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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE MATTOS FASERRA ADELAINE CORREIA MIRANDA RAYANE SCHUENG ZEFIRINO QUAL O IMPACTO DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO NO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO DAS EMPRESAS DO LUCRO PRESUMIDO DO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL SERRA ES 2015

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE MATTOS – FASERRA

ADELAINE CORREIA MIRANDA RAYANE SCHUENG ZEFIRINO

QUAL O IMPACTO DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO NO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO DAS

EMPRESAS DO LUCRO PRESUMIDO DO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

SERRA – ES 2015

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ADELAINE CORREIA MIRANDA RAYANE SCHUENG ZEFIRINO

QUAL O IMPACTO DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO NO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO DAS

EMPRESAS DO LUCRO PRESUMIDO DO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos, do curso de Graduação em Ciências Contábeis, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof.Ms.Igor Siqueira Barcellos

SERRA – ES 2015

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ADELAINE CORREIA MIRANDA RAYANE SCHUENG ZEFIRINO

QUAL O IMPACTO DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO NO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO DAS

EMPRESAS DO LUCRO PRESUMIDO DO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos, do curso de Graduação em Ciências Contábeis, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em _______ de _______________ de _______

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________ Igor Siqueira Barcellos

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos Orientador

___________________________________________ Jakson Costa Laranja

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos Prof.(a) Convidado

___________________________________________ Angelo Roberto Fiorio Custodio

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos Prof.(a) Convidado

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Dedicamos este trabalho as nossas famílias, por todo amor, incentivo e apoio incondicional. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação.

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AGRADECIMENTO

A Deus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades. A esta

universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a

janela que hoje vislumbro um horizonte superior. Ao meu orientador Edmar, pelo

suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. Aos

meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. E a todos que direta ou

indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.

Rayane Schueng

Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade de estar realizando um grande

passo em minha vida, me dando força e saúde. Agradeço aos meus pais pela força

que eles me deram, pela paciência e pelo amor. Aos meus colegas e professores

por ajudar a enfrentar os maiores obstáculos encontrados nesse caminho percorrido

durante os quatros anos, e ao professor orientador Igor, que mesmo com as suas

dificuldades nos auxiliou com seus conhecimentos e dedicação.

Adelaine Correia de Miranda

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RESUMO

A desoneração da folha de pagamento surgiu com o intuito de reduzir a carga

tributária sobre a mesma, aumentando a competitividade das empresas. Essa carga

tributaria seria que ao invés de pagar 20% em cima do valor total da folha, é pago

uma alíquota que varia de acordo com CNAE da empresa, podendo ser de 1% a 2 %

em cima da receita bruta. Porém com a ultima lei aprovada pela Presidente em

Agosto de 2015 tivemos uma reformulação, que gerou um aumento significativo nas

alíquotas. As alíquotas que eram de 1% e 2% passaram respectivamente para 2,5%

e 4,5% sendo que agora a opção pela desoneração será facultativa. Analisamos

também se será vantajoso para uma empresa do ramo de atividade de construção

civil, sendo tributada pelo lucro presumido optar pela desoneração ou não.

Palavras-chave: Contribuição, Desoneração, Folha de Pagamento, tributo.

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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7

2 – REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 9

2.1 - PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ..................................................................... 9

2.2 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA .............................................................. 9

2.2.1 – Plano Brasil maior .................................................................................. 10

2.2.2 – A Desoneração da Folha de Pagamento ............................................... 11

2.2.3 - Atualização da Desoneração da folha de pagamento ............................. 13

3 – DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 15

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 22

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23

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1 – INTRODUÇÃO

O Governo Federal, através do plano Brasil maior, começou a partir do ano de 2011

a implantar medidas importantes, com o intuito de alavancar a economia do país.

Com isso surge a Lei 12.546 em dezembro de 2011, que muda a forma de tributação

da contribuição previdenciária patronal que antes era de 20% sobre a folha, para

1% a 2%, dependendo do ramo de atividade da empresa, porém sobre a receita

bruta da empresa. Entretanto, de acordo com o Governo Federal, em Agosto de

2015 é aprovado pela Presidente a Lei 13.161 onde as alíquotas sofrem um

aumento passando de 1% e 2% para 2,5% e 4,5% respectivamente. Isso se deve a

reforma tributária que ocorre no Brasil por motivos de baixa na economia do país.

