q? focas #1

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Cadeno Q?, suplemento jovem do jornal Gazeta do Sul. Edição especial Focas do Q? nº 1.

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Page 1: Q? Focas #1

20.JUN.2008.SEXTA sexy • dinâmico • ácido • efervescente

Os sonhos da juventude nem sempre se confirmam. Mesmo assim, como não tem pre-ço, vale a pena pensar, planejar, imaginar um futuro cor-de-rosa (ou azul, verde, preto...). Se vai se confirmar ou não, só o tempo dirá. O Q?

foi atrás de histórias de expectativas e histórias de vidas que seguiram rumos diferentes do que se planejava. Mas seus protagonistas driblaram o destino e hoje vivem felizes. E continuam so-nhando.

3 SACRIFÍCIO

OS ESTILOS DA OS ESTILOS DA GALERA DO ORKUTGALERA DO ORKUT

6 COMPORTAMENTO

SONHAR NÃO SONHAR NÃO CUSTA NADACUSTA NADA

AVENTURA COM AVENTURA COM CERA QUENTECERA QUENTE

OS MICOS QUE A OS MICOS QUE A GURIZADA PASSAGURIZADA PASSA

7 NA RUA

Page 2: Q? Focas #1

Para quem tem curiosidade por fi lmes antigos, mas não sabe onde encontrá-los, vale a pena visitar o Portal Making Off (makingoff.org), que possui um incrível acervo de relíquias cinematográfi cas disponível para download. Já quem é fã de seriados deve conferir o SpyTV (spytv.com.br), que oferece tem-poradas completas, incluindo os episódios mais recentes, de centenas de séries. E os amantes da fotografi a podem se diver-tir no húngaro Stock.Xchng (sxc.hu), com mais de 1 milhão de fotos organizadas em diversas categorias.

SITES DE DOWNLOADS

Para os adoradores de música e fi ssurados em listas, nada melhor que ler “1001 discos para se ouvir antes de morrer”. Além de uma lista com 1001 dicas dos discos mais inesque-cíveis dos últimos tempos, 90 jornalistas e crí-ticos musicais contextualizam historicamente cada álbum citado no livro com fotos e curiosi-dades sobre as bandas, músicas e gravações. Com certeza tu vais encontrar teus artistas preferidos e outros que valem a pena serem ouvidos.

TU JÁ TENS UMA LISTA?

Três boas dicas para quem é fã de blogs criativos: no Post Secret (postsecret.blogspot.com), um americano publica car-tões que produz com segredos íntimos enviados por anônimos do mundo inteiro; trechos de diálogos ouvidos no dia-a-dia das cidades são o tema do Conversas Furtadas (insanus.org/con-versa); e os mais curiosos e inusitados vídeos do Youtube estão no Melhores da Web (melhoresdaweb.blogspot.com).

CRIATIVIDADE NA REDE

Um dos maiores nomes da história do rockʼnʼ roll chega amanhã ao Rio Grande do Sul. O lendá-rio Chuck Berry faz show único em Porto Alegre no Pepsi On Stage. Em turnê que já passou por São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, o cantor e guitarrista de 81 anos deve apresentar clássi-cos como Johnny B. Goode, Sweet Little Sixteen, Roll Over Beethoven e Rout 66. E na programação de shows da capital gaúcha para as próximas semanas estão Echo & The Bunnymen, Ney Matogrosso, Paula Toller e Roupa Nova.

DINOSSAURO DO ROCK EM TERRAS GAÚCHAS

20.JUN.2008.SEXTA

Q? o Q?POR JANSLE APPEL [email protected]

Produção

FEITO O CARRETOComo diz a expressão popular, feito o carreto.

Conforme prometido, tá aí, pronto. Durante mais de um mês, uma grande equipe trabalhou na confecção desse Q?, abdicando de tempo, suor (tá certo, suor não porque esse frio não permitiria) e pêlos. Isso mesmo: pêlos. O repórter Sancler Ebert, na ânsia de entender por que diabos as mulheres reclamam tanto da depilação, foi ele mesmo sentir como é arrancar os cabelos das pernas. E nada de gilete. O sacrifício foi na cera quente, entre berros e olhos lacrimejando. As sensações do guri você con-fere aqui na página ao lado.

