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QUESTÕES COMENTADAS DE AUDITORIA Teste-A-Prova Fabio Cres Copyright @ 2013 Armada Press Todos os direitos reservados

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QUESTÕES COMENTADAS DE

AUDITORIA

Teste-A-Prova

Fabio Cres

Copyright @ 2013 Armada Press

Todos os direitos reservados

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ÍNDICE

Introdução

Normas de Auditoria Independente

Auditoria Interna

Plano de Auditoria

Testes de Auditoria

Procedimentos de Auditoria

Testes em áreas específicas das Demonstrações Contábeis

Amostragem Estatística

Carta de Responsabilidade da Administração

Uso do Trabalho de Outros Profissionais

Eventos Subsequentes

Parecer de Auditoria

Bibliografia

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INTRODUÇÃO

Auditoria, em concursos públicos, apresenta-se como uma

disciplina de duas vertentes: Auditoria Independente e

Auditoria do Setor Público. A primeira trata das atividades de

auditoria empresarial e tem o objetivo primário de permitir ao

auditor formar uma opinião sobre a adequação de

demonstrações contábeis das entidades auditadas em relação aos

Princípios Fundamentais de Contabilidade. Esta vertente é

cobrada em concursos públicos para cargos da área de

fiscalização, como nos cargos de Auditores Fiscais da Receita

Federal e de outros tantos na esfera estadual e municipal. É sobre

ela que trata este livro. A segunda vertente trata das atividades

de auditoria de contas públicas de interesse das áreas de

Controle Interno e Controle Externo.

O material apresentado compõe-se de questões de provas de

concursos públicos, preparadas e aplicadas pela Escola de

Administração Fazendária – ESAF e que versam sobre Auditoria

Independente, respondidas ora com extratos das normas, ora

com desenvolvimento das alternativas propostas pelas questões.

Com isso, pretende-se oferecer ao concursando um conjunto

representativo das questões mais frequentemente cobradas, cada

qual com seu gabarito e comentário. Essa abordagem servirá

para facilitar a memorização das normas e familiarizar o

concursando com o jargão próprio da disciplina.

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A organização das questões por capítulos seguiu a ordem

determinada nos editais de abertura dos concursos públicos

cujas questões foram incluídas no livro. Assim, o primeiro

capítulo trata das Normas de Auditoria Independente, incluindo

questões que discutem aspectos como ética profissional,

responsabilidade legal do auditor, e controle de qualidade. No

segundo capítulo, as questões tratam de Auditoria Interna. O

planejamento de auditoria consiste no tema principal do terceiro

capítulo, o qual apresenta ainda questões sobre risco de

auditoria. Testes substantivos e de observância, procedimentos

de auditoria e testes em áreas específicas das demonstrações

contábeis são os temas dos capítulos quatro, cinco e seis. O

sétimo capítulo, por sua vez, traz questões envolvendo

amostragem estatística. Bons conceitos de estatística podem ser

de grande ajuda na resolução das questões deste grupo. O

objetivo e o conteúdo da Carta de Responsabilidade da

Administração são apresentados, por meio das questões

resolvidas, no capítulo oito. O nono capítulo discute o uso do

trabalho de outros profissionais por parte do auditor

independente, já que o planejamento e a execução da auditoria

pode requerer a participação de outros profissionais: auditor

interno, especialista ou, mesmo, outro auditor independente.

Eventos subsequentes à elaboração das demonstrações podem

ser relevantes para o público a que essas peças contábeis se

destinam, e são apresentados no décimo capítulo. Por fim, no

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décimo-primeiro capítulo encontram-se questões sobre o parecer

do auditor independente.

Então, mãos à obra agora e boa sorte na prova!

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NORMAS DE AUDITORIA INDEPENDENTE

O capítulo trata de aspectos relacionados e conceitos definidos

por normas de auditoria independente tais como ética

profissional, responsabilidade legal, objetivo da auditoria e

controle de qualidade.

1. (AFRF/SRF) Constitui infringência ao Código de Ética

Profissional do Contabilista e, portanto, é vedado ao auditor

independente de demonstrações contábeis no desempenho de

suas funções:

a) valer-se de agenciador de serviços, mediante participação

desse no montante de honorários profissionais estabelecidos

para a contratação.

b) transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro

contabilista, mesmo com a anuência do cliente, por escrito.

c) transferir parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a

outro contabilista, mantendo, porém, sempre como sua a

responsabilidade técnica.

d) comunicar ao cliente, em documento reservado, eventual

circunstância adversa que possa influir na decisão de contratação

dos seus serviços profissionais.

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e) indicar títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos

realizados e relação de clientes.

