrendo do direito de reciprocidade.III. possvel ao estrangeiro domiciliado em cidade de pas limtrofe, exercer atividade remunerada no Brasil independentemente de visto de permanncia, mediante documento especial que o identifique e caracterize a sua condio, podendo, inclusive, ser expedida carteira de trabalho e previdncia social.IV. O estrangeiro clandestino pode regularizar sua situao mediante a transformao de seu visto expirado de turista em visto permanente segundo juzo discricionrio do Ministrio da Justia.

a) Est correta apenas a assertiva III.b) Est correta apenas a assertiva IV.c) Esto corretas apenas as assertivas I e IV.d) Esto corretas apenas as assertivas I, II e III.Gabarito Questo Objetiva 1A compra de bens imveis no garante a concesso de visto permanente para os estrangeiros, a dispensa de vistos por reciprocidade depender de tratados especficos e no h possibilidade de transformao de visto de turista em visto permanente, pois vedado pela lei brasileira (lei n.6.815-80).Questo Objetiva 2Considerando-se a constituio e a atuao do Comit Nacional para Refugiados, CORRETO afirmar que:a) Esse conselho expede o passaporte para estrangeiro ao refugiado assim reconhecido pela Polcia Federal;b) Esse conselho opina quanto concesso do refgio a estrangeiros que somente poder ser concedido pelo Congresso Nacional;c) A poltica imigratria brasileira de competncia deste conselho;d) Esse conselho tem competncia para apreciar e julgar os pedidos do refgio no Brasil.Gabarito Questo Objetiva 2A lei n.9.474-97, Estatuto dos Refugiados, regula a situao jurdica dos refugiados no Brasil, No faz parte de suas atribuies expedir passaportes ou reger a poltica imigratria, de competncia do Conselho Nacional de Imigrao. Por fim, no passa pela apreciao do Congresso a concesso de refgio.SEMANA 8Caso Concreto 1 Tema: DeportaoAndreas Schaeffer, sdito alemo, portador do visto temporrio para estudos no Brasil, foi localizado pela Polcia Federal trabalhando como gerente de uma pousada em Bzios. Embora tenha alegado e comprovado que se casou com a brasileira Cludia, com quem possui dois filhos nascidos no Rio de Janeiro, Friedrich e Hanna, Andreas Schaeffer foi deportado. Pergunta-se: Est correta a conduta do governo brasileiro em deportar Andreas Schaeffer?Gabarito caso 1Est correta a conduta do governo brasileiro, tendo em vista que o fato de ter cnjuge ou filhos brasileiros no obsta a deportao, mas apenas a expulso nos termos da Smula 1 do STF, podendo o estrangeiro, depois de regularizar sua situao, voltar ao Brasil.Questo Objetiva 1Francisco, portugus, portador do visto temporrio para estudos no Brasil, foi localizado em janeiro de 2006 pela Polcia Federal trabalhando como chef de um restaurante de comidas tpicas portuguesas na Barra da Tijuca. Levando-se em considerao que desde maro 2004 Francisco vive uma unio estvel com Mrcia, tambm portuguesa, que conheceu na Faculdade de Medicina no Brasil e com quem tem um filho nascido no Rio de Janeiro em outubro de 2005, pergunta-se: O que poder ocorrer com Francisco? (31 Exame da OAB)a)Ser deportado para Portugal;b)Ser extraditado para Portugal;c)Ser expulso para Portugal;d)Todas as alternativas esto erradas.Gabarito Questo Objetiva 1Um estrangeiro, que ingressou no Brasil com finalidade de estudos, para que mude de atividade deve procurar e informar a Polcia Federal seu intento. No o fazendo torna-se irregular no Brasil e, portanto, sujeito deportao. O fato de possuir unio estvel com uma brasileira e filho brasileiro no veda a deportao.Questo Objetiva 2Joaquim, portugus, portador do visto permanente por ser casado com Ana Carolina, brasileira, preso pela Polcia Federal no aeroporto internacional do Galeo com maconha, cocana e outras substncias psicotrpicas, tendo sido posteriormente condenado penalmente pela Justia Federal. Neste caso, o que acontecer com Joaquim, estrangeiro, aps cumprir a pena que lhe foi imposta: (29 Exame da OAB)a) Ser deportadob) Ser extraditadoc) Ser posto em liberdade, uma vez que no poder ser expulso do Brasil.d) Ser expulsoGabarito Questo Objetiva 2A lei brasileira veda a expulso de um estrangeiro em duas hipteses: casamentocomo brasileiro h mais de 5 anos e filho brasileiro na dependncia econmica.SEMANA 9Caso Concreto 1 Tema: ExtradioGiuseppe Maniero, italiano de origem, casado com uma brasileira com que tem um filho tambm brasileiro, adquiriu a nacionalidade brasileira, no ano de 2002, de acordo com o art. 12, II, b, da Constituio Federal, tendo em vista o preenchimento de todos os requisitos exigidos na lei. Em 2007, o Governo da Sua solicita a sua priso, para fins de extradio, haja vista o seu envolvimento comprovado em trfico ilcito de entorpecentes no ano de 2004, quando viajou com sua famlia ao Pas que solicita sua extradio.O relator do processo extradicional no STF determina a priso de Giuseppe, que devidamente cumprida pela Polcia Federal.Os advogados de Giuseppe apontam em defesa a inadmissibilidade da extradio alegando o seguinte:1. que Giuseppe brasileiro;2. que o extraditando casado com brasileira, possuindo filho menor, sob sua guarda e que depende dele economicamente;3. que o tratado celebrado entre o Brasil e a Sua data do ano de 1932, isto , anterior vigncia da Constituio Federal de 1988.No entanto, o STF defere o pedido extradicional. Indaga-se: Est correta a deciso do Pretrio Excelso? Fundamente sua resposta de acordo com a legislao pertinente, na doutrina e nos apontamentos de sala de aula.Gabarito caso 1Giuseppe teve envolvimento comprovado em trfico ilcito de