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PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________ PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS Processo TCM nº 08996-13 Exercício Financeiro de 2012 Prefeitura Municipal de EUNÁPOLIS Gestor: José Robério Batista de Oliveira Relator Cons. Paolo Marconi PARECER PRÉVIO Opina pela rejeição, porque irregulares, das contas da Prefeitura Municipal de EUNÁPOLIS, relativas ao exercício financeiro de 2012. O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes: DA PRESTAÇÃO DE CONTAS Este processo refere-se à prestação de contas da Prefeitura Municipal de EUNÁPOLIS, exercício financeiro de 2012, de responsabilidade do Sr. José Robério Batista de Oliveira , encaminhada mediante ofício do Presidente do Poder Legislativo e autuada sob o nº 08996/13, cuja entrada neste Tribunal se deu no prazo legal, com informação de que a documentação foi enviada à Câmara para fins de disponibilidade pública, nos termos do art. 95, § 2º, da Constituição Estadual, c/c os arts. 54, Parágrafo Único, e 55, da Lei Complementar nº 06/91. Consta dos autos o Edital nº 04/2013, demonstrando que as contas foram colocadas em disponibilidade pública, atendendo, portanto, o que determinam o parágrafo 3º, do art. 31, da CRFB, o parágrafo 1º, do art. 63 da Constituição Estadual e os arts. 53 e 54, da Lei Complementar n.º 06/91. Consta nos autos da Prestação de Contas da Câmara municipal a comprovação da publicação do referido Ato, em cumprimento ao disposto no art. 48 da Lei Complementar nº 101/00 – LRF. O processo foi instruído com a Cientificação/Relatório Anual de fls. 813/1138, expedido com base nas análises mensais, elaboradas pela 26ª Inspetoria Regional e submetida à análise das Unidades da Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 1144/1177. 1

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PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTASProcesso TCM nº 08996-13Exercício Financeiro de 2012Prefeitura Municipal de EUNÁPOLIS Gestor: José Robério Batista de OliveiraRelator Cons. Paolo Marconi

PARECER PRÉVIO Opina pela rejeição, porque irregulares, das contas da Prefeitura Municipal de EUNÁPOLIS, relativas ao exercício financeiro de 2012.

O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes:

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Este processo refere-se à prestação de contas da Prefeitura Municipal de EUNÁPOLIS, exercício financeiro de 2012, de responsabilidade do Sr. José Robério Batista de Oliveira, encaminhada mediante ofício do Presidente do Poder Legislativo e autuada sob o nº 08996/13, cuja entrada neste Tribunal se deu no prazo legal, com informação de que a documentação foi enviada à Câmara para fins de disponibilidade pública, nos termos do art. 95, § 2º, da Constituição Estadual, c/c os arts. 54, Parágrafo Único, e 55, da Lei Complementar nº 06/91.

Consta dos autos o Edital nº 04/2013, demonstrando que as contas foram colocadas em disponibilidade pública, atendendo, portanto, o que determinam o parágrafo 3º, do art. 31, da CRFB, o parágrafo 1º, do art. 63 da Constituição Estadual e os arts. 53 e 54, da Lei Complementar n.º 06/91. Consta nos autos da Prestação de Contas da Câmara municipal a comprovação da publicação do referido Ato, em cumprimento ao disposto no art. 48 da Lei Complementar nº 101/00 – LRF.

O processo foi instruído com a Cientificação/Relatório Anual de fls. 813/1138, expedido com base nas análises mensais, elaboradas pela 26ª Inspetoria Regional e submetida à análise das Unidades da Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 1144/1177.

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Distribuído por sorteio para esta Relatoria, determinou-se a conversão do processo em diligência externa, com notificação ao Gestor através do Edital nº 172/2013, publicado no Diário Oficial do Estado, de 28 de agosto de 2013. Em 17/09/2013 foi deferida solicitação de prorrogação do prazo legal por mais oito dias, ainda assim, manifestou-se o Gestor intempestivamente, nos termos do processo nº 14804/13, datado de 01/10/2013 (fls. 1201/1212).Em respeito ao princípio da ampla defesa e do contraditório, no dia previsto para julgamento do processo (05/11/2013), solicitou o Gestor novo prazo e consequentemente retirada de pauta, no que foi atendido, com a condição de que seria novamente colocado em pauta na semana seguinte.

Posteriormente, no dia 18/11/2013 deu entrada neste Gabinete, novos documentos apresentados pelo Gestor, registrando-se que a intempestividade da apresentação dessa documentação, composta de diversos processos de pagamento, impossibilitou o seu exame pelos técnicos deste Gabinete, não sendo assim acadada por esta Relatoria.

Dos Exercícios Anteriores

As prestações de contas dos exercícios financeiros de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011, todas de responsabilidade deste Gestor, foram aprovadas com ressalvas em 2005 e 2007 com aplicação de multas de R$ 2.000,00 respectivamente e rejeitadas em 2006, 2008, 2009, 2010 e 2011 com multas respectivas de R$ 5.000,00, 8.000,00, R$ 13.000,00, R$ 15.000,00 e 25.000,00, cujos recolhimentos ainda não foram comprovados.

DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

O alicerce e ponto de partida para qualquer Gestão é o processo de planejamento. A ação planejada na Administração Pública tem como premissa a execução de planos previamente traçados, orientados pelos anseios e necessidades da população, reduzindo assim os riscos e otimizando os recursos do Município.

A Constituição de 1988, em seu art. 165, caput, reforça as atribuições do planejamento e de execução dos gastos públicos, preconizando através de lei de iniciativa do Poder Executivo, a elaboração do Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA, os quais passarão a ser objeto de efetivo acompanhamento da gestão, 2

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servindo de subsídios para tomadas de decisões e de avaliações periódicas.

Plano Plurianual - PPA

O PPA, contemplado na Carta Magna, no art. 165, inciso I, é o planejamento estratégico das ações governamentais. Com duração de quatro anos, nele serão estabelecidas de forma regionalizada, levando-se em consideração as particularidades e os potenciais de cada Município, a proposição de programas e ações, para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para os programas de duração continuada.

A Lei nº 709, de 19 de outubro de 2009, aprovou o Plano Plurianual – PPA, para o período de 2010 a 2013, cumprindo o previsto no art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal ao ter sido comprovado a sua publicação em meio eletrônico.

Reincidentemente, não apresentou o Gestor a comprovação de sua publicidade, já questionada no exercício anterior, inobservando o disposto no art. 48 da LC nº 101/00.

Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO

O capítulo da Lei de Responsabilidade Fiscal dedicado ao planejamento dá destaque para o instrumento denominado Diretrizes Orçamentárias, cujas finalidades, inicialmente determinadas no art. 165, § 2º, da Constituição da República, foram ampliadas, conforme se depreende do art. 4º daquela Lei.

A Lei nº 781, de 1º de julho de 2011, aprovou as Diretrizes Orçamentárias – LDO do Município para o exercício de 2012. Consta nos autos a comprovação da sua publicação em meio eletrônico, em cumprimento ao art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Da análise da Lei de Diretrizes Orçamentária, verifica-se que ela é omissa com relação as normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamento, em descumprimento ao art. 4º, I, alínea “e” da Lei Federal nº 101/00 – LRF. Da mesma forma, ao tratar da Reserva de Contingência não especifica sua forma de utilização e seu montante, em descumprimento ao art. 5º, inciso III da LRF.

Verifica-se, também que o Anexo de Metas Fiscais não apresenta: 3

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• o montante da dívida pública, para o exercício a que se refere e para os dois seguintes, em descumprimento ao § 1º do art. 4º da LRF.

• o demonstrativo de metas anuais instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, em descumprimento ao inciso II, § 2º, art. 4º.

• a evolução do patrimônio líquido destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos, descumprindo o inciso III, § 2º, art. 4º da LRF.

Embora de responsabilidade da Administração anterior, alerta-se ao atual Gestor para que observe tais dispositivos na elaboração da próxima Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Lei Orçamentária Anual – LOA

A Lei Orçamentária Anual estabelece limites de despesas, em função da receita estimada para o exercício financeiro a que se referir, obedecendo os princípios da unidade, universalidade e anuidade.

A Lei nº 795, de 13 de dezembro de 2011 arovou o orçamento do Município, fixando-o em R$ 162.644.950,00, sendo R$ 110.652.300,00 relativo ao Orçamento Fiscal e R$ 51.992.650,00 para Seguridade Social, com o respectivo comprovante de sua publicação.

O artigo 8º autorizou a abertura de créditos suplementares até o limite de 40% decorrentes de superávit financeiro, excesso de arrecadação e anulação de dotações .

Registre-se que a LOA foi omissa ao não apresentar o Demonstrativo dos efeitos sobre as receitas e despesas decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, conforme § 6º do art. 165 da CRFB. Outro aspecto relevante a ser informado é que não consta na LOA o total das despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual e as receitas que as atenderão, conforme § 1º do art. 5º da LRF.

Verifica-se também, que houve irregularidade no inciso III, do artigo 8°, por conter matéria estranha ao texto Constitucional, uma vez que autoriza o Poder Executivo a realizar transposições, 4

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remanejamentos ou transferências de recursos, contrariando o disposto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal. Insta observar ainda, que Assessoria Jurídica dessa Corte, adotou o entendimento na forma consignada nos Pareceres de números 1.416/06, 234/07 e 1583/07, donde se extraem os seguintes excertos:

“(...)Registre-se, por sua pertinência, que a transposição, o remanejamento e a transferência, VEDADOS PELO ART. 167, VI DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, devem ser aceitos, unicamente, como uma CONTINGÊNCIA da Administração, face à variabilidade dos fatos e da modificação das condições que atuaram na elaboração do orçamento, e, por isso mesmo, são admitidos dentro de determinados critérios técnicos e legais.

