quadrilha pisa no espinho 2008 - sinopse

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Quadrilha PISA NO ESPINHO SÃO JOÃO 2008 “Sertão: Povo, Tipo Exportação”.

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QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

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Page 1: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

Quadrilha

PISA

NO

ESPINHO

SÃO JOÃO 2008

“Sertão: Povo, Tipo Exportação”.

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Quadrilha PISA NO ESPINHO

São João 2008

Tema: “Sertão – Povo, Tipo Exportação!”.

Justificativa do Tema:

A Pisa no Espinho, sendo uma Quadrilha engajada pelas causas sociais do

nordeste brasileiro traz mais uma vez para o São João, o sertão pernambucano

como inspiração. Desta agora, sob uma nova perspectiva, levantando a bandeira da

conscientização, “desmistificando” a imagem construída ao longo do tempo de que

o sertão é apenas um lugar inóspito e improdutivo.

Não podemos dizer que não exista mais a seca, o desemprego e a fome, pois

sabemos que é preciso mais investimentos de nossos governantes, para que os

filhos de nosso chão tenham mais oportunidades, além de tudo é preciso água,

para que os sertanejos possam ter melhores expectativas de vida. Mas devemos

saber também que o sertão não é só miséria.

O sertão pernambucano é hoje símbolo de luta e coragem, tanto pela força de seu

povo, quanto pela força de suas exportações econômicas e culturais, que vem se

destacando no Brasil e no mundo, seja nas exportações de sua cultura, marcada

pela musicalidade do GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO – Arcoverde,

pelo XAXADO, dança tipicamente nordestina, que tem como origem às batalhas

do bando de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva - Serra Talhada, e também pela

riqueza musical de LUIZ GONZAGA, o “Rei do Baião” - Exu; seja nas exportações

de seus produtos, marcadas pela maior produção de gesso do país - Pólo Gesseiro

de Araripe, maior produção de frutas irrigadas – Vale do São Francisco, e 2ª

maior produção de vinhos do Brasil- Pólo Vinícola de Petrolina.

E assim, com toda a magia que envolve as festas juninas, a Quadrilha Junina Pisa

no Espinho vai desbravar o sertão pernambucano, para mostrar a importância de

suas exportações, tão significativas para o desenvolvimento socioeconômico da

região.

Não obstante, o escritor Euclides da Cunha já versava sobre o povo sertanejo e sua

capacidade de sobrevivência em sua obra máxima, Os Sertões, publicada em 1902:

“O sertanejo é, antes de tudo, um forte”.

E é com toda essa garra do povo sertanejo, que a Quadrilha Junina Pisa no Espinho

vem engalanada, em busca de mais um ideal, para mostrar as riquezas do nosso

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sertão pernambucano, resgatando a força de nossa cultura, sobretudo, a força do

São João de Pernambuco, que hoje é referência não só no Brasil, mas também no

mundo. E por isso, não poderíamos deixar de divulgar e disseminar as exportações

econômicas e culturais do sertão pernambucano. Até porque as festas juninas têm

também a missão de difundir e valorizar nossos aspectos econômicos e culturais,

tão ricos e diversificados.

Para nós o São João é um sonho, e a Pisa no Espinho, convicta de que está fazendo

sua parte em prol da cidadania brasileira, acredita que podemos tornar esse sonho

realidade. E hoje, a Pisa no Espinho é a mais viva realidade, desse sonho que enfim

se tornou real, por estarmos de volta ao São João de Pernambuco, enriquecendo

cada vez mais uma das manifestações artísticas mais populares do nordeste, a

Quadrilha. Afinal, nosso São João também é EXPORTAÇÃO. Essa é nossa Missão.

E assim, vamos todos brindar!

Thiago Vergete

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Quadrilha PISA NO ESPINHO

São João 2008

Tema: “Sertão – Povo, Tipo Exportação!”.

Estória do casamento Nas proximidades da cidade de Arcoverde, mais precisamente no pequeno

município do Manari, no sertão pernambucano, vivia Luiz, um jovem de 21 anos,

fascinado pela música sertaneja.Filho de Januário e Santana, Luiz tinha três irmãos,

e um grande amor de infância, Rosinha, que por ele também se apaixonou. No

ápice desse lindo romance, em meados de junho de 2001, Luiz e Rosinha têm uma

grande decepção, não sendo esta por falta de amor entre ambos, mas sim, por uma

brusca separação jamais prevista pelo casal, pois os pais de Luiz decidem

abandonar o sertão para migrar à capital, na esperança de uma vida mais digna, já

que nesse período o sertão pernambucano passava por uma profunda crise: fome,

desemprego e a “inseparável” seca.

Rosinha era filha única, sendo o primeiro e único amor de seus pais, José

Raimundo e Odaléia Guedes, e por este motivo não poderia migrar com Luiz para

a capital, já que seus pais não queriam ver sua filha distante de seus cuidados, o

que a deixou super triste, e angustiada, por acreditar que jamais realizaria o sonho

de se casar com Luiz e ser feliz ao seu lado.