Com isso as empresas precisam analisar se a mudança será benéfica ou não para

os seus resultados, precisando fazer uma análise minuciosa da nova

tributação.(GOVERNO FEDERAL,2015).

Dado este contexto, esta pesquisa define como problema central de pesquisa a

seguinte questão:

Qual o impacto da desoneração da folha de pagamento no planejamento

tributário das empresas do lucro presumido do ramo da construção civil?

Este trabalho se justifica, pois a desoneração da folha de pagamento irá impactar as

empresas do ramo da construção civil, principalmente as dos setores que possuem

valores altos de folha de pagamento, aos contadores que farão esses lançamentos,

ao setor financeiro das empresas que sentiram a mudança e aos donos da empresa

que pagaram esses tributos de forma diferente.

O objetivo geral desta pesquisa visa compreender de que forma a desoneração da

folha de pagamento influência o planejamento tributário das empresas da construção

civil. Como forma de atingir tal objetivo ficam estabelecidos os seguintes objetivos

específicos:

1. Analisar os aspectos do planejamento tributário

2. As mudanças da lei da desoneração da folha

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3. Demonstrar como a desoneração da folha tem influenciado no planejamento

tributário de uma empresa da construção civil.

A execução desta pesquisa depende da coleta de dados que seguirá a seguinte

metodologia. Serão coletadas dadas sobre as Leis de contabilidade, Normas

brasileiras de Contabilidade e medidas provisórias emitidas pelo governo. Onde

conseguiremos várias informações sobre as modificações com relação a

desoneração da folha, por conta da crise no Brasil, com o intuito de diminuir as

cargas tributárias para as empresas. Estes dados serão retirados da internet, como

por exemplo no site do portal do Conselho Federal de Contabilidade, onde são

divulgadas várias informações técnicas de grande importância para o contador.

Também consultaremos o site da Câmara dos Deputados, Senado Federal e

Receita federal que publicam diariamente as modificações feitas pela governo com

relação a desoneração da folha de pagamento. Estamos atentos também aos jornais

econômicos que relatam modificações que trazem influencias para a economia do

Brasil. Faremos uma pesquisa em uma empresa do ramo da construção civil para

demonstrar se a nova mudança das alíquotas da desoneração será vantajosa para

essa empresa.

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2 – REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 - PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O planejamento tributário é formado por um conjunto de sistemas legais, que tem o

objetivo de diminuir ou eliminar o pagamento de um tributo. O contribuinte pode

organizar ou reorganizar sua empresa tomando medidas lícitas para a não

ocorrência do fato gerador do imposto ou pelo menos que ele tenha seu valor

reduzido. Os tributos representam grande parte dos custos de uma empresa, por

isso esta análise correta e precisa dos gastos com tributos, é uma questão de

sobrevivência empresarial. Temos a forma legal de redução da carga tributária que é

denominada de elisão fiscal e temos também a ilegal denominada de sonegação

fiscal, caberá ao contribuinte escolher qual das formas optar. Temos duas formas de

elisão fiscal aquela que é estabelecida pela própria lei e as que resultam de lacunas

e brechas existentes na própria lei. A sonegação fiscal consiste na violação direta da

lei fiscal ou regulamento fiscal. (FABRETTI, 2003).

Segundo Camargo (2003, p.32) “O planejamento tributário exige, antes de tudo, bom

senso do planejador. A relação entre custo e benefício deverá ser bem analisada".

Segundo o IBPT (apud Zanluka), 33% do faturamento empresarial é destinado ao

pagamento de tributos. Os custos totais da empresa com a contribuição

previdenciária, que é objeto do nosso estudo, é de 27,8% incidentes sobre a folha de

pagamento. Mais da metade do valor de custos e despesas são constituídas por

tributos.

No planejamento tributário não tem mágicas, e sim alternativas, cujas relações custo

e benefício variam muito em função da quantidade de valores envolvidos, da época,

do local, etc. (CAMARGO, 2003).