entorpecentes no ano de 2004, o que, de acordo com o art. 5, LI da Constituio Federal, possibilita a sua extradio independentemente do crime ter sido cometido aps a sua naturalizao.O extraditado poder retornar ao Brasil, motivo pelo qual no impede a extradio a circunstncia de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho, de acordo com a Smula 421 do STF., razo pela qual, no procedem as alegaes de Giuseppe.Caso Concreto 2 Tema: ExtradioEm 1995, Marcello, poca cidado italiano, cometeu crime de roubo na Turquia. Em 1996, veio para o Brasil e aqui chegou a receber a nacionalidade brasileira, em 1998. Em maro ltimo, o Brasil recebeu pedido de extradio de Marcello, formulado pela Turquia. Examine, do ponto de vista das limitaes extradio relacionadas com a nacionalidade do extraditado, se existe obstculo intransponvel para a concesso da extradio requerida.Gabarito caso 2Por ter cometido o crime de roubo anteriormente data da obteno da naturalizao, Marcello poder ser extraditado, tendo em vista os seus efeitosex-tuncnos termos do art. 122 e 123 da Lei 6815/80 e ar. 5, LI da Constituio da Repblica.Questo Objetiva 1Com relao a um pedido de extradio efetuado pelo governo de um Estado ao Brasil, assinale a opo incorreta. (26 Exame do OAB)a) Um dos requisitos da extradio a existncia de um tratado ou a promessa de reciprocidade.b) A competncia para avaliar a admissibilidade do pedido de extradio do STF.c) A extradio vetada aos brasileiros, salvo os naturalizados, em caso de crime comum ocorrido antes da naturalizao ou por trfico de drogas, a qualquer tempo.d)H impedimento de extradio se o fato constituir crime poltico, mas no em se tratando da possibilidade de o extraditando responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juzo de exceo.Questo Objetiva 2Jean, francs, residente em nosso pas com o visto permanente desde 2000 quando se casou com uma brasileira, foi preso pela Polcia Federal por ordem judicial em face de estar sendo acusado de ter assassinado seu irmo em Paris em 1998.Pergunta-se: Com base no Estatuto do Estrangeiro, o que poder acontecer com Jean? (31 Exame da OAB)a) Ser extraditado para a Frana;b)Ser deportado para a Frana;c) Ser expulso para a Frana;d) Ser banido para a Frana.SEMANA 10Caso Concreto 1 Tema: Princpio da extraterritorialidadeHassen, fantico paquistans, aproveitando-se da reunio do G-20 nos Estado Unidos, e objetivando protestar contra a poltica armamentista ocidental, tenta assassinar o presidente brasileiro, um dos chefes de Estado participantes da reunio. Em relao a esse delito, Hassem poder ser julgado pela justia brasileira? Explique sua resposta e o princpio correspondente.Gabarito caso 1Segundo o art.7, I, do Cdigo Penal, os crimes praticados no exterior contra a vida e a liberdade do Presidente da Repblica, esto sujeitos lei brasileira, mesmo praticados no exterior. Trata-se do princpio da extraterritorialidade incondicionada.Questo Objetiva 1Nos termos do Estatuto do Tribunal Penal Internacional, assinado em Roma, em 1998, ao qual o Brasil aderiu em 2000, competncia deste tribunal julgar, exceto:(PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2006)1. Crimes de genocdio, a exemplo de ofensas graves integridade fsica ou mental de membros de grupo.2. Crimes contra a humanidade, a exemplo de agresso sexual, prostituio forada, escravatura sexual, gravidez forada, esterilizao forada ou outra forma de violncia no campo sexual de gravidade comparvel.3. Crimes de guerra, a exemplo da destruio ou apropriao de bens em larga escala, quando no justificadas por quaisquer necessidades militares e executadas de forma ilegal e arbitrria.4. Crimes polticos, a exemplo de manipulao de eleies, do forjamento de dados e de agresses liberdade de expresso.5. A transferncia, direta ou indireta, por uma potncia ocupante de parte da sua populao civil para o territrio que ocupa ou a deportao ou transferncia da totalidade ou de parte da populao do territrio ocupado, dentro ou fora desse territrio.Gabarito Questo Objetiva 1No fazem parte dos crimes submetidos jurisdio do Tribunal Penal Internacional os que se referem ao direito eleitoral.Questo Objetiva 2Conforme o Cdigo Penal brasileiro, aplica-se a lei penal brasileira para os crimes cometidos em territrio estrangeiro:a) nas embarcaes ou aeronaves particulares brasileiras em territrio estrangeiro, desde que preenchidas as condies previstas nas alneas do 2o do art. 7o do Cdigo Penal.b) nas embarcaes ou aeronaves particulares brasileiras em territrio estrangeiro, desde que preenchidas as condies previstas nas alneas do 2o do art. 7o do Cdigo Penal e o pas estrangeiro no os julgar.c) contra a vida e a liberdade do Presidente da Repblica, desde que preenchidas as alneas do 2o do art. 7o do Cdigo Penal.d) por brasileiro, independentemente de qualquer condio.Gabarito Questo Objetiva 2Princpio da extraterritorialidade condicionada: art. 7, II, c c/c 2 do CPC. Princpios que regem a aplicao da lei penal a fatos ocorridos fora do territrio brasileiro, no obstante a regra seja a do princpio da territorialidade da lei penal (art. 5 do CP).Questo Objetiva 3So princpios orientadores do Tribunal Penal Internacional, exceto:1. Universalidade2. Responsabilidade Penal Coletiva. Imprescritibilidade ComplementaridadeGabarito Questo Objetiva 3 responsabilidade penal individual e no coletiva.SEMANA 11Caso Concreto 1 Tema: Homologao de Sentena estrangeiraPierre Gateaux obteve provimento judicial do Supremo Tribunal de Algen, Repblica Francesa, que fixou penso alimentcia devida ex-esposa