qualificação felipe coelho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO UFES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL PPGEC PROJETO DE PESQUISA “Avaliação da Estabilidade Global das Estruturas e Ações de Controle dos seus Efeitos” Felipe Coelho de Freitas Pesquisador Mestrando Prof. Dr. Eng. Walnório Graça Ferreira Professor orientador VITÓRIA MAIO DE 2012

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Estudo sobre a Estabilidade

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Page 1: Qualificação Felipe Coelho

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC

PROJETO DE PESQUISA

“Avaliação da Estabilidade Global das Estruturas e Ações de

Controle dos seus Efeitos”

Felipe Coelho de Freitas

Pesquisador Mestrando

Prof. Dr. Eng. Walnório Graça Ferreira

Professor orientador

VITÓRIA

MAIO DE 2012

Page 2: Qualificação Felipe Coelho

Felipe Coelho de Freitas

“Avaliação da Estabilidade Global das Estruturas e Ações de

Controle dos seus Efeitos”

Projeto de Pesquisa apresentado ao corpo docente do Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Espírito Santo no

Exame de Qualificação do Mestrado.

____________________________

Prof. Dr. Walnório Graça Ferreira

____________________________

Prof. Dr. Luiz Herkenhoff Coelho

____________________________

Prof. Dr. Lorenzo A. Ruschi Luchi

Vitória, maio de 2012.

Page 3: Qualificação Felipe Coelho

SUMÁRIO

Resumo 7

Abstract 8

1 Dados De Identificação 9

1.1 Nome 9

1.2 Endereço Da Instituição 9

1.3 Título Do Projeto 9

1.4 Orientadores 9

2 Formulação Do Tema Da Pesquisa 10

2.1 Grande Área De Atuação 10

2.2 Área De Atuação Da Pesquisa 10

2.3 Vinculação Do Tema Com Áreas Específicas 10

2.4 Vinculação Do Tema Com Áreas Paralelas 11

2.5 Problemas Da Pesquisa. Usos Práticos E/Ou Teóricos Dos

Resultados A Alcançar. Justificativa 11

2.6 Usos Práticos Dos Resultados A Alcançar 12

2.7 Justificativa 12

2.8 Palavra Chave 13

2.8.1 Palavra Chave Em Portugues 13

2.8.2 Palavra Chave Em Inglês 13

3 Motivação Para O Trabalho 14

3.1 Pesquisadores E Instituições Relevantes Na Área 14

3.2 Revisão Bibliográfica 15

3.2.1 Parâmetros De Instabilidade: Origem 16

3.2.2 Equação Diferencial 16

3.2.2.1 Equação Diferencial Segundo Beck & König 17

3.2.3 Efeitos De Segunda Ordem 21

3.2.4 Conceitos Básicos Sobre Estabilidade 22

3.2.4.1 Equilíbrio 22

3.2.4.2 Equilíbrio Estável 23

3.2.4.3 Equilíbrio Instável 24

3.2.4.4 Equilíbrio Indiferente 24

3.2.5 Teoria De Primeira E Segunda Ordem 25

Page 4: Qualificação Felipe Coelho

3.2.6 Problemas De Estabilidade 26

3.2.6.1 Problema De Bifurcação Do Equilíbrio 26

3.2.6.2 Problema De Segunda Ordem 28

3.2.6.3 Problema De Ponto Limite 29

3.2.7 Flambagem 31

3.2.7.1 Carga Crítica 32

3.2.8 Efeitos De Segunda Ordem 34

3.2.8.1 Conceitos Básicos 36

3.2.8.2 Classificações De Pilares 37

3.2.8.3 Estrutura De Nós Fixos E Nós Móveis 38

3.2.9 Não Linearidade Física E Geométrica 39

3.2.9.1 Não Linearidade Física 39

3.2.9.2 Não Linearidade Geométrica (Nlg) 40

3.2.9.3 Processo P-∆ 41

3.2.10 Instabilidade Estrutural 42

3.2.10.1 Parâmetro De Estabilidade 43

3.2.11 Análise Estrutural 45

3.2.11.1 Nós Fixos 45

3.2.11.2 Nós Móveis 46

3.2.11.3 Método Exato 46

3.2.11.4 Método P-∆ 48

3.2.11.5 Método Simplificado 48

3 Objetivos 49

3.1 Objetivos Específicos 49

3.2 Metodologia 50

3.3 Equipamentos E Recursos 50

4 Apresentação Dos Resultados 52

4.1 Estrutura Provável Da Dissertação 52

4.2 Sumário Preliminar Da Dissertação 53

4.3 Extensão Provável Da Dissertação 55

4.4 Forma De Divulgação Dos Resultados 56

4.4.1 Dissertação 56

Page 5: Qualificação Felipe Coelho

4.4.2 Artigos Técnicos E Científicos 56

4.4.3 Relatórios Parciais 56

5 Cronograma Físico 58

6 Contribuições Futuras 59

7 Bibliografia 60

Page 6: Qualificação Felipe Coelho
Page 7: Qualificação Felipe Coelho

RESUMO

No contexto atual de desenvolvimento tecnológico a Engenharia Civil vem

passando por um momento em que os projetos estruturais têm sido elaborados

de forma com que o sistema estrutural apresente elementos mais esbeltos e

mais leves tornando a estrutura, do ponto de vista global, enxuta. Devido a

isso, os projetistas têm buscado por métodos e ferramentas para a avaliação

dos deslocamentos das estruturas procurando simular situações mais próximas

das reais. Este trabalho faz referência aos parâmetros de instabilidade α e γz,

que vem sendo utilizadas como forma de se analisar as estruturas do ponto de

vista da estabilidade local e global.

Dessa forma, esta pesquisa busca fornecer aos profissionais do projeto

estrutural, esclarecimentos sobre as diretrizes da norma sobre a estabilidade

global das estruturas, comparações entre as diretrizes brasileira, americana e

europeia e ações que venham a tornar-se ideais para que a estabilidade nas

estruturas sejam contempladas. Para o entendimento do assunto, são

apresentados conteúdos que servem de fundamentação da teoria como os

conceitos de equilíbrio, problemas de estabilidade e não linearidade física e

geométrica.

Page 8: Qualificação Felipe Coelho

ABSTRACT

In the current context of technological development civil engineering has been

going through a time when the structural designs have been developed so that

the structural system features elements thinner and lighter making the structure

of the global point of view, lean. Because of this, designers have sought for

methods and tools for the evaluation of the displacements of the structures

looking simulate situations closer to real. This paper makes reference to the

parameters of instability α and γz, which has been used to analyze the

structures from the standpoint of stability of the local and global.

Thus, this study provides to the structural design professionals, information on

the guidelines of the standard on the global stability of structures, compare

guidelines Brazilian, American and European and actions that may become

suitable for the stable structures are contemplated. For the understanding of the

subject content are presented which serve as bases for the theory and the

concepts of balance, stability problems and physical and geometric nonlinearity.

Page 9: Qualificação Felipe Coelho

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 NOME

O autor do projeto, Felipe Coelho de Freitas, é engenheiro civil formado pela

Universidade Federal do Espírito Santo no ano de 2009. Sua área de atuação

concentra em estruturas, seja no estudo ciêntifico – mestrado – quanto no

mérito profissional atuando como Engenheiro Projetista de Estruturas.

1.2 ENDEREÇO DA INSTITUIÇÃO

Av. Fernando Ferrari s/nº - Campus Universitário – Goiabeiras – CEP 29.060-

970 – Vitória-ES – Tel/fax (27) 3335-2709 – Caixa Postal CT 01-9011 –

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – Universidade Federal do

Espírito Santo.

1.3 TÍTULO DO PROJETO

O título provisório da pesquisa é “Avaliação da Estabilidade Global das

Estruturas e Ações de Controle dos seus Efeitos”.

1.4 ORIENTADORES

Este trabalho será orientado por dois professores da Universidade Federal do

Espírito Santo - UFES. O primeiro será o professor Doutor Walnório Graça

Ferreira com a funçao de Orientador. O segundo será o professor Doutor

Lorenzo Augusto Ruschi Luchi com a função de Co-orientador.

1.5 DURAÇÃO

A duração prevista para o desenvolvimento e conclusão do tema da pesquisa é

de aproximadamente 12 meses, contados a partir do Exame de Qualificação.

Desta forma, é prevista a apresentação da dissertação do mestrado para Abril

de 2013.

Page 10: Qualificação Felipe Coelho

2 FORMULAÇÃO DO TEMA DA PESQUISA

2.1 GRANDE ÁREA DE ATUAÇÃO

O tema da pesquisa se encontra numa linha de pesquisa em desenvolvimento

intitulada “Avaliação da Estabilidade Global das Estruturas e Ações de Controle

dos seus Efeitos” dentro da grande área “Estruturas” no mestrado em

Engenharia Civil da Universidade Federal do Espírito Santo. A Figura 1Figura 1

mostra esquematicamente a situação do Projeto de Pesquisa no Programa de

Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFES.

Figura 1 - Situação do projeto de pesquisa no PPGEC - UFES

2.2 ÁREA DE ATUAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa trata do estudo da Estabilidade global das estruturas, que por sua vez

é uma área de estudo da análise Estrutural.

