quase biografia de jagunços - josé calasans

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QUASE BIOGRAFIA DE JAGUNÇOS O SÉUITO DE ANTÔNIO CONSELHEIRO O SÉUITO DE ANTÔNIO CONSELHEIRO CALASANS, José. Quase biografia de jagunços: o séquito de Antônio Conselheiro. Salvador: Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da Bahia, 1986. OS BEATOS ANTÔNIO BEATINHO “Ele apareceu a 2 de outubro de 1897, nos últimos momentos da guerra. Trouxe um companheiro. Antes, havia agitado uma bandeira branca, sinal de paz. Foi levado à presença do general Artur Oscar, na comissão de engenharia. Apresentou-se: “Sabia seu doutor general que sou Antônio Beato”. Seu nome não figurava na relação até então conhecida dos apóstolos do Conselheiro (...) Seguramente , antes, não desempenhara papel de maior importância na comunidade mística. Manoel Ciríaco, jagunço sobrevivente, muitos anos após a tragédia não se lembrava de Antônio Beato. Talvez até não fosse rigorosamente um beato, senão um zelador de imagens, encarregado de tomar conta das

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QUASE BIOGRAFIA DE JAGUNOSO SUITO DE ANTNIO CONSELHEIRO

O SUITO DE ANTNIO CONSELHEIRO

CALASANS, Jos. Quase biografia de jagunos: o squito de Antnio Conselheiro. Salvador: Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da Bahia, 1986.

OS BEATOSANTNIO BEATINHO

Ele apareceu a 2 de outubro de 1897, nos ltimos momentos da guerra. Trouxe um companheiro. Antes, havia agitado uma bandeira branca, sinal de paz. Foi levado presena do general Artur Oscar, na comisso de engenharia. Apresentou-se: Sabia seu doutor general que sou Antnio Beato. Seu nome no figurava na relao at ento conhecida dos apstolos do Conselheiro (...) Seguramente , antes, no desempenhara papel de maior importncia na comunidade mstica. Manoel Ciraco, jaguno sobrevivente, muitos anos aps a tragdia no se lembrava de Antnio Beato. Talvez at no fosse rigorosamente um beato, seno um zelador de imagens, encarregado de tomar conta das coisas da igreja, com direito de morar no Santurio, perto do Santo Conselheiro. ... (p. 16)

Pelo visto, Antnio Beatinho, cujo nome de famlia no se guardou, foi o mais comentado dos grandes jagunos. O nico que falou para histria na hora crepuscular da sua gente. (...) Depois de uma longa conversa com o general Artur Oscar, dele recebeu uma delicada misso que, com risco de vida cumpriu rigorosamente. Voltou ao arraial em chamas para convencer os vencidos de que deviam se entregar sem condies. O chefe vitorioso garantia a vida de todos eles em nome do governo federal. (...) Os emissrios tentaram a capitulao de todos. Impossvel. Havia ali gente de muita opinio, que optou pelo sacrifcio da prpria vida (...) Aps muita conversa, velhos, mulheres, meninos, raros homens vlidos, guiados pelo Beatinho, tomaram o rumo do acampamento, numa caminhada que a todos comoveu. Eram centenas e representavam, no dizer de Euclides da Cunha, uma caqueirada humana. (p.p. 17 18)

Antnio Beato, no ocaso daquela tragdia, prestara um grande servio, salvando muitas existncias, embora arriscando a sua prpria. No conseguiria dobrar a resistncia de alguns companheiros de f, mas fizera o possvel na sua qualidade de emissrio da legalidade. Parlamentara em nome do general-comandante. Merecia o respeito humano, seno o reconhecimento pelos seus servios. Assim no sucedeu. Foi, com outros jagunos tambm conciliadores, degolado no dia 3 de outubro. ... (p. 18)A VELHA BENTA E OUTRAS MULHERES

Parece-nos que a Tia Benta era a figura feminina mais importante do squito, pelo menos no perodo em que o Conselheiro viveu no municpio do Itapicuru, nordeste da Bahia. (...) Elam mantinha uma espcie de residncia para meninos, que estudavam primeiras letras no Bom Jesus, com um professor vindo de Santo Amaro e acolhido pelo Santo Conselheiro. (...) Alm da direo do pensionato, para onde os proprietrios da redondeza mandavam seus filhos, numa prova evidente d confiana no conselheirismo, Benta tratou ainda de construir casas na grande praa do arraial, surgido em terras da antiga fazenda Dend de Cima ... (p. 28)