Antes de explicar o resto, é bom que você sai-ba por que essa edição do Q? está diferente, por que oito páginas e quem é Sancler Ebert. Pra co-meçar, o número 110 nasceu lá em abril, quando propusemos ao professor Demétrio Soster, do Curso de Jornalismo da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) um caderno inteiramente produzido por alunos. Ele achou a idéia o máximo e correu atrás de uma galera que se puxa nas aulas, mostra empenho e tem idéias pipocando no universo do Jornalismo.

A equipe foi fechada com nove estudantes, do 3º ao 9º semestres: Cíntia Marchi, Pedro Garcia, Va-nessa Kannenberg, Fernanda Zieppe, Márcia Melz, Sancler Ebert (viu, tá aí o cidadão dos pêlos), Rose-ane Ferreira, Letícia Mendes e Gelson Pereira. Em reuniões e com a supervisão de Maçã e Sagu, foram defi nidos pautas, tarefas, fotos e, principalmente, prazos – coisa muito importante nesse ramo.

A fotografi a coube às lentes de Márcia Melz e o design das páginas e o projeto gráfi co a Gelson Pereira. Os demais se puxaram atrás dos entrevista-dos e na confecção dos textos. O resultado tá aqui. Matérias que englobam um pouco do que essa geração pensa, pelas mãos de quem vivencia as experiências em seu cotidiano. Agora, só cabe ao leitor saborear o produto fi nal. Só não vale fi car mal-acostumado. Sexta-feira que vem o Q? retorna às tradicionais quatro páginas mais sexies, dinâmi-cas, ácidas e efervescentes da Gazeta do Sul. Mas, claro, caregando novas experiências adquiridas por esse caminho. Boa leitura.

CÍNTIA MARCHIREPÓRTER

PEDRO GARCIAREPÓRTER

VANESSA KANNENBERGREPÓRTER

FERNANDA ZIEPPEREPÓRTER

SANCLER EBERTREPÓRTER

ROSEANE FERREIRAREPÓRTER

LETÍCIA MENDESREPÓRTER

MÁRCIA MELZFOTOGRAFIA

GELSON PEREIRADIAGRAMAÇÃO

DEMÉTRIO SOSTERPROF. COORDENADOR

A Festa da Alegria vai estar recheada de boas vibrações. Tudo por conta do reggae ma-neiro de Armandinho, que chega pra embalar a galera no dia 15 de outubro, quarta-feira. O artista gaúcho, que chegou ao público brasileiro em 2006, com a romântica “Desenho de Deus”, apresentará o disco mais recente, Semente, ter-ceiro álbum de estúdio e quarto da carreira.

Pra quem gosta de pop rock é a única opção. Os outros shows incluem dois grupos que fl ertam com o sertanejo. O primeiro deles é o Tradição,

que abre as apresen-tações nacionais na primeira sexta-feira,

dia 10 de outubro.

Os caras já tiveram em Santa Cruz do Sul, em

festa promovida pela Rádio Gazeta FM e o Bailão da 101, do

nosso colunista Maiquel Thessing.O Tradição apresenta

um ritmo dife-renciado em

suas com-pos i çõe s e mistura

vários gêne-ros: vanerão, forró, axé, chamamé, sertanejo e por aí vai. O resultado, pra quem ainda não conhece, só conferindo na hora.

O outro do ramo é a dupla Edson & Hudson, na sexta-feira, dia 17. Apaixonados pelo roman-tismo vão gostar. Os caras trazem os sucessos do DVD Edson & Hudson - Na Arena Ao Vivo, com 20 canções, cuja gravação foi realizada em abril do ano passado. Sucessos como “Assovia”, “Tá no meu coração” e “Amor demais” prometem embalar muitos corações. Que bonito.

Pra fi nalizar a lista tem mais dois shows pra você levar os seus pais. O grupo Roupa Nova, su-cesso nos anos 80, é um dos mais consagrados de sua geração. Recordista em temas de nove-las, promete apresentar sucessos como “Dona”, “Coração Pirata” e “Um sonho a mais”. Outro grande nome da MPB na lista de apresentações da Oktober é Zé Ramalho, no sábado, dia 18. Pela primeira vez em Santa Cruz, vai mostrar o trabalho de mais de 30 anos de estrada. Tão aí os shows da Festa da Alegria. Vai em algum?