Resposta: (a)

Comentário: O Código de Ética do Contabilista aplica-se ao

auditor independente, vedando anunciar conteúdo que resulte

na diminuição do colega, da organização contábil ou da classe,

sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações,

serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes;

assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza,

com prejuízo moral ou desprestígio para a classe; auferir

qualquer provento em função do exercício profissional que não

decorra exclusivamente de sua prática lícita; assinar documentos

ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua

orientação, supervisão e fiscalização; exercer a profissão, quando

impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não

habilitados ou impedidos; manter organização contábil não

autorizada pela legislação pertinente; valer-se de agenciador de

serviços, mediante participação desse nos honorários a receber;

concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou

destinado a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato

definido como crime ou contravenção; solicitar ou receber do

cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para

aplicação ilícita; prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse

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confiado a sua responsabilidade profissional; recusar-se a

prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente,

confiadas; reter abusivamente livros, papéis ou documentos,

comprovadamente confiados à sua guarda; aconselhar o cliente

ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra

os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de

Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com

finalidades ilícitas; revelar negociação confidenciada pelo cliente

ou empregador para acordo ou transação que,

comprovadamente, tenha tido conhecimento; emitir referência

que identifique os clientes ou empregadores, com quebra de

sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho

que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por

eles; iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de

terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos,

bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças

contábeis inidôneas; não cumprir, no prazo estabelecido,

determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, depois

de regularmente notificado; intitular-se com categoria

profissional que não possua, na profissão contábil; elaborar

demonstrações contábeis sem observância dos Princípios

Fundamentais e das Normas Brasileiras de Contabilidade

editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; renunciar à

liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou

imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu

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trabalho; e publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho

científico ou técnico do qual não tenha participado.

Assim, a alternativa (a) traz vedação ao Código de Ética, sendo

esta a resposta correta. O mesmo código define como um dos

deveres do contabilista “comunicar, desde logo, ao cliente ou

empregador, em documento reservado, eventual circunstância

adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular

consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a

sócios e executores. O código determina, também, que o

contabilista poderá transferir o contrato de serviços a seu cargo

a outro contabilista, com a anuência do cliente, sempre por

escrito, podendo transferir parcialmente a execução dos serviços

a seu cargo a outro contabilista, mantendo sempre como sua a

responsabilidade técnica.

2. (AFRF/SRF) Ao definir a responsabilidade do auditor

independente de demonstrações contábeis quanto a fraudes e

erros, o Conselho Federal de Contabilidade entende que:

a) o auditor é responsável pela prevenção de fraudes ou erros,

de efeitos relevantes nas demonstrações contábeis da entidade

auditada.

b) o auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado

pela prevenção de fraudes ou erros relevantes nas

demonstrações contábeis.

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c) o auditor é responsável pela detecção de fraudes ou erros

incorridos, independentemente dos valores monetários

envolvidos.

d) ao detectar a fraude o auditor tem a obrigação de comunicar

a administração da entidade auditada e ressalvar o seu parecer.

e) a sugestão de medidas corretivas de fraudes ou erros não é

responsabilidade do auditor, bastando ressalvar seu parecer.

Resposta: (b)

Comentário: A responsabilidade primária na prevenção e

identificação de fraude e de erros é da administração da

entidade, através da instalação e manutenção de adequado

sistema contábil e de controle interno. Entretanto, o auditor deve

planejar seu trabalho de forma a detectar fraudes e erros que

impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.

Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus

trabalhos, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à

administração da entidade e sugerir medidas corretivas,

informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas

não sejam adotadas.

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3. (AFRF/SRF) Assinale a opção que não representa um dever do

auditor independente, de acordo com a Instrução no 308/99, da

Comissão de Valores Mobiliários:

a) comunicar à Comissão de Valores Mobiliários, no prazo de

vinte dias, a substituição por outro auditor, com justificativa e

anuência da mudança.

b) verificar se as informações financeiras do relatório da

administração estão em consonância com as demonstrações

contábeis auditadas.

c) elaborar e encaminhar à administração relatório

circunstanciado que contenha observações a respeito de

deficiências dos controles internos.

d) indicar os efeitos no dividendo obrigatório e no lucro ou

prejuízo por ação, sempre que emitir parecer de auditoria com

ressalva ou adverso.

e) verificar se as demonstrações contábeis e o parecer de

auditoria foram divulgados nos jornais em que seja obrigatória a

sua publicação.

Resposta: (a)

Comentário: A administração da entidade auditada deverá, no

prazo de vinte dias, comunicar à CVM a mudança de auditor,

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havendo ou não rescisão do contrato de prestação dos serviços

de auditoria, com justificativa da mudança, na qual deverá

constar a anuência do auditor substituído. Decorrido o prazo

sem que haja manifestação da administração da entidade

auditada quanto à informação requerida, o auditor

independente deverá comunicar à CVM a substituição, no prazo

de dez dias, contados a partir da data do encerramento do prazo

conferido à administração da entidade.