Havendo necessidade de transposição total ou parcial de dotação de um elemento para outro, dentro ou fora da mesma unidade orçamentária, será indispensável que, POR LEI ESPECÍFICA, se anule a verba inútil ou a sua parte excedente e se transfira o crédito resultante dessa anulação para a dotação que se mostrou insuficiente.

Isto posto, concluímos este nosso opinativo salientando que, concernentemente à transposição, remanejamento e transferência de recursos, a AUTORIZAÇÃO GENÉRICA, consoante lecionam HELLY LOPES MEIRELLE e JOSÉ AFONSO DA SILVA, É INCONSTITUCIONAL, isso porque a prévia autorização legal a que alude o inciso VI do art. 167 da Constituição Federal terá de ser postulada e concedida EM CADA CASO EM QUE SE MOSTRE NECESSÁRIA A TRANSPOSIÇÃO DE RECURSOS.”

Constata-se ausência do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, descumprindo o que determina o art. 165 § 6º da CF/88.

Não foi encaminhada comprovação de disponibilização ao Poder Legislativo e ao Ministério Público dos estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida e as respectivas memórias de cálculo, descumprindo o que determina o art. 12, § 3° da LRF.

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Reincidentemente não foram encaminhadas as atas de audiência pública realizadas durante os processos de elaboração e discussão do PPA, LDO e LOA, as quais se referem o inciso I do parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal ( Lei nº 101/00).

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: (Redação dada pela Lei Complementar nº 131, de 2009).

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).

Desta sorte, recomendamos à atual Administração que na elaboração das próximas peças orçamentárias se contemple todas as determinações contidas na Carta Magna e na Lei Federal nº 101/00.

Programação Financeira

Consta dos autos a Programação Financeira e o cronograma mensal de desembolso, sendo este o instrumento instituído pelo art. 8º da LRF que possibilita ao Gestor traçar um programa de utilização dos créditos orçamentários aprovados no exercício, bem como efetivar uma análise comparativa entre o previsto na LOA e a sua realização mensal, compatibilizando a execução das despesas, com as receitas arrecadadas no período, devidamente aprovada pelo Decreto nº 3.810, de 24 de janeiro de 2012 e publicada em meio eletrônico.

DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Créditos Adicionais Suplementares

Segundo o Pronunciamento Técnico foram promovidas alterações orçamentárias no montante de R$ 101.845.065,85, sendo contabilizado no Demonstrativo de Despesa do mês de dezembro de 2012 o mesmo valor. 6

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Quanto aos Decretos apresentados, relacionam-se as seguintes irregularidades :

• Em que pese a Lei nº 812/12 ter autorizado a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 526.500,00, entende-se como crédito especial, por ter sido criado novo elemento de despesa;

• A Lei nº 812/12 autorizou a abertura de crédito adicional para o elemento de despesa nº 3.3.90.36.00.00.000 no valor de R$ 8.000,00 sendo que o Decreto nº 3865/12 abriu a quantia de R$ 12.000,00, portanto, R$ 4.000,00 em desacordo com a Lei;

• A Lei nº 812/12 autorizou a abertura de crédito adicional especial para o projeto 17.451.120.1116, da unidade 0901 em R$ 1.900.000,00 pela fonte 022. Verifica-se que o Decreto nº 3866/12 utilizou o recurso pela fonte 024, dotação diversa da Lei autorizativa.

CRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOS POR FONTE DE EXCESSO DE ARRECADAÇÃO

Conforme Anexo X – Comparativo da Receita Prevista com a Arrecadada, houve no exercício excesso de arrecadação em R$ 2.402.723,87. De acordo com os decretos apresentados, houve abertura de créditos adicionais por fonte “excesso de arrecadação” em R$ 20.269.195,00, valor superior ao excesso de arrecadação do exercício, em descumprimento ao art. 43 da Lei 4.320/64:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

CRÉDITOS ADICIONAIS SUPLEMENTARES

Conforme decretos do Poder Executivo, foram abertos créditos adicionais suplementares em R$ 70.798.879,24, sendo R$ 61.107.504,24 por anulação de dotação e R$ 9.691.375,00 por excesso de arrecadação; estando esses valores contabilizados no Demonstrativo de Despesa do mês de dezembro.Ressalte-se que a LOA autorizou a abertura de créditos adicionais suplementares até o limite de 40% das despesas orçamentárias, equivalente a R$ 65.057.980,00 e a abertura de créditos adicionais 7

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suplementares por anulação de dotação e excesso de arrecadação somou R$ 70.798.879,24, sendo abertos R$ 5.740.899,24 valor superior ao limite estabelecido pela Lei Orçamentária, em descumprimento ao art. 167, V, da Constituição Federal.

Art. 167. São vedados:

(...)

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

CRÉDITOS ADICIONAIS ESPECIAISConforme decretos do Poder Executivo, foram abertos créditos adicionais especiais no total de R$ 16.251.120,00, sendo R$ 5.673.300,00 por anulação de dotação e R$ 10.577.820,00 por excesso de arrecadação, cuja contabilização encontra-se constatada pelo Demonstrativo de Movimento do mês de dezembro.

Não consta dos autos a Lei que autorizou a abertura de crédito especial para a Câmara Municipal no valor de R$ 3.000,00, descumprindo o que determina o artigo 167, inciso V, da Constituição Federal. Registre-se que o crédito especial foi aberto pelo Decreto nº 3994 e contabilizado no demonstrativo de despesa.

Quadro de Detalhamento da Despesa – QDD

O quadro de detalhamento de despesa é elaborado no início do exercício, discriminando os elementos de despesas pelos projetos/atividades, de cada órgão da estrutura administrativa municipal.

Não consta dos autos o Decreto que aprovou o Quadro de Detalhamento da Despesa do Poder Executivo Municipal para o exercício.

Mediante Atos do Poder Executivo, ocorreram alterações do Quadro de Detalhamento da Despesa – QDD em R$ 14.795.066,61, devidamente registrados no Demonstrativo de Despesa de dezembro.

DO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

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O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia estabeleceu através da Resolução TCM nº 1255/07 uma nova estratégia de Controle Externo, com a implantação do Sistema Integrado de Gestão e Auditoria – SIGA, desenvolvido em modelo WEB, para recepcionar, por meio da internet, dados e informações mensais e anuais sobre a execução orçamentária e financeira das entidades fiscalizadas.

Com o objetivo de aperfeiçoar o controle externo, o TCM instituiu a Resolução nº 1282/09, que dispõe sobre a obrigatoriedade de os órgãos e entidades da administração direta e indireta municipal remeterem a esta Corte de Contas, pelo SIGA, dados e informações da gestão pública municipal, na forma e prazos exigidos, a partir do exercício de 2010.

A 26ª Inspetoria Regional de Controle Externo exerceu a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Município, notificando mensalmente o Gestor sobre as falhas e irregularidades detectadas no exame da documentação mensal. As ocorrências não sanadas ou não satisfatoriamente esclarecidas, devidamente consolidadas no incluso Relatório Anual de fls. 813/1138, são:

• não apresentação à 26ª IRCE de seis processos licitatórios, dispensas e/ou inexigibilidades para análise mensal, em descumprimento à Resolução TCM 1060/05: PP 017/2012 – venda de cotas de patrocínio relativas ao festejos juninos - PEDRÃO 2012 (R$ 800.000,00), TP 004/2012 – serviços de manutenção e readequação da infraestrutura urbana (R$ 599.939,82), PP 018/2012 – serviços de suporte logístico e infraestrutura para festejos juninos (R$ 1.500.000,00), PP 019/2012 – aquisição de motocicleta e um veículo para secretaria de saúde (R$ 65.846,00), PP 022/2012 – aquisição de material odontológico (R$ 402.414,11), PP 027/2012 – aquisição de fardamentos para secretaria de saúde (R$ 78.830,00), totalizando R$ 3.447.029,93;

• ausência de comprovação de notória especialização dos profissionais contratados por inexigibilidade: ORGAL – Consultoria Organizacional Contábil e Administrativa (R$ 182.850,00), G & R Assessoria e Consultoria Ltda. (R$

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272.116,00), Valença e Fahel Advogados Associados (R$ 220.000,00), Fabiana Bastos de Oliveira (R$ 126.108,00), Oziel Bonfim da Silva (R$ 180.000,00), INTEGRAR C.E.A. PRO. D.E.E.S. LTDA (R$ 90.800,00), Portal Contabilidade e Consultoria em Gestão Pública (R$ 75.000,00);

• irregularidades apresentadas nas licitações, dispensas e/ou inexigibilidade, a exemplo de: aditivo contratual realizado em desacordo ao quanto preconizado no Art. 57, II, da Lei Federal 8.666/93; ausência de publicação, na Tomada de Preços, do resumo do edital em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra; ausência das razões e justificativas que motivaram a escolha da empresa, banda, grupo musical ou artista específico, Chiclete Com Banana (R$ 330.000,00), Michel Teló (R$ 200.000,00), Ivete Sangalo (R$ 400.000,00), Leonardo (R$ 150.000,00); ausência de publicação na Imprensa Oficial do processo de Dispensa/Inexigibilidade de licitação;

• ausência de informação no SIGA dos dados referentes as licitações quanto aos participantes, publicações, certidões de prova de regularidade fiscal e trabalhista;

• despesas de R$ 5.326,75 com pagamento de juros e multas por atraso no adimplemento de obrigações junto a COELBA, TELEMAR, EMBASA, CORREIOS de fevereiro a dezembro;

• contratação de pessoal sem concurso público, ferindo o art. 37, inciso II da Constituição Federal, durante todo o exercício;

• despesas com publicidade sem que constem dos autos elementos que comprovem a efetiva publicação e seu conteúdo conforme determinado no Parecer Normativo nº 11/2005, através dos processos de pagamentos nºs 155/12 (R$ 106.691,46), 583/12 (R$ 106.263,41) 586/12 (R$ 30.462,95), 584/12 (R$ 108.831,21), tendo como credor a empresa W4 Comunicação e Marketing Ltda., totalizando R$ 352.249,03;

DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - LEI nº 4.320/64

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Os Demonstrativos Contábeis foram assinados por Contabilista, devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade, sendo afixado o selo de Declaração de Habilitação Profissional – DHP, em cumprimento ao disposto na Resolução n° 1363/2011, do Conselho Federal de Contabilidade.