e determinou o direito de visita e hospedagem do filho Paolo, que est sob a guarda da me no Brasil.Pierre alega que vem sendo privado pela ex-esposa, do convvio com seu filho e at mesmo quando vem ao Brasil impedido de visit-lo. Pediu na Justia Francesa o direito de visitar seu filho e de t-lo em sua companhia durante as frias escolares na Frana, tendo a Justia Francesa declarado o direito visitao durante 8 dias por trimestre no Brasil, e o de t-lo em sua companhia, na Frana, no perodo de frias escolares, tudo custeado por Pierre.1. Qual a medida apta a dar cumprimento deciso judicial proferida pelo Tribunal Francs? Qual seu fundamento?2. Qual o rgo competente para conhec-la?3. Quais seus requisitos?Gabarito caso 1 Homologao de Sentena estrangeira. Resoluo n 9 do Pres. do STJ. Art. 105, I,i, da CRFB. STJ. Art. 5 da Resoluo n 9 do Pres. do STJ.INFORMATIVO 290SEC. PROVIMENTO LIMINAR. JUSTIA BRASILEIRA.A Corte Especial, ao prosseguir o julgamento, entendeu que a existncia de deciso exarada pela Justia brasileira, mesmo que em provimento liminar, impede a homologao da sentena estrangeira, quanto mais se, como no caso, aquela deciso dispe sobre o regime de visitas a filho de maneira diversa da sentena que se pretende homologar. Asseverou, tambm, que isso se deveria necessidade de preservar a prpria soberania nacional. O Min. Teori Albino Zavascki, em seu voto-vista, aduziu ser firme o entendimento de que a sentena estrangeira no produz qualquer efeito em nosso pas enquanto no homologada, razo pela qual o juzo brasileiro pode conhecer de demanda idntica a outra em tramitao perante a Justia estrangeira, mesmo que l j exista pronunciamento definitivo. Por fim, tal como o Min. Relator, destacou que, das aes em trmite na Justia nacional, consta a efetiva participao do requerente da homologao, bem como que a liminar concedida encontra-se em pleno vigor. Precedentes citados do STF: SEC 6.971-EU, DJ 14/2/2003, e SEC 5.526-NO, DJ 28/5/2004.SEC 819-FR, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, julgada em 30/6/2006.Caso Concreto 2 Tema: Carta RogatriaEm setembro de 2006, um avio da empresa Gol, com 150 passageiros, colide no ar com outro avio de porte menor e vem a cair, matando todos os seus ocupantes. Paulo, marido de Paula, comissria falecida no acidente, opta por propor ao de indenizao por danos morais e materiais em face do fabricante do avio de menor porte (empresa estabelecida nos EUA), suposto causador da queda, e de seus pilotos (residentes nos EUA), e da transportadora GOL (empresa estabelecida no Brasil), perante a Justia Americana.Em antecipao de tutela, deferida pelo juiz da causa, determinada a indisponibilidade de bens dos pilotos encontrados no territrio americano e, ainda, determinando o bloqueio de determinado valor na conta corrente da Companhia Area brasileira (GOL), medidas que visam assegurar a efetividade da deciso final a ser proferida.Quanto parte da deciso a ser cumprida no Brasil, qual seria a medida adequada a lhe dar cumprimento?Qual seu fundamento, procedimento e rgo competente?O instrumento a ser utilizado baseia-se em algum princpio internacional?.Gabarito caso 2 Carta Rogatria Passiva. Resoluo n 9 do Pres. do STJ. Art. 105, I, i da CRFB STJ Princpio da Cooperao Judiciria Internacional.Caso Concreto 3 Tema: Antecipao de tutela em ao de homologao de sentena estrangeiraMaria Ester, professora brasileira, teve seu pedido de adoo de Zahara deferido em 2003 pelo Tribunal de Famlia e Menores da cidade de Bissau, na Repblica da GuinBissau, por sentena judicial, sob o abrigo da legislao daquele pas. Vindo ambas a residir no Brasil, Zahara, portadora de visto de turista, no pde matricular-se na pr-escola, j que a adoo feita em pas estrangeiro ainda pendia de reconhecimento no territrio brasileiro. Maria Ester, preocupa-se, pois Zahara j tem cinco anos completos e, assim, j conta com idade de iniciar seus estudos. H medida judicial apta a defender com efetividade os interesses de Zahara? Qual seria esta medida e qual seu fundamento legal.Gabarito caso 3Antecipao de tutela em ao de homologao de sentena estrangeira. Resoluo n 9 de 04/05/2005, art. 4, pargrafo 3 e precedente do STJ (SE 1601) SE 001601-Relator(a) Ministro BARROS MONTEIRO Data da Publicao DJ 02.08.2006 Deciso SENTENA ESTRANGEIRA N 1.601 - EX (2005/0214349-1) REQUERENTE : A DAS GRADVOGADO : SELMA MARIA CONSTANCIO E OUTRO REQUERIDO : CURADORES DE MENORES DE GUIN-BISSAU DESPACHOVistos, etc.1. A das G R, traz homologao sentena de adoo da menor A S R, proferida pelo Tribunal de Famlia e Menores da cidade de Bissau, na Repblica da GuinBissau, com pedido de tutela antecipada a fim de que possa matricular sua filha em qualquer escola do territrio nacional, at que seja proferida a sentena de homologao.A pretenso liminar funda-se no fato de que a menor precisa iniciar os seus estudos, porm sem a homologao da sentena de adoo no pode ser matriculada em uma escola local, uma vez que ingressou no pas com visto de turista. Em razo disso, sustenta a requerente a necessidade da concesso da tutela antecipada para permitir que a menor receba a educao adequada sua idade e ao seu bom desenvolvimento, enquanto a ao de homologao de sentena estrangeira tramita nesta Corte.Instada, a Subprocuradoria-Geral da Repblica manifesta-se s fls. 33/34 solicitando que a requerente informe o endereo do pai biolgico ou da Curadoria de Menores em Bissau, que poca detinha o ptrio poder em relao menor.2. A concesso da tutela de urgncia est prevista no art. 4, 3, da Resoluo n. 9, de 4.5.2005, da