É chegado o momento de despedida, momento este marcado por muita dor e

angustia, pois acreditava Rosinha que Luiz, seu grande amor, jamais voltaria á sua

terra, e assim o perderia para sempre. Embora inconformado, por ter que se

despedir de sua amada, Luiz acreditava que sua vida poderia mudar a qualquer

momento, e com muita dor no coração se despede de Rosinha, com a promessa de

voltar á sua terra e juntos serem felizes para sempre, por não haver outra saída, já

que os pais de Rosinha não queriam abrir mão de sua única e amada filha. E assim,

aos 24 dias do mês de setembro de 2001, Luiz parte com sua família, pais e irmãos,

rumo a capital, e na bagagem a esperança de uma vida melhor.

Na capital, Luiz logo conseguiu emprego, por ser um rapaz esperto e trabalhador,

graças ao conhecimento adquirido desde sua infância no roçado. Além disso, Luiz

tomou gosto pelos estudos, e se dedicou bastante a essa atividade, pois nunca teve

a oportunidade de estudar quando morava no sertão. Luiz teve também o prazer

de pesquisar as riquezas de sua terra, já que antes, no sertão, não dispunha de

tanta informação como agora, na capital. Mesmo com todos esses compromissos,

Luiz não deixava de pensar em Rosinha, seu grande amor.

Page 5: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

Enquanto isso, no sertão, Rosinha não parava de pensar em Luiz, e fazia preces e

mais preces em louvor a Santo Antônio, para que pudesse reencontrar seu grande

amor. Sua mãe, Odaléia, e seu pai, Raimundo, não sabiam ao certo o que fazer para

trazer a alegria de volta a sua filha, pois Rosinha não fazia outra coisa, a não ser

pensar em Luiz.

E o tempo foi passando...

Luiz não agüentava mais tanta violência na capital, a agitação da cidade, a rotina

do trabalho, a saudade de sua terra, e, sobretudo a saudade de Rosinha. Para ele o

sertão seria o melhor remédio. É então que Luiz decide deixar a capital e voltar ao

pequeno município do Manari, levando consigo a certeza de que a felicidade

depende de cada ser humano, pois tudo que aprendeu na capital serviu de lição

para que ele valorizasse as coisas de sua terra, seu povo, suas riquezas, sua cultura,

sua economia. E não bastava apenas voltar a sua terra, Luiz tinha dois objetivos,

disseminar todo esse conhecimento adquirido na capital, para mostrar ao povo

sertanejo suas riquezas e finalmente casar-se com Rosinha.

Passados quase seis anos, Rosinha não tinha mais esperanças de reencontrar seu

grande amor, pois tudo para ela era tristeza, sua vida não tinha mais sentido. Mas

Rosinha não sabia o que estava por vir.

Em meados de janeiro de 2008 Luiz regressa ao sertão pernambucano, na

esperança de reencontrar Rosinha. Sua família não gostou muito da idéia, e ficou

na capital, ao contrário de Luiz que decidiu voltar a sua terra.

A primeira coisa que Luiz fez ao chegar em sua cidade foi procurar Rosinha. E

assim o fez. Luiz correu feito um louco em busca de sua amada, a fim de

reencontrá-la e matar as saudades, pois seis anos longe de Rosinha era muito

tempo para quem se amava de verdade.

E assim, aconteceu...

Luiz reencontrou sua amada, com muito amor no coração. Rosinha, que jamais

acreditara nesse momento, não se conteve com tamanha surpresa e chorou de tanta

emoção. Embora estivesse feliz por rever seu grande amor, Rosinha não acreditava

que poderia ter Luiz novamente aos seus braços, pois durante todo esse tempo na

capital Luiz já deveria ter se casado com outra mulher. O que para sua felicidade

não aconteceu.

Page 6: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

Luiz não satisfeito apenas com a presença de Rosinha a pede em casamento, lhe

deixando muito surpresa, pois Rosinha passara seis anos de sua vida pensando em

Luiz, na esperança de tê-lo novamente ao seu lado. Que para ela foi graças a suas

preces a Santo Antônio, santo casamenteiro. Que enfim foram atendidas.

No entanto, apesar de tanta felicidade e de tanto amor, Rosinha sonhava ainda em

migrar à capital, na esperança de uma vida melhor, assim como sonham muitos

dos sertanejos nordestinos. Na única oportunidade que teve de ir morar na capital,

Rosinha tinha apenas 17 anos, e por ser filha única, seus pais não permitiram sua

ida. Embora fosse seu grande sonho desde pequena, Rosinha teve de se conformar

com a decisão de seus pais, o que a deixou muito triste e angustiada, pois para ela

tinha perdido o grande amor de sua vida.

Para Rosinha, seu grande sonho seria enfim realizado, pois como Luiz estava há

tanto tempo na capital, certamente ele não voltaria a morar no sertão. O que para

mais sua surpresa não aconteceu. Luiz já estava decidido a voltar para o sertão e ali

viver junto ao lado de sua amada, além de disseminar todo o conhecimento que

obteve na capital, sobre as riquezas de sua terra, tão esquecida pelo povo

brasileiro.