Confronto com as Contas da Câmara

Verifica-se que os Balanços Contábeis consolidados pela Prefeitura não constam dos registros da Câmara. A falta de discriminação dos valores segregados compromete a verificação dos dados contabilizados pelos Poderes nos Anexos da Lei nº 4.320/64.

Adverte-se o Prefeito Municipal e o Presidente do Legislativo, para que realizem a consolidação das Contas Públicas corretamente para que reflitam a real situação patrimonial do Município, em obediência ao art. 110 da Lei Federal nº 4.320/64. Frise-se que o art. 50, III, determina que “as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive a empresa estatal dependente”.

Balanço Orçamentário

O confronto das receitas e despesas previstas com a realizada, conforme previsto no art. 102 da Lei nº 4.320/64, demonstra no quadro abaixo o resultado orçamentário do exercício.

Para um melhor acompanhamento da realização orçamentária, a Associação Brasileira de Orçamento Público – ABOP desenvolveu uma tabela com índices de acompanhamento, tanto da receita quanto da despesa em relação aos valores orçados. Utilizando-se desses critérios, no que concerne aos desvios de 1,48% para a receita e 11,76% para as despesas, conclui-se que a Administração

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RECEITA DESPESA

Prevista 162.644.950,00 Autorizada 182.914.145,00

Realizada 165.047.673,87 Realizada 161.394.150,56

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obteve um conceito “ótimo” para a receita e “deficiente” para a despesa.

Fica assim evidente que o orçamento foi elaborado sem atender a critérios adequados de planejamento, inobservando a efetiva realidade financeira da entidade. Com advento da Lei de Responsabilidade Fiscal não mais é permitido às entidades públicas elaborarem seus orçamentos sem as imprescindíveis determinações constantes de suas disposições normativas, sob pena de responsabilidade.

Receita Orçamentária

De acordo com o Balanço Orçamentário, a arrecadação foi de R$ 165.047.673,87, superior em 1,48% à sua previsão, o que demonstra que a previsão de receita foi equilibrada. As receitas correntes, destinadas a cobrir as atividades governamentais, alcançaram R$ 152.107.232,90, enquanto as receitas de capital, decorrentes de alienação de bens e transferências de capital foram de R$ 12.940.440,97.

Despesa Realizada

As despesas fixadas no orçamento foram majoradas em R$ 20.269.195,00, passando para R$ 182.914.145,00. Em comparação com o valor originalmente previsto, houve economia orçamentária de R$ 1.250.799,44, vez que foram gastos R$ 161.394.150,56, ante 12

ÍNDICES DA ABOP

CONCEITO CRITÉRIOS

ÓTIMO Diferença < 2,5%

BOM Diferença entre 2,5% e 5%

REGULAR Diferença entre 5% e 10%

DEFICIENTE Diferença entre 10% e 15%

ALTAMENTE DEFICIENTE Diferença > 15%

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uma fixação de R$ 162.644.950,00. Assim, as despesas efetivamente executadas corresponderam a 88,23% do valor autorizado.

A Despesa Realizada em 2011 e 2012 comportou-se conforme tabela abaixo:

As despesas com manutenção e o funcionamento dos serviços públicos, classificadas como Despesas Correntes, tiveram um incremento de 11,77% em relação ao exercício de 2011, representando em 2012, 88,17% do total das despesas realizadas no exercício.

Resultado da Execução Orçamentária

Em relação ao exercício de 2011, verifica-se que a receita cresceu 14,02% e a despesa 6,81%. A execução orçamentária deficitária de R$ 6.356.912,37 do exercício anterior passou a superavitária no exercício sob exame, em R$ 3.653.523,31, conforme quadro abaixo:

Balanço Financeiro

Esta peça contábil tem o objetivo de evidenciar o fluxo financeiro ocorrido na entidade, ilustrando a receita e despesa compreendidas na execução orçamentária, bem como os recebimentos e pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os 13

Despesas 2011 2012 Variação(%)Despesas Correntes 127.319.688,79 142.299.409,65 11,77Pessoal e Encargos 73.927.951,62 87.728.493,97 18,67

Juros e Encargos da dívida 46,06 183,98 299,44Outras despesas correntes 53.391.691,11 54.570.731,70 2,21

Despesas de Capital 23.788.243,60 19.094.740,91 -19,73Total 151.107.932,39 161.394.150,56

Descrição 2011 (R$) 2012 (R$) %

Receita 144.751.020,02 165.047.673,87 14,02

Despesa 151.107.932,39 161.394.150,56 6,81

Resultado -6.356.912,37 3.653.523,31

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saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que são transferidos para o exercício seguinte.

O resultado do Balanço Financeiro foi o seguinte:

Do total de R$ 229.854.335,09 de ingressos, R$ 165.047.673,87 são orçamentários, R$ 22.536.892,94 de origem extraorçamentária, R$ 30.958.933,62 de transferências financeiras e R$ 11.310.834,66 oriundos do exercício anterior.

Verifica-se que a Administração infringiu ao art. 103 da Lei nº 4.320/64 ao contabilizar como ativo realizável no Balanço Patrimonial e incluir como saldo em espécie para os exercícios anterior e seguinte, as importâncias respectivas de R$ 1.911.963,78 e R$ 199.008,21.Questionado acerca da diferença de R$ 785.051,39 apurado entre as receitas extraorçamentárias contabilizadas no Balanço Financeiro em R$ 16.681.386,46 e o registrado no Demonstrativo das Receitas Extraorçamentária de dezembro em R$ 17.466.437,85, o Gestor foi silente.

Instado a esclarecer acerca da diferença de R$ 22.200,00 apresentada entre as despesas extraorçamentárias contabilizadas no Balanço Financeiro em R$ 30.627.661,34 e o registrado no Demonstrativo das Despesas Extraorçamentária de dezembro em R$ 30.649.861,34, mais uma vez o Gestor silenciou-se.

As divergências mencionadas no exame das peças contábeis impactam a variação patrimonial do Município e comprometem a confiabilidade dos dados, desrespeitando os princípios contábeis da continuidade, oportunidade e competência, estabelecidos nos artigos 5º, 6º e 9º da Resolução CFC 750/93, devendo a administração ao elaborar as próximas peças contábeis ter um maior zelo no que diz respeito a escrituração contábil, a fim de 14

RECEITA (R$) DESPESA (R$)Orçamentária 165.047.673,87 Orçamentária 161.394.150,56Extra orçamentária 22.536.892,94 Extra orçamentária 30.627.661,34Saldo exercício anterior 11.310.834,66 Saldo exercício seguinte 12.767.262,95Transferências financeiras 30.958.933,62 Transferências financeiras 25.065.260,24Total 229.854.335,09 Total 229.854.335,09

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garantir maior grau de segurança na situação patrimonial ao final do exercício.

A Norma Brasileira de Contabilidade NBC T2 – Da escrituração Contábil (CFC 2000) estabelece que a entidade deve manter sistema de escrituração uniforme de seus atos e fatos administrativos. Ademais, o Município deve obedecer imperiosamente, o Princípio Contábil da Oportunidade, que exige a apreensão, o registro e o relato de todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma entidade no momento que elas ocorrem.

Adverte-se a atual Administração para que proceda os devidos ajustes no exercício financeiro subsequente, com fins de demonstrar de forma correta os saldos das contas no Balanço Patrimonial e demais anexos exigidos pela Lei nº 4.320/64, devendo acompanhar as Demonstrações Contábeis notas explicativas sobre o assunto para exame quando de sua apreciação.

Balanço Patrimonial

Apresenta o estado patrimonial da Entidade ao final do exercício, através de seus investimentos e de sua origem, representando os bens, direitos e obrigações.

A situação patrimonial ao final do exercício sob análise está demonstrada abaixo:

O Balanço Patrimonial apresentou um resultado de Ativo Real Líquido de R$ 49.819.594,14, em face do Ativo Real Líquido do exercício de 2011, de R$ 23.315.709,15, adicionado do superávit patrimonial do exercício sob exame, de R$ 26.503.884,99.

