publicado em resumo no doe de / / prestaÇÃo anual de ... · coordenadoria de controle externo,...

32
PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________ PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS Processo TCM nº 12297-13 Exercício Financeiro de 2012 Prefeitura Municipal de NOVA IBIÁ Gestor: José Murilo Nunes de Souza Relator Cons. Paolo Marconi PARECER PRÉVIO Opina pela rejeição, porque irregulares, das contas da Prefeitura Municipal de NOVA IBIÁ, relativas ao exercício financeiro de 2012. O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes: DA PRESTAÇÃO DE CONTAS Este processo se refere à prestação de contas da Prefeitura Municipal de NOVA IBIÁ, exercício financeiro de 2012, de responsabilidade do Sr. José Murilo Nunes de Sousa, encaminhada mediante ofício do Presidente do Poder Legislativo e autuada sob o nº 12297-13, cuja entrada neste Tribunal se deu fora do prazo legal. Não consta nos autos o ofício de encaminhamento da Prestação de Contas do Poder Executivo ao Legislativo, não obedecendo, assim, o prazo estabelecido pelo art. 63 da Constituição do Estado da Bahia. Na diligência anual o Gestor informou que a Prestação de Contas foi enviada diretamente ao Tribunal de Contas. O não encaminhamento pelo Prefeito da prestação de contas sob sua responsabilidade à Câmara Municipal para que fosse colocada a disposição do contribuinte, infringe os preceitos legais e constitucionais que tratam da disponibilidade pública, art. 95, parágrafo 2º, da Constituição Estadual e art. 54, parágrafo único, da Lei Complementar nº 06/91, tanto que não consta nos autos, documento que comprove que as contas do Poder Executivo foram colocadas em disponibilidade pública, para exame e apreciação, acompanhada das contas do Poder Legislativo, pelo período de 60 dias. 1

Upload: vannhan

Post on 26-Jan-2019

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTASProcesso TCM nº 12297-13Exercício Financeiro de 2012Prefeitura Municipal de NOVA IBIÁ Gestor: José Murilo Nunes de SouzaRelator Cons. Paolo Marconi

PARECER PRÉVIO Opina pela rejeição, porque irregulares, das contas da Prefeitura Municipal de NOVA IBIÁ, relativas ao exercício financeiro de 2012.

O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes:

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Este processo se refere à prestação de contas da Prefeitura Municipal de NOVA IBIÁ, exercício financeiro de 2012, de responsabilidade do Sr. José Murilo Nunes de Sousa, encaminhada mediante ofício do Presidente do Poder Legislativo e autuada sob o nº 12297-13, cuja entrada neste Tribunal se deu fora do prazo legal.

Não consta nos autos o ofício de encaminhamento da Prestação de Contas do Poder Executivo ao Legislativo, não obedecendo, assim, o prazo estabelecido pelo art. 63 da Constituição do Estado da Bahia.

Na diligência anual o Gestor informou que a Prestação de Contas foi enviada diretamente ao Tribunal de Contas.

O não encaminhamento pelo Prefeito da prestação de contas sob sua responsabilidade à Câmara Municipal para que fosse colocada a disposição do contribuinte, infringe os preceitos legais e constitucionais que tratam da disponibilidade pública, art. 95, parágrafo 2º, da Constituição Estadual e art. 54, parágrafo único, da Lei Complementar nº 06/91, tanto que não consta nos autos, documento que comprove que as contas do Poder Executivo foram colocadas em disponibilidade pública, para exame e apreciação, acompanhada das contas do Poder Legislativo, pelo período de 60 dias.

1

Page 2: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

A conduta do Prefeito Municipal que deixa de remeter a documentação à Câmara além de violar o artigo 2º da Carta Magna, na medida em que causa desarmonia entre os Poderes, constitui-se em ilegalidade de natureza grave, configurando falta de transparência da Administração, que priva o cidadão de exercitar o seu direito à fiscalização dos atos de gestão, de modo que o não cumprimento dessas normas repercute negativamente sobre o mérito das contas da Prefeitura, além de autorizar aplicação das sanções legais previstas em quem deu causa ou concorreu para a prática desse ato. O processo foi instruído com a Cientificação/Relatório Anual de fls. 508/684, expedido com base nas análises mensais, elaboradas pela Inspetoria Regional e submetida à análise das Unidades da Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715.

Distribuído por sorteio para esta Relatoria, determinou-se a conversão do processo em diligência externa, com notificação ao Gestor através do Edital nº 236/13, publicado no Diário Oficial do Estado, de 25 de outubro de 2013, tendo ele se manifestado tempestivamente, nos termos do processo nº 17877/13, anexado às fls. 723/749.

Dos Exercícios Anteriores

As prestações de contas dos exercícios financeiros de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011 foram de responsabilidade deste Gestor, sendo que foram aprovadas com ressalvas em 2005, 2007, 2008 e 2010 e rejeitadas em 2006, 2009 e 2011, com aplicação de multas de R$ 800,00, R$ 500,00, R$ 1.500,00, R$ 5.000,00, R$ 5.000,00 e R$ 6.000,00.

Quanto ao exercício de 2011 foi imputada, ainda, a multa de R$ 25.200,00, correspondente a 30% dos vencimentos anuais do Gestor, em razão do descumprimento do limite de pessoal imposto pelo art. 20, inciso III, alínea b, da Lei Complementar nº 101/00 – LRF.

DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

O alicerce e ponto de partida para qualquer Gestão é o processo de planejamento. A ação planejada na Administração Pública tem como premissa a execução de planos previamente traçados,

2

Page 3: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

orientados pelos anseios e necessidades da população, reduzindo assim os riscos e otimizando os recursos do Município.