Luiz esclarece a Rosinha que seu grande desejo é de ficar no sertão, o que gerou

uma grande loucura em sua cabeça. E então ela se pergunta, como é que Luiz, ao

morar seis anos na capital decide assim regressar ao sertão, por qual motivo? Isso

para ela ainda não estava claro, ainda mais que Luiz certamente deveria ter boas

condições de vida na capital. E tinha. Mas muitos sertanejos que migram rumo ao

sul do país, na esperança de uma vida melhor, têm a idéia de que tudo é só

felicidade, bonança, fartura, e sabemos que em muitos casos não é, pois muitas das

expectativas criadas pelos nordestinos não passam de meros desejos

incompensáveis.

Luiz explica então a sua amada que o sertão pernambucano possui muitas

riquezas, e que passou a conhecê-las a partir de estudos realizados na capital, em

que se têm muitas fontes de pesquisas, já que no sertão não têm. Como sabemos,

muitos dos sertanejos ainda hoje tem pouco acesso a essas informações, por falta

de políticas publicas de incentivo a educação e de inserção social, e Rosinha, é um

exemplo claro dessa falta de informação, pois não tinha sequer conhecimento de

todas essas riquezas que Luiz havia conhecido na capital, o que lhe despertou uma

enorme curiosidade. Luiz percebendo a tamanha curiosidade de Rosinha a convida

para conhecer as riquezas econômicas e culturais do sertão pernambucano,

Page 7: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

riquezas estas exportadas não só para o Brasil, mas também para o mundo. E assim

ela aceita.

A essa altura, os pais de Rosinha já estavam super preocupados, pois sua filha não

tinha ânimo para nada, a não ser pensar em Luiz. É quando Rosinha super feliz da

vida, chama seus pais para ver o motivo de sua felicidade, Luiz. Assim como

Rosinha, seus pais tiveram também uma grande emoção, pois sabiam que a

presença de Luiz tornaria os dias de Rosinha cada vez mais felizes, ao contrario

dos seis anos de decepção que transtornaram suas vida, por não ter ao seu lado a

pessoa que ela mais amava.

E assim, Luiz também convida os pais de Rosinha, Seu Raimundo e Dona Odaléia

para conhecerem juntos as principais riquezas do sertão pernambucano que são

exportadas para o mundo. E claro os mesmos aceitam. Ou iriam perder esse

convite irresistível?

Luiz, sabendo que a qualquer momento poderia convencer Rosinha a se casar com

ele, e a morar no sertão, aproveitou o ensejo e levou da capital um lindo vestido

para que ela pudesse se casar com ele, já que Rosinha e seus pais viviam em

condições precárias no sertão e certamente não teriam como comprar um vestido

simples para Rosinha se casar.

É do pequeno município do Manari, no sertão de Pernambuco, que Luiz, Rosinha,

Seu Raimundo e Dona Odaléia partem juntos a uma viagem fascinante, para

desbravar o sertão pernambucano, na certeza de conhecer as principais riquezas

econômicas e culturais de sua terra.

A cada paisagem, uma descoberta fascinante, um orgulho, uma paixão. Luiz fica

cada vez mais encantado com as riquezas de seu povo e de sua terra. Rosinha

impressionada, e seus pais, bom, nem se fala.

É assim que Luiz percorre o sertão pernambucano, encantado, mostrando primeiro

as riquezas culturais do sertão pernambucano, seja na música, seja na dança.

Seguindo viagem, Luiz apresenta a musicalidade do Grupo Cordel do Fogo

Encantado, da cidade de Arcoverde. Logo após, uma dança popular originária do

Cangaço nordestino, comandado pelo bando de Lampião, o Xaxado, representante

da cidade de Serra Talhada. Por fim, Luiz não poderia deixar de mostrar a sua

amada, a riqueza musical de Luiz Gonzaga, que primeiro exportou a musica

sertaneja para o mundo, que tem seu berço na cidade de Exu.

Page 8: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

Dando prosseguimento, Luiz segue o roteiro de sua viagem, numa ordem precisa,

mostrando a Rosinha e a seus pais, as riquezas culturais do sertão pernambucano e

logo após as suas riquezas econômicas, sendo representada pelo Pólo Gesseiro de

Araripe, localizado na cidade de Araripina, e pelo Vinícola de Petrolina e pela

irrigação de frutas do Vale do São Franscisco.

Rosinha, como não poderia ser diferente, fica encantada com todas essas riquezas,

e finalmente decide se casar com Luiz, em meio à produção de vinhos, para

comemorar a festa de seu casamento. Não obstante, está faltando o padre para

realizar o casório, é quando o pai de Rosinha, seu Raimundo, corre doido pela

cidade de Petrolina na busca de um padre para que possa selar o matrimonio de

Rosinha e Luiz, um lindo casal apaixonado. E assim o é.