egrgia Presidncia do Superior Tribunal de Justia. A liminar solicitada pela requerente visa a um provimento cautelar para evitar dano de difcil reparao enquanto aguarda o regular processamento da ao.Observo que a documentao juntada aos autos demonstra o fumus boni iuris do pedido liminar, uma vez que h cpia autenticada da sentena de adoo (fls. 21/25), na qual consta que a menor era rf de me e o consentimento do pai; do novo registro de nascimento (fls. 14); e petio na qual a requerente informa o endereo da Curadoria de Menores em Bissau e junta a certido de bito do pai biolgico (fls. 85/86), conforme requerido pelo Parquet (fls. 33/34). O periculum in mora, por sua vez, acha-se no fato de amenor, agora com cinco anos completos, j contar com idade de iniciar os estudos na pr-escola, portanto, no h como aguardar a regular tramitao do feito perante esta Corte sem que haja prejuzo sua educao e desenvolvimento.3. Posto isso, defiro o pedido de tutela de urgncia to somente para permitir que a menor, A S R, seja matriculada em qualquer escola no territrio nacional, at o trmino desta ao. Publique-se. Intime-se.Aps voltem os autos conclusos.Braslia, 18 de julho de 2006.MINISTRO FRANCISCO PEANHA MARTINSVice-Presidente no exerccio da PresidnciaQuesto Objetiva 1Uma sentena estrangeira para produzir efeitos em nosso pas dever preencher os requisitos previstos em nossa legislao. Dentre as opes abaixo marque aquela que no apresenta um desses requisitos: (30 Exame da OAB)a) Ter sido traduzida por intrprete juramentado;b) Ter transitado em julgado;c) Ter sido proferida por juiz competente;d) Ter sido homologada pelo STF.Gabarito Questo Objetiva 1Conforme previsto no art. 105, I, i da CF e Res. N 9 do Presidente do STJ.Questo Objetiva 2A concesso de exequatur carta rogatria de competncia:a) Do Supremo Tribunal Federalb) Do Superior Tribunal de Justiac) Da Justia Federal - 1 Instnciad) Da Justia EstadualGabarito Questo Objetiva 227 Exame da OAB/RJ. Questo 67Art. 105, I, i da CRFBQuesto Objetiva 3O Superior Tribunal de Justia no dar oexequatura carta rogatria que:a) Sendo citatria for dirigida a um brasileiro que figure como ru em uma ao em outro pas;b) Seja oriunda de pas que no tenha tratado para cumprimento de rogatria com o nosso pas;c) Que ofenda a soberania nacional ou a ordem pblica;d) No esteja ratificada pelo Presidente da Repblica.Gabarito Questo Objetiva 330 Exame da OAB. Questo 92.Art. 6 da Resoluo n 9 do Pres. do STJ. Este princpio corolrio daquele, insculpido no art. 17 da LICC, cuja finalidade a proteo de nossa soberania e de nossos valores (ordem pblica)SEMANA 12Caso Concreto 1 Tema: Aplicao da LeiSalomo e Magda, Libaneses, ambos domiciliados no Brasil desde 1970, so casados pelo regime da comunho universal de bens. Em 1998, decidem separar-se judicialmente. Em 2000, j transitada em julgada a sentena, a me de Magda, que possui vrios bens no Brasil e no Lbano, falece tambm no Brasil. Pergunta-se: Qual a lei aplicvel ao regime de bens do casal? Qual a lei aplicvel sucesso dos bens deixados pela me de Magda? Qual a regra de competncia para o inventrio e a partilha dos bens situados no Brasil? Qual regra de competncia para o inventrio e a partilha dos bens situados no Lbano?Gabarito caso 1RECURSO ESPECIAL N 275.985 - SP (2000/0089891-0) Art. 7, 4 da Lei de Introduo ao Cdigo Civil: lei do primeiro domiclio do casal. Lei brasileira da poca da celebrao do casamento (CC de 1916) Art. 10 da LICC. Lei do ltimo domiclio da me de Magda. Lei brasileira. Art. 89, II do CPCEntende-se que no h como o Brasil exercer jurisdio com relao a bens situados em outro pas. Precedentes: RE 99.230-RS (DJ 29.6.84) e Resp 37.356-5/SP (DJ 10.11.97).Essa orientao tambm consignada em sede doutrinria porCelso Agrcola Barbi("Comentrios ao Cdigo de Processo Civil", vol. I, Forense, n 494, pg. 400), nestes termos:"O interesse do legislador se limita aos bens aqui situados, de modo que se houver outros, situados fora do pas, o inventrio relativo a esses, escapa jurisdio brasileira. E, naturalmente, sero inventariados e partilhados em separado, em outro pas...Destarte, a interpretao teleolgica do dispositivo legal em apreo impe a concluso de que a partilha seja realizada sobre os bens do casal existentes no Brasil, sem desprezar, no entanto, o valor dos bens localizados no Lbano, de maneira a operar a equalizao das cotas patrimoniais, em obedincia legislao que rege a espcie, que no exclui da comunho os bens localizados no Lbano e herdados pela recorrente, segundo as regras brasileiras de sucesso hereditria......No caso concreto, essa foi a soluo adotada pelo acrdo recorrido, que, ao invs de pretender partilhar no Brasil os bens localizados no Lbano, entendeu por bem suspender o processo de partilha para aguardar a soluo do inventrio naquele Pas, a fim de compensar, no momento da diviso dos bens localizados no territrio nacional, a parcela relativa meao do recorrido nos bens l existentes. Assim, no se pode dizer, em concluso, que o julgado tenha violado o art. 89-II, CPC, uma vez que no disps sobre a partilha dos bens localizados noutro Pas.ProcessoREsp 275985 / SPRECURSO ESPECIAL2000/0089891-0Relator(a)Ministro SLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA (1088)rgo JulgadorT4 - QUARTA TURMAData do Julgamento17/06/2003Data da Publicao/FonteDJ 13.10.2003 p. 366EmentaDIREITOS INTERNACIONAL PRIVADO E CIVIL. PARTILHA DE BENS. SEPARAO DE CASAL DOMICILIADO NO BRASIL. REGIME DA COMUNHO UNIVERSAL DE BENS. APLICABILIDADE DO DIREITO BRASILEIRO VIGENTE NA DATA DA CELEBRAO