questÕes ambientais - agronomiayamamoto.com.br · da apostila de perÍcias e avaliaÇÕes de...
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QUESTÕES AMBIENTAIS
Lei n° 12.651-Código Florestal Atualizado
Decreto n° 8.235 Compensação de RL
Instrução Normativa n°2- CAR
Ipê roxo
PRA-Programa de Recuperação Ambiental
Luiz Yamamoto
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QUESTÕES AMBIENTAIS APP + RESERVA
LEGAL
CÓDIGO FLORESTAL ATUAL
PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL -
PRA
PRAGAS URBANAS
LAUDOS TÉCNICOS AMBIENTAIS E AVALIAÇÕES
Presidente Prudente – SP Setembro de2018
LUIZ YAMAMOTO
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SUMÁRIO
Capa, 1
Contracapa, 2
Prefácio, 5
1.0 - Breve Curriculum, 5
2.0 – Tabela do ITR, 7 a 8
3.0 - Título do livro, 9
4.0 – Pragas Urbanas, 9 a 10
5.0 – Código Florestal, 10 a 11
6.0 – Mapa de Biomas, 12 a 13
7.0 – Reserva Legal, 14
7.1 – Área Consolidada, 14 a 15
7.2 – Área de Reserva Legal – Localização, 15 a 16
8.0 – CRA – Cota de Reserva Legal, 16 a 17
9.0 – Área de Preservação Permanente, 17 a 19
9.1 – Leito Regular, 19 a 21
9.2 – App sem vegetação, faixa marginal, 21 a 24
9.3 – App em nascentes, 24 a 26
10.0 – Lei n°12.727/12, 26 a 28
11.0 – App + RL, 28 a 29
11.1 – Corredor ecológico, 29 a 30
12.0 – Manejo Florestal Sustentável, 30 a 31
13.0 – CAR, 31
14.0 – Programa de Regularização Ambiental-PRA,31/32
14.1 – Apoio ao PRA, 32 a 33
15.0 – Crédito de Carbono, 34
16.0 – Controle do Desmatamento, 35 a 37
16.1 – Áreas consolidadas em App, 37 a 38
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16.2 – Regularização da App + RL, 38 a 40
16.3 – Custo para recomposição, 40 a 41
16.4 – Recomposição com Eucalipto, 42
16.5 – II Regeneração natural App+RL, 42 a 44
16.6 – III Compensar a RL, 44 a 51
17.0 – Conclusão e desequilíbrio ecológico, 52 a 58
18.0 – Mata Atlântica no Piauí, 59
19.0 – Anexos, 60
19.1 – Projeto de Recomposição de RL, 61 a 68
19.2 – Projeto de Recomposição da App, 69 a 73
20.0 – Decreto nº 8235/14 RL+APP, 74 a 84
21.0 – Parecer sobre IN 2 – CAR, 84 a 85
22.0 – Bibliografia, 86 a 87.
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PREFÁCIO
No presenteLivro: QUESTÕES AMBIENTAIS: APP+ RESERVA
LEGAL,acrescentou-se o Decreto nº 8.235 e a IN - Instrução Normativa nº 2, publicados
em maio de 2014,juntou-seos anexos e dá o seu Parecer Técnico sobre estes
documentos. A Lei 12.651/2012 com a regulamentação pelo Decreto citado e IN 2 está
completa. E cita os principais artigos da lei do ITR e da Reforma Agrária e propõe
elaborar Laudos Técnicos Ambientais e de Avaliações de imóveis Rurais para instrução
de processos judicias. Está de conformidade com o julgamento do STF.
A capa desta edição mostra o Ipê Roxo, árvore considerada símbolo do Brasil e
praticamente extinta. As que ainda existem estão isoladas no meio ambiente pela sua
beleza paisagística quando floresce.
1.0 - BREVE CURRÍCULO
Luiz Yamamoto é Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz – USP em 1973. CREA-SP: 40.910/D, professor de agronomia por 20 anos na
disciplina Avaliações e Pericias Rurais, Perito Judicial em centenas de processos, autor
do Livro CÓDIGO FLORESTAL NA AGRONOMIA, CONTROLE DOAEDES AEGYPTIe
da APOSTILA DE PERÍCIAS E AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS RURAIS.
Elabora Projetos de criação e averbação de RPPN, EPIA/RIMA e compensação de
RESERVA LEGAL, prevista no Art. 66 da Lei 12.651/12.
Profissional habilitado para combate às pragas urbanas.
Endereço: Rua Genésio Pinheiro Mendes, 83
CEP 19 053-759 - Presidente Prudente-SP
Fone: (18) 3908-3399/ (18) 98104-3399 / (18) 99771-5639
E-mail:[email protected] e
Site: www.agronomiayamamoto.com.br
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Com conhecimentos adquiridos em dezenas de anos como perito judicial federal e
professor da matéria por 20 anos cita uma frase: Antes de comprar imóvel rural
consulte um especialista e o autor deste livro é um deles. Vejamos a razão:
Com o novo Código Florestal através do CADASTRO RURAL - CAR qualquer órgão governamental tem acesso aos imóveis, ressaltando: Incra, Receita Federal e Órgãos Ambientais. No caso do Incra basta acessar o CAR e saber se o imóvel faz a utilização adequada dos recursos naturais. Se a APP está conservada e respeitada a sua extensão. Além disto, precisa ter o percentual de 20%, 35% ou 80% de reserva legal, materializada e averbada na matrícula do imóvel. Se não tem está descumprindo a legislação em vigor e pode ser desapropriada.
A Receita Federal também é avisada que houve a mudança de titularidade. O “LEÃO” quer arrecadar e notifica o novo dono a apresentar a base de cálculo do ITR com Laudo Técnico do engenheiro agrônomo com ART de conformidade com a ABNT – NBR 14.653-3. As únicas áreas isentas de impostos são as de interesse ambiental, aí incluídas: APP + RESERVA LEGAL. Vide abaixo a tabela:
2.0 - TABELA DE ALÍQUOTAS PARA CÁLCULO DO IMPOSTO (%) ITR
Produtividade = GUT = 𝑨𝑬𝑼
𝑨𝑷X 100 ≥ 80%
GEE ≥100%
Tabela de alíquotas para cálculo do imposto (%) ITR
Área total do imóvel (em hectares)
Grau de utilização GU (em %)
Até 30 30 até 50 50 até 65 65 até 80 Maior de 80
Até 50 1,00 0,70 0,40 0,20 0,03
50 a 200 2,00 1,40 0,80 0,40 0,07
200 a 500 3,30 2,30 1,30 0,60 0,10
500 a 1000 4,70 3,30 1,90 0,85 0,15
1000 a 5000 8,60 6,00 3,40 1,60 0,30
Acima de 5000 20,00 12,00 6,40 3,00 0,45
Antes de sair por aí comprando áreas de fazendas ou de mata nativa observe a tabela acima. Se o CCIR – Certificado de Cadastro de Imóvel Rural classificou o imóvel como improdutivo, situação representada pelos três asteriscos (***), a alíquota do ITR –
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Imposto Territorial Rural pode chegar até 20% (vinte por cento) do VTN – valor da terra nua. O “Leão” notifica o novo dono e se não apresentar uma defesa convincente lavra o termo de atuação e multa, que pode chegar a ser maior que o valor da transação. Portanto, não compre gato por lebre.
3.0 - TÍTULO DO LIVRO
Por se tratar de livro técnico destinado às pessoas leigas que labutam no meio rural
ou residem na cidade o nome QUESTÕES AMBIENTAIS:APP + RESERVA LEGAL
pareceu-me ser mais simples e compreensível,para que o atual Código Florestal seja
interpretadode forma acumprir a missão preconizada na Lei, de criar o meio ambiente
saudável, para estas e futuras gerações. Desde a orientação sobreequipamentos
adequados, programas de computação topográfico para recepcionar os milhares de CAR
que serão enviados para aprovação, entre outras providências. Todos torcem para que
não serepita o que ocorreu em quase50 (cinquenta) anos, tempo que vigorou o Código
Florestal anterior – Lei 4.771/1965, período em que o desmatamento, ao contrário do
esperado, aumentou.
