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Questionário de queda GDS

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  • UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

    CURSO DE FISIOTERAPIA

    KARLA CRISTINA CRISTIANO

    ANLISE DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS DE INSTITUIO DE LONGA PERMANNCIA EM CRICIMA -SC

    CRICIMA, NOVEMBRO DE 2009

  • KARLA CRISTINA CRISTIANO

    ANLISE DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS DE INSTITUIO DE LONGA PERMANNCIA EM CRICIMA-SC

    Trabalho de Concluso de Curso, apresentado para obteno do grau de Bacharel no curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.

    Orientador(a): Prof. () Msc. Brbara Lucia Coelho.

    CRICIMA, NOVEMBRO DE 2009

  • Dedico este trabalho minha famlia e amigos pelo amor , apoio, compreenso, incentivo para a realizao de um sonho. Aos idosos que colaboraram com a pesquisa e que so a fonte de inspirao para realizao deste. minha orientadora pela oportunidade de conhecer e me apaixonar pelo trabalho voltado geriatria.

  • AGRADECIMENTOS

    Primeiramente agradeo Deus por ter me iluminado e guiado ao longo do caminho de muito aprendizado, sempre com muito esforo e dedicao.

    Agradeo aos meus pais Ji e Sandra, que dedicaram-se ao mximo e no mediram esforos para me apoiar. So as pessoas que sempre acreditaram em mim e na minha capacidade de lutar pelos meus sonhos. Amo vocs incondicionalmente, obrigada por tudo!

    Ao meu irmo Matheus, que teve bastante pacincia e que soube compreender os meus momentos de crise, durante todo esse tempo de estudo. Te amo muito maninho.

    todas as pessoas da minha famlia que me apoiaram e sempre confiaram no meu sucesso. Em especial, meus tios Claudemir e Sarita que me acolheram em sua casa como a filha menina deles. Aos meus primos Ramon e Renan que so meus irmos emprestados. Amo muito vocs! todas as amizades verdadeiras que conquistei nesse perodo. Ao grupo das etys por sempre estarem ao meu lado, me ajudando e apoiando a cada passo da minha longa caminhada, tornando-se pessoas muito importantes em minha vida. Levarei vocs para sempre no corao.

    minha duplinha da faculdade Susi, que alm de ser colega de curso, minha amiga de alma e corao na vida, escolhida pelo destino.

    Chris, essa aquariana livre que me mandava dormir cedo, que sempre me negava abraos nos meus momentos de carncia (risos), que me diz para praticar o desepego, que ajudou a revisar a parte ortogrfica do TCC e que torce pelo mengo tambm. Um super abrao e bem apertado da taurina grudenta que te adora.

    A turma que praticamente a nossa Grande Famlia, sempre lutando pelos os mesmos ideais, e buscando a vitria, superando todos os obstculos juntos durante esses cinco anos de convivncia.

    A minha orientadora Brbara Coelho, que alm de professora, uma grande amiga. Me ajudou a concretizar este trabalho. Ao Ccero que teve bastante pacincia com a gente nos finais de semana de estudo , de congressos.

    equipe do LAFIBE ( Laboratrio de Fisiologia e Biomecnica do Exerccio), em especial agradeo ao Ricardo A. Pinho e ao Paulo Silveira por todos

  • os ensinamentos e apoio que proporcionaram durante o tempo que estive no laboratrio como voluntria realizando pesquisa com camundongos.

    Aos professores , todos sem exceo, que puderam passar todos seus grandes ensinamentos, no apenas para que possamos ser excelentes profissionais, mas para que sejamos humanos ao lidar com a vida. Gente reabilitando gente e no mecnicos de uma engrenagem. Em especial ao mestre Williams, que alm de ser um exemplo de profissional, que luta pela valorizao da nossa classe, ainda uma grande pessoa. Aos funcionrios, e aos idosos residentes do Asilo So Vicente de Paulo que contriburam muito com a realizao deste estudo. Um abrao para Andreza Medeiros responsvel pelo asilo que sempre foi um amor comigo. Aos cuidadores, profissionais, acadmicos, pacientes e colaboradores do Grupo Bem Viver com Alzheimer, fonte de inspirao e de conhecimento para realizao deste trabalho. todos os pacientes, fisioterapeutas, funcionrios dos locais de estgio (voluntrio ou curricular), pois sem a contribuio de cada um deles ao longo desses anos, no estaramos aqui. Em especial Ktia secretria da Clnica de Fisioterapia do Hospital Regional de Ararangu, que alm de ser uma profissional responsvel, uma pessoa excelente.

    E a todas as pessoas que diretamente ou indiretamente contriburam para a realizao deste.

    Muito Obrigada Por Tudo!

  • Seja voc quem for, seja qual for a posio social que voc tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita fora, muita determinao e faa tudo com muito amor e com muita f em Deus que um dia voc chega l. De alguma maneira voc chega l.

    Ayrton Senna

  • RESUMO

    O risco de quedas considerado um dos grandes problemas de sade pblica e sua incidncia aumenta entre os idosos. Desta forma o estudo tem como objetivo avaliar o risco de quedas no idoso institucionalizado.Foi realizada uma pesquisa, onde a amostra foi composta por treze (13) idosos do Asilo So Vicente de Paulo, na cidade de Cricima SC, sendo a mdia de idade 71 anos, numa faixa etria de 57 anos a 91 anos de idade. Os instrumentos de pesquisa utilizados foram: a Avaliao Fisioteraputica (SANTOS,2006) avaliando fatores como idade, sexo, escolaridade, estado civil e tempo de residncia. O resultado relacionado ao gnero vai de encontro com os achados da literatura que relatam que a proporo de mulheres superior populao masculina e, os dados da pesquisadora apontam a prevalncia do sexo masculino, sendo que 8 idosos so homens e 6 idosas mulheres. Para analisar o equilbrio dos idosos foi utilizada a Escala de Equilbrio de Berg, sendo a resposta encontrada 43 pontos, indica que neste estudo houve alto risco de quedas, j que os idosos da amostra apresentam dficit de equilbrio. Para avaliar a mobilidade foi empregado o Time Up and Go Test (TUGT) e a mdia de tempo gasto para a realizao da tarefa foi de 19.8 segundos. Portanto, a maioria da amostra considerada semi-independente, o que implica afirmar que h risco de quedas para essa populao, j que o tempo gasto em segundos, para realizao da tarefa foi considerado elevado.. Roteiro de Entrevista sobre quedas de DOWTON. Mini Mental State Examination (MMSE) para avaliar o dficit cognitvo. Neste estudo, 7 idosos apresentaram dfict cognitivo e 6 idosos no. Portanto, h maior risco de quedas entre os idosos residentes na instituio, confirmando com os achados da literatura.Verificou-se no estudo que os idosos institucionalizados tem um ndice elevado para risco de quedas. Com este estudo, pode-se evidenciar a importncia do acompanhamento fisioteraputico em idosos institucionalizados, os quais apresentam importante dficit cognitivo, dficit de equilbrio e mobilidade, sendo agravantes para ocasionar quedas. Diante de tais achados, sugere-se a atuao de uma equipe multidisciplinar, tanto de forma preventiva quanto curativa, com o intuito de reduzir o grau de dependncia dos idosos institucionalizados.

    Palavras-chave: Idoso. Quedas. Institucionalizados. Demncia.

  • ABSTRACT

    The risk of falls is considered a major public health problems and its incidence among the elderly. Thus, the study aims to evaluate the risk of falls in the elderly institucionalizado.Foi conducted a survey where the sample was composed of thirteen (13) elderly Asylum St. Vincent de Paul, in the city of Criciuma-SC, and the average 71 years old, an age of 57 years to 91 years of age. The research instruments used were: physical therapy evaluation (SANTOS, 2006), evaluating factors such as age, sex, education, marital status and length of residence. The results related to gender goes against the findings of the literature reporting that the proportion of women is higher than the male population and the survey data indicate the prevalence of male patients, aged 8 who are elderly men and 6 women. To analyze the balance of the elderly were used to scale the Berg Balance, and found the answer 43 points, this study indicates that there was a high risk of falls, since the elderly sample demonstrate balance deficits. To assess mobility, we employed the Time Up and Go Test (TUGT) and the average time taken for completion of the task was of 19.8 seconds. Therefore, most of the sample is considered semi-independent, which means to say that there is a risk of falls in this population, since the time spent in seconds to complete the task was considered high .. Interview Script on Falls Dowton. Mini Mental State Examination (MMSE) to assess the deficit cognitvo. In this study, 7 Actuarial elderly had cognitive and 6 elderly not. Therefore, there is greater risk of falls among elderly residents in the institution, confirming the findings of literatura.Verificou in the study that the institutionalized elderly has a high risk for falls. With this study, we can highlight the importance of physiotherapy in the institutionalized elderly, which have significant cognitive impairment, impaired balance and mobility, and aggravating to cause falls. Based on these findings, we suggest the action of a multidisciplinary team, both preventive and remedial, in order to reduce the degree of dependence on institutionalized elderly.

    Keywords: Elderly.Falls . Institutionalized. Dementia.

  • LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 Roteiro de Entrevista Sobre Quedas .......................................................39 Figura 2 Time Up and Go Teste TUGT................................................................40 Figura 3 Time Up and Go Teste TUGT (mdia)...................................................41 Figura 4 Escala de Equilbrio de Berg....................................................................43 Figura 5 Mini Mental State Examination MMES...................................................45

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 Caracterizao da amostra .................................................................... 36

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABRAZ Associao Brasileira de Alzheimer DSMV-IV Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica SPPS Statistical Package for the Social Sciences TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TUGT Timed Up and Go Test

  • SUMRIO

    1 INTRODUO .................................................................................................. 15

    2 REFERNCIAL TERICO................................................................................ 18 2.1 Aspectos do Envelhecimento ..................................................................... 18 2.2 Quedas .......................................................................................................... 19 2.2.1 Definio .................................................................................................... 19 2.2.2 Fatores de Risco ....................................................................................... 20 2.2.3 Preveno de Quedas............................................................................... 22 2.2.4 Tratamento Fisioteraputico .................................................................... 22 2.3 Institucionalizao do Idoso ....................................................................... 23 2.4 Capacidade Funcional ................................................................................. 24 2.4.1 Testes de Avaliao Funcional do Equilbrio e Risco de Quedas ........ 25 2.5 Exerccio Fsico e Risco de Quedas em Idosos ........................................ 27 2.6 Risco de Quedas e sua Relao com Dficit Cognitivo e Demncia....... 28 2.6.1 Doena de Alzheimer ................................................................................ 29 2.6.2 Doena de Parkinson................................................................................ 29

    3 MATERIAIS E MTODOS ................................................................................ 32 3.1 Caractersticas do Estudo ........................................................................... 32 3.2 Caracterizao da Amostra ......................................................................... 32 3.3 Instrumentos para Coleta de Dados ........................................................... 33 3.4 Procedimentos para Coleta de Dados........................................................ 33 3.5 Procedimentos para Anlise de Dados ...................................................... 34

    4 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS.................................................. 35

    5 CONCLUSO ................................................................................................... 46

    REFERNCIAS.................................................................................................... 48

    APNDICES ........................................................................................................ 54

  • APNDICE A- Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)............... 55 APNDICE B - Termo de Autorizao da Instituio ...................................... 57

    ANEXOS .............................................................................................................. 58 ANEXO 1 Instrumento de Pesquisa ................................................................ 59 ANEXO 2 Escala de Equilbrio de Berg ......................................................... 62 ANEXO 3 Teste de Mobilidade ....................................................................... 72 ANEXO 4 Roteiro de Entrevista...................................................................... 74 ANEXO 5 Mini Mental State Examination (MMSE) ........................................ 77

  • 1 INTRODUO

    Conforme os conceitos de DUTHIE et. al. (2002) as quedas podem provocar consequncias fsicas e psicolgicas como declnio funcional, restrio da atividade, alterao da mobilidade, medo de reicidiva de queda, leses, hospitalizaes e at institucionalizao do idoso. Segundo o autor as quedas e a instabilidade podem ser indicativos de declnio da capacidade funcional e m sade geral dos idosos.

    A alta incidncia de quedas em idosos ocorre devido a alteraes intrnsecas e extrnsecas. As dificuldades propiciadas pelo ambiente como: buracos, escadas e terrenos irregulares constituem o grupo dos fatores extrnsecos. So classificados como fatores intrnsecos s alteraes sensrio-motoras inerentes ao processo de envelhecimento, tais como: diminuio de flexibilidade, mobilidade; declnio cognitivo; alteraes visuais (CHRISTOFOLETTI et al., 2006).

    Segundo Ramos e Toniolo Neto (2005) o risco de quedas considerado como um dos grandes problemas de sade pblica, j que com o avanar da idade o risco de cair aumenta de modo significativo. Portanto, como h estimativa de maior longevidade e aumento expressivo de idosos na populao competindo por recursos j escassos, haver um aumento na demanda por cuidados de longa durao e ateno aos idosos.

    Para avaliar o risco de quedas torna-se necessrio realizar um exame fsico detalhado suplementado com testes de desempenho. Nos testes de desempenho deve constar a verificao da presso arterial e freqncia cardaca para detectar se h quadro de hipotenso postural (FORCIEA e LAVIZZO-MOUREY, 1998).

    A avaliao e o tratamento dos idosos expostos ao risco de quedas exigem uma abordagem multidisciplinar individualizada. Como objetivos finais do tratamento so descritos a melhora da funo, reduo do risco de trauma, proporcionando a maior independncia possvel ao idoso (DUTHIE et al., 2002).

    Frente as condicionantes expostas anteriormente, apresenta-se a seguinte questo problema: Quais so os fatores de risco apresentados nos idosos residentes em uma instituio de longa permanncia?

  • Para melhor direcionar o problema, apontam-se as seguintes questes norteadoras da pesquisa:

    1. Quais os principais fatores que predispem a quedas em idosos? As quedas podem se tornar fator agravante sade do idoso, visto que

    muitos deles apresentam patologias associadas como artrite, osteoporose, entre outras. A freqncia de quedas nesta populao com idade avanada est intimamente relacionada a distrbios causados pelo envelhecimento (TERRA e BOSCHIN, 2004). Desta forma pressupe-se que as doenas associadas e a idade avanada sejam os fatores principais para ocorrncia de quedas na populao idosa.

    2. Os quadros demenciais aumentam a incidncia de quedas em idosos institucionalizados?

    Conforme Carvalho e Coutinho (2002) entre os fatores predisponentes para quedas esto o dficit cognitivo e a demncia. O estudo realizado pelos autores aponta que a presena de demncia contribui para o aumento do risco de queda em idosos.

    Este estudo tem por objetivo analisar o risco de quedas em idosos de instituio de longa permanncia na cidade de Cricima-SC. J como objetivos especficos visa identificar a relao entre dficit cognitivo e demncia com aumento da prevalncia de quedas em idosos; aplicar questionrio estruturado, testes de desempenho com amostragem e verificar os resultados obtidos.

    Siqueira et al. (2007) cita que no Brasil, a expectativa para o ano de 2020 de que a populao com mais de 60 anos de idade seja aproximadamente 11% da populao geral, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

    Conforme estimativa do Centro Nacional de Estatstica para a Sade, cerca de 84% dos indivduos com idade igual ou superior a 65 anos so dependentes para efetuar as atividades de vida diria (AVDs). Tal fato implica em uma maior probabilidade de institucionalizao desses idosos (FREITAS, 2006).

  • Segundo Duthie et al. (2002) a principal causa de morte acidental na populao idosa so as quedas. Afirma ainda que metade dos residentes em casa e um tero dos idosos que vivem em abrigos sofrem quedas a cada ano.

    Todas essas mudanas despertam interesse na rea de sade pblica. Diante do exposto, nota-se que o pas necessita se estruturar para proporcionar populao idosa uma velhice saudvel e com qualidade de vida. Alm disso, vale ressaltar a importncia da equipe multidisciplinar nos programas preventivos na rea de geriatria (CARVALHO FILHO et al., 2000).

    A escolha da temtica foi motivada pela experincia da autora como bolsista no Projeto Bem Viver com Alzheimer, que ocorre no ltimo sbado do ms na Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, em Cricima-SC. Projeto este, composto por uma equipe multidisciplinar, com profissionais da rea da sade, professores, acadmicos, cuidadores e familiares de portadores da Doena de Alzheimer. So abordados temas relativos aos cuidados com o idoso demenciado e esclarecidas dvidas. Alm disso, h espao para questionamentos e sugestes. Aliado a isso se acrescenta o fato da pesquisadora estar participando de estudos em andamento relativos ao tema.

  • 2 REFERENCIAL TERICO

    2.1 Aspectos do Envelhecimento

    Com o passar dos anos, ocorre uma crescente dificuldade na sntese de substncias essenciais funo neuronal e h deposio nos tecidos de substncias anmalas. Devido a isso, o crebro envelhece. Por conseqncia desse fato, o indivduo apresenta sintomas de deficincias psicolgicas, motoras e sensoriais (LENT, 2005).

    Os fatores que justificam o aumento da expectativa e, por conseguinte o crescente nmero de idosos na populao geral so: a diminuio da natalidade, controle parcial das doenas evitveis, melhoria das condies de vida. Trata-se de um fenmeno mundial que atinge o Brasil tambm (RODRIGUES e DIOGO,2005).

    De acordo com os conceitos de Soares et al. (2003) importante diferenciar o envelhecimento acelerado por patologias (senilidade), do envelhecimento fisiolgico (senescncia).

    Segundo Papalo Netto (2002) o declnio da funo dos diversos rgos a manifestao da velhice. As primeiras alteraes funcionais e/ou estruturais atribudas ao envelhecimento so percebidas na terceira dcada de vida. Mas, vale ressaltar que a velhice tem incio ao final da segunda dcada de vida.

    Dentre as alteraes relacionadas ao envelhecimento esto a ocorrncia de doenas crnico-degenerativas e a presena de fatores de risco que comprometem a independncia e autonomia do idoso. Com isso, h dificuldade para realizar as atividades de vida diria e consequente reduo na qualidade de vida desses idosos (GUIMARES, 1996).

    De acordo com Silva (2007) no envelhecimento normal so encontradas tambm caractersticas histolgicas da Doena de Parkinson e da Doena de Alzheimer, em menor proporo. O perfil das alteraes de sistemas neurotransmissores nestas patologias parece representar uma exacerbao do que ocorre no envelhecimento normal.

    Conforme Ribeiro et al. (2006) as quedas so responsveis por alteraes que produzem consequncias negativas na qualidade de vida dos idosos, os quais

  • so frequentemente acometidos pelo evento de queda.

    2.2 Quedas

    2.2.1 Definio

    Para os idosos, as quedas possuem um significado muito relevante,pois podem lev-los incapacidade, injria e morte. Seu custo social imenso e torna-se maior quando o idoso tem diminuio da autonomia e da independncia ou passa a necessitar de institucionalizao (FABRCIO et. al.,2004).

    Para Ribeiro et al., 2006 as quedas trazem consequncias que alteram negativamente a sade e qualidade de vida dos idosos e costumam ser comum nessa populao.

    Devido s complicaes para sade, custos assistenciais e sua alta incidncia, as quedas em idosos so consideradas como um dos principais problemas de sade pblica (GUIMARES et al., 2004).

