quarta-feira - 03 agosto 2011 facilitadoras: clÉa alves e luana dahl ciclo ii - a

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Estranha Moral EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAP XXIII QUARTA-FEIRA - 03 AGOSTO 2011 FACILITADORAS: CLÉA ALVES E LUANA DAHL CICLO II - A

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  • QUARTA-FEIRA - 03 AGOSTO 2011 FACILITADORAS: CLA ALVES E LUANA DAHL CICLO II - A
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  • Mudana no Contexto Uma andorinha so no faz vero. Levar uma pedra da Espanha a Portugal uma andorinha so no faz vero. No se pode tirar um texto do contexto a pretexto. Hermenutica a rea do conhecimento humano que lida com interpretao. No caso da Bblia, trata-se de interpretao de textos. Hermenutica enquanto nome dessa disciplina vem de Hermes, que entre os gregos era o porta- voz dos deuses.
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  • H duas teorias sobre onde est o sentido de um texto. 1. O sentido do texto est na inteno do leitor do texto 2. O sentido do texto est na inteno do autor do texto Alguns criterios para interpretar um texto biblico: O autor escreveu com uma inteno - tentar descobrir qual ela a chave. Observe os detalhes, visualize em sua mente o cenrio, os personagens. Leia as entrelinhas,perceba o que o(a) autor(a) te diz sem escrever no texto.
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  • A interpretao o alargamento dos horizontes. E esse alargamento acontece justamente quando h leitura. Somos fragmentos de nossos escritos, de nossos pensamentos, de nossas histrias, muitas vezes contadas por outros Visualize vrios caminhos, vrias opes e interpretaes. Identifique as caractersticas fsicas e psicolgicas dos personagens Analise os acontecimentos de acordo com a poca do texto - importante que voc saiba ou pesquise sobre a poca narrada no texto.
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  • Na poca de Scrates, falava-se do daimon (Esprito protetor); hoje, entendido como demnio. Com relao doutrina evanglica, especifiquemos duas dificuldades: 1.) Os apstolos escreveram os Evangelhos muito tempo depois da morte de Cristo; 2.) Os problemas de traduo de uma lngua para outra. Em vista do exposto, convm nos valermos das orientaes dadas pelos Espritos benfeitores, a fim de lanarmos um pouco de luz nas trevas de nossa ignorncia.
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  • Moral - Da raiz latina mores = costumes, conduta,comportamento, modo de agir). A moral a regra da boa conduta e, portanto, da distino entre o bem e o mal. Funda-se na observao da lei de Deus. Estranho - De o verbo estranhar, achar extraordinrio, oposto aos costumes, ao hbito. Achar diferente do que seria natural esperar-se. Fora do comum, desusado, anormal. Misterioso, enigmtico. LE- 629. Que definio se pode dar moral? - A moral a regra da boa conduta e, portanto, da distino entre o bem e o mal. Funda-se na observao da lei de Deus. O homem se conduz bem quando faz tudo em vista
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  • Quando os profetas se referiam ao mal usavam palavras fortes e enrgicas, para despertar os homens imersos na iluso dos sentidos e da materialidade. A moral pregada pelos grandes mestres assume, s vezes, contornos estranhos, aparentemente em contradio com a suavidade que flui da mensagem bsica do amor As vozes do alto devem necessariamente adaptar-se aos limites da linguagem humana e ao grau de adiantamento dos seres em cada poca histrica.
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  • Voltemos um pouco no tempo que antecedia a vinda de Jesus. Os conceitos ticos ainda no definidos, no estruturados, cresciam num contexto perverso : - predominncia do direito da fora sobre a fora do direito; -- escravido poltica, social, econmica, de credo e de raa; - a famlia submetida ao patriarcado soberano e s vezes cruel; - os interesses girando em torno da posse, fosse de bens materiais ou de pessoas.