Rosinha e Luiz enfim se casam. E como não poderia ser diferente, o brinde do

casamento é com muito vinho. E o Padre, não satisfeito, festeja o casamento com o

vinho produzido pelas uvas irrigadas do Vale do São Francisco, que são

exportadas tanto para o Brasil quanto para o mundo. Como toda e qualquer festa

de casamento não poderia faltar um convidado ilustre, esta festa também não

poderia deixar de ter. Só que esse convidado não tinha, desta vez, a intenção de

acabar com a festa, mas sim complementá-la, pois era preciso brindar também a

volta brilhante de umas maiores alegrias de sua vida, a Quadrilha PISA no

ESPINHO, que há 06 seis não enriquecia as festas juninas do Nordeste. E não

coincidentemente, a Quadrilha PISA no ESPINHO passou seis anos distantes das

festas juninas do nordeste, assim como Rosinha e Luiz que também passaram seis

anos distantes uns do outro, mas o amor que existe entre esses corações

apaixonados é o mesmo amor que a Quadrilha PISA no ESPINHO sente pelo São

João. E por isso devemos BRINDAR com muita festa e alegria essa linda historia de

amor que comove a todos com sua emoção.

Fim da estória.

Thiago Vergete

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Quadrilha PISA NO ESPINHO

São João 2008

“Sertão -Povo, Tipo Exportação!”.

Histórico do Tema

Manchetes de alguns jornais brasileiros:

“Aproximadamente 15% da população sertaneja vive abaixo da linha de pobreza”

Jornal do Comércio, 24 de Junho de 1995.

"Seca atinge mais de 100 famílias no sertão de Pernambuco”

Folha de São Paulo, 24 de janeiro de 1998.

"Desemprego aumenta cerca de 10% na região central do sertão pernambucano”.

Diário de Pernambuco, 24 de Agosto de 2001.

Essas e outras manchetes relatavam a situação do sertão pernambucano, em que a

seca, a fome e o desemprego eram fatores decisivos para a imigração do povo

nordestino rumo ao sul do país, pela falta de oportunidades e de uma melhor

qualidade de vida.

Hoje, o sertão pernambucano, engajado pela luta e garra de seu povo, na busca de

uma vida mais digna, vem crescendo a cada dia que se passa, mostrando suas

riquezas e suas potencialidades, sendo referência não só no Brasil, mas no mundo,

tanto pela exportação de suas riquezas culturais, quanto pela exportação de suas

riquezas econômicas.

E é nesse contexto que a Quadrilha PISA NO ESPINHO, numa obra de caráter

socioeconômico vai disputar o São João de 2008 disseminando a riqueza do sertão

pernambucano, seja na força de suas exportações culturais: marcadas pela

musicalidade do GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO – Arcoverde, pelo

XAXADO, dança tipicamente nordestina, que tem como origem às batalhas do

bando de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva - Serra Talhada, e também pela

riqueza musical de LUIZ GONZAGA, o “Rei do Baião” - Exu; seja na força de suas

exportações econômicas: marcadas não só pela maior produção de gesso do país –

PÓLO GESSEIRO DE ARARIPE, mas também pela maior produção de frutas

irrigadas – VALE DO SÃO FRANCISCO, além da 2ª maior produção de vinhos do

Brasil- PÓLO VINICOLA DE PETROLINA.

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E assim, através dessas riquezas, econômicas e culturais, a Quadrilha PISA NO

ESPINHO, vai desbravar o sertão pernambucano, para mostrar os maiores

expoentes da região, no que se refere à exportação de sua cultura e de sua

economia, que vem se destacando cada vez mais nos âmbitos nacional e

internacional.

GRUPO CORDEL DO FOGO ENCANTADO

Em 1997 um grupo teatral voltou a atenção para a cidade de Arcoverde,

considerada porta de entrada do sertão pernambucano. Nascia então o espetáculo

Cordel do Fogo Encantado. Na formação, Lira Paes, Clayton Barros e Emerson

Calado. Por dois anos, o espetáculo, sucesso de público, percorreu o interior do

estado.

Em Recife, o grupo ganhou mais duas adesões que iria modificar sua trajetória: os

percussionistas, Nego Henrique e Rafa Almeida. No carnaval de 1999 o grupo

Cordel do Fogo Encantado se apresenta no Festival Rec-Beat e o que era apenas

uma peça teatral, ganha contornos de um espetáculo musical. Ao lirismo das

composições somou-se a força rítmica e melódica dos tambores de culto-africano e

a música passou a ficar em primeiro plano.

A estréia no carnaval pernambucano mais uma vez chamou a atenção de público e

crítica e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando

visibilidade em outros estados e o status de revelação da música brasileira.

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Na formação, o carisma e a poesia de Lira Paes, a força do violão regional de

Clayton Barros, a referência rock de Emerson Calado e o peso da levada dos

tambores de Rafa Almeida e Nego Henrique. Cordel do Fogo Encantado passa a

percorrer o país, conquistando a todos com suas apresentações únicas e

antológicas. O som do grupo, essencialmente percussivo, reúne ritmos da região de

Arcoverde, como o Toré indígena, samba de coco de raiz, reisado e candomblé,

integrados á tradição da poesia oral sertaneja e da literatura de cordel.

As apresentações da banda surpreenderam a todos não somente pela força da

mistura sonora ousada de instrumentos percussivos com a harmonia do violão

raiz. À magia do grupo que narra a trajetória do fogo encantado, soma-se a

presença cênica de seus integrante e os requintes de um projeto de iluminação e

cenário.

Em 2001, com produção do mestre da percussão Naná Vasconcellos, Cordel do

Fogo Encantado se fecha em estúdio para gravar o primeiro disco, que leva o nome

da banda. A evolução artística amplia ainda mais o alcance do som do grupo que,

mesmo atuando independente, ganhando mais público e atenção da mídia, por

onde passa.