4.0 – PRAGAS URBANAS
Aos cidadãos urbanos que são vítimas de doenças causadas pelo Aedes aegypti
(Dengue, Chikungunha, Zika, Febre Amarela e outros ainda não identificados) podem
recorrer a nós que temos método eficiente para erradicar este pernilongo. Outras pragas,
antes não caracterizadas como problemas estão surgindo: Por exemplo, escorpião,
pombas, morcegos, barbeiros causadores da doença de Chagas, leishmaniose, entre
outras pragas e doenças. A presente obra tem SOLUÇÕES AMBIENTAIS para tudo isto.
O desmatamento desenfreado tem causado o desequilíbrio ambiental.
A cobrança está aí com a mudança climática como seca, chuvas, calor demais e
frio excessivos nunca antes registrados.Estão aparecendo pragas e doenças já citadas
em consequência aos desmatamentos e atuação antrópicas.
5.0 - CÓDIGO FLORESTAL LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de
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1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis
nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no
2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Em 2014 o Autor publicou o livro Código Florestal na Agronomia e nesteacrescenta
as alterações da Lei e destaques aos artigos mais importantes para os produtores rurais.
A alteração da lei do Imposto Territorial Rural – ITR mexe no bolso do proprietário rural,
no bom sentido, porque dá incentivo para produtor que preserva. Prevê também
pagamento em dinheiro para aqueles que aderem ao PRA – Programa de Recuperação
Ambiental, que será abordado no presente livro.
O IBGE disponibiliza o MAPA DE BIOMAS CONTINENTAIS:
Bioma Amazônia 4,2 (quatro vírgula dois) milhões de Km² ou 419,69 milhões de
hectares;Bioma Cerrado 02 (dois) milhões de Km² ou 203,64 milhões de hectares;Bioma
Mata Atlântica 1,11 milhões de Km² ou 111,00 milhões de hectares é o terceiro maior
bioma e o mais devastado; Bioma Caatinga 844 mil km² ou 84,44 milhões de hectares;
Bioma Pampa, semelhante ao Bioma Campos, com área de mais de 176 mil Km² ou
17,65 milhões de hectares;Bioma Pantanal 150 mil Km² ou 15 milhões de hectares. Só
para lembrar, 01 (um) Km² é igual a 100 (cem) hectares e 01 (um) hectare são 10.000
(dez mil) m². Portanto, estes Biomas são chamados de Biomas Continentais.
6.0 - MAPA DE BIOMAS DO BRASIL
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Amazônia Legal – ACRE, PARÁ, AMAZONAS, RORAIMA, RONDONIA, AMAPÁ e MATO
GROSSO, além das regiões situadas ao norte do paralelo 13ºS, dos Estados de
Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano 44ºW, do Estado do Maranhão.
Bioma Amazônia:80% de Reserva Legal, ou seja 80% deve ser de mata nativa
amazônica e 20% pode ser destinada à atividade do Agronegócio. Na prática, na maioria
das vezes, é no mínimo o contrário e em muitos casos não temos nem 10% de mata
nativa;
Bioma Cerrado da Amazônia Legal: 35% de Reserva Legal. Da mesma forma
35% deverá ser de mata nativa de cerrado e o resto de 65% por ser destinado ao
Agronegócio;
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Demais Biomas: Cerrado fora da Amazônia Legal, Caatinga, Mata Atlântica,
Pantanal e Pampa: 20% de Reserva Legal.
Os percentuais podem mudar conforme Decreto Estadual, por exemplo o de nº
1.031/2018, Governo do Mato Grosso.
7.0 - RESERVA LEGAL
Percentual (%) em cada Bioma
O termo área consolidada. Ao longo da redação da Lei repete-se o termo, porém
como Área Rural Consolidada, APP Consolidada e Área Urbana Consolidada.
7.1 - ÁREA CONSOLIDADA
São as áreas já existentes na data do Decreto 6.514 em 22 de julho de 2008. Este
Decreto dispõe sobre as infrações e sanções administrativas cometidas por pessoas ao
meio ambiente. O Código Florestal estabeleceu que a data da assinatura do Decreto
6.514, 22 de julho de 2008, é a data básica – “divisor de águas”. Todas as práticas contra
o meio ambiente cometidas antes desta data deixarão de sofrer punições, se houver a
reparação dos danos. O STF julgou que não está isento de punição quem cometeu
crime de desmatamento antes dessa data, se reparar o dano causado, através de projeto
de recuperação agronômica.
Mais adiante será descrito com mais detalhes de como reparar os danos causados
com base na Instrução Normativa do MMA e os respectivos Decretos Estaduais.
Na propriedade e até mesmo em casas de pescadores na beira do rio que não
causem grande impacto ambiental,antes precisava passar por inúmeras exigências
burocráticas. O Atual Código simplificou e o que não podia antes, agora pode!
Com a definição clara sobre o que é área rural ou urbana consolidada e de baixo
impacto ambiental, muitas dessas obras construídas antes de 22 de julho de 2008 não
serão mais alvos de demolição determinada pelos órgãos ambientais competentes. Existe
a Lei e, portando, deverá ser cumprida.
7.2 - DA ÁREA DE RESERVA LEGAL
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Art. 14 – LOCALIZAÇÃO DA RESERVA LEGAL:
I. De acordo com o plano de bacia hidrográfica, com o que o STF não
concorda.
Em alguns estados a SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE- SEMA, já tem estudo e
mapeamento do local que cada imóvel deverá destinar para a Reserva Legal.
II. ZEE
III. Corredores Ecológicos, geralmente com largura mínima de 100(cem) metros
ou definida pelo SEMA, interligando Reserva Legal e Área de Preservação Permanente.
Após a aprovação a localização da área de RL, deverá ser isolada e demarcada,
com memorial descritivo e coordenadas geográficas georreferênciadas.
O Art. 15 é um dos marcos divisores entre o antigo Código e o atual. O bom senso
prevaleceu, de somar a APP à Reserva Legal (APP + RESERVA LEGAL). O STF
concorda.
8.0 - CRA (COTA DE RESERVA AMBIENTAL)
A mata excedente ao percentual da Reserva Legal existente no imóvelpode ser
transformada em Cota de Reserva Ambiental – CRA e ser arrendada ou vendida dentro
do mesmo bioma para compensar o passivo ambiental de outros imóveis rurais que
desmataram além da autorizada.
Do Autor: O novo Código sancionado em 2012 discorre sobre o CRA, mas
passados mais deseis anos ainda não “pegou”. Está na Lei, mas não foi praticada.
Enquanto isto os oportunistas que seintitulam “investidores”procuram áreas gigantescas
de matas nativas ainda existentes para comprar e depois que o CRA “pegar” vender por
preços supervalorizados. Mais adiante, no item Compensação Ambiental vamos abordar
sobre o assunto.
9.0–ÁREADE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
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Tabela 01: Para imóveis
acima de 04 MF
APP Módulo
Fiscal (MF)
5m Até 01
8m 01 a 02
15m 02 a 04
20 a 100m
conforme PRA
+ 04
30m Lagoa + 04
Tabela 02: Nas áreas de Preservação Permanente, é autorizada exclusivamente, a
continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas
rurais consolidadas em até 22 de julho de 2008. Ao longo dos cursos d´água naturais,
será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais.
Cursos d’água APP*
10m 30m
10 a 50m 50m
50 a 200m 100m
200 a 600m 200m
+ 600m 500m
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*APP: faixa marginal de qualquer curso d’água natural, perene e intermitente.
Para os imóveis rurais com área superior a quatro MF’s, que possuam áreas
consolidadas em APP ao longo do curso d’água naturais serão obrigatória a
recomposição das respectivas faixas marginais:
20 metros, contados da borda da calha do leito regular, para imóveis com
áreas superiores a 04 e de até 10 MF’s, nos cursos d´água e com até 10 metros de
largura:
Nos demais casos, extensão correspondente à metade da largura do curso
d´água, observando o mínimo de 20 e o máximo de 100 metros, contados na borda da
calha do leito regular.
Nos imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em APP ao longo dos cursos
d’água, no entorno de lagos e lagoas naturais serão admitidas a manutenção das
atividades agrossilvopastoris, de ecoturismos ou de turismo rural, sendo obrigatória a
recomposição de faixa marginal com largura mínima conforme a tabela abaixo:
9.1 - LEITO REGULARé a calha por onde correm regularmente as águas de um rio
durante o ano. Nas inundações que podem ocorrer em épocas chuvosas a água vaza e o
leito regular se descaracteriza. Lembrando que a APP se mede a partir do leito regular.