2.3 VINCULAÇÃO DO TEMA COM ÁREAS ESPECÍFICAS

A pesquisa trata da avaliação das formas de obtenção dos parâmetros de

Estabilidade Global, dentro da área de estudo em Estruturas de Concreto, na

Programa de Pós-Graduação em

Engenharia Civil UFES

Engenharia Ambiental

Engenharia Civil

Outras Engenharias

Construção Civil

Transportes

Estruturas

Estruturas Metálicas

Mecânica dos Solos

Métodos Numéricos

Estruturas de Concreto

Page 11: Qualificação Felipe Coelho

linha de pesquisa em “Estruturas” do programa de Pós Graduação em

Engenharia Civil – PPGEC – UFES.

2.4 VINCULAÇÃO DO TEMA COM ÁREAS PARALELAS

A pesquisa está diretamente relacionada ao estudo da estabilidade estrutural e

ações corretivas nas estruturas, podendo também apresentar correlações com a

implementação de Métodos Numéricos. Visto que, os resultados só serão obtidos

a partir da implementação de modelos analisados pelo Método de Elementos

Finitos. A utilização dos métodos numéricos é uma linha de pesquisa com

trabalhos orientados pelo orientador desta pesquisa no PPGEC, além de ser uma

linha de pesquisa deste mesmo programa de Pós Graduação na UFES.

2.5 PROBLEMAS DA PESQUISA. USOS PRÁTICOS E/OU TEÓRICOS DOS

RESULTADOS A ALCANÇAR. JUSTIFICATIVA

Os questionamentos preliminares desta pesquisa giram em torno da

possibilidade de estabelecer ações a serem tomadas nas estruturas com o fim

de torná-las mais esbeltas e eficientes respeitando os limites estabelecidos dos

parâmetros da estabilidade global das normas relacionadas à estabilidade das

estruturas. Desta forma, buscam-se resultados positivos sem que prejudiquem

o desempenho estrutural das estruturas e aumentar a eficiência das variadas

soluções estruturais existentes.

Assim como o questionamento sobre quais ações podem ser definidas para

melhorar o desempenho das estruturas do ponto de vista da estabilidade

global, é interesse comparar os resultados encontrados com as referências

normativas brasileiras com as de outros países, como as normas dos Estados

Unidos da América e dos países Europeus.

Para responder o questionamento da pesquisa, é necessário organizar a o

trabalho em etapas, desenvolver ferramentas numéricas que auxiliem sua

execução e tentar responder perguntas mais específicas sobre o assunto.

Estas etapas estão descritas a seguir:

Page 12: Qualificação Felipe Coelho

Etapa 1: Apresentar as definições dos parâmetros de estabilidade global

das estruturas definidas pela norma brasileira, americana e europeia.

Etapa 2: Estabelecer os critérios de comparação entre as normas e

estabelecer os modelos estruturais a serem estudados com auxílio de

software de análise estrutural via Método de Elementos Finitos.

Etapa 3: Apresentar os resultados comparativos; estabelecer ações a

serem implementadas nos modelos numéricos e apresentar os

resultados de suas aplicações.

2.6 USOS PRÁTICOS DOS RESULTADOS A ALCANÇAR

Através dos resultados da pesquisa pretende-se indicar quais soluções podem

ser aplicadas em uma estrutura afim de minimizar os efeitos da instabilidade

global e a possibilidade de melhoria dos parâmetros utilizados para a

determinação do grau de estabilidade da estrutura. Consequentemente, as

estruturas irão apresentar maior desempenho de seus elementos estruturais e

irão apresentar estruturas mais esbeltas.

2.7 JUSTIFICATIVA

A norma brasileira passou a tratar dos parâmetros da estabilidade global de

forma recente e são poucas as referências disponíveis que abordam sobre o

tema de maneira profunda e completa. Os engenheiros projetistas e calculistas

de estruturas passaram a readaptar as formas de cálculo a fim de contemplar

as exigências definidas pela norma. Neste sentido, alguns calculistas passaram

a questionar a forma com que a norma analisa a estabilidade global.

Dessa forma, esta pesquisa surge como uma fonte de referências para

entender a aplicação dos parâmetros de estabilidade e levantar a possibilidade

de aprimorar a forma de avaliar a estabilidade global das estruturas.

Page 13: Qualificação Felipe Coelho

2.8 PALAVRA CHAVE

2.8.1 PALAVRA CHAVE EM PORTUGUES

Estabilidade Global, Análise Estrutural, Instabilidade Global, Parâmetros de

Estabilidade

2.8.2 PALAVRA CHAVE EM INGLÊS

Global Stability, Structural Analysis, Global Instability, Parameters of global

stability

Page 14: Qualificação Felipe Coelho

3 MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO

A motivação surgiu através do contato com o professor Lorenzo A. Ruschi

Luchi e o Prof. Walnório Graça Ferreira em conversas informais, ao final de

2011, em que foi observado o interesse em abordar sobre os parâmetros de

estabilidade global, visto que o assunto está inserido no dia a dia de projetistas

estruturais, área também de atuação do Prof. Lorenzo e o autor desta

dissertação.

A partir de então foram iniciadas reuniões para encontro das ideias e o

interesse em estudar este tema mais profundamente.

3.1 PESQUISADORES E INSTITUIÇÕES RELEVANTES NA ÁREA

A busca por uma bibliografia relativa ao assunto desta pesquisa leva ao

conhecimento de pesquisadores e instituições para a formulação de um estudo

mais apurado sobre o “estado da arte” do tema em questão. Apresenta-se,

então, na Tabela 1 a seguir, uma pequena relação preliminar de alguns dos

pesquisadores e instituições responsáveis pelo conhecimento científico

encontrado na bibliografia sobre análise dos parâmetros de estabilidade global

das estruturas. Enfatiza-se, contudo, que a busca ainda não atingiu um caráter

exaustivo, sendo ainda necessário um aprofundamento do material levantado e

consequentemente novas averiguações de assuntos que deverão surgir.

Nome Entidade / Instituição

Tema da pesquisa

JAIR FONSECA RIBEIRO UFRGS ESTABILIDADE GLOBAL EM EDIFÍCIOS: ANÁLISE EFEITOS DE

SEGUNDA ORDEM NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

ANDERSON DA SILVA HAUCH

UNIJUÍ-RS ANÁLISE DA ESTABILIDADE GLOBAL DE ESTRUTURAS

DE CONCRETO ARMADO

MÔNICA MARIA E. BUENO

UNB AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE INSTABILIDADE GLOBAL EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

LEONARDO K. MORAIS HIGA

UFES ANÁLISE DE ESTABILIDADE GLOBAL DAS ESTRUTURAS DE

EDIFICAÇÕES

WINSTON JUNIOR ZUMAETA MONCAYO

EESC-USP ANÁLISE DE SEGUNDA ORDEM GLOBAL EM EDIFÍCIOS COM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO

Tabela 1 - Pesquisas publicadas

Page 15: Qualificação Felipe Coelho

3.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Engenharia Civil, assim como outros ramos da Engenharia, tem

experimentado grandes avanços em suas áreas de atuação nos dias

modernos. É observado tal fato, quando se quantifica o volume produzido e a

produzir entre as diversas empresas que atuam tanto na área de execução

quanto na área de projetos. Não somente na expressiva quantidade de

serviços, essa crescente solicitação da Engenharia Civil também se torna

agente causador e fomentador do surgimento de novos métodos técnicos de

produção que visam melhores resultados.

Grandes obras têm sido lançadas a fim de suprir a demanda a qual surge dia

após dia, seja na construção residencial, comercial ou industrial. Por trás desta

demanda, a produção técnica tem sentido um acréscimo na quantidade de

produtos e na exigência dos mesmos com relação à qualidade de excelência

requerida.

Aspectos como o planejamento das etapas da construção, valorização da mão

de obra utilizada, priorização de soluções que abranjam e respeite o meio

ambiente, pesquisas relacionadas ao avanço tecnológico das práticas

produtivas, aspectos econômicos e funcionais e, por fim, práticas aprimoradas

de concepção e desenvolvimento de projetos têm sido consideradas nos

trâmites da viabilização dos empreendimentos.

Um destes avanços vividos tem sido evidenciado no aperfeiçoamento da

maneira de se projetar. Fatores antes considerados apenas em edificações

especiais (edifícios altos ou obras de arte), como os efeitos de segunda ordem

e estabilidade global e local das estruturas, agora se tornam necessários a

avaliação destes, em empreendimentos mais comuns.

O advento da informática nas últimas décadas tem propiciado o

desenvolvimento de novos métodos numéricos que têm aperfeiçoado os

resultados. Estes avanços são aplicados em versões de softwares mais

atualizados, simulando com maior precisão os efeitos ao qual uma estrutura

está submetida em diferentes situações.

Page 16: Qualificação Felipe Coelho

É neste contexto que esta pesquisa é apresentada, de forma a colaborar com o

desenvolvimento do assunto relativo aos aspectos da estabilidade global de

estruturas.

3.2.1 PARÂMETROS DE INSTABILIDADE: ORIGEM

O estudo sobre os parâmetros de instabilidade foi iniciado em 1967 por Hurbert

Beck e Gert König (1967, apud VASCONCELOS, A. C., [1991?], p. 5) após a

defesa da tese de doutorado defendida na Alemanha. Neste estudo, foi

analisada a estrutura de um edifício de diversos pavimentos, em que seus

pilares eram considerados contraventados por paredes rígidas com estrutura

esbelta. Os estudos os levaram a uma equação diferencial de complicada

solução com coeficientes variáveis, mas após uma simplificação matemática, a

equação matemática foi reduzida às funções de Bessel. A partir da solução

desta equação, chegou-se a um parâmetro chamado por “Coeficiente de

Instabilidade ”.