Reggae na

Jansle Appel [email protected]

Oktoberfest Oktoberfest

Page 3: Q? Focas #1

Das diferenças entre homens e mulheres, a da quantidade de pêlos sempre foi uma das mais marcantes. Difi cilmente um cara iria namorar uma guria de pernas e peitos cabeludos, no estilo mulher-barbada. Já na contramão, a maioria das mulheres tem interesse por caras peludos, claro que nada muito Tony Ramos. Por essas e por outras é que sempre achei que homem não devia se depilar. Como diz o ditado: “a boca fala, o #* paga”. Neste caso foram meus pêlos que tiveram que pagar. Tudo porque me propuseram uma depilação com cera quente e eu que não gosto de perder um desafi o, topei.

Para piorar, a notícia se espalhou mais rápido do que eu imaginava. Em pouco tempo já tinha gente querendo saber quando seria a depilação para ir assistir. Surgi-ram também as “amigas” e suas ótimas dicas. “Faz com cera quente e fria, pra ver o que a gente sofre”, disse uma. “Coitadinho, ele vai chorar”, disse outra ao ouvir a primeira. Em outro momento, as meninas decidiram que teria de ser feito no estilo roll-on e não com a espátula. A explicação? “Ah, porque com o roll-on vai muito mais cera na pele e assim aumenta a dor.” Foram dias de terror psicológico, recheados por relatos dos sofrimentos femininos. Elas contavam como padeciam com a depilação, que era feita todos os meses.

Já transtornado com o medo da dor e acreditando que minhas amigas e todas as mulheres do mundo eram mais corajosas do que eu, fui atrás de uma estética para fazer o serviço. Liguei para uma: “Ah, desculpe, mas a gente não depila homens!”. Liguei para outra: “Não, mas quem quer saber?”. Numa terceira a atendente até se-gurou o riso. Após uma tarde inteira de ligações, uma amiga apareceu e indicou sua esteticista, que até já sabia da minha história. Fiz a ligação para essa depiladora e marquei um horário.

No dia despistei todo mundo, já bastava que a fotógrafa tinha de ir junto para registrar o momento. Mais gente e eu iria me sentir um daqueles animais do zoológi-co ou, pior, uma atração do circo. No horário marcado, lá estava eu prestes a perder parte dos meus pêlos. Ah, tem isso, o pessoal topou que a minha depilação fosse só numa parte do corpo. A depiladora me recebeu toda atenciosa, apontou o lugar onde eu podia trocar de roupa. Naquele momento pensei: “Ainda posso ir embora, ainda tenho todos os meus pêlos bem fi rmes no couro”. Mas não desisti.

Deitei na cama, respirei fundo, segurei bem fi rme minha “medalinha” de Santo Antônio (era a única que eu tinha) e autorizei o sacrifício. A depiladora disse que iria começar nos pés. Passou aquela cera quentinha, a sensação até que era gostosa, até o momento em que ela colocou a “banda”, um tipo papel-etiqueta, e puxou. Gritos, mordidas nas mãos e uma dor horrível. E eram apenas os primeiros pêlos sendo arrancados diretamente da raiz.

Essas depilações são uma loucura, me lembram aquele esparadrapo que colo-cam no braço da gente após exame de sangue e que a gente fi ca receoso de tirar. No caso das depilações, são umas duzentas retiradas de esparadrapo durante quase uma hora. Em algumas puxadas eu gritava menos, outras muito mais. Até a fotógra-fa se animou e resolveu me depilar. Detalhe: ela não sabia direito e quase arrancou parte da minha pele junto com a cera.

Não posso me queixar da depiladora que se tornou quase uma psicóloga durante aquela hora. Ela conversava, me distraía e... puxava. Na verdade, devo confessar que doeu bem menos do que eu imaginava. No fi m, o terror psicológico pré-depilação foi pior do que a depilação em si. Mas de uma coisa eu tenho certeza: as mulheres são todas loucas por fazerem isso e corajosas também. Fiquei muito mais compreensivo com elas depois dessa experiência. E para o nosso bem, espero que elas continuem loucas, corajosas e sem pêlos.

