quebra de dormencia
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1. INTRODUÇÃO
Nome científico: Anacardium occidentale L;
Nome vulgar: Caju;
Família: Anacardiaceae;
Utilidade: Frutos - comestíveis. Pseudo-fruto - suco. Raiz - purgativa. Casca -
inflamações de garganta. Folhas - antidisentérico, óleo da semente contra manchas
de pele.
A família Anacardiaceae é constituída por árvores e arbustos tropicais, que
apresentam ramos sempre providos de canais resiníferos e folhas alternadas,
coriáceas, sem estípulas. É composta por mais de 60 gêneros e 400 espécies (Lima,
1988), entre elas se destacam os gêneros Mangifera (manga), Pistacia (pistache),
Spondias (cajás), Schinus (aroeira) e Anacardium (caju). As espécies de gênero
Anacardium são tipicamente tropicais, sendo encontradas na Amazônia (florestas
úmidas, matas de galeria e Cerrado), planalto central (Cerrado) e Nordeste (Cerrado)
do Brasil. Anacardium occidentale L. é a única espécie cultivada e a de maior
dispersão, sendo encontrada em todo o mundo tropical, principalmente nas zonas
costeiras (Barros et al., 1998).
É importante ressaltar que as teorias atuais sobre a origem do cajueiro
continuam fundamentadas em provas circunstanciais, as quais apontam,
convincentemente, o Brasil como o mais provável centro filogenético da espécie.
1.2 Características da Anacardium occidentale L
O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é uma planta tropical, originária do
Brasil, dispersa em quase todo o seu território. A Região Nordeste, com uma área
plantada superior a 650 mil hectares, responde por mais de 95% da produção
nacional, sendo os estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia os
principais produtores.
No Brasil, a produção de amêndoa de castanha de caju destina-se,
tradicionalmente, ao mercado externo, gerando, em média, divisas da ordem de 150
milhões de dólares anuais. Os Estados Unidos e o Canadá são os principais
mercados consumidores da amêndoa brasileira, sendo responsáveis por cerca de
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85% das importações. O agronegócio do caju no mundo movimenta cerca de 2,4
bilhões de dólares por ano.
A importância social do caju no Brasil traduz-se pelo número de empregos
diretos que gera, dos quais 35 mil no campo e 15 mil na indústria, além de 250 mil
empregos indiretos nos dois segmentos. Para o Semi-Árido nordestino, a
importância é ainda maior, pois os empregos do campo são gerados na entressafra
das culturas tradicionais como milho, feijão e algodão, reduzindo, assim, o êxodo
rural.
Além do aspecto econômico, os produtos derivados do caju apresentam
elevada importância alimentar. O caju contém cerca de 156 mg a 387 mg de
vitamina C, 14,70 mg de cálcio, 32,55 mg de fósforo e 0,575 mg de ferro por 100 ml
de suco
Apesar da importância socioeconômica, a cajucultura nordestina vem
atravessando um período crítico, motivado pelos constantes decréscimos de
produtividade, causado pelo modelo exploratório extrativista, tipo reflorestamento. A
heterogeneidade dos plantios comerciais existentes e a não adoção de uma
tecnologia agronômica orientadora mínima vêm comprometendo todo o processo de
produção, com produtividade muito baixa, em torno de 220 kg/ha. Com o advento do
cajueiro a não-precoce e da irrigação localizada, esta realidade começa a mudar.
Com os pomares recebendo tratamento, é possível obter produtividade superior a
3.000 kg de castanha por hectare, dado à moderna fruticultura, possibilitando o
aproveitamento de até 50% do caju de mesa (pedúnculo para consumo in natura),
cujo mercado está se consolidando na Região Sudeste do país.
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2. OBJETIVOS
● Obtenção de conhecimento relacionado às técnicas de quebra de dormência na
germinação;
● Adquirir ciência sobre a eficiência técnica utilizada na quebra de dormência;
● Descobrir o efeito da técnica empregada sobre a espécie escolhida.
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3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1 Materiais
20 sacos plásticos p/ plantio
Substrato
Peneira
Régua
Lixa
Regador
Calendário
3.2 Procedimento experimental
1. Pegar os sacos plaáticos para plantio, anotar o dia;
2. Fazer quebra de dormência em 10 sementes e planta-las em 10 sacos e
colocar para germinar com a rega diária;
3. Plantar 10 sementes em sacos sem quebra de dormência e regar diariamente;
4. Anotar o início de germinação e acompanhar o crescimento da plântula, com
anotações do número de folhas até 30 dias e área foliar (comp. e larg.);
5. No trigésimo dia, retirar as plantas dos sacos, com cuidado, lavá-las na
torneira e medir o crescimento total da raiz e do caule, dividir o número total
das plantas germinadas aleatoriamente (05) plantas (com quebra de
dormência ou não).
6. Cada planta receberá uma numeração de 01 a 20.
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4. RESULTADOS
Os resultado obtido a partir do experimento realizado com vinte sementes da
espécie Anacardium occidentale L (caju), onde cultivou-se dez delas com a utilização
da técnica de quebra de dormência conhecida como escarificação, que consiste em
submeter a semente a algum tratamento que facilite a difusão de água ou gases
para no seu interior, feita neste experimento através do lixamento do tegumento,
apresentaram caracteristicas diferentes se comparadas as sementes que não
receberam o tratamento.
Observou-se uma superioridade no tempo de germinação das sementes em
que não foram empregadas a técnica de quebra de dormência, sendo que as que
receberam o tratamento começaram a emergir após dez dias do cultivo, enquanto as
que ao receberam o tratamento emergiram com quatorze dias.
Foi-se feita a medida das raízes e dos caules das amostras onde as plantas
aonde as sementes receberam o tratamento apresentaram raízes com 11 cm em
média e caules com 12,5 cm em média. As plantas que não receberam o tratamento
apresentaram raízes com 6 cm em média e caules com 7 cm em média.
È válido ressaltar que as raízes e os caules foram mensurados após algum
tempo em que ocorreu a germinação, por isso tais números foram obtidos.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se considerar que a técnica utilizada ofereceu os efeitos esperados
demonstrando ser eficiente quanto à redução no tempo de germinação da semente
podendo ser utilizada com sucesso para obtenção desse fim.
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6. BIBLIOGRAFIA
KERBAUY, G. B.; Fisiologia vegetal. (2ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.
CAJU. Disponível em: <http://www.todafruta.com.br/>. Acesso em: 29 Nov. 2010.
CULTIVO DO CAJUEIRO. Disponível em:
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br>. Acesso em: 28 Nov. 2010.
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