DO CASAMENTO. COMUNICABILIDADE DE TODOS OS BENS PRESENTES E FUTUROS COM EXCEO DOS GRAVADOS COM INCOMUNICABILIDADE. BENS LOCALIZADOS NO BRASIL E NO LIBANO. BENS NO ESTRANGEIRO HERDADOS PELA MULHER DE PESSOA DE NACIONALIDADE LIBANESA DOMICILIADA NO BRASIL. APLICABILIDADE DO DIREITO BRASILEIRO DAS SUCESSES.INEXISTNCIA DE GRAVAME FORMAL INSTITUDO PELO DE CUJUS. DIREITO DO VARO MEAO DOS BENS HERDADOS PELA ESPOSA NO LIBANO. RECURSO DESACOLHIDO.I - Tratando-se de casal domiciliado no Brasil, h que aplicar-se o direito brasileiro vigente na data da celebrao do casamento, 11.7.1970, quanto ao regime de bens, nos termos do art. 7- 4 da Lei de Introduo.II - O regime de bens do casamento em questo o da comunho universal de bens, com os contornos dados poca pela legislao nacional aplicvel, segundo a qual, nos termos do art. 262 do Cdigo Civil, importava "a comunicao de todos os bens presentes e futuros dos cnjuges e suas dvidas passivas", excetuando-se dessa universalidade, segundo o art. 263-II e XI do mesmo Cdigo "os bens doados ou legados com a clusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar", bem como "os bens da herana necessria, a que se impuser a clusula de incomunicabilidade".III - Tratando-se da sucesso de pessoa de nacionalidade libanesa domiciliada no Brasil, aplica-se espcie o art. 10, caput, da Lei de Introduo, segundo o qual "a sucesso por morte ou por ausncia obedece lei em que era domiciliado o defunto ou desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situao dos bens".IV - No h incomunicabilidade dos bens da herana em tela, sendo certo que no Brasil os bens da herana somente comportam incomunicabilidade quando expressa e formalmente constitudo esse gravame pelo de cujus, nos termos dos arts. 1.676, 1.677 e 1.723 do Cdigo Civil, complementados por dispositivos constantes da Lei de Registros Pblicos.V - No h como afastar o direito do recorrido meao incidente sobre os bens herdados de sua me pela recorrente, na constncia do casamento sob o regime da comunho universal de bens, os que se encontram no Brasil e os localizados no Lbano, no ocorrendo a ofensa ao art. 263, do Cdigo Civil, apontada pela recorrente, uma vez inexistente a incomunicabilidade dos bens herdados pela recorrente no Lbano.VII - O art.89-II, CPC, contm disposio aplicvel competncia para o processamento do inventrio e partilha, quando existentes bens localizados no Brasil e no estrangeiro, no conduzindo, todavia, supresso do direito material garantido ao cnjuge pelo regime de comunho universal de bens do casamento, especialmente porque no atingido esse regime na espcie por qualquer obstculo da legislao sucessria aplicvel.VIII - Impe-se a concluso de que a partilha seja realizada sobre os bens do casal existentes no Brasil, sem desprezar, no entanto, o valor dos bens localizados no Lbano, de maneira a operar a equalizao das cotas patrimoniais, em obedincia legislao que rege a espcie, que no exclui da comunho os bens localizados no Lbano e herdados pela recorrente, segundo as regras brasileiras de sucesso hereditria.Caso Concreto 2 -Tema: de investigao de paternidadeMaria, Portuguesa ajuizou ao de investigao de paternidade cumulada com anulao de registro de nascimento contra Antonio, cidado portugus, e tambm contraManuelaeCeleste Costa, igualmente cidads portuguesas e herdeiras do declarado paiJooCristvo, marido da me da autora.Alega a autora que seu registro de nascimento, ocorrido na Repblica de Portugal por meio de declarao paterna, falso ideologicamente, sendoJooseu verdadeiro genitor.Em sua defesa, Joo alega decadncia do direito de Maria, falta de interesse de agir e aplicao do direito portugus, "pois todas as situaes que envolvem o caso se deram em Portugal e todas as pessoas envolvidas so portuguesas."Com relao ao direito aplicvel questo responda: Qual o elemento de conexo aplicvel ao direito em conflito? Justifique e fundamente sua resposta. a autoridade brasileira competente para conhecer da ao?Gabarito caso 2 Art. 7 da LICC que estabelece a lei aplicvel ao estatuto da pessoa, em especial filiao. Sim, art. 88, inciso I do CPC. Este dispositivo trata da competncia internacional da autoridade judiciria brasileira.Recurso no STJ

Ao analisar o recurso, o ministro Cesar Asfor Rocha, relator, entendeu pela aplicao do ordenamento jurdico nacional. "Ainda que a concepo, o nascimento e o registro da investigante tenham ocorrido no exterior, estando ela domiciliada no Brasil, deve ser aplicado o ordenamento nacional", destacou Cesar Rocha, concluindo pela aplicao da legislao brasileira ao caso, e no das leis de Portugal....Na espcie, a autora foi registrada na Repblica de Portugal, pelo marido de sua me, que, aps seu nascimento, emigrou para o Brasil, onde so hoje domiciliados tanto a recorrida como o recorrente. A competncia da jurisdio brasileira para conhecer do feito determinada pelo art. 88, I, do Cdigo de Processo Civil, tendo em vista o local de domiclio do ru.Assentada a competncia internacional, resta questo distinta relativa ao ordenamento normativo aplicvel hiptese, se luso ou brasileiro, existindo conflito de leis no espao. Nesse caso, o elemento de conexo estabelecido pelo Estado competente que indicar a legislao substancial incidente, restando desimportante aquele indicado pela legislao lusa.O ordenamento ptrio, seguindo o entendimento de Teixeira de Freitas e de Savigny, acolheu o domiclio como elemento de conexo principal. Isto , nos conflitos entre o Direito nacional e o estrangeiro, prevalecer a lei de domiclio da pessoa, a teor do