Com turnê que passou pelos mais remotos cantos do país, um ano depois, em 2002,

o grupo volta para o estúdio para gravar o segundo trabalho: O Palhaço do Circo

Sem Futuro, produzido por eles mesmo, de forma independente. Lançado no

primeiro semestre de 2003, o trabalho foi considerado, pela crítica especializada,

um dos mais inventivos trabalhos musicais produzidos nos últimos anos.

E Cordel do Fogo Encantado ganha projeção internacional, com apresentações na

Bélgica, Alemanha e França. Entre os prêmios conquistados pela banda estão os de

banda revelação pela APCA (2001) e os de melhor grupo pelo BR-Rival (2002),

Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003) e o bi-campeonato do Prêmio

Hangar (2002 e 2003).

No cinema, a banda participou da trilha sonora e do filme de Cacá Diegues, “Deus

É Brasileiro”. Nas brechas das turnês, Lira Paes marcou presença também na trilha

sonora de “Lisbela e o Prisioneiro”, de Guel Arraes, na qual interpreta a música “O

Amor é Filme”.

Em outubro de 2005 o grupo Cordel do Fogo Encantado lançou o DVD “MTV

Apresenta”, o primeiro registro audiovisual da banda. “Transfiguração”, o terceiro

disco lançado em setembro de 2006, vem borrar ainda mais a linha de fronteira

Page 12: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

entre as artes cênicas e a música. Pela primeira vez o grupo faz primeiro o registro

sonoro para então se dedicar à criação do espetáculo. Com produção de Carlos

Eduardo Miranda e Gustavo Lenza e mixagem de Scotty Hard, Cordel do Fogo

Encantado se firma como um dos grupos mais representativos da cena

independente nacional.

Hoje, o Grupo Cordel do Fogo Encantado é uma das grandes revelações musicais

do Brasil, exportando para o mundo a cultura do sertão pernambucano. E é por

isso que a Quadrilha PISA NO ESPINHO faz uma justa homenagem a este grupo

que está conquistando o cenário mundial, por sua riqueza musical.

O XAXADO

Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho

de 1897 na pequena fazenda de seus pais em Vila Bela, atual município de Serra

Talhada, alto do sertão pernambucano. Mas em 28 de julho de 1938, no município

de Poço Redondo, em Sergipe, na fazenda Angico, Lampião foi morto por um

grupamento da Polícia Militar alagoana, os chamados volantes, com uma tropa de

48 policiais, chefiada pelo tenente João Bezerra.

Lampião tornou-se o maior cangaceiro de todos os tempos, aos 23 anos, após a

morte de seu pai, Zé Ferreira. Durante as décadas de 1920 e 1930, Virgulino

percorreu 7 estados do nordeste brasileiro, espalhando seu terror. Suas investidas

transtornaram a economia e a política nordestina. Simultaneamente, odiado e

Page 13: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

idolatrado, por muitos, sua presença continua viva na imaginação popular.

Lampião exerceu ainda grande influência nas artes tais como música, pintura,

literatura e no cinema brasileiro. Benjamin Abrahão, cineasta libanês e, secretário

de padre Cícero, filmou e fotografou Lampião e seu bando, mas, após a morte do

cangaceiro, Benjamim foi assassinado e teve parte de seu acervo de filmes

apreendido.

Com todas suas façanhas, Lampião se tornou herói do cangaço brasileiro,

representando a bravura e coragem do sertão pernambucano.

O Cangaço terminou em 1940, com a morte de Corisco, o ultimo sobrevivente do

grupo comandado por Lampião, mas nos deixou como herança cultural, o

XAXADO, uma dança originária do sertão pernambucano, e que hoje é

reconhecida internacionalmente.

Alguns historiadores chegam a afirmar que o Xaxado teria sua origem a partir do

Baião, ritmo tipicamente nordestino, cantado em verso e prosa pelo eterno “Rei do

Baião”, Luiz Gonzaga. Sendo que sua origem está diretamente ligada ao Cangaço,

comandado pelo bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que pelas

circunstâncias de estarem sempre em batalhas, e também por alguns homens não

estarem acompanhados por suas mulheres, dançavam com o rifle na mão, que

fazia o papel da mulher, batendo-o no chão, e arrastando as alpercatas de couro,

sendo o barulho provocado pelas alpercatas que deu o nome a Dança, inicialmente

apenas masculina, e posteriormente passou a ser dançado também por mulheres.

Atualmente a Dança não é mais unicamente masculina, a figura dos pares já é

bastante evidenciada, a indumentária dos grupos que praticam esta dança traz

novamente a afirmação da sua origem, pois se vestem como Cangaceiros e

Cangaceiras, porém em muitos casos apenas os homens possuem o rifle, e as

mulheres, as peixeiras.

A Dança é realizada basicamente em duas fileiras uma de homem e outra de

mulher ocorrendo algumas evoluções, que dançam separados ou juntos, sempre

arrastando as alpercatas ao chão, o Xaxado apresenta-se sempre em ocasiões

comemorativas como nas festas de São João, sendo incorporada, inclusive, às

quadrilhas juninas.

