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PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________ PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS Processo TCM nº 07583-12 Exercício Financeiro de 2011 Prefeitura Municipal de ITABUNA Gestor: José Nilton Azevedo Leal Relator Cons. José Alfredo Rocha Dias PARECER PRÉVIO DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO Opina pela rejeição, porque irregulares, das contas da Prefeitura Municipal de ITABUNA, relativas ao exercício financeiro de 2011. O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes: 1 – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS As contas da Prefeitura Municipal de Itabuna, referentes ao exercício financeiro de 2011, da responsabilidade da Sr. José Milton Azevedo Leal, foram autuadas tempestivamente nesta Corte, sob nº 7.583/12, observado o instituto da disponibilidade pública – artigos 31, § 3º da Lei Maior, 63 da Constituição Estadual e 53 e 54 da Lei Complementar Estadual nº 06/91, na forma do disciplinado na Resolução TCM nº 1.060/05 – comprovantes de fls. 02/03. O Relatório Anual/Cientificação - fls. 503 a 587 - traduz a consolidação dos trabalhos de acompanhamento realizados em 2011 pela 4ª Inspetoria Regional de Controle Externo, sediada no município em tela. A análise técnica efetivada em seguida à anexação das peças anuais é refletida no Pronunciamento Técnico - fls. 589 a 620. Foram rigorosamente respeitadas as garantias consagradas no inciso LV do art. 5º da Carta Federal, em ambas as fases processuais, inclusive mediante publicação do Edital 159 no Diário Oficial do Estado, edição de 26/09/2012. As fls. 625 há declaração probatória de que ao Gestor, ou a preposto pelo mesmo indicado, foi possibilitado acesso a todas as peças existentes nos autos, em decorrência do que houve a apresentação dos esclarecimentos, documentação e justificativas que considerou pertinentes – processos TCM nºs 13.849/12, anexado as fls. 627 a 646, acompanhado por 10 (dez) pastas tipo “AZ” e 14.702/1 - fls. 649 a 662, acompanhado por 10 (dez) pastas tipo”AZ”. Publicado, em resumo, o Parecer Prévio respectivo, ingressou o Sr. José Milton Azevedo Leal com Pedido de Reconsideração, autuado sob o nº17.743/12 e devidamente anexado às contas. Atendidos os pressupostos legais, houve exame de todos os argumentos e documentos produzidos, decidindo o egrégio Plenário pelo seu provimento parcial. Em decorrência, promovidas alterações que não atingem o mérito da decisão a quo, são 1

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PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTASProcesso TCM nº 07583-12Exercício Financeiro de 2011Prefeitura Municipal de ITABUNA Gestor: José Nilton Azevedo LealRelator Cons. José Alfredo Rocha Dias

PARECER PRÉVIO DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO Opina pela rejeição, porque irregulares, das contas da Prefeitura Municipal de ITABUNA, relativas ao exercício financeiro de 2011.

O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes:

1 – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

As contas da Prefeitura Municipal de Itabuna, referentes ao exercício financeiro de 2011, da responsabilidade da Sr. José Milton Azevedo Leal, foram autuadas tempestivamente nesta Corte, sob nº 7.583/12, observado o instituto da disponibilidade pública – artigos 31, § 3º da Lei Maior, 63 da Constituição Estadual e 53 e 54 da Lei Complementar Estadual nº 06/91, na forma do disciplinado na Resolução TCM nº 1.060/05 – comprovantes de fls. 02/03.

O Relatório Anual/Cientificação - fls. 503 a 587 - traduz a consolidação dos trabalhos de acompanhamento realizados em 2011 pela 4ª Inspetoria Regional de Controle Externo, sediada no município em tela. A análise técnica efetivada em seguida à anexação das peças anuais é refletida no Pronunciamento Técnico - fls. 589 a 620. Foram rigorosamente respeitadas as garantias consagradas no inciso LV do art. 5º da Carta Federal, em ambas as fases processuais, inclusive mediante publicação do Edital nº 159 no Diário Oficial do Estado, edição de 26/09/2012. As fls. 625 há declaração probatória de que ao Gestor, ou a preposto pelo mesmo indicado, foi possibilitado acesso a todas as peças existentes nos autos, em decorrência do que houve a apresentação dos esclarecimentos, documentação e justificativas que considerou pertinentes – processos TCM nºs 13.849/12, anexado as fls. 627 a 646, acompanhado por 10 (dez) pastas tipo “AZ” e 14.702/1 - fls. 649 a 662, acompanhado por 10 (dez) pastas tipo”AZ”.

Publicado, em resumo, o Parecer Prévio respectivo, ingressou o Sr. José Milton Azevedo Leal com Pedido de Reconsideração, autuado sob o nº17.743/12 e devidamente anexado às contas. Atendidos os pressupostos legais, houve exame de todos os argumentos e documentos produzidos, decidindo o egrégio Plenário pelo seu provimento parcial. Em decorrência, promovidas alterações que não atingem o mérito da decisão a quo, são

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emitidos novos Parecer Prévio e Deliberação de Imputação de Débito contemplando a nova realidade processual, revogados os atos anteriores.

2 – DOS EXERCÍCIOS PRECEDENTES

As contas do exercício anterior – 2010, da responsabilidade do mesmo Gestor das sub examen, contidas no processo TCM nº 8.163/11, foram objeto do Parecer Prévio nº 915/11, pela rejeição, com aplicação de multa no valor de R8.000,00 (oito mil reais), com arrimo no artigo 71, incisos II e III, da Lei Complementar nº 06/91. Determinou-se, ademais, o ressarcimento aos cofres públicos municipais do valor de R$79.992,01 (setenta e nove mil novecentos e noventa e dois reais e um centavo), em função da ausência de comprovação de despesa. Não consta dos autos comprovação de recolhimento ao erário das cominações, fato que repercute negativamente no mérito das contas sob apreciação.

3 – DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

Na forma do disposto nos artigos 165 a 169 da Constituição da República, a elaboração e a execução dos orçamentos públicos envolvem, necessariamente, três principais instrumentos de planejamento, quais sejam o Plano Plurianual de Aplicação – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e o Orçamento Anual – LOA, revigorados e aprimorados pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF – a Complementar Federal nº 101/00.

O PPA, vigente para o quadriênio 2010/2013, foi instituído pela Lei Municipal nº 2.152, de 03/12/2009, comprovada a sua publicação, por meio eletrônico, em 15/12/2009.

A LDO, por imposição dos §§ 1º e 3º do art. 4º da LRF, deve conter anexos relativos a Metas e Riscos Fiscais, guardando conformidade com o PPA. Norteia a elaboração do orçamento e regula o ritmo da realização das metas. Foi aprovada em 12/08/2010, sob o nº 2.168, respeitadas as referidas normas e comprovada a sua tempestiva publicação, quando da defesa final.

A LOA traduz as expectativas técnicas de realização da receita fixada e da despesa autorizada, compreendendo os Orçamentos Fiscal e de Seguridade Social. Para o exercício financeiro de 2011 foi aprovada sob nº 2.179 e apresenta o valor total de R$401.624.000,00 (quatrocentos e um milhões seiscentos e vinte e quatro mil reais), com os seguintes dados fundamentais:

Descrição Valor (R$)Orçamento Fiscal 245.992.000,00Orçamento da Seguridade Social 155.632.000,00(-) Dedução FUNDEB 22.197.000,00Total 401.624.000,00

O referido diploma, publicado na edição nº 459, do dia 13/01/2011, do Diário Oficial do Município, apresentado quando da defesa final, contempla autorização para abertura de créditos adicionais suplementares em conformidade com as prescrições constitucionais e regras da Lei Federal nº 2

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4.320/64, mediante utilização dos recursos de suporte abaixo indicados e respectivos limites:

- Decorrentes de superávit financeiro, até 30% (trinta por cento) do existente;

- Oriundos de excesso de arrecadação, até 30% (trinta por cento) do comprovadamente ocorrido, e

- Mediante anulação parcial ou total de dotações, até 30% (trinta por cento) das despesas.

São igualmente autorizadas pela LOA operações de crédito por antecipação da receita, nos limites fixados pelo Senado Federal, obedecido o disposto no artigo 38 da Lei Complementar Federal nº 101/2000.

A Programação Financeira, instrumento ratificado e aprimorado pela LFR, foi aprovada mediante Decreto nº 01, de 06 de janeiro de 2011, apresentado tão somente quando da defesa final, quando deveria integrar as contas quando da disponibilização publica, Evite-se a reincidência. Comprovada a sua publicação na edição nº 491, do Diário Oficial do Município datado de 14/03/2011, tem como objetivo assegurar às unidades orçamentárias soma de recursos suficientes à execução dos respectivos programas anuais de trabalho, mantendo-se o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada e evitando insuficiência de Caixa.

Aprovou-se o Quadro de Detalhamento de Despesas - QDD - pelo Decreto nº 02 , de 02/01/2011.

4 – DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

As alterações orçamentárias importaram no montante de R$110.001.431,83 (cento e dez milhões, um mil quatrocentos e trinta e um reais e oitenta e três centavos), em decorrência da abertura de Créditos Suplementares, utilizando-se como fonte de recursos a anulação de dotações em igual valor. O valor indicado diverge do contido no balancete de despesa do mês de dezembro/11, que consigna o de R$110.004.631,82 (cento e dez milhões, quatro mil seiscentos e trinta e um reais e oitenta e dois centavos), ensejando diferença equivalente a R$3.200,00 (três mil e duzentos reais).