art. 7 da Lei de Introduo ao Cdigo Civil,in verbis:"Art. 7. A lei do pas em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o comeo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de famlia."Com efeito, ainda que a lide seja entre estrangeiros ou que a concepo, o nascimento e o registro tenham ocorrido alhures, tratando-se de direito de famlia e estando a autora domiciliada no Brasil, o ordenamento nacional que deve ser considerado na soluo da lide, haja vista alex forisobre conflito de leis no espao.Na realidade, o domiclio foi estabelecido como referncia para o Direito incidente, sobretudo tendo em vista a grande imigrao ocorrida no Pas, gerando conflitos entre pessoas das mais diversas nacionalidades, nada obstante oanimusde fixao definitiva em solo ptrio...REsp 512401 / SPRECURSO ESPECIAL2003/0027639-5Relator(a)Ministro CESAR ASFOR ROCHA (1098)rgo JulgadorT4 - QUARTA TURMAData do Julgamento14/10/2003Data da Publicao/FonteDJ 15.12.2003 p. 317RDR vol. 32 p. 336RJADCOAS vol. 54 p. 55RT vol. 824 p. 183EmentaDIREITO INTERNACIONAL PRIVADO E CIVIL. INVESTIGAO DE PATERNIDADE DE ESTRANGEIRO. REGISTRO EM SUA PTRIA DE ORIGEM. APLICAO DA LEGISLAO BRASILEIRA.O elemento de conexo, no conflito de leis no espao, estipulado no ordenamento ptrio, o domiclio da pessoa. Ainda que a concepo, o nascimento e o registro da investigante tenham ocorrido no exterior, estando ela domiciliada no Brasil, deve ser aplicado o ordenamento nacional.A demanda pela paternidade real, fundada na falsidade de registro, no tem prazo decadencial, mesmo antes da promulgao da Carta Magna. Precedente da Segunda Seo.A ao de investigao de paternidade no depende da prvia propositura da ao anulatria do assento de nascimento do investigante, tendo o filho interesse de buscar a paternidade real,a despeito de reconhecido como legtimo por terceiro com falsidade ideolgica.Recurso no conhecido.AcrdoVistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Srs. Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justia, na conformidade dos votos e das notas taquigrficas a seguir, por unanimidade, no conhecer do recurso especial, com revogao de liminar concedida na Medida Cautelar n. 5.832-SP, julgada prejudicada. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Fernando Gonalves e Barros Monteiro. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Aldir Passarinho Junior. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Slvio de Figueiredo Teixeira.Resumo EstruturadoAPLICAO, LEI BRASILEIRA, JULGAMENTO, AO DE INVESTIGAO DE PATERNIDADE, ACUMULAO, AO ANULATRIA, REGISTRO DE NASCIMENTO, HIPTESE, AUTOR, ESTRANGEIRO RESIDENTE NO BRASIL, DECORRNCIA, LICC, DETERMINAO, APLICAO DA LEI, LUGAR, DOMICLIO, DESCENDENTE. NO OCORRNCIA, DECADNCIA, DIREITO, FILHO MAIOR, AJUIZAMENTO, AO DE INVESTIGAO DE PATERNIDADE, ACUMULAO, AO ANULATRIA, REGISTRO CIVIL, DECORRNCIA, FUNDAMENTAO, FALSIDADE DE REGISTROCIVIL, INAPLICABILIDADE, PRESCRIO, QUATRO ANOS, PREVISO, CDIGO CIVIL, OBSERVNCIA, IMPRESCRITIBILIDADE, AO JUDICIAL. CABIMENTO, AO DE INVESTIGAO DE PATERNIDADE, INDEPENDNCIA, ANTERIOR, AJUIZAMENTO, AO ANULATRIA, REGISTRO DE NASCIMENTO, EXISTNCIA, INTERESSE, FILHO, CONHECIMENTO, VERDADE REAL, PATERNIDADE, DECORRNCIA, CANCELAMENTO, REGISTRO DE NASCIMENTO, CARACTERIZAO, EFEITO JURDICO, SENTENA JUDICIAL, HIPTESE, PROCEDNCIA, AO DE INVESTIGAO DE PATERNIDADE.Questo Objetiva 1Um testamento celebrado na Itlia, segundo a lei italiana, com visto de Consulado do Brasil em Roma e devidamente traduzido para o vernculo, ter eficcia no Brasil para execuo, desde que:a) Seja homologado pelo Supremo Tribunal Federal;b) Seja ratificado pelo Congresso Nacional;c) No ofenda soberania, ordem Pblica e aos Bons Costumes nacionais;d) Amparado por protocolos junto ao Ministrio das Relaes Exteriores.Gabarito Questo Objetiva 131 Exame da OAB/RJ. Questo 94 - Art. 17 da LICCQuesto Objetiva 2Rodrigo, mexicano, em viagem a passeio pela cidade do Rio de Janeiro, adquire um apartamento em Ipanema. Retornando ao seu pas de origem, Rodrigo designado diretor-presidente da filial de sua empresa situada em Roma, Itlia, onde fixou residncia, vindo a falecer anos depois em virtude de um enfarte fulminante. Pergunta-se: Onde poder ser aberto o inventrio dos bens de Rodrigo, sabendo que deixou apenas um imvel situado no Brasil e um filho de nacionalidade italiana:a) No Mxico, seu pas de origem;b) Apenas em Roma/Itlia, onde faleceu;c) Apenas no Rio de Janeiro/Brasil, onde est situado o bem a inventariar;d) Pode o herdeiro optar tanto pelo Rio de Janeiro/Brasil quanto por Roma/Itlia.Gabarito Questo Objetiva 229 Exame da OAB. Questo 70Art. 10 da LICC. O elemento de conexo na sucesso internacional, , via de regra, o ltimo domiclio dode cujus.A exceo estabelecida no 2 do art. 10 da LICC.SEMANA 13Caso Concreto 1 Tema: Espao territorial martimoA bordo do navio mercante GALPAGOS, de bandeira canadense, houve um violento motim, tendo o marinheiro de convs, Pricles, esfaqueado o comandante Wilson. Tratando-se de dois cidados americanos e tendo-se em vista que o fato ocorreu a 10 milhas da costa brasileira, pergunta-se: onde o crime ser julgado? Em que zona do domnio martimo o mesmo ocorreu? Qual o regime jurdico praticado no referido local? Explique suas respostas.Gabarito caso 1No Brasil, j que ocorreu dentro das guas sob jurisdio nacional. O crime ocorreu no mar territorial. O regime jurdico de soberania do Estado costeiro.Caso Concreto 2Tema: Direito de passagemO petroleiro APOLO, navio mercante de bandeira canadense, carregado com 10 mil toneladas