    Santos e Andrade (2004) definem queda como um deslocamento no intencional do corpo para um nvel inferior posio inicial, com incapacidade de correo em tempo hbil. Afirmam ainda que as quedas podem ser manifestao de patologias existentes, resultantes da interao entre diversos fatores que comprometem a estabilidade do indivduo, tais como: fatores ambientais, fisiolgicos, psicossociais, biomdicos.

    J Perracini (2003) conceitua queda como uma mudana de posicionamento no intencional e inesperada que faz com que o indivduo permanea em um nvel inferior.

    De acordo com Silva et al. (2007) na maioria das vezes, a queda responsvel pelas perdas da autonomia e da independncia do idoso, mesmo que por tempo limitado. Dentre as conseqncias mais comuns esto: as fraturas, a imobilidade, a restrio de atividades, o aumento de institucionalizaes, o declnio da sade, prejuzos psicolgicos, como o medo de sofrer novas quedas. H tambm

  • o risco de morte, alm do aumento dos custos com os cuidados de sade e prejuzos sociais relacionados famlia.

    2.2.2 Fatores de Risco

    Segundo Ramos e Toniolo Neto (2005) os fatores predisponentes para quedas em idosos encontrados na maioria dos estudos so: idade igual ou superior a 75 anos, sexo feminino, presena de declnio cognitivo, inatividade, fraqueza muscular e distrbios do equilbrio corporal, marcha ou mobilidade, quedas anteriores com ou sem fraturas, comprometimento para realizar atividades de vida diria e o uso de medicamentos, em especial psicotrpicos como benzodiazepnicos e tambm uso de medicamentos concomitantes. O uso de medicamentos tem sido abordado em vrios estudos como um dos fatores de risco para quedas em idosos. Na populao acima de 60 anos, os benzodiazepnicos, neurolpticos, sedativos/hipnticos, antidepressivos, diurticos em geral, antiarrtimicos e digoxina esto relacionados ao maior risco de quedas (COUTINHO e SILVA, 2002).

    De acordo com os conceitos de Carvalho e Coutinho (2002) alguns sintomas da demncia tais como: aumento do tnus muscular, instabilidade postural, comprometimento da marcha e desequilbrio podem acarretar quedas.

    Torna-se difcil restringir um evento de queda a um nico fator de risco ou a um agente causal, j que as quedas frequentemente ocorrem como um somatrio de fatores de risco intrnsecos e extrnsecos. Como fatores extrnsecos pode-se citar os riscos ambientais (m iluminao, piso escorregadio), comportamentos de risco (subir em cadeiras). Dentre os fatores intrnsecos relacionados a quedas em idosos esto a imobilidade e incapacidade funcional para realizar as atividades de vida diria, diminuio de fora muscular de membros inferiores, dficit de equilbrio, queixa de tontura, uso de medicaes psicotrpicas, dficits cognitivo, visual e/ou auditivo, hipotenso postural, distrbios da marcha e doenas crnicas (GANANA et al., 2006).

    Como fatores de risco para idosos da populao em geral so apontadas:histrias prvias de quedas, queixas de dificuldade de equilbrio e

  • execuo da marcha. Vale ressaltar que, quanto maior o nmero de fatores de riscos presentes, maior ser o risco de quedas (RAMOS e TONIOLO NETO, 2005).

  • 2.2.3 Preveno de Quedas

    As diretrizes que devem permear as medidas preventivas para risco de quedas so: maior ateno com idosos com diagnstico de demncia, cuidado com fatores ambientais, adaptar o ambiente do quarto e banheiro ao idoso, estar atento a recidiva de quedas, principalmente em idosos que tenham registro de queda no ltimo ano, moram s, utilizam medicamentos como benzodiazepnicos e miorrelaxantes (CARVALHO e COUTINHO, 2002).

    De acordo com os conceitos de Ramos e Toniolo Neto (2005) evitar o evento de queda considerado uma boa prtica, tanto em instituies de longa permanncia quanto em hospitais, sendo considerado como indicador de qualidade de servios para idosos. Segundo os mesmos autores, a preveno considerada como uma poltica pblica indispensvel, pois alm de afetar a vida dos idosos, seus familiares e cuidadores, ainda gera custos para tratar as consequncias da queda, como as fraturas de quadril.

    Segundo Terra (2007), as principais consequncias das quedas so fraturas, ferimentos importantes que necessitam de cuidados mdicos.

    Em se tratando de preveno de quedas em idosos, uma importante medida a ser tomada seria a prtica de exerccios fsicos, j que segundo os autores a atividade fsica reduz o risco de quedas. Alm disso, oferece maior segurana e autonomia na realizao das atividades de vida diria, proporciona maior sociabilizao dos idosos, reduz o risco de doenas crnicas, melhora a sade fsica e mental, por conseguinte possibilita ao idoso maior independncia possvel (GUIMARES et al, 2004).

    2.2.4 Tratamento Fisioteraputico

    O tratamento fisioteraputico visa a manuteno da sade do idoso, afastando os fatores de risco comuns na terceira idade. A interveno depende da avaliao fsico-funcional e deve focar os objetivos previamente estabelecidos. Podem ser medidas de preveno primria, secundria ou atividades de reabilitao

  • (TERRA,2007). Conforme Terra (2007) os objetivos gerais da Fisioterapia na preveno

    de quedas e recidivas so: manter, desenvolver e aperfeioar as estratgias de equilbrio e marcha mais adequados, fortalecer a musculatura dos membros inferiores, melhorar a amplitude de movimento articular, aumentar a flexibilidade muscular, desenvolver a coordenao e destreza durante os movimentos, melhorar a funo cardio-respiratria, reduzir e se possvel eliminar o medo de cair, propor e incentivar a prtica de atividade fsica, aperfeioar a segurana, autonomia e independncia do idoso, identificar riscos e realizaes orientaes para maior segurana do idoso.

    Segundo os conceitos de IKE (2008) atravs do tratamento fisioteraputico os seguintes objetivos so alcanados: melhora do quadro motor, promove melhora do equilbrio, independncia funcional. Atravs de orientao sobre cuidados bsicos aos pacientes e cuidadores, favorece a eliminao de fatores de risco. Alm disso, a fisioterapia possui um papel relevante na preveno de quedas.

    2.3 Institucionalizao do Idoso

    O processo de envelhecimento da populao brasileira tem sido acompanhado por transformaes epidemiolgicas e sociais. Por consequncia h aumento na demanda por instituies de longa permanncia (CHAIMOWICZ e GRECO, 1999).

    Segundo Creutzberg et al. (2008) a Instituio de Longa Permanncia para Idosos considerada um sistema social organizacional.

    A institucionalizao, na grande maioria , possui uma caracterstica de ateno e suporte idosos fragilizados ( Soares et al., 2003).

    Conforme FERREIRA ( 1999), institucionalizar significa "dar o carter de instituio, "dar forma institucional". Dessa forma, o idoso institucionalizado aquele a quem se d ou que adquire o carter de instituio, que se transforma em instituio. Porm isso no faz sentido. J na lngua inglesa, o verbo to institutionalize, que correspondente a institucionalizar na lngua portuguesa, tem

  • uma conotao a mais, a de colocar ou confiar algum aos cuidados de uma instituio especializada.

    De acordo com os conceitos de Guedes e Silveira (2004) a maioria da populao no conhece os idosos institucionalizados nos asilos, nem sabe das necessidades deles, talvez por medo ou forma de enfrentamento. Nesse aspecto, pode-se constatar que a palavra asilo causa medo na maioria das pessoas, devido ao fato de confrontar com o que h de mais profundo no ser humano: o medo de envelhecer e o morrer.

    Segundo PILOTO (1998) as instituies asilares tm dupla funo: uma de servir como locus socialmente aprovado de segregao de seres humanos cuja produtividade econmica e representao social foram consideradas esgotadas pelo sistema social e outra de cuidar e abrigar as pessoas que estejam impossibilitadas de estar junto s famlias ou desamparadas, marginalizadas pela sociadade.

    Mesmo que o idoso no esteja fragilizado por algum distrbio orgnico, a institucionalizao representa um fator de risco para quedas. J que, muitas vezes o idosos est fragilizado pelo isolamento e at mesmo pelo abandono.Alm disso, o grau de inatividade fsica tende a ser alto, o que contribui ainda mais para a suscetibilidade a quedas, por acelerar o curso do envelhecimento (MAZIERO et.al, 2004).

    2.4 Capacidade Funcional

    Um dos principais problemas que afeta o idoso, a perda da capacidade funcional. Aliado isso ocorre a diminuio das habilidades fsicas e mentais necessrias para a realizao de suas atividades de vida diria, as quais envolvem atividades de cuidados pessoais e atividades instrumentais de vida diria (SILVA et al., 2007).

    Segundo CORDEIRO (2002) a capacidade funcional um dos marcadores da qualidade de vida dos idosos e de um envelhecimento bem sucedido. J a perda dessa capacidade est associada fragilidade, dependncia, institucionalizao, risco aumentado de quedas, problemas de mobilidade e em

  • alguns casos at a morte. Com isso, ocorrem complicaes ao longo do tempo, que resultam na necessidade de cuidados de longa permanncia e alto custo.

    De acordo com RAMOS (2003) a capacidade funcional essencial para que o idoso possa viver com maior autonomia e independncia. Trata-se da capacidade do indivduo realizar suas atividades fsicas e mentais necessrias para manuteno de suas atividades bsicas e instrumentais tais como: tomar banho, vestir-se, realizar higiene pessoal, transferir-se, alimentar-se, manter a continncia, preparar refeies, controle financeiro, tomar remdios, arrumar a casa, fazer compras, usar transporte coletivo, usar telefone.