2.2 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

A lei 8212 de 24-7-1991 estabelece à contribuição a previdência social com o intuito

de assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

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A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão. (PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2013).

Anualmente a previdência atualiza as alíquotas estabelecidas por esta lei, com o

objetivo de melhorar os benefícios futuros para aposentadorias, auxilio doença,

salários maternidade, entre outros. A contribuição a cargo da empresa destinada é

de 20% da folha de pagamento devidas e creditadas durante o mês. O INSS do

sócio que incidirá sobre o pró-labore do sócio. A contribuição sobre o grau de risco

de acidente de trabalho da empresa, onde as alíquotas variam de 1% a 3%, sendo

também calculada sobre o total da folha. E a contribuição de terceiros que são as

contribuições de 0,6% para o SEBRAE, 1% para o SENAI ou SENAC, 0,2% para o

INCRA, 2,5% para o salário educação, 1,5% para o SESI ou SESC, totalizando 5,8%

sobre a folha. (CAMARGO, 2003).

As contribuições pagas pela empresa, e também aquelas descontadas do

empregado e dos eventuais prestadores de serviços, devem ser repassados à

previdência social até o dia 10 do mês subsequente, por meio do formulário GPS

que é a guia da previdência social. A Contribuição sobre o total do 13º salário deverá

ser calculada separada e recolhida até o dia 20 de dezembro, devendo ser

antecipada caso não tenha expediente bancário nesse dia. (SALLES, 2008).

2.2.1 – Plano Brasil maior

O Plano Brasil Maior foi lançado pelo governo federal em Agosto de 2011, com o

intuito de impulsionar a economia do País, com medidas importantes de

desoneração dos investimentos e das exportações. Segundo o Governo, essas

medidas podem trazer grandes benefícios para empreendedores com o intuito de

expandir a competitividade das Micro e pequenas empresas (MPES) e os micros

empreendedores individuais (MEI). Gerando um maior acesso de crédito para

investimento e capital de giro desses investidores. (GOVERNO FEDERAL,

2011,2014).

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Uma das medidas implantadas nesse plano foi à desoneração da folha de

pagamento com a carga de seguridade social de 20% sobre o faturamento das

empresas e uma variação de alíquotas de acordo com o CNAE principal das

empresas.

O Governo Federal (2011) diz que:

“O plano adotará medidas importantes de desoneração, dos investimentos e das exportações para iniciar o fretamento da apreciação cambial, de avanço do credito e de aperfeiçoamento do marco da inovação, de fortalecimento da defesa e ampliação de incentivos fiscais e facilitação de financiamentos para agregação de valor nacional e competitividade das cadeias produtivas’’.

Com isso o Governo pretende obter desenvolvimentos de estrutura, temas e

estabilidades para as empresas, passando a ter um objetivo maior de

desenvolvimento da economia do país fazendo com que as suas ampliações de

mercado se multiplique com uma melhor qualidade de vida e crescimento no plano

desenvolvimento sustentável.

2.2.2 – A Desoneração da Folha de Pagamento

A desoneração da folha de pagamento é a alteração da legislação tributária

incidente sobre a Folha de Pagamento para empresas do lucro real e do lucro

presumido. Esta medida consiste na substituição da base de incidência da

contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamento, passando a ser

calculada sobre o faturamento da empresa.

De acordo com a LEI Nº12. 546, de 14 de Dezembro de 2011. Art. 1º É instituído o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), com o objetivo de reintegrar valores referentes a custos tributários federais residuais existentes nas suas cadeias de produção. Art. 2º No âmbito do Reintegra, a pessoa jurídica produtora que efetue exportação de bens manufaturados no País poderá apurar valor para fins de ressarcir parcial ou integralmente o resíduo tributário federal existente na sua cadeia de produção. § 1º O valor será calculado mediante a aplicação de percentual estabelecido pelo Poder Executivo sobre a receita decorrente da exportação de bens produzidos pela pessoa jurídica referida no caput. § 2º O Poder Executivo poderá fixar o percentual de que trata o § 1º entre zero e 3% (três por cento), bem como poderá diferenciar o percentual aplicável por setor econômico e tipo de atividade exercida. (GOVERNO FEDERAL, 2011).