Sancler [email protected]

O cara foi pra faca. Ou melhor: pras bandas, que é como chamam essas fi tas pra arrancar os pêlos. Na volta, a pressão dos colegas e os conselhos das meninas sobre técnicas de depilação

PRA PRA ENTENDERENTENDER

O QUE ELAS O QUE ELAS PASSAM...PASSAM...

O REPÓRTER SANCLER EBERT ACEITOU O DESAFIO DE FAZER ALGO FORA DE SEU COTIDIANO. RESOLVEU DEPILAR AS PERNAS PRA SABER POR QUE AS MULHE-RES RECLAMAM TANTO

20.JUN.2008.SEXTA

Page 4: Q? Focas #1

Juventude é a fase de sonhar. Todo jovem carrega consigo um pu-nhado de desejos, vontades e ânsias, diferentes de acordo com a reali-dade em que vive. Há quem sonhe em viajar pelo mundo e quem queira casar e cuidar do fi lho; há quem deseje investir na formação profi ssional e quem pretenda viver da música. Quando se é jovem, os sonhos não têm limites. Muitas vezes, porém, eles podem ser interrompidos, como por uma fatalidade ou um incidente não planejado.

Assim aconteceu com Francine. Seus sonhos de adolescente muda-ram aos 14 anos, com a chegada de um fi lho. Antes inconseqüente,

Você é o que

SONHA?SONHA?

20.JUN.2008.SEXTA

sentiu o peso da responsabilidade de seus atos, ao perceber que eles não refl etiam mais apenas em sua vida, e que havia alguém dependendo de-les. Hoje, Nino tem sete anos e suas atividades são parte da rotina da mãe. Idas à pracinha e passeios de bicicleta se alternam com a faculdade de Direito e o estágio na Defensoria Pública. Do seu futuro, espera casar-se e, depois de formada, passar em um concurso público. Mas a maioria de seus planos se referem ao fi lho. “Sonho muito com o futuro dele, que ele seja uma pessoa boa e um homem de caráter.” Sua pretensão é viver em Santa Cruz, por acreditar que é a melhor escolha para Nino.

Santa Cruz, entretanto, não faz parte dos planos de Luísa. Ela aguarda ansiosamente pela conclusão do Ensino Médio para, então, poder realizar seu sonho de viver no exterior. Mesmo ainda morando com os pais, ela já ensaia sua independência juntando dinheiro e estudando línguas. Sua timidez não limita os planos de trabalhar na Europa como au pair (progra-ma de intercâmbio para cuidar de crianças). Esse sonho está relacionado ao seu jeito de encarar a vida: “Procuro aproveitar cada momento e não me estressar com coisas pequenas”. Ao contrário da maioria de suas ami-gas que já planejam o futuro profi ssional, sua única certeza é que seu lugar não é aqui.

Já Thiago tem a convicção de que será um jornalista atuante, de pre-ferência no campo da política. Aos 14 anos, já trabalhava em um jornal e costumava ser festeiro e mulherengo. No entanto, oito anos mais tarde, um acidente de carro fez com que suas percepções mudassem, tanto que classifi ca a experiência como “uma forma de conhecimento das mais dolo-

LUÍSA WINK, 15 anosEstudante do 1º ano do Ensi-no Médio do São LuísParticipa do Grêmio Estu-dantil da escola e estuda inglês e espanhol.Sonho: morar no exterior.

FRANCINE TREVISAN, 21 anosEstudante do 7º semestre do curso de Direito da Unisc e estagiária da Defensoria Pública. Gosta de brincar com o fi lho, ir ao shopping e assistir a fi lmes.Sonho: um futuro bom para o fi lho e passar em um concurso público.