    2.4.1 Testes de Avaliao Funcional do Equilbrio e Risco de Quedas

    Conforme RAMOS e TONIOLO NETO (2005) nenhum instrumento aplicado de forma isolada capaz de identificar risco de quedas em idosos. Portanto, para rastrear a maior vulnerabilidade a quedas deve-se utilizar uma combinao de instrumentos contidos em uma avaliao geritrico-gerontolgica abrangente.

    A escala de equilbrio de Berg (BERG et al., 1992; MIYAMOTO et al., 2004) utilizada para determinar os fatores de risco para perda da independncia e para quedas em idosos. Trata-se de uma escala que atende algumas propostas como: descrio quantitativa da habilidade de equilbrio funcional, acompanhamento do progresso dos pacientes e avaliao da efetividade das intervenes na prtica clnica e em pesquisas. Alm disso, avalia o desempenho do equilbrio funcional em 14 itens comuns vida diria. Cada item possui uma escala ordinal de cinco alternativas que variam de 0 a 4 pontos. Portanto, a pontuao mxima pode chegar a 56. Os pontos so baseados no tempo em que uma posio pode ser mantida, na distncia em que o membro superior capaz de alcanar frente do corpo e no tempo para completar a tarefa. So necessrios: um relgio, uma rgua, um banquinho e uma cadeira, e o tempo de execuo de aproximadamente 30 minutos. realizada com pacientes vestidos, descalos e fazendo uso de culos e/ou prteses auditivas de uso habitual.

  • Para avaliar o dficit cognitivo foi utilizado o Mini Mental State Examination- MMSE. Esse instrumento composto por 7 categorias com o intuito de avaliar funes cognitivas especficas, tais como : orientao para tempo, orientao para local, registro de trs palavras, ateno e clculo, recordao das trs palavras, linguagem e praxia visuo-construtiva. Para cada acerto um somado um ponto ao total. O escore desse teste varia de 0 a 30 pontos , sendo que nos resultados quando h valores mais baixos, estes apontam para um possvel dfcit cognitivo. (CHRISTOFOLETTI et al., 2006).

    De acordo com SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT (2003 ) apud BERG et al., 1992;MIYAMOTO et al., 2004 ), na amplitude de 56 a 54, cada ponto a menos associado a um aumento de 3 a 4% abaixo no risco de quedas, de 54 a 46 a alterao de um ponto associada a um aumento de 6 a 8% de chances, sendo que abaixo de 36 pontos o risco de quedas quase de 100%.

    Como o teste sofre influncia da escolaridade, valores de referncia foram propostos por Folstein (et al. ,1975 apud Rosselli M, Tappen R, Williams C, Salvatierra J. ,2006), que consideram com defeito cognitivo : analfabetos com pontuao menor ou igual 15 pontos; pessoas com 1 a 11 anos de escolaridade que atingiram pontuao menor ou igual a 22 e os com escolaridade superior a 11 anos com pontuao menor ou igual a 27 pontos apresentam dficit cognitivo.

    Para anlise do risco de quedas foi aplicado o Roteiro de Entrevista Sobre Quedas, em 13 idosos da instituio. Sendo que ,conforme a Escala de Avaliao de Risco de Quedas de Dowton, deve-se somar um (1) ponto para cada item com asterisco (*). Das questes que compem a entrevista, da pergunta 1 5 h probabilidade de somar pontos, dependendo da resposta dada. Pergunta 1. Quedas anteriores, caso a resposta seja afirmativa soma-se um ponto (*). Questo 2. Medicamentos: Tranqilizantes-Sedativos* , Diurticos* , Hipotensores* ,Antiparkinsonianos* e Antidepressivos*. Cada uma dessas resposta vale um ponto pois contem um asterisco (*). O item 3 analisa o Dficit sensorial e deve-se somar um ponto s respostas que possuem asterisco, tais como : Alterao da Viso* ,Alteraes Auditivas* e Alteraes dos Membros MI* e MS* . J ao questionamento 4 precisa-se somar um ponto quando o paciente estiver Confuso* , isso com relao ao estado mental. E, por fim, na questo 5 que trata do tema marcha, soma-se um ponto quando a mesma for definida como insegura com ou

  • sem ajuda *. De acordo com ALBUQUERQUE (1999) com o objetivo de avaliar a

    mobilidade e o equilbrio, emprega-se o Time Up and Go Test (TUGT). Esse teste mensura, em segundos, o tempo que o idoso leva para levantar-se de uma cadeira com apoio para os braos, caminhar uma distncia de trs metros, retornar e sentar-se novamente na mesma cadeira. considerado como desempenho normal para adultos saudveis um tempo at 10 segundos; entre 11 e 20 segundos considera-se normal para idosos frgeis ou com deficincia, os quais tendem a ser independentes na maioria das atividades de vida diria. J para duraes acima dos 20 segundos considera-se necessrio realizar uma avaliao mais detalhada do paciente idoso.

    Segundo RAGASSON (2003), torna-se essencial para estabelecer um diagnstico, um prognstico e um julgamento clnico adequado que subsidiaro as decises sobre os tratamentos e cuidados necessrios com os idosos, que seja feita uma avaliao funcional, com acompanhamento do profissional fisioterapeuta.

    2.5 Exerccio Fsico e Risco de Quedas em Idosos

    Segundo GALLO (2001) o declnio funcional das clulas e tecidos dos rgos constitui a principal caracterstica do envelhecimento. Dentre as alteraes fisiolgicas esto a reduo da fora e massa muscular, a diminuio da capacidade aerbica, tolerncia ao exerccio e freqncia cardaca mxima. Alguns fatores ligados ao estilo de vida como tabagismo, imprudncia diettica e inatividade fsica esto intimamente ligados ao declnio funcional relacionado ao envelhecimento.

    Conforme os conceitos de CHRISTOFOLETTI et al. (2006) para prevenir e/ou minimizar dficits de equilbrio em idosos torna-se essencial a utilizao de ferramentas como a Fisioterapia e atividade fsica.

    O sedentarismo um fator agravante para o risco de quedas e tem aumentado muito nos tempos modernos. Apesar de j ser comprovado que a prtica de atividade fsica regularmente reduz os efeitos e dficits fisiolgicos provocados pelo envelhecimento (Thomas,2000).

    O exerccio alm de reduzir o risco de quedas e leses, ainda responsvel pela melhora funcional do idoso. Torna-se essencial realizar vrias

  • modalidades de exerccios tais como: exerccios para melhorar resistncia, equilbrio, fora muscular (FORCIEA e LAVIZZO-MOUREY, 1998).

    De acordo com os conceitos de HANSON (2002), a prtica regular de exerccio fsico proporciona inmeros benefcios conhecidos mundialmente. Em especial, os relacionados a melhoria do condicionamento cardiovascular, reduo do risco de traumatismos msculo-esquelticos, alteraes na composio corporal, ganho de fora e resistncia muscular, melhoria da flexibilidade articular.

    2.6 Risco de Quedas e sua Relao com Dficit Cognitivo e Demncia

    CARMELI et al., 2005 reconhecem que o risco de quedas mais acentuado em idosos com dficit cognitivo, j que, geralmente esse est associado excluso social, negligncia e sintomas depressivos. Alm disso, observam que os fatores citados contribuem para a reduo do desempenho em atividade fsica e aumento da fraqueza muscular global. Segundo CARVALHO E COUTINHO (2002) a presena de demncia implica em aumento no risco e frequncia de quedas seguida de fratura grave em idosos. Citam ainda que idosos com dficit cognitivo podem apresentar um julgamento empobrecido sobre a gravidade do seu quadro clnico e de suas perdas funcionais. Alm disso, as respostas protetoras podem estar comprometidas. Tal situao pode levar o idoso a obter uma avaliao equivocada sobre suas capacidades, deixando-o encorajado para realizar atividades que acarretam em acidentes como as quedas. Guo et al.,1998 e Salgado et al., 1994 observam aumento do risco de quedas, seguidas ou no de fraturas, associadas ao dfict cognitivo e demncia.

    O risco de quedas em idosos elevado nos que apresentam dficit cognitivo. Aliado a isso, est a excluso social , a negligncia e sintomas depressivos. Esses fatores, contribuem para aumentar a fraqueza muscular global e reduzir o desempenho nas atividades fsicas (CARMELI et al., 2005) .

  • 2.6.1 Doena de Alzheimer

    Segundo a Associao Brasileira de Alzheimer (ABRAZ), dos 18 milhes de pessoas com demncia que existem hoje em todo o mundo, cerca de 66% vivem em pases em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que entre 5% e 10% das pessoas acima de 60 anos possam ter algum tipo de demncia, e a demncia do tipo Alzheimer a causa mais comum das demncias, representando cerca de 50% a 70% do total.

    De acordo com dados do IBGE, em Cricima a populao de 175.246.000. Segundo a ABRAZ, estima-se que as demncias em geral atingem 7.1% da populao acima de 60 anos. Em Cricima esta populao de 11.846 habitantes, sendo que aproximadamente 841.066 so portadores de demncias em geral. Destes 841.066, 75% so portadores da doena de Alzheimer. O DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) descreve a demncia como o desenvolvimento progressivo de dficits cognitivos mltiplos, suficientemente severo para causar comprometimento nas ocupaes cotidianas, sociais ou ocupacionais, incluindo comprometimento da memria, entre outros sinais e sintomas (Associao Brasileira de Alzheimer ABRAZ, 2009).

    2.6.2 Doena de Parkinson

    De acordo com os conceitos de TEIVE e MENESES ( 2003), a Doena de Parkinson constitui a sndrome extrapiramidal mais encontrada na populao idosa. O incio do quadro clnico ocorre geralmente entre os 50 e 70 anos de idade. A incapacidade produzida pode ser comparada causada pelos acidentes vasculares enceflicos.