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Ela foi criada com o intuito de diminuir a carga tributária, aumentando assim a

competitividade da indústria nacional, incentivando as exportações e estimulando o

mercado de trabalho. Ser um incentivo fiscal para as empresas, para alavancar suas

contratações, gerando um crescimento na economia do país. Em 2011, ela iniciou

com as empresas do ramo da Indústria de couro e calçados, as empresas de

Tecnologia da Informação e Call Center. Em abril de 2012 foi lançada uma lista com

11 setores; em setembro de 2012 foram incluídos mais 25 setores, e em 2013 que

foi abrangido os setores da Construção Civil e Comércio Varejista. Ela substituiu a

contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento adotando uma nova

contribuição sobre a receita bruta da empresa. (AGUIAR, COSTA E PAIXÃO 2015).

Essa substituição vale somente para a contribuição patronal paga pelas empresas,

referentes aos 20%, todas as outras contribuições incidentes sobre a folha deverão

ser mantidas. As alíquotas serão de 1% para as empresas que produzem

determinados produtos industriais (identificados pelo código da Tabela de Incidência

do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI); e 2,0% para as empresas do

setor de serviços, como aquelas do ramo hoteleiro, de call center e design houses, e

que prestam os serviços de tecnologia de informação e tecnologia de informação e

comunicação. Esta lei teve caráter obrigatório inicialmente, teve seu período de

aplicação estipulado de 01.12.2011 a 31.12.2014. Terminado este prazo a base de

calculo da contribuição previdenciária volta a ser calculada normalmente sobre a

folha de pagamento. ( MINISTERIO DA FAZENDA, 2012).

Esta lei não engloba as contribuições ao RAT e aos terceiros que são outras

entidades do sistema "S" (SESI, SENAI, SEBRAE, etc.), essas empresas

continuaram pagando a contribuição sobre a folha de pagamento. A base para esse

cálculo será a receita bruta que compreende a receita decorrente da venda de bens

nas operações da conta da empresa; a receita dos serviços prestados e os

resultados provenientes de conta alheia. O valor do frete também será considerado

para compor a base de calculo. De acordo com esta lei as receitas com exportações,

as vendas canceladas, os descontos concedidos, o IPI e o ICMS, quando for na

condição de substituição tributária, deverão ser excluídas da base de calculo para a

contribuição. (CONCELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE RIO GRANDE DO

SUL, 2014)

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Os setores que não foram beneficiados com a desoneração foram o das empresas

de terceirização de mão de obra, pois não foram incluídas nesse programa; portanto,

continuam a pagar 20% sobre a folha. Com isso, uma empresa de construção civil,

por exemplo, pagará a contribuição previdenciária de 1% sobre o seu faturamento

independentemente do número de trabalhadores contratados ou do quantitativo de

terceirizados que trabalham para ela. Para a empresa com desoneração, terceirizar

mão de obra não mais reduz a contribuição previdenciária patronal (QUEROZ, 2013,

p. 5).

Segundo Kertzman (2012, p. 163) Contrariamente à desoneração, surge o

argumento de que a desoneração da folha de pagamento levaria a um agravamento

do suposto “déficit” da previdência, não sendo capaz de gerar novos postos de

trabalho. Muitos consideram a folha de salários a melhor base de incidência para a

contribuição previdenciária, pois guarda maior estabilidade, quando comparada a

outras, como o faturamento ou o valor adicionado, que flutuam mais, conforme as

variações do nível de produção.

2.2.3 - Atualização da Desoneração da folha de pagamento

O Brasil nos últimos cinco anos vem apresentando resultados bem abaixo do

esperado, o seu PIB (Produto Interno Bruto) não tem evoluído de forma constante.

Como exemplo no ano de 2014 tivemos um crescimento somente de 0,1%. As

políticas econômicas implantadas até o momento para estimular a economia do país

não estão dando resultados positivos. As investigações policiais envolvendo

pessoas do Governo federal vêm desacelerando o ritmo de atividades de negócios

em geral e principalmente no setor da construção civil, pois uma das maiores

empreiteiras do país esta envolvida nas investigações. A taxa nacional de

desemprego evoluiu de 6,2% ao final de 2013 para 6,9% ao final de 2014, para 8,1%

no segundo trimestre de 2015. Só na construção civil houve redução de 500 mil

pessoas ocupadas em maio de 2015, com relação ao ano anterior. (GHIRARD,

2015).