de leo diesel, pretende empreender navegao a cerca das 9 milhas da costa brasileira. Tal passagem deve ser autorizada pelas autoridades brasileiras? Explique sua resposta.Gabarito caso 2O direito de passagem inocente, regra consuetudinria absorvida pela Conveno das Naes Unidas sobre Direito do Mar, permite que navios inocentes de um pas naveguem pelo mar territorial de outro e vice e versa. Como o petroleiro encontrava-se a nove milhas da costa brasileira, navegava pelo mar territorial brasileiro, e s no poderia faz-lo caso colocasse em risco o Brasil. Assim, no h necessidade de prvia autorizao.Questo Objetiva 1Em recente episdio na regio do Golfo Prsico, soldados britnicos foram presos por tropas iranianas sob o argumento de que, nas atividades de patrulhamento que realizavam, invadiram o mar territorial do Ir. Segundo a Conveno das Naes Unidas sobre o Direito do Mar (1982), o mar territorial tem a largura at o limite dea)trs milhas martimas.b)nove milhas martimas.c)doze milhas martimas.d) duzentas milhas martimas.Gabarito Questo Objetiva 1Segundo a CNUDM o mar territorial mede 12 milhas da costa.Questo Objetiva 2So considerados pblicos os navios, exceto:Que estejam transportando em misso oficial os chefes de Estado ou de Governo;Os petroleiros da PETROBRS;Os navios militares;Os navios-alfandegrios.Questo Objetiva 3A Conveno das Naes Unidas sobre Direito do Mar (1982) disciplina os espaos martimos em que os Estados podem exercer competncias referentes explorao de recursos. Um desses espaos a plataforma continental em que o Estado costeiro exerce direitos de soberania(...) para efeitos de explorao e aproveitamento dos seus recursos naturais(art. 77). Alm da extenso normal da plataforma, a mesma conveno admite a existncia da plataforma continental ampliada, em que o Estado, no caso de explorao dos recursos no vivos, efetua pagamentos Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. O limite mximo da plataforma continental ampliada, em milhas martimas, dea) 200 milhas da costa;b) 12 milhas da costa;c) 350 milhas da costa;d) 24 milhas da costa.Gabarito Questo Objetiva 3Segundo a CNUDM o limite mximo de explorao exclusiva da plataforma continental vai at 350 milhas da costa.Questo Objetiva 4A respeito do direito internacional do mar e sua recepo no direito brasileiro, assinale a opo incorreta.a) A zona contgua brasileira compreende uma faixa que se estende de 12 a 24 milhas martimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.b) Em sua zona econmica exclusiva, o Brasil tem o direito exclusivo de regular a investigao cientfica marinha.c) reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente no mar territorial brasileiro.d) O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de duzentas milhas martimas de largura, medidas a partir da linha de base.Gabarito Questo Objetiva 1O mar territorial mede 12 milhas da costa.SEMANA 14Caso Concreto 1 -Tema: passaporteMarcos e sua famlia estavam de frias em Cancun, leste mexicano, quando perderam parte de seus pertences ao deixarem s pressas as instalaes de seu hotel, que fora completamente inundado devido devastao do furaco Wilma. Marcos e sua famlia perderam todos seus documentos, entre eles, os passaportes. O retorno ao Brasil estava marcado para 2 dias aps o incidente, e Marcos, desesperado, procura o Consulado do Brasil em Cancun para tentar solucionar seu problema. Indique a soluo mais indicada para Marcos e sua famlia.Gabarito caso 1Conforme disposto no art. 13 do decreto 5978/06, Marcos e sua famlia poderiam solicitar um passaporte de emergncia: Art.13.Ser concedido passaporte de emergncia quele que, tendo satisfeito s exigncias para concesso de passaporte, necessite de documento de viagem com urgncia e no possa comprovadamente aguardar o prazo de entrega, nas hipteses de catstrofes naturais, conflitos armados ou outras situaes emergenciais, individuais ou coletivas, definidas em ato dos Ministrios da Justia ou das Relaes Exteriores, conforme o caso.Questo Objetiva 1Assinale a resposta correta:O laissez-passer poder ser concedido ao estrangeiro no Brasil:a) Pelo Ministrio do Trabalho;b) Pela Justia Federal no lugar onde o estrangeiro se encontrar;c) Pela Secretaria Estadual de Segurana;d) Pelo Departamento de Polcia Federal.Gabarito Questo Objetiva 131 Exame da OAB Questo 99Decreto 5978/2006 que modificou o decreto 1983/96. a polcia federal, a autoridade competente para emitir documentos de viagem, dentre estes o passaporte e olaisser-passer.Art. 14 do decreto 1983/96 modificado pelo decreto 5978/06Art.14.Laissez-passer o documento de viagem, de propriedade da Unio, concedido, no territrio nacional, pelo Departamento de Polcia Federal e, no exterior, pelo Ministrio das Relaes Exteriores, ao estrangeiro portador de documento de viagem no reconhecido pelo governo brasileiro ou que no seja vlido para o Brasil. Questo Objetiva 2Determinado pas nomeia um novo Embaixador para o Brasil. Seu nome e de sua esposa, tambm estrangeira, so acreditados perante o Ministrio das Relaes Exteriores que determina a concesso dos seguintes vistos ao casal:a) Permanente para o Embaixador e temporrio para sua mulher;b) Oficial para o Embaixador e de turista para sua mulher;c) Ambos recebero o visto Diplomtico;d) Oficial para o Embaixador e o de cortesia para sua esposa.Questo Objetiva 231 Exame da OAB Questo 91Art. 4, nico, da lei 6815/80.Os familiares tambm fazem jus ao visto diplomtico, concedido pelo M.R.E.SEMANA 15Questo Objetiva 1Assinale a opo correta.a) A Conveno da Aviao Civil Internacional (Chicago, 1944) admite o direito de sobrevo de qualquer tipo de aeronave estrangeira no espao areo dos Estados, como norma consuetudinria de direito internacional.b) Tanto o direito de passagem inocente no mar territorial quanto o direito de sobrevo no espao areo constituem normas convencionais, somente obrigando os Estados que ratificarem as respectivas convenes.c) Ao contrrio do direito de passagem inocente no mar territorial, que costumeiro, o direito de sobrevo convencional e est limitado s aeronaves civis, no sendo admitido em relao s aeronaves de propriedade de governos.d) O direito de passagem inocente e o direito de sobrevo constituem restries costumeiras soberania do Estado sobre o seu territrio e esto garantidos a quaisquer navios e aeronaves.Questo Objetiva 2Acerca de tribunais internacionais e de sua repercusso, assinale a opo correta.a) O Tribunal Penal Internacional prev a possibilidade de aplicao da pena de morte, ao passo que a Constituio brasileira probe tal aplicao.b) O 4. do art. 5. da Constituio Federal prev a submisso do Brasil jurisdio de tribunais penais internacionais e tribunais de direitos humanos.c) O Estatuto de Roma no permite reservas nem a retirada dos Estados-membros do tratado.d) O Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, estabelece uma diferena entre entrega e extradio, operando a primeira entre um Estado e o mencionado tribunal e a segunda, entre Estados.Questo Objetiva 3O asilo diplomtico um instituto latino-americano de direito internacional e tem por objetivo a proteo de pessoas perseguidas por motivos ou delitos polticos. So locais de asilo, segundo a Conveno de Caracas, de 1954:a) legaes, navios de guerra e acampamentos ou aeronaves militares.b) legaes, consulados e sedes de organizaes internacionais.c) acampamentos militares, consulados e veculos de embaixadas.d) navios e aeronaves militares e sedes de organizaesQuesto Objetiva 4Acerca do que dispe a Conveno de Viena sobre relaes diplomticas, assinale a opo incorreta.a) A mala diplomtica no pode ser aberta, exceto nos casos de fundada suspeita de trfico ilcito de entorpecentes ou atividade terrorista.b) Os locais onde se estabelece misso diplomtica so inviolveis.c) Qualquer membro de uma misso diplomtica pode ser declarado persona non grata pelo Estado acreditado, sem que este precise apresentar qualquer justificativa.d) O agente diplomtico goza de iseno de impostos e taxas, havendo excees a esse respeito.Questo Objetiva 5Os locais das misses diplomticas gozam dos privilgios da imunidade de jurisdio, inviolabilidade e iseno tributria. Tais privilgios tm como fundamento o(a)a) eficaz desempenho das funes.b) extraterritorialidade.c) discricionariedaded) agrementQuesto Objetiva 6So princpios fundamentais para a concesso da qualificao de refugiado:a) fundado temor e no devoluob) reserva legal e fundado temor.c) no devoluo e impessoalidaded) impessoalidade e reserva legalQuesto Objetiva 7Em determinado Estado, um agente diplomtico estrangeiro envolveu-se em um acidente de trnsito, causando a morte de um pedestre. Nessa situao, diante do homicdio culposo,a) o Estado acreditado pode julgar o agente diplomtico estrangeiro, por tratar-se de crime que no tem qualquer relao com a funo diplomtica.b) o Estado acreditado s pode julgar o agente diplomtico se ele renunciar expressamente imunidade de jurisdio.c) o agente diplomtico somente poder ser julgado no Estado acreditado se o Estado acreditante renunciar expressamente imunidade de jurisdio.d) em nenhuma hiptese possvel o julgamento do agente diplomtico, por ser irrenuncivel a imunidade de jurisdio.Questo Objetiva 8Em razo de sua natureza descentralizada, o direito internacional pblico desenvolveu-se no sentido de admitir fontes de direito diferentes daquelas admitidas no direito interno. Que fonte, entre as listadas a seguir, no pode ser considerada fonte de direito internacional?a) Tratado.b) Decises de tribunais constitucionais dos estados.c) Costume.d) Princpios gerais de direito.Questo Objetiva 9Plenos poderes significam um documento expedido pela autoridade competente de um Estado e pelo qual so designadas uma ou vrias pessoas para representar o Estado na negociao, adoo ou autenticao do texto de um tratado, para manifestar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado ou para praticar qualquer outro ato relativo a um tratado. Conveno de Viena sobre direito dos tratados, de 1969, art. 2., 1, alnea C.Algumas pessoas, em virtude de suas funes, esto dispensadas do documento acima referido para a realizao de todos os atos relativos concluso de um tratado. So elas:a) os presidentes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio.b) os chefes de misso diplomtica e os cnsules.c) os representantes dos Estados perante uma organizao internacional.d) os chefes de Estado, de governo e os ministros das Relaes Exteriores.Questo Objetiva 10O Pacto Internacional de Direitos Civis e Polticos (1966) admite, em seu artigo 4., a possibilidade de um Estado-parte suspender sua aplicao, "quando situaes excepcionais ameacem a existncia da nao e sejam proclamadas oficialmente". O pargrafo 2. do mesmo artigo no autoriza a suspenso de determinados direitos, entre os quais se destaca(m)a) a proibio da pena de morte e de tortura e penas ou tratamentos cruis.b) a proibio de escravido e de priso por no cumprimento de obrigao contratual.c) a liberdade de pensamento, conscincia e religio e proibio de propaganda em favor da guerra.d) a liberdade de expresso e a garantia do princpio da reserva lega