Não obstante, a Quadrilha PISA NO ESPINHO que outrora já brilhou contando a

história desse cabra da peste, hoje tem o orgulho de dançar o XAXADO, em

homenagem a quem tanto lutou pelas causas sociais do nordeste brasileiro,

Page 14: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

justamente no ano em que se comemora 70 anos da morte do valente e temido

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, nosso Rei do Cangaço.

LUIZ GONZAGA – O REI DO BAIÃO

Luiz Gonzaga do Nascimento, que nasceu aos 13 dias do mês de dezembro de 1912

na pequena cidade de Exu - Pernambuco, foi um compositor popular brasileiro,

conhecido internacionalmente como o "Rei do Baião".

Nasceu em uma fazenda chamada Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona

rural de Exu, sertão pernambucano. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé

de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na

roça, num latifúndio, e nas horas vagas, tocava acordeão (também consertava o

instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-la. Não era nem

adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de

início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina,

manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil.

O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua

carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado

cearense Humberto Teixeira.

Aos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido

pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e

Page 15: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

Santana lhe deram uma surra por isso, revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e

ingressou no exército em Crato, no Ceará. A partir dali, durante nove anos ele

viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG,

conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua

habilidade como sanfoneiro. Dele, recebeu importantes lições musicais.

Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música.

Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da

carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e

outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas

estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Até que, no

programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe (A primeira

música que gravou em 78 rpm; disco de 78 rotações por minuto), um tema de sabor

regional, de sua autoria. Veio daí a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional.

Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no

estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo

Augusto Silveira Oliveira.

Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um

menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente

quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e

dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado

pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.

Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha

se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de

"Lua". Não teve filhos, já que ele era estéril.

Luiz Gonzaga, que sofria de osteoporose, morreu aos 2 dias do mês de agosto de

1989 em Recife, vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na

capital pernambucana, seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente

sepultado em seu município natal, Exu.

Quando morreu, o mestre Lua já tinha uma carreira consolidada e reconhecida.

Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 1987 e tocou em Paris em 1985. Sua

música atravessou barreiras, sendo reconhecida e apreciada pelo povo e pela

mídia. Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo

como nordestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de

Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado aonde chegou.

Page 16: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

Luiz Gonzaga é a representação da alma de um povo...a alma do nordeste

cantando sua história...E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música

brasileira só tem a agradecer...

E é justamente por esses motivos que a Quadrilha PISA NO ESPINHO não poderia

deixar de dançar o BAIÃO, ritmo tipicamente sertanejo, além de homenagear, mais

uma vez, um dos maiores ícones da música popular brasileira, Luiz Gonzaga, que

primeiro exportou a música sertaneja para o sul do país, e posteriormente para o

mundo, valorizando as raízes culturais do sertão pernambucano.

PÓLO GESSEIRO DE ARARIPE

O Pólo Gesseiro do Araripe que está localizado no epicentro do semi-árido do

sertão pernambucano detém o maior conjunto de jazidas de gipsita em exploração

no Brasil, por isso é supridor de quase todo o gesso demandado pelo mercado

nacional (95%) e detentor de uma das mais importantes reservas de gipsita do

planeta, estimada em 1,2 bilhões de toneladas. É o maior produtor de gesso do País

com 1.800.000 ton/ano, seguido pelo Ceará (57.920 ton) e Tocantins (9.600 ton).

A região conta com 36 mineradoras de gipsita, 139 indústrias de calcinação e 456

indústrias de pré-moldados situadas nos municípios de Araripina, Ipubí, Ouricuri,

Bodocó e Trindade. O Pólo Gesseiro se apresenta como um conjunto de empresas

de micro, pequeno e, médio e grande porte que oferecem cerca de 12 mil empregos

diretos e aproximadamente 64 mil indiretos.

Page 17: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

A privilegiada posição do Pólo Gesseiro o torna especial em relação a diversos

outros segmentos econômicos nacionais. Através de suas conexões com as

rodovias do Estado de Pernambuco, o Pólo Gesseiro do Araripe, de forma

competitiva, recebe os insumos e escoa a sua produção pelas vias rodoviárias,

ferroviárias, fluviais (porto de Petrolina) e marítimas (portos de Suape, Recife,

Cabedelo, Salvador, Vitória, Pecém e Itaqui).

O gesso é bastante utilizado em moldes cerâmicos, na construção civil, na industria

de jóias, na industria automotiva, na medicina, na odontologia, e também no

artesanato. Para se ter idéia da importância do gesso demandado pelo Pólo

Gesseiro de Araripe, só o Brasil consome 13 Kg de gesso por habitante por ano; O

Chile o equivalente a 41 Kg/habitante/ano; A Europa 75 Kg/habitante/ano;

enquanto que os Estados Unidos consomem 103 Kg/habitante/ano.

Radiografia do pólo:

- 95% do gesso do Brasil são produzidos no Pólo Gesseiro pernambucano.

- 4,6 milhões de toneladas de gesso são produzidas por ano.

- 680 são o número de empresas do pólo.

- 12 mil empregos diretos e 60 mil indiretos são gerados.

- 10% são o percentual da produção do pólo consumido por Pernambuco.