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Em julho de 2015 o governo criou uma comissão para analisar proposta a reforma

tributária, para tentar aquecer a economia. Criando novas leis e alterando algumas.

Com isso a partir do dia 01 de dezembro de 2015 começa a vigorar a lei 13.161 de

2015 criada em 31 de agosto de 2015, determinando que o recolhimento passa ser

opcional e não mais obrigatório. A opção por aderir ou não a tributação deverá ser

manifestada no ano de 2015, mediante ao pagamento da contribuição incidente

sobre a receita bruta relativa a competência dezembro de 2015. (GOVERNO

FEDERAL, 2015).

Essa sansão presidencial passa a rever os benefícios da folha de pagamento que

foram concedidos aos 56 setores desonerados, reformulando as alíquota que antes

eram de 1% e 2% para 2.5% e 4,5% começando a valer a partir de 01 de dezembro

de 2015. (GOVERNO FEDERAL, 2015)

O Governo Federal isentou algumas empresas de massas, pães, suínos, aves e

pesca do aumento da tributação. Porem teve alguns setores como transportes e Call

center passou de 2% para 3%. Já as empresas de transporte marítimo, transporte

aéreo, Jornalismo e televisão entre outras, passaram de 1% para 1,5%, obtendo

assim um aumento de alíquota menor, de 50% comparado aos outros setores.

Portanto, se não for vantajoso, o contribuinte pode simplesmente deixar de optar

pela desoneração da folha de pagamento.

A lei da desoneração sofreu várias mudanças resultantes da crise enfrentada no

Brasil, gerando um aumento significativo dos gastos para as empresas. Restando

para os empresários e as contabilidades correrem para visualizar o impacto que

esse aumento trará e fazer uma análise tributaria para saber qual será a melhor.

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3 – DESENVOLVIMENTO

A empresa objeto de nossa pesquisa fica situada na cidade de Vitória - ES. Tem sua

opção de tributação pelo lucro presumido desde 2010. Seu CNAE é o 4330-4 que se

refere à atividade de obra de acabamento em gesso estuque. Tem sua natureza

jurídica por sociedade empresaria limitada composta por quatro sócios acionistas e

um sócio administrador. Sua atual quantidade de funcionários é de 38. (Dados da

Pesquisa).

Até agosto de 2013 a empresa vinha calculando sua contribuição previdenciária

sobre a folha de pagamento, porém com o surgimento do incentivo do Governo, da

desoneração da folha, a empresa substituirá sua base de calculo pelo total do seu

faturamento.

O ramo de atividade desta empresa é incluído pela MP 601/2013 que vigorou de 01

de abril de 2013 a 31 de Maio de 2013, sendo encerrada em 06 junho de 2013.

Posterior a este evento em 19 de julho de 2013 foi restabelecida pela lei 12.844 no

Art. 7º.

"Art.7º .

IV - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0;

VII - as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0.

§ 7º As empresas relacionadas no inciso IV do caput poderão antecipar para 04 de junho de 2013 sua inclusão na tributação substitutiva prevista neste artigo. (GOVERNO FEDERAL, 2013)

Sua alíquota é estabelecida na lei 12.546, de dezembro de 2011, sendo de 2%

sobre a receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais

concedidos. Essa Alíquota substituiu a de 20% sobre a folha para a de 2% sobre a

receita bruta da empresa.

Porém como já foi mencionado em nosso trabalho em Agosto de 2015, o Governo

Federal altera essa lei, através da Lei 13.616, aumentando a alíquota de 2% para

4,5%, devidos a dificuldade econômica do país. Passando a empresa ser permitido

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analisar se será vantajosa a opção por essa nova tributação, ou voltar a tributar

sobre a folha de pagamento novamente.

Coletamos alguns dados da empresa para analisarmos se foi vantagem a

desoneração da folha para esta empresa do ramo da construção civil e analisar se

será vantagem optar pela nova alíquota da desoneração. Fizemos uma projeção

com os dados dos últimos 12 meses para visualizarmos se a empresa terá benefício

com a nova alíquota.