Ativo Disponibilidade de recursos 15

ATIVO PASSIVO

FinanceiroDisponível 12.568.254,74

Financeiro 10.407.097,36Realizável 199.008,21

Permanente 130.692.905,51 Permanente 83.233.476,96

Passivo Real Ativo Real Liquído 49.819.594,14

Total Ativo 143.460.168,46 Total Passivo 143.460.168,46

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Conforme Balanço Patrimonial, as disponibilidades financeiras do Município ao final do exercício, alcançaram o montante de R$ 12.767.262,95, valor este 1,12% superior ao apresentado no exercício anterior.Ativo Realizável

Este grupo do ativo evidenciou diversas contas totalizando R$ 199.008,21, que representam valores relevantes pendentes para ingressar no Tesouro Municipal, devendo a Administração evitar que estas pendências perdurem nas contas subsequentes.

Questionado sobre as ações que estão sendo implementadas para regularização das contas de adiantamentos concedidos em R$ 8.679,44 e diversos responsáveis em R$ 170.388,54 contabilizadas no ativo realizável, e ainda, o registro de “Despesas a Classificar”, que pode caracterizar realização de despesa sem prévio empenho em R$ 761.988,03, em desacordo ao previsto no art. 60 da Lei Federal nº 4.320/64, o Gestor não se pronunciou.

Ativo Permanente

Adverte-se a Administração para que observe a Resolução CFC nº 1.136/08 e as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBC T 16.9, apropriando a depreciação dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Inicia-se a Depreciação com a colocação do uso do bem, e deve ser obrigatoriamente reconhecida pela Entidade, adotando o método que seja compatível com a vida útil econômica do ativo.

Passivo

No grupo do Passivo, integrante também do Balanço Patrimonial, estão registradas as dívidas de curto e longo prazos do Município, a seguir representada:

Passivo Financeiro 16

PASSIVO VALOR

Passivo Financeiro 10.407.097,36

Passivo Permanente 83.233.476,96

Total do Passivo Real 93.640.574,32

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No Passivo Financeiro foram identificadas obrigações a pagar perante o INSS de R$ 3.632.927,87 oriundas de retenções de servidores, sem que a Administração tenha recursos disponíveis para seu adimplemento. Determina-se a atual Administração que faça imediatamente os recolhimentos devidos, porquanto deixar de repassar à Previdência Social, no prazo legal, as contribuições recolhidas dos servidores caracterizam ilícito penal tipificado como “apropriação indébita previdenciária”, com as cominações previstas na Lei Federal nº 9.983, de 14 de julho de 2000.

Além disso, evidenciam-se no Passivo Financeiro as contas ISS e IRRF com saldos totais de R$ 215,06 e R$ 2.105,13, respectivamente. Esses valores constituem receitas orçamentárias do município, conforme disposto nos arts. 156, inciso III (ISS) e 158, inciso I (IRRF) da Constituição Federal, não podendo ser considerados como obrigações da Prefeitura.

É salutar mencionar que o repasse tempestivo para o Município de suas receitas tem impacto direto no valor mínimo a ser aplicado na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde, em face do aumento nas receitas tributárias, beneficiando assim a população.

Deve a atual Administração regularizar essas pendências.

Passivo Permanente

A análise da Dívida Fundada do Município demonstra que R$ 83.233.476,96 correspondem às dívidas com o INSS, PASEP, EMBASA e DESENBAHIA. Em relação ao exercício de 2011 houve um crescimento de 14,92% em 2012.

Do total da Dívida Fundada do Município, 97,75% corresponderam a compromissos com o INSS, e comparando o exercício de 2011 com o de 2012, houve um aumento de 15,60%, evidenciando que administração da dívida de longo prazo não está adequada, podendo comprometer no futuro o equilíbrio das contas públicas municipais. Conforme certidão apresentada pela Secretaria de Receita Federal do Brasil, das dívidas perante o INSS, R$ 78.865.395,79 pertencem à Prefeitura e R$ 2.497.293,92 são débitos da Câmara Municipal.

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A Dívida Fundada Interna apresentava saldo anterior de R$ 72.426.175,42, havendo no exercício inscrição de R$ 45.784.477,72 e baixa de R$ 21.343.112,90, remanescendo saldo de R$ 83.379.262,58, divergente em R$ 145.785,62 do contabilizado no Anexo XIV R$ 83.233.476,96. Outrossim, registra-se que as movimentações acima descritas encontram-se diversas das registradas no Demonstrativo da Dívida Fundada, conforme demonstrado pela tabela a seguir:

Não constam nos autos os extratos/documentos relativos a Dívidas Passivas com o Fundo Municipal de Saúde em R$ 10.919,75 e Jotagê em R$ 3.500.243,40, em descumprimento ao item 39, art. 9º, da Resolução TCM nº 1.060/05. Da análise dos valores contabilizados no Demonstrativo em relação aos extratos do INSS e da Embasa nos autos, verifica-se divergências que não foram esclarecidas pelo Gestor:

Adverte-se a atual Administração para que proceda os devidos ajustes no exercício financeiro subsequente, com fins de demonstrar de forma correta os saldos das contas no Balanço Patrimonial e demais anexos exigidos pela Lei nº 4.320/64, devendo acompanhar as Demonstrações Contábeis notas explicativas sobre o assunto para exame quando de sua apreciação.

Dívida Ativa

Reincidentemente o Balanço Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais, não fazem distinção entre a Dívida Ativa 18

Anexos XIV e XV Contas BP/11 Inscrição Baixa Saldo/12 (1) BP/12 (2)

Por Contrato 72.385.239,98 13.488.277,66 6.005.418,21 79.868.099,43 83.233.476,96 PESEP 150.057,54 EMBASA 32.264,99 INSS 13.220.319,86 DESENBAHIA 85.635,27 FMS 40.935,44 15.307.679,00 15.337.694,69 10.919,75 - Jotagê 3.500.243,40 3.500.243,40 - TOTAL 72.426.175,42 45.784.477,72 21.343.112,90 83.379.262,58 83.233.476,96

Diferença 1 - 2 145.785,62

Contas Saldo/12 Extrato da Dívida Diferença

EMBASA 556.727,10 5.154.853,01 (4.598.125,91)

INSS 81.362.689,71 81.585.395,42 (222.705,71)

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Tributária e não Tributária do Município, em descumprimento ao art. 39 da Lei Federal nº 4.320/64, comprometendo assim, a identificação dos valores por natureza fiscal que foram cobrados, baixados e inscritos, uma vez que apresentam apenas o valor global.O Saldo da Dívida Ativa referente ao exercício de 2011 foi de R$ 44.505.384,83. A Demonstração das Variações Patrimoniais registra que no exercício financeiro de 2012 foi efetuada a cobrança desta dívida em R$1.079.640,97, representando 2,43% do saldo do exercício anterior. Como houve inscrição de R$ 9.038.820,61 e correção de R$ 7.858.821,02, resultou ao final o saldo de R$ 60.323.385,49.

Verifica-se no Anexo X que o valor referente à cobrança da dívida ativa foi de R$ 1.486.278,06, divergente em R$ 406.637,09 do contabilizado na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP que foi de R$ 1.079.640,97, sem que o Gestor tenha se pronunciado acerca dessa divergência.

Ressalte-se que constam no Sistema de Multas e Ressarcimentos do TCM diversos débitos imputados a ex-gestores deste Município e que em face da data de vencimento e não liquidados, já deveriam estar inscritos na Dívida Ativa não Tributária, sem que constem sua contabilização no Balanço Patrimonial desta natureza.

Dívida Consolidada Líquida

O Pronunciamento Técnico indica que a Dívida Consolidada Líquida do Município obedeceu ao limite de 1,2 vezes da Receita Corrente Líquida, em cumprimento ao disposto no art. 3º, inciso II, da Resolução nº 40, de 20.12.2001, do Senado Federal, tendo em vista essa Dívida ter correspondido a R$ 74.931.405,79, representando 47,46% da Receita Corrente Líquida de R$ 157.888.928,25, conforme abaixo demonstrado:

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Restos a Pagar

Da análise do Balanço Patrimonial, conforme demonstrado na tabela abaixo, fica evidenciado que não há saldo suficiente para cobrir os Restos a Pagar inscritos no exercício financeiro em exame, para os cancelamentos realizados de exercícios anteriores, para o INSS transferido para Dívida Fundada e para as Despesas de Exercícios Anteriores, em descumprimento ao artigo 42 da LRF.

• Processo Administrativo não acatado.

Na diligência anual foram apresentados pelo Gestor os Pedidos de Parcelamento de Débitos – PEPAR junto à Secretaria da Receita Federal dos valores relativos a débitos previdenciários em R$ 5.770.764,91, valor este acatado por esta Relatoria.