•Roseane Bianca [email protected]

•Vanessa [email protected]

•Pedro [email protected]

DIMAS RUSSO

FOTOS; MÁRCIA MELZ

Page 5: Q? Focas #1

rosas”. Hoje, é uma pessoa mais calma e que pensa muito antes de agir. Apesar disso, o sonho de seguir na área da comunicação e a paixão pela política permanecem, mesmo enfrentando algumas limitações físicas. A necessidade de um andador e a difi culdade na fala restringem suas opções na profi ssão. “Algumas portas se fecharam para mim, como as da TV e do rádio, então me resta o impresso.”

Limites para sonhar não fazem parte da realidade de Guillermo. Aos 19 anos, ele já listou o que quer fazer antes de morrer: produzir um fi lme, tocar em um lugar gigante e lotado, gravar um CD com todas as possibilidades que a tecnologia oferece e ver sua mãe com os netos. Além disso, pretende fazer faculdade de Cinema ou Publicidade e morar em Porto Alegre ou na Espanha porque, para ele, faltam atividades culturais e lugares para se divertir em Santa Cruz. Fora o fanatismo pelo Grêmio, o único vício que ele tem é a música. Atualmente, é guitarrista da banda Chá das Cinco, mas toca violão desde os treze anos e está aprendendo teclado há um mês. “Quero que o som da minha banda chegue aos ouvidos de todo o mundo e gostaria de viver da música.”

Francine, Luísa, Thiago e Guillermo têm realidades e sonhos diferen-tes. Cada um tem sua própria maneira de viver o presente e de planejar o futuro, o que prova que a geração atual é plural e capaz de resistir à tendência de padronização do comportamento. A forma com que con-duzimos nossos desejos pode ser um dos maiores indicativos de nossa personalidade. Sonhos podem ser mais ou menos difíceis de serem con-cretizados. O importante é entender que sonhar não custa nada.

GUILLERMO CALVIN NUÑEZ, 19 anosTrabalha em uma imobiliária e toca na banda Chá das Cinco. Pretende estudar Cinema ou Publicidade e morar em POA ou Espanha.Sonho: viver da música.

THIAGO BÜRGUER, 24 anosEstuda Jornalismo na Unisc. Suas paixões são o jornalismo e a política.Sonho: vencer suas limitações e se tornar um jornalista atuante.

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É impecável na aparência e não segue modismos. Gosta de investir em peças bonitas, duráveis e de boa qualidade. Está apropriado para ir a qualquer ocasião.

O que vestir: roupas com poucos detalhes e que combinam entre si; estampas abstratas; tecidos sofi sticados.

Não podem faltar no guarda-roupa: mantôs, grifes de esti-lo Chanel, roupas de tricô, jóias verdadeiras ou bijuterias fi nas com pedras semipreciosas.

Invoca respeito e deixa quem usa com ar formal. Quem segue esse estilo é tradicional em relação à aparência e também não segue a moda. A desvantagem é que anos se passam e se tem a impressão de que a pessoa está sempre igual e com aparência monótona.

O que vestir: cores sólidas, estampas discretas, com poucos detalhes e linhas retas, colares de pérola, visual composto de duas a três cores.

Não podem faltar no guarda-roupa: saias, calças, escarpins, bijute-rias discretas e twin-set clássico.

Aqui vale tudo, não existe certo ou errado. Misturas e inovações. Vale até roupas do armário da vovó. É um estilo de referência para quem trabalha com arte, moda e publicidade.

O que vestir: roupas e acessórios antigos; misturas de tecidos e de-signs; peças de cores terrosas, néon ou ousadamente sóbrias;

roupas coloridas e feitas com tecido de tapeçaria.Não pode faltar no guarda-roupa: um mix de peças exa-

geradas e de cores constantes com peças de toque clássico e antigo.

Ele está ligado à praticidade. Quem segue esse estilo não tem tempo para vaidades.

O que vestir: roupas confortáveis, despojadas, alegres e com design esportivo; sobreposição de peças; sapato de salto baixo ou plataforma.

Não podem faltar no guarda-roupa: jaquetas e camisetas.

quem VOCÊ é!

CASUAL/ELEGANTE

CLÁSSICO

ALTERNATIVO/CONTEMPORÂNEO

ESPORTIVO/AVENTURA

ALGUMAS COMUNIDADES DE LÍGIA:

eu SEIeu SEIo teu ESTILO?qualqual ÉÉ20.JUN.2008.SEXTA

Perdoar? Cabe a Deus. Eu ignoro.