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APP 100m APP 100m
Leito Regular
Rio
Art. 4º Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem,
a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
9.2 - APP SEM VEGETAÇÃO, FAIXA MARGINAL E TABELAS
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Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente,
a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em
áreas ruraisconsolidadas até 22 de julho de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
O ART. 61-A trata de Áreas de Preservação Permanente consolidadas, ou seja,
autoriza as atividades agropecuária e reflorestamento praticados antes de 22 de junho de
2008. Por exemplo, rizicultura nas várzeas, viticultura e cafeicultura nas serras, gado nos
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morros de APP, podem continuarse não estiverem causando impacto ambiental
significativo.
§ 5o Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação
Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a
manutenção de atividades agrossilvopastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo
obrigatória a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros. (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
9.3 - APP EM NASCENTES
Em nascentes o raio da APP sendo de 50 metros, como ilustra a foto da
nascente do rio Tietê, calculando pela fórmula: 𝑨 = 𝝅𝒓𝟐, onde𝝅 (PI)= 3,1416 e r é o
raio de 50 m em área não consolidada a área(A)= 3,1416x50x50= 7.854 m². Se
considerarmos 15 m, em área consolidada: (A)= 3,1416x15x15= 706,86 m². Portanto,
menos de 10% de área de APP.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vertedouro
§ 9o A existência das situações previstas no caput deverá ser informada no CAR
para fins de monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de técnicas de
conservação do solo e da água que visem à mitigação dos eventuais
impactos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Do Autor:
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No §9º e § 10º transcreve a obrigatoriedade dos proprietários na conservação do
solo e da água por meio de adoção de boas práticas agronômicas eda mesma forma a
realização das atividades nestas áreas de APP, e informado no CAR.
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho
de 2008, detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam atividades
agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente é
garantido que a exigência de recomposição, nos termos desta Lei, somadas todas as
Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não ultrapassará: (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área de até
2 (dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área
superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de
2012).
10.0- LEI Nº 12.727, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012.
Altera a Lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação
nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393 de 19 de dezembro de 1996, e
11.428, de 22 de dezembro de 2006; e revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, o item
22 do inciso II do art. 167 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2o do art. 4o da Lei no
12.651, de 25 de maio de 2012.
Autoriza intervenção ou supressão em APP se for de utilidade pública, de interesse
social ou de baixo impacto ambiental. Destes artigos somente o 9º permite o acesso de
pessoas e animas à APP para obter água e para realização de atividade de baixo impacto
ambiental.
O que seria baixo impacto ambiental?
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A magnitude do impacto ambiental e a forma de determinação estão expressas no
ART 11-A (§3º) - “zona costeira é patrimônio nacional” e que são sujeitas à apresentação
de Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA e ao Relatório de Impacto Ambiental –
RIMA.
EPIA: Tem o custo alto e incompatível com o setor rural para se medir o impacto
ambiental, seja ele considerado baixo ou alto. Teme-se que seja mais uma destas
medidas de autoridade ambiental para o arbitramento à sua conveniência. Como se diz:
“FIQUEM DE OLHOS ABERTOS”.
11.0- APP + RESERVA LEGAL
Do Autor: A soma das áreas de APP+RESERVA LEGAL está na Lei Federal. A
situação mostrada na imagem acima ilustra muito bem o benefício ao proprietário. Nesta
propriedade como emmuitas outras, a APP ultrapassa inclusive a área de Reserva Legal.
Outra razão para somar a APP +RESERVA LEGAL é essencialmente técnica.
Nenhum animal vive sem beber água e a maioria se banha para higienização e proteção
de ectoparasitas. Em caso de não existir água na mata de Reserva Legal, os animais
silvestres ficam expostos aos predadores no momento que deixam o seu abrigo em busca
de água. Daí a importância também dos corredores ecológicos.
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11.1 – CORREDOR ECOLÓGICO
http://viajeaqui.abril.com.br/materias/corredor-ecologico-reconecta-trechos-da-mata-atlantica Corredor ecológico do Pontal do Paranapanema interligando RL à APP
A maioria dos proprietários rurais quer produzir e cumprir com sua
responsabilidade em relação ao meio ambiente. O custo da regularização ambiental é alto
quando se trata de recomposição florestal, e “perder” o percentual de área no interior de
seu imóvel para RL, considerando-se as App existentes,torna-se operacionalmente
antieconômico e inviável.
IMPORTANTE: A matéria é complexa. O melhor é contratar um profissional e após
o orçamento mandar executar.
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12.0- MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL:
A administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos, sociais e
ambientais de forma sustentável. É um modelo de exploração racional com técnica de
baixo impacto ambiental. A Leiadmite a exploração econômica de Reserva Legal com
autorização do órgão ambiental competente.
13.0 - CADASTRO AMBIENTAL RURAL – CAR
Do Autor:O DECRETO nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, cria o CAR – Cadastro
Ambiental Rural, é um registro público eletrônico de âmbito nacional, “obrigatório para
todos os imóveis rurais ...”.
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14.0-PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL
O primeiro passo para regularização Ambiental é recuperar a APP. Elabora-se o
projeto e se submete à aprovação do SEMA. Uma vez aprovado executa-se. Existem
empresas especializadas que também plantam as mudas nativas. Peça orçamento. Pode
sair melhor e mais barato. Faça um contrato e paga depois que a SEMA aprovar.
CAPÍTULO X
14.1 - Do Programa de ApoioeIncentivo à Preservaçãoe Recuperação do Meio
Ambiente
Do Autor:
Até este capítulo muitas “obrigações de fazer”. Recuperar a mata nativa ou
conservá-la não é fácil, custa tempo e dinheiro.
O benefício que a mata traz é muito grande. É imprescindível, mas conciliar a
produção agropecuária e preservação é a chave da questão.
ART. 41, pela primeira vez o Governo admite pagamento ou incentivo a serviços
ambientais como retribuição.
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Do Autor:
As promessas deste tipo são difíceis de cumprir, portanto,cada um deve fazer a
sua parte e não esperar nada dos governantes.
A Lei nº 9.985, referida no § 6º acima transcrito,regulamenta e institui o Sistema
Nacional de Unidade de Conservação da Natureza. No ART. 36 da mesma Lei
dispõemsobre Licenciamento Ambiental e EIA/RIMA. E a Lei nº 12.727 - § 7º dispõe sobre
a proteção da vegetação nativa.
Quando envolve dinheiro para pagamento de benefício ambiental pelo Governo
precisa-se de cautela. Implantamos RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural em
mais de (1.000) mil hectares da Mata Atlântica do Estado de São Paulo. A Lei previa
recurso do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA para quem instituísse a Reserva.
Passados mais de quinze anos ninguém viu a cor do dinheiro.
15.0- CRÉDITO DE CARBONO
Sobre crédito de carbono, relataremos o seguinte:
Já se tem notícia de que cotas provenientes do sequestro de carbono estão à
venda. Cuidado! O Protocolo de Kyoto de dezembro de 1997 estabelece que a mata pré-
existente antes dessa datasequestra, mas não gera crédito de carbono. Apenas
considera-se como data básica (dezembro de 1997). As matas nativas ou não, plantadas
após esta é que geram o crédito.Após curso no CREA–MS sobre o assunto, identificamos
que o projeto é muito trabalhoso e oneroso, viável, portanto às grandes plantações, por
exemplo, de eucalipto.
O Art. 42 dispõe sobre futura implantação pelo Governo de multa para quem
desmatou depois de 22 de junho de 2008.
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Do Autor:A Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, dispõe sobre as sanções
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e
dá outras providências.
16.0 - DO CONTROLE DO DESMATAMENTO
Do Autor:
Se o desmatamento for ilegal, a área será embargada e tornará pública na internet,
informando em que estágio se encontra o processo administrativo.
O órgão ambiental encaminhará o processo ao MINISTÉRIO PÚBLICO, que
instalará o INQUERITO CIVIL – IC ou até mesmo AÇÃO CIVIL PÚBLICA, esta última já
no âmbito judicial.
Em IC – Inquérito Civil, o proprietário deverá comparecer ao MINISTÉRIO
PÚBLICO, de preferência com um profissional ambiental de sua confiança. Pode dar
uma Procuração para representar-lhe no Inquérito na fase administrativa. O Procurador
Público dará o prazo para recuperar o dano causado. Pode pedir para assinar o Termo de
Compromisso. A obrigação de recuperar o eventual passivo ambiental e averbação da
Reserva Legal são itens que serão solicitados. O CAR é essencial. A regularização
ambiental deve ser de conformidade com a Normativa do Programa de Recuperação
Ambiental – PRA. Portanto, tarefa para profissional habilitado.