Analisadas as alegações produzidas na defesa final, no sentido de que teria ocorrido equivoco, por parte da área técnica, quando da digitalização dos valores no quadro de Decretos, destacando que o valor correto do Decreto nº 19, de 01/08/2011, seria (R$8.635.000,00), e não (R$8.632.500,00), como demonstrado. É apresentado Decreto que, examinado, revela-se cópia do de número 19, presente nos autos - no valor de (R$8.632.500,00), pelo que permanece a diferença apontada.

Ainda sobre a matéria, registra-se a ocorrência de alterações no Quadro de Detalhamento das Despesas – QDD – no montante de R$36.661.285,30 (trinta e seis milhões, seiscentos e sessenta e um mil duzentos e oitenta e cinco reais e trinta centavos), contabilizadas no Demonstrativo de Despesas de dezembro/11, na quantia de R$34.460.315,70 (trinta e quatro milhões, 3

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quatrocentos e sessenta mil trezentos e quinze reais e setenta centavos), originando mais uma diferença, agora correspondente ao valor de R$1.799.030,40 (um milhão, setecentos e noventa e nove mil e trinta reais e quarenta centavos). A defesa final apresenta o Decreto de alteração de QDD de nº 20, datado de 01/09/2011 no valor de R$1.782.030,40 (um milhão, setecentos e oitenta e dois mil e trinta reais e quarenta centavos), que anteriormente não teria sido computado e um outro Decreto, de nº 10, que seria no valor de (R$1.924.500,00), em substituição a outro, anteriormente anexado. Analisados os argumentos e a documentação apresentada, confirma-se que o Decreto nº 10 é copia de outro anteriormente apensado, no valor de -(R$1.907.500,00) e que o Decreto de nº 20, porque não tramitado oportunamente pela Regional e não integrando os autos postos em disponibilidade pública, não pode ser computado. Permanece, destarte, inalterada a diferença em tela.

Lamentavelmente, a documentação produzida quando da defesa final em nada contribui para alterar o descontrole revelado nas contas, no particular desta matéria, em que pese advertências anteriores da Corte acerca de sua importância, bem como da atuação do sistema de controle externo.

A conclusão dos exames efetivados revela, todavia, que foram respeitados os limites legalmente autorizados, configurada a observância ao artigo 167, inciso V da Constituição da República e artigo 42 da Lei Federal nº 4.320/64, e que existiam recursos financeiros de suporte, cumprindo apor ressalva específica para destacar a necessidade da existência de rigoroso controle na emissão dos decretos e acompanhamento do assunto, de sorte a evitar-se a repetição de equívocos. 5 – DO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA REALIZADO PELA 4ª INSPETORIA REGIONAL DE CONTROLE EXTERNO

Foram infrutíferos os trabalhos empreendidos pelo TCM ao longo dos meses do exercício cujas contas são apreciadas, orientando e alertando a Administração e o Gestor, na medida em que faltas foram reiteradamente repetidas, como refletido no Relatório Anual/Cientificação, com os respectivos enquadramentos legais. Ainda que considerada a defesa final e não adotadas oportunas providências objetivando o cumprimento da legislação de regência, cumpre destacar as principais irregularidades e ilegalidades cometidas:

- Diversos casos de divergência entre o valor informado no sistema de controle externo informatizado – SIGA – e o apresentado em documento encaminhado pela Entidade, além de ausência de registro de dados no referido sistema;

- Não cumprimento de disposições referentes a execução da despesa, contidas na Lei Federal nº 4.320/64, Resoluções e Instruções editadas por este órgão;

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- Inobservância a regras estabelecidas na Lei Federal nº 8.666/93 e alterações posteriores;

- Ausência de individualização do credor - mediante registro dos respectivos números de inscrição no CPF/MF e de identificação civil – tornam questionáveis os recibos, o que pode gerar a determinação de ressarcimento dos valores respectivos;

- Imperfeições em contratos, instrumentos que devem observar a normatização legal, inclusive quanto a indicação das dotações respectivas. Disciplinando deveres e direitos das partes, a sua contabilização e remessa à IRCE devem observar as normas de regência;

- Contratação de servidores sem a realização de prévio concurso público. Reitera-se que tais contratações, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, far-se-á em submissão a Lei específica, aprovada pela Câmara Municipal, comprovadas as referidas condições e o interesse público atendido, na forma do disposto no art. 37, inciso II da Constituição Federal;

- Gastos pouco moderados no custeio de serviços profissionais de consultoria e assessoria jurídica, circunstância agravada em face de dispor a Comuna em seus quadros de 15 (quinze) advogados. É cediço que contratações que tais não produzem resultados sem que haja a indispensável qualificação dos servidores. Ademais, é impositivo o respeito aos princípios constitucionais regedores da Administração Pública. Os valores, pela expressividade, arranham os da razoabilidade e economicidade, essenciais ao Estado de Direito. Objetivando o aprofundamento da análise da matéria, determina-se a lavratura de Termo de Ocorrência, pela Coordenadoria de Controle Externo correspondente, ressalvadas as conclusões que venham a ser alcançadas e penalidades específicas que venham a ser impostas;

- As irregularidades aqui postas repercutem no mérito das contas, inclusive em face das reincidências, considerados os textos dos Pareceres Prévios emitidos acerca de contas dos exercícios anteriores, da responsabilidade do mesmo Gestor, ex-vi do disposto no parágrafo único do artigo 40 da Lei Complementar Estadual nº 006/91.

6 – DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A análise aqui empreendida considera a execução orçamentário-financeira e a gestão patrimonial. O primeiro aspecto reflete a realização de receitas e despesas e a respectiva movimentação. A gestão patrimonial traduz a posição dos ativos e passivos, bem assim o comportamento da dívida pública municipal.

Preliminarmente, refira-se que foi apresentado o selo da Declaração de Habilitação Profissional – DHP do contador que firma as peças contábeis, exigência do parágrafo único do artigo 1º da Resolução do CFC nº 871/00.

6.1 – CONFRONTO COM AS CONTAS DA CÂMARA

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Havendo o Pronunciamento Técnico apontado divergências entre o total dos bens móveis da Câmara registrado no Balanço Patrimonial da Prefeitura e o montante registrado no Inventário da Câmara Municipal, adverte-se a Administração que é imprescindível a existência de harmonia e uniformização dos registros apostos nas peças contábeis. Deveriam ter atuado neste sentido os Gestores e respectivos sistemas de controle interno.

6.2 – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO - Anexo XII

A peça contábil em referência demonstra as Receitas e Despesas previstas em confronto com as realizadas, indicando o Resultado Orçamentário, nos termos do artigo 102 da Lei Federal nº 4.320/64. A comparação da Despesa Realizada com a Receita Arrecadada revela a ocorrência de DÉFICIT ou SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO, enquanto o cotejo entre a despesa autorizada com a realizada indica a existência, ou não, de ECONOMIA ORÇAMENTÁRIA. Os resultados refletidos nas contas são:

Descrição R$Receita Arrecadada 251.433.272,59Despesa Realizada 267.874.223,51 Déficit Orçamentário 16.440.950,92

Despesa Autorizada 401.624.000,00Despesa Realizada 267.874.223,51Economia Orçamentária 133.749.776,49

A Receita Arrecadada em 2011 alcançou o valor total de R$251.433.272,59 (duzentos e cinquenta e um milhões, quatrocentos e trinta e três mil duzentos e setenta e dois reais e cinquenta e nove centavos), situando-se abaixo da prevista no expressivo percentual de 37,39% (trinta e sete vírgula trinta e nove por cento), com a seguinte composição:

Descrição R$Receitas Correntes 264.569.554,39Receitas de Capital 10.380.657,87Dedução de Receita para formação do FUNDEB 23.516.939,67Total 251.433.272,59

Os elementos postos evidenciam falhas no processo de elaboração da Lei de Meios, em face da não utilização de critérios tecnicamente adequados e de dados históricos, bem assim ocorrências que os influenciam. As Receitas Correntes e de Capital foram superestimadas, na medida em que as arrecadações correspondentes (R$264.569.554,39) e (R$10.380.657,87) situaram-se expressivamente aquém das previstas, da ordem de (R$403.474.000,00) e (R$17.508.000,00). Cumpre advertir o Chefe do Executivo, porque impositiva a observância das normas regedoras da matéria, contidas na Carta Federal, na LRF e na Lei Federal nº4.320/64, reiterando admoestações anteriores, na medida em que há reincidência na inobservância do regramento citado. A reincidência verificada repercute nas

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conclusões deste pronunciamento.