Eu odeio gente lerda

Sou chorona (chorão) e daí?

Mulheres de jaleco

Minha vida é 1 novela mexicana

Teimoso é quem teima comigo.

Fazer o bem sem olhar a quem

•Letícia [email protected]

•Roseane Bianca Ferreira •Letícia [email protected] [email protected]

Mais do que um site de relacionamentos, o Orkut é um espaço para os 15 minutos (ou mais) de fama dos usuários. Por meio dele é possível exibir fotos pessoais, vídeos caseiros e traçar o próprio perfi l. Cor dos olhos, dos cabelos, orientação religiosa e visão política são alguns dos itens que podem ser preenchidos. Mas o que causa mais controvérsias é o campo destinado ao “estilo”. São 11 opções, das quais o usuário pode marcar quantas quiser.

Segundo a estilista de moda Ana Paula da Costa e a designer de acessórios Júlia Camargo, alguns estilos se contradizem no site: “O alternativo e o contemporâneo são apresentados separados, mas são a mesma coisa”, explica Ana. “O mesmo acontece com o casual e o ele-gante”, completa Júlia. Muitas pessoas não encontram uma defi nição satisfatória para o seu estilo por não saberem como cada um deles se caracteriza.

Para acabar com as dúvidas, realizamos um “arrastão” da moda pelos corredores da Unisc. Acompanhadas da fotógrafa Márcia Melz e das duas experts no assunto, percorremos os prédios de vários cursos em busca de modelos reais para ilustrar cada estilo. Confi ra o resultado da expedição:

Houve um tempo em que para conhecer o colega a gente usa-va um tal de questionário. Nele os meninos e meninas escreviam seus defeitos, qualidades e até escolhiam o mais gatinho. Em 2004, a brincadeira deixou de ser coisa, apenas, de criança. Pelas mãos de um turco chamado Orkut Büyükkokten, o caderninho evoluiu, se transformou em um site de relacionamentos com o nome do projetista. Foi aí também que surgiram as comunidades como um jeito de as pessoas com gostos parecidos se conhece-rem.

Com alguns cliques vasculhamos as páginas do nosso ques-tionário eletrônico e pronto! Temos acesso às características e, muitas vezes, com sorte, aos segredos alheios. Por curiosidade, ou acaso, os brasileiros são os campeões de participação no site. Para facilitar o trabalho dos “espiões” tem uma galera que no lugar do “quem sou eu” deixa o link das comunidades das quais participa. Quem visita o perfi l da nutricionista Lígia Costa, 24 anos, encontra a mensagem “As minhas comunidades me re-sumem!!!”. O motivo dessa opção para ela é simples. “Porque demonstra quem realmente sou e as coisas de que mais gosto na vida”. Mas quem resolve aceitar a proposta de Lígia precisa navegar por, pelo menos, 428 comunidades.

Mas se é pelas comunidades que as pessoas se defi nem, tem gente que admite gostar de uma confusão. Imagina encontrar no perfi l do amigo “Eu pego mulher de amigo meu”, ou “Pego emprestado e não devolvo”? E acreditem, existe até mesmo a co-munidade “Eu não tenho Orkut”. Pode? As piadinhas do dia-a-dia também invadem as comunidades. Tem gente que não perdoa. Os alvos? Os mesmos: “Ela é feia, mas é minha sogra”, “Meu professor comprou diploma”, “Meu chefe é um fi lho da p...”, e por aí vai. E assim como o questionário, o Orkut também vem evoluindo. A cada semana surge uma ferramenta. Imagina quan-do criarem cadeado para as comunidades!

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“Ano passado, eu e uma colega estávamos com pressa para ir a um jantar e resolvemos atalhar. E na Unisc tem muito quero-quero. Então, quando fomos passar um deles veio em nossa direção e nós começamos a gritar: ʻlá vem o quero-quero, olha o quero-quero .̓ Como as salas de aula estavam com as portas abertas, os professores saíram para ver o que estava acontecendo e começaram a rir. Foi muito engraçado.”