Art. 60. Dispõe sobre a assinatura de termo de compromisso e da suspensão da
punibilidade dos crimes ambientais. Da mesma forma, conforme o artigo anterior está
suspenso. O Decreto Nº 8.235/2014 – Art. 12 manda adequar o Termo de Compromisso
ou instrumentos similares firmados sob vigência da legislação anterior, ao disposto na Lei
12.651/2012.
Os Artos. 61 – A, B e C e 62 dispõem sobre APP, estão em capítulo próprio, onde
os ordenamos para facilitar o entendimento.
No § 5o Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no
entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção de atividades
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agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio
mínimo de 15 (quinze) metros. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Do Autor: Lembre-se da fórmula da página 27. Ninguém receberá um prêmio se
deixar mais áreas de APP.
Art. 63. (§3o) Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no
inciso VIII do art. 4o, dos imóveis rurais de até 04 (quatro) módulos fiscais, no âmbito do
PRA, a partir de boas práticas agronômicas e de conservação do solo e da água,
mediante deliberação dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente ou órgãos colegiados
estaduais equivalentes, a consolidação de outras atividades agrossilvipastoris,
ressalvadas as situações de risco de vida.
O Autor definiu que a presente obra tem como objetivo instruir os produtores rurais
e a Lei nº 11.977 dispõe sobre assunto não pertinente ao presente livro e, além disto, já
está escrito no livro Código Florestal na Agronomia, também de minha autoria.
16.1 - DAS ÁREAS CONSOLIDADAS EM ÁREAS DE RESERVA LEGAL:
Art. 66. O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de julho de
2008, área de Reserva Legal em extensão inferior ao estabelecido no art. 12, poderá
regularizar sua situação, independentemente da adesão ao PRA, adotando as seguintes
alternativas, isolada ou conjuntamente:
16.2 – REGULARIZAÇÃO DA APP+RL
I - Recompor a Reserva Legal;
II - Permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal;
III - Compensar a Reserva Legal.
§ 1o A obrigação prevista no caputtem natureza real e é transmitida ao sucessor no
caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.
§ 2o A recomposição de que trata o inciso I do caputdeverá atender os critérios
estipulados pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em até 20 (vinte) anos,
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abrangendo, a cada 2 (dois) anos, no mínimo 1/10 (um décimo) da área total necessária à
sua complementação.
§ 3o A recomposição de que trata o inciso I do caput poderá ser realizada mediante
o plantio intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas, em sistema
agroflorestal, observados os seguintes parâmetros:
I - O plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as espécies nativas
de ocorrência regional;
II - A área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50%
(cinquenta por cento) da área total a ser recuperada.
§ 4o Os proprietários ou possuidores do imóvel que optarem por recompor a
Reserva Legal na forma dos §§ 2o e 3o terão direito à sua exploração econômica, nos
termos desta Lei.
Do Autor:
A Lei dispõe sobre a recomposição em até 20 (vinte) anos, plantar a cada 02 (dois)
anos no mínimo 1/10 (um décimo), e que deverá se atentar aos critérios estipulados pelo
Órgão Ambiental.
Conclui-se que não se deve sair plantando mata nativa arbitrariamente. Em
primeiro plano é necessário demarcar no imóvel a localização que pretende que seja a
área de Reserva Legal e se submeter à aprovação do órgão ambiental. O CAR deverá ser
apresentado. Uma vez ouvido o órgão ambiental e cumprido as exigências, elabora-se o
Programa de Regularização Ambiental – PRA, cujo modelo ilustrativo será mostrado no
item anexo.
Isolar a área que será destinada à Reserva Legal é o primeiro passo e a
regeneração natural se coloca como a alternativa mais viável economicamente. Pode ter
diversas áreas de RL, mas todas elas devem ser contínuas ou ligadas com corredores
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ecológicos, conforme o Art. 14. Na Lei atual as áreas de Reserva Legal também devem
estar georreferenciadas, com memoriais descritivos e demarcados por coordenadas
Vide no Anexo I exemplo de projeto de regularização de Reserva Legal.
16.3 – CUSTO PARA RECOMPOSIÇÃO DE APP + RL:
O custo é muito alto. Ultrapassa
R$15.000,00/ha. As dificuldades também. Portanto, quem não conhece sobre o
assunto, o melhor é deixar para umespecialista, tanto o projeto, como a execução.
O que a natureza fez ao longo de séculos, nos diferentes biomas, o homem jamais
conseguirá imitar.
A Lei está aí para ser cumprida. É interessante procurar alternativas para baratear
o processo de recomposição aplicável em cada caso.
Recompor a mata com plantio intercalado de espécies exóticas pode ser uma
alternativa. A Lei determina que devam ser plantadas no máximo 50% (cinquenta
porcento) de espécies exóticas e 50% (cinquenta por cento)de espécies nativas.
A quantidade de espécies de plantas nativas naquela área de projeto deverá ser
objeto de pesquisa. Pode variar de 600 (seiscentas) espécies a 1600 (mil e seiscentas)
espécies diferentes.
A cada projeto de recomposição a quantidade de plantas variará em função do
espaçamento adotado. A título de exemplo, vamos eleger oeucalipto como planta exótica,
como pioneira de crescimento rápido.
16.4 – RECOMPOSIÇÃO COM EUCALIPTO
A seguir se apresenta croqui onde o símbolo seria eucalipto e * planta nativa:
3x4 m
* * * * *
* * * * *
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* * * * *
3m * * * * *
* * * * *
O espaçamento entre plantas é de 4 metros e entre linhas de 3 metros, ou seja, 04
x 03 = 12 m². Em 01 (um) hectare teremos 833 plantas sendo metade eucalipto e outra
metade plantas nativas. Como podemos ver o processo é para profissional. São diversas
etapas que exigem conhecimentos técnicos.
16.5 - II –A REGENERAÇÃO NATURAL NA APP + RL:
Art. 66 - II – permitir a regeneração natural de vegetação na área de App + Reserva
Legal;
Do Autor:
Tanto no ART. 66-II– sobre Reserva Legal – como no ART. 61 (§13-I) –sobre APP
– é permitida a regeneração natural de vegetação. Em ambos os casos a Lei faz
referência sobre a aprovação do órgão ambiental.
No atual Código, no item ManejoAgroflorestal, embora não especifique que pode
ter gado na APP não o proíbe, pois nele dispõe “que boas práticas agronômicas devem
ser adotadas para regenerar as áreas consolidadas”.
Técnica conhecida como integração Pecuária e Floresta, já está sendo praticada.
Na recomposição com plantio intercalado de mata nativa e eucalipto, o gado deve
ser colocado mesmo que seja apenas na área de eucalipto. Na presença de gramínea o
gado não come o eucalipto. Assim amortiza os custos. Embora nunca fique mais barato
que o processo de COMPENSAÇÃO de áreas. No Anexo II está referido Projeto de
Recomposição de Mata Ciliar.
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O Projeto de recuperação da APP é menos oneroso. A condição do terreno úmido
e geralmente de menor dimensão, o que facilita o trabalho e propicia o brotamento de
Matas Nativas plantadas com semente ou mudas.
Uma alternativa viável de recomposição da APP é plantar espécies vegetais
nativas nas áreas ciliares e uma boa escolha são as frutíferas adaptadas aos solos
úmidos e as frutas adequadas à alimentação de peixes, aves e outros animais
disseminadores de sementes.
16.6 - III – COMPENSAR A RESERVA LEGAL:
A novidade que traz o Código Florestal atual é a de compensar, em qualquer
Estado, desde que seja do mesmo bioma. No Código anterior – Lei nº 4.771/65 – estava
permitido compensar somente na mesma bacia hidrográfica. No Decreto 1.031/2018
mato-grossense não se observa no texto nenhuma restrição nesse sentido e a própria
SEMA-MT conclui que: “com advento do Decreto se torna possível a compensação de
déficit de Reserva Legal de áreas do Estado de Mato Grosso por meio da oferta de áreas
privadas inseridas em unidades de Conservação de domínio público localizados em
estados da Federação, desde que observado o disposto no inciso III, parágrafo 5º do Art.
66 da Lei 12.651/2012”. O MT posiciona como líder brasileiro do Agronegócio. O SEMA-
SP nos informou que está em estudo algo para se adequar à Lei Federal. Por enquanto,
ainda não autoriza a COMPENSÃO DE RLpor meio de utilização de áreas de outros
estados. A Adin do MPF julgado pelo STF mais atrapalhou que ajudou.