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DESCRIÇÃO Valor R$

Passivo Permanente 83.233.476,96

(-)Ativo Disponível 12.568.254,74

(-)Haveres Financeiros -

(+)Restos a Pagar Processados do Exercício 4.266.183,57

(=)Dívida Consolidada Líquida 74.931.405,79

Receita Corrente Líquida 157.888.928,25

(%) Endividamento 47,46%

(+) Caixa e Bancos 12.568.254,74

0,00

12.568.254,74

4.551.590,88

0,00

8.016.663,86

(-) Restos a Pagar do Exercício 5.855.506,48

(-) Restos a Pagar Cancelados* 5.590.629,53

(-) INSS transferido para Dívida Fundada sem comprovação de parcelamento 7.491.474,47

953.140,18

-11.874.086,80

(+) Haveres Financeiros

(=) Disponibilidade Financeira

(-) Consignações e Retenções

(-) Restos a Pagar de exercícios anteriores

(=) Disponibilidade de Caixa

(-) Despesas de exercícios anteriores

(=) Saldo

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Ainda que considerados os valores relativos ao parcelamento de dívida com o INSS junto à Receita Federal apresentados na defesa, conforme demonstrado na tabela acima, fica evidenciado que não há saldo suficiente para cobrir os Restos a Pagar inscritos no exercício financeiro em exame em R$ 5.855.506,48, para os cancelamentos realizados de exercícios anteriores em R$ 5.590.629,53, para o INSS transferido do Passivo Financeiro para o Passivo Permanente em R$ 1.720.709,56 e para as Despesas de Exercícios Anteriores em R$ 953.140,18, em descumprimento ao artigo 42 da LRF.

Consta às fls. 190/205 a Relação de Restos a Pagar, em cumprimento do quanto disposto no item 29, do art. 9º da Resolução TCM nº 1060/05.

Despesas de Exercícios Anteriores

No exercício financeiro de 2012 foram pagas Despesas de Exercícios Anteriores – DEA, de R$ 217.823,05, valores esses que representam 0,13% das Despesas Orçamentárias .

Ressalte-se que as Despesas de Exercícios Anteriores só podem ocorrer nos casos previstos no art. 37, da Lei Federal nº 4.320/64, conforme abaixo transcrito:

“As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham

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(+) Caixa e Bancos 12.568.254,74

0,00

12.568.254,74

4.551.590,88

0,00

8.016.663,86

(-) Restos a Pagar do Exercício 5.855.506,48

(-) Restos a Pagar Cancelados* 5.590.629,53

(-) INSS transferido para Dívida Fundada sem comprovação de parcelamento 1.720.709,56

953.140,18

-6.103.321,89

(+) Haveres Financeiros

(=) Disponibilidade Financeira

(-) Consignações e Retenções

(-) Restos a Pagar de exercícios anteriores

(=) Disponibilidade de Caixa

(-) Despesas de exercícios anteriores

(=) Saldo

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processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida sempre que possível a ordem cronológica.”

Demonstração das Variações Patrimoniais

A Demonstração das Variações Patrimoniais registra Variações Ativas de R$ 242.668.693,86 e Passivas de R$ 216.164.808,87, causando um Resultado Patrimonial de Superávit de R$ 26.503.884,99.

Quanto aos cancelamentos de dívidas passivas, especificamente de restos a pagar no total de R$ 5.590.629,53, não foi apresentado o respectivo processo administrativo que tem como objetivo a validação do cancelamento desta dívida, em descumprimento aos itens 36, do art. 9º, da Resolução TCM nº 1.060/05. Como não foi possível a verificação do quanto estabelecido pelo disposto no art. 59 da Lei n° 8.666/93, o montante cancelado deverá constar para efeito do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Lei 8.666/93[...]Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

Vale salientar que para o cancelamento de dívidas passivas, é necessário uma apuração dotada de planejamento e metodologias específicas, capazes de salvaguardar a administração de futuros impasses judiciais que possam trazer prejuízos ao erário.

É de se observar que o procedimento para cancelamento de dívidas passivas impõe a instauração do competente processo administrativo, instruído com a documentação indispensável, o que não foi observado, não sendo suficiente a mera remessa do

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Decreto nº 4025/2012 que constituiu a comissão de avaliação e das relações dos Balanços Patrimoniais de 2003 e 2004 apresentados na defesa para que se possa considerar a apresentação deste documento como se regular Processo Administrativo fosse.

Adverte-se ainda a atual Administração para que respeite todas as fases do ato administrativo, inclusive com as manifestações dos órgãos pertinentes, motivando e publicizando suas decisões, permitindo um maior controle e transparência sobre seus atos.

Ressalte-se ainda, que o Gestor foi silente quanto aos questionamentos realizados no Pronunciamento Técnico acerca das movimentações de diversas contas da dívida passiva não evidenciadas nas dívidas flutuantes e fundadas do município, a baixa de R$ 7.491.474,47 referente a transferência de INSS para o Passivo Permanente na variação ativa independente da execução orçamentária, ao não realizar a contrapartida, inscrição, deste valor na dívida fundada e a não apresentação do Processo Administrativo que motivou o cancelamento "FMAS" em R$ 22.566,28 na variação ativa independente da execução orçamentária.

Inventário

Consta dos autos à fl. 158 a Certidão de Inventário firmada pelo Prefeito e pelo Secretário de Administração, atestando que todos os bens do município encontram-se devidamente arrolados e submetidos a controle apropriado. Na na diligência anual foi apresentado o Inventário Patrimonial, contudo, sem constar os valores individuais dos bens e sem o pronunciamento do Gestor quanto aos questionamentos técnicos acerca das divergências apresentadas nas contas que compõem os bens patrimoniais e o registrado no Balanço Patrimonial, conforme abaixo demonstrado, em descumprimento ao disposto na Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 18.

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DAS OBRIGAÇÕES CONSTITUCIONAIS

Educação - artigo 212 da Constituição Federal

O município não cumpriu o determinado no art. 212 da Constituição Federal, aplicando em educação R$ 44.862.109,90, correspondentes a 22,64% da receita resultante de impostos e transferências, de acordo com o Pronunciamento Técnico, dos exames efetuados pela Inspetoria Regional de Controle Externo e registros constantes do SIGA, na documentação de despesa apresentada aí incluídos os “Restos a Pagar”, com os correspondentes saldos financeiros, quando o mínimo exigido é de 25%.

Na defesa o Gestor contestou às fls. 1206/1208 e às fls 1219/1263 os cálculos efetuados pela CCE, apresentando para reanálise, 51 processos de despesas que totalizam R$ 4.690.097,51, o processo de pagamento nº 00980/2012 de R$ 1.423.099,55 e um “Processo Administrativo”.

Esta Relatoria verificou que dos processos apresentados, 17 foram acatados, somando R$ 1.412.128,94, que foram adicionados ao cálculo para apuração do índice em Educação. O processo nº 0980/2012, foi glosado pela Inspetoria Regional por não haver comprovação do seu efetivo pagamento, situação que não foi modificada. O processo administrativo de nº 01/2012, não foi aproveitado por não obedecer aos requisitos exigidos na legislação pertinente para instrução de processo de cancelamento de Restos a Pagar e regularização dos Passivos Flutuante e Permanente.

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Bens Patrimoniais Incorporação Aquisição Baixa Diferença

Moveis 9.766.626,50 22.080,00 1.381.070,39 11.169.776,89 11.289.119,89 (119.343,00)

Imoveis 53.644.653,93 583.005,86 4.848.193,34 59.075.853,13 59.080.400,13 (4.547,00)

Bens Imóveis a Incorporar - - - -

Bens de Nat. Industrial - - - -

Valores 602.879,94 602.879,94 - 602.879,94

Almoxarifado - 149.458,11 11.224.129,56 11.852.577,61 (478.989,94) - (478.989,94)

Total 64.014.160,37 754.543,97 17.453.393,29 11.852.577,61 70.369.520,02 70.369.520,02 -

Valor Balanço 2011

Saldo Apurado/ 2012

Saldo Balanço 2012

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Dessa forma, levando-se em conta o valor de R$ 1.412.128,94 provenientes dos processos acatados, conforme mencionado acima, fica o percentual de aplicação em Educação alterado para 23,35%, ainda assim, em descumprimento ao art. 212 da Constituição Federal.

Fundeb – Lei Federal nº 11.494/07

O Município cumpriu o art. 22 da Lei Federal n.º 11.494/07, que instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação - FUNDEB, aplicando 60,64% dos recursos, correspondentes a R$ 24.419.857,41 na remuneração de profissionais em efetivo exercício do magistério, quando o mínimo exigido é de 60%. Conforme informação da Secretaria do Tesouro Nacional, a receita do Município proveniente do FUNDEB foi de R$ 40.197.313,39.

Foi apresentado na defesa às fls. 4891/4893 o Parecer do Conselho Municipal de Educação, datado de 19 de setembro de 2013, em cumprimento ao art. 31 da Resolução TCM nº 1.276/08, tendo sido identificadas falhas na referida prestação de contas, aprovando com ressalvas.

Despesas do FUNDEB – art. 13 § único da Resolução TCM nº 1.276/08

O art. 13, Parágrafo único da Resolução TCM nº 1276/08, emitido em consonância ao artigo 21 - §2º da Lei Federal nº 11.494/07 (FUNDEB), estabelece que até 5% dos recursos do FUNDEB poderão ser aplicados no primeiro trimestre do exercício subsequente àquele em que se deu o crédito, mediante abertura de crédito adicional. Desta forma, de acordo com dados do SIGA, verifica-se que os recursos do FUNDEB, inclusive aqueles originários da complementação da União, corresponderam a R$ 40.266.961,10 sendo que, 95,77% foram aplicados na manutenção e desenvolvimento da educação básica, incluindo as despesas liquidadas até 31 de Dezembro do exercício em exame, restando assim a ser aplicado o percentual de 4,23%, estando dentro do limite determinado no mencionado dispositivo legal.