“Teve uma vez, numa festa, eu confundi uma mulher com uma amiga minha. Ela estava de costas, cheguei perto e comecei a falar para ela: ʻbah, tu nem sabe o que aconteceu .̓ Daí ela virou, me viu, deu um berro e disse ʻo que eu tenho a ver con-tigo? .̓ Aí fi quei meio perdido e todo mundo me tirando sarro.”

“Quando eu tinha 15 anos eu fui numa festa e lá por meia noite o meu pai chegou na festa para me buscar. Daí ele pediu para anunciar no rádio ʻTiago, teu pai está na portaria te esperando .̓ Todo mundo ouviu e eu fi quei na maior vergonha.”

“Há alguns dias, eu fui colocar umas coisas no carro, abri a porta e deixei aberta. Quando eu vi, um ônibus passou e bateu na porta. Arrebentou a porta do meu carro. E a culpa foi minha. Todo mundo da rua fi cou olhando.”

“Eu já caí na rua, sem querer, e comecei a imitar choro de criança para que as pessoas pensassem que eu caí de propósito. Daí eu confundia elas. Era engraçado e que mico cair na rua.”

“Quando eu fui a Mais Bela Negra da minha cidade fui convidada para ser jurada de um concurso em uma escola. Daí quando cheguei na Secretaria, o responsável pelo desfi le perguntou: ʻqual é o teu título?ʼ e comecei a procurar o meu título de eleitor. Os meus amigos que estavam junto começaram a rir e eu fi quei com muita vergonha”.

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SÃO JOÃO ESTÁ AÍ E O Q? QUER SABER:

Na sala de aula o comando é para os alunos. Fora do ambiente de es-tudo, controla a vibração e o clima de uma pista de dança. Ele é profes-sor, trabalha na área de computação gráfi ca e é DJ de música eletrônica. O santa-cruzense de 30 anos embala as festas com um estilo todo seu. Não costuma tocar o que é mais fácil, foge do que é comercial e tem pensado em evoluir ainda mais quando o assunto é música. Ele é Marco Kothe. Um cara descolado, com estilo alternativo e popular entre os jovens.

Suas profi ssões, apesar de distintas, têm se entrosado harmonicamente. Kothe sempre gostou da área em que trabalha. Atualmente faz animações técnicas no Inmetro e quando surgiu a oportunidade de dar aulas no curso de Comunicação Social da Unisc, não pensou duas vezes. “Eu achei que ia ser muito bom, justamente por estar me atualizando na profi ssão”, explica. E na música não é diferente, apesar de que o som eletrônico evolui rapidamen-te. “Por exemplo, banda de rock boa não surge a toda hora e não lançam tanto. Já na música eletrônica toda a semana tem coisa nova”, afi rma o DJ underground.

Marco, que transita entre três profi ssões, diz que o melhor a fazer é separar completamente uma da outra. No ambiente de estudo nunca vai se ouvir o professor Marco falar de música, como em uma festa os assuntos de aula são esquecidos. “Na sala eu sou um Marco, na festa outro Marco. Não misturo as coisas”, confessa. Nas atividades que preenchem a sua rotina, o

seu lado DJ é o que mais pretende evoluir. “Tenho a possibilidade de come-çar a produzir, desejo mudar o método de mixagem e estou tentando utilizar outros equipamentos. Acho que sempre existe como dar uma melhorada, aperfeiçoar o trabalho.”

Para o DJ, a música eletrônica está sempre passando por transforma-ções, “é uma mutação constante”, ressalta. Para se atualizar, Marco Kothe fi ca ligado ao que rola na internet. E um impasse que enfrenta em Santa Cruz é que as casas noturnas não têm um único estilo de música. “Aqui costumam colocar hip hop, funk, e lá para o fi nal tocam música eletrônica.” Porém, na terra natal, Marco sabe que as festas onde costuma tocar são para pessoas que curtem a sua música. “Então, como eu já conheço o público, toco de olhos fechados.” E o DJ afi rma: “É mais gratifi cante conseguir fazer sucesso, agradar na pista com o som under do que com um som comercial, porque o comercial é mais fácil, é aquela música cantada que todo mundo conhece. Então eu vou pelo mais difícil, mas que, ao mesmo tempo, vai me dar gratifi cação.”