    A Doena de Parkinson descrita como uma afeco degenerativa, crnica, idioptica e progressiva do Sistema Nervoso Central (PRADO, 2008). James Parkinson, mdico ingls, membro do colgio real de cirurgies, foi quem primeiro descreveu a Doena de Parkinson - DP. Outros autores anteriormente haviam descrito parcialmente a DP, como Galeno, Leonardo Da Vinci, autores

  • egpcios (papiros) e, tambm, autores indianos (TEIVE E MENESES, 2003). Para STOKES (2000) o fator causal da Doena de Parkinson no

    conhecido. Segundo LIMONGI (2001) os cientistas costumam considerar como

    provveis causas da Doena de Parkinson-DP duas hipteses: a gentica e a ambiental. J que ainda no foi totalmente esclarecido o motivo da degenerao e morte dos neurnios da substncia negra.

    A base fisiopatolgica da Doena de Parkinson a depleo dopaminrgica induzida pela morte dos neurnios nigrais (BARBOSA e FERRAZ, 2006).

    Conforme LENT (2005), na Doena de Parkinson h degenerao de neurnios dopaminrgicos localizados em regies do crebro que participam do controle da motricidade. Por isso, alteraes motoras so comuns (incoordenao, tremores e movimentos anormais).

    Atualmente tem sido proposto pelos cientistas que a Doena de Parkinson seria uma acelerao anormal do processo de envelhecimento (MONTE, 2004).

    O perfil da desintegrao cognitiva similar entre os idosos e os parkinsonianos, afetando o domnio espacial, a memria visual e visual-espacial. Ocorre de forma mais comprometedora na DP sugerindo um processo de envelhecimento precoce (Chouza, 1986).

    Conforme (MONTE, 2004), o tratamento fisioteraputico atua nos sinais e sintomas da DP, como por exemplo: tremor, rigidez, bradicinesia e marcha. O programa de exerccios visa impedir a progresso da patologia, prevenir o desenvolvimento de complicaes de deformidades secundrias e manter ao mximo a capacidade funcional do paciente. Segundo o autor, as metas relevantes para o tratamento a curto prazo so : evitar contraturas, prevenir atrofia por desuso, corrigir posturas defeituosas, manter ou aumentar a amplitude de movimento das articulaes, aumentar a fora muscular, melhorar a funo respiratria, proporcionar a maior independncia possvel nas atividades de vida diria, melhorar equilbrio. O programa fisioteraputico a longo prazo tem por objetivo: manter a capacidade funcional do paciente, impedir o desenvolvimento de complicaes secundrias, retardar os efeitos e a progresso dos sintomas da patologia, proporcionar ao paciente a maior independncia possvel, melhora da qualidade de vida e reintegrao na sociedade.

  • O Tratamento Fisioteraputico associado ao tratamento medicamentoso visa minimizar os problemas motores causados tanto pelo quadro primrio da Doena de Parkinson- DP quanto pelas alteraes secundrias, auxilia o paciente a manter sua independncia, realizar suas atividades de vida diria de modo mais funcional possvel, melhora a qualidade de vida e pode em muitos casos, melhorar o prognstico do paciente (MONTE, 2004; ROWLAND, 2002).

  • 3 MATERIAIS E MTODOS

    3.1 Caractersticas do Estudo

    Com referncia aos conceitos de Luciano (2001) trata-se de uma pesquisa de natureza bsica, exploratria, aproximando o problema da hiptese. Em relao ao problema caracterizada como quali-quantitativa. Com relao aos objetivos descritiva e exploratria, utilizando recursos de ordem bibliogrfica e de levantamento. O trabalho teve como enfoque principal analisar o risco de quedas em idosos de casas de longa permanncia na cidade de Cricima-SC

    3.2 Caracterizao da Amostra

    A amostra foi selecionada a partir de uma populao de idosos, moradores de uma instituio de longa permanncia; o Asilo So Vicente de Paulo. Como critrios de incluso foram selecionados indivduos, que so considerados idosos (superior a 57 anos), de ambos os sexos, que deambulassem sem dispositivos auxiliares da marcha, e possussem condies de responder aos questionrios. Como critrios de excluso: idosos cadeirantes ou que utilizassem dispositivos auxiliares da marcha; idosos acamados, os que no quiseram participar deste estudo. Atravs desses critrios, utilizou-se o clculo de Costil (BARBETTA, 2007) onde a amostra ficou composta por 13 idosos.

    Esta pesquisa foi realizada no Asilo So Vicente de Paulo, na cidade de Cricima SC, nos meses de julho a setembro de 2009, no perodo da tarde, de segunda-feira sexta-feira.

    O presente estudo teve como objetivo analisar o risco de quedas atravs de testes de avaliao funcional do equilbrio e um roteiro de entrevista sobre quedas.

  • 3.3 Instrumentos para Coleta de Dados

    Para realizao da pesquisa foi realizada uma entrevista j validada direcionada ao foco de pesquisa. Foram abordados, principalmente, tpicos relacionados com a identificao, condio geral de sade, hbitos de vida e histrico de patologias associadas imobilidade ao leito. Alm da entrevista foi aplicada a escala de equilbrio de Berg, para a avaliao da mobilidade foi empregado o teste Timed Up and Go Test TUGT.

    Para avaliar o dficit cognitivo foi utilizado o Mini Mental State Examination -MMSE (FOLSTEIN et al. , 1975 apud ROSSELLI M, TAPPEN R, WILLIAMS C, SALVATIERRAJ. , 2006).

    Durante o processo de coleta de dados, foram utilizados ainda, materiais para aferir a presso arterial (estetoscpio e esfigmomanmetro), a temperatura (termmetro), a freqncia cardaca e respiratria (relgio digital), uma cadeira com apoio para os braos e uma fita mtrica para realizar o teste TUGT.

    3.4 Procedimentos para Coleta de Dados

    Inicialmente foi realizado um contato com o responsvel pelo Asilo So Vicente de Paulo localizado na Rua Afonso Pena 368, na Cidade de Cricima-SC, para informar sobre o projeto proposto pela pesquisadora. Aps ter sido aceito, foi solicitado um termo de autorizao do local e assinado pela responsvel pela instituio (APNDICE B).

    O projeto foi encaminhado ao Comit de tica de Pesquisa (CEP) da Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC, e aprovado (protocolo 58/2009) e logo aps a pesquisadora inicou-se a pesquisa.

    Em um primeiro contato, a pesquisadora foi at ao asilo, e realizou uma reunio com todos idosos da instituio para verificar os interessados em compor o estudo e os que possuiam condies psquicas para participar da pesquisa. A reunio aconteceu durante o horrio combinado com o responsvel pela lnstituio. A populao de idosos no Asilo So Vicente de Paulo era composta de 65

  • residentes, sendo 39 idosos independentes (deambulam sem auxlio), 9 deambulam com auxiliares dispositivos da marcha e 17 idosos so acamados.

    A pesquisadora explicou o estudo e fez a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) aos mesmos, para apurar aqueles que pretendiam aderir voluntariamente aos propsitos da pesquisa. Neste termo, foi esclarecido todo o objetivo do trabalho, bem como os procedimentos realizados em sua ordem de execuo (APNDICE A).

    Em horrios estabelicidos com a responsvel, a pesquisadora aplicou a entrevista e realizou a Avaliao Fisioteraputica (ANEXO 1), Escala de Equilbrio de Berg (ANEXO 2), Time Up and Go Teste -TUGT (ANEXO 3), Roteiro de Entrevista Sobre Quedas (ANEXO 4), Mini Mental State Examination MMSE (ANEXO 5).

    A pesquisa foi realizada durante o primeiro e segundo semestre de 2009, sendo que o perodo para coleta dos dados ocorreu no percurso do segundo semestre de 2009, nos meses de julho a setembro.

    3.5 Procedimentos para Anlise de Dados

    Os dados obtidos nas avaliaes/questionrios foram devidamente tabulados, analisados e avaliados pelo programa Microsoft Excel para construo de grficos e assim analisados, discutidos e confrontados com a literatura cientfica.

  • 4 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS

    A amostra foi composta por 13 ( treze) idosos institucionalizados. A avaliao quanto idade, o sexo, a escolaridade, o tempo de residncia, sintomas,a Escala de Equilbrio de Berg, Roteiro de Entrevista sobre Quedas, Time up and Go Test, Mini Mental State Examination foi realizado com toda a amostra.

    A idade mdia da populao foi de 71 anos, sendo a idade mnima de 57 anos e a mxima de 91 anos.

    As mulheres constituem 81,1% da populao dos asilos. Tal fato aponta que a institucionalizao parece ser uma questo feminina. Segundo estudos, em Israel e no Canad as mulheres representam 70% dos idosos residentes em instituio de Longa Permanncia (RUBENSTEIN,1996).

    Segundo CHAIMOWICS (1999) essa tendncia se explica, em parte, pelo fato das mulheres terem sobrevida maior que os homens.

    Quanto a anlise do gnero pode-se verificar que 5 idosas eram do sexo feminino e, 8 idosos do sexo masculino. Portanto, comparando-se com a literatura, nota-se que os resultados encontrados no Asilo So Vicente de Paulo foram compostos por um nmero maior de homens, contrariando a esttisca que normalmente aponta incidncia maior de risco de quedas em mulheres.

    Durante a aplicao da Avaliao Fisioteraputica (SANTOS,2006), quando questionados sobre sua escolaridade, 5 no tem nenhuma escolaridade (analfabetos), 1 idosa est sendo alfabetizada aos 76 anos por voluntrias (Mobral), 5 dos idosos avaliados tem o primrio, 1 tm o ensino secundrio, 1 tm o ensino universitrio ( Ps-Graduao). Quando questionados sobre o fato de saber ler, 7 idosos relatam no saber ler e 6 idosos relatam saber ler.

    Idosos com menor nvel de escolaridade apresentam probabilidade cerca de cinco vezes maior de possuir dependncia moderada ou grave ( COSTA ROSA et al., 2003).