A despesa alcançou montante de R$267.874.223,51 (duzentos e sessenta e sete milhões, oitocentos e setenta e quatro mil duzentos e vinte e três reais e cinquenta e um centavos), consoante o Balanço Orçamentário, com a composição a seguir sintetizada:

Descrição R$Despesas Correntes 241.713.593,57Despesas de Capital 26.160.629,94Total 267.874.223,51

6.3 – BALANÇO FINANCEIRO - Anexo XIII

Traduz a movimentação financeira, apresentando os valores das receitas e despesas orçamentárias, os recebimentos e pagamentos extra orçamentários, os saldos em espécie oriundos do exercício anterior e os a transferir para o seguinte, nos termos do artigo 103 da Lei Federal nº 4.320/64. Os dados refletidos nas contas são assim condensados:

Descrição R$Receita Orçamentária 251.433.272,59Receita Extra Orçamentária 84.224.923,12Saldo do exercício anterior 27.667.975,42

Despesa Orçamentária 267.874.223,51Despesa Extra Orçamentária 63.967.361,42Saldo para exercício seguinte 31.484.586,20

Acusando o Relatório Técnico, a existência de divergência entre o total da receita e despesa extra - orçamentárias registrado no Balanço Financeiro e o evidenciado no Anexo XVII, trouxe a defesa final justificativas lastreadas em documentação que comprovam a exatidão do registro constante no referido Balanço. À semelhança do quanto posto anteriormente, adverte-se a Administração no sentido de maior zelo, seriedade e competência na elaboração e revisão das contas públicas, antes de sua apresentação.

6.4 – BALANÇO PATRIMONIAL - Anexo XIV Evidencia os componentes patrimoniais, que estão classificados nos grupos Contas de Compensação, Ativos (Financeiro e Permanente), Passivos (Financeiro e Permanente) e Saldo Patrimonial, na forma estabelecida na Lei Federal nº 4.320/64. Seus principais dados são a seguir sumariados:

ATIVO PASSIVODescrição R$ Descrição R$

Ativo Financeiro

Disponível 29.580.062,84Realizável 13.652.306,63

Passivo Financeiro 95.557.131,78

Ativo Permanente 128.213.418,23 Passivo 179.689.092,28

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Permanente

Soma Ativo Real 171.445.787,70Soma Passivo Real 275.246.224,06

Passivo Real Descoberto 103.800.436,36

-

TOTAL 275.246.224,06 TOTAL 275.246.224,06

Resultante da diferença do resultado superavitário da execução orçamentária deste exercício, com o valor negativo resultante do exercício anterior, respectivamente de R$25.255.803,01 (vinte e cinco milhões, duzentos e cinquenta e cinco mil oitocentos e três reais e um centavo) e de R$129.056.239,37 (cento e vinte e nove milhões, cinquenta e seis mil duzentos e trinta e nove reais e trinta e sete centavos), o elevado valor de R$103.800.436,36 (cento e três milhões, oitocentos mil quatrocentos e trinta e seis reais e trinta e seis centavos), representa o Saldo Patrimonial do exercício - Passivo Real Descoberto - fato que demanda continuada atenção e firme atuação objetivando a reversão do quadro existente.

6.4.1. Ativo

Demonstra os bens e direitos da Comuna, a parte positiva do patrimônio, cabendo destacar:

Continua pendente de regularização o valor de R$2.877.723,43 (dois milhões, oitocentos e setenta e sete mil setecentos e vinte e três reais e quarenta e três centavos), lançado no Ativo Realizável, sob o título “Jesuíno de Souza Oliveira - Ex- Gestor - FMS”. A defesa final limita-se a informar que providências administrativas estariam sendo adotadas, sem qualquer comprovação da assertiva. Sendo dever do Gestor a cobrança dos créditos municipais, a reincidência na conduta omissiva repercute negativamente no mérito das presentes contas. A matéria voltará a ser objeto de análise nas seguintes.

6.4.1.1 – Dívida Ativa

As importâncias referentes a tributos, multas e créditos em favor do Município, lançados e não cobrados ou recolhidos no exercício de origem, constituem, ex vi do disposto no artigo 39 da Lei Federal nº 4.320/64, a partir da data da respectiva inscrição, a Dívida Ativa Municipal.

A Dívida Ativa, ao final de 2010, alcançara o montante de R$82.973.943,88 (oitenta e dois milhões, novecentos e setenta e três mil novecentos e quarenta e três reais e oitenta e oito centavos). No exercício sob comento, houve inscrição, arrecadação e cancelamento nos valores de (R$8.731.172,12), (R$2.675.965,37) e (R$6.608.993,70) respectivamente, representando a segunda o inexpressivo percentual de 3,23% (três vírgula vinte e três por cento) do saldo anterior, a revelar timidez nas providências referentes ao incentivo da quitação e efetivação das cobranças. O valor de R$82.420.156,93 (oitenta e dois milhões, quatrocentos e vinte mil cento e cinquenta e seis reais e noventa e três centavos) é apontado como saldo a cobrar que, todavia,

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diverge do total demonstrado no Balanço Patrimonial - R$81.917.095,45 (oitenta e um milhões, novecentos e dezessete mil e noventa e cinco reais e quarenta e cinco centavos), originando diferença de R$503.061,48 (quinhentos e três mil e sessenta e um reais e quarenta e oito centavos). Esclarece a defesa, que a diferença apontada corresponderia ao saldo da Dívida Ativa Não Tributária, incorporado, indevidamente, ao montante da Tributária, no exercício anterior. Fato considerado no parágrafo seguinte.

A Dívida Não Tributária, cujo saldo anterior correspondente ao montante de R$503.061,48 (quinhentos e três mil e sessenta e um reais e quarenta e oito centavos), demonstrado conjuntamente com o saldo da Tributária naquele exercício, foi objeto de inscrição, arrecadação e cancelamento nos valores de (R$24.811,40), (R$93.356,57) e (R$2.040,00) respectivamente. Resta a cobrar, saldo correspondente a R$432.476,31 (quatrocentos e trinta e dois mil quatrocentos e setenta e seis reais e trinta e um centavos), acorde com o quanto registrado no Balanço Patrimonial.

Em que pese as justificativas produzidas quando da defesa final, os registros indicam que a Comuna deve emprestar maior atenção à matéria, na medida em que a Lei de Responsabilidade Fiscal exige a efetiva cobrança dos créditos municipais. Fica a Administração advertida para a expressividade das penalidades previstas para a hipótese de omissão na cobrança dos créditos municipais, caracterizada como ato de improbidade administrativa, com pena estabelecida no inciso II do artigo 12 da Lei nº 8.429/92.

6.4.2 – Passivo

Apresenta as obrigações da Comuna, demonstrando os compromissos com terceiros devendo ser destacado:

Constam no Passivo Financeiro como obrigação a cumprir, entre outras, as contas IRRF e ISS, cujos valores pertencem ao Município, já que retidos em pagamentos realizados pela Comuna, em face do estatuído nos artigos 156, inciso III (ISS) - R$73.601,36 (setenta e três mil seiscentos e um reais e trinta e seis centavos) e 158, inciso I (IRRF) - R$1.187.987,32 (um milhão, cento e oitenta e sete mil novecentos e oitenta e sete reais e trinta e dois centavos), todos da Carta Federal. O procedimento não mais se justifica, não apenas em face da expressividade dos valores, mas, igualmente, pelas advertências anteriormente postas, pelo que a reincidência repercute nas conclusões deste pronunciamento.

6.4.2.1 - Dívida Flutuante - Anexo XVII

A dívida em epígrafe é integrada pelos Restos e Serviços da Dívida a Pagar, Depósitos e Débitos de Tesouraria, incluídos os decorrentes de empréstimos por antecipação de receita orçamentária. Ao final de 2011 alcançou o montante de R$95.557.131,78 (noventa e cinco milhões, quinhentos e cinquenta e sete mil cento e trinta e um reais e setenta e oito centavos) compreendendo os valores de (R$79.077.976,60) - “Restos a Pagar” e 9

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(R$16.479.155,18) - “Depósitos e Retenções”. Considerado o montante correspondente de 2010 – R$98.850.959,39 (noventa e oito milhões, oitocentos e cinquenta mil novecentos e cinquenta e nove reais e trinta e nove centavos), houve redução percentual de apenas 3,33% (três vírgula trinta e três). O débito referente ao Órgão Municipal de Previdência, correspondente à elevada quantia de R$11.745.217,24 (onze milhões, setecentos e quarenta e cinco mil duzentos e dezessete reais e vinte e quatro centavos), deve, necessariamente, ser equacionado pela Comuna.

Atente o Gestor para as prescrições e penas introduzidas no Código Penal Brasileiro pela Lei Federal nº 9.983, de 14 de julho de 2000, a denominada Lei dos Crimes Contra a Previdência Social.

6.4.2.2 – Dívida Fundada Interna – Anexo XVI

Composta dos compromissos de exigibilidade superior a doze meses, nos termos do art. 98 da Lei Federal nº 4.320/64, está representada pelas contas “INSS”, “CEF” “COELBA”, “PASEP”, “PETROBRÁS” e “PRECATÓRIOS”, assumidas pelo Executivo, alcançou, no final de 2011, o montante de R$179.689.092,28 (cento e setenta e nove milhões, seiscentos e oitenta e nove mil e noventa e dois reais e vinte e oito centavos). Constata-se redução percentual de 5,88% (cinco vírgula oitenta e oito por cento em relação à existente em 31/12/2010, A expressividade numérica impõe atuação mais agressiva do Gestor e da Administração Municipal, para que seja preservado o equilíbrio financeiro.

Não foram apresentadas, como devido, as certidões probatórias dos débitos pertinentes ao FGTS, PASEP, INSS, Petrobrás, e Precatórios.