Glosa deste exercício

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Foram glosadas pela Inspetoria Regional despesas de R$ 2.031.542,85, por caracterizarem desvio de finalidade do FUNDEB. Determina-se a atual Administração retornar este valor à conta corrente do FUNDEB, no prazo de 36 parcelas mensais, a contar do trânsito em julgado do presente decisório, com recursos municipais, com remessa da comprovação a esta Corte de Contas, sob pena de responsabilidade.

Débitos pendentes do FUNDEF OU FUNDEB

Conforme controle disposto no Sistema de Informações e Controle de Contas (SICCO), permanecem as seguintes pendências a restituir à conta corrente do FUNDEB, com recursos municipais, decorrentes de despesas glosadas, uma vez ter sido constatado desvio de finalidade:

Processo Responsável (eis) Natureza Valor R$

05514-06 JOSE ROBERIO BATSTA DE OLIVEIRA FUNDEF 188.357,74

08036-07 JOSE ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRA FUNDEF 139.722,87

08441-09 JOSE ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRA FUNDEB 413.534,28

09171-10 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA FUNDEB 202.218,81

41121-03 GEDIEL SEPULVEDA PEREIRA FUNDEF 239.657,20

07792-00 PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA FUNDEF 410.172,43

10376-01 PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA FUNDEF 839.034,42

07632-02 GEDIEL SEPULVEDA PEREIRA FUNDEF 100.655,29

06418-04 GEDIEL SEPULVEDA PEREIRA FUNDEF 24.914,37

Como o Gestor não se pronunciou e não ficou comprovado que houve erro, excesso ou omissão da Inspetoria de Controle Externo nas glosas relativas aos recursos do FUNDEB de exercícios anteriores, determina-se ao atual Gestor a restituição de R$ 2.558.267,41 à conta do FUNDEB em 36 (trinta e seis ) parcelas mensais, iguais e sucessivas, a contar do trânsito em julgado do presente decisório.

Fica a atual Administração advertida que o desvio de finalidade na aplicação dos recursos do FUNDEB ou o não cumprimento da determinação dos estornos, conforme acima consignado, poderá comprometer o mérito de suas contas futuras.

Aplicação Mínima em Ações e Serviços Públicos de Saúde – art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 26

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Foi cumprido o art. 7º, da Lei Complementar 141/12, pois as aplicações realizadas em ações e serviços públicos de saúde foram de R$ 13.224.394,75, correspondentes a 15,11% do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, I, alínea b e § 3º, da Constituição Federal, com a exclusão de 1% (um por cento) do FPM, de que trata a Emenda Constitucional nº 55/07, quando a aplicação mínima exigida é de 15%.

Foi apresentado na defesa às fls. 4859/4861 o Parecer do Conselho Municipal de Saúde, datado de 26 de março de 2013, em cumprimento ao art. 13, da Resolução TCM nº 1.277/08.

Transferência de Recursos ao Poder Legislativo – art. 29-A da C.F.

Embora o valor fixado no Orçamento para a Câmara Municipal tenha sido de R$ 4.803.000,00, o valor efetivamente repassado foi de R$ 5.191.131,96, de acordo com os parâmetros estabelecidos no art. 29-A, da Constituição Federal.

SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS

A Lei Municipal nº 678/08 fixou os subsídios do Prefeito em R$ 12.000,00, os do Vice-Prefeito em R$ 6.000,00 e os dos Secretários Municipais em R$ 4.953,64, depreendendo-se das informações contidas no Pronunciamento Técnico que os valores por eles percebidos obedeceram aos parâmetros legais estabelecidos.

Conforme análise da 26ª Inspetoria Regional, foram pagos a título de subsídio ao Prefeito o valor de R$ 144.000,00 e ao Vice-Prefeito o valor de R$ 72.000,00, atendendo os limites legais.

Quanto aos subsídios dos Secretários Municipais, conforme análise da IRCE, foram pagos de março a dezembro à Secretária de Educação, Maureen Eleanor T. L. Souza, subsídio mensal de R$ 5.201,32, superior em R$ 247,68, ao estabelecido pela Lei Municipal nº 678/08, totalizando R$ 2.972,16, valor que lhe será

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imputado, visto que não apresentou ele qualquer justificativa neste particular.

CONTROLE INTERNO

O Relatório Anual de Controle Interno do exercício em exame reincidentemente não atende completamente às preconizações do art. 74, incisos I a IV, da Constituição Federal e art. 90, incisos I a IV da Constituição Estadual, uma vez que é omisso na avaliação do cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual e a execução dos Programas de Governo, além de não analisar os resultados quanto à economia, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional da entidade.

Nele não constam informações e elementos de análise que evidenciem a avaliação das metas previstas em confronto com as realizadas, a análise dos programas em execução, dos aspectos legais e a avaliação dos resultados da ação municipal envolvendo as diversas funções em exercício, através das unidades elencadas, especificamente quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e efetividade, ficando o Prefeito ciente que a reincidência em contas futuras poderá incidir negativamente no seu mérito, com a consequente cominação prevista em lei.

DAS EXIGÊNCIAS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Despesa de Pessoal

De acordo com dados do SIGA, a Prefeitura no exercício de 2011 não ultrapassou o limite definido no art. 20, inciso III, alínea 'b', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF.

Em 2012, a Prefeitura ultrapassou o limite definido no art. 20, inciso III, alínea 'b', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF nos 2º e 3º quadrimestres, ao realizar despesa de pessoal de R$ 87.472.855,17 correspondente a 55,40% da Receita Corrente Líquida de R$ 157.888.928,25 ao final do exercício, conforme abaixo demonstrado:

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Controle de Despesa Total com Pessoal

O parágrafo único do art. 21, da Lei Complementar nº 101/000 (LRF), dispõe:

“Art. 21

Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular de respectivo Poder ou órgão referido no art.20.”

De acordo com dados contantes do SIGA, verifica-se que o total da despesa com pessoal efetivamente realizado pela Prefeitura no período de julho de 2011 a junho de 2012, foi de R$ 79.988.186,73, resultando no percentual de 52,88% em relação à Receita Corrente Líquida de R$ 151.265.023,18.

Quanto ao período de janeiro a dezembro de 2012, o total da despesa com pessoal realizado pela Prefeitura correspondeu a R$ 87.472.855,17, equivalente a 55,40% da Receita Corrente Líquida de R$ 157.888.928,25, constatando-se assim, acréscimo de 2,52% em relação ao período de julho de 2011 a junho de 2012.

Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal

Publicidade - arts. 6º e 7º, da Resolução nº 1.065/05

Na diligência anual o Gestor apresentou os comprovantes das publicações dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária relativos ao 1º e 3º quadrimestres, realizadas no Diário Oficial dos Municípios em meio eletrônico, cumprindo assim o disposto nos arts. 52 e 55, § 2º, da Lei Complementar nº 101/00 e 6º e 7º, da Resolução TCM nº 1.065/05. 29

D E S P E S A C O M P E S S O A L Receita Corrente Líquida 157.888.928,25 Limite máximo – 54% (art. 20 LRF) 85.260.021,26 Limite Prudencial – 95% do limite máximo (art. 22) 80.997.020,19 Limite para alerta – 90% do limite máximo (art. 59) 76.734.019,13 Despesa realizada com pessoal 87.472.855,17 Percentual da Despesa na Receita Corrente Líquida 55,40

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Audiências Públicas

Foi cumprido o § 4º, do art. 9º, da Lei Complementar nº 101/00, que dispõe que “até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1º, do art. 166, da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais”. Encontra-se às fls. 214/216 as cópias das atas das audiências públicas.

DAS RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL

ROYALTIES - Resolução TCM nº 931/04 e CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO – CIDE – Resolução TCM nº 1.222/05

Conforme Pronunciamento Técnico o Município recebeu recursos oriundos do Royalties/Fundo Especial e da CIDE em R$ 487.269,57 e R$ 184.991,50, respectivamente, não tendo sido no exercício glosadas despesas desta natureza.

Repasse de Recursos a Entidades Civis - Resolução TCM nº 1.121/05

Conforme Relatórios Mensais Complementados, a Prefeitura Municipal repassou R$ 43.947,60 para as entidades civis abaixo relacionadas, sem constar dos autos as respectivas prestações de contas, bem como a autorização por lei específica, em descumprimento aos arts. 26, da Lei Complementar n.º 101/00 e 4º e 5º, da Resolução TCM nº 1121/05.

Foram apresentados na diligência final os documentos constitutivos das prestações de contas das entidades acima, dispostos em caixa-arquivo, que devem ser retirados deste processo e autuados em separado, com fins à competente Coordenadoria de Controle Externo – CCE para análise.

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Entidades Valor repassado (R$)APAE-ASSOCIAÇÃO PAIS E AMIGOS EXCEPCIONAIS 3.947,60

LIGA ESPORTIVA DE EUNAPOLIS 40.000,00

Total 43.947,60

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RESOLUÇÃO TCM nº 1.060/05

Demonstrativo dos Resultados Alcançados

O Demonstrativo dos Resultados Alcançados constante dos autos 207/213 contemplou a quantidade de ações ajuizadas para cobrança da Dívida Ativa, os resultados alcançados e a evolução do montante de créditos tributários passíveis de cobrança administrativa, cumprindo o item 30, do art. 9º, da Resolução TCM nº 1.060/05.

