qual é a taxa de natalidade das favelas brasileiras ?

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Qual é a taxa de natalidade das favelas brasileiras? Lendo as taxas de natalidade por região no Brasil, observo que o Nordeste tem a mais alta. Não basta a média ser baixa, se há extremos. Sabemos que as regiões mais pobres do país e mesmo dentro das regiões mais ricas, nas centenas de favelas, a taxa de natalidade é maior do que a que encontramos na classe média, mais instruída para controlar seus desejos sexuais. O que queremos com uma taxa de natalidade de 29 nascimentos a cada 1000 pessoas em Roraima ou 24 em Alagoas? Queremos ocupar vazios no território, o que faria sentido para manter nossa soberania? Ou manter a fábrica que produz seres humanos para, depois, exportá-los para os centros mais ricos do Brasil, leia-se região sudeste ou, menos pobres, leia-se região sul? Não é possível ao Estado (braço da sociedade) proporcionar educação, segurança, moradia, saúde, saneamento, quando há milhões para serem atendidos! Ou será que o excesso de gente – reduzido, drasticamente é verdade, nessas últimas décadas, momentaneamente talvez ? - não é a causa central da violência, de cidades superlotadas? É fácil para um burocrata dentro de uma sala refrigerada concluir: paramos de crescer ou crer no “laissez faire” também aplicado à fecundidade, até mesmo se for um socialista. Sentimos (sem precisar numericamente) que as mulheres (correção: as adolescentes) estão tendo filhos mais cedo. Que redução é essa? E se uma favela for superpovoada, qualquer índice, mínimo que seja, vai contribuir para aumentar as demandas diante de insuficiente oferta.

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Page 1: Qual é a Taxa de Natalidade Das Favelas Brasileiras ?

Qual é a taxa de natalidade das favelas brasileiras?

Lendo as taxas de natalidade por região no Brasil, observo que o Nordeste tem a mais alta. Não basta a média ser baixa, se há extremos. Sabemos que as regiões mais pobres do país e mesmo dentro das regiões mais ricas, nas centenas de favelas, a taxa de natalidade é maior do que a que encontramos na classe média, mais instruída para controlar seus desejos sexuais.

O que queremos com uma taxa de natalidade de 29 nascimentos a cada 1000 pessoas em Roraima ou 24 em Alagoas? Queremos ocupar vazios no território, o que faria sentido para manter nossa soberania? Ou manter a fábrica que produz seres humanos para, depois, exportá-los para os centros mais ricos do Brasil, leia-se região sudeste ou, menos pobres, leia-se região sul? Não é possível ao Estado (braço da sociedade) proporcionar educação, segurança, moradia, saúde, saneamento, quando há milhões para serem atendidos!

Ou será que o excesso de gente – reduzido, drasticamente é verdade, nessas últimas décadas, momentaneamente talvez ? - não é a causa central da violência, de cidades superlotadas?

É fácil para um burocrata dentro de uma sala refrigerada concluir: paramos de crescer ou crer no “laissez faire” também aplicado à fecundidade, até mesmo se for um socialista. Sentimos (sem precisar numericamente) que as mulheres (correção: as adolescentes) estão tendo filhos mais cedo. Que redução é essa? E se uma favela for superpovoada, qualquer índice, mínimo que seja, vai contribuir para aumentar as demandas diante de insuficiente oferta.