Representando o débito com o INSS o elevado percentual de 78,78% (setenta e oito vírgula setenta e oito por cento) do passivo permanente do município, reafirma-se a necessidade de continuadas providências de equacionamento da matéria, remetendo-se cópia deste pronunciamento ao Ministério da Previdência Social, com vistas ao Departamento de Acompanhamento respectivo.

6.4.2.3 – Dívida Consolidada Líquida

Os limites de endividamento dos entes da Federação são fixados por Resoluções do Senado Federal, na forma do disposto na Constituição Federal e na LRF. Para o exercício em apreciação vigoram as de números 40/01, relativa ao montante da dívida pública consolidada e 43/01, concernente a operações de crédito e concessão de garantias.

Os valores demonstrados no Balanço Patrimonial do exercício revelam que a Dívida Consolidada Líquida não respeitam o limite correspondente, descumprido o art. 3º, inciso II da Resolução nº 40, de 20.12.2001, do Senado Federal.

6.4.2.4. - Restos a Pagar

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Correspondem a despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de dezembro do exercício financeiro de origem, na forma do disposto no caput do artigo 36 da Lei Federal nº 4.320/64. Constituindo-se em dívidas de curto prazo, impõe a legislação a existência de disponibilidade financeira suficiente à cobertura, ao final do exercício. A verificação é efetivada nos registros das contas Caixa e Bancos – Ativo Financeiro Disponível.

A movimentação ocorrida é evidenciada no sumário seguinte:

Descrição R$Restos a Pagar exercícios anteriores 88.095.509,58Restos a Pagar quitados no exercício 33.036.641,56Restos a Pagar cancelados 29.277.043,15Restos a Pagar reinscritos no 2009/2010 3.918.092,97Restos a Pagar inscritos no exercício 51.341.794,94Saldo para o Exercício Seguinte 81.041.712,78

O saldo financeiro existente ao final de 2011 é insuficiente ao suporte das inscrições existentes a esse título, frustrado o objetivo fundamental da Lei de Responsabilidade Fiscal, qual seja o equilíbrio das contas públicas. Reitera-se as advertências postas acerca das disposições do artigo 42 da referida LRF e graves penalidades para a ocorrência do fato no último ano da gestão, quando o fato enseja a rejeição das contas anuais. A matéria está disciplinada na Instrução Cameral nº 005/2011.

6.4.2.5 – Despesas de Exercícios Anteriores – DEA

O artigo 37 da Lei Federal nº 4.320/64 disciplina o pagamento de despesas assim classificadas nos seguintes termos, verbis: “As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida sempre que possível a ordem cronológica.”

No exercício sob comento houve pagamento, a esse título, do montante de R$2.179.427,02 (dois milhões, cento e setenta e nove mil quatrocentos e vinte e sete reais e dois centavos), comprometendo o Orçamento em percentual de 0,81% (zero vírgula oitenta e um por cento).

6.5 – DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS – Anexo XV

Nos termos do art. 104 da Lei Federal nº 4.320/64, o anexo citado reflete as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e registra o resultado patrimonial do exercício (Superávit / Déficit). A peça trazida apresenta os seguintes dados:

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Variações Ativas Variações PassivasDescrição R$ Descrição R$

Resultante da Execução Orçamentária 251.433.272,59

Resultante da Execução Orçamentária 267.874.223,51

Mutações Patrimoniais 20.457.873,67

Mutações Patrimoniais

2.769.321,94

Independente da Execução orçamentária 38.952.840,78

Independente da Execução Orçamentária

14.944.638,58

Total dasVariações Ativas 310.843.987,04

Total das Variações Passivas 285.588.184,03

Déficit Patrimonial do Exercício -

Superávit Patrimonial do Exercício 25.255.803,01

Total 310.843.987,04 Total 310.843.987,04

As Variações Ativas somaram R$310.843.987,04 (trezentos e dez milhões, oitocentos e quarenta e três mil novecentos e oitenta e sete reais e quatro centavos), enquanto as Passivas foram correspondentes a R$285.588.184,03 (duzentos e oitenta e cinco milhões, quinhentos e oitenta e oito mil cento e oitenta e quatro reais e três centavos), demonstrando resultado superavitário de R$25.255.803,01 (vinte e cinco milhões, duzentos e cinquenta e cinco mil oitocentos e três reais e um centavo).

O Anexo XV, nas Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária registra o “Cancelamento de Dívida Ativa Tributária - (R$6.608.993,70) e Não Tributária” - (R$2.040,00) totalizando R$6.611.033,70 (seis milhões, seiscentos e onze mil e trinta e três reais e setenta centavos), sem que tenha sido oportunamente apresentado o correspondente processo administrativo, justificando o procedimento. A defesa final apesenta relação de “Divida Cancelada Geral”, totalizando R$4.886.648,68 (quatro milhões, oitocentos e oitenta e seis mil seiscentos e quarenta e oito reais e sessenta e oito centavos), não coincidente com o montante demonstrado, originando mais uma diferença, agora de R$1.722.345,02 (um milhão, setecentos e vinte e dois mil trezentos e quarenta e cinco reais e dois centavos). O procedimento para baixa de valores que compõem o Ativo Permanente, como sabido, depende da existência de prévia autorização legislativa e de processo administrativo contendo os elementos legalmente exigidos, com as devidas comprovações, não apresentados, fato que repercute nas conclusões deste pronunciamento.

Destaque-se, ainda, que houve cancelamento de Restos a Pagar Não Processados, no valor de R$29.277.043,15 (vinte e nove milhões, duzentos e setenta e sete mil e quarenta e três reais e quinze centavos), conforme registro das Variações Ativas - Independente da Execução Orçamentária, igualmente não apresentado, como devido, o respectivo processo administrativo contendo os elementos exigidos legalmente para que fosse efetivado o procedimento, com as comprovações pertinentes. Providências de regularização devem

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ser adotadas no exercício de 2012, com a reinscrição do referido valor no Passivo Financeiro da Comuna, justificativas e registros devidos, para análise quando da sua apreciação. Atente-se que o não cumprimento da determinação pode vir a comprometer o mérito das contas citadas.

Concluídas as análises postas, repete-se a absoluta necessidade de vir a ocorrer atenção, conhecimento técnico e cuidado na elaboração e revisão das peças contábeis, que não podem ser alteradas após a disponibilização pública e remessa das contas a esta Corte, repercutindo as inconsistências nas conclusões deste pronunciamento. Eventuais providências de regularização de valores lançados incorretamente, como ressaltado neste pronunciamento, devem ser adotadas com vistas às contas seguintes, com as justificativas e registros devidos, para exame quando de sua apreciação.

7 – DO INVENTÁRIO

Constituindo-se em levantamento ordenado do patrimônio municipal, deve respeitar as regras do Decreto nº 8.365, de 06/11/02. Objetiva o eficaz controle dos bens municipais, quantitativa e qualitativamente, inclusive os consignados sob responsabilidade de órgãos e entidades administrativas (Câmara de Vereadores, descentralizadas, etc.) confirmando a sua existência física, em confronto com a escrituração e respectivos valores.

Esclarecidos, quando da defesa final, os questionamentos postos no Pronunciamento Técnico, o Inventário existente nos autos respeita as disposições pertinentes e a disciplina da Resolução TCM nº 1.060/05. A Certidão atestando que os bens do município encontram-se registrados no Livro Tombo, arrolados sob controle apropriado e identificados através de plaquetas, encontra-se, como devido, firmada pelo encarregado do Setor de Patrimônio, pelo Secretário Municipal de Finanças e pelo Prefeito. o que elide o apontamento.

8 – DAS OBRIGAÇÕES CONSTITUCIONAIS

8.1 – EDUCAÇÃO

8.1.1 – Artigo 212 da Constituição Federal

Foi cumprida a exigência contida no mandamento constitucional destacado, em 2011, uma vez aplicado na manutenção e desenvolvimento do ensino o montante de R$58.016.685,10 (cinquenta e oito milhões, dezesseis mil seiscentos e oitenta e cinco reais e dez centavos), correspondente ao percentual de 25,19% (vinte e cinco vírgula dezenove por cento), superior ao mínimo de 25%, incluídas as despesas pagas e as liquidadas até 31 de dezembro do exercício, inscritas em Restos a Pagar, com os correspondentes saldos financeiros.

8.1.2 – FUNDEB – Lei Federal nº 11.494/07

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A Emenda Constitucional nº 53, de 19/12/06, instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, a ser aplicado na forma do disposto na Lei Federal nº 11.494/07.

Havendo o Município recebido recursos do FUNDEB no montante de R$44.032.361,20 (quarenta e quatro milhões, trinta e dois mil trezentos e sessenta e um reais e vinte centavos), o acompanhamento realizado pela Regional da Corte, consoante apontado no Pronunciamento Técnico, revela aplicação de R$35.439.290,30 (trinta e cinco milhões, quatrocentos e trinta e nove mil duzentos e noventa reais e trinta centavos) equivalente ao percentual de 80,01% (oitenta vírgula zero um por cento).

8.1.2.1 – Despesas do FUNDEB - §2º, do artigo 21 da Lei Federal nº 11.494/07

O art. 13, parágrafo único da Resolução TCM nº 1.276/08, emitido em consonância ao artigo 21, § 2º da Lei Federal nº 11.494/07, estabelece que até 5,00% (cinco por cento) dos recursos do FUNDEB poderão ser aplicados no primeiro trimestre do exercício subsequente àquele em que se deu o crédito, mediante abertura de crédito adicional. Desta forma, verifica-se que na municipalidade de Itabuna foi observado o limite determinado no dispositivo legal.