Dados da pesquisa 1

Período Base Folha -

Empregados

Base Folha

- Sócios

INSS

Empresa

INSS

SóciosTotal INSS

outubro-14 113.454,89 2.000,00 22.690,98 400,00 23.090,98

novembro-14 106.851,66 2.000,00 21.370,33 400,00 21.770,33

dezembro-14 95.416,20 2.000,00 19.083,24 400,00 19.483,24

janeiro-15 92.818,49 2.000,00 18.563,70 400,00 18.963,70

fevereiro-15 71.380,07 2.000,00 14.276,01 400,00 14.676,01

março-15 54.932,65 2.000,00 10.986,53 400,00 11.386,53

abril-15 42.566,40 2.000,00 8.513,28 400,00 8.913,28

maio-15 48.462,51 2.000,00 9.692,50 400,00 10.092,50

junho-15 39.561,34 2.000,00 7.912,27 400,00 8.312,27

julho-15 40.817,92 2.000,00 8.163,58 400,00 8.563,58

agosto-15 39.052,67 2.000,00 7.810,53 400,00 8.210,53

setembro-15 40.870,62 2.000,00 8.174,12 400,00 8.574,12

Acumulado 786.185,42 24.000,00 157.237,08 4.800,00 162.037,08

Folha de Pagamento - Não desonerada

Comparativo entre duas formas de incidencia da contribuição previdenciária

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Dados da pesquisa 2

Todos esses dados são reais e coletados na contabilidade da empresa. Na primeira

tabela temos a contribuição previdenciária sendo calculada sobre o total da folha de

pagamento, que era como a empresa calculava antes da desoneração. Com isso

temos primeiro o período analisado, em seguida o valor total da folha, o valor do pró-

labore dos sócios, o valor calculado de INSS da empresa que é sobre o total da

folha, o valor calculado do INSS dos sócios, que é sobre o total de pró-labore e o

valor total do INSS que será pago pela empresa.

Faturamento

Desoneração

até 30 de

novembro

2015

Desoneração

apartir 1°

dezembro

2015

Variação %

Desoneração

até 30 de

novembro

2015 x INSS

Empresa

Variação %

Desoneração

apartir 1°

dezembro

2015 x INSS

Empresa

567.512,74 11.350,25 25.538,07 103,44% -9,58%613.392,74 12.267,85 27.602,67 77,46% -21,13%

581.537,44 11.630,75 26.169,18 67,51% -25,55%

433.154,09 8.663,08 19.491,93 118,90% -2,71%

458.498,31 9.169,97 20.632,42 60,04% -28,87%

473.444,44 9.468,89 21.305,00 20,25% -46,55%

201.417,68 4.028,35 9.063,80 121,26% -1,66%

480.408,39 9.608,17 21.618,38 5,04% -53,32%

112.878,43 2.257,57 5.079,53 268,20% 63,64%

453.424,80 9.068,50 20.404,12 -5,57% -58,03%

237.582,89 4.751,66 10.691,23 72,79% -23,20%

315.749,17 6.314,98 14.208,71 35,77% -39,66%

4.929.001,12 98.580,02 221.805,05 64,37% -26,95%

Folha de Pagamento - Desonerada

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Na Segunda tabela temos o total de faturamento referente ao mesmo período

analisado na primeira tabela, em seguida o resultado da desoneração até novembro

de 2015 que foi com a alíquota de 2% sobre o faturamento. Agora fizemos uma

projeção com os mesmos dados, para comparar esse mesmo período com a

alíquota de 4,5% estabelecida pela nova lei da desoneração de Agosto de 2015,

para saber se será vantagem ou não para empresa continuar optando pela

desoneração. Com isso primeiro temos os resultados em percentuais da variação da

desoneração até novembro de 2015 com relação à tributação normal sobre a folha,

onde temos os resultados se a desoneração foi vantajosa ou não até agora. E por

último temos a variação com relação a nova alíquota da desoneração que foi

estabelecida a partir de dezembro de 2015, com relação a tributação normal sobre a

folha. Agora analisaremos através dos gráficos esses resultados.