Relatório de Projetos e Atividades

Encontra-se nos autos às fls.217/224 e na pasta “AZ” da defesa, a relação de projetos e atividades da Prefeitura Municipal. Por não apresentar os projetos e atividades concluídos e em conclusão, com identificação da data de início, data de conclusão e percentual da realização física e financeira conforme previsto no item 32 do art. 9º da Resolução TCM nº 1.060/05 e parágrafo único do art. 45 da Lei Complementar nº 101/00, não foi acatado por esta Relatoria.

TRANSMISSÃO DE GOVERNO – RESOLUÇÃO TCM N° 1.311/12

Encontra-se às fls. 284/285 cópia do Relatório Conclusivo elaborado pela Comissão Transmissão de Governo, em cumprimento ao que determina a Resolução TCM n.° 1.311/12.

RESOLUÇÃO TCM nº 1.282/09

Como o Pronunciamento Técnico não faz qualquer registro dos dados informados pelo Ente jurisdicionado no Sistema Integrado de Gestão e Auditoria - SIGA, e de seus respectivos relatórios, relativos aos gastos do Poder Executivo Municipal com obras e serviços de engenharia, servidores nomeados e contratados, bem como o total de despesa de pessoal confrontado com o valor das receitas no semestre e no período vencido do ano, além dos gastos com noticiário, propaganda ou promoção, no exercício 2012, conforme disposto nos inc. I, II e III, do § 2º, combinado com o § 3º, ambos do art. 6º da Resolução TCM nº 1.282/09, de 22/12/2009, deixa esta Relatoria de se manifestar sobre estas questões, sem prejuízo de exame e julgamento em eventuais questionamentos.

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TRANSPARÊNCIA PÚBLICA - LEI COMPLEMENTAR Nº 131/2009

A Lei Complementar nº 131/2009 acrescentou o art. 48-A e incisos à Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelecem:

“Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;

II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.”

Da análise do “sítio” oficial da Prefeitura, verifica-se que estas informações não foram divulgadas, em descumprimento ao dispositivo mencionado.

MULTAS E RESSARCIMENTOS PENDENTES

O Sistema de Informações sobre Multas e Ressarcimentos deste Tribunal registra as seguintes pendências, sendo 25 multas (R$ 246.704,00) e 10 ressarcimento em (R$ 750.184,40), ressalvando que quatro multas e dois ressarcimentos venceram em 2013:

Multas

Multado Cargo Vencimento Valor R$ JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 21/06/2008 1.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 23/10/2008 5.000,00

JOSE ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 01/08/2008 500,00

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JOSE ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 23/05/2008 5.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 28/07/2008 8.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 22/05/2010 29.000,00

JOSE ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 10/01/2009 2.000,00

JOSE ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 15/08/2010 1.500,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 04/10/2009 20.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 02/11/2009 30.852,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 23/11/2009 7.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 03/01/2010 1.000,00

JOSÉ ROBERTO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 25/05/2011 500,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 01/06/2011 2.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 06/06/2011 500,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 18/08/2011 30.852,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 28/09/2011 29.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 09/12/2011 6.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 14/02/2013 3.000,00

JOSE ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 27/12/2010 8.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 22/01/2012 15.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 29/04/2013 25.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 06/05/2013 10.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 22/06/2013 3.000,00

JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA Prefeito 06/12/2010 3.000,00VASCO DA COSTA QUEIROZ Presidente 15/06/2008 500,00

CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO Presidente 18/07/2008 500,00

CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO Presidente 26/07/2008 1.000,00

VASCO DA COSTA QUEIROZ Presidente 11/10/2008 3.000,00

VASCO DA COSTA QUEIROZ Presidente 11/10/2008 3.000,00

CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO Presidente 17/10/2008 3.000,00

GEDIEL SEPULVEDA PEREIRA Ex - Prefeito 28/04/2009 300,00

GEDIEL SEPULVIDA PEREIRA Prefeito 28/05/2009 25.000,00

VASCO DA COSTA QUEIROZ Presidente 17/12/2010 1.500,00

CARMEM LÚCIA GERINO MACIEL Presidente 19/05/2011 3.000,00

CARMEM LUCIA GERINO MACIEL Presidente 23/11/2011 10.000,00

CARMEM LUCIA GERINO MACIEL Presidente 20/10/2011 400,00

CARMEN LUCIA GERINO MACIEL Presidente 21/01/2012 2.500,00

VASCO DA COSTAS QUEIROZ Presidente 28/05/2012 5.000,00

VASCO COSTA QUEIROZ Presidente 29/09/2012 10.000,00

UBALDO SUZART GOMES Presidente 03/11/2012 10.000,00

UBALDO SUZART GOMES Presidente 28/04/2013 2.000,00

UBALDO SUZART GOMES Presidente 10/08/2013 500,00

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Ressarcimentos

Processo Responsável Cargo Vencimento Valor R$

92606-07 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 22/10/2007 1.641,87

92864-07 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 22/06/2008 9.623,54

93216-06 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 28/07/2008 77.000,00

92696-08 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 04/10/2008 256.039,11

92882-08 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 05/10/2009 43.640,00

09171-10 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 12/06/2011 20.402,13

03103-11 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 30/07/2011 86.609,99

08128-11 JOSÉ ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 22/01/2012 56.381,30

08726-12 JOSÉ ROBÉRIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 29/04/2013 1.603,46

93283-12 JOSÉ ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRA

PREFEITO 06/05/2013 197.243,00

07285-99 VALDOMIRA ANTONIO DUARTE PRESIDENTE 20/11/1999 3.399,77

14396-99 PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA

EX-PREFEITO 05/08/2001 18.182,00

10299-01 LICINDO ANTUNES CORREIA PRESIDENTE 29/12/2001 20.737,11

10299-01 OSVALDO PEREIRA DOS SANTOS

PRESIDENTE 29/12/2001 11.998,28

07935-02 LICINDO ANTUNES CORREIA EX- PRESIDENTE

26/09/2002 4.667,32

10376-01 PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA

PREFEITO 24/05/2003 7.226,96

06409-02 GEDIEL SEPULVIDA PEREIRA PREFEITO 18/05/2003 66.945,30

05987-03 PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA

PREFEITO 10/09/2003 5.840.445,14

93232-06 CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO

PRESIDENTE 12/06/2007 1.071,59

92751-07 VASCO DA COSTA QUEIROZ PRESIDENTE 03/09/2007 1.200,00

92599-07 CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO

PRESIDENTE 01/10/2007 7.847,34

92600-07 CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO

PRESIDENTE 09/07/2007 744,66

92816-06 CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO

PRESIDENTE 15/07/2007 1.607,22

92621-07 CLAUDIONOR NUNES DO PRESIDENTE 26/07/2008 7.100,00 34

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NASCIMENTO

09025-05 GEDIEL SEPÚLVEDA PEREIRA PREFEITO 13/04/2009 4.048,00

05042-06 GEDIEL SEPÚLVIDA PEREIRA PREFEITO 24/05/2009 596.526,38

13132-08 CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO

PRESIDENTE 01/06/2009 1.960,67

92673-10 CARMEN LUCIA GERINO MACIEL PRESIDENTE 23/03/2011 12.000,00

93009-08 VASCO COSTA QUEIROZ PRESIDENTE 25/04/2010 59.657,40

93219-11 CLAUDIONOR NUNES DO NASCIMENTO

PRESIDENTE 07/05/2012 57.295,58

02215-12 VASCO COSTA QUEIROZ PRESIDENTE 27/08/2012 73.586,93

93764-12 UBALDO JOSÉ GOMES PRESIDENTE 10/08/2013 2.131,96

Quanto às sanções pecuniárias de sua responsabilidade, informou o Gestor que estes débitos teriam sido parcelados em 12 (doze) cotas de R$ 38.441,26 a serem quitados a partir de setembro/2013, conforme Termo de Parcelamento Fiscal e DAM's, que não foram apresentados.

Quanto aos demais, limitou-se o Gestor a repetir as mesmas justificativas apresentadas no exercício anterior de que medidas administrativas estariam sendo adotadas, conforme relação de processos enviados para a Procuradoria do Município para adoção de providências, apresentando tão somente cópias de Ações de Execução Fiscal, conforme Pasta tipo “AZ” nº 04.

Registre-se que o Gestor tem por obrigação adotar medidas efetivas de cobrança, inclusive judiciais, das multas e ressarcimentos impostos pelo TCM a agentes políticos municipais, sob pena de responsabilidade, promovendo a sua inscrição na dívida ativa, daqueles que ainda não o foram, já que as decisões dos Tribunais de Contas, por força do estatuído no artigo 71, § 3º da Constituição da República, das quais resulte imputação de débito ou multa, têm eficácia de título executivo.

Ressalte-se que em relação às multas, a cobrança tem de ser efetuada antes de vencido o prazo prescricional, “sob pena de violação do dever de eficiência e demais normas que disciplinam a responsabilidade fiscal”. A omissão do gestor que der causa à sua prescrição resultará em lavratura de Termo de Ocorrência para ressarcimento do prejuízo causado ao Município. Caso não concretizado, importará em ato de improbidade administrativa, pelo que este TCM formulará Representação junto à Procuradoria Geral da Justiça.

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DAS DENÚNCIAS/TERMOS DE OCORRÊNCIA/PROCESSOS

Decisões anexadas aos Autos

Às folhas 1140/1141, foi anexado o Relatório/Voto acerca do Pedido de Reconsideração nº 10865-13, que votou pelo conhecimento e não provimento do expediente, mantendo-se a decisão prolatada no Processo TCM nº 93.764-12.