O Parecer do Conselho do FUNDEB, somente foi apresentado quando da defesa final, deixando de integrar as contas, como devido, quando postas em disponibilidade pública.

8.1.2.2 – Despesas glosadas no exercício em face da aplicação de recursos do FUNDEB com desvio de finalidade

A área técnica aponta investimento de recursos do Fundo em epígrafe em ações não compatíveis com a legislação de regência, o que caracterizaria desvio de finalidade no importe de R$203.013,53 (duzentos e três mil e treze reais e cinquenta e três centavos). Acolhe a Relatoria o quanto posto a respeito na defesa final, pelo que não há ressarcimentos a efetiva.

8.2 - APLICAÇÃO EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

Promulgada em 13/09/2000, a Emenda Constitucional 29 acrescentou o art. 77 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, instituindo o respectivo inciso III a obrigatoriedade da aplicação, pelos municípios, do percentual mínimo de 15% (quinze por cento) dos recursos enumerados nos artigos 156, 158 e 159, I, “b” e § 3º da CRFB em ações e serviços públicos de saúde, com a exclusão de 1% do FPM, na forma da Emenda Constitucional nº 55/07.

A Prefeitura cumpriu a norma constitucional, na medida em que aplicou, em 2011, o valor de R$24.130.261,62 (vinte e quatro milhões, cento e trinta mil duzentos e sessenta e um reais e sessenta e dois centavos), correspondente ao percentual de 16,59% (dezesseis vírgula cinquenta e nove por cento) dos recursos pertinentes, nas ações e serviços referenciados. 14

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Ausente dos autos - o Parecer do Conselho Municipal de Saúde, em descumprimento ao disposto no artigo 13 da Resolução TCM nº 1.277/08.

8.3 – TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA O PODER LEGISLATIVO

O artigo 29-A da Constituição da República estabelece limites e prazo para o repasse de recursos ao Poder Legislativo Municipal, observada a execução orçamentária, de sorte a manter a proporção originalmente fixada. A redução ou superação do montante caracteriza crime de responsabilidade.

Em 2011, a dotação orçamentária destinada à Câmara correspondeu a R$8.700.000,00 (oito milhões e setecentos mil reais), valor superior ao limite máximo definido – R$7.808.708,09 (sete milhões oitocentos e oito mil setecentos e oito reais e nove centavos), a ser legalmente considerado, observado o comportamento da execução orçamentária. Havendo sido repassado o montante de R$7.086.252,28 (sete milhões oitenta e seis mil duzentos e cinquenta e dois reais e vinte e oito centavos), teria sido inobservada a norma de regência. Na defesa final o Gestor remete comprovante da efetivação de transferência dentro do limite legal. Dá-se como cumprida a norma.

8.4 – REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS

A Lei Municipal nº 2094/2008, fixou os subsídios do Sr. Prefeito em R$18.576,12 (dezoito mil quinhentos e setenta e seis reais e doze centavos) e do Vice - Prefeito em R$9.288,66 (nove mil duzentos e oitenta e oito reais e sessenta e seis centavos). Regulares foram os pagamentos efetivados, conforme folhas constantes dos autos e encaminhas quando da defesa final, já que observados os princípios estabelecidos na Carta Federal e o quanto fixado na Lei Municipal mencionada. Perceberam, respectivamente, os Senhores Prefeito e Vice Prefeito as quantias anuais de R$222.913,44 (duzentos e vinte e dois mil novecentos e treze reais e quarenta e quatro centavos) e R$111.463,92 (cento e onze mil quatrocentos e sessenta e três reais e noventa e dois centavos). Regulares, igualmente, foram os pagamentos efetivados aos Senhores Secretários Municipais.

8.5 – DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

O sistema mencionado, consoante o disposto no artigo 74 da Lei Maior, compreende procedimentos e políticas estabelecidos com o fim de auxiliar o alcance dos objetivos e das metas propostos, além de assegurar a execução correta do planejamento orçamentário-financeiro e da gestão patrimonial, sob os aspectos de legalidade, economicidade, eficiência e eficácia. Constitui, portanto, conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados, que permitem evitar o cometimento de equívocos, a sua oportuna correção e apontar eventuais irregularidades ao controle externo. Conquanto existente no Município de Itabuna, as ocorrências consignadas na Cientificação Anual e no Pronunciamento Técnico indicam que o seu precário funcionamento, fato que repercute nas conclusões deste pronunciamento,

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impondo-se providências tendentes a fazê-lo cumprir os elevados propósitos que justificaram a sua inserção em sede constitucional.

9 – DAS EXIGÊNCIAS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

9.1 – DESPESA TOTAL COM PESSOAL

Os artigos 18 a 20, 21 a 23 e 66 da LRF definem e estabelecem limites específicos para as despesas com pessoal e disciplinam a forma de efetivação dos controles pertinentes. O § 1º do artigo 5º da Lei Federal nº 10.028/00, além de penalidades institucionais, prevê a aplicação de multa equivalente a 30% (trinta por cento) dos subsídios anuais do Gestor, na hipótese de omissão na execução de medidas para a redução de eventuais excessos. A reincidência omissiva pode repercutir negativamente no mérito das contas.

A verificação da matéria impõe, consoante a legislação, a análise dos gastos dos dois exercícios anteriores, 2009 e 2010, além do atual, 2011.

9.1.1 - EXERCÍCIO DE 2009 - Percentual Excedente (art. 23 e 66 da LRF)

A crise financeira global, no exercício de 2009, afetou o resultado do PIB referente ao 3º trimestre. Dados divulgados pelo IBGE 10/12/2009 revelam taxa de variação real acumulada dos últimos quatro trimestres, em relação aos imediatamente anteriores, no valor negativo de 1% (hum por cento), o que ensejou a duplicação dos prazos de recondução de tais despesas aos limites legais – pelo menos 1/3 (um terço) do percentual em agosto/2010 e o restante em abril/2011 – consoante o art. 66 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A Prefeitura de Itabuna ultrapassou o limite definido no art. 20, inciso III, alínea 'b', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF aplicando 75,50% (setenta e cinco vírgula cinquenta por cento) em despesa com pessoal. De acordo com o Relatório de Prestação de Contas Mensal de abril de 2011, a citada despesa alcançou o montante de R$156.243.911,88 (cento e cinquenta e seis milhões, duzentos e quarenta e três mil novecentos e onze reais e oitenta e oito centavos), correspondendo a 72,05% (sessenta e dois vírgula zero cinco por cento) da Receita Corrente Líquida de R$216.850.159,80 (duzentos e dezesseis milhões, oitocentos e cinquenta mil cento e cinquenta e nove reais e oitenta centavos), constatando-se, assim, o descumprimento da legislação supracitada, tendo em vista o limite máximo percentual de 54%. (cinquenta e quatro por cento).

9.1.2 - EXERCÍCIO DE 2010 – Percentual Excedente (art. 23 da LRF)

A Prefeitura, no exercício de 2010, ultrapassou o limite definido no art. 20, inciso III, alínea 'b', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF aplicando 74,45% (setenta e quatro vírgula quarenta e cinco por cento) em despesa com pessoal. Como dito, o Município deveria eliminar, no exercício subsequente, pelo menos 1/3 (um terço) do percentual excedente no primeiro quadrimestre (abril/11) e o restante no segundo quadrimestre (agosto/11).

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De acordo com o Relatório de Prestação de Contas Mensal verificou-se que a despesa em tela, no mês de abril de 2011, alcançou o montante de R$156.243.911,88 (cento e cinquenta e seis milhões, duzentos e quarenta e três mil novecentos e onze reais e oitenta oito centavos), correspondendo ao percentual de 72,05% (setenta e dois vírgula zero cinco por cento) da Receita Corrente Líquida de R$216.850.159,80 (duzentos e dezesseis milhões, oitocentos e cinquenta mil cento e cinquenta e nove reais e oitenta centavos), constatando-se, assim, o cumprimento da legislação supracitada tendo em vista o limite máximo de 67,63% (sessenta e sete vírgula sessenta e três por cento).

No segundo quadrimestre de 2011, a despesa sob comento atingiu o montante de R$174.865.568,81 (cento e setenta e quatro milhões, oitocentos e sessenta e cinco mil quinhentos e sessenta e oito reais e oitenta e um centavos), conforme o Relatório de Prestação de Contas Mensal de agosto/2011, correspondendo ao percentual de 73,75% (setenta e três vírgula setenta e cinco por cento) da Receita Corrente Líquida de R$237.098.091,36 (duzentos e trinta e sete milhões, noventa e oito mil noventa e um reais e trinta e seis centavos), constatando-se o descumprimento da legislação supracitada tendo em vista o limite máximo de 54% (cinquenta e quatro por cento)

9.1.3 - EXERCÍCIO DE 2011 – LIMITE LEGAL (art. 20, 22 e 23 da LRF)

No exercício em exame os autos registram os valores abaixo considerando - se a Receita Corrente Líquida de R$241.052.614,72 (duzentos e quarenta e um milhões, cinquenta e dois mil seiscentos e quatorze reais e setenta e dois centavos):

DESPESA COM PESSOAL R$ Limite legal – 54% (art. 20 LRF) 130.168.411,95 Limite Prudencial – (art. 22) 123.659.991,36 Limite para alerta – 90% do limite máximo (art. 59) 117.151.570,76 Participação em 2011 190.216.140,80 Percentual da despesa na Receita Corrente Líquida 78,91%

O Pronunciamento Técnico revela que o Poder Executivo não cumpriu o limite estabelecido na alínea “b” do inciso III do art. 20 da LRF, na medida em que os gastos com pessoal alcançaram o percentual de 78,91% (setenta e oito vírgula noventa e um por cento), ao final do exercício de 2011.