Este coeficiente era capaz de informar qual o deslocamento da estrutura

permitindo chegar-se às definições de Nós Fixos e Nós Móveis para a estrutura

em análise. Por simplificação dos cálculos do deslocamento da estrutura,

convencionou-se que as estruturas de nós fixos seriam aquelas, as quais, o

acréscimo de esforços (momentos existentes) fosse menor que 10% dos

esforços já obtidos. Para estes casos, o valor do coeficiente ficaria abaixo de

0,6.

3.2.2 EQUAÇÃO DIFERENCIAL

Partindo-se da equação diferencial de uma barra reta de comprimento , de

seção constante e material elástico linear sujeita a carga axial nas

extremidades, tem-se:

Page 17: Qualificação Felipe Coelho

y(x) representa o deslocamento dos pontos do eixo da barra na direção

transversal e a sua rigidez à flexão.

A partir da equação diferencial da barra reta, tem-se que:

é tratado como coeficiente de estabilidade e seu valor está relacionado com

as condições de apoio das extremidades da barra. O valor de é baixo

quando a barra está engastada e alto quando a barra é birrotulada ou

monoengastada.

3.2.2.1 EQUAÇÃO DIFERENCIAL SEGUNDO BECK & KÖNIG

A equação encontrada por Beck e König (1967, apud VASCONCELOS, A. C.,

[1991?], p. 5), na ocasião de seus estudos, foi:

,

Em que:

Nesta equação, é a carga horizontal distribuída em toda a altura do

edifício.

De forma semelhante ao caso da barra apresentada anteriormente, um novo

valor de é obtido. Mas dessa vez, não é considerada uma carga

concentrada nas extremidades da estrutura e sim uma carga distribuída em

toda a sua altura. Dessa forma, tem-se:

Onde é a carga distribuída à qual a estrutura de contraventamento está

submetida e é a carga distribuída na estrutura contraventada. O valor de

encontrado por Beck e König é:

Page 18: Qualificação Felipe Coelho

Na tabela a seguir, encontram-se os valores limites encontrados por Beck e

König em função da quantidade de pavimentos.

Tabela 2 – Valor de encontrados por Beck e König

(quant. Pavimentos) Restrição

2,80

-

0,60

0,50

-

0,40

-

0,30

-

Fonte: Origem dos Parâmetros de Instabilidade e , [1991?]

Estes resultados foram obtidos considerando que a estrutura contraventada do

edifício pudesse ser substituída por uma estrutura composta apenas de um

único pilar cujas características geométricas fossem equivalentes à original.

Desta forma, definiu-se que o somatório das rigidezes da estrutura de

contraventamento fosse igual à rigidez de um pilar único.

Para calcular a rigidez equivalente nos casos de pilares de contraventamento,

deve-se aplicar a força horizontal atuante no pórtico espacial, de forma a

conhecer o valor da flecha para cargas horizontais. Esta flecha deve ser a

mesma flecha obtida no pilar equivalente sujeito às mesmas cargas horizontais.

Calculado o valor de , basta apenas verificar se este não supera o valor limite.

Em caso afirmativo, modificar as dimensões dos elementos estruturais de

forma a obter valores de abaixo do limite.

Estes estudos tiveram continuidade por outros autores e órgãos com interesse

no assunto (CEB e ABNT). Em 1978, o CEB passou a utilizar os valores de

descrito por Beck & König, assim como a ABNT na norma NBR 9062 (norma

brasileira de estrutura pré-moldada). No ano de 1985, Mário Franco (1985)

estudou novamente a forma de obtenção dos valores limites do coeficiente de

estabilidade para edifícios com mais de três pavimentos encontrando valores

variando próximo a 0,6 em estruturas com pilares-paredes, pórticos e

combinação de pórticos e pilares-paredes.

Page 19: Qualificação Felipe Coelho

Augusto Carlos Vasconcelos (1985, Vasconcelos, A. C. [1991?]), encontrou

para estruturas de 1, 2 e 3 pavimentos valores como descritos na tabela

abaixo:

Tabela 3 - Valores de em funçao da quantidade de pavimentos

n (Pavimentos)

0,50 1

0,55 2

0,60 3

Fonte: Artigo Origem dos Parâmetros de Instabilidade e , [1991?]

No ano de 1986, Augusto C. Vasconcelos retornou os estudos feitos por Beck

& König, mas desta vez, com o advento do computador, pôde-se avaliar a

mesma estrutura anteriormente estudada discretizada, ao invés de estrutura

contínua. Os resultados por ele encontrados não foram diferentes para até 3

pavimentos, e a partir de 4 pavimentos, a diferença entre e ia

diminuindo à medida que aumentava-se a quantidade de pavimentos. Desse

estudo, resultou uma fórmula de sugestão para o cálculo do em função do

numero n de pavimentos. Segue a fórmula:

Em 1990, o CEB decide retirar as considerações sobre o cálculo do parâmetro

de instabilidade .

Neste contexto, Mário Franco e Augusto C. Vasconcelos (1997, Franco, M. e

Vasconcelos, A. C., apud VASCONCELOS, A. C. [1991?]) apresentaram pela

primeira vez o conceito do coeficiente de amplificação de momentos , no

estado do Rio de Janeiro, como ferramenta auxiliar no estudo da estabilidade

global. Por meio do processo - , chegou-se à idéia do .

Quando a estrutura é solicitada pelas cargas atuantes, sofre um deslocamento

alterando a sua configuração original (figura 1).

Page 20: Qualificação Felipe Coelho

A partir desta nova configuração, são gerados novos esforços, que por sua vez,

geram novos deslocamentos. Neste processo contínuo, observa-se que a cada

passo, as novas deformações comparadas às anteriores resultam em uma

progressão geométrica (PG) para as deformações.

Chega-se a uma PG de razão:

Onde:

é a excentricidade de 1ª ordem;

é o momento de 1ª ordem.

Anos depois da definição do conceito de amplificação de momentos , vários

estudos foram realizados com este tema. No ano de 1993, a TQS cria o módulo

Pórtico Espacial em que ele passa a utilizar os parâmetros de instabilidade e

. Algumas correlações entre e também foram formuladas como

aproximações para as aplicações práticas. Na tabela abaixo, se seguem

algumas dessas correlações que foram apresentadas em artigos e estudos.

Figura 2 - Método -

Page 21: Qualificação Felipe Coelho

Tabela 4 - Correlações de e

AUTORES CORRELAÇÕES

Prof. Mário Côrrea e

Prof. Marcio Ramalho

Prof. Francisco

Graziano

Fonte: Artigo Origem dos Parâmetros de Instabilidade e , [1991?]

3.2.3 EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM

O estudo sobre a estabilidade das estruturas tem ganhado posição de relevada

importância nos dias atuais, visto que, tem-se tornado comum a elaboração de

projetos em que os edifícios têm sido cada vez mais elevados e esbeltos e com

características que visam um excelente desempenho aliado ao baixo consumo

de materiais e sistemas estruturais com rapidez na execução.

Este fato evidencia a importância sobre a discussão da forma em que é

realizada a análise da estrutura. Pois, sabe-se que à medida que estas

estruturas se tornam mais esbeltas e elevadas, maiores serão os efeitos

causados pela força do vento, maiores serão os acréscimos de esforços e

deslocamentos horizontais. De maneira geral, efeitos como os de segunda

ordem, antes não muito considerado, agora se tornam itens imprescindíveis

nas verificações de segurança de uma estrutura.

Neste contexto, é necessário o estudo dos efeitos de segunda ordem. Em

estruturas esbeltas, a excentricidade adicional “a”, oriunda do estado

deformado, não pode ser desprezada. Esta excentricidade é obtida a partir da

análise considerando a configuração da estrutura.

Page 22: Qualificação Felipe Coelho

Segundo Leonhardt (1973) diz, tem-se:

“Para garantir o equilíbrio entre momentos internos e externos, as

deformações devem ser consideradas na determinação dos esforços

solicitantes. Assim sendo, as condições de equilíbrio devem ser

satisfeitas no sistema deformado (Teoria de Segunda Ordem)”.

3.2.4 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ESTABILIDADE

3.2.4.1 EQUILÍBRIO

O equilíbrio é obtido quando as forças externas atuantes sobre uma estrutura

formam um sistema de forças equivalente a zero.

As condições necessárias e suficientes para o equilíbrio são:

e

O equilíbrio pode ser classificado em três tipos:

- Estável

- Instável

- Indiferente

Para isto, seja a figura abaixo (figura 3) representada por uma placa retangular.

Barra na Configuração deformada

Page 23: Qualificação Felipe Coelho

Ao suspender esta placa pelo ponto O, observa-se o seguinte diagrama de

corpo livre:

Para que F e P sejam opostos, os pontos O e CG devem pertencer à mesma

reta vertical (Figura 4). Mantendo-se estas forças em atuação na placa

retangular, podem ocorrer as seguintes formas de equilíbrio.