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  • Por outro lado, na religio ocorriam transformaes acentuadas: - o paganismo, culto a vrios deuses, entrava em decadncia; - o sacrifcio humano para aplacar a fria divina era substitudo, em Israel, pelo sacrifcio de animais, transformados em valiosos recursos para absolvio dos pecados e oferenda de gratido a Deus. O discernimento e a valorizao da criatura j se iniciavam, passando ela a ser vista como ser merecedor de respeito
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  • Esse processo, que ainda continua em nossos dias, teria que superar todos os impulsos agressivos que constituem a natureza humana, vitimada pela herana animal resultante do processo evolutivo. nesse momento, em que os primeiros sinais para a aquisio da conscincia individual e coletiva aparecem, que chega Jesus para auxiliar e facilitar a transio da barbrie para a civilizao
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  • Essa era, no mnimo, uma nova e estranha moral, por ser diferente de tudo o que existia e por contrariar todas as convices prevalecentes Jesus precisou trazer uma doutrina de compreenso e bondade, ternura e compaixo, que no podia ser comparada a qualquer atitude de agressividade interna ou externa, fosse ela ostensiva ou disfarada
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  • E muita gente ia com ele; e voltando jesus para todos, lhes disse: se algum vem a mim, e no odeia a seu pai e sua me, e mulher, e filhos, e irmos, e ainda a sua mesma vida, no pode ser meu discpulo. E o que no leva a sua cruz, e vem em meu seguimento, no pode ser meu discpulo. Assim, pois, qualquer de vs que no d de mo a tudo o que possui, no pode ser meu discpulo. (Lucas, xiv: 25-27, 33). Non odit em latim, kai ou misei em grego, no quer dizer odiar mas amar menos O verbo hebreu, do qual deve ter se servido Jesus, o diz ainda melhor; no significa somente odiar, mas amar menos, no amar tanto quanto, igual a um outro Aborrecer a Pai e Me
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  • EXPLICANDO -Aquele que ama seu pai ou sua me mais do que a mim, no digno de mim; aquele que ama seu filho ou sua filha mais do que a mim no digno de mim. (Mateus, 10, 37) Ento disse Pedro: eis aqui estamos ns, que deixamos tudo e te seguimos. Jesus lhes respondeu: em verdade vos digo que ningum h que uma vez que deixou pelo reino de Deus a casa, ou os pais, ou os irmos, ou a mulher, ou os filhos, logo neste mundo no receba muito mais, e no sculo futuro a vida eterna (Lucas, xviii: 28-30). Quando Jesus nos chama para o seu apostolado e pede-nos para deixarmos pai e me, isso no significa que devemos abandon-los ao sabor da sorte, o que implicaria em falta de caridade, virtude constantemente pregada por Ele mesmo. O que se depreende da que devemos nos preocupar com a vida futura, a vida religiosa. Esta tem para ns mais importncia do que os nossos parentes e amigos.
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  • O amor a Deus, entendido como o desejo insupervel de eliminar a separao que nos afasta do ser supremo, est acima do amor limitado aos familiares At porque o mundo est cheio de casos em que as separaes mais penosas so necessrias Ensina que os verdadeiros laos das afeies so os do esprito e no os do corpo, que estes laos no so desfeitos nem pela separao, nem mesmo pela morte do corpo.
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  • E disse-lhe outro: Eu, Senhor, seguir-te-ei, mas d-me licena que eu v primeiro dispor dos bens que tenho em minha casa. Respondeu-lhe Jesus: Nenhum que mete a sua mo ao arado, e olha para trs, apto para o reino de Deus. (Lucas, ix: 61-62 A essncia desse pensamento reside em que os interesses da vida futura superam e prevalecam todos os interesses e todas as consideraes humanas porque esse pensamento est de acordo com a substncia da doutrina de Jesus
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  • pesado, demanda um certo esforo para sua aplicao, provoca suor e cuidados, sobre tudo fere a terra para que produza. Desta maneira, o homem constri o bero da sementeira e o terreno cede passagem a chuva, ao sol e aos adubos que lhe sejam convenientemente aproveitados. O arado: este um ensinamento de um grande Cultivador, ns que participamos do processo de renovacao, devemos abraar o arado da responsabilidade, na qual esta luta muito edificante em qualquer aprendizado e atividade. Na realidade, um arado promete servio, disciplina, aflio, cansao e no podemos esquecer que depois dele, chegam as semeaduras e colheita
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  • E a outro disse Jesus: segue-me. E ele lhe disse: Senhor, permite-me que v eu primeiro enterrar meu pai. E Jesus lhe respondeu: deixa que os mortos enterrem os seus mortos, e tu vai e anuncia o reino de Deus. (Lucas, ix: 59-60). Deixai os mortos enterrar os seus mortos
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  • Nas circunstncias em que foram ditas, essas palavras no exprimem uma censura quele que considera um dever de piedade filial ir enterrar o seu pai; elas encerram um sentido mais profundo, um sentido espiritual A vida espiritual, com efeito, a verdadeira vida; a vida normal do esprito; sua existncia terrestre no seno transitria e passageira; uma espcie de morte comparada ao esplendor e atividade da vida espiritual. Jesus lho ensina, dizendo: No te preocupes com o corpo, pensa antes no Esprito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a ptria deles no a Terra, mas o cu, porquanto somente l transcorre a verdadeira vida. Kardec, A- ESE
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  • No julgueis que vim trazer paz a terra; no vim trazer-lhe paz, mas espada; porque vim separar o homem contra seu pai, e a filha contra sua me, e a nora contra sua sogra; e os inimigos do homem sero os seus mesmos domsticos. (Mateus, x: 34-36 ). Eu vim trazer fogo terra, e que quero eu, seno que ele se acenda? Vs cuidais que eu vim trazer paz terra? No, vos digo eu, mas separao; porque de hoje em diante haver, numa mesma casa, cinco pessoas divididas, trs contra duas e duas contra trs. Estaro divididas: o pai contra o filho, e o filho contra seu pai; a me contra a filha, e a filha contra a me; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra. (Lucas, xii: 49-53) No julgueis que vim trazer paz a terra
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  • Segundo kardec quando Jesus disse "no creiais que vim trazer a paz mas A diviso, seu pensamento era este: No creiais que minha doutrina se estabelea pacificamente Ela trar lutas sangrentas, em que meu nome ser pretexto, porque os homens no me tero compreendido, ou no me quiseram compreender
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  • Os irmos, separados pelas crenas, desembainharo a espada um contra o outro e a diviso reinar entre os membros de uma mesma famlia que no tiverem a mesma f. Porque deste conflito sair triunfante a verdade; guerra suceder a paz; ao dio dos partidos, a fraternidade universal; s trevas do fanatismo, a luz da f esclarecida. Vim lanar o fogo sobre a terra, para limp-la dos erros e dos preconceitos, da mesma forma que se pe fogo num campo para destruir as ervas ms e tenho pressa que ele arda para que a depurao seja mais rpida.