VOTO

Em face do exposto, com base no art. 40, inciso III, c/c o art. 43, da Lei Complementar nº 06/91, vota-se pela rejeição, porque irregulares das contas da Prefeitura Municipal de EUNÁPOLIS, exercício financeiro de 2012, constantes do presente processo, de responsabilidade do Sr. José Robério Batista de Oliveira, pelos seguintes motivos:

• descumprimento do artigo 42 da Lei Complementar 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal, por não haver disponibilidade de caixa suficiente para quitar os Restos a Pagar inscritos no exercício financeiro em exame em R$ 5.855.506,48, para os cancelamentos realizados de exercícios anteriores em R$ 5.590.629,53, para o INSS transferido para Dívida Fundada em R$ 1.720.709,56 e para as Despesas de Exercícios Anteriores em R$ 953.140,18;

• descumprimento do artigo 212 da Constituição Federal, tendo aplicado em educação apenas 23,35%, quando o mínimo exigido é de 25%;

• abertura de crédito adicional por fonte “excesso de arrecadação” superior em R$ 17.866.471,13 ao autorizado na Lei Orçamentária, em descumprimento ao art. 43 da Lei 4.320/64;

• abertura de créditos adicionais suplementares por anulação de dotação e excesso de arrecadação abertos em R$ 5.740.899,24 superior ao limite estabelecido pela Lei Orçamentária, em descumprimento ao art. 167, V, da Constituição Federal;

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• descumprimento de determinação deste Tribunal quanto à não restituição à conta do FUNDEB de R$ 2.558.267,41 relativos a exercícios anteriores;

• despesas de R$ 2.031.542,85 realizadas indevidamente com recursos do FUNDEB, em desvio de finalidade;

• não apresentação à 26ª IRCE de seis processos licitatórios, dispensas e/ou inexigibilidades para análise mensal, em descumprimento à Resolução TCM 1060/05, totalizando R$ 3.447.029,93;

• reincidência do Gestor no descumprimento de determinação deste Tribunal, pelo não pagamento de 21 multas e oito ressarcimentos a ele imputados, no total de R$ 231.704,00 e de R$ 531.337,54 respectivamente;

As conclusões consignadas nos Relatórios e Pronunciamentos Técnicos submetidos à análise desta Relatoria levam a registrar, ainda, as seguintes ressalvas:

• descumprimento do limite da despesa com pessoal, estabelecido no art. 20, inciso III, “b”, da Lei Complementar nº 101/00, nos dois últimos quadrimestres do exercício, tendo gasto, respectivamente, o equivalente a 54,13% e 55,40% da Receita Corrente Líquida;

• tímida cobrança da dívida ativa;

• omissão na cobrança de multas e ressarcimentos imputados a agentes políticos do Município;

• orçamento elaborado sem critérios adequados de planejamento;

• reincidência na falta de repasses das contribuições sociais mensais do INSS;

• reincidência na não apresentação das atas de audiência pública realizadas durante os processos de elaboração e discussão do PPA, LDO e LOA, as quais se referem o inciso I do parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal ( Lei nº 101/00);

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• reincidentemente o Balanço Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais não segrega a Dívida Ativa Tributária e não Tributária do Município, em descumprimento ao art. 39 da Lei Federal nº 4.320/64;

• reincidência na indisponibilidade financeira para adimplemento das obrigações pactuadas constantes do Passivo Financeiro;

• descumprimento da Resolução TCM 1.060/05 – item 36 do art. 9º, relativo a cancelamentos de dívidas ativas e passivas;

• não apresentação do Decreto que aprovou o Quadro de Detalhamento da Despesa do Poder Executivo Municipal;

• apresentação do Relatório de Projetos e Atividades em desconformidade ao previsto no item 32 do art. 9º da Resolução TCM nº 1.060/05 e parágrafo único do art. 45 da Lei Complementar nº 101/00;

• descumprimento da Resolução TCM 1.060/05 – item 18 do art. 9º, por apresentação de Inventário Patrimonial do Município desprovido dos valores individuais dos bens;

• deficiente Relatório do Sistema de Controle Interno;

• não apresentação do original ou cópia autenticada legível de extratos registrando os saldos bancários do último dia útil do mês de dezembro, com as conciliações, complementadas pelos extratos do mês de janeiro do exercício subsequente (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 21);

• ausência da cópia do relatório das atividades do Poder Executivo encaminhado à Câmara Municipal (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 23);

• não apresentação da relação de valores e títulos da dívida ativa tributária e não tributária, discriminados por contribuinte, corrigidos e contendo, ainda, a última inscrição efetivada em controle próprio (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 28);

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• descumprimento ao art. 48-A da Lei Complementar 101/2000 – LRF, ao não disponibilizar à sociedade em meios eletrônicos e em tempo real, as informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira do Município;

• outras ocorrências consignadas no Relatório Anual expedido pela CCE, a exemplo de contratação direta por inexigibilidade sem atendimento as requisitos exigidos na Lei nº 8.666/93 para essa modalidade; irregularidades verificadas em licitações, dispensas e/ou inexigibilidade; ausência de informação no SIGA de dados referentes as licitações; despesas de R$ 5.326,75 com pagamento de juros e multas por atraso no adimplemento de obrigações junto a COELBA, TELEMAR, EMBASA, CORREIOS; contratação de pessoal sem concurso público, ferindo o art. 37, inciso II da Constituição Federal, durante todo o exercício; despesas com publicidade sem que constem dos autos elementos que comprovem a efetiva publicação e seu conteúdo conforme determinado no Parecer Normativo nº 11/2005, totalizando R$ 352.249,03;

Por esses motivos, aplica-se ao Gestor, com arrimo no art. 71, inciso I, c/c o art. 76 da mesma Lei Complementar, multa máxima de R$ 38.065,00 (trinta e oito mil e sessenta e cinco reais), além dos ressarcimentos ao Erário, com recursos pessoais, de R$ 5.326,75 (cinco mil, trezentos e vinte e seis reais e setenta e cinco centavos), relativo a despesas com juros e multa por atraso no adimplemento de obrigações, R$ 352.249,03 (trezentos e cinquenta e dois mil, duzentos e quarenta e nove reais e três centavos) referente a despesas com publicidade sem comprovação da efetiva publicação e seu conteúdo e R$ 2.972,16 (dois mil, novecentos e setenta e dois reais e dezesseis centavos) relativo ao pagamento de subsídio a maior à Secretária de Educação, lavrando-se para tanto a competente Deliberação de Imputação de Débito, nos termos regimentais, quantias estas que deverão ser quitadas no prazo e condições estipulados nos seus arts. 72, 74 e 75.

Determinações ao atual Gestor:

1− Adotar medidas efetivas de cobrança das multas e ressarcimentos relacionados acima, aplicadas a agentes políticos do Município, sob pena de responsabilidade, promovendo a sua inscrição na dívida ativa, daqueles que ainda

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não o foram, inclusive com promoção de ação executiva judicial, já que as decisões dos Tribunais de Contas, por força da estatuído no artigo 71, § 3º da Constituição da República, das quais resulte imputação de débito ou multa, têm eficácia de título executivo.

2− Restituir, à conta do FUNDEB, o valor de R$ 2.031.542,85, relativo ao exercício de 2012 e de R$ 2.558.267,41, referentes a exercícios anteriores, em 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, a contar do trânsito em julgado deste pronunciamento, devendo a CCE acompanhar o cumprimento desta determinação, ficando o Gestor advertido que o desvio de finalidade na aplicação dos recursos do FUNDEB ou o não cumprimento da determinação dos estornos, conforme acima consignado, poderá comprometer o mérito de suas contas futuras.

3− Adotar medidas urgentes para o recolhimento de “INSS” em R$ 3.632.927,87, porquanto deixar de repassar à Previdência Social, no prazo legal, as contribuições recolhidas dos contribuintes, caracteriza ilícito penal tipificado como “apropriação indébita previdenciária”, com as cominações previstas na Lei Federal nº 9.983, de 14 de julho de 2000.

4− Determina-se o prazo de 30 (trinta) dias a contar do trânsito em julgado deste processo para remessa dos documentos que lastrearam o pagamento a maior à Secretária de Educação, ficando a competente Coordenadoria de Controle Externo incumbida da realização das apurações devidas e caso seja verificada a existência de irregularidades, lavrar Termo de Ocorrência.

Determinações à SGE:

• Desentranhar os documentos da pasta-arquivo, referentes às prestações de contas da APAE - ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS e da LIGA ESPORTIVA DE EUNÁPOLIS e autuá-los em separado, com fins à competente Coordenadoria de Controle Externo – CCE para análise.

Em face das irregularidades consignadas nos autos, notadamente descumprimento do art. 42, da Lei de Responsabilidade Fiscal e

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infringência à Lei nº 8.666/93, determina-se a formulação de representação, por intermédio da Assessoria Jurídica deste TCM, ao douto Ministério Público Estadual, com fundamento nos arts. 1º, inciso XIX e 76, inciso I, letra “d”, da Lei Complementar nº 06/91.

SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, em 19 de novembro de 2013.

Cons. Paulo Maracajá PereiraPresidente

Cons. Paolo Marconi Relator

Este documento foi assinado digitalmente conforme orienta a resolução TCM nº01300-11. Para verificar a autenticidade deste parecer, consulte o Sistema de Acompanhamento de Contas ou o site do TCM na Internet em www.tcm.ba.gov.br e acesse o formato digital assinado eletronicamente.

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