- 2% são o percentual da produção destinada à exportação.

- 50% da produção vão para São Paulo.

- R$ 1 bilhão foi o faturamento em 2005.

Com toda essa produção de gesso, favorecida pelo maior conjunto de gipsita do

mundo, a região do Araripe se tornou modelo de crescimento econômico no

âmbito nacional e internacional, contribuindo diretamente para um crescente

número de empregos, dando mais oportunidades para o povo sertanejo. E sabendo

dessas oportunidades, a Quadrilha PISA NO ESPINHO, faz uma justa referência

ao Pólo Gesseiro de Araripe, que é motivo de orgulho para o sertão

pernambucano, pelo seu significativo crescimento econômico.

A IRRIGAÇÃO DE FRUTAS E O PÓLO VINICOLA DE PETROLINA

Page 18: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

A cidade de Petrolina, localizada no sertão pernambucano, devido ao clima seco e

a irrigação, tornou-se o segundo centro vinícola do país, cujo primeiro lugar é

ocupado pela Região Sul, assim como, as políticas de incentivo á irrigação,

aplicadas nas últimas décadas, tornaram a região um celeiro de frutas tropicais,

que são exportadas não só para as principais regiões do país, mas também para a

América do Norte, o continente Europeu e, para o Sudeste Asiático,

particularmente, o Japão.

A irrigação transformou o vale do São Francisco em um dos maiores pólos

produtores e exportadores de frutas do Brasil, com destaque para mangas e uvas,

cujo total de exportações perfazem um total de 30% da contribuição nacional. Nos

municípios dos Vales onde há perímetros irrigados pelas águas do velho Chico,

principalmente em Petrolina, a pobreza é menor, os índices de desenvolvimento

humano e a qualidade de vida das pessoas são maiores.

O clima que continua árido, com temperaturas médias de 26°C e com raríssimas

ocorrências de chuva, por incrível que pareça, são as condições ideais para que a

região quebre vários conceitos estabelecidos, entre eles o de que uva para a

produção de vinho só pode ter uma safra por ano. No pólo de vitivinicultura de

Pernambuco, a fruta dá o ano inteiro. E das boas.

É verdade que está longe de virar mar, mas quem olha hoje para o sertão

pernambucano, especificamente na região do Vale do São Francisco, pode

estranhar a quantidade de parreiras espalhadas ás margens das rodovias que

Page 19: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

levam até Petrolina. A fórmula dessa receita, que deixa o Sertão “verdinho” e

competindo em pé de igualdade com outros estados consolidados na produção de

uvas e vinhos, tendo o Rio Grande do Sul como o seu maior representante, está

apoiada em fatores que combinam tecnologia e muita pesquisa. De acordo com

dados das EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Semi-

Árido, a região apresenta anualmente 2,5 safras e, este fato, tem despertado o

interesse dos empresários para a região, sobretudo, pelo grande investimento em

tecnologia, que tem contribuído para o crescimento da produção. Para se ter idéia,

no ano passado o Pólo Vinícola, que integra os municípios de Lagoa Grande, Santa

Maria da Boa Vista e Petrolina, produziu no ano passado em torno de seis milhões

de litros de vinho. Para quem não acreditava, que uma área com um clima tão

diferente do habitual poderia ir tão longe, os números atuais mostram o contrário.

De acordo com dados da Valexport (Associação dos Exportadores do Vale do São

Francisco), a expectativa é de que se atinja, ainda este ano, entre sete e oito milhões

de litros de vinhos finos, o que corresponde a 20% da produção nacional. Até 2010,

a estimativa é de uma produção total de 15 milhões de litros na região.

E com toda essa quantidade de vinhos produzida, no Pólo Vinícola de Petrolina, a

Quadrilha PISA NO ESPINHO não poderia deixar de BRINDAR a atuação

econômica do sertão pernambucano, que exporta sua produção de vinhos para

países como Portugal e Itália, se destacando no mercado internacional.

O BRINDE

Page 20: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

A expressão “brindar”, em termos gerais, significa a comemoração de algum

acontecimento, seja ele histórico, cultural, representativo ou festivo, e em outras

conotações, a alegria de viver, ou até mesmo a tristeza de outrem. Ao erguer suas

taças de vinho, os povos antigos faziam uma oferenda simbólica a seus deuses. Os

relatos mais antigos de brindes remontam aos gregos e fenícios. Para saciar a sede

das divindades, os romanos adotaram o hábito de derramar um pouco da bebida

no chão - algo como o costume de dar um gole de cachaça "pro santo", comum no

Brasil. Além disso, o brinde selava o fim de conflitos. O vencedor dava o primeiro

gole para provar que não iria envenenar o adversário. E, ao bater um copo no

outro, os romanos achavam que os venenos se depositariam no fundo das taças.

Na ameaça de intoxicação também está uma das hipóteses sobre a origem da

exclamação "saúde!", que acompanha os brindes: na Grécia antiga, isso poderia ser

uma promessa de que a bebida estava boa.