3.2.4.2 EQUILÍBRIO ESTÁVEL

Aplicando-se um deslocamento lateral na placa e a deixando livre em seguida,

esta retorna a posição original. Este equilíbrio não é perdido facilmente. Isto

ocorre porque o centro de gravidade está abaixo do ponto O de suspensão.

Figura 3 - Tipos de Equilíbrio

Figura 4 - Tipos de Equilíbrio

Figura 5 - Equilíbrio Estável

Page 24: Qualificação Felipe Coelho

3.2.4.3 EQUILÍBRIO INSTÁVEL

Para o equilíbrio instável, coloca-se o ponto O abaixo do CG. Aplicando novo

deslocamento lateral no ponto O, observa-se o equilíbrio instável, pois ele se

afasta da posição de equilíbrio inicial.

3.2.4.4 EQUILÍBRIO INDIFERENTE

Este ocorre quando o ponto de suspensão coincide com o CG, pois ele

mantém sua posição em equilíbrio independente do novo deslocamento

gerado.

Figura 6 - Equilíbrio Instável

Figura 7 - Equilíbrio Indiferente

Page 25: Qualificação Felipe Coelho

3.2.5 TEORIA DE PRIMEIRA E SEGUNDA ORDEM

Na teoria de primeira ordem, os momentos são calculados considerando a

configuração indeformada da estrutura.

Observa-se a seguinte figura:

O momento de primeira ordem é calculado da seguinte forma:

Dessa forma, a equação diferencial para uma barra reta de material elástico

linear, será:

Onde:

: Rigidez à Flexão

Sendo o equilíbrio de primeira ordem, os deslocamentos transversais W(x) não

são levados em conta e a relação carga x deslocamento é linear (linearidade

geométrica).

A teoria de segunda ordem engloba as não-linearidades físicas e geométricas

em que o cálculo do equilíbrio é determinado pela configuração deformada da

estrutura. Esta é caracterizada pela não-linearidade entre a força normal e o

deslocamento W(x), como indicado na figura abaixo:

δ(x)

Figura 8 – Deformada do Eixo do Pilar

Page 26: Qualificação Felipe Coelho

Figura 9 - Relação Força Normal-deslocamento (Teoria de 2a Ordem)

A não-linearidade geométrica é decorrente das deformações do eixo do pilar. O

equilíbrio é garantido na configuração deformada do eixo do pilar. Já a não-

linearidade física está relacionada às propriedades físicas e mecânicas do

material. O concreto, por exemplo, é um material não-linear, não existindo,

portanto linearidade entre as tensões e as deformações.

3.2.6 PROBLEMAS DE ESTABILIDADE

Ao se estudar os parâmetros de estabilidade, ou instabilidade, em edifícios,

deve-se atentar para alguns problemas que ocorrem usualmente. Segundo

Mário Franco (1985), podemos citar os seguintes tipos:

- Problema de bifurcação do equilíbrio;

- Problema de 2ª Ordem;

- Problema de Ponto Limite.

3.2.6.1 PROBLEMA DE BIFURCAÇÃO DO EQUILÍBRIO

Este problema se configura em membros prismáticos verticais submetidos a

cargas axiais. De acordo com a figura 9, para o caso de material elástico

linear sujeito à carga aplicada na direção axial, sem imperfeições

geométricas, observa-se o equilíbrio estável da barra reta até o momento em

que se alcança a carga crítica . Para valores de maiores que , duas

Page 27: Qualificação Felipe Coelho

configurações podem ser obtidas para a barra reta: uma posição reta, instável,

ou uma posição curva, estável. O ponto em que é chamado de Ponto

de Bifurcação do Equilíbrio. Portanto, tem-se:

Equilíbrio Estável

Equilíbrio Estável – Forma Indiferente

Segundo Danielle D. Meireles (2002, p. 15):

“[...] pode-se definir os problemas de bifurcação do

equilíbrio como aqueles nos quais, quando o

carregamento crítico é atingido [ ], há a passagem

qualitativa de um estado de equilíbrio para outro ou de

uma forma de equilíbrio para outra.”

Para barra reta com material elástico não linear, existem duas posições de

equilíbrio possíveis quando . São elas: posição reta, estável, e posição

curva, instável. Para existe apenas a configuração reta instável, ou

seja, a estrutura não tem como sustentar o carregamento aplicado.

Figura 10 – Problema de Instabilidade – Bifurcação do Equilíbrio

Fonte: Problemas de Estabilidade nos Edifícios de Concreto Armado, 1985

Page 28: Qualificação Felipe Coelho

Posição Reta Estável

Posição Curva Instável

- Equilíbrio Estável – Forma Indiferente

- Equilíbrio Instável

3.2.6.2 PROBLEMA DE SEGUNDA ORDEM

Seja agora uma barra reta, com uma excentricidade inicial ei, com material

elástico linear e submetido a uma força (Figura 12). Neste caso, não existe

a bifurcação do equilíbrio. Ao passo que a força F é aumentada, a barra reta

toma uma forma fletida, em que, para cada configuração existe apenas uma

forma estável. À medida que a força é aumentada, a barra encurva-se

mantendo o equilíbrio estável e torna-se instável quando ocorre a ruptura do

material.

Figura 11 - Problema de Estabilidade – Bifurcação do Equilíbrio

Fonte: Problemas de Estabilidade nos Edifícios de Concreto Armado, 1985

Page 29: Qualificação Felipe Coelho

Mantendo-se as mesmas condições e alterando-se apenas a propriedade do

material, sendo agora material elástico não linear, observa-se que a força

crescerá até o momento em que se atinge a ruptura da barra. Neste caso, a

carga aplicada atinge um ponto limite em que não existe a possibilidade de

voltar à configuração original.

3.2.6.3 PROBLEMA DE PONTO LIMITE

Quando uma barra reta, esbelta, de material elástico não-linear, é carregada

excentricamente até uma forma máxima , tal que o momento externo

gerado , não seja suportado pelo momento interno da seção crítica,

configura-se então, uma situação de instabilidade na flexão composta, sem

bifurcação do equilíbrio. Este caso define-se como de Ponto Limite.

Um caso comum de problema de ponto limite se caracteriza pela figura

apresentada abaixo, em que, para determinado valor de o equilíbrio se torna

instável para uma configuração próxima à original. De forma que, a situação de

equilíbrio estável só ocorre quando a estrutura muda bruscamente de

configuração.

Figura 12 - Problemas de Estabilidade – Problema de Segunda Ordem

Fonte: Problemas de Estabilidade nos Edifícios de Concreto Armado, 1985

Page 30: Qualificação Felipe Coelho

Segundo

Regina M. S. Carmo (1995, p. 8):

“(...) o problema de ponto limite ocorre em barras

esbeltas, constituídas de material de comportamento não

linear, carregadas excentricamente. Neste caso, o

carregamento atinge um valor máximo , para o qual

não é mais possível equilibrar o momento externo

provocado pela carga e o momento interno da seção mais

solicitada, o que leva à uma situação de instabilidade na

flexão composta, sem bifurcação do equilíbrio”.

Segue a seguir um resumo de todos os casos estudados aqui, retirados de

estudo realizado por Zagottis (1980, apud CARMO, R. M. S., 1995, p.11).

Figura 13 – Problema de Estabilidade - Problema de Ponto Limite

Fonte: Problemas de Estabilidade nos Edifícios de Concreto Armado, 1985

Page 31: Qualificação Felipe Coelho

Tabela 5 - Configurações de Equilíbrio para Barra Axialmente Carregada

BARRA CARREGADA SEM EXCENTRICIDADE

MATERIAL FORMA P < Pcr P = Pcr P > Pcr

Material Elástico

Linear

Reta Estável Estável (a) Instavel

Curva Não Existe Nao Existe Estável

Material Elástico

Não-Linear

Reta Estável Instavel (b) Instavel

Curva Instavel Nao Existe Não Existe

Fonte: Efeitos de Segunda Ordem em Edifícios usuais de Concreto Armado, 1995

Nota: Dados adaptados pelo autor

Tabela 6 - Configuração de Equilíbrio para Barra Excentricamente Carregada

BARRA CARREGADA EXCENTRICAMENTE

MATERIAL FORMA P < Pcr P = Pcr P > Pcr

Material Elástico Linear Curva Estável Estável Estável

Material Elástico Não-Linear Curva Estável ou Instável Instável Impossível

Fonte: Efeitos de Segunda Ordem em Edifícios usuais de Concreto Armado, 1995

Nota: Dados adaptados pelo autor

3.2.7 FLAMBAGEM

O estudo da estabilidade nos leva a considerar aspectos que influem

diretamente na análise do comportamento da estrutura. Podemos listar três

aspectos de relevada importância, são eles:

- Resistência da estrutura, sendo a capacidade de suportar certo

carregamento sem que ocorram tensões excessivas no material;

- Capacidade da estrutura para suportar um determinado carregamento,

sem sofrer deformações notáveis;

- Capacidade para suportar uma dada carga, sem sofrer uma brusca

mudança em sua configuração.

Neste tópico, iremos nos focar no aspecto relativo à mudança brusca da

configuração da barra reta, último item listado acima.

Page 32: Qualificação Felipe Coelho

Em um modelo simples de barra prismática reta, quando este é solicitado por

uma carga “P” acima de certo valor , denominada carga crítica, o sistema

passa a ter uma nova configuração, de maneira que este encontra uma nova

posição de equilíbrio.