    De acordo com os dados da pesquisadora apenas um idoso possui ensino secundrio e um possui ensino superior ( universitrio) , portanto a maioria dos idosos da amostra so considerados dependentes, sendo um agravante para a ocorrncia de quedas.

    Quanto ao estado civil dos idosos institucionalizados, os resultados foram

  • de, 5 solteiros, 3 so casados e, 5 vivos. Bazo (1991), aponta que idosos casados fazem parte em menor

    proporo da populao geritrica institucionalizada se comparados com idosos solteiros. Os dados coletados no Asilo So Vicente de Paulo condizem com a afirmao do autor, j que de toda a amostra, apenas 3 idosos so casados.

    H uma alta porcentagem de idosos solteiros institucionalizados. Tal fato pode ser indicativo de marginalizao dos mesmos, negligncia por parte dos familiares. Em alguns casos, o prprio idoso, por acreditar ser um incmodo para sua famlia, prefere o isolamento da sociedade (Lucena et al., 2002).

    O tempo de residncia na instituio variou entre os idosos asilados em mais de um (1) ano e em menos de um(1) ano. Sendo que 11 idosos so residentes na instituio h mais de um ano e apenas 2 residem h menos de um ano. A mdia foi de 1 ano e 3 meses para tempo em que reside na instituio.

    Segundo os conceitos de PEREIRA (et al, 2004), o perfil do idosos institucionalizados diferenciado, pois estes apresentam carncia afetiva, ausncia de familiares que auxiliem o idoso no auto cuidado, perda da autonomia causada por incapacidades fsicas e mentais, grande nvel de sedentarismo, insuficincia de suporte financeiro. Tais fatores citados contribuem para a prevalncia de co-morbidades e de limitaes fsicas refletindo na perda de autonomia e independncia dos idosos.

    Com isso, pressupe-se que os idosos que praticam atividades fsicas e esto inseridos no ambiente familiar possuem uma vida social mais ativa tornando-os mais independentes. J os idosos institucionalizados, tornam-se mais dependentes, medida em que aumenta o tempo de permanncia na instituio.

    Diante do exposto, acredita-se ainda que o grau de dependncia do idoso diretamente proporcional ao comprometimento da sua qualidade de vida. Com o decorrer dos anos acarreta em incapacidades fsicas e cognitivas para o idoso.

    Quando questionados sobre o fato de possuir alguma doena ou queixa, 7 idosos responderam afirmativa (sim) , sendo que 2 idosos relatam dor na perna ao andar, 1 apenas dor na perna, 1 relata dor no joelho, 2 relatam HAS ( Hipertenso Arterial Sistmica) e DM ( Diabetes Mellitus) e um deles, ainda se queixa de crises de asma e apenas 1 idoso relata sensao de estmago pesado. E 6 idosos relatam no possuir queixa ou doena.

    Com relao aos sintomas, 5 idosos se queixam de alteraes visuais, 4

  • idosos apresentam alteraes cardacas, 3 possuem alteraes alrgicas, 2 alteraes respiratrias, 2 alteraes neurolgicas e 2 apresentam alteraes auditivas.

    De toda a amostra, 9 idosos relatam que no sofreram nenhuma fratura e apenas 4 relatam que j sofreram fratura.

    As quedas que resultam em perodos prolongados de permanncia do idoso no cho, perdas funcionais ou leses fsicas so as mais associadas ao medo de cair. Quando o idoso apresenta sentimentos de fragilidade, vulnerabilidade, insegurana, sente-se desmoralizado, ocorre perda do controle e ansiedade em relao doena e a morte, indicativo de que o medo de quedas ou reicidivas de quedas est progredindo e tornando-se debilitante (KAPLAN, 1997).

    Quando questionados sobre o fato de apresentarem dores na coluna vertebral: 7 idosos responderam que no possuem e 6 idosos da amostra relatam que apresentam dores, sendo que destes 2 citam a coluna cervical como fonte de dor e apenas um citou a coluna lombar.

    De acordo com os conceitos de Ribeiro (2006), a maioria dos idosos restringem suas atividades devido a dores, medo de cair, incapacidades, atitudes protetoras de familiares e cuidadores ou at mesmo por aconselhamentos de profissionais da sade.

    Tabela 1 Caracterizao da amostra (n=13) Caractersticas N=13

    Sexo Masculino: 8 Feminino: 5

    Idade Mdia: 7110 Saber ler Sim: 6

    No: 7 Escolaridade Nenhuma: 5

    Mobral: 1 Primria: 5

    Secundria: 1 Universitria (Ps-

    Graduao): 1 Desde de quando vive

    na instituio? Mdia: 1 ano e 3 meses

    Possui alguma doena, queixa. Qual ?

    HAS: 2 DM: 2

    Dor membro inferior: 4

  • Outros: 2 No: 6

    Sintomas Alteraes Cardacas: 4 Alteraes Respiratrias: 2 Alteraes Neurolgicas: 2

    Alteraes Auditivas: 2 Alteraes visuais: 5

    Alteraes alrgicas: 3 No: 2

    Sofreu alguma fratura? Sim: 4 No: 9

    Vc apresenta dores na coluna vertebral?

    Sim: 6 No: 7

    Dados da Pesquisadora

    Para anlise do risco de quedas foi aplicado o Roteiro de Entrevista Sobre Quedas, em 13 idosos da instituio. Sendo que ,conforme a Escala de Avaliao de Risco de Quedas de Dowton, deve-se somar um (1) ponto para cada item com asterisco (*). Das questes que compem a entrevista, da pergunta 1 5 h probabilidade de somar pontos, dependendo da resposta dada. Pergunta 1. Quedas anteriores, caso a resposta seja afirmativa soma-se um ponto (*). Questo 2. Medicamentos: Tranqilizantes-Sedativos* , Diurticos* , Hipotensores* ,Antiparkinsonianos* e Antidepressivos*. Cada uma dessas resposta vale um ponto pois contem um asterisco (*). O item 3 analisa o Dficit sensorial e deve-se somar um ponto s respostas que possuem asterisco, tais como : Alterao da Viso* ,Alteraes Auditivas* e Alteraes dos Membros MI* e MS* . J ao questionamento 4 precisa-se somar um ponto quando o paciente estiver Confuso* , isso com relao ao estado mental. E, por fim, na questo 5 que trata do tema marcha, soma-se um ponto quando a mesma for definida como insegura com ou sem ajuda *.

    Aps os questionamentos , obteve-se como mdia 4 pontos. Com isso, pode-se afirmar que h entre os idosos institucionalizados, um ndice elevado para risco de quedas. J que, para o autor * Trs ou mais pontos indicam riscos elevados de quedas.

    Com isso, fica evidente que as alteraes decorrentes do envelhecimento e as doenas associadas so fatores de grande relevncia para explicar o alto ndice de quedas em idosos.

  • Figura 1 Roteiro de Entrevista sobre Quedas (n=13)

    Dados da Pesquisadora

    No teste de mobilidade -TUGT, de acordo com os conceitos de MATHIAS et al.,1986, considera-se independente o idoso que consegue realizar o teste em at 10 segundos; semi-independente quando o tempo gasto para realizao da tarefa est entre 10,01 e 20 segundos e acima de 20,01 segundos para realizar a prova o idoso considerado parcialmente dependente. O estudo demonstrou que 7 eram semi-independentes e 6 parcialmente dependentes.

  • Figura 2 Teste da Mobilidade - TUGT (n=13)

    Dados da Pesquisadora

    Velocidades lentas de marcha esto relacionadas com instabilidade postural. A velocidade da marcha possui relao importante com os testes de mobilidade funcional. Segundo estudos retrospectivos, as baixas velocidades de marcha dos idosos apontam os que tm risco elevado de quedas (Soares et al., 2003).

    Para anlise da mobilidade foi aplicado o teste de TUGT, em 13 idosos da instituio e a mdia de tempo gasto para a realizao da tarefa foi de 19.8 segundos. Portanto, a maioria da amostra considerada semi-independente, o que implica afirmar que h risco de quedas para essa populao, j que o tempo gasto em segundos, para realizao da tarefa foi considerado elevado.

  • Figura 3 Teste da Mobilidade - TUGT (n=13)

    Dados da Pesquisadora

    Para anlise do equilbrio foi aplicada a Escala de Equilbrio de Berg, em 13 idosos da instituio, sendo que esta escala tem sido apontada na literatura internacional como instrumento vlido na determinao de idosos com maior chance de quedas. A escala de equilbrio de Berg (BERG et al., 1992;MIYAMOTO et al., 2004) utilizada para determinar os fatores de risco para perda da independncia e para quedas em idosos. Trata-se de uma escala que atende algumas propostas como: descrio quantitativa da habilidade de equilbrio funcional, acompanhamento do progresso dos pacientes e avaliao da efetividade das intervenes na prtica clnica e em pesquisas. Alm disso, avalia o desempenho do equilbrio funcional em 14 itens comuns vida diria. Cada item possui uma escala ordinal de cinco alternativas que variam de 0 a 4 pontos. Portanto, a pontuao mxima pode chegar a 56 pontos.

    De acordo com SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT (2003 ) apud BERG et al., 1992;MIYAMOTO et al., 2004 ), na amplitude de 56 a 54, cada ponto a menos associado a um aumento de 3 a 4% abaixo no risco de quedas, de 54 a 46 a alterao de um ponto associada a um aumento de 6 a 8% de chances, sendo que abaixo de 36 pontos o risco de quedas quase de 100%.