OS COMBATENTES

OS COMANDANTES DE PIQUETES

Havia em Canudos um forte grupo de sertanejos fardados e armados, mantido pelo prprio Conselheiro, com recursos angariados entre os fiis. Era a Guarda Catlica, tambm conhecida por Companhia do Bom Jesus. Seu comandante, Joo Abade, era o chefe do povo. Antnio Conselheiro explicou a frei Joo Evangelista a razo da existncia da Guarda, dizendo: para minha defesa que tenho comigo estes homens armados, porque V. Revma. H de saber que a polcia atacou-me, e quis matar-me no lugar chamado Masset, onde houve mortos de um e de outro lado (Joo Evangelista, 14 ; p. 4) (...) Cabia Guarda catlica garantir a segurana pessoal do messias e zelar pela defesa da cidadela. Noite e dia, um grupo montava guarda em frente do Santurio, residncia do Santo Conselheiro (...) Nos tempos de paz, Joo Abade exercia totalmente o comando do seu poderoso grupo. Com a guerra, houve necessidade de distribuir seus comandados para as misses de vanguarda em Uau, serra do Cambaio, Cocorob, Uburanas etc. Piquetes foram colocados em pontos estratgicos e entregues chefia de jagunos corajosos, alguns com experincia de luta armada, de guerrilhas. Ficaram conhecidos por comandantes de piquetes ... (p.p. 33 34)JOO ABADE

Era um dos homens fortes do Belo Monte. Seu ttulo, que frei Joo Evangelista do Monte Marciano ouviu mencionado pelos jagunos, bem o indicam. Chamavam-no chefe do povo, comandante da rua comandava a rua e o resto porque chefiava a Guarda Catlica ou Companhia do Bom Jesus, organizao armada, que cobria a segurana do Conselheiro e a defesa do povoado. Era amigo do outro homem forte, o negociante Antnio Vilanova. Ambos moravam em casas de telha, o que significava status. ... (p. 36)

Seu Abade, como era chamado, nascera na ento vila de Tucano, Bahia. Descendia de boa famlia do p da Serra, informou Jos Aras, no seu livro Sangue de Irmos. (...) Criara-se Joo Abade no lugar Buracos, municpio de Bom Conselho, tendo comeado sua vida de cangao sob a orientao de Joo Geraldo e David, famanazes do rifle na zona de Pombal. Tinha a cabea roletada, como a de um frade, era valente, era alto, era dos lados de Natuba, das bandas do mar, conforme descrio feita por Honrio Vilanova. (p. 37)

J se tornara pessoa destacada do squito antes da chegada a Canudos. Dirigira, em maio de 1893, o primeiro choque dos jagunos com soldados da polcia baiana. (...) tinha em suas mos um grupo aguerrido, remunerado, obediente. Era respeitado e obedecido. ... (p. 37)

... Na fase da luta sangrenta, dirigiu o ataque contra o tenente Pires Ferreira, na refrega dita de Uau. Prosseguiu comandando e combatendo. Seu nome referido em vrias oportunidades, inclusive, na peleja do Cambaio. Somente a morte iria afast-lo da chefia indiscutvel dos fanatizados homens do Bom Jesus conselheiro. ... (p. 38)

PAJE, JAGUNO ARDILOSO

Dele ficou somente a alcunha. Jamais encontramos referncia ao seu nome prprio ou de famlia. Sempre em evidncia no noticirio da guerra, Paje era apontado como um dos apstolos do Conselheiro. (...) um eficiente chefe de guerrilhas. (...) Manoel Bencio consignou a seu respeito: Negro, ex-soldado de linha, enxotado e perseguido pela polcia de Baixa Verde, em Pernambuco, por ocasio do motim de Antnio Diretor, onde cometera diversos crimes (Manoel Bencio, 03: p. 168). Tambm Jos Aras (...) fala em sua condio de soldado, desertor, por crime, da polcia de Pernambuco. Natural de Riacho do Navio, lugar chamado Paje, donde o apelido (Jos Aras, 01: p. 24). (p. 39)

Soldado de linha ou de polcia, Paje teria alguma vivncia militar, aproveitada nas guerrilhas de Canudos. Pelo que se disse a seu respeito, o negro pernambucano era ardiloso, bom de tocaia. Euclides da Cunha e Manoel Bencio, jornalistas que colheram informaes no meio dos combatentes, acentuaram os ardis de Paje. (p.p. 39 40)

JOS VENNCIO, TERROR DA VOLTA GRANDE

Misto de beato e clavinoteiro, mais clavinoteiro do eu beato, Z Venncio, foi jaguno conhecido e temido. (...) Realmente, durante a campanha, alguns jornais de Salvador afirmaram que o destemido jaguno integrava o grupo de Volta Grande, famigerado chefe de cangao das Lavras Diamantinas, na dcada de 90. ...(p. 41)