Temos então as seguintes condições:

Se Sistema Estável – Barra reta (o sistema retorna à sua

posição inicial)

Se Sistema Instável – Barra Curva (nova posição de equilíbrio)

De acordo com Danielle M. (2002, p. 22):

“A carga crítica também define o ponto de bifurcação do

equilíbrio no gráfico que relaciona a força P aplicada com

o deslocamento transversal máximo d da barra. Neste

ponto, ocorre uma bifurcação em trajetórias de equilíbrio

instável (forma reta) e estável (forma curva) da barra. O

fenômeno de bifurcação do equilíbrio é também

denominado por fenômeno de Flambagem.”

3.2.7.1 CARGA CRÍTICA

Deseja-se determinar o valor da carga crítica que irá provocar deformação da

configuração inicial da barra.

Para isto, tem-se a equação da linha elástica em que é o momento e a

rigidez constante.

Fazendo a seguinte substituição:

Page 33: Qualificação Felipe Coelho

A solução para esta equação é

Aplicando-se as seguintes condições de contorno, tem-se:

Fazendo-se tem-se:

Em que é o comprimento da barra.

Esta fórmula é conhecida por “Equação de Euler”. Se , a condição

não pode ser satisfeita, devendo ser solução , que significa a

barra manter a configuração de barra reta.

A equação encontrada para anteriormente pode ser generalizada para

determinar a carga crítica de barras com outras condições de apoio nas

extremidades:

A equação anterior pode ser escrita também da seguinte forma:

Page 34: Qualificação Felipe Coelho

Sendo definido como coeficiente adimensional relacionado com a flambagem

da barra. Na figura a seguir, têm-se os possíveis valores para o comprimento

equivalente segundo as condições da extremidade e os valores de .

Nos projetos estruturais em geral, deve-se levar em conta que a carga

aplicada nunca é localizada exatamente sobre o eixo da barra. Dessa forma,

pequenas excentricidades são geradas, que por sua vez, dão origem a

momentos nas extremidades.

Ao aumentar-se o valor da carga excêntrica, maior será o aumento da carga

centrada e do momento que provoca aumento da flexão no pilar. Deve-se

então determinar o limite para o aumento da flexão sem que este exceda a

tensão admissível ou a deflexão permitida.

3.2.8 EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM

O estudo sobre a estabilidade das estruturas tem ganhado posição de relevada

importância nos dias atuais, visto que, tem-se tornado comum a elaboração de

projetos em que os edifícios têm sido cada vez mais elevados e esbeltos e com

características que visam um excelente desempenho aliado ao baixo consumo

de materiais e sistemas estruturais com rapidez na execução.

Figura 14 - Comprimento Equivalente

Page 35: Qualificação Felipe Coelho

Este fato evidencia a importância sobre a discussão da forma em que é

realizada a análise da estrutura. Pois, sabe-se que à medida que estas

estruturas se tornam mais esbeltas e elevadas, maiores serão os efeitos

causados pela força do vento, maiores serão os acréscimos de esforços e

deslocamentos horizontais. De maneira geral, efeitos como os de segunda

ordem, antes não muito considerado, agora se tornam itens imprescindíveis

nas verificações de segurança de uma estrutura.

Neste contexto, é necessário o estudo dos efeitos de segunda ordem. Em

estruturas esbeltas, a excentricidade adicional “a”, oriunda do estado

deformado, não pode ser desprezada. Esta excentricidade é obtida a partir da

análise considerando a configuração da estrutura.

Segundo Leonhardt (1973) diz, tem-se:

“Para garantir o equilíbrio entre momentos internos e

externos, as deformações devem ser consideradas na

determinação dos esforços solicitantes. Assim sendo, as

condições de equilíbrio devem ser satisfeitas no sistema

deformado (Teoria de Segunda Ordem)”.

Figura 15 - Barra na Configuração deformada

Page 36: Qualificação Felipe Coelho

3.2.8.1 CONCEITOS BÁSICOS

Como dito anteriormente, para a consideração dos efeitos de segunda ordem,

deve-se fazer o estudo do equilíbrio utilizando a configuração deformada da

estrutura. Isto implica dizer que, para um pilar submetido a uma carga

excêntrica de valor , sua excentricidade “ ” é aumentada do valor “ ” da

configuração deformada (figura 17).

Para esta configuração, o momento calculado é dado por:

Em que:

: é a carga à qual a estrutura está sujeita

: excentricidade inicial (ponto de aplicação da força);

: excentricidade devido a configuração deformada.

De acordo com Danielle Meireles O. (2002, p. 36), pode-se distinguir os

seguintes efeitos de 2ª Ordem:

Figura 16 - Barra na Configuração deformada

Page 37: Qualificação Felipe Coelho

“Efeitos globais: esforços de segunda ordem introduzidos

pelos deslocamentos horizontais dos nós da estrutura,

quando sujeita a cargas verticais e horizontais.”

“Efeitos locais: surgem nas barras da estrutura,

principalmente nos pilares, quando seus eixos deixam de

ser retilíneos, uma vez que suas extremidades percorrem

deslocamentos diferenciados.”

“Efeitos localizados: Em pilares parede (simples ou

compostos) pode-se ter uma região que apresenta não

retilinidade maior do que a do eixo do pilar como um todo.

Nessas regiões surgem efeitos de 2a ordem maiores,

chamados de efeito de 2a ordem localizados. O efeito de

2a ordem localizado, além de aumentar nesta região a

flexão longitudinal, aumenta também a flexão transversal,

havendo a necessidade de aumentar os estribos nestas

regiões [NBR 6118 (2001)].”

3.2.8.2 CLASSIFICAÇÕES DE PILARES

Os pilares podem ser classificados como curtos, moderadamente esbeltos e

esbeltos. Os pilares curtos são aqueles para os quais não há necessidade de

se considerar os efeitos de segunda ordem. Neste caso, os esforços obtidos na

configuração deformada são aproximadamente iguais aos esforços obtidos na

configuração indeformada. De maneira geral, é considerado que os efeitos de

segunda ordem ( ) possam são desprezados sempre que o acréscimo dos

momentos de primeira ordem ( ) não seja maior que 10%. Isto é:

Em que:

: momento causado pelos efeitos de segunda ordem;

: momento de primeira ordem.

Os pilares moderadamente esbeltos são aqueles em que os efeitos de

segunda ordem são importantes e não podem ser desprezados. Mas permite-

Page 38: Qualificação Felipe Coelho

se o emprego de processo simplificado, no qual, define-se uma configuração

deformada para o eixo do pilar e calcula-se o máximo momento fletor

solicitante ao longo do eixo. O momento fletor máximo solicitante ao longo do

eixo e o esforço normal são então utilizados para o dimensionamento da seção

transversal por flexo-compressão.

Para os pilares esbeltos, os efeitos de segunda ordem têm de ser

considerados através de algum processo que leve em conta as não

linearidades física e geométrica de forma rigorosa.

Quanto à sua principal função na estrutura, os pilares podem ser classificados

como pilares contraventados e pilares de contraventamento.

A estrutura de contraventamento é a parte da estrutura, cuja principal função

é resistir às ações horizontais. De maneira geral, toda a estrutura oferece

resistência aos esforços horizontais, mas podem-se separar alguns elementos

que, por sua elevada rigidez, eles adquirem boa capacidade de absorver os

esforços horizontais. Normalmente, estes elementos estão no núcleo rígido,

constituídos por pilares-parede e paredes estruturais, formando as caixas de

elevadores e escada.

Esta estrutura de contraventamento deve apresentar pequenos deslocamentos

devido às cargas horizontais, caso contrário, deve-se submetê-la à análise de

segunda ordem.

Os pilares contraventados são definidos pelos demais pilares que não

compõem a estrutura de contraventamento.

3.2.8.3 ESTRUTURA DE NÓS FIXOS E NÓS MÓVEIS

Quando a estrutura possui rigidez suficiente para absorver os efeitos de

deslocamentos, dizemos que ela é indeslocável ou de nós fixos. Os esforços

nas estruturas de nós fixos são obtidos a partir da análise de primeira ordem

em que as barras são calculadas isoladamente mantendo-se as suas

extremidades vinculadas onde os esforços serão aplicados.

Em outro caso, os deslocamentos surgidos pelas cargas verticais e horizontais

podem causar o aparecimento de efeitos locais de segunda ordem. Este tipo de

efeito ocorre em estruturas classificadas de nós móveis. Esta, mesmo sendo de

Page 39: Qualificação Felipe Coelho

nós móveis, pode ser considerada como de nós fixos, desde que os efeitos

globais de segunda ordem sejam desprezíveis aos efeitos de primeira ordem.

Para que isto ocorra, como já dito anteriormente, tem-se:

Uma observação importante e ser feita, é que, quando o estudo dos efeitos

globais de segunda ordem for desprezado, deve-se ressaltar que os efeitos de

segunda ordem locais devem ser sempre considerados, pois e estabilidade

global não garante a estabilidade local e vice-versa.

3.2.9 NÃO LINEARIDADE FÍSICA E GEOMÉTRICA

3.2.9.1 NÃO LINEARIDADE FÍSICA

No estudo da linearidade física embasada na teoria linear, admite-se uma

relação linear entre as tensões e as deformações, sendo esta relação atribuída

ao comportamento do material.