Para quem deseja tocar, Marco solta a dica: “Além da técnica, a pessoa tem que ter bom gosto, personalidade e deve se atualizar sempre.” Unindo essas características fi ca mais fácil para o DJ satisfazer o público e sentir quando a festa se volta para ele. “DJ não é simplesmente o cara que está botando a música, que controla o equipamento, é o cara que comanda a festa, e tu sente quando as pessoas estão vindo junto. Às vezes, quando dá aquela abaixada no volume do som tu escuta a vibração e tal. Isso é que é gratifi cante.”

eu SEI20.JUN.2008.SEXTA

Cíntia Marchi e Fernanda [email protected] e [email protected]

Qual a maiorQual a maior

fogueirafogueira??que você jáque você já

puloupulou

Page 8: Q? Focas #1

Hoje em dia até celular tem câmera digital. Mesmo assim tem gente que ainda prefere usar os velhos fi lmes 35mm e equipamentos rudimentares com poucos botões e sem ajuste automático. Está enganado quem pensa que essas pessoas estão atrasadas no tempo. Eles são apenas amantes da lomografi a, uma técnica fotográ-fi ca que surgiu no período da Guerra Fria com o intuito de publicizar o estilo de vida soviético.

Entre os poucos que praticam essa arte na região, estão os estudantes de Comunica-ção Social Erion Lara e Éverton Teixeira. Colecionadores de dezenas de câmeras lomo, a maioria vinda de fora do Brasil, eles seguem o primeiro mandamento da lomografi a, o de andar sempre com uma câmera no bolso. A técnica é defi nida por eles como um Kinder Ovo, você nunca sabe o que vai sair no fi lme. Hoje existem Lomoembaixadas em mais de 50 cidades do mundo.

NA INTERNET>> www.fl ickr.com/groups/lomobr (lomo br)

>> www.fl ickr.com/groups/lomors (lomo rs)

Flicker do Erion:

>> www.fl ickr.com/photos/erionlara (Erion)

Flicker do Éverton:

>> www.fl ickr.com/photos/evertontxMaiquel Thé[email protected]@gazeta.fm.br

PLAY LISTAtendendo a pedidos, apresentamos algu-mas das confi rmadas no play list do nosso programa: San Marino – Ele te trai Brilha Som – Maluca G 10 – Cristal Quebrado Sétimo Sentido – Te amo demais Fernando e Sorocaba – Bala de prata Rud e Robsom – Beber Cair e

Levantar Victor e Léo - Fotos 2001 - Pirigueti Tchê Barbaridade – Agora é tarde Tchê Garotos – É problema meu

E aí, quer ajudar a fazer a programação musical do Bailão 101? É simples! Basta interagir conosco durante o programa. Par-ticipações através do telefone 3715 0700. No torpedo, comece a mensagem com a palavra GAZETAFM, dê um espaço e encami-nhe o recado para 49123. Ou para o e-mail – [email protected]. NOVOS INTEGRANTES...Tem gente nova na Banda Toque de Mági-ca. Adriano, ex-vocalista do JM, é o novo parceiro de Mauricio Nunes. No JM, a novi-dade é Maurício Paz, ex-Banda Fama. Já na Banda Alegria quem chega para assumir a linha de frente é Marcelo Serra, ex-Banda Modello. Buena, por hoje é isso. Fiquem com Deus! Abraços!

Aquele salve, galera! Beleza? É hora de conferir os toques da semana do Bailão 101. Vamos nessa?

U2 COVERAmanhã, na InSide, rola mais um evento de sucesso Gazeta FM 101.7 – 25 anos. Show Internacional com a Banda Unno, a melhor banda cover do U2 da América Latina e única reconhecida no mundo pelo próprio U2. Ainda som com os Djʼs Goettms (pop rock), Samu-k (anos 80 e dance), Dru (pa-gode) e este colunista (bailão). Antecipados na Móveis de Gramado Benetti, Portobello Shop, Gazeta e InSide. Esperamos você!

•Márcia [email protected]

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