questões de fisiologia vegetal

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1 2º GRUPO DE QUESTÕES 1 – Num trabalho experimental que realizou teve oportunidade de estudar o efeito que o Ácido Índol-Acético (IAA-auxina) exerce sobre o crescimento de coleóptilos de aveia. Esse efeito está documentado na figura seguinte. a) Comente o efeito induzido pelas auxinas no crescimento de coleóptilos de aveia. b) Perante os resultados obtidos no trabalho realizado, indique como variou o crescimento dos coleóptilos em função da concentração da hormona. Fundamente devidamente a sua resposta. 2 – Com base nos elementos que constam no quadro 1 faça uma análise sucinta das taxas de transpiração (por Kg de matéria seca formada) nas plantas C 3 , C 4 e CAM. Fonte: Pereira, J. M., et al., 2001. Relações Hídricas das Plantas: a perda de água e o seu controlo. Vila Real:UTAD, série didáctica: Ciências Aplicadas;170.)

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2º GRUPO DE QUESTÕES

1 – Num trabalho experimental que realizou teve oportunidade de estudar o efeito que o Ácido Índol-Acético (IAA-auxina) exerce sobre o crescimento de coleóptilos de aveia. Esse efeito está documentado na figura seguinte.

a) Comente o efeito induzido pelas auxinas no crescimento de coleóptilos de aveia. b) Perante os resultados obtidos no trabalho realizado, indique como variou o crescimento dos

coleóptilos em função da concentração da hormona. Fundamente devidamente a sua resposta.

2 – Com base nos elementos que constam no quadro 1 faça uma análise sucinta das taxas de transpiração (por Kg de matéria seca formada) nas plantas C3, C4 e CAM.

Fonte: Pereira, J. M., et al., 2001. Relações Hídricas das Plantas: a perda de água e o seu controlo. Vila Real:UTAD, série didáctica: Ciências Aplicadas;170.)

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3 – Indique os principais factores (ambientais e da planta) que afectam a taxa de transpiração das plantas. 4 – Comente a seguinte afirmação “ Quanto maior for a profundidade das raízes menores serão os problemas de stresse hídrico durante a estação mais seca do ano e menor será a eficácia de um antitranspirante” (Gale e Hagan, 1966). Fonte: Pereira, J. M., et al., 2001. Relações Hídricas das Plantas: a perda de água e o seu controlo. Vila Real:UTAD, série didáctica: Ciências Aplicadas;170. 5 – Comente a seguinte afirmação:

“A micorrização, sobretudo em espécies em que esta técnica seja aplicável, poderá ser também uma estratégia adequada para incrementar a capacidade de absorção de água e nutrientes minerais”; Fonte: Pereira, J. M., et al., 2001. Relações Hídricas das Plantas: a perda de água e o seu controlo. Vila Real:UTAD, série didáctica: Ciências Aplicadas;170.) 6 – O gráfico seguinte documenta a eficácia de um antitranspirante no controlo da transpiração de folhas de algodoeiro. Comente os dados apresentados e indique as implicações que poderão resultar, em termos do crescimento e desenvolvimento da planta, em consequência da aplicação de um antitranspirante.

Fonte: Pereira, J. M., et al., 2001. Relações Hídricas das Plantas: a perda de água e o seu controlo. Vila Real:UTAD, série didáctica: Ciências Aplicadas;170.)

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7 – Os elementos registados nos quadros seguintes referem-se a valores médios da variação da temperatura foliar (ºC), do gradiente de humidade e da conductância estomática (mmol.m-2.s-1) obtidos em folhas de quatro espécies de plantas ao longo do dia 9 de Outubro de 2008.

Horas Temperatura ∆ % Humidade Conductância

10 20,76 15,1 228,9

14 24,44 21,6 272,2 Cevadilha (Nerium

oleander) 17 22,52 17,3 156,3

19 21,6 9,6 9,4

Horas Temperatura ∆ % Humidade Conductância

10 19,8 4,1 121,2

14 26,2 21 186,6 Oliveira (Olea

europaea) 17 24,5 21,6 227,6

19 21,3 11,6 66,2

Horas Temperatura ∆ % Humidade Conductância

10 20,7 16,7 220,7

14 24,9 16,9 105,6 Loureiro (Laurus

nobilis) 17 25,4 15,8 85,7

19 21,3 10,1 9,9

Horas Temperatura ∆ % Humidade Conductância

10 23,5 17,2 174,2

14 26,3 19,8 154,3 Eucalipto

(Eucalyptus sp.) 17 25,6 17,9 111,2

19 21,2 6,5 27,7

a) Comente a variação da conductância estomática verificada em cada espécie de planta. b) Interprete a variação interespecífica registada nos valores da conductância estomática.

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8 – Os gráficos seguintes apresentam a variação da conductância estomática de duas espécies de Batateira (Solanum tuberosum cv. Kennebec e Solanum gandarillasii) em função do potencial de água do solo.

