questionário ii - ar atm
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
CIÊNCIAS DO AMBIENTE
QUESTIONÁRIO II – AR ATMOFÉRICO
Disciplina: Ciências do Ambiente – 2012
Turma: EAD11110A5
Nome: Thaís Leal Corrêa da Silva
RGU: 08200323
Petrópolis
2012
QUESTIONÁRIO II – AR ATMOFÉRICO
(1º) O Efeito Estufa é um fenômeno natural, existe na natureza e proporciona a vida no
planeta Terra. Explique esse fenômeno natural e suas implicações em relação à
intensificação dos gases do efeito estufa como poluentes na camada atmosférica.
A radiação solar compreende radiações luminosas (luz) e radiações caloríficas (calor),
em que sobressaem as radiações infravermelhas.
As radiações luminosas são de pequeno comprimento de onda, pelo que atravessam
facilmente a atmosfera. Pelo contrário, as radiações infravermelhas (radiações caloríficas) são
de grande comprimento de onda, pelo que têm mais dificuldades em atravessar a atmosfera,
que, por intermédio do vapor de água, do dióxido de carbono e das partículas sólidas e líquidas,
as absorve em grande parte.
Por outro lado, as radiações luminosas (luz) absorvidas pela camada superficial do
Globo são convertidas em radiações infravermelhas (calor), que continuamente vão sendo por
ela libertadas (radiação terrestre).
A atmosfera, tal como o vidro duma estufa, sendo pouco permeável a estas radiações,
constitui como que uma barreira, dificultando a sua propagação para grandes altitudes. Uma
parte é por ela absorvida e outra é reenviada, por reflexão (contra radiação), para as camadas
mais baixas, onde se acumula e faz elevar a temperatura.
O vapor de água, o dióxido de carbono, os óxidos de azoto, o metano e o as partículas
sólidas e líquidas constituem os elementos fundamentais dessa barreira, já que são eles os
principais responsáveis pela absorção e reflexão da radiação terrestre.
O efeito de estufa assume uma importância extraordinária para a vida na Terra. Na
verdade, se o calor libertado pela superfície terrestre não encontrasse qualquer obstáculo à sua
propagação, o mesmo escapar-se-ia para as altas camadas da atmosfera ou mesmo para o espaço
extra-atmosférico, o que teria como consequência um arrefecimento de tal modo intenso
(sobretudo durante a noite) que tornaria o nosso planeta inabitável. Esta é, portanto, a face
positiva do efeito de estufa.
Mas, o aumento da quantidade de gases e outras substâncias poluentes (com destaque
para o dióxido de carbono) lançados para a atmosfera pelas diversas atividades humanas,
sobretudo através da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural) na indústria
e nos veículos motorizados, e também pelos grandes incêndios florestais, tem vindo a acentuar o
efeito de estufa com o consequente e indesejável aumento da temperatura na troposfera.
Estudos existentes apontam para subidas da temperatura global entre 1 °C e 4 °C dentro
de trinta a cinquenta anos. Valor aparentemente pequeno, mas que, na realidade, constitui uma
variação brutal é sem precedentes na história da Terra.
Claro que do aumento da temperatura resultarão modificações mais ou menos profundas
no regime das precipitações e no ciclo natural da água, bem como a fusão dos gelos das grandes
calotes polares, o que provocará profundas alterações na fauna e na flora e a elevação do nível
dos oceanos. Submergindo vastas zonas costeiras, a elevação do nível do mar provocará a
emigração de dezenas de milhões de pessoas, a redução das áreas de cultivo e a salinização das
fontes de água doce.
Existem vários gases que atuam como responsáveis pelo efeito de estufa:
• Dióxido de Carbono(CO2) - Originado pela combustão de combustíveis fósseis: petróleo,
gás natural, carvão, desflorestação (libertam CO2 quando queimadas ou cortadas). O dióxido
de carbono é responsável por cerca de 64% do efeito estufa. Diariamente são enviados cerca
de 6 mil milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera.
• Clorofluorcarboneto (CFC) - Quando começou a ser utilizado, o freon, o mais conhecido
CFC, parecia a solução perfeita para os problemas da refrigeração, por não se dividir e não
causar danos ao seres vivos, muito melhor que o produto anteriormente utilizado, a amónia.