Dados da pesquisa 3

No gráfico a cima, temos o valor do INSS tributado normal de 20% sobre a folha

comparada com o valor calculada com a desoneração da folha, que foi de 2% sobre

o total do faturamento. Podemos observar que os valores da INSS sobre a folha são

maiores que os da desoneração em 10 meses e em apenas dois meses do ano

foram quase iguais.

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Dados da pesquisa 4

Nesse gráfico podemos comprovar a variação em percentuais dos resultados em

economia que a empresa teve optando pela desoneração da folha no período

analisado. No acumulado durante o ano a empresa obteve um valor de 64,37% de

economia com relação a tributação, isso significa que ele pagou de tributo mais da

metade a menos do que iria pagar se tivesse tributado incidido sobre a folha de

pagamento.

Esse foi o objetivo do governo federal para a desoneração, reduzir a carga tributária

das empresa, com o intuito gerar mais empregos e assim melhorar a economia do

país.

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Dados da pesquisa 5

Nesse gráfico analisamos o mesmo período de Outubro de 2014 a Setembro de

2015, porém comparando o calculo do INSS sobre a folha com relação a uma

projeção do calculo com a nova alíquota de atualização da Lei da Desoneração,

passando a ser de 4,5% a partir de Dezembro de 2015. Podemos observar que

diferente do primeiro gráfico os valores do INSS sobre a folha são menores que o da

desoneração em nove meses, em dois meses são praticamente iguais e em um mês

o INSS sobre a folha é maior que o da desoneração.

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Dados da pesquisa 6

Nesse último gráfico temos a variação em percentual da projeção da nova alíquota

da desoneração, comparada com a tributação sobre a folha de pagamento.

Podemos observar que em onze meses do ano, resultados dessa variação são

negativos e em apenas um sua variação é positiva. Isso significa que em onze

meses, de acordo com esses dados utilizados para a projeção, o valor pago pela

empresa se a mesma optar pela desoneração da folha, será maior que a tributação

sobre a folha de pagamento. Em um acumulado de todos os resultados, significa

que a empresa pagará 26,95% a mais de tributo se optar pela nova lei da

Desoneração.

Diante desses danos a empresa poderá optar entre pagar a contribuição

previdenciária sobre a folha ou optar pela desoneração e tributar sobre o seu

faturamento.

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4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho foram realizadas pesquisas com o intuído de mostrarmos um pouco

sobre o impacto da desoneração da folha de pagamento para as empresas. Temos

objetivo de mostrar para as empresas e para as pessoas que trabalham na área ou

ate mesmo as que pretendem ingressar nesse ramo, que elas devem fazer seu

planejamento tributário, mostrar conhecimento sobre as atualizações dos tributos,

fazendo com que a empresa compreenda de que forma um determinado tributo irá

impactar nos resultados da empresa.

Nossa pesquisa teve o objetivo de mostrar qual seria o impacto da desoneração da

folha de pagamento no planejamento tributário das empresas do lucro presumido do

ramo da construção civil. De acordo com o apresentado podemos salientar que a lei

da desoneração passou por várias alterações desde sua primeira lei implementada e

que o estudo feito para um planejamento tributário é imprescindível para os bons

resultados da empresa a curto e a longo prazo.

Nosso objeto de estudo baseou-se em uma empresa do ramo da construção civil

que tem sua forma de tributação pelo lucro presumido. De acordo com os dados

pesquisados, a empresa optou pela desoneração quando enquadrada na lei em

Julho de 2013. Comparando os dados do período compreendido de outubro de 2014

a Setembro de 2015, dos impostos sobre a folha e dos impostos sobre o

faturamento podemos concluir que até novembro de 2015 está empresa obteve

resultados positivos com o beneficio estabelecido pela lei da desoneração.

Já somente com base nos mesmos dados, projetamos os valores do tributo sobre o

faturamento com base na nova alíquota da atualização da lei da desoneração e se a

empresa mantiver esse mesmos resultados a opção pela desoneração da folha não

será mais viável, pois trará resultados negativos se comparado com a tributação

sobre a folha de pagamento.

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REFERÊNCIAS

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