4. (AFRF/SRF) A estrutura organizacional da entidade e os

métodos de delegação de autoridade e responsabilidade devem

ser considerados pelo auditor independente na:

a) avaliação dos procedimentos de controle

b) avaliação da continuidade operacional

c) avaliação do ambiente de controle

d) verificação das transações com partes relacionadas

e) verificação das contingências trabalhistas

Resposta: (c)

Comentário: O auditor deve efetuar o estudo e avaliação do

sistema contábil e de controles internos da entidade, como base

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para determinar a natureza, oportunidade e extensão da

aplicação dos procedimentos de auditoria, considerando o

tamanho e complexidade das atividades da entidade; os sistemas

de informação contábil, para efeitos tanto internos quanto

externos; as áreas de risco de auditoria; a natureza da

documentação, em face dos sistemas de informatização adotados

pela entidade; o grau de descentralização de decisão adotado

pela administração da entidade; e o grau de envolvimento da

auditoria interna, se existente.

O sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade

da administração da entidade; porém o auditor deve efetuar

sugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de

constatações feitas no decorrer do seu trabalho.

A avaliação do sistema contábil e de controles internos pelo

auditor deve considerar o ambiente de controle existente na

entidade; e os procedimentos de controle adotados pela

administração da entidade.

A avaliação do ambiente de controle existente deve considerar a

definição de funções de toda a administração; o processo

decisório adotado na entidade; a estrutura organizacional da

entidade e os métodos de delegação de autoridade e

responsabilidade; as políticas de pessoal e segregação de

funções; e o sistema de controle da administração, incluindo as

atribuições da auditoria interna, se existente.

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5. (AFRF/SRF) Assinale a opção que contenha demonstrativos

divulgados pelas companhias abertas no Brasil e que devem ser,

obrigatoriamente, objeto da opinião de auditores independentes,

de acordo com a legislação societária.

a) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício

e Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

b) Balanço Patrimonial, Balanço Social e Demonstração do

Resultado do Exercício.

c) Balanço Patrimonial, Balanço Social e Demonstração das

Origens e Aplicações de Recursos.

d) Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do

Valor Adicionado e Demonstração do Fluxo de Caixa.

e) Balanço Social, Demonstração do Valor Adicionado e

Demonstração do Fluxo de Caixa.

Resposta: (a)

Comentário: A auditoria das demonstrações contábeis constitui

o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a

emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os

Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas

Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação

específica. Como o Balanço Social não constitui peça contábil

prevista em lei, as alternativas (b), (c) e (e) podem ser

descartadas. A alternativa (d) não enumera o Balanço

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Patrimonial (BP) que, juntamente com a Demonstração do

Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração das Origens e

Aplicações de Recursos (DOAR), deve ser obrigatoriamente

objeto de opinião por parte de auditores independentes.

6. (Analista de Finanças e Controle/CGU) Conforme estabelecido

na NBC-T 12.1.3, a definição de fraude para a auditoria interna

é:

a) o ato não intencional de omissão e/ou manipulação de

transações e operações, adulteração de documentos, registros,

relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em

termos físicos quanto monetários.

b) o ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações

e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios,

informações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos

quanto monetários.

c) o ato intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou

má interpretação de fatos na elaboração de registros,

informações e demonstrações contábeis, bem como de transações

e operações da entidade, não considerando as faltas físicas,

somente as faltas monetárias.

d) o ato intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou

má interpretação de fatos na elaboração de registros,

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informações e demonstrações contábeis, bem como de transações

e operações da entidade, considerando as faltas físicas e não

considerando as faltas monetárias.

e) o ato não intencional de omissão, desatenção,

desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de

registros, informações e demonstrações contábeis, bem como de

transações e operações da entidade, tanto em termos físicos

quanto monetários.

Resposta: (b)

Comentário: Segundo a norma, o termo fraude refere-se a ato

intencional de omissão ou manipulação de transações,

adulteração de documentos, registros e demonstrações

contábeis. A fraude pode ser caracterizada por manipulação,

falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a

modificar os registros de ativos, passivos e resultados;

apropriação indébita de ativos; supressão ou omissão de

transações nos registros contábeis; registro de transações sem

comprovação; e aplicação de práticas contábeis indevidas.

O termo erro refere-se a ato não intencional na elaboração de

registros e demonstrações contábeis, que resulte em incorreções

deles, a saber: erros aritméticos na escrituração contábil ou nas

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demonstrações contábeis; aplicação incorreta das normas

contábeis; ou interpretação errada das variações patrimoniais.