A Constituição de 1988, em seu art. 165, caput, reforça as atribuições do planejamento e de execução dos gastos públicos, preconizando através de lei de iniciativa do Poder Executivo, a elaboração do Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA, os quais passarão a ser objeto de efetivo acompanhamento da gestão, servindo de subsídios para tomadas de decisões e de avaliações periódicas.

Plano Plurianual – PPA

O PPA, contemplado na Carta Magna, no art. 165, inciso I, é o planejamento estratégico das ações governamentais. Com duração de quatro anos, nele serão estabelecidas de forma regionalizada, levando-se em consideração as particularidades e os potenciais de cada Município, a proposição de programas e ações, para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para os programas de duração continuada.

A Lei Municipal nº 338, de 17 de dezembro de 2009, aprovou o Plano Plurianual – PPA, para o período de 2010 a 2013.

Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO

A Lei nº 362, de 15 de julho de 2011, aprovou as Diretrizes Orçamentárias – LDO do Município para o exercício de 2012.

Consta nos autos a comprovação da publicação da LDO em meio eletrônico, em cumprimento ao art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Lei Orçamentária Anual – LOA

A Lei Orçamentária Anual estabelece limites de despesas, em função da receita estimada para o exercício financeiro a que se referir, obedecendo aos princípios da unidade, universalidade e anuidade.

A Lei nº 364, de 28 de dezembro de 2011, aprovou o orçamento do Município, fixando-o em R$ 16.268.800,00, sendo R$ 11.929.700,00 relativo ao Orçamento Fiscal e R$ 4.339.100,00 para

3

Page 4: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Seguridade Social, com o respectivo comprovante de sua publicação em meio eletrônico.

Entretanto, consta nos autos à fl. 50, a Lei nº 368/2012 de 10 de fevereiro de 2012, que autoriza a abertura de créditos suplementares orçamentárias para o exercício até o limite de 10% (dez por cento do total da despesa fixada na Lei nº 364 de 28/12/2011 (Lei Orçamentária).Segundo essa nova lei, os créditos suplementares autorizados, de acordo com o art. 43, da Lei nº 4.320/64, serão suportados por recursos de:

I - superávit Financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício anterior;

II – provenientes de excesso de arrecadação;

III – resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em lei;

IV – produto de operações de crédito autorizados, em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las.

Programação Financeira

Consta dos autos o Decreto nº 825/2012, de 02 de janeiro de 2012, em que foi aprovada a Programação Financeira e o cronograma mensal de desembolso, sendo este o instrumento instituído pelo art. 8º da LRF que possibilita ao Gestor traçar um programa de utilização dos créditos orçamentários aprovados no exercício, bem como efetivar uma análise comparativa entre o previsto na LOA e a sua realização mensal, compatibilizando a execução das despesas, com as receitas arrecadadas no período.

DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Créditos Adicionais Suplementares

Conforme decretos do Poder Executivo, foram abertos créditos adicionais suplementares em R$ 5.157.000,00 por anulação de dotação, estando esses valores contabilizados no Demonstrativo de 4

Page 5: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Despesa do mês de dezembro. Contudo, esse valor corresponde a 31,70% da dotação inicial, em descumprimento ao disposto na Lei nº 368/2012, que estabelece o limite de 10% para abertura de Créditos adicionais Suplementares, correspondente a R$ 1.626.880,00. Assim, teriam sido abertos créditos adicionais suplementares por anulação de dotação de R$ 3.530.120,00 sem amparo legal.

Na diligência anual o Gestor apresentou às fls. 33/36 da pasta “AZ”, a Lei nº 370 de 01 de junho de 2012, que autorizou o Executivo a abrir créditos suplementares em mais 10% e a Lei nº 383 de 09 de novembro que autorizou abrir créditos em mais 60% do total da despesa fixada na Lei Orçamentária Anual, sanando o apontamento anterior.

DO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia instituiu através da Resolução TCM nº 1255/07 uma nova estratégia de Controle Externo, com a implantação do Sistema Integrado de Gestão e Auditoria – SIGA, desenvolvido em modelo WEB, para recepcionar, por meio da internet, dados e informações mensais e anuais sobre a execução orçamentária e financeira das entidades fiscalizadas.

Com o objetivo de aperfeiçoar o controle externo, o TCM baixou a Resolução nº 1282/09, que dispõe sobre a obrigatoriedade de os órgãos e entidades da administração direta e indireta municipal 5

CRÉDITOS ADICIONAIS SUPLEMENTARES

Nº Data AberturaFonte

Contabilização Acumulado Autorizado Anulação

01 10/2/12 13.000,00 13.000,00 13.000,00 13.000,00

02 1/3/12 25.000,00 25.000,00 25.000,00 38.000,00

03 2/4/12 119.000,00 119.000,00 119.000,00 157.000,00

04 2/5/12 250.000,00 250.000,00 250.000,00 407.000,00

05 1/6/12 140.000,00 140.000,00 140.000,00 547.000,00 1.626.880,00

06 3/7/12 313.000,00 313.000,00 313.000,00 860.000,00

07 1/8/12 319.000,00 319.000,00 319.000,00 1.179.000,00

08 3/9/12 350.000,00 350.000,00 350.000,00 1.529.000,00

09 1/10/12 552.000,00 552.000,00 552.000,00 2.081.000,00

10 1/11/12 600.000,00 600.000,00 600.000,00 2.681.000,00 3.253.760,00

11 3/12/12 2.476.000,00 2.476.000,00 2.476.000,00 5.157.000,00 9.761.280,00

TOTAL 5.157.000,00 5.157.000,00 5.157.000,00

Page 6: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

remeterem a esta Corte de Contas, pelo SIGA, dados e informações da gestão pública municipal, na forma e prazos exigidos, a partir do exercício de 2010.