  • Na atividade sentado para em p; trs idosos tiveram 3 pontos e dez idosos obtiveram 4 pontos. Para atividade ficar em p sem apoiar-se; treze idosos obtiveram 4 pontos. Na atividade sentado sem apoiar-se, ps no cho; treze idosos obtiveram 4 pontos. Para a atividade em p para sentado; um idoso obteve 3 pontos e 12 idosos obtiveram 4 pontos. Nas transferncias, trs idosos obtiveram trs pontos e dez idosos obtiveram 4 pontos. Ficar em p sem apoio, com os olhos fechados; um idoso obteve 1 ponto e doze idosos obtiveram 4 pontos. Ficar em p sem ajuda, com os ps juntos; trs idosos obtiveram 2 pontos e dez idosos obtiveram 4 pontos.Para inclinar-se para frente, com o brao esticado; apenas um idoso obteve 3 pontos e dozes idosos obtiveram 4 pontos.Para pegar objetos do cho, dos treze idosos, um obteve 2 pontos, dois idosos obtiveram 3 pontos e dez deles obtiveram 4 pontos.Para virar e olhar para trs / sobre ombro D/E trs idosos obtiveram 1 ponto, sete idosos obtiveram 2 pontos, um idoso obteve 3 pontos e dois deles obtiveram 4 pontos.Na atividade girar 360, quatro idosos obtiveram 1 ponto, cinco idosos obtiveram 2 pontos, dois idosos obtiveram 3 pontos e mais dois idosos obtiveram 4 pontos.Na atividade contar o nmero de vezes em que pisa em um banquinho; cinco idosos obtiveram 1 ponto, apenas um idoso obteve 2 pontos, cinco idosos obtiveram 3 pontos e dois idosos obtiveram 4 pontos.Ficar em p sem apoio,um dos ps frente; sete idosos obtiveram zero pontos, dois obtiveram 2 pontos, trs idosos obtiveram 3 pontos e um idoso obteve 1 ponto. Na atividade ficar em p sobre uma das pernas; seis idosos obtiveram zero pontos, dois idosos obtiveram 2 pontos, trs idosos obtiveram 2 pontos e dois idosos obtiveram 3 pontos.

    Sendo a resposta (mdia) encontrada 43 pontos indica que neste estudo houve alto risco de quedas, j que os idosos da amostra apresentam dfict de equilbrio.

    O equilbrio uma habilidade importante para que o idoso consiga desempenhar tanto tarefas simples, como as desafiadoras. Segundo o autor, o surgimento de doenas crnicas, as interaes farmacolgicas, as alteraes fisiolgicas do envelhecimento, ou mesmo as disfunes especficas, acarretam em alteraes do equilbrio, que contribuem para desencadear quedas nessa populao (GAZZOLA et al, 2005).

    De acordo com PERRACINI (2003) as conseqncias mais perigosas do desequilbrio e da dificuldade de locomoo so as quedas, seguidas por fraturas,

  • deixando os idosos acamados por dias ou meses e sendo responsveis por 70% das mortes acidentais em pessoas com mais de 75 anos. O desequilbrio um dos principais fatores que limitam a capacidade funcional do idoso e o predispem ao maior risco de quedas.

    Figura 4 Escala de Equilbrio de Berg (n=13)

    Dados da Pesquisadora

    Para avaliar o dficit cognitivo foi utilizado o Mini Mental State Examination- MMSE. Esse instrumento composto por 7 categorias com o intuito de avaliar funes cognitivas especficas, tais como : orientao para tempo, orientao para local, registro de trs palavras, ateno e clculo, recordao das trs palavras, linguagem e praxia visuo-construtiva. Para cada acerto um somado um ponto ao total. O escore desse teste varia de 0 a 30 pontos , sendo que nos resultados quando h valores mais baixos, estes apontam para um possvel dfcit cognitivo. (CHRISTOFOLETTI et al., 2006).

    Como o teste sofre influncia da escolaridade, valores de referncia foram propostos por Folstein (et al. ,1975 apud Rosselli M, Tappen R, Williams C, Salvatierra J. ,2006), que consideram com defeito cognitivo : analfabetos com pontuao menor ou igual 15 pontos; pessoas com 1 a 11 anos de escolaridade

  • que atingiram pontuao menor ou igual a 22 e os com escolaridade superior a 11 anos com pontuao menor ou igual a 27 pontos apresentam dficit cognitivo. Neste estudo, 7 idosos apresentaram dficit cognitivo e 6 idosos no. Portanto, h maior risco de quedas entre os idosos residentes na instituio, confirmando com os achados da literatura.

    Segundo RAPPORT et al., 1998 a adaptao do idoso com demncia ambientes novos pode ser dificultada pelo comprometimento da ateno e da memria, principalmente da memria recente ou de aquisio. Para esse grupo, a dificuldade de memorizao de informaes novas como a mudana para uma nova casa, a simples troca de um mvel de local implica em aumento do risco de quedas. Alm disso, desorientao espacial, desorientao das funes executivas, apraxia, agnosia tambm podem estar relacionadas s quedas com idosos.

    Segundo o mesmo autor, um estudo realizado sobre quedas comprovou que a influncia de debilidades sensoriais e motoras moderada, em parte pelas funes executivas. J que os pacientes que possuem deficincia nessas funes apresentam uma tendncia a agir de modo arriscado e inadequado, elevando os riscos de quedas.

    Atravs de estudos, Guo et al.,1998 e Salgado et al., 1994 observam aumento do risco de quedas, seguidas ou no de fraturas, associadas ao dfict cognitivo e demncia.

    De acordo com os conceitos de CARMELI et al., 2005 o risco de quedas em idosos elevado nos que apresentam dficit cognitivo. Aliado a isso, est a excluso social , a negligncia e sintomas depressivos. Esses fatores, contribuem para aumentar a fraqueza muscular global e reduzir o desempenho nas atividades fsicas.

  • Figura 5 Mini Mental State Examination (n=13)

    Dados da Pesquisadora

  • 5 CONCLUSO

    O processo do envelhecimento vem acompanhado por problemas de sade fsicos e mentais provocados, frequentemente por doenas crnicas e quedas.

    Segundo o autor Santos (2005), queda um evento acidental que tem como resultado a mudana de posio do individuo para um nvel mais baixo, em relao a sua posio inicial, com incapacidade de correo em tempo hbil e apoio no solo.

    A estabilidade do corpo depende da recepo adequada de informaes de componentes sensoriais, cognitivos, do sistema nervoso central e msculo esqueltico de forma integrada.

    Em relao a primeira questo, entre os principais fatores relacionados com as quedas esto a idade, sexo feminino, debilidade, uso de medicamentos, pouca viso, perturbao da cognio, condies neuromusculares crnicas, doenas agudas, dificuldade de levantar de uma cadeira, compotamentos arriscados, histrias de quedas ou escorregamentos anteriores ( DUTHIE et. al. (2002). Os resultados encontrados durante a aplicao dos questionrios tem correlao e confirmam os estudos da literatura.

    RAMOS e TONIOLO NETO (2005), afirmam que os fatores apontados na maioria dos estudos como fatores determinantes de quedas foram: presena de declnio cognitivo e inatividade, fraqueza muscular, distrbios da mobilidade,marcha e equilbrio, idade igual ou superior a 75 anos, sexo feminino, histria prvia de quedas anteriores e de fraturas, uso de medicamentos , principalmente psicotrpicos, em especial benzodiazepnicos.

    Com o aumento da idade a populao idosa sofre diversas alteraes fisiolgicas , proporcionando maior risco de quedas.

    Referente a segunda questo da pesquisa, pode-se afirmar que o dficit cognitivo e os quadros demencias aumentam a incidncia de quedas em idosos institucionalizados.

    O declnio cognitivo foi apontado em estudos como uma varivel que influencia diretamente o risco de quedas na populao idosa (CRESS et al., 2003).

  • A correlao entre risco de quedas e declnio cognitivo encontrado em estudos, indica que o dficit cognitivo uma variavl que est associada ao aumento do risco de quedas em idosos e contribui para tal de forma bem significativa (SAMSON et al., 2000).

    De acordo com os conceitos de DUTHIE et. al. (2002), os idosos institucionalizados apresentam alguns problemas peculiares e tm maior probabilidade de sofrer perturbao do raciocnio e possuir m cognio, geralmente tomam muitos remdios. Alm disso, esses idosos residentes em lares/abrigos apresentam maior nmero de incapacidades.

    Os presentes dados apontam para o alto ndice do risco de quedas nos idosos de instituio de Longa Permanncia na Cidade de Cricima-SC. Tal fato, sugere a relevncia de intervenes, inclusive preventivas ,sobre esse aspecto.

    Atravs de estudos como este, pretende-se prevenir as quedas, com isso evitar consequncias emocionais, econmicas e sociais. Tendo em vista que, evitar o evento de quedas tanto em hospitais, como em instituies de longa permanncia considerado uma conduta de boa prtica geritrico-gerontolgica. Tais cuidados preventivos so considerados como um dos indicadores de qualidade de servios para idosos (RAMOS e TONIOLO NETO,2005).

    Com este estudo, pode-se evidenciar a importncia do acompanhamento fisioteraputico em idosos institucionalizados, os quais apresenta importante dficit cognitivo, dficit de equilbrio e mobilidade.

    Seguindo o que Estabelece a Poltica Nacional de Sade do Idoso nota-se que seria interessante estabelecer um programa que trabalhe a conscientizao da sociedade e dos prprios idosos com medidas para reduzir os riscos de quedas. Tende em vista, que esta poltica visa a promoo do envelhecimento saudvel, com capacidade funcional preservada e de preferncia no ambiente familiar.

    Em relao as enfermidades crnicas, os dados foram obtidos atravs de entrevista com os idosos, informao de funcionrios que trabalham no local. Para futuros trabalhos cientficos sugere-se analisar a populao idosa de outras Instituies de Longa Permanncia e comparar os dados obtidos, alm disso coletar as informaes a partir de exames clnicos mais detalhados.