Na definição de Bioma não faz nenhuma menção sobre compensação entre áreas
com identidade ecológica. A compensação da Reserva Legal deverá ser feita no mesmo
BIOMA, independentemente de limites territoriais e não se refere a ecossistema, como
era determinado na Lei nº 4.771. O critério fitogeográfico não foi considerado. A própria
definição dada pelo IBGE/MMA – BIOMA esclarece a dúvida. Basta ser do mesmo bioma,
do Bioma Mata Atlântica do interior de São Paulo; poderá ser compensada tanto na Bahia
como em Santa Catarina ou Paraná, com Mata Atlântica existente na Serra do Mar –
cadeia montanhosa que se estende por mais de 1.500 (um mil e quinhentos) quilômetros
ao longo do litoral do Rio de Janeiro até o Norte do estado de Santa Catarina. A Serra da
Mantiqueira também está no Bioma Mata Atlântica, portanto, passível de compensação
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em áreas com passivo ambiental de São Paulo, Paraná e outros estados do mesmo
Bioma (Mata Atlântica).
Fica claro que a compensação pode ser efetuada entre áreas não dependentes da
mesma bacia hidrográfica. A área de origem da mata pode estar em um Estado e a área
beneficiada em outro. Desta forma, se você tem um passivo ambiental em Rondônia
poderá compensar com área localizada no Estado do Pará, ou em qualquer outro Estado
desde que seja o mesmo bioma. Vide o Decreto Nº 8.235 Art.16 nositens anexos.
A compensação pode ser definida como “técnica de trazer virtualmente através de
memorial descritivo com coordenadasgeorreferenciadas de uma área para outra”, sempre
precedida do CAR. Há condição para requerer a compensação, recuperar a Área de
Preservação Permanente da propriedade com passivo ambiental.
Por isso antes mesmo de comprar a CRA, recupere a APP de sua propriedade e
depois peça autorização para a compensação.
Ainda no ART. 66 - III – no tema Compensar a Reserva Legal, têm-se os seguintes
parágrafos:
§ 5o A compensação de que trata o inciso III do caputdeverá ser precedida pela
inscrição da propriedade no CAR e poderá ser feita mediante:
I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA;
II - arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou Reserva Legal;
III - doação ao poder público de área localizada no interior de Unidade de
Conservação de domínio público pendente de regularização fundiária;
IV - cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva Legal, em
imóvel de mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com vegetação nativa
estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde que localizada no mesmo bioma.
§ 6o As áreas a serem utilizadas para compensação na forma do § 5o deverão:
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I - ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser compensada;
II - estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser
compensada;
III - se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas como prioritárias
pela União ou pelos Estados.
§ 7o A definição de áreas prioritárias de que trata o § 6o buscará favorecer, entre
outros, a recuperação de bacias hidrográficas excessivamente desmatadas, a criação de
corredores ecológicos, a conservação de grandes áreas protegidas e a conservação ou
recuperação de ecossistemas ou espécies ameaçadas.
§ 8o Quando se tratar de imóveis públicos, a compensação de que trata o inciso III
do caputpoderá ser feita mediante concessão de direito real de uso ou doação, por parte
da pessoa jurídica de direito público proprietária de imóvel rural que não detém Reserva
Legal em extensão suficiente, ao órgão público responsável pela Unidade de
Conservação de área localizada no interior de Unidade de Conservação de domínio
público, a ser criada ou pendente de regularização
Art. 68º- Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram
supressão de vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal previstos
pela legislação em vigor à época em que ocorreu a supressão são dispensados de
promover a recomposição, compensação ou regeneração para os percentuais exigidos
nesta Lei.
§ 1o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas
situações consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos históricos de
ocupação da região, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade,
contratos e documentos bancários relativos à produção, e por todos os outros meios de
prova em direito admitidos.
Do Autor:
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O Art.66 deixa claro que a adesão ao CAR é a primeira providência a ser tomada e
depois vem a compensação de acordo com as exigências solicitadas. No Art. 67, para
imóveis de até 04(quatro) módulos fiscais, a Reserva Legal é a vegetação existente em
22 de julho de 2008, mesmo que esta vegetação seja inferior ao percentual da RL exigido.
E no Art. 68 deixa claro que não precisa se adequar ao Código atual se a supressão ou
desmatamento foram realizados respeitando os percentuais de Reserva Legal conforme
preconizava a lei anterior. Atenção! É preciso provar estas situações conforme previsto no
§1º deste Artigo. Esta situação ocorre principalmente naquelas áreas antes consideradas
de transição, entre Bioma Amazônico e Cerrado, onde a RL era de 50% e não o atual
percentual, de 80%. No §2º os proprietários que não realizaram o desmatamento maior
que 50% (cinquenta por cento) poderão transformar a área excedente aos 50% (cinquenta
por cento) em CRA.
O ART. 80 faz menção a Lei nº 9.393 – Art. 10, que dispõe: “A apuração e o pagamento do
ITR serão efetuados pelo contribuinte, independentemente de prévio procedimento da
administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal,
sujeitando-se a homologação posterior”.
§ 1º Para os efeitos de apuração do ITR, considerar-se-á:
I - VTN, o valor dosimóveis excluídos os valores relativos a:
a) construções, instalações e benfeitorias;
b) culturas permanentes e temporárias;
c) pastagens cultivadas e melhoradas;
d) florestas plantadas;
II - área tributável, a área total do imóvel, menos as áreas:
d) sob regime de servidão ambiental; (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
Do Autor:O Art. 81 cita a Lei 11.428/2006 que dispõe sobre o Bioma da Mata
Atlântica, considerando-se que sofreu maior intervenção humana desde o descobrimento
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do Brasil. No Art. 35 da Lei 11.428 mostra claramente a necessidade de conservação
deste Bioma:
17.0 - CONCLUSÃO E DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO
O Homo sapiens predou muito do que existia na Terra. Desde as profundezas do
mar, o subsolo, até às alturas. Entre as principais vítimas estão os animais silvestres. O
homem pré-histórico viveu da caça, matando os animais para comer e utilizar-se de seus
restos mortais como armas, utensílios e vestuários. A atividade primária foi, na realidade,
a caça, depois a agricultura. Muitos povos começaram a prática de cultivo quando a caça
se escasseava. Os animais foram mortos pelo homem também quando estes últimos se
defendiam ou quando os primeiros representavam perigo. O mais cruel era matar por
esporte.
Outra forma de dizimar os animais está na atividade primária. O desmatamento
destruindo o habitat, as queimadas e os agrotóxicos que derivam para o meio ambiente
contribuiu muito para agravar a situação. A Lei de crimes ambientais vem contendo essa
prática secular. Aqueles animais que se adaptaram convivendo com os humanos estão
aumentando. Em muitas regiões as maritacas, lebres, macacos, porcos do mato,
capivaras, raposas entre outros, que não atacam diretamente o homem, em alguns casos
viraram pragas que atacam as lavouras. Em pesquisa de mercado, constatamos que a
maior parte das pessoas que vive em locais próximos às matas, elimina cobras e outros
supostamente peçonhentos. As feras estão nessa lista.
A população cresce na razão geométrica e a produção de alimento na razão
aritmética. Por mais que se aumente a produtividade a demanda de alimento é maior. O
uso da terra já não é só para produção de comida. Cada vez mais estão destinando o solo
para produção de energia e etanol e biodiesel são os principais. Pensar que vamos conter
a expansão do solo agriculturável com imposição de Leis não se sustenta, pois há a
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necessidade de se produzir e está no DNA do homem a prática de povoar e expandir a
produção. A questão é social, cultural e econômica.
Se tivéssemos que destacar um dos pontos positivos do atual Código Florestal
escolheria o ART. 66 - inciso II –COMPENSAÇÃO de Reserva Legal. Uma proposta
inteligente e em harmonia com o dinamismo da sociedade moderna. Como é
praticamente impossível, a longo prazo, impedir a expansão de áreas agriculturáveis,
conservar a mata nativa ainda existente é a forma mais viável. Devemos deixar os
animais no seu habitat, na mata ou transportá-los para esses lugares, se necessário, de
preferência o mais distante possível do homem para não correrem risco de serem mortos
ou se constituírem em vetores de zoonoses, por exemplo, macaco vetor da febre
amarela,nas florestas, nos zoológicos ou até mesmo nos Parques criados para essa
finalidade. A convivência pacífica entre humano e animais silvestres em condições
naturais é cada vez mais difícil.