A não linearidade física afeta a estrutura, pois ela diminui a rigidez dos

elementos estruturais. Dessa forma, a não linearidade não pode ser

desprezada, pois a rigidez esta relacionada aos deslocamentos laterais da

estrutura.

Para determinar-se o quanto a rigidez é afetada pelos efeitos da não

linearidade física, vários autores [MACGREGGOR (1993); HORDINA E HAGE

apud MACGREGOR E HAJE (1977); FURLONG apud MACGREGOR (1993);

PINTO et al (1998)] apresentaram valores, que considerando a particularidade

adotada por cada um, definiram-se valores para a minoração da rigidez original

do elemento estrutural. Neste trabalho, serão utilizados os valores

especificados na norma NBR 6118 como se seguem a seguir.

A norma NBR 6118 adota os seguintes valores para a consideração

aproximada da NLF:

Lajes:

Vigas:

Page 40: Qualificação Felipe Coelho

Pilares:

Sendo:

Momento de inércia da seção bruta de concreto;

Área da armadura de compressão;

Área da armadura de tração;

Módulo de Elasticidade inicial do concreto, dado por:

Resistência característica do concreto à compressão, MPa.

Segundo a norma, quando a estrutura de contraventamento for composta

somente de vigas e pilares e o for menor que 1,3, pode-se adotar, para vigas

e pilares, a seguinte rigidez:

Mesmo a norma fazendo a consideração de que se podem adotar valores

idênticos de rigidez para pilar e vigas, recomendam-se adotar valores

diferentes de rigidez, pois as solicitações em cada elemento estrutural são

diferentes.

3.2.9.2 NÃO LINEARIDADE GEOMÉTRICA (NLG)

A consideração dos efeitos da não linearidade geométrica está relacionada às

mudanças que possam ocorrem na geometria dos elementos estruturais. Da

mesma forma que a não linearidade física, esta também é determinada pela

análise da estrutura deformada.

Principalmente em edifícios altos, a consideração dos efeitos da não

linearidade geométrica torna-se importante, pois esta gera acréscimos de

esforços devido ao carregamento vertical e aos deslocamentos horizontais.

Page 41: Qualificação Felipe Coelho

Para a consideração da não linearidade geométrica, é comum o uso do

processo P-∆ em que é realizado o estudo considerando a estrutura

deformada.

3.2.9.3 PROCESSO P-∆

O processo P-∆ é utilizado como método para a análise dos esforços na

configuração deformada do equilíbrio. Este considera os deslocamentos

horizontais, as excentricidades e o carregamento vertical a cada momento em

que a estrutura sofre modificação na sua configuração.

Devido à solicitação das cargas horizontais sobre a estrutura de

contraventamento, novos deslocamentos horizontais são gerados. Dessa

forma, a estrutura modifica a sua configuração geométrica tendo então seus

nós deslocados.

O cálculo dos esforços atuantes na estrutura, se calculado com a configuração

indeformada, apresentam os resultados da análise de 1ª Ordem. As cargas

horizontais, por sua vez, continuam atuando sobre a estrutura, não agora mais

indeformada devido ao deslocamento horizontal. Sendo assim, as cargas

normais de cada pavimento combinada com os deslocamentos horizontais,

elas geram o acréscimo de uma nova parcela de esforços, sendo este

acréscimo o produto do esforço normal e da excentricidade causada pelo

deslocamento. Este processo se torna iterativo, pois as cargas horizontais

criam novos deslocamentos aos anteriormente existentes.

Os procedimentos para a utilização do método P-∆ consistem em aplicar

análise de primeira ordem para determinação dos esforços e deslocamentos

horizontais dos pavimentos. Primeiramente, adotam-se os valores de EJ e EA

de cada seção, suposta constante em cada barra. Calculam-se então as forças

horizontais fictícias em cada pavimento, dada por:

Em que:

: é a soma das forças verticais nos pavimentos i e i+1,

respectivamente;

Page 42: Qualificação Felipe Coelho

Representa a altura dos pavimentos i e i+1, respectivamente;

: é o valor da diferença do deslocamento horizontal entre os pavimentos i e i-

1, ou seja, o pavimento inferior;

: é o valor da diferença do deslocamento horizontal entre os pavimentos i e

i+1;

Com o valor das forças horizontais fictícias, procede-se agora para o

carregamento da estrutura com as cargas antigas e as cargas horizontais

fictícias.

Feito este processo, ele se torna contínuo até que haja a convergência dos

deslocamentos. Este momento sinaliza o equilíbrio da estrutura.

3.2.10 INSTABILIDADE ESTRUTURAL

Sendo uma estrutura submetida à ação de cargas horizontais e verticais, esta

pode ser classificada em estrutura de nós fixos ou de nós móveis como já

descrita no capítulo quatro. Os esforços solicitantes que atuam nesta estrutura,

verticais e horizontais, juntamente com aspectos como as imperfeições físicas

(relativas às propriedades dos materiais) e geométricas, provocam o

surgimento de deslocamentos, que dependendo da intensidade, podem gerar

efeitos de segunda ordem.

A avaliação dos efeitos de segunda ordem nas estruturas é feita por meio de

métodos não muito práticos e usuais devido ao fato de serem complexos e

demandarem tempo.

Mas, outrora, é importante que exista uma maneira de se certificar que não

surgirão os efeitos de segunda ordem em estruturas de nós fixos. Para isto,

alguns métodos de avaliação destes esforços foram criados a fim de se permitir

ao projetista chegar a um resultado concreto do comportamento da estrutura.

Beck & König, em 1967, lançaram pela primeira vez o conceito do parâmetro

de instabilidade α Desde que este primeiro estudo foi realizado, vários autores

utilizaram de pesquisas com o fim de obter uma classificação das estruturas

por meio da avaliação considerando a análise de primeira ordem. Anos depois,

Page 43: Qualificação Felipe Coelho

Antonio Carlos Vasconcelos (1990, p. 301-24) comentou pela primeira vez, o

coeficiente de majoração das cargas .

Nos próximos itens, serão apresentados os conceitos destes parâmetros de

avaliação da estabilidade global de estruturas.

3.2.10.1 PARÂMETRO DE ESTABILIDADE

A classificação da estrutura quanto à deslocabilidade lateral dos nós é

realizada por meio do parâmetro de instabilidade α. Acima de certo valor limite,

a estrutura é classificada com de nós móveis, e, portanto, deve ser considerada

a análise de segunda ordem.

Adotando inicialmente que a estrutura de contraventamento possa ser

representada por um único pilar engastado na base e livre no topo, de rigidez

equivalente à soma das rigidezes dos pilares de contraventamento da

estrutura (figura 17) e sendo constante ao longo da altura do edifício, temos

o seguinte valor para o parâmetro de instabilidade:

Figura 17 - Equivalência de Rigidez – Analogia com pilar em balanço

Page 44: Qualificação Felipe Coelho

Na equação anterior, tem-se que é a soma de todas as cargas verticais da

estrutura. Faz-se uma ressalva que os valores a serem usados são

característicos.

A condição para que a estrutura seja de nós fixos é de que:

O índice “d” indica valores de cálculo.

A equivalência da rigidez dos elementos de contraventamento (sistemas mistos

e sistemas aporticados) da estrutura é calculada aplicando-se a carga lateral

característica sobre toda a altura da edificação e determinando-se o seu

deslocamento do topo do edifício.

Obtido o valor do deslocamento no topo do edifício, faz-se com que, para um

novo pilar equivalente em balanço, de rigidez equivalente constante, sob a

ação da mesma carga, este novo pilar em balanço sofra o mesmo

deslocamento na sua extremidade em balanço. Admitindo-se que a carga é

constante sobre toda a altura do edifício, tem-se:

Em que:

: carga lateral característica;

: Altura total da edificação;

: Deslocamento no topo da edificação.

Deve-se atentar para o valor do crítico, pois este varia entre os diversos tipos

de sistemas de contraventamento na estrutura principal. Podem-se utilizar os

seguintes valores (figura 18):

- Para contraventamento em pilares-parede;

- Para contraventamento misto (pilares-parede + Pórticos);

Page 45: Qualificação Felipe Coelho

- Para contraventamento em pórticos.

3.2.11 ANÁLISE ESTRUTURAL

Conhecido o parâmetro de instabilidade , é possível então determinar se esta

estrutura é de nós móveis ou nós fixos. Este é determinado comparando o

valor da expressão:

O índice k faz indica que devem ser utilizados valores característicos.

Com o valor de . Desta avaliação, pode-se definir qual a classificação da

estrutura como se segue abaixo:

- - Estrutura de nós fixos

- - Estrutura de nós móveis

3.2.11.1 NÓS FIXOS

Para este caso, o projetista não precisa obter os esforços por meio de

métodos que englobam os efeitos de segunda ordem. Determinados os

esforços de primeira ordem, pode-se considerar que o cálculo dos pilares

Figura 18 - Tipos de Contraventamento e seus valores limites de

Page 46: Qualificação Felipe Coelho

possa ser realizado isoladamente. Determinam-se então as excentricidades

iniciais, de segunda ordem e a acidental e então elas são somadas entre si.

3.2.11.2 NÓS MÓVEIS

Quando o valor obtido do parâmetro de instabilidade for maior que o valor

crítico, não se podem desprezar os efeitos de segunda ordem sendo, portanto,

necessária a adoção de algum método para determinação destes esforços.