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  • APNDICES

  • APNDICE A- Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

  • TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO PARTICIPANTE

    O presente projeto para o Trabalho de Concluso de Curso (TCC) intitulado Anlise do Risco de Quedas em Idosos de Instituies de Longa Permanncia em Cricima-SC.O (a) sr(a). foi plenamente esclarecido de que participando deste projeto, estar participando de um estudo de cunho acadmico, que tem como um dos objetivos analisar o risco de quedas em idosos de instituio de longa permanncia na cidade de Cricima-SC . Embora o (a) sr(a) venha a aceitar a participar deste projeto, estar garantido que o (a) sr (a) poder desistir a qualquer momento bastando para isso informar sua deciso. Foi esclarecido ainda que, por ser uma participao voluntria e sem interesse financeiro o (a) sr (a) no ter direito a nenhuma remunerao. Desconhecemos qualquer risco ou prejuzos por participar dela. Os dados referentes ao sr (a) sero sigilosos e privados, preceitos estes assegurados pela Resoluo n 196/96 do Conselho Nacional de Sade, sendo que o (a) sr (a) poder solicitar informaes durante todas as fases do projeto, inclusive aps a publicao dos dados obtidos a partir desta.

    A coleta de dados ser realizada pela acadmica Karla Cristina Cristiano (fone: 96096559) da 9 fase da Graduao de Fisioterapia da UNESC e orientado pela professora Brbara Lucia Pinto Coelho (99882400). O telefone do Comit de tica 3431.2723.

    Cricima (SC)____de______________de 2009.

    ______________________________________________________

    Assinatura do Participante

  • APNDICE B - Termo de Autorizao da Instituio

  • ANEXOS

  • ANEXO 1 Instrumento de Pesquisa

  • AVALIACO FISIOTERAPUTICA (SANTOS, 2006)

    I Dados de Identificao Data: ___/___/___ Nome: _________________________________________________________ Idade: ________________ Data de Nascimento: ___/___/___ Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Cor: ( ) Branco ( ) Negro ( ) Pardo Estado Civil: ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Vivo ( ) Separado ( ) Outros:______________ Religio: ___________________ Sabe Ler: ( ) Sim ( ) No Escolaridade: ( ) Nenhuma ( ) Primria ( ) Secundria ( ) Universitria Dominncia: ( ) Direita ( ) Esquerda ( ) Ambidestro Profisso: _______________________ Ocupao Pregressa:______________ Desde quando vive na instituio: ( ) < 1 ano ( ) > 1 ano

    II Histria de Sade 2.1 Antecedentes Pessoais e Doenas Associadas Na famlia tem: ( ) DM ( ) Cncer ( ) Demncia ( ) HAS ( ) Cardiopata ( ) Alcoolismo ( ) Outros: ____________________

    2.1.1 Hbitos de Vida Tabagismo: ( ) Sim ( ) No Quantidade:______________________ Tempo: __________________ deixou de fumar a quantos anos?__________ Etilismo: ( ) Sim, social ( ) No Tipo de bebida:____________________ ( ) Sim, patolgico Freqncia:_______________________

    2.2 Sinais e Sintomas Gerais 2.2.1 Possui alguma doena ou queixa? ( ) Sim ( ) No Qual?:________________________________________

    2.2.2 Assinale os sintomas, que caso apresente, especificando ao lado o tipo: ( ) Alteraes genitourinrias Tipo:_________________________________ ( ) Alteraes gastrointestinais Tipo:_________________________________ ( ) Alteraes respiratrias Tipo:_________________________________ ( ) Alteraes neurolgicas Tipo:_________________________________ ( ) Alteraes visuais Tipo:_________________________________ ( ) Alteraes auditivas Tipo:_________________________________ ( ) Alteraes cardacas Tipo:_________________________________ ( ) Alteraes alrgicas Tipo:_________________________________ ( ) Emagrecimento ( ) Sim ( ) No Quanto:___Kg Tempo:______ ( ) Aumento de peso ( ) Sim ( ) No Quanto:___Kg Tempo:_______ Sofreu alguma fratura: ( ) Sim ( ) No Se SIM, regio:________________ J fez alguma cirurgia: ( ) Sim ( ) No Se SIM, tipo:___________________

  • III Exame Fsico

    3.1 Sinais Vitais: PA:____/____ mmHg FC:_______ bpm FR:_______ cpm

    3.2 Genito Urinrio: ( ) Continente ( ) Sonda ( ) Fralda ( ) Incontinncia de esforo

    3.3 Msculo esqueltico: ( ) Deformidade ( ) Rigidez ( ) Atrofia ( ) Dor ( ) Normal 3.4 Sistema Nervoso: Motor (tnus): ( ) Hipotonia ( ) Espasticidade ( ) Rigidez Sensibilidade ttil: ( ) Presente ( ) Ausente Sensibilidade trmica: ( ) Presente ( ) Ausente Sensibilidade dolorosa: ( ) Presente ( ) Ausente Cerebelo (ndex-nariz): ( ) Positivo ( ) Negativo Tremores: ( ) Ausente ( ) Presente Bradicinesia: ( ) Ausente ( ) Presente

    IV Aspectos Psicossociais e Econmicos 4.1 Como seu relacionamento familiar? ( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Difcil

    4.2 Como seu relacionamento com seus colegas de residncia? ( ) timo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Difcil

    V Presena de Sintomas Osteomusculares 5.1 Presena de Alterao Osteomuscular na Coluna Vertebral:

    5.1.1 Voc apresenta dores na coluna vertebral? ( ) Sim ( ) No

  • ANEXO 2 Escala de Equilbrio de Berg

  • Escala de Equilbrio de Berg (Berg et al., 1992; Miyamoto et al., 2004)

    Procedimento de Avaliao: A realizao das tarefas avaliada atravs de observao e a pontuao varia de 0 4 totalizando um mximo de 56 pontos. Estes pontos devem ser subtrados caso o tempo ou a distncia no sejam atingidos, o sujeito necessite de superviso para a execuo da tarefa, ou se o sujeito apia-se num suporte externo ou recebe ajuda do examinador. Este teste constitudo por uma escala de 14 tarefas comuns que envolvem o equilbrio esttico e dinmico tais como: alcanar, girar, transferir-se, permanecer em p e levantar-se.

    Descrio dos Itens Pontuao (0-4)

    1. Sentado para em p ________

    2. Em p sem apoio ________

    3. Sentado sem apoio ________

    4. Em p para sentado ________

    5. Transferncias ________

    6. Em p com os olhos fechados ________

    7. Em p com os ps juntos ________

    8. Reclinar frente com os braos estendidos ________

    9. Apanhar objeto do cho ________

    10. Virando-se para olhar para trs ________

    11. Girando 360 graus ________

    12. Colocar os ps alternadamente sobre um banco _______

    13. Em p com um p em frente ao outro _______

    14. Em p apoiado em um dos ps ________

    TOTAL ________

  • INSTRUES GERAIS

    Demonstre cada tarefa e/ou instrua o sujeito da maneira em que est escrito abaixo. Quando reportar a pontuao, registre a categoria da resposta de menor pontuao relacionada a cada item.

    Na maioria dos itens pede-se ao sujeito manter uma dada posio por um tempo determinado. Progressivamente mais pontos so subtrados caso o tempo ou a distncia no sejam atingidos, caso o sujeito necessite de superviso para a execuo da tarefa, ou se o sujeito apia-se num suporte externo ou recebe ajuda do examinador.

    importante que se torne claro aos sujeitos que estes devem manter seus equilbrios enquanto tentam executar a tarefa. A escolha de qual perna permanecer como apoio e o alcance dos movimentos fica a cargo dos sujeitos. Julgamentos inadequados iro influenciar negativamente na performance e na pontuao.

    Os equipamentos necessrios so um cronmetro (ou relgio comum com ponteiro dos segundos) e uma rgua ou outro medidor de distncia com fundos de escala de 5, 12,5 e 25cm. As cadeiras utilizadas durante os testes devem ser de altura razovel. Um degrau ou um banco (da altura de um degrau) pode ser utilizado para o item 12.

    1. SENTADO PARA EM P

    Instrues: Por favor, fique de p. Tente no usar suas mos como suporte.

    ( ) 4 capaz de permanecer em p sem o auxlio das mos e estabilizar de maneira independente

    ( ) 3 capaz de permanecer em p independentemente usando as mos

  • ( ) 2 capaz de permanecer em p usando as mo aps vrias tentativas

    ( ) 1 necessidade de ajuda mnima para ficar em p ou estabilizar

    ( ) 0 necessidade de moderada ou mxima assistncia para permanecer em p

    2. EM P SEM APOIO

    Instrues: Por favor, fique de p por dois minutos sem se segurar em nada.

    ( ) 4 capaz de permanecer em p com segurana por 2 minutos

    ( ) 3 capaz de permanecer em p durante 2 minutos com superviso

    ( ) 2 capaz de permanecer em p durante 30 segundos sem suporte

    ( ) 1 necessidade de vrias tentativas para permanecer 30 segundos sem suporte

    ( ) 0 incapaz de permanecer em p por 30 segundos sem assistncia

    OBS.: Se o sujeito capaz de permanecer em p por 2 minutos sem apoio, marque pontuao mxima na situao sentado sem suporte. Siga diretamente para o item 4.

    3. SENTADO SEM SUPORTE PARA AS COSTAS MAS COM OS PS APOIADOS SOBRE O CHO OU SOBRE UM BANCO

    Instrues: Por favor, sente-se com os braos cruzados durante 2 minutos.

    ( ) 4 capaz de sentar com segurana por 2 minutos

    ( ) 3 capaz de sentar com por 2 minutos sob superviso

    ( ) 2 capaz de sentar durante 30 segundos

  • ( ) 1 capaz de sentar durante 10 segundos

    ( ) 0