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Reserva Legal urbana em Primavera Distrito de Rosana/SP
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Os animais silvestres desalojados do seu habitat migram para as plantaçõesonde
não causam grandes problemas. Os ninhos de pássaros na plantação de cana de
açúcar,o cachorro do mato e outros predadores não perturbam porque se alimentam dos
filhotes dos pássaros. Quando a cana é colhida e os referidos ninhos deixam de existir, os
predadorespodem adentrar ao ambiente do homem. Quando aparece cobra, o “caboclo”
se defende, protege a família e criações: mata sem dó.
Casa entre cana de açúcar e mata nativa
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A nova geração de jovens está no mundo virtual, em computadores, celulares entre
outras parafernálias eletrônicas. Muitos nunca viram, de perto, vacas, galinhas, porcos e
muito menos cobras, macacos, antas, onças entre outros animais nos seus hábitats. É
uma pena! A natureza é bela e saudável, todas as crianças deveriam participar dela.
A compensação de mata, a título de Reserva Legal, já era prevista nos antigos dos
Códigos Florestais. No atual Código Florestal evoluiu um pouco mais, permitindo
compensar não só na mesma bacia hidrográfica, mas em outros lugares do mesmo
Bioma, mesmo que estejam em Estados diferentes. Entretanto, poderia ser mais
completo:em Biomas diferentes. Não haveria remoção de uma folha sequer da mata
original. O transporte da CRA – Cota de Reserva Ambiental é virtual, por coordenada
geográfica. Toda vegetação, inclusive as rasteiras, têm a função ecológica de
proporcionar a diminuição do efeito estufa. Portanto, independentemente de ser de
qualquer Bioma, sequestra o gás carbono. As plantas consideradas como exóticas
também estão nesta relação. Por exemplo, o eucalipto e gramíneas.
18.0 – MATA ATLÂNTICA NO PIAUÍ
Serra Vermelha/PI- Mata Atlântica
O local é bonito de se ver, exceto quando existia centenas de fornos de carvão que
queimaram a raríssima Mata Atlântica, o que foi lamentável.
Do Autor: Há cinco anos presenciamos “in loco”. As últimas informações que temos
é que mandaram demolir todos os fornos.
Em Guariba/PI também existe floresta de Mata Atlântica que se estende até o
estado da Bahia, muitas dentro de Parques.
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19.0- Anexos
* Projeto Técnico de Recomposição de Reserva Legal.
* Projeto de Recomposição de Mata Ciliar em Fazenda.
* DECRETO Nº 8.235/MAIO DE 2014 COMENTADO.
* PARECER TÉCNICO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 2/MMA.
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19.1 PROJETO TÉCNICO
RECOMPOSIÇÃO DA RESERVA LEGAL
FAZENDA JUBILEU
ENG. AGRº LUIZ K. YAMAMOTO CREA 40.910/D
* CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE EDO TÉCNICO
* OBJETIVO
Atender à exigência legal de regenerar, através de Projeto de Recomposição, a
mata nativa equivalente no mínimo de 20% da área total da propriedade como Reserva
Legal.
* PROJETO
Conforme determina a Lei 12.651/2012 no inciso I: “Recompor a Reserva Legal de
sua propriedade mediante o plantio, a cada três anos de no mínimo 1/20 da área total
necessária à sua complementação, com espécies nativas, de acordo com critérios
estabelecidos pelo órgão ambiental estadual competente”.
“A recomposição de que trata o inciso I pode ser realizada mediante o plantio
temporário de espécies exóticas como pioneiras, visando à restauração do ecossistema
original, de acordo com critérios técnicos gerais estabelecidos”.
A área real da propriedade 20% a ser destinada a Reserva Legal.
* Método de Reflorestamento:
a) Estágio Sucessional com plantas distribuídas – reflorestamento heterogêneo
com essências nativas em plantio aleatório de espécies não selecionadas:
70% Pioneiras
30% Secundárias
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10% Clímax
b) Regeneração natural nas áreas próximas às matas existentes quando
existirem nos locais propágulos (sementes, ramos, raízes, etc.). Nessas áreas há grande
possibilidade de haver disseminação destes pelos animais existentes nestas matas.
Nesta área, portanto, é necessário efetuar o plantio de espécies segundo método
de estágio Sucessional conforme a relação acima mencionada.
c) A manutenção de bosques heterogêneos de essências nativas é muito mais
simples que um homogêneo de essências exóticas, porque é um ecossistema em
equilíbrio. Apenas na fase inicial, nos 02 (dois) ou 03(três) primeiros anos da implantação
demandam de cuidados, principalmente com a infestação das plantas daninhas e
formigas. Mesmo no caso de formigas, os problemas são bem menores que com
essências exóticas.
É preciso fazer inspeções mensais durante o período seco e proceder-se a roçadas
e capinas de coroamento das mudas durante o verão. No caso de plantios em linhas
visando tratos mecanizados, é conveniente estaquear as mudas para facilitar sua
visualização durante as operações. As plantas devem crescer livremente, não devendo
jamais efetuar podas de qualquer natureza. Estas só devem ser executadas em árvores
isoladas apenas quando se torna necessária sua contenção devido a obstáculos que
impeçam seu livre crescimento, como fios elétricos, residências, etc.
d) Combate a Formigas
Deverá ser feita a inspeção geral na área de plantio e adjacências a fim de localizar
e combater os formigueiros com o uso de formicida específico para cada situação.
e) Alinhamento e Marcação das covas
Estas operações consistem na determinação do ponto exato onde deverão ser
abertas as covas, devendo as linhas de plantio ser sempre alinhadas paralelamente às
curvas de nível.
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f) Coroamento para plantio
Para se evitar a competição aérea e radicular entre as ervas invasoras e mudas
deverão ser realizadas o coroamento com o uso de enxada ou ferramenta similar ao redor
das covas com um raio mínimo de 60 cm a partir das bordas da cova.
g) Plantio Florestal
Após retirar a embalagem (recipiente) da muda, esta deve ser colocada na cova
sobre uma pequena quantidade de mistura terra/fertilizante, alinhando-a corretamente.
Completa-se a cova com o restante da mistura, compactando adequadamente ao seu
redor. O colo da muda deve estar em concordância com a superfície do terreno, e o
substrato original, recoberto por uma leve camada de terra. O excesso da terra retirada da
cova, agora ocupada pela muda, deve ser disposto em coroa ao redor dela, com um raio
mínimo de 0,60 m, para assegurar um melhor armazenamento de água.
h) Irrigação
Essa operação consiste na distribuição de 5 (cinco) litros de água por planta,
quando por condições adversas, as mudas se aproximarem do ponto de murcha
permanente.
i) Replantio Florestal
Após 40 (quarenta) dias do plantio, a área deverá ser vistoriada, localizando as
covas das mudas que não sobreviveram para que nestes locais se repitam as mesmas
operações de plantio, executando-se a adubação na cova, considerada realizada.
j) Roçada manual de manutenção
Deve ser conduzida com foice ou ferramenta similar, assegurando o corte da
vegetação mais rente possível ao solo sem que, no entanto, seja arrancado o sistema
radicular. Essas operações serão realizadas somente nas entrelinhas de plantio.
k) Capina manual em coroa
Com uso de enxadas ou ferramentas similares, eliminar as ervas invasoras
existentes dentro das coroas de plantio, conservando um raio mínimo 0,60 m.
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l) Adubação localizada em cobertura
* CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
QUADRO DE ÁREA DE RESERVA LEGAL
MATA
EXISTENTE (ha.)
MATA A
RECOMPOR (ha.)
TO
TAL (ha.)
R1 14,2 319,5 33
3,7
R2 55,7 71,2 12
6,9
R3 19,2 299,9 31
9,1
R4 35,9 23,2 59,
1
R5 15.0 6.2 21.
2
TOTAL 140.0 720.0 86
0.0
Obs. Na área de Preservação Permanente, nas faixas marginais dos cursos d’água
existem matas ciliares que estão incluídas nas áreas de Reserva Legal. Todas as áreas
estarão interligadas com corredor ecológico representado pelas APP.No exemplo abaixo
área é hipotética.
Mata Existente ……140.0 ha.
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Mata a Recompor ...720.0 ha.