Depositrio da confiana do Conselheiro, era uma das pessoas encarregadas de angariar donativos para as obras da igreja nova (...) Misso importante lhe foi cnfiada por ocasio da presena dos capuchinhos no povoado, em maio de 1895. Aps alguns dias de pregao, frei Joo Evangelista sentiu a inutilidade de sua atividade religiosa e no apareceu para celebrar missa como fora acertado. (...) Antnio Conselheiro designou Z Venncio para ir falar com os sacerdotes. (...) louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo: O Conselheiro est esperando pela missa. O frade italiano, homem de modos bruscos, respondeu, com azedume: Pois v se servir da missa dele. Replicou Venncio, se o nosso Conselheiro fosse padre ns no precisaramos das missas dos outros. Eu queria que o senhor me despachasse para que eu diga ao Conselheiro o que devo dizer. (...) Bradou: J lhe disse, v se servir da missa dele, fazendo o sinal da cruz, voltado para o jaguno amaldioados. O conselheirista devolveu a maldio. Eu tambm lhe amaldioo (sic), em nome do Padre, do Filho, do Esprito Santo e da Virgem Maria. (...) Sabedor do ocorrido, Antnio Conselheiro sorriu, mas desaprovou a atitude do seu representante (Nertan Macedo, 11: p. 128) (p.p. 41 42)PEDRA, PORTEIRO

Nascera em agosto de 1869 e morreu, segundo Paulo Dantas em julho de 1958. Vinha da Vrzea da Ema, findou-se em Cocorob, enterrou-se na Nova Canudos.seu corpo foi o primeiro a ser sepultado no cemitrio local (...) Conheceu o Bom Jesus Conselheior, no ano de 1885, na Vrzea da Ema. (...) incorporou-se ao squito do Bom Jesus aps sua chegada a Canudos. (...) Falou ao Santo, de quem era compadre, pouco antes do bito. O velho estava abatido, amargurado. Disse-lhe, com voz fraca: Tantas imagens e tantos inocentes pr estes incrdulos acabarem. O peregrino reconhecia a derrota. (...) Pedro sentenciou: baixo de Deus, governo ... (p.p. 44 45)... Saiu vrias vezes para arrecadar dinheiro destinado s obras das igrejas. Pagava-lhe o Santo Conselheiro vinte mil ris por viagem. Numa dessas suas tarefas de pedinte , aconteceu o ataque de Uau. (...) Criticou o chefe do povo Joo Abade, por no ter providenciado o enterramento dos companheiros. (...) Antnio Conselheiro (...) mandou cham-lo. Pedro confirmou o que dissera, dispondo-se a ir ao povoado de Uau. Seu oferecimento foi aceito. Pediu 22 rapazes (...) Enterrou 74 pessoas, inclusive inimigos, asseverou-nos. (...) Deu sepultura tambm, meses depois, ao coronel Antnio Moreira Csar.em nossa presena, desmentiu a notcia corrente de que o corpo do comandante da III Expedio fora queimado. ... (p. 46)... Pedro chefiou 40homens na peleja de Cocorob, segundo declarao sua e no na Canabrava, conforme est no livro de Euclides da Cunha. ... (p.p. 46 47)

BERNAB JOS DE CARVALHO

Bernab Jos de Carvalho (...) Apresentou-se, no diz 2 de outubro, ao general Artur Oscar, (...) Euclides da Cunha testemunhou o encontro do moo jaguno com o comandante-em-chefe da Quarta Expedio, (...) Tinha curriculum mstico, porque fora beato do padre Jos Vieira Sampaio do Riacho da Casa Nova (Euclides cadernata: 04). (...) Prontificou-se a ir, com o tmido Beatinho, falar aos jagunos que queriam prosseguir na luta. (...) Alguns companheiros declararam que Bernab comandara piquete, porm ele negou que tal houvesse acontecido. (...) Por ordem de Artur Oscar, seguiram juntos para convencer a jagunada a se render. Retornaram ao acampamento militar, trazendo centenas de companheiros, uma massa faminta, desnuda, ferida, morrendo de sede. ... (p.p. 48 49)

O acadmico de medicina Alvim Martins Horcades, (...) sem mencionar o nome de Bernab, falaem Antnioi Beatinho e seus dois companheiros, encarregados de trazer os jagunos recalcitrantes. O general Artur Oscar garantiu a vida de todos eles. Os trs emissrios, todavia, foram degolados s 8 horas da noite do dia 3 de outubro de 1897. com eles, mais quinze sertanejos do Bom Jesus Conselheiro. o seu depoimento (Martins Horcades, 10: p. 110). (p. 49)MARCIANO DE SERGIPE

... Honrio conta que, tendo sido ferido e sabendo da morte do Santo Conselheiro, pediu ao mano poderoso autorizao para sua sada do povoado em liquidao. Vilanova no quis deliberar por conta prpria e resolveu reunir alguns chefes, num conselho, para decidir sobre a situao. ... (p. 50)