Porém, recentemente verificou-se que os CFC sofrem fotólise quando submetidos a radiação
ultravioleta, dividindo-se na altura da camada de ozono onde a presença desses raios são
constantes. Foram muito utilizados em sprays, frigoríficos, motores de aviões, plásticos e
solventes utilizados na indústria electrónica. Este composto é responsável por cerca de 10%
do efeito de estufa. O tempo de duração do composto é de 50 a 1700 anos. Como alternativa
e estes compostos (CFC`s), existem hoje vários projetos para diminuir a utilização dos CFC,
mas eles têm sido dificultados pelo seu uso principalmente na refrigeração. Uma das
alternativas tem sido os hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), haloalcanos em que nem todos
os hidrogénios foram substituídos por cloro ou flúor. O seu impacto ambiental tem sido
avaliado como sendo de apenas 10% do dos CFC. Outras alternativas são os
hidrofluorcarbonetos (HFC) que não contêm cloro e são ainda menos prejudiciais à camada
de ozono, porém apresentam alto potencial de aquecimento global, ou seja, eles contribuem
para o efeito de estufa.
• Metano (CH4) - Este gás é produzido em campos de arroz, pelo gado e pelas lixeiras. É
responsável por cerca de 20 % do efeito de estufa.
• Ácido nítrico (HNO3) - É produzido pela combustão da madeira e de combustíveis fósseis,
pela decomposição de fertilizantes químicos e por micróbios. É responsável por cerca
de 6% do efeito estufa.
• Ozônio (O3) - É originado através da poluição dos solos provocada pelas fábricas, refinarias
de petróleo e também por veículos automóveis.
(2º) A Camada de Ozônio presente na estratosfera protege o planeta da incidência direta
dos raios ultravioleta. Quais são as causas da diminuição da camada de ozônio? Que
fatores implicam na redução da camada de ozônio?
Na estratosfera, entre os 19 e os 23 km acima da superfície terrestre, existe uma fina
camada de gás - a Camada de Ozônio - que rodeia a Terra e a protege dos raios solares. O
ozônio é única substância na atmosfera capaz de absorver as radiações UV-B tornando assim
possível a vida na Terra.
O ozônio é formado resultado da dissociação do oxigénio molecular pela radiação
ultravioleta em dois átomos de oxigénio, os quais reagem de imediato com outras moléculas de
oxigénio, originando ozônio.
Representação esquemática da formação de ozono na estratosfera
A quantidade de ozono presente na estratosfera é mantida num equilíbrio dinâmico por
processos naturais através dos quais é continuamente formado e destruído.
Evolução do buraco de ozono sobre a Antártida durante o ano de 2003
Nos últimos 20 anos, após a descoberta que os CFCs libertados para atmosfera seriam
responsáveis pela diminuição da camada de ozono, surgiram mais e mais provas que a atividade
humana é responsável por este fenómeno.
Quando o buraco do ozono foi descoberto, foi rapidamente associado aos compostos clorados
cujos produtos de degradação foram detectados na estratosfera terrestre.
O buraco do ozono foi inicialmente detectado na Antártida, esta é uma zona do globo com
condições particularmente favoráveis à degradação do ozono nomeadamente devido ás
condições meteorológicas muito particulares deste continente. Mas o buraco de ozono não está
restrito à zona da Antártida: foi detectada a diminuição da camada de ozono em locais com
elevada densidade populacional do hemisfério norte. Apesar disto, a diminuição dos níveis de
ozono nestas zonas é menor e ocorre mais lentamente do que na zona da Antártida.
Análise do campo da quantidade total de
ozono para o Hemisfério Norte
O efeito imediato da diminuição da camada de ozono sobre a superfície terrestre é o
aumento dos níveis de radiação UV-B o que tem consequências desastrosas. Este tipo de
radiação é altamente nocivo para todos os seres vivos: humanos, animais e plantas. A subida dos
níveis de radiações UV-B têm sido observados na Antártica mas também em locais como nos
Alpes e no Canadá.
As consequências da diminuição da camada de ozono são:
• Aumento da incidência de cancro de pele devido à exposição durante anos ás radiações
UV-B (cerca de 10% por ano);
• Efeitos sobre o sistema imunológico: a exposição ás radiações UV-B reduzem a
capacidade de resposta do nosso sistema imunológico tornando o organismo mais
susceptível a doenças como a malária, leishmaniose ou infecções fúngicas;
• Decréscimo da quantidade fitoplancton marinho, base da cadeia alimentar dos
ecossistemas aquáticos;
• Aumento dos níveis de ozono troposférico;
(3º) Outro fator causado pela poluição do ar atmosférico é a chuva ácida. Como ocorre a
chuva ácida e quais os seus danos?