7. (Analista/Serpro) Assinale a afirmativa falsa.

a) os honorários do auditor independente devem constar de

carta-proposta ou documento equivalente.

b) o auditor independente deverá submeter-se a exame de

competência profissional.

c) os honorários devem ser calculados tomando como base o

número de horas estimadas para realização dos serviços.

d) o auditor independente deverá comprovar a participação em

programa de educação continuada.

e) o auditor independente pode utilizar especialistas legalmente

habilitados para a realização de seu trabalho, compartilhando a

responsabilidade.

Resposta: (e)

Comentário: Alternativas (a) e (c): Os honorários deverão

constar de carta-proposta ou documento equivalente, elaborada

antes do início da execução do trabalho que também contenha a

descrição dos serviços a serem realizados, com referências às leis

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e regulamentos aplicáveis; declaração de que o trabalho será

efetuado segundo as Normas de Auditoria Independente das

Demonstrações Contábeis e as presentes normas; o prazo

estimado para realização dos serviços; os relatórios a serem

emitidos; e as condições de pagamento dos honorários.

Alternativa (b): O auditor independente, para poder exercer sua

atividade, deverá submeter-se a exame de competência

profissional, na forma a ser regulamentada pelo Conselho

Federal de Contabilidade.

Alternativa (d): O auditor independente, no exercício de sua

atividade, deverá comprovar a participação em programa de

educação continuada, na forma a ser regulamentada pelo

Conselho Federal de Contabilidade.

Alternativa (e): A responsabilidade do auditor não será

modificada, mesmo quando o contador, na função de auditor

interno, contribuir para a realização dos trabalhos. Esta é a

alternativa falsa, pois não pode o auditor compartilhar a

responsabilidade.

8. (Analista/Serpro) As informações obtidas de demonstrações

contábeis, pelo auditor independente, para chegar às conclusões

em que se baseia a sua opinião, denominam-se:

a) procedimento de comprovação

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b) teste de controle

c) evidência de auditoria

d) procedimento analítico

e) teste de transações

Resposta: (c)

Comentário: Os procedimentos de auditoria consistem no

conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências

ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião

sobre as demonstrações contábeis auditadas e abrangem testes

de observância e testes substantivos, consequentemente, as

informações obtidas constituem as evidências de auditoria.

9. (Analista/Serpro) O Conselho Federal de Contabilidade

determina que o auditor independente avalie permanentemente

sua carteira de clientes, considerando aspectos como grau de

independência existente, capacidade de atendimento ao cliente e

outros aspectos. Essa obrigação refere-se ao:

a) Programa de Avaliação dos Sistemas de Controles Internos.

b) Programa de Acompanhamento da Continuidade

Operacional da Entidade.

c) Programa de Capacitação e Atualização de Profissionais.

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d) Programa de Controle de Qualidade dos Trabalhos de

Auditoria.

e) Programa de Educação Profissional Continuada.

Resposta: (d)

Comentário: O auditor deverá enviar, até 30 de junho de cada

ano, ao Conselho Regional de Contabilidade, na forma a ser

regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade as

informações sobre os seus clientes, cuja sede seja a da jurisdição

do respectivo Conselho, e que o objeto do trabalho seja a

auditoria independente, realizado em demonstrações contábeis

relativas ao exercício encerrado até o dia 31 de dezembro do ano

anterior; a relação dos nomes do seu pessoal técnico existente em

31 de dezembro do ano anterior; e a relação de seus clientes cujos

honorários representem mais de 10% do seu faturamento anual,

bem como os casos em que o faturamento de outros serviços

prestados aos mesmos clientes de auditoria, for superiores, na

média dos últimos três anos, os honorários dos serviços de

auditoria.

Quando solicitado, o auditor deverá disponibilizar e fornecer, no

prazo de trinta dias, a relação de seus clientes e outras

informações necessárias à fiscalização da atividade de auditoria

independente. Tal obrigação corresponde aos esforços de

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manutenção de qualidade da atividade de auditoria

independente, isto é, do Programa de Controle de Qualidade dos

Trabalhos de Auditoria.

10. (AFRF/SRF) A ética profissional é condição para o exercício

de qualquer profissão. Na execução do trabalho de auditoria, o

auditor externo deve atender aos seguintes princípios éticos

profissionais:

a) integridade, eficiência, confidencialidade e dependência

b) independência, integridade, eficiência e confidencialidade

c) dependência, integridade, imparcialidade e ineficiência

d) confidencialidade, integridade, eficiência e negligência

e) eficiência, confidencialidade, integridade e parcialidade

Resposta: (b)

Comentário: Os postulados básicos da ética profissional para o

auditor independente são: independência profissional;

independência de atitude e decisão; intransferibilidade de

funções; eficiência técnica; integridade; sigilo e discrição;

imparcialidade; lealdade de classe.