A 6ª Inspetoria Regional de Controle Externo exerceu a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Município, notificando mensalmente o Gestor sobre as falhas e irregularidades detectadas no exame da documentação mensal. As ocorrências não sanadas ou não satisfatoriamente esclarecidas, devidamente consolidadas no incluso Relatório Anual de fls. 508/684, são:

• não apresentação à 6ª IRCE de dez processos licitatórios, dispensas e/ou inexigibilidades para análise mensal, em descumprimento à Resolução TCM 1060/05: 002/2012 CC – serviços de construção de uma academia da saúde (R$ 77.280,00), 009/2012 CC – material para recepção e transmissão de sinal de TV (R$ 17.000,00), 005/2012 – construção de uma quadra poliesportiva (R$ 152.250,00), 15/2012-A – aquisição de equipamentos para posto de saúde (R$ 16.745,50), 043/2011 – serviços de engenharia em pavimentação/drenagem de ruas (R$ 905.534,00), 420 – J Almeida da Silva & Cia Ltda. (R$ 12.001,09), 457 – Carlos Reinan Vasconcelos Souza Júnior (R$ 8.995,00), 802/2012 – aquisição de material de limpeza e higiene (R$ 31.500,00), 690/2012 – confecção de material gráfico (R$ 18.105,00), 700/2012 – serviços contábeis (R$ 8.000,00), totalizando R$ 1.247.410,59;

• fragmentação de despesas, caracterizando fuga ao procedimento licitatório, nos termos do art. 37, XXI, da Constituição Federal c/c o art. 2º da Lei nº 8.666/93, com serviços de roçagem e capina (R$ 38.511,00), locação de veículos (R$ 20.140,00), aquisição de manilhas (R$ 18.110,00), embora sejam objetos diferentes, a soma totaliza R$ 58.390,00;

• impropriedades verificadas em licitações, dispensas e/ou inexigibilidade, a exemplo de: precária justificativa e motivação p/a contratação por Inexigibilidade; precária justificativa da real inviabilidade de competição e ausência de justificativa do preço processos de inexigibilidades nºs 001/2012 – assessoria e consultoria contábil (R$ 137.200,00), 002/2012 – assessoria e consultoria técnica administrativa (R$ 98.000,00), 003/2012 –

6

Page 7: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

consultoria e apoio administrativo de suporte ao SIGA (R$ 28.500,00); ausência de publicação na imprensa oficial do instrumento de contrato; ausência de publicação de carta convite;

• saída de R$ 205.568,13 da conta específica do FUNDEB sem documento de despesa correspondente, em julho (R$ 187.205,26) e agosto (R$ 18.362,87);

• ausência de comprovação de diárias em julho (R$ 15.544,00), agosto (R$ 16.565,00), totalizando R$ 32.109,00;

• despesas de R$ 10.900,49 com pagamento de juros e multas por atraso no adimplemento de obrigações junto ao INSS nos meses de julho e setembro;

• despesas com publicidade sem que constem dos autos elementos que comprovem a efetiva publicação e seu conteúdo conforme determinado no Parecer Normativo nº 11/2005, através dos processos de pagamentos nºs 901 de R$ 1.045,00;

• emissão de 14 (quatorze) cheques sem fundo de R$ 36.032,75, configurando irregularidade de natureza grave, por ser prática danosa que não só expõe o ente público perante a comunidade e os fornecedores prejudicados, como lhe impõe prejuízos decorrentes do pagamento de taxas e multas, constituindo inclusive delito tipificado na legislação penal. Os valores referentes as tarifas bancárias decorrentes desta prática já foram devolvidos, conforme registrado na Cientificação/Relatório Anual.

• atraso na remuneração dos profissionais do magistério de janeiro a novembro;

• ausência de informação no SIGA de dados referentes as licitações quanto aos participantes, publicações, certidões de prova de regularidade fiscal e trabalhista.

Sobre esses apontamentos o Gestor limitou-se a informar que estaria juntando cópias das notificações mensais onde “foram justificadas os mencionados achados”, o que não ocorreu.

DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – LEI nº 4.320/64 7

Page 8: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Os Demonstrativos Contábeis foram assinados por Contabilista, devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade, sendo afixado o selo de Declaração de Habilitação Profissional – DHP, em cumprimento ao disposto na Resolução n° 1363/2011, do Conselho Federal de Contabilidade.

Confronto com as Contas da Câmara

O Pronunciamento Técnico destaca que não foi possível confrontaros valores registrados nos Demonstrativos de Despesa de dezembro dos Poderes Executivo e Legislativo, pois não foram apresentadas as contas do Legislativo.

Balanço Orçamentário

O confronto das receitas e despesas previstas com a realizada, conforme previsto no art. 102 da Lei nº 4.320/64, demonstra no quadro abaixo o resultado orçamentário do exercício.

A Associação Brasileira de Orçamento Público – ABOP desenvolveu índices de acompanhamento da realização orçamentária, tanto da receita quanto da despesa em relação aos valores orçados, tendo a execução orçamentária do exercício, nestes critérios, no que concerne aos desvios negativos de 10,25% e 6,20% das receitas e despesas, respectivamente, um conceito “deficiente”.