1) Origens da Chuva Ácida
A Revolução Industrial do século XVIII trouxe vários avanços tecnológicos e mais
rapidez na forma de produzir, por outro lado originou uma significativa alteração no
meio ambiente. As fábricas com suas máquinas a vapor, queimavam toneladas
de carvão mineral para gerar energia. Neste contexto, começa a surgir a chuva ácida.
Porem, o termo apareceu somente em 1872, na Inglaterra. O climatologista e química
Robert A. Smith foi o primeiro a pesquisar a chuva ácida na cidade industrial inglesa
de Manchester.
2) Causas
Atualmente, a chuva ácida é um dos principais problemas ambientas nos países
industrializados. Ela é formada a partir de uma grande concentração de poluentes
químicos, que são despejados na atmosfera diariamente. Estes poluentes, originados
principalmente da queima de combustíveis fósseis, formam nuvens, neblinas e até
mesmo neve.
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de
nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis
fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou
neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais
marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de
ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e
fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano,
causando doenças pulmonares, por exemplo.
3) Consequências
Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente nos
que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e
Índia. A setor industrial destes países tem crescido muito, porém de forma desregulada,
agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão, litoral
de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio ambiente e ao ser humano.
Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias, estavam gerando muitos problemas
de saúde na população da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem
cérebro ou com outros defeitos físicos. A chuva ácida também provocou
desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.
Estudos feitos pela WWF ( Fundo Mundial para a Natureza ) mostraram que nos
países ricos o problema também aparece. Na Europa, por exemplo, estima-se que 40%
dos ecossistemas estão sendo prejudicados pela chuva ácida e outras formas de
poluição.
(4º) Observa-se o aumento da temperatura média do nosso planeta segundo pesquisas
realizadas no laboratório de Mauna Loa no Hawai e publicadas pela comunidade
científica pertinente a esta área. Descreva sobre este fenômeno do aquecimento global e
suas consequências em relação não só a população do planeta Terra, como também
animais, vegetação, monumentos de arte e obras públicas em geral.
O aquecimento global, fenômeno caracterizado pelas alterações climáticas e o aumento
da temperatura média do planeta, por fatores naturais ou antrópicos, já tem desencadeado vários
desastres ambientais. As consequências do aquecimento global são diversificadas e complexas,
podendo gerar danos irreversíveis à humanidade.
Uma das consequências mais notáveis é o degelo. As regiões mais afetadas são o Ártico,
a Antártida, a Groelândia e várias cordilheiras. Pesquisas apontam que a camada de gelo do
Ártico tornou-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de cerca de 15%. A Antártida perdeu
mais de 3 mil quilômetros quadrados de extensão. A Groelândia também tem sofrido com o
aquecimento global, fato preocupante, visto que seu derretimento pode provocar um aumento no
nível dos oceanos de até 7 metros.
O derretimento dessas geleiras gera transtornos ambientais e sociais. Esse fenômeno
altera a temperatura dos oceanos, causando um desequilíbrio ambiental e atingindo
principalmente as espécies marinhas. A elevação do nível dos oceanos obriga que a população
residente em áreas costeiras migre para outras localidades – estima-se que pelo menos 200
milhões de pessoas sejam afetados pelo aumento do nível dos oceanos.
Outras consequências do aquecimento global são a desertificação, alteração do regime
das chuvas, intensificação das secas em determinados locais, escassez de água, abundância de
chuvas em algumas localidades, tempestades, furacões, inundações, alterações de ecossistemas,
redução da biodiversidade, perda de áreas férteis para a agricultura, além da disseminação de
doenças como a malária, esquistossomose e febre amarela.
Portanto, o aquecimento global tem consequências extremamente negativas para a vida
de todas as espécies do planeta. Sendo assim, são necessárias medidas para amenizar o processo
de alteração climática, como, por exemplo, a redução da emissão de gases responsáveis pela
intensificação do efeito estufa, garantindo, assim, uma relação harmoniosa entre homem e
natureza.
BIBLIOGRAFIA
http://www.explicatorium.com/TEMAS-Efeito-de-estufa.php
http://www.brasilescola.com/quimica/consequencias-destruicao-camada-ozonio.htm
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http://www.brasilescola.com/geografia/consequencias-do-aquecimento-global.htm
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