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  • Ento, quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o consolador !", O ESPRITO DE VERDADE. Que vir restabelecer todas as coisas; ou seja, dando a conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos podero enfim compreender, por termo luta fraticida que divide os filhos de um mesmo Deus.
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  • Cansados, afinal de um combate sem soluo, que s acarreta desolao e leva o distrbio at mesmo ao seio das famlias, os homens reconhecero onde se encontram os seus verdadeiros interesses neste mundo e no outro e vero de que lado se acham os amigos e os inimigos da sua tranqilidade.
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  • "Nesse momento, todos viro abrigar-se sob a mesma bandeira, a caridade, e as coisas sero restabelecidas na terra, segundo a verdade e os princpios que vos ensinei a fraternidade se consolidar atravs da f esclarecida. Por isso prometeu e cumpriu enviando-nos O Consolador, o Espiritismo, para nos ensinar o que Ele no pde faz-lo antes, por causa do nosso pouco entendimento, e para nos lembrar daquilo que j havia nos ensinado e que, por causa do nosso egosmo e orgulho, esquecemos.
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  • A doutrina de Jesus no trouxe mesmo a paz, pois surgiram opositores ferrenhos, ontem e hoje, tais os detentores do poder, os exploradores da credulidade geral, os usurpadores de bens e de recursos, os perseguidores dos ideais de elevao humana (dentro dos prprios lares). Entretanto, os maiores opositores esto no ntimo de cada um de ns. So os mais difceis, pois necessria a espada da deciso para super-los e deles nos libertarmos.
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  • O Espiritismo vem realizar, na poca prevista, as promessas do Cristo. Entretanto, no o pode fazer sem destruir os abusos. Tambm ele, portanto, tem de combater; mas, o tempo das lutas e das perseguies sanguinolentas passou; so todas de ordem moral as que ter de experiementar e prximo lhes est o termo. Como Jesus, ele topa com o orgulho, o egosmo, a ambio, a cupidez, o fanatismo cego, os quais, levados s suas ltimas trincheiras, tentam barrar-lhe o caminho e lhe suscitam entraves e perseguies.
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  • Ele, na verdade, nos convida terapia da renovao espiritual. Quando entendemos esse convite perguntamos: Jesus afastar nossas cruzes? Certamente que no, mas seus ensinamentos transformam- se em instrumentos poderosos para deix-las mais leves. Contudo, para usarmos os ensinamentos como recursos na superao das nossas dificuldades, precisamos estud-los a fim de compreend-los e, compreendendo-os, refletir sobre eles para, depois, podermos vivenci-los em plenitude. Ele, na verdade, nos convida terapia da renovao espiritual. Quando entendemos esse convite perguntamos: Jesus afastar nossas cruzes? Certamente que no, mas seus ensinamentos transformam- se em instrumentos poderosos para deix-las mais leves. Contudo, para usarmos os ensinamentos como recursos na superao das nossas dificuldades, precisamos estud-los a fim de compreend-los e, compreendendo-os, refletir sobre eles para, depois, podermos vivenci-los em plenitude.
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  • O Espiritismo a moral. Seu lema no exclusivo como o do catolicismo que diz "Fora da Igreja no h salvao". O Espiritismo diz "Sem caridade, sem amor, sem transformao moral, sem correo de si mesmos, no se elevam os seres, no se elevam as almas at seu Criador e, por isso, a cincia esprita e os espritos de luz e de verdade repetem, em todas as partes, como admirvel advertncia moral : 'Sede, hoje, melhores que ontem e amanh, melhores que hoje'.". Traduo de Dbora Z. Vitorino. Texto do livro A luz que nos guia, de Amalia Domingo Soler, sculo XIX.
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  • KARDEC, ALLAN EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO KARDEC, ALLAN LIVRO DOS ESPIRITOS