A superação do limite máximo impõe a aplicação da penalidade prevista no art. 5º, §1º, da Lei nº 10.028/00. Consideradas as reincidências, a irregularidade, por si, ainda que desconsideradas pudessem ser todas as demais aqui destacadas, compromete o mérito das presentes contas.

9.2 – RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E DE GESTÃO FISCAL

9.2.1 - Publicidade

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Foram encaminhados os demonstrativos e comprovada divulgação oportuna dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal, alguns de forma incompleta. Comprova a defesa final, todavia, que foi efetivada no devido tempo a divulgação dos Anexos faltantes. A falta inicialmente abordada não deve voltar a ocorrer, sob pena da aplicação de penalidades e repercussão na conclusão de futuros Pareceres Prévios. Atente a Gestora para o disposto no § 2º do art. 55 da LRF, bem assim nos artigos 6º e 7º da Resolução TCM nº 1.065/05.

9.2.2 – Remessa de Dados – Sistema LRF/net

O sistema de controle informatizado “LRF/Net” indica cumprimento do artigo 1º da Resolução TCM nº 1.065/05 – remessa oportuna, por meio eletrônico, dos demonstrativos contendo os dados dos Relatórios de Gestão Fiscal e Resumido da Execução Orçamentária, atendida a exigência contida na Lei Complementar nº 101/00 – LRF.

9.3 – AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Deve o Poder Executivo, na forma de disposição da LRF, demonstrar e avaliar, até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, em audiências públicas realizadas na Câmara local, o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre. A falta apontada no Pronunciamento Técnico foi sanada quando da defesa final, que colacionou, ainda que tardiamente, as atas respectivas, realizadas oportunamente as audiências. Atente a Comuna que a reincidência no atraso é causa para aplicação de penalidades.

10 – DAS RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL

10.1 – ROYALTIES / FUNDO ESPECIAL / COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS DE RECURSOS MINERAIS E HÍDRICOS – Resolução TCM nº 931/04

A Prefeitura de Itabuna, no exercício de 2011, recebeu e contabilizou recursos provenientes dessa origem no montante de R$929.098,19 (novecentos e vinte e nove mil noventa e oito reais e dezenove centavos), havendo os autos registrado a aplicação em conformidade com a legislação.

10.2 – CIDE – Resolução TCM nº 1.122/05

Revelam os autos que o município recebeu a importância de R$435.646,11 (quatrocentos e trinta e cinco mil seiscentos e quarenta e seis reais e onze centavos) relativa a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. A Inspetoria Regional, identificou a realização de despesas, respeitada a legislação de regência.

10.3 – DO REPASSE DE RECURSOS PARA ENTIDADES CIVIS – Resolução TCM nº 1.121/05

O repasse de recursos públicos municipais pela administração direta ou indireta, mediante convênio, a entidades civis sem fins lucrativos, reconhecidas

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por lei municipal como de utilidade pública, a título de subvenção ou auxílio, deve observar o disposto nos artigos 16 e 17 da Lei Federal nº 4.320/64 e 26, da LRF. Conforme Pronunciamento Técnico, a Prefeitura de Itabuna repassou recursos para as Entidades Civis abaixo relacionadas, cujas prestações de contas foram encaminhadas tão somente quando da defesa final, e não nos prazos estabelecidos na regulamentação respectiva. Deve ser extraída pela SGE - a documentação contida nas Patas AZ, de nº 02 - doc. 11, 03, 04, 05, 06 07, 08, - para exame da unidade técnica competente.

Entidades Valor (R$) Alberque Bezerra de Menezes 125.485,70 APAE -Assoc. Dos Pais e A. dos Excepcionais 77.894,74 Assoc. de Pais e P. das Sin. Def. Neurologicas 6.635,52Assoc. de Amigos SOS Canto da Criança 35.171,64Assoc. das Senhoras de Caridade de Itabuna 46.922,72Assoc. dos Arbitros de Futebol de Itabuna 23.350,00Assoc.das Senhoras de Caridade de Itabuna 13.545,00Fundação Dr. Baldoino Lopes Azevedo 41.993,40Liga Itabunense de Futebol -LIF 38.500,00

10.4 – DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS – item 30, artigo 9º da Resolução TCM nº 1.060/05

Apresentado quando da defesa final, o Relatório sobre as Ações do Executivo no âmbito da Fiscalização de Receita e Combate à sonegação atende, ainda de forma sinética, ao disposto no artigo 13, da Lei Complementar Federal nº 101/00 e item 30, artigo 9º da Resolução TCM nº 1.060/05. Deve, portanto, ser aperfeiçoado.

10.5 – RELATÓRIO DE PROJETOS E ATIVIDADES – item 32, art.º 9º da Resolução TCM nº 1.060/05

O Relatório de Projetos e Atividades – fls. 305 a 309 – não atende a Resolução em tela, em lugar do referido relatório, foi apresentado uma planilha especificando estritamente dados relativos a percentual e data inicial e final das ações desenvolvidas pela Prefeitura em cada Unidade Orçamentária. Irregularidade não descaracterizada quando da defesa final. Recomenda-se fiel observância ao contido no item 32, art. 9º da Resolução TCM nº 1.060/05.

11 - DAS MULTAS E RESSARCIMENTOS PENDENTES

Os autos registram pendências concernentes ao não recolhimento de cominações impostas a Agentes Políticos do município em decisões transitadas em julgado nesta Corte - multas ou ressarcimentos. A defesa final informa que as multas impostas ao Gestor teriam sido inscritas em Dívida Ativa, alegando apresentar comprovação, o que não ocorreu. É indiscutível,

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portanto, que o Responsável pelas contas descumpriu as determinações da Corte de Contas e a legislação aplicável, ao não recolher e, pior, deixar de cobrar o largo elenco de cominações aplicadas e a seguir listadas:

MULTAS

Processo Multado Cargo Venc. Valor R$ 37571-08 FERNANDO GOMES

DE OLIVEIRAex-Prefeito 10/10/2009 2.000,00

37571-08 GERALDO PEDRASSOLI

Secretario Municipal

10/10/2009 1.000,00

08408-09 EDSON LUIZ RAMOS DANTAS

Presidente da Camara

13/11/2010 1.000,00

06242-08 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

PREFEITO 27/12/2008 29.000,00

38585-07 FERNANDO GOMES DE OLIVEIRA

PREFEITO 18/07/2009 2.500,00

14027-02 GERALDO SIMÕES DE OLIVEIRA

ex-Prefeito 27/12/2007 3.000,00

37599-08 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

Prefeito 25/08/2008 1.000,00

38644-08 MARIA JOSÉ GAMA PRESIDENTE

10/08/2009 700,00

37557-08 JESUÍNO DE SOUZA OLIVEIRA

SEC. DE SAÚDE

15/10/2009 5.000,00

04966-07 GERALDO SIMOES DE OLIVEIRA

ex-Prefeito 09/05/2008 5.000,00

39058-07 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

Prefeito 17/11/2008 10.000,00

38864-07 FERNANDO GOMES DE OLIVEIRA

PREFEITO 12/09/2009 5.000,00

38715-11 RUY MISCOCIO GOIS MACHADO

PRESIDENTE

18/05/2012 3.000,00

09198-10 JOSÉ NILTON AZEVEDO LEAL

Prefeito 02/01/2012 4.500,00

09772-10 CLOVIS LOIOLA DE FREITAS

Presidente da Camara

30/01/2011 2.000,00

08163-11 JOSÉ NILTON AZEVEDO LEAL

Prefeito 10/02/2012 8.000,00

38586-07 FERNANDO GOMES DE OLIVEIRA

PREFEITO 18/10/2008 15.000,00

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38866-07 FERNANDO GOMES DE OLIVEIRA

PREFEITO 18/10/2008 500,00

09259-08 EDSON LUIZ RAMOS DANTAS

Presidente da Camara

31/08/2009 3.000,00

39057-07 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

EX-PREFEITO

05/10/2009 5.000,00

09260-08 FERNANDO GOMES DE OLIVEIRA

Prefeito 10/08/2009 25.000,00

05917-06 EDSON LUIZ RAMOS DANTAS

Presidente da Camara

05/10/2007 20.672,00

38748-07 MARIA JOSÉ GAMA -PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO MARIMBETA