Total ........................ 860.0 ha.
As áreas deverão ser isoladas com cercase todas georreferenciadas.
As espécies secundárias serão plantadas nas áreas sem sombreadas pelas
plantas pioneiras. Normalmente isto acontece quando as espécies Pioneiras se
desenvolvem no prazo de 03(três) a 05(cinco) anos após o plantio. Neste prazo serão
plantadas as secundárias e clímax sendo nesta ordem S1, S2 e clímax.
A partir de 2014 e até 2034, em 20 (vinte) anos, serão recompostos.
19.2 PROJETO DE RECOMPOSIÇÃO DE MATA CILIAR
*IDENTIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE E DO PROPRIETÁRIO
Área Total: 4.300 ha.
Proprietário:
Código no INCRA
Endereço, Fone, RG, CPF, E-mail, etc.
*IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO
NOME, ENDEREÇO, TELEFONE, INTERNET, SIITE E-MAIL E HABILITAÇÃO
PROFISSIONAL.
*OBJETIVO
Atender à exigência legal de regenerar, através de Projeto de Recomposição, a
mata ciliar à margem do Rio Tal.
*PROJETO
1) Situação Atual: Descrever a vegetação existente. No MT o Decreto 1.031/2017,
consolidado até o Decreto 1.340/2018, no Art. 41 determina que se considerem os
percentuais da RL localizadas em áreas com fitofisionomia de floresta.
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2) Método de Recuperação Natural: Se há disponibilidade de sementes/propágulos
no local: as árvores existentes nas proximidades propiciam a produção destes e a
dispersão está se dando pelo vento, pássaros e outros animais do local. Verificar a
fertilidade do solo, umidade, presença de brachiárias ou outras;
Cercar a área a ser regenerada para impedir a entrada de animais.
CARACTERIZAR DAS PLANTAS NATIVAS
Exemplo:
Planta pioneira e rústica, não pode faltar nos plantios mistos, destinados à
recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. O desenvolvimento se
dá em ambientes sem sombreado.
Coração-de-negro – PoecilantheparvifloraBenth: altura de 15-25 m, com troncos de
40-60 cm de diâmetro. Ocorre em floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná.
Planta pioneira perenifólia. Desenvolve-se bem em solos férteis no interior das
florestas primárias ou em áreas abertas. Produz anualmente grande quantidade de
sementes viáveis. O desenvolvimento das mudas em locais semi-sombreado atinge
facilmente 2,5 m aos 02 (dois) anos.
Goiabeira-PsidiumguajavaL.: Altura de 3-6 m, com troncos tortuosos, lisos,
descamantes de 20 a 30 cm de diâmetro. Planta semidecídua, heliófita e seletiva higrófita.
Ocorre principalmente nas formações abertas de solos úmidos. O desenvolvimento das
plantas no campo é rápido. É uma frutífera indispensável em plantios mistos destinados à
recomposição de áreas degradadas de preservação permanente.
Canafístula- Cássia ferrugineaSchrad: altura de 8 a 15 m com troncos de 50 a 70
cm de diâmetro. A árvore é extremamente ornamental, principalmente quando florida, é
muito empregada no paisagismo em geral.
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Planta decídua, heliófita, rústica e adaptada à luz direta. É útil para plantios em
reflorestamentos heterogêneos de áreas degradadas de preservação permanente. Produz
anualmente grande quantidade de frutos.
Angico-branco -AlbiziapolycephalaBenth: planta semidecídua, heliófita, seletiva
higrófita e pioneira muito rara em toda área de distribuição. Altura de 8 a 14 m, tronco com
diâmetro de 40 a 60 cm. Produz anualmente pouca semente. É própria para plantios em
áreas abertas e para reflorestamentos heterogêneos de áreas degradadas de
preservação permanente.
Embaúba -CecropiahololeucaMiq.: altura de 6 a 12 m, troncos com 20 a 30 cm de
diâmetro. É uma das mais belas árvores da nossa flora. Planta perenifólia, heliófita.
Produz anualmente grande quantidade de sementes. O desenvolvimento das mudas, bem
como das plantas no campo é rápido.
Macaúba-AcrocomiaaculeataLodd: altura de 10 a 15 m, tronco com diâmetro de 20
a 30 cm. Planta perenifólia, heliófita, pioneira. Sua presença ocorre em solos férteis
localizados em vales e encostas da floresta mesófitasemidecídua.
A palmeira é ornamental e produz grande quantidade de frutos.
Amendoim-brabo-PterogynenitensTul.: altura de 10 a 15 m e troncos com 40 a 60
cm de diâmetro. A árvore, pela rusticidade e rapidez de crescimento, é ótima para plantios
mistos em áreas degradadas de preservação permanente. Planta decídua, heliófita,
pioneira, característica da floresta latifoliada semidecídua e da Caatinga.
* CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
O tempo previsto para o desenvolvimento destas plantas nativas é de 03 (três)
anos; não deverá, portanto, cercar a área até que as plantas cresçam a ponto de abafar
as gramíneas.
20.0 - DECRETO Nº 8.235, DE 5 DE MAIO DE 2014
Estabelece normas gerais complementares aos Programas de Regularização Ambiental
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dos Estados e do Distrito Federal, de que trata o Decreto no 7.830, de 17 de outubro de 2012, institui o Programa Mais Ambiente Brasil, e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012,
Do Autor: No livro CÓDIGO FLORESTAL NA AGRONOMIA na 1ª edição antecipa o
Decreto e faz menção ao Programa de Regularização Ambiental.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Este Decreto estabelece normas gerais complementares aos Programas de Regularização Ambiental dos Estados e do Distrito Federal - PRA, de que trata o Decreto no 7.830, de 17 de outubro de 2012, e institui o Programa Mais Ambiente Brasil.
Art. 2o Os programas a que se refere este Decreto restringem-se à regularização das
Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito, que poderá ser efetivada mediante recuperação, recomposição, regeneração ou compensação.
Parágrafo único. A compensação aplica-se exclusivamente às Áreas de Reserva Legal e poderá ser feita mediante as opções previstas no § 5o do art. 66 da Lei no12.651, de 25 de maio de 2012.
Do Autor: O Art. 1º trata o Decreto n ° 7.830 cria o CAR – Cadastro Ambiental Rural, que
é um registro público eletrônico de âmbito nacional. Originalmente estava previsto adiar o
prazo por uma única vez, porém já foram adiados duas vezes em menos de 03 anos.
O Art. 2º trata também de compensação de Reserva Legal, entretanto, passados 03 anos
a compensação ainda não está viabilizada.
O Parágrafo único e o § 5º do art. 66 dispõe sobre CRA (Cota de Reserva Ambiental) que
repete o que está acontecendo nos artigos acima, ou seja, em 06 anos nada aconteceu.
O Autor, sem nenhum intuito de alongar sobre a questão, liberará somente áreas de mais
relevância. No site www.planalto.gov.br temos na íntegra a redação do Decreto.
O Art. 4º cita o § 1º do art. 59 que dispõe sobre o PRA. O I – termo de compromisso - TC comentado no livro assume importância muito grande. O Autor do livro recomenda que ao assinar o TC esteja acompanhado de profissional técnico especialista no assunto.
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Equivale dizer que não vá prestar depoimento na Polícia sem o acompanhamento de seu advogado.
Os mecanismos de “controle e de acompanhamento” referem-se ao PRA suspensão das sanções decorrentes das infrações ambientais.
Os documentos comprobatórios do CAR e Cota de Reserva Ambienta – CRA e outros estão no livro ou no site.
Art.5o após a solicitação de adesão ao PRA, o proprietário ou possuidor do imóvel rural assinará termo de compromisso que deverá conter:
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas ou dos representantes legais;
II - os dados da propriedade ou posse rural;
III - a localização da Área de Preservação Permanente ou Reserva Legal ou área de uso restrito a ser recomposta, recuperada, regenerada ou compensada;
IV - descrição da proposta simplificada do proprietário ou possuidor que vise à recomposição, recuperação, regeneração ou compensação das áreas referidas no inciso III;
V - prazos para atendimento das opções constantes da proposta simplificada prevista no inciso IV e o cronograma físico de execução das ações;
VI - as multas ou sanções que poderão ser aplicadas aos proprietários oupossuidores de imóveis rurais compromissados e os casos de rescisão, em decorrência do não cumprimento das obrigações nele pactuadas; e
VII - o foro competente para dirimir litígios entre as partes.