Um dos presentes, porm, Marciano e Sergipe, sem fixar ningum, olhos pregados no cho, replicou, pausadamente. Pois se o Conselheiro morreu eu quero morrer tambm . Ficou e morreu, cortado pelas juntas, pernas, braos dedos. Os soldados furaram-lhe os olhos, concluiu Honrio Vilanova. (p. 50)... Dele nos deixou notcias, apenas, no Relatrio do Comit Patritico, o jornalista baiano Llis Piedade, que confirma o fim herico e trgico de Marciano de Sergipe, degolado em Canudos. (p. 51)

Chamava-se Antnio Marciano dos Santos e viera do Riacho dos Dantas, Sergipe. (p. 51)

Homem abastado, morava na fazenda Samba, hoje Bonfim. Era casado com Maria Jesus dos Santos (...) Dois filhos do casal foram recolhidos pelo Comit Patritico (...) Levara grande soma de recursos para Canudos, segundo ouviu Llis Piedade ... (p.51)NEGOCIANTES E

PROPRIETRIOS

ANTNIO DA MOTA, NEGOCIANTE DE COURO E DE BALCO

Quando, em junho de 1893, Antnio Conselheiro chegou com sua gente a Canudos, logo rebatizado com o nome de Belo Monte, o mais importante habitante da localidade era Antnio da Mota. Negociante de couro e balco, segundo Manoel Cirico. (...) Possua uma loja na praa do comrcio, denominada, posteriormente, das igrejas. (...) Fizera-se amigo do Bom Jesus Conselheiro no (sic) anos 80, desde o primeiro aparecimento do peregrino no pequeno arraial sertanejo. Amigo e compadre. (...) Conforme o jaguno Pedro, Antnio da Mota, pedira ao Conselheiro que levantasse nova capela em Canudos, porque a existente, alm de pequena, estava em runas. O Conselheiro prometeu atender solicitao e cumpriu a promessa. ... (p. 55)

Uma tragdia envolveu Antnio da Mota aps o choque de Uau, em novembro de 1896, entre a jagunada do Belo Monte e os soldados do tenente Pires Ferreira, comandante da 1 expedio contra Canudos. Correu o boato que o velho Mota mandara por um positivo avisar tropa do ataque conselheirista. Era uma inverdade, asseguraram-me sobreviventes da guerra, alguns deles testemunhas da chacina de Antnio a Mota e filhos vares. Foram mortos luz do dia, defronte do Bom Jesus Conselheiro, que se encontrava fiscalizando as obras da igreja, nova. Aterrorizados, os Motas apelaram para a proteo do amigo e guia. Antnio Conselheiro, embora mandasse suspender o massacre, no foi atendido. (...) A ao criminosa, determinada por Joo Abade, foi comandada por Vicento (...) Da famlia Mota escaparam as mulheres e os meninos, acolhidos na casa de Joaquim Macambira, outro abastado negociante da localidade, que conseguiu encaminh-los, depois, para casas de familiares residentes em outros lugares (...) As mercadorias da casa comercial foram saqueadas. (p.p. 56 57)ANTNIIO VILANOVA, O GRANDE NEGOCIANTE

NO POVOADO DE Belo Monte, abaixo do Conselheiro, Antnio Vilanova e Joo Abade. (...) O primeiro cearense; baiano, o outro. Vilanova, negociante sagaz e abastado, dirigia a economia e a poltica. Seus vales corriam como dinheiro vivo; resolvia as pendncias locais, desempenhando o papel de juiz de paz. Fazia boa liga com Joo Abade (...) chefe da Guarda Catlica. O entendimento entre os dois representava uma garantia de dominao. Moravam na mesma praa das Igrejas, em casas de telhas, smbolo do poder que desfrutavam. ... (p. 58)

Vilanova era apelido. Nascido Antnio Francisco e Assuno, ganhara a alcunha depois que veio negociar em Vilanova, hoje Senhor do Bonfim, no interior da Bahia. ... (p. 58)

Antnio chegou Bahia forado pela seca de 77. (...) No se transferiu para o Belo Monte movido pela f e sim pelo interesse comercial. O vigrio de Vilanova (...) disse ao negociante que, em Canudos, um conselheiro estava reunindo muita gente para ouvir suas pregaes. (...) Vilanova ouviu o aviso do padre e foi ao encontro de Antnio Vicente. Eram antigos conhecidos. Por volta de 1873, o beato passara em Assar (...) Para adquirir mercadorias, Antnio ?Conselheiro pediu e obteve um abate. Entenderam-se desde ento. (...) Para Canudos transferiu sua loja, levando a parentela. Prosperou facilmente, tendo afastado, com habilidade, os concorrentes.quando havia reao dos outros homens de negcios, Abade dava um jeito ... ningum podia enfrentar Antnio Vilanova. Jesuino Correa foi mandado embora; Antnio da Mota, sacrificado com a famlia. Um comboio de cachaa liquidado, porque ia prejudicar o comrcio do poderoso Vilanova.