Neste caso, são consideradas as não linearidades físicas e geométricas e a

estrutura não pode ser calculada em elementos isolados como na estrutura de

nós fixos.

Segundo Mário Franco (1985, p. 13)., podem ser utilizados três métodos

diferentes para a análise dos efeitos de segunda ordem. São eles:

- Método Exato

- Método

- Método Simplificado.

Serão descritos, sucintamente, a seguir cada um destes métodos.

3.2.11.3 MÉTODO EXATO

Este método é complexo e demanda mais tempo para sua elaboração. Neste

procedimento, os dados iniciais como geometria, cargas, materiais, seções

transversais e armaduras são consideradas supostamente conhecidas. Os

valores de rigidez dos elementos estruturais são adotados em função

da geometria e das armaduras. Então é realizada uma análise de segunda

ordem determinando-se os esforços solicitantes normais e de flexão, as

deformações e a curvatura para todas as seções transversais. Uma análise das

seções transversais é então objetivada para a consideração dos efeitos da não

linearidade física e determinam-se os valores solicitantes internos em cada

seção por integração. Novos valores de rigidez são adotados em

função dos valores solicitantes internos, da curvatura e dos deslocamentos:

Page 47: Qualificação Felipe Coelho

NÃO

Determina-se um ponto da curva carga-deslocamento

Adotado

Em que:

: deformação nas seções dos elementos estruturais;

: Curvatura nas seções dos elementos estruturais

Faz-se então uma nova análise de segunda ordem com os novos valores

acima. Este processo é iterativo e sua condição de repetição é que:

Dessa forma, é obtido o ponto do gráfico “carga x deslocamento” que

corresponde ao nível de carregamento adotado. Aplicando-se este processo a

níveis crescentes de carga, encontra-se o valor limite.

Figura 19 – Fluxograma do Método Exato

Faz-se então uma nova análise de segunda ordem com os novos valores

acima. Este processo é iterativo e sua condição de repetição é que:

SIM

Page 48: Qualificação Felipe Coelho

Dessa forma, é obtido o ponto do gráfico “carga x deslocamento” que

corresponde ao nível de carregamento adotado. Aplicando-se este processo a

níveis crescentes de carga, encontra-se o valor limite.

3.2.11.4 MÉTODO P-∆

Este método foi demonstrado na seção 3.2.9.3.

Determinados os esforços e deslocamentos da estrutura, deve-se verificar em

que ponto de cada pilar ocorre o momento máximo. Este pode estar

concentrado nas extremidades ou em alguma outra seção intermediária do

pilar. Isto é feito para que se determine a excentricidade em cada pilar, e, daí,

faça-se o seu dimensionamento.

3.2.11.5 MÉTODO SIMPLIFICADO

Para o dimensionamento dos pilares, pode-se determinar o valor aproximado

dos momentos finais a serem considerados por meio de método simplificado

que dispensa a verificação de segunda ordem em toda a estrutura. O código

ACI-318/83 (1983) e o Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-

Reforçado (REBAB) (Porto, 1984) permitem estes métodos.

Deve-se calcular o valor o comprimento efetivo, , considerando ser a estrutura

de nós móveis.

O código Modelo CEB-FIP/1978 traz uma indicação sobre como proceder para

determinar o valor da esbeltez . Com o valor do comprimento efetivo de

cada pilar, consideram-se as excentricidades de segunda ordem para

dimensionar o elemento.

O Código ACI-318/83 também fornece procedimento para cálculo dos esforços.

Neste código, são calculados fatores ligados a cada pilar isoladamente, bem

como, fatores para todos os pilares do andar.

Os métodos simplificados são recomendados para estruturas regulares e de

esbeltez moderada.

Page 49: Qualificação Felipe Coelho

3 OBJETIVOS

Traça-se como objetivo principal abordar temas que fundamentam o estudo da

estabilidade global, como equilíbrio, problemas de estabilidade, tipos de não

linearidades, e apresentação de métodos que permitem avaliar a consideração

ou não dos efeitos de segunda ordem e avaliação dos parâmetros de

instabilidade e o coeficiente . Comparar as normas brasileira, americana e

europeia no que diz respeito ao estudo da estabilidade global das estruturas.

Por fim, descrever ações nas estruturas para garantir a estabilidade global das

estruturas.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para atingir os objetivos gerais é necessário o cumprimento dos seguintes

objetivos específicos:

1. Apresentar os conceitos básicos para o estudo da estabilidade global, como

tipos de equilíbrio, efeitos de primeira e segunda ordem, métodos para análise

estrutural como P-∆, não linearidade física e geométrica;

2. Apresentar a determinação exigida pelas normas brasileira (parâmetros de

instabilidade e o coeficiente ), americana e europeia;

3. Implementar modelos estruturais e simular o seu uso em software específico

para obtenção dos resultados;

4. Comparar os resultados entre as diversas normas e avaliar a diretriz da

norma brasileira;

5. Implementar novos modelos estruturais para determinar quais ações podem

ser adotadas para evitar a instabilidade estrutural.

6. Descrever as ações com resultados positivos e criar índices como forma de

mensurar o grau de eficiência destas ações.

Page 50: Qualificação Felipe Coelho

3.2 METODOLOGIA

A metodologia proposta neste trabalho contempla a implementação de vários

modelos estruturais com o objetivo a obter simulações em softwares de análise

estrutural.

Cada simulação apresentará uma finalidade diferente das outras a fim de testar

a variável principal. Sendo esta variável definida em cada caso de simulação.

Para cada resultado da simulação testada, os resultados serão coletados e

comparados entre si. A comparação entre as simulações tem por objetivo listar

as ações que podem ser adotadas para melhorar o desempenho estrutural bem

como analisar as diversas formas de análise da estabilidade global das

estruturas.

O modelo estrutural será definido por uma base arquitetônica previamente

apresentada e a sua implementação consiste no lançamento dos elementos

estruturais.

As ações que serão descritas para melhorar o desempenho da estrutura, serão

definidos em sugestões de arranjos dos elementos estruturais.

3.3 EQUIPAMENTOS E RECURSOS

Por se tratar de uma pesquisa numérica/computacional, todos os equipamentos

e recursos necessários para o desenvolvimento do programa constante deste

Projeto de Pesquisa se tratam exclusivamente de micro computadores,

pessoais ou não, e softwares específicos que se prestem a atingir os objetivos

do mesmo.

Os softwares que necessitam estar instalados no micro computador a ser

usado na pesquisa incluem, de forma resumida: possibilidade de lançamento

dos elementos estruturais, aplicação dos métodos para análise estrutural e a

extração dos resultados necessários para definição da conclusão.

Dentre os softwares que serão mais utilizados se encontram o TQS (software

de calculo estrutural) e o ANSYS (software comercial de elementos finitos),

cuja descrição breve é feita adiante.

Page 51: Qualificação Felipe Coelho

TQS: é um software voltado para a análise estrutural, dimensionamento dos

elementos estruturais e desenho. O TQS permite que seja estabelecida a

concepção estrutural do modelo juntamente com a definição das cargas

utilizadas, a análise estrutural de forma a obter os esforços e flechas,

dimensionamento e detalhamento das estruturas,

ANSYS: é um software desenvolvedor de simulação de engenharia (que pode

ser classificado como um programa de engenharia assistida por computador,

ou CAE, do inglês Computer-Aided Engineering) que oferece uma gama

completa de solução de simulações em engenharia, fornecendo acesso a

praticamente qualquer campo de simulação de engenharia que requer um

projeto anterior. Empresas em uma ampla variedade de atividades utilizam o

software ANSYS.

Page 52: Qualificação Felipe Coelho

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 ESTRUTURA PROVÁVEL DA DISSERTAÇÃO

Seguindo a mesma linha de raciocínio do desenvolvimento das análises

descritas nos itens iniciais, a dissertação de mestrado será dividida em

capítulos, conforme descrição que se segue.

Capítulo 01: terá a introdução do trabalho e dará as explicações de “porque

pesquisar nesta área do conhecimento”. Será composto pelo “estado da arte”

do tema em estudo e conterá os objetivos da dissertação baseados nas

justificativas embasadas no estado da arte.

Capítulo 02: Trata da teoria sobre a estabilidade, expondo os assuntos que

fundamentam e explicam o assunto.

Capítulo 03: Trata das diretrizes normativas brasileira, europeia e americana,

expondo as suas disposições sobre o tema e métodos utilizados para a

determinação dos parâmetros para avaliar a estabilidade global.

Capítulo 04: Apresentará os modelos estruturais que serão utilizados para

avaliação da estabilidade global; suas condições de contorno; os

carregamentos externos; Também fará a descrição de ações a serem tomadas

para melhorar o desempenho das estruturas do ponto de vista da estabilidade

global.

Capítulo 05: Será dedicado à aplicação dos métodos de avaliação dos

parâmetros da estabilidade global em problemas práticos de engenharia

estrutural, resolvendo vários exemplos e mostrando os resultados em forma de

diagramas, tabelas e gráficos.

Capítulo 06: Serão tecidos os comentários finais e as conclusões a respeito de

todos os resultados. Em seguida, apresentar-se-á sugestões para trabalhos

Page 53: Qualificação Felipe Coelho

futuros de pesquisas nessa área a partir das lacunas possivelmente

encontradas no desenvolver dessa pesquisa.