Mas o “BRINDE” que a Quadrilha PISA NO ESPINHO traz para o São João de

Pernambuco é o “BRINDE” da alegria, pelas exportações econômicas e culturais do

sertão pernambucano; da melhoria na qualidade de vida do povo sertanejo, que

hoje pode se orgulhar de ser nordestino; e, sem dúvida, o BRINDE da emoção, por

ver a PISA NO ESPINHO, mais uma vez, abrilhantando as festas juninas do

nordeste, com amor, carinho e união. Porque PISA NO ESPINHO é garra, é raça, é

tradição. E não é só isso não, PISA NO ESPINHO também é SERTÃO. Afinal,

nosso São João também é EXPORTAÇÃO.

E assim vamos todos BRINDAR!

Agora confira algumas manchetes dos principais jornais do Brasil:

“Pólo Gesseiro de Araripe, no sertão pernambucano, exporta mais de 10% de sua

produção para o mercado externo”.

Diário de Pernambuco, 12 de Janeiro de 2008.

“Frutas irrigadas no Vale do São Francisco é destaque em Feira Internacional de

negócios financeiros, em Genebra”.

Folha de São Paulo, 15 de Novembro de 2007.

“Cordel do Fogo Encantado deixa público extasiado em Paris, no ano do Brasil na

França”.

Jornal do Comércio, 26 de Junho de 2006.

Thiago Vergete

Page 21: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

Fontes de pesquisa:

- Os Sertões, Euclides da Cunha. Todas as páginas consultadas.

- Lampião, o Rei dos Cangaceiros, Billy James Chandler. Todas as páginas

consultadas.

- Revista Super Interessante. O mito sem compaixão. Editora Abril – Edição: Junho

de 1997

Reportagem: Wanda Nestlehner. Todas as páginas consultadas.

- Exportações de manga do vale do São Francisco para os Estados Unidos da

América: uma análise de 2000 a 2005. Monografia de Bacharelado em Relações

Internacionais. Alberto Bruno Ferreira de França. Recife, 2007. Faculdade Integrada

do Recife. Todas as páginas consultadas.

-Exportação de uvas do vale do São Francisco para a união européia: análise de

1998 a 2002 e da situação atual dos produtores/exportadores da região. Monografia

de Bacharelado em Relações Internacionais. Faculdade Integrada do Recife.

Domingos Moreira Gomes Filho. Recife, 2003. Todas as páginas consultadas.

- Pólo gesseiro do Araripe: potencialidades e dificuldades para sua consolidação

como pólo exportador. Monografia de Bacharelado em Relações Internacionais.

Virginia Carrozone Cavalcanti. Recife, 2003. Faculdade Integrada do Recife. Todas

as páginas consultadas.

- Um mergulho nas paisagens e culturas nas cidades de Arcoverde, Buíque,

Pesqueira e Porção. Monografia de Bacharelado em Turismo. Ivana Cristina

Cavalcanti Vidal e Renata Macedo Bezerra de Brito. Recife, 2004. Faculdade

Integrada do Recife. Todas as páginas consultadas.

- Exportação e importações municipais. Recife, 2000. Sudene.

Outras fontes de pesquisas julgadas necessárias:

http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_124259.shtml

http://www.infonet.com.br/lampiao/

http://www.unificado.com.br/calendario/07/lampiao.htm

http://cordeldofogoencantado.uol.com.br/historia.html

Page 22: QUADRILHA PISA NO ESPINHO 2008 - SINOPSE

http://www.mpbnet.com.br/musicos/luiz.gonzaga/index.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Gonzaga

http://www.lampiao.sertaonet.com.br/historia.html

http://br.geocities.com/esquinadaliteratura/autores/ester/ester07.html

http://www.sertaonet.com.br/gparteedanca/as_dancas.htm

http://www.codevasf.gov.br/noticias/2004/20040917_04

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cordel_do_Fogo_Encantado

http://www.nordesteweb.com/not11/ne_not_20001110a.htm

http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernos/ideias/2006/03/03/joride20060303004.

html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Petrolina

http://pt.wikipedia.org/wiki/Araripina

http://www2.uol.com.br/JC/sites/semfronteiras/araripina.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva

http://www.poemas-de amor.net/poemas/as_aguas_do_rio_sa_francisco_no_serta

http://www.italiaoggi.com.br/gastronomia/saibamais/ita_gastro_saibamais45.htm

http://www.dnocs.gov.br/~conviver/artigos.php?id=32

http://www.itep.br/noticias_ler.asp?codigo_conteudo=241&codigo_categoria=1

http://www.sertaonet.com.br/araripina/

http://www.sertaonet.com.br/exu/

http://www.sertaonet.com.br/arcoverde/

http://www.sertaonet.com.br/petrolina/

http://www.serratalhada.net/

http://www.sertaonet.com.br/cidades.html

http://www.mpbnet.com.br/musicos/alaide.costa/letras/estrada_do_sertao.htm

http://rita-de-cassia.musicas.mus.br/letras/462161/

http://www.nordesteweb.com/not07/ne_not_20010716a.htm

http://amazan.musicas.mus.br/letras/715134/

http://www.scielo.br/pdf/spp/v19n4/v19n4a10.pdf

http://www.viafanzine.jor.br/mitos_lendas.htm

http://super.abril.com.br/superarquivo/1997/conteudo_116073.shtml