PRESIDENTE

31/05/2008 8.000,00

39056-07 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

PREFEITO 02/06/2008 1.000,00

17344-07 EDSON LUIZ RAMOS DANTAS

PRESIDENTE DA CAMARA

12/07/2008 3.000,00

08002-07 EDSON LUIZ RAMOS DANTAS

Presidente da Camara

17/10/2008 2.000,00

05236-07 FERNANDO GOMES DE OLIVEIRA

Prefeito Municipal

24/10/2008 1.500,00

37574-08 FERNANDO GOMES DE OLIVEIRA

ex-Prefeito 10/10/2009 2.000,00

01622-08 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

PREFEITO 29/06/2008 500,00

39277-11 CLÓVIS LOILA DE FREITAS

PRESIDENTE

13/07/2012 3.000,00

08229-11 CLOVIS LOIOLA DE FREITAS

Presidente da Camara

09/06/2012 2.800,00

RESSARCIMENTOS

Processo Responsável(eis) Cargo Venc Valor R$05769-97 JOSE R. DE SOUZA PRESIDENTE 16/02/1998 37.112,3805769-97 CARLOS A. DE

OLIVEIRAVICE-

PRESIDENTE16/02/1998 37.112,38

05769-97 EDVALDO R. FONSECA

1º SECRETARIO

16/02/1998 38.695,84

05769-97 ANARINA A. S. LIMA VEREADORA 16/02/1998 7.175,0505769-97 ANA CAROLINA DE VEREADORA 01/02/1998 7.175,05

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ALMEIDA05769-97 DAVDISON

MAGALHÃESVEREADOR 16/02/1998 7.175,05

05769-97 HERLON S. BRANDÃO

VEREADOR 16/02/1998 9.154,38

05769-97 JOSÉ CARLOS DE JESUS

VEREADOR 16/02/1998 8.494,60

05769-97 JOÃO OTAVIO DE O. MACEDO

VEREADOR 16/02/1998 7.175,05

05769-97 JOSÉ D. DA SILVA VEREADOR 16/02/1998 7.175,0505769-97 MARCOS A.

BRANDÃOVEREADOR 16/02/1998 7.175,05

05769-97 LEONISIO J. GUIMARÃES

VEREADOR 16/02/1998 5.195,72

05769-97 JOSÉ R. ARAÚJO VEREADOR 16/02/1998 7.175,0505769-97 GERALDO DA R.

FILHOVEREADOR 16/02/1998 7.026,60

05769-97 ELY B. DE SOUZA VEREADOR 16/02/1998 7.026,6005769-97 GILSON S. DE JESUS 2º

SECRETÁRIO16/02/1998 26.819,88

08412-96 GERALDO SIMÕES DE OLIVEIRA

PREFEITO 05/08/1998 190.381,21

05698-98 HAMILTON GOMES VICE 11/12/1998 31.675,1705698-98 MARIA REGINA S.

PEREIRASUPLENTE 11/12/1998 4.500,00

05698-98 ROBERTO TADEU PONTES DA SILVA

1º SECRETÁRIO

11/12/1998 31.675,17

05698-98 JOSÉ RAIMUNDO DE SOUZA

2º SECRETÁRIO

11/12/1998 22.675,17

05698-98 VEREADORES 11/12/1998 4.675,1707416-99 HAMILTON GOMES VICE-

PRESIDENTE17/12/1999 27.000,00

07416-99 ROBERTO TADEU PONTES DE SOUZA

1º SECRETARIO

17/12/1999 27.000,00

07416-99 JOSE RAIMUNDO DE SOUZA

2º SECRETARIO

17/12/1999 18.000,00

07673-00 ANTONIO CARLOS PRADO

PRESIDENTE 14/01/2001 66.185,63

07673-00 ANTONIO FABIO ANDRADE

VEREADOR 14/01/2001 2.288,30

07673-00 ABRAHÃO JOSÉ VEREADOR 14/01/2001 2.296,46 22

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RIBEIRO FILHO07673-00 RICARDO DANTAS

XAVIERVEREADOR (1º SECRETARIO)

14/01/2001 30.340,28

07673-00 SÉRGIO M. XAVIER DA SILVA

VEREADOR (VICE)

14/01/2001 23.014,62

07673-00 HAMILTON GOMES VEREADOR (2º SECRETÁRIO)

14/01/2001 18.575,00

07673-00 CARLOS ALVES OLIVEIRA

VEREADOR 14/01/2001 3.502,27

07673-00 EVERALDO ANUNCIAÇÃO

VEREADOR 14/01/2001 870,40

07673-00 JOSÉ RAIMUNDO DE SOUZA

VEREADOR 14/01/2001 2.296,20

07673-00 KLÉBER FERREIRA DA SILVA

VEREADOR 14/01/2001 542,52

02995-00 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

EX-PREFEITO 17/09/2001 49.320,00

14649-01 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

PREFEITO 03/05/2002 44.362,00

09346-01 ANTONIO CARLOS PRADO

PRESIDENTE 13/01/2002 10.434,27

09346-01 ANTONIO CARLOS PRADO

PRESIDENTE 13/01/2002 22.934,04

09346-01 ANTONIO CARLOS PRADO

PRESIDENTE 13/01/2002 13.571,01

01422-02 ANTÔNIO CARLOS PRADO

PRESIDENTE 11/05/2002 3.381,24

01422-02 SÉRGIO MURILO XAVIER DA SILVA

VEREADOR 11/05/2002 9.165,67

01422-02 RICARDO DANTAS XAVIER

VEREADOR 11/05/2002 4.750,50

01422-02 HAMILTON GOMES FILHO

VEREADOR 11/05/2002 8.327,37

01422-02 PEDRO VICENTE EGÍDIO

VEREADOR 11/05/2002 6.650,70

01422-02 JOSÉ RAIMUNDO DE SOUZA

VEREADOR 11/05/2002 3.129,74

01422-02 JOSÉ CARLOS S. DE CARVALHO

VEREADOR 11/05/2002 6.650,70

01422-02 CARLOS ALVES OLIVEIRA

VEREADOR 11/05/2002 2.235,53

01422-02 EMANOEL ACELINO VEREADOR 11/05/2002 6.650,70

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T. DA LUZ01422-02 ANTÔNIO FÁBIO

ANDRADEVEREADOR 11/05/2002 3.129,74

01422-02 MAGNOBALDO RIBEIRO GOMES

VEREADOR 11/05/2002 6.650,70

01422-02 EVERALDO ANUNCIAÇÃO FARIAS

VEREADOR 11/05/2002 6.650,70

01422-02 KLÉBER FERREIRA DA SILVA

VERADOR 11/05/2002 6.650,70

01422-02 ABRAHÃO JOSÉ RIBEIRO FILHO

VEREADOR 11/05/2002 3.129,74

01422-02 LUIS CARLOS SENA VEREADOR 11/05/2002 6.650,7001422-02 MILTON SANTOS

GRAMACHOVEREADOR 11/05/2002 6.650,70

01422-02 JONAS BOAMORTE DOS SANTOS

VEREADOR 11/05/2002 6.650,70

01422-02 ROBERTO T. PONTES DE SOUZA

VEREADOR 11/05/2002 8.143,71

01422-02 JOÃO DE SOUZA PITON

VEREADOR 11/05/2002 7.957,08

02269-02 PEDRO VICENTE EGÍDIO

PRESIDENTE 24/06/2002 6.318,08

02269-02 JOSÉ REGINALDO DE S. SILVA

VEREADOR 24/06/2002 179,35

02269-02 ROBERTO TADEU P.DE SOUZA

VEREADOR 24/06/2002 1.447,40

02269-02 PAULO LUMA VEREADOR 24/06/2002 1.267,9202269-02 JOSÉ CARLOS M.

SANTOSVEREADOR 24/06/2002 185,65

02269-02 ADILSON JOSÉ DOS SANTOS

VEREADOR 24/06/2002 544,35

02269-02 LUIZ CARLOS SENA VEREADOR 24/06/2002 185,6502269-02 JOSUÉ BRANDÃO VEREADOR 24/06/2002 717,4002269-02 GERALDO BARBOSA VEREADOR 24/06/2002 717,4002269-02 LINALDO FARIAS VEREADOR 24/06/2002 179,3502269-02 JOSÉ RAIMUNDO DE

SOUZAADVOGADO 24/06/2002 1.671,40

02269-02 DILSON JOSÉ DOS SANTOS

ASSESSOR 24/06/2002 666,04

02269-02 ALBERTO ELMO M. CONTADOR 24/06/2002 1.005,36

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MOREIRA04067-02 PEDRO VICENTE