Fica assim evidente que o orçamento foi elaborado sem atender a critérios adequados de planejamento, inobservando a efetiva realidade financeira da entidade. Com advento da Lei de 8

ÍNDICES DA ABOPCONCEITO CRITÉRIOS

ÓTIMO Diferença < 2,5%BOM Diferença entre 2,5% e 5%

REGULAR Diferença entre 5% e 10%DEFICIENTE Diferença entre 10% e 15%

ALTAMENTE DEFICIENTE Diferença > 15%

RECEITA DESPESA

Prevista 16.268.800,00 Fixada 16.268.800,00

Realizada 14.601.748,66 Realizada 15.260.108,39

Page 9: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Responsabilidade Fiscal não mais é permitido às entidades públicas elaborarem seus orçamentos sem as imprescindíveis determinações constantes de suas disposições normativas, sob pena de responsabilidade.

Receita Orçamentária

De acordo com o Balanço Orçamentário, a arrecadação foi de R$ 14.601.748,66, inferior em 10,25% à sua previsão, o que demonstra que a previsão de receita foi superestimada. As receitas correntes, destinadas a cobrir as atividades governamentais, alcançaram R$ 12.893.221,65, enquanto as receitas de capital, decorrentes de alienação de bens e transferências de capital, foram de R$ 1.708.527,01.

Despesa Realizada

Observa-se que quanto as despesas executadas houve uma economia orçamentária de R$ 1.008.691,61, uma vez que foram realizadas despesas de R$ 15.260.108,39, ante uma fixação de R$ 16.268.800,00. Assim, as despesas efetivamente executadas corresponderam a 93,80% do valor autorizado, resultando no déficit de execução orçamentária de R$ 658.359,73.

A Despesa Realizada em 2011 e 2012 comportou-se conforme tabela abaixo:

As despesas com manutenção e o funcionamento dos serviços públicos, classificadas como Despesas Correntes, tiveram um incremento de 11,90% em relação ao exercício de 2011, representando em 2012, 83,84% do total das despesas realizadas no exercício.

Resultado da Execução Orçamentária

9

Despesas 2011 2012 Variação(%)Despesas Correntes 11.433.711,72 12.794.580,13 11,90

Pessoal e Encargos 6.992.355,56 8.166.637,93 16,79Juros e Encargos da dívida 13.711,12 75.423,72 450,09Outras despesas correntes 4.427.645,04 4.552.518,48 2,82

Despesas de Capital 1.492.408,28 2.465.528,26 65,20Total 12.926.120,00 15.260.108,39 18,06

Page 10: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Em relação ao exercício de 2011 verifica-se que a receita cresceu 17,28% e a despesa 18,06%. Aumentou o déficit de execução orçamentária, passando de R$ 475.551,60 em 2011 para R$ 658.359,73 em 2012, conforme tabela abaixo:

Balanço Financeiro

Esta peça contábil tem o objetivo de evidenciar o fluxo financeiro ocorrido na entidade, ilustrando a receita e despesa compreendidas na execução orçamentária, bem como os recebimentos e pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que são transferidos para o exercício seguinte.

O resultado do Balanço Financeiro foi o seguinte:

Do total de R$ 18.391.268,74 de ingressos, R$ 14.601.748,66 são orçamentários, R$ 3.068.644,82 de origem extraorçamentária, R$ 355.015,91 outras operações e R$ 365.859,35 oriundos do exercício anterior.

Balanço Patrimonial

Apresenta o estado patrimonial da Entidade ao final do exercício, através de seus investimentos e de sua origem, representando os bens, direitos e obrigações.

10

Descrição 2011 (R$) 2012 (R$) %Receita 12.450.568,40 14.601.748,66 17,28

Despesa 12.926.120,00 15.260.108,39 18,06Resultado -475.551,60 -658.359,73

Receitas Despesas

Saldo Anterior 365.859,35 Orçamentárias 15.260.108,39

Orçamentárias 14.601.748,66 Extraorçamentárias 1.587.381,30

Extraorçamentárias 3.068.644,82 Outras Operações 927.427,20

Outras Operações 355.015,91 Saldo atual 616.351,85

Total 18.391.268,74 Total 18.391.268,74

Page 11: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

A situação patrimonial ao final do exercício sob análise está demonstrada abaixo:

O Balanço Patrimonial do exercício de 2011 apresentou um Passivo Real Descoberto de R$ 13.028.879,62, que adicionado do superávit de R$ 1.118.503,13, constante das Variações Patrimoniais de 2012, resultou em um Passivo Real Descoberto atual de R$ 11.910.376,49, devendo a Administração buscar alavancar recursos e um melhor planejamento para quitação das obrigações pactuadas, obstando que o déficit existente comprometa o equilíbrio financeiro do Município.

Ativo Disponibilidade de recursos

Na defesa o Gestor apresentou extratos e conciliações bancárias que ratificam o registro do saldo de R$ 616.351,85 no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial de 2012 e no Demonstrativo de dezembro de 2012,

Ativo Realizável

Foram apresentadas neste grupo de contas, Contas de Responsabilidade que totalizam R$ 24.455,20, valor superior em 68,64% em relação ao apresentado em 2011. Quanto ao total do Ativo Realizável, que em 2011 somava R$ 422.242,95, constatou-se um aumento expressivo de 153,11%, passando para R$ 1.068.747,47.

É importante registrar que o Pronunciamento Técnico de 2011 apontou a necessidade de regularização das contas do Ativo Realizável e adoção de providências para apuração das pendências e retorno dos recursos de R$ 422.242,95 ao Tesouro Municipal, inclusive pela via judicial, se necessário. Advertiu-se ainda, que o não atendimento do quanto determinado implicaria na 11

ATIVO PASSIVO

FinanceiroDisponível 616.351,85

Financeiro 3.481.425,64Realizável 1.068.747,47

Permanente 4.562.089,18 Permanente 14.676.139,35Passivo Real 11.910.376,49 Ativo Real Liquído

Total Ativo 18.157.564,99 Total Passivo 18.157.564,99

Page 12: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

responsabilização pessoal do Gestor, podendo repercutir no mérito das suas Contas. Foi solicitada ainda a restituição de R$ 14.501,41 ao Tesouro Municipal, relativa às Contas de Responsabilidade, o que não foi constatado nos autos.