§ 1º Caso opte o interessado, no âmbito do PRA, pelo saneamento do passivo de Reserva Legal por meio de compensação, o termo de compromisso deverá conter as informações relativas à exata localização da área de que trata o art. 66, § 6º, da Lei nº 12.651, de 2012, com o respectivo CAR.
Do Autor: O § 1º cita o art. 66 § 6º está no item Georreferenciamento do livro, que reforça o parecer do Autor sobre ponto de amarração.
§ 2º refere-se “a proposta simplificada... apresentada pelo proprietário”. O Autor reafirma que o proprietário pode fazer se estiver conhecimento técnico específico.
§ 3º sobre o prazo de vigência em até 20 anos está no livro no item recomposição.
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§ 4º sobre comunidades tradicionais e no § 5º em assentamento de reforma agrária a execução é de competência dos seus órgãos competentes.
§ 6º cita o TC e Sicar : Equivale a dizer que o seu imóvel estará exposto no sistema de fiscalização online.
Art. 6º e o Art. 8º referem-se ao TC e eventual alteração com autorização do órgão competente.
Parágrafo único: Regularização por compensação não pode ser alterado.
O § 5º do art. 59 está no seu livro CÓDIGO FLORESTAL NA AGRONOMIA no item PRA. Os demais parágrafos (§) enfatiza a obrigatoriedade do cumprimento do TC assumido.
O TC e no que se refere ao Art. 10 o órgão fiscalizador recorrerá da imagem ou ortofotos para monitorar os imóveis, principalmente com o CAR. Os demais artigos e parágrafos já foram comentados.
Art. 12. Os termos de compromissos ou instrumentos similares para a regularização ambiental do imóvel rural referentes às Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito, firmados sob a vigência da legislação anterior, deverão ser revistos para se adequarem ao disposto na Lei nº12. 651, de 2012.
§ 1o O disposto no caput aplica-se exclusivamente aos casos em que o proprietário ou o possuidor do imóvel rural requerer a revisão.
§ 2o Realizadas as adequações requeridas pelo proprietário ou possuidor, o termo de compromisso revisto deverá ser inscrito no Sicar.
§ 3o Caso não haja pedido de revisão, os termos ou instrumentos de que trata o caput serão respeitados.
Do Autor: O Art. 12 responde as dúvidas anteriores. “O TC para regularização ambiental deverão ser revistos para se adequarem” ao atual Código Florestal. O TC anterior deve ser descartado e adotar o novo TC – Termo de Compromisso.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 16. Para os fins do disposto no inciso III do § 6º do art. 66 da Lei nº 12.651, de 2012, consideram-se áreas prioritárias:
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Do Autor: O inciso III do § 6º do art. 66 da Lei nº 12.6651, de 2012, refere – se às áreas localizadas fora do seu Estado de origem e localizadas em áreas prioritárias pelo governo. Áreas prioritárias estão assim definidas nos requisitos I, II, III e IV:
I - as áreas definidas pelo Ministério do Meio Ambiente, nos termos do Decreto no 5.092, de 21 de maio de 2004;
(Vide Decreto de 15 de setembro de 2010)
Define regras para identificação de áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, no âmbito das atribuições do Ministério do Meio Ambiente.
DECRETA:
Art. 1o As áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, no âmbito das atribuições do Ministério do Meio Ambiente, serão instituídas por portaria ministerial.
Art. 2o Para fins do disposto no art. 1o, a avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição da biodiversidade far-se-á considerando-se os seguintes conjuntos de biomas:
I - Amazônia;
II - Cerrado e Pantanal;
III - Caatinga;
IV - Mata Atlântica e Campos Sulinos; e
V - Zona Costeira e Marinha.
Art. 3o A portaria a que se refere o art. 1o deste Decreto deverá fundamentar-se nas áreas identificadas no "Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira – PROBIO" e serão discriminadas em mapa das áreas prioritárias para conservação e utilização sustentável da diversidade biológica brasileira.
Art. 4o As áreas a serem instituídas pela portaria ministerial, a que se refere o art. 1o deste Decreto, serão consideradas para fins de instituição de unidades de conservação, no âmbito do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, pesquisa e inventário da biodiversidade, utilização, recuperação de áreas degradadas e de espécies sobreexploradas ou ameaçadas de extinção e repartição de benefícios derivados do acesso a recursos genéticos e ao conhecimento tradicional associado.
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II - as unidades de conservação de domínio público pendentes de regularização fundiária;
III - as áreas que abriguem espécies migratórias ou ameaçadas de extinção, segundo lista oficial publicada pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama; e
IV - As áreas identificadas pelos Estados e Distrito Federal.
Do Autor: O Art. 16 inciso III está no livro CÓDIGO FLORESTAL NA AGRONOMIA no item compensação. O Decreto nº 5.092 dispõe sobre regras para identificação de áreas prioritárias para conservação, utilização nos diversos biomas.
“As unidades de conservação de domínio público pendentes de regularização fundiária” pode ser, por exemplo, os Parques desapropriados pelo governo e não indenizados aos proprietários.
O requisito IV dispõe sobre as áreas identificadas e a aprovação depende do órgão ambiental.
Art. 17. Em caso de solicitação de compensação da Reserva Legal a ser realizada fora do Estado, o órgão competente da origem do processo de regularização verificará, sem prejuízo dos demais requisitos previstos no § 6o do art. 66 da Lei no 12.651, de 2012, se a área a ser compensada atende ao disposto no art. 16.
Do Autor: “Antes de sair por aí comprando área...” tem a questão do CCIR e ITR e agora a dependência de aprovação do órgão governamental que de tempo em tempo muda as regras do jogo. Tem um item de suma importância, que os leigos indagam erroneamente: “Área para compensação ambiental tem ICM Bio”?
O correto é ter a CERTIDÃO DE HABILITAÇÃO DE IMÓVEL PARA COMPENSAÇÃO DE RESERVA LEGAL. Na posse desta certidão emitida pelo INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE ou pela SEMA, ao adquirir a área, por exemplo, de Parque, o novo detentor da área doa - a ao ICM BIO e assim regulariza a dependência fundiária. O resto é pura especulação de oportunistas!
Art. 18. A conclusão da compensação prevista no inciso III do § 5o do art. 66 da Lei no 12.651, de 2012, ocorrerá mediante apresentação de termo de doação.
Art. 19. Após aprovação da compensação da Reserva Legal, o órgão competente efetuará o registro no Sicar.
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Do Autor: Art. 17 cita o § 6º do art. 66 – compensação em áreas prioritárias e áreas de CRA- Cota de Reserva Ambiental. Os demais artigos não apresentam nenhuma novidade. Apenas para efeito de reforço o Art. 21 enfatiza sobre “o requerimento de embargo e TC” já comentado anteriormente.
Art. 22. Ato conjunto dos Ministros de Estado do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Advocacia-Geral da União disciplinará, no prazo de um ano, contado da data de publicação deste Decreto, o programa para conversão das multas aplicadas por desmates ocorridos em áreas onde não era vedada a supressão de vegetação referido no art. 42 da Lei no 12.651, de 2012.
Parágrafo único. O cumprimento das obrigações estabelecidas no programa poderá resultar, na forma disciplinada pelo ato conjunto previsto no caput, na conversão da multa aplicada às hipóteses previstas no art. 3o, caput, inciso I, art. 139, art. 140 e art. 141 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008.
Art. 23. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 5 de maio de 2014; 193º da Independência e 126º da República.
21.0 - PARECER TÉCNICO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 2/MMA.
PARECER TÉCNICO
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 2/MMA, DE 06 DE MAIO DE 2014
Dispõe sobre os procedimentos para a integração, execução e compatibilização do
Sistema de Cadastro Ambiental Rural-SICAR e define os procedimentos gerais do
Cadastro Ambiental Rural-CAR.
A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, de 5 de outubro de 1988, e
nos termos das Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981 e 12.651, de 25 de maio de
2012, e do Decreto no 7.830, de 17 de outubro de 2012, e
Considerando que os Ministros de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e do Desenvolvimento Agrário foram devidamente ouvidos, conforme
disposto no art. 21 do Decreto no 7.830, de 17 de outubro de 2012, resolve:
Do Autor:
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A Lei Nº 6.938 dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. O Decreto Nº 7.830
dispõe sobre o CAR e o Art. 21 sobre ato para implantação, pelo Decreto Nº 8.235, DE 05
DE MAIO DE 2014.
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