EGIDIOPRESIDENTE 05/07/2002 100,00

04067-02 GISLENE NEIVA M.OLIVEIRA

VEREADORA 05/07/2002 1.000,00

04067-02 GERALDO BARBOSA DA ROCHA FILHO

VEREADOR 05/07/2002 900,00

04067-02 ELLIZER BARRETO FARIAS

VEREADOR 05/07/2002 1.000,00

04067-02 CARLOS ALVES OLIVEIRA

VEREADOR 05/07/2002 1.000,00

04067-02 ANTONIO RODRIGUES DE ALMEIDA

VEREADOR 05/07/2002 1.200,00

04067-02 ADILSON JOSE DOS SANTOS

VEREADOR 05/07/2002 1.000,00

04067-02 LINALDO SANTOS FARIAS

VEREADOR 05/07/2002 1.000,00

04067-02 MILTON SANTOS GRAMACHO

VEREADOR 05/07/2002 1.000,00

04067-02 LUIS CARLOS SENA RIBEIRO

VEREADOR 05/07/2002 1.000,00

04067-02 RICARDO DANTAS XAVIER

VEREADOR 05/07/2002 1.354,00

04067-02 EDVALDO RESIS FONSECA

VEREADOR 05/07/2002 1.100,00

04067-02 CARLOS ALVES OLIVEIRA

VEREADOR 05/07/2002 400,00

04067-02 JOSE CARLOS MACHADO SANTOS

VEREADOR 05/07/2002 750,00

14525-01 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

EX-PREFEITO 17/06/2002 10.343,56

08278-02 PEDRO VICENTE EGÍDIO

PRESIDENTE 24/01/2003 49.966,79

38438-04 PEDRO VICENTE EGÍDIO

EX-PRESIDENTE DA CÂMARA

04/10/2004 22.772,53

41846-03 PEDRO V. EGÍDIO E PAULO ROBERTO J. LUNA

GESTORES 13/05/2005 16.389,56

41837-03 PEDRO V EGÍDIO E PAULO ROBERTO J. LUNA

GESTORES 20/05/2005 20.865,82

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38500-04 GERALDO SIMÕES DE OLIVEIRA

PREFEITO 07/05/2005 4.000,00

02992-03 GERALDO SIMÕES DE OLIVEIRA

PREFEITO 18/09/2005 832,25

41848-03 PEDRO VICENTE EGÍDIO

EX-PRESIDENTE DA CÂMARA

17/07/2006 108.751,51

14027-02 GERALDO SIMÕES DE OLIVEIRA

EX-PREFEITO 20/08/2007 18.012,72

04966-07 GERALDO SIMÕES DE OLIVEIRA

EX-PREFEITO 04/05/2008 462.880,85

17344-07 EDSON LUIZ RAMOS DANTAS

PRESIDENTE 05/07/2008 28.845,99

07722-05 GERALDO SIMOES DE OLIVEIRA

PREFEITO 16/09/2008 1.956,72

38866-07 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

PREFEITO 18/10/2008 18.895,14

12450-08 MARIA DA CONCEIÇÃO BENIGNO MAGALHÃES

GESTORA DO IASI

27/01/2009 4.554,67

08001-07 FERNANDO GOMES OLIVEIRA

PREFEITO 05/04/2009 2.064,28

08382-09 ANTONIO M. DE OLIVEIRA

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

08382-09 LUIZ FERNANDO M. GUARNIERI

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

08382-09 GERALDO PEDRASSOLI

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

08382-09 GUSTAVO JOAQUIM LISBOA

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

08382-09 MARCOS ALAN R. DE FARIAS

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

08382-09 MONOEL LOPES DOS SANTOS

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

08382-09 JOÃO XAVIER O. FILHO

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

08382-09 MIRIAN DE S. PARANHOS

SECRETÁRIA 26/04/2010 20.760,00

08382-09 JORGE A.S. VASCONCELOS

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

08382-09 JESUINO DE SOUZA OLIVEIRA

SECRETÁRIO 26/04/2010 20.760,00

26

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08408-09 ABELÁDIO FRANCISCO PEREIRA

VEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 ADILKSON JOSÉ DOS SANTOS

VEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 ADECK VIEIRA GALY VEREADOR 10/12/2009 4.061,0908408-09 CÉSAR OTONIEL

LIMA BRANDÃOVEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 CLAUDEVANE MOREIRA LEITE

VEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 EDSON LUIZ RAMOS DANTAS

PRESIDENTE 10/12/2009 4.061,09

08408-09 EDVALDO REIS FONSECA

VEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 LUÍS CARLOS S. RIBEIRO

VEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 MILTON SANTOS GRAMACHO

VEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 MILTON SILVA CERQUEIRA

VEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 ROBERTO TADEU PONTES DE SOUZA

VEREADOR 10/12/2009 4.061,09

08408-09 WENCESLAU A. G. DOS S. JÚNIOR

VEREADORVEREADOR

10/12/2009 4.061,09

11380-10 FERNANDO GOMES DE OLIVEIRA

EX-PREFEITO 06/11/2010 3.600,00

11380-10 JOSE NILTON AZEVEDO LEAL

PREFEITO 06/11/2010 20.000,00

37597-08 ISAIAS MENDES LIMA FILHO

DIRETOR PRESIDENTE

12/10/2009 546.082,10

08163-11 JOSÉ NILTON AZEVEDO LEAL

PREFEITO 10/02/2012 79.992,01

08229-11 CLOVIS LOIOLA DE FREITAS

PRESIDENTE DA CÂMARA

25/04/2012 215.322,56

Considerando-se que:

– tem o município obrigação de promover a cobrança, inclusive judicial, dos débitos impostos pelo TCM aos Agentes Políticos, caso não recolhidos voluntariamente, circunstância em que geram créditos públicos executáveis judicialmente, denominados Dívida Ativa Não Tributária;

– as decisões das Cortes de Contas impositivas de apenação de multas, ou de ressarcimentos, a agentes públicos, têm eficácia de título

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executivo extrajudicial, na forma do disposto nos artigos 71, § 3º e 91, § 1º das Cartas Federal e Estadual, respectivamente;

– o Prefeito não cumpriu o seu dever de recolhimento das cominações que lhe foram impostas e de cobrar os débitos existentes, importando a omissão no comprometimento do mérito das presentes contas;

– que resta caracterizada a prática de ato de improbidade administrativa, na forma do disposto na Lei nº 8.429/1992.

Devem os autos ser objeto de representação ao douto Ministério Público, a ser formulada pela competente Assessoria Jurídica deste Tribunal, na forma do quanto disposto no artigo 76, inciso I, alínea “a” da Lei Complementar Estadual nº 006/91.

12 – DAS DENÚNCIAS E TERMOS DE OCORRÊNCIA

12.1 – EM TRAMITAÇÃO

Registre-se a tramitação, em separado, dos processos de denúncia TCM nºs 2.787/12, 11.271/11 e 13.022/11, cujos méritos não foram aqui considerados, pelo que ficam ressalvadas eventuais providências decorrentes da apuração dos fatos neles contidos.

13 – CONCLUSÃO

Vistos, detidamente analisados e relatados, respeitados que foram os direitos consagrados no inciso LV do artigo 5º da Constituição da República em todas as fases processuais, consideradas as irregularidades e ilegalidades aqui apontadas e detalhadas nos pronunciamentos técnicos, reveladoras de agressão a normas constitucionais e contidas nas Leis de Responsabilidade Fiscal, Federais nºs 8.666/93 e 4.320/64, Resoluções e Instruções desta Corte, com fulcro no art. 40, inciso III, alíneas “a ” e “b” e respectivo parágrafo único, todos da Lei Complementar Estadual nº 06/91, combinados com as disposições da Resolução TCM nº 222/92*, votamos pela rejeição, porque irregulares, das contas do exercício financeiro de 2011 da Prefeitura de Itabuna, constantes do processo TCM nº 7.583/12, da responsabilidade do Sr. José Nilton Azevedo Leal, a quem é aplicada multa no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), com respaldo nos incisos I, II e VII do artigo 71 da mesma Lei Complementar citada. Em face do não cumprimento do limite estabelecido no art. 20, inciso III, alínea “b”, da LRF, com fulcro no §1º do artigo 5º da Lei nº 10.028/2000, aplica-se multa específica ao Gestor, na quantia de R$66.874,04 (sessenta e seis mil oitocentos e setenta e quatro reais e quatro centavos), correspondente ao percentual de 30% (trinta por cento) do valor dos respectivos subsídios anuais. Todas as cominações deverão ser recolhidas aos cofres públicos municipais, com recursos pessoais do multado, na forma e prazo estabelecidos na Resolução TCM nº 1.124/05, que disciplina os arts. 72 e 75 da mesma Lei Complementar, emitindo-se a competente Deliberação de Imputação de Débito.

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Cópia do Parecer Prévio deve ser encaminhada ao Ministério da Previdência, com vistas ao Departamento de Acompanhamento respectivo, em face do quanto posto nos ites 6.4.2.1 e 6.4.2.2.

A liberação da responsabilidade do Gestor fica condicionada ao cumprimento do quanto aqui determinado.

Determina-se a lavratura de Termo de Ocorrência, respeitados os prazos e condições estabelecidos para o saneamento das questões, em relação a ocorrência de gastos excessivos com serviços profissionais de advocacia especializada em consultoria e assessoria jurídica na Comuna, conforme item 5 deste pronunciamento. Recomenda-se a adoção, pela SGE da Corte, das seguintes providências:

− Autuação, em apartado, para autônoma tramitação, da documentação contida nas Patas AZ, de nº 02 – Documentação Complementar- doc. 11, 03, 04, 05, 06 07 e 08, concernente a prestações de contas de Entidades Civis, com remessa à competente Coordenadoria de Controle Externo, na forma explicitada no item 10.3 deste pronunciamento;

Ciência aos interessados e à CCE.

SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, em 10 de abril de 2013.

Cons. Paulo Maracajá PereiraPresidente

Cons. José Alfredo Rocha Dias Relator

Este documento foi assinado digitalmente conforme orienta a resolução TCM nº01300-11. Para verificar a autenticidade deste parecer, consulte o Sistema de Acompanhamento de Contas ou o site do TCM na Internet em www.tcm.ba.gov.br e acesse o formato digital assinado eletronicamente.

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