(a) Linear regression of measured stomatal conductance as a function of soil water potential for mature fully expanded leaflets of S. tuberosum cv. Kennebec (r2 = 0.57; p < 0.0001) and S.

gandarillasii (r2 = 0.45; p < 0.0001). (b) Linear regression of measured stomatal conductance as a function of soil water potential for apical expanding leaflets of S. tuberosum cv. Kennebec (r2 = 0.65; p < 0.0001) and S. gandarillasii

(r2 = 0.53; p < 0.0001). Fonte: W.K. Coleman / Environmental and Experimental Botany 62 (2008) 221–230. a) Comente os resultados apresentados. b) Em função desses resultados que estratégias de adaptação ao stress hídrico apresentarão as duas espécies.

S. tuberosum cv. Kennebec

Solanum gandarillasii

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9 – Na tabela seguinte estão registados os valores do teor relativo de água (RWC), do potencial de pressão (WP), do potencial osmótico (OP) e da pressão de turgescência (TP) de duas espécies de Batateira (S. tuberosum cv. Kennebec e S. gandarillasii) em diferentes situações hídricas:

a) plantas bem hidratadas. b) plantas sujeitas a stress hídrico. c) plantas sujeitas a stress hídrico e depois rehidratadas.

Fonte: W.K. Coleman / Environmental and Experimental Botany 62 (2008) 221–230. a) Faça uma análise sucinta da variação destes parâmetros nas duas espécies e nas situações hídricas a que as plantas estiveram sujeitas. b) Em função destes valores, e dos que constam na tabela seguinte, que estratégias de adaptação ao stress hídrico apresentarão as duas espécies.

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10 – Os dados que constam nas tabelas seguintes reportam-se a um trabalho realizado em Portugal com o objectivo de estudar as respostas fisiológicas de Luzerna (Medicago truncatula) ao stress hídrico (C. Nunes et al. Environmental and Experimental Botany 63 (2008) 289–296). I - Na tabela seguinte estão registados os valores do conteúdo de água do solo, SWC (%), em três situações hídricas (controlo: solo hidratado, stress moderado: 4 dias sem rega, e stress severo: 7 dias sem rega) e suas implicações sobre as folhas de Luzerna (Medicago truncatula) ao nível de:

a) Conteúdo Relativo de Água – RWC (%). b) Taxa fotossintética líquida - A( µmolCO2 m

-2.s-1). c) Taxa de transpiração – E (mmol H2O m-2.s-1). d) Conductância estomática – gsca (mmol CO2 m

-2.s-1). e) Concentração de CO2 intercelular – Ci (µmol mol-1). f) Eficiência Uso de Água – WUE (µmolCO2 mmol-1 H2O).

a) Descreva sucintamente o comportamento desta espécie (Medicago truncatula) em função das situações hídricas referidas. II - Na tabela seguinte estão indicados os efeitos do “deficit” hídrico na eficiência fotoquímica do PSII, na taxa de transporte de electrões (ETR), na concentração de pigmentos de clorofila a e total e na concentração de carotenóides.

a) Em função destes resultados que conclusão retira sobre o efeito do “deficit”/stress hídrico no metabolismo fotossintético destas plantas.

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III–Os gráficos seguintes apresentam a variação da taxa de assimilação líquida do CO2 (µmolm-2s-1) e da concentração interna do CO2 (µmolmol-1) em função da conductância estomática para o CO2 ( mmol m-2.s-1).

a) Sendo a luzerna uma espécie C3, indique como varia a taxa de assimilação líquida do CO2

(µmolm-2s-1) quando se verificam elevados valores de intensidade luminosa e de temperatura. Justifique a sua resposta.

b) Em sua opinião como varia a da taxa de assimilação líquida do CO2 (µmolm-2s-1) numa planta

C4, quer em função da conductância estomática para o CO2 (mmol m-2.s-1), quer quando se verificam elevados valores de intensidade luminosa e de temperatura. Justifique a sua resposta.

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11 – Os gráficos seguintes reportam-se a um trabalho realizado em Setembro na região de Múrcia (Espanha) com objectivo de estudar a conductância estomática, a taxa de transpiração e a produtividade de limoeiros em diferentes situações: plantas expostas directamente ao sol e plantas à sombra (E. Nicolás et al. Environmental and Experimental Botany 63 (2008) 200–206.).

Fig. Diurnal course of net radiation (Rn,Wm−2), vapor pressure deficit (VPD, kPa), transpiration (T,mmolm−2 s−1), leaf stomatal conductance (gL, mmolm−2 s−1), net photosynthesis (Pn, _molm−2 s−1) and decoupling coefficient (Ω, dimensionless) in exposed (black circles) and shaded (white circles) site. Values are average of the days 248, 252 and 257. Vertical bars on points are ±S.E. of the mean. a) Para as duas situações em estudo, plantas expostas directamente ao sol (círculos pretos) e

plantas à sombra (círculos brancos), comente a variação diurna registada nos parâmetros radiação (Rn), deficit pressão vapor (VPD), conductância estomática foliar (gL), fotossíntese líquida (Pn) e transpiração das plantas (T),

b) Que implicações agronómicas poderão ter, ou têm, estudos desta natureza, especialmente no

desenvolvimento de algumas práticas agrícolas em culturas na região mediterrânica.