Ativo Permanente

Adverte-se a Administração para que observe a Resolução CFC nº 1.136/08 e as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBC T 16.9, apropriando a depreciação dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Inicia-se a Depreciação com a colocação do uso do bem, e deve ser obrigatoriamente reconhecida pela Entidade, adotando o método que seja compatível com a vida útil econômica do ativo.

O saldo dos Bens Patrimoniais no Ativo Permanente é de R$ 4.503.296,10, entretanto, foi apurado o saldo de R$ 4.502.676.10, divergindo em R$ 620,00, conforme a seguir especificado:

Na defesa o Gestor apresentou às fls. 48/75 nova relação de Bens Móveis (aquisição) que apresenta saldo de R$ 181.806,79, não sendo acatada nesta Relatoria tendo em vista que os demonstrativos contábeis após disponibilidade pública não podem ser alterados. Os eventuais ajustes, caso necessários, devem ser feitos nas contas subsequentes, acompanhados das devidas notas explicativas.

Dívida Ativa

No exercício a cobrança da Dívida Ativa Tributária foi de R$ 13.867,64, que representa 25,08% do saldo da Dívida Ativa Tributária no exercício de 2011, que foi de R$ 55.287.26, resultando ao final do exercício um saldo de R$ 41.419,62. 12

Contas Saldo BP 2011 Aquisições Baixa Saldo apurado Saldo BP 2012 Diferença

Diversos Bens Móveis 593.594,90 181.186,79 32.859,15 741.922,54 742.542,54 620,00

Diversos Bens Móveis Câmara 35.508,13 0,00 0,00 35.508,13 35.508,13 0,00

Veículos 488.890,78 25.773,00 3.890,00 510.773,78 510.773,78 0,00

Diversos Bens Imóveis 2.028.598,28 1.176.089,61 0,00 3.204.687,89 3.204.687,89 0,00

Diversos Bens Imóveis Câmara 5.215,00 0,00 0,00 5.215,00 5.215,00 0,00

Diversos Bens de Natureza Industrial 3.093,16 1.770,00 294,40 4.568,76 4.568,76 0,00

Total 3.154.900,25 1.384.819,40 37.043,55 4.502.676,10 4.503.296,10 620,00

Page 13: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Verifica-se nos autos que o Relatório da Dívida Ativa apresenta saldo R$ 137.317,04, enquanto o Balanço Patrimonial registra saldo de R$ 58.793,08, divergindo em R$ 78.523,96.

Na diligência anual o Gestor apresentou novo Relatório da Dívida Ativa que não foi acatado nesta Relatoria tendo em vista que os demonstrativos contábeis após disponibilidade pública não podem ser alterados. Os eventuais ajustes, caso necessários, devem ser feitos nas contas subsequentes, acompanhados das devidas notas explicativas.Dívida Ativa Não Tributária

Quanto a Dívida Ativa não Tributária, houve cobrança de R$ 841,70, que representa 4,62% do saldo do exercício de 2011, que foi de R$ 18.215,16, resultando ao final do exercício um saldo de R$ 17.373,46.

A tímida ação demonstrando descaso na cobrança dos débitos inscritos na divida ativa, podendo caracterizar, por sua reincidência, renúncia de receita, conforme previsto na Lei Complementar nº 101/00, cabendo-lhe fazer anualmente a a atualização do débito e promover medidas para o ingresso dessa receita à conta da Prefeitura Municipal, como forma de elevar a arrecadação direta, bem como instaurar competente processo administrativo para as respectivas baixas dos valores cuja cobrança se demonstrem inexequíveis, sob pena de responsabilidade.

É salutar mencionar que por “renúncia de receita” deve se entender a desistência do direito sobre determinado tributo, por abandono ou desistência expressa do ente federativo competente por sua instituição. A não cobrança da Dívida Ativa só é permitida quando o montante do débito for inferior aos respectivos custos de cobranças, conforme § 3º, art. 14 da LRF, entretanto, para se estabelecer quais os débitos que são inexequíveis se faz necessário manifestação da Procuradoria Jurídica do Município e da Secretaria de Administração e Finanças, estabelecendo os parâmetros e critérios para os débitos de pequeno valor, observando todos os ditames estabelecidos no Código Tributário Nacional, em seus arts. 175 a 182.

ATUALIZAÇÃO DA DÍVIDA ATIVA

13

Page 14: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Verifica-se, que não houve contabilização de atualização da dívida ativa nas Demonstrações das Variações Patrimoniais. Cabe registrar que o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, instituído pela Portaria Conjunta STN/SOF nº 664/2010, estabelece:

“Os créditos inscritos são objeto de atualização monetária, juros e multas, previstos em contratos ou em normativos legais,que são incorporados ao valor original inscrito. A atualização monetária deve ser lançada no mínimo mensalmente, de acordo com índice ou forma de cálculo pactuada ou legalmente incidente.” (grifo nosso)

Reitera-se também o alerta contido no exercício anterior e não observado pelo Gestor, que o Manual da dívida ativa, instituído pela Portaria n° 467 da Secretaria do Tesouro Nacional, indica que os créditos inscritos em dívida ativa são objeto de atualização monetária, juros e multas, previstos em contratos ou em normativos legais, que são incorporados ao valor original inscrito. A atualização monetária deve ser lançada no mínimo mensalmente, de acordo com índice ou forma de cálculo pactuada ou legalmente incidente. Contudo não foi identificado qualquer lançamento contábil na Demonstração das Variações Patrimoniais que demonstre que esse procedimento está sendo adotado pela Administração Pública Municipal.

Determina-se ao Gestor que faça a correção ou atualização do saldo da Dívida Ativa na Demonstração das Variações Patrimoniais – Variação Ativa – Independente da Execução Orçamentária, conforme disposto na Portaria STN nº 564, de 27/12/2004.

Outro aspecto importante a ser evidenciado é que constam no Sistema de Multas e Ressarcimentos do TCM diversos débitos imputados a ex-gestores deste Município e que em face da data de vencimento e não liquidados, já deveriam estar inscritos na Dívida Ativa não Tributária, sem que conste sua contabilização no Balanço Patrimonial desta natureza.

Passivo

No grupo do Passivo, integrante também do Balanço Patrimonial, estão registradas as dívidas de curto e longo prazos do Município, a seguir representadas:

14

Page 15: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Passivo Financeiro

A Dívida Flutuante apresentava saldo anterior de R$ 1.926.855,65, havendo no exercício inscrição de R$ 2.580.455,31 e baixa/cancelamento de R$ 1.025.885,32, remanescendo saldo no valor de R$ 3.481.425,64, contudo, foi apurado o valor de R$ 3.408.119,17, divergindo no valor de R$ 73.306,47.Verificou-se que consta no Demonstrativo da Dívida Flutuante inscrição referente a Consignações do Banco do Brasil no valor de R$ 274.996,95, contudo, no Balanço Financeiro e Demonstrativo de Despesa de dezembro registram R$ 202.191,15, divergindo em R$ 72.805,80.

Na defesa o Gestor informou que essa diferença de R$ 72.805,80, refere-se à antecipação de retenção utilizada como contra-partida do lançamento do mesmo valor no Ativo Realizável.

Adverte-se ao Gestor que essas divergências impactam a variação patrimonial do Município e comprometem a confiabilidade dos dados, desrespeitando os princípios contábeis da continuidade, oportunidade e competência, estabelecidos nos artigos 5º, 6º e 9º da Resolução CFC 750/93, devendo a Administração ao elaborar as próximas peças contábeis ter um maior zelo no que diz respeito a escrituração contábil, a fim de garantir maior grau de segurança na situação patrimonial ao final do exercício.

Ressalte-se que o Parecer Prévio referente ao Processo TCM nº 08553-12 chamou atenção para a existência no Passivo Financeiro de débito do Executivo com o INSS, alertando ao Gestor quanto as prescrições e penas introduzidas no Código Penal Brasileiro, pela Lei Federal nº 9.983 de 14 de julho de 2000, a denominada Lei dos Crimes Contra a Previdência Social, com determinação para que o valor de R$ 43.406,67 retornasse ao Passivo Financeiro no exercício de 2012, o que não foi confirmado nos autos.

15

PASSIVO VALOR

Passivo Financeiro 3.481.425,64

Passivo Permanente 14.676.139,35

Total do Passivo Real 18.157.564,99

Page 16: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Na defesa o Gestor informou que este valor teria sido objeto de parcelamento junto à Receita Federal, sem apresentar qualquer documentação comprobatória.

No Passivo Financeiro foram identificadas obrigações a pagar perante o INSS de R$ 834.553,62 oriundas de retenções de servidores, sem que a Administração tenha recursos disponíveis para seu adimplemento.

Determina-se ao atual Gestor que faça imediatamente os recolhimentos devidos, porquanto deixar de repassar à Previdência Social, no prazo legal, as contribuições recolhidas dos contribuintes, caracteriza ilícito penal tipificado como “apropriação indébita previdenciária”, com as cominações previstas na Lei Federal nº 9.983, de 14 de julho de 2000.Passivo Permanente

A análise da Dívida Fundada do Município demonstra que R$ 14.676.139,35 correspondem às dívidas com o INSS, EMBASA e Precatórios. Em relação ao exercício de 2011 houve um decréscimo de 2,93% em 2012.

Do total da Dívida Fundada do Município, 98,21% corresponderam a compromissos com o INSS e comparando o exercício de 2011 com o de 2012, houve um decréscimo de 2,71%, evidenciando que administração da dívida de longo prazo não está adequada, podendo comprometer no futuro o equilíbrio das contas públicas municipais.

Não foram apresentados os documentos comprobatórios da Dívida Fundada Interna, em descumprimento ao item 39, do art. 9º, da Resolução TCM nº 1.060/05.

Dívida Consolidada Líquida

Conforme Balanço Patrimonial, a Dívida Consolidada Líquida do Município foi de R$ 15.432.193,11, representando 119,69% da Receita Corrente Líquida de R$ 12.893.221,64, situando-se, assim, no limite de 1,2 vezes a Receita Corrente Líquida, em cumprimento ao disposto no art. 3º, inciso II, da Resolução n.º 40, de 20/12/2001, do Senado Federal.

16

Page 17: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Precatórios Judiciais

O Balanço Patrimonial registra a existência de Precatórios no montante de R$ 261.957,31, mas não consta dos autos a relação dos beneficiários, demonstrando a ordem cronológica e os valores respectivos, em descumprimento do quanto disposto no art. 30, § 7º e art. 10, da Lei Complementar nº 101/00 (LRF), assim como na Resolução TCM nº 1060/05, art. 9º, item 39.

Vale observar que o art. 100 da Constituição Federal dispõe que:

“Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentenças judiciais, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”

Restos a Pagar

Da análise do Balanço Patrimonial, conforme demonstrado na tabela abaixo, fica evidenciado que não há saldo suficiente para cobrir os Restos a Pagar inscritos no exercício financeiro, em descumprimento ao artigo 42 da LRF.

17

DESCRIÇÃO VALOR R$Passivo Permanente* 14.676.139,35(-) Disponibilidades* 616.351,85(-) Haveres Financeiros 0,00(+) Restos a Pagar Processados do Exercício 1.372.405,61(=) Dívida Consolidada Líquida 15.432.193,11Receita Corrente Líquida 12.893.221,64(%) Endividamento 119,69%

DISCRIMINAÇÃO VALOR

616.351,85

1.185.256,02

814.500,40

-1.383.404,57

1.421.458,29

0,00

-2.804.862,86

(=) Disponibilidade Financeira

( - ) C o n s i g n a ç õ e s e R e t e n ç õ e s

( - ) R e s t o s a P a g a r d e e x e r c íc i o s a n t e r i o r e s

( = ) D i s p o n ib i l i d a d e d e C a i x a

( - ) R e s t o s a P a g a r d o E x e r c íc i o

( - ) D e s p e s a s d e e x e r c íc io s a n t e r i o r e s

( = ) S a ld o

Page 18: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Consta à fl. 214 a Relação de Restos a Pagar, em cumprimento do quanto disposto no item 29, do art. 9º da Resolução TCM nº 1060/05.

Despesas de Exercícios Anteriores

As Despesas de Exercícios Anteriores – DEA pagas em 2012 foi de R$ 8.776,34, que representam 0,06% das Despesas Orçamentárias realizadas em R$ 15.260.108,39, mantendo-se assim, o equilíbrio fiscal do Município e a programação estabelecida para o exercício

Ressalte-se que as Despesas de Exercícios Anteriores só podem ocorrer nos casos previstos no art. 37, da Lei Federal nº 4.320/64, conforme abaixo transcrito:

“As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida sempre que possível a ordem cronológica.”

Demonstração das Variações Patrimoniais

A Demonstração das Variações Patrimoniais registra Variações Ativas de R$ 16.505.419,14 e Passivas de R$ 15.386.916,01, com resultado de Superávit Patrimonial de R$ 1.118.503,13.

Inventário

Encontra-se nos autos o Inventário contendo a relação com os respectivos valores de bens, constantes do Ativo Permanente, indicando-se a alocação dos bens e números dos respectivos tombamentos, observando o disposto na Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 18

Consta nos autos a certidão firmada pelo Prefeito, Secretário de Finanças e pelo encarregado do controle do patrimônio, atestando que todos os bens do município encontram-se registrados no Livro

18

Page 19: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Tombo e submetidos a controle apropriado, estando, ainda, identificados por plaquetas.

O Inventário apresentado totaliza R$ 4.478.368,23, todavia o Balanço Patrimonial demonstra o total dos bens no valor de R$ 4.503.296,10, divergindo em R$ 24.927,87.

Adverte-se o Prefeito Municipal e o Presidente do Legislativo, para que realizem a consolidação das Contas Públicas corretamente para que reflitam a real situação patrimonial do Município, em obediência ao art. 110 da Lei Federal nº 4.320/64. Frise-se que o art. 50, III, determina que “as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive a empresa estatal dependente”.

DAS OBRIGAÇÕES CONSTITUCIONAIS

Educação – artigo 212 da Constituição Federal

O município cumpriu o determinado no art. 212 da Constituição Federal, aplicando em educação R$ 5.071.663,87, correspondentes a 26,49% da receita resultante de impostos e transferências, de acordo com o Pronunciamento Técnico, dos exames efetuados pela Inspetoria Regional de Controle Externo e registros constantes do SIGA, na documentação de despesa apresentada aí incluídos os “Restos a Pagar”, com os correspondentes saldos financeiros, quando o mínimo exigido é de 25%.

Fundeb – Lei Federal nº 11.494/07

O Município cumpriu o art. 22 da Lei Federal n.º 11.494/07, que instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação – FUNDEB, aplicando 70,47% dos recursos, correspondentes a R$ 2.843.572,67, na remuneração de profissionais em efetivo exercício do magistério, quando o mínimo exigido é de 60%. Conforme informação da Secretaria do Tesouro Nacional, a receita do Município proveniente do FUNDEB foi de R$ 4.033.199,01.

Foi apresentado o Parecer do Conselho Municipal de Educação, em cumprimento ao art. 31 da Resolução TCM nº 1.276/08.

19

Page 20: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Despesas do FUNDEB – art. 13 § único da Resolução TCM nº 1.276/08

O art. 13, Parágrafo único da Resolução TCM nº 1276/08, emitido em consonância ao artigo 21 - §2º da Lei Federal nº 11.494/07 (FUNDEB), estabelece que até 5,00% dos recursos do FUNDEB poderão ser aplicados no primeiro trimestre do exercício subsequente àquele em que se deu o crédito, mediante abertura de crédito adicional. Desta forma, verifica-se que os recursos do FUNDEB, inclusive aqueles originários da complementação da União, corresponderam ao montante de R$ 4.035.383,49 foram aplicados no exercício em exame e estão dentro do limite determinado no mencionado dispositivo legal.

Glosa deste exercício

Foram glosadas pela Inspetoria Regional despesas de R$ 337,52, por caracterizarem desvio de finalidade do FUNDEB. Deve o Gestor fazer retornar este valor à conta-corrente do FUNDEB, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar do trânsito em julgado do presente processo, com recursos municipais, com remessa da comprovação a esta Corte de Contas, sob pena de responsabilidade.