Capítulo 07: No sétimo e último capítulo, serão mencionadas todas as

referências citadas, consultadas, além das bases normativas utilizadas para

embasamento desta pesquisa.

Apêndices ou Anexos: os elementos desnecessários ao corpo da dissertação,

mas que forem julgados como de ajuda ao bom entendimento do disposto na

mesma serão apresentados ao final do trabalho. Os códigos dos algoritmos

numéricos e alguns exemplos desenvolvidos pelos autores também constarão

nos anexos da dissertação.

4.2 SUMÁRIO PRELIMINAR DA DISSERTAÇÃO

O sumário preliminar da dissertação segue o desenvolvimento mínimo para a

apresentação de um trabalho científico baseado em um programa de pesquisa

computacional. O sumário preliminar da dissertação de Mestrado do Projeto de

Pesquisa é o seguinte:

Elementos pré-textuais

Capa/Contra capa

Banca examinadora/Catalogação

Agradecimentos/Dedicatória

Resumo

Abstract

Listas/ sumário

Capítulo 1: introdução

Objetivos/Motivação

Estado da arte

Descrição sumária

Page 54: Qualificação Felipe Coelho

Capítulo 2: Teoria da Estabilidade

Equilíbrio

Teoria de primeira e segunda ordem

Problemas de estabilidade

Problema de segunda ordem

Problema de ponto limite

Flambagem

Efeitos de segunda ordem

Não linearidade física e geométrica

Capítulo 3: Diretrizes normativas – Parâmetros de Estabilidade

Disposições da Norma Brasileira

Disposições da Norma Americana

Disposições da Norma Europeia

Capítulo 4: Modelos Estruturais

Modelos Estruturais

Condições de Contorno

Carregamentos Externos

Ações Estabilizantes

Definições para modelagem – Ansys

Definições para modelagem - TQS

Capítulo 5: Exemplos numéricos

Exemplos de aplicação

Capítulo 6: Conclusões, sugestões e considerações finais

Conclusões

Análise dos resultados

Sugestões para novas pesquisas

Capítulo 7: Referências bibliográficas

Bibliografia (citada ao longo do texto)

Bibliografia consultada

Page 55: Qualificação Felipe Coelho

Bibliografia de normas técnicas nacionais e internacionais

Elementos pós-textuais

Apêndices

Anexos

Anotações

4.3 EXTENSÃO PROVÁVEL DA DISSERTAÇÃO

A extensão provável da dissertação de Mestrado a ser gerada por este Projeto

de Pesquisa seguirá o indicado pelo bom senso de se apresentar uma

publicação restrita parcialmente na apresentação da pesquisa desenvolvida

para proporcionar uma leitura não cansativa, no que tange à extensão em

número de páginas.

A seguir é apresentada a extensão provável dos elementos que compõem a

dissertação de Mestrado de acordo com sua distribuição. O Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Espírito Santo não

possui ainda normas de apresentação de dissertação de Mestrado, apenas

sugere seguir o disposto nas normas técnica da Associação Brasileira de

Normas Técnicas - ABNT: NBR 14724/2011 e NBR 6023/2002.

Elementos pré-textuais - 20 páginas, contendo:

Capa, Contracapa, Banca examinadora, Catalogação, Agradecimentos,

Dedicação, Resumo, Abstract, Listas/ Sumário.

Texto da dissertação -160 páginas, contendo:

Todos os capítulos da dissertação; Referências bibliográficas (bibliografia

referenciada, bibliografia consultada e bibliografia de normas técnicas

nacionais e internacionais).

Elementos pós-textuais - 20 páginas, contendo:

Apêndices, Anexos, Outros agradecimentos.

Número total provável de páginas: 200.

Page 56: Qualificação Felipe Coelho

4.4 FORMA DE DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS

A divulgação dos resultados se fará por meio dos mais variados veículos de

publicação que possam ser acessados pelos pesquisadores envolvidos na

pesquisa - nacionais e internacionais. Inicialmente, são abordados uma

dissertação de Mestrado e artigos técnicos e científicos em periódicos e anais

de congressos nacionais e internacionais que sejam co-relacionados com a

linha de pesquisa.

4.4.1 DISSERTAÇÃO

Os resultados obtidos a partir desta pesquisa farão parte da publicação de uma

dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Engenharia Civil da Universidade Federal do Espírito Santo como parte

integrante da obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil. A previsão da

entrega e aprovação da mesma é para Maio do ano de 2013.

4.4.2 ARTIGOS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS

Das análises e conclusões parciais (resultados intermediários) e totais dos

resultados alcançados no Projeto de Pesquisa pelos profissionais participantes,

serão gerados artigos de caráter técnico e científico a serem publicados nos

meios de divulgação nacionais e internacionais competentes. Durante e após o

desenvolvimento do Projeto de Pesquisa pode-se apresentar artigos para

publicação em simpósios e congressos que venham a ser organizados, a

critério dos pesquisadores, autores das publicações.

4.4.3 RELATÓRIOS PARCIAIS

O Exame de Qualificação exigido pela coordenação do Mestrado, que acontece

em Maio de 2012 se apresenta como parte da verificação da orientação ao

desenvolvimento do programa de mestrado. Nesta etapa faz-se uma

apresentação dos trabalhos desenvolvidos até o momento. Relatórios parciais

Page 57: Qualificação Felipe Coelho

também serão elaborados em seminários de acompanhamento semestrais

realizados por professores e mestrandos envolvidos na área de estruturas.

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5 CRONOGRAMA FÍSICO

Esta pesquisa tem viabilidade financeira por não precisar de recursos externos

para sua realização, ou seja, não depende de materiais ou laboratórios, por

exemplo. Quanto ao cronograma de atividades, o Quadro 1 traz discriminadas

algumas etapas a serem cumpridos durante os 12 meses restantes da pesquisa de

dissertação de mestrado.

Atividades

Período da dissertação

mai

/12

jun

/12

jul/

12

ago

/12

set/

12

ou

t/1

2

no

v/1

2

dez

/12

jan

/13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

Exame de Qualificação

Leitura Apurada do material Levantado

Implementação dos modelos Estruturais

Redação do texto da

dissertação

Leitura para a Banca e

preparação para a defesa

Período de defesa

Quadro 1 - Cronograma de Atividades

Page 59: Qualificação Felipe Coelho

6 CONTRIBUIÇÕES FUTURAS

O projeto apresenta boa viabilidade de transformação do objeto de pesquisa

em uma inovação tecnológica, visto que trata do estudo sobre o

aperfeiçoamento de rotinas existentes, buscando promover o avanço de

tecnologia sobre o tempo de processamento de análises estruturais e a

possível redução de custos de projetos.

Além disto, poderá se tornar mais uma fonte de pesquisa e divulgação de

outros trabalhos que também abordem a análise estrutural dinâmica.

Page 60: Qualificação Felipe Coelho

7 BIBLIOGRAFIA

American Concrete Institute – Commentary on Building Code Requirements

for reiforced Concrete, Detroit, 1983.

Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado, Porto,

1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2004). Projeto de

revisão da NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto. Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1988). NBR 6123 –

Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2001). NBR 9062 –

Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado. Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2004). NBR 8681 –

Ações e segurança nas estruturas. Rio de Janeiro.

OLIVEIRA, D. M. (2002). Parâmetros de instabilidade global das estruturas

de concreto armado segundo a nova NBR 6118. Dissertação (Mestrado) –

Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais.

CARMO, R.M.S. (1995). Efeitos de segunda ordem em edifícios usuais de

concreto armado. São Carlos. Dissertação (Mestrado) – Escola de

Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.

Construções de Concreto; Volume 1, 2, 3, 4 e 5; Leonhardt, F e Monnig, E.

Curso de Concreto Armado; Volume 1,2,3 e 4; Araújo, José Milton; Ed.

Dunas

Vasconcelos, A. C. (1997). Origem dos Parâmetros de Estabilidade α e γz –

Page 61: Qualificação Felipe Coelho

Coletânea de Trabalhos sobre Estabilidade Global e Local das Estruturas

de Edifícios. São Paulo.

Franco, M. (1997) – Problemas de Estabilidade nos Edifícios de Concreto

Armado – Coletânea de Trabalhos sobre Estabilidade Global e Local das

Estruturas de Edifícios. São Paulo.

Vasconcelos, A. C. e Franco, M. (1997) – Avaliação Prática dos Efeitos de 2a

Ordem em Edifícios Altos – Coletânea de Trabalhos sobre Estabilidade

Global e Local das Estruturas de Edifícios. São Paulo.

Franco, M. (1997) – Instabilidade Local e Global dos Edifícios Altos de

Concreto Armado – Coletânea de Trabalhos sobre Estabilidade Global e

Local das Estruturas de Edifícios. São Paulo.

Vasconcelos, A. C. e França, R. C. (1997) - Um método Simplificado e Muito

Preciso para Avaliação dos Momentos de 2a Ordem em Edifícios Altos

Usuais – Coletânea de Trabalhos sobre Estabilidade Global e Local das

Estruturas de Edifícios. São Paulo.

Vasconcelos, A. C. (2006) – Justificativas do Cap. 15 da NB-1/2006 com

base no comportamento social das estruturas. ABECE – Associação

Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural. São Paulo.