Débitos pendentes do FUNDEF OU FUNDEB

Conforme controle disposto no Sistema de Informações e Controle de Contas (SICCO), permanecem as seguintes pendências a restituir à conta-corrente do FUNDEF OU FUNDEB, com recursos municipais, decorrentes de despesas glosadas, uma vez ter sido constatado desvio de finalidade:

Processo Responsável (eis) Natureza Valor R$ Observação

05607-11 JOSÉ MURILO NUNES DE SOUZA

FUNDEF 6.061,85 proc 06554-12 env p/irce p/ atestar pg e cont

08566-11 JOSÉ MURILO NUNES DE SOUZA

FUNDEB 25.068,74

Com relação ao ressarcimento de R$ 6.061,85 (proc. nº 05607/11), tramitou neste Tribunal o processo nº 06554/12, cuja conclusão foi de que “as obrigações foram cumpridas”, devendo a 2ª CCE proceder a devida atualização.

Já o ressarcimento de R$ 25.068,74 à conta do FUNDEB continua pendente de quitação, posto que, embora o Gestor tenha informado 20

Page 21: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

na defesa que estaria remetendo o comprovante de ressarcimento, tal documento não foi localizado nos autos, determinando-se ao atual Gestor o seu ressarcimento, com recursos municipais, em 10 (dez) parcelas iguais e sucessivas, a contar do trânsito em julgado do presente decisório.

Aplicação Mínima em Ações e Serviços Públicos de Saúde – art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

Foi cumprido o art. 7º, da Lei Complementar 141/12, pois as aplicações realizadas em ações e serviços públicos de saúde foram de R$ 1.390.146,71, correspondentes a 15,59% do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, I, alínea b e § 3º, da Constituição Federal, com a exclusão de 1% (um por cento) do FPM, de que trata a Emenda Constitucional nº 55/07, quando a aplicação mínima exigida é de 15%.Apresentado na defesa às fls. 916/917, o Parecer do Conselho Municipal de Saúde, em cumprimento ao art. 13, da Resolução TCM nº 1.277/08.

Transferência de Recursos ao Poder Legislativo – art. 29-A da C.F.

O valor fixado para a Câmara Municipal foi de R$ 654.000,00, superior, portanto, ao limite máximo de R$ 548.566,83 estabelecido pelo art. 29-A, da Constituição Federal.

De acordo com o Demonstrativo de Contas do Razão – DCR a Prefeitura transferiu ao Poder Legislativo R$ 562.562,80, acima do limite máximo constitucional

SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS

A Lei nº 320, fixou os subsídios do Prefeito em R$ 7.000,00, os do Vice-Prefeito em R$ 4.000,00 e os dos Secretários Municipais em R$ 2.300,00, depreendendo-se das informações contidas no Pronunciamento Técnico que os valores por eles percebidos obedeceram aos parâmetros legais estabelecidos, contudo, como não foram apresentadas as folhas de pagamento abaixo relacionadas, não tem este Tribunal condições de dar quitação dos pagamentos efetuados:

21

Page 22: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Nomes Meses AusentesVice-Prefeito Outubro e dezembro.

Elenilda Silva dos Santos Maio, junho e dezembro.

Noel Leal Filho Outubro a dezembro.

Ligia Sampaio Silva Maio

Dayana de Souza Outubro a dezembro

Nivia de Souza Outubro a dezembro

Como na notificação anual o Gestor não apresentou as folhas citadas, determina-se à atual Administração do Poder Executivo Municipal remeter à 2ª CCE as folhas reclamadas, no prazo de 30 dias do trânsito em julgado deste decisório, devendo aquela Unidade de Controle Externo proceder a análise da regularidade dos pagamentos dos subsídios dos agentes políticos relacionados e, se constatar irregularidades, lavrar Termo de Ocorrência contra o Gestor destas contas.

CONTROLE INTERNO

O Relatório Anual de Controle Interno do exercício em exame reincidentemente não atende completamente às preconizações do art. 74, incisos I a IV, da Constituição Federal e art. 90, incisos I a IV da Constituição Estadual, uma vez que é omisso na avaliação do cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual e a execução dos Programas de Governo, além de não analisar os resultados quanto à economia, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional da entidade.

Nele não constam informações e elementos de análise que evidenciem a avaliação das metas previstas em confronto com as realizadas, a análise dos programas em execução, dos aspectos legais e a avaliação dos resultados da ação municipal envolvendo as diversas funções em exercício, através das unidades elencadas, especificamente quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e efetividade, ficando o Prefeito ciente que a reincidência em contas futuras poderá incidir negativamente no seu mérito, com a consequente cominação prevista em lei.

DAS EXIGÊNCIAS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Pessoal

A Prefeitura no exercício de 2011 ultrapassou o limite definido no art. 20, inciso III, alínea 'b', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF 22

Page 23: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

ao aplicar 57,54% da Receita Corrente Líquida em despesa com pessoal. Consoante o que estabelece o art. 23 da LRF, o Município deveria eliminar, no exercício subsequente, pelo menos 1/3 (um terço) do percentual excedente no primeiro quadrimestre e o restante no segundo quadrimestre.Da análise do Relatório Mensal de abril de 2012, a despesa de pessoal alcançou R$ 7.302.595,33, correspondendo a 59,73% da Receita Corrente Líquida de R$ 12.225.901,45, constatando-se, assim, o descumprimento da legislação supracitada, tendo em vista o limite máximo de 56,36%.

Quanto ao limite apurado no segundo quadrimestre, a despesa de pessoal do Município alcançou R$ 7.753.019,31, correspondendo a 62,43% da Receita Corrente Líquida de R$ 12.419.616,19, constatando-se assim, mais uma vez descumprimento ao disposto na legislação supracitada, tendo em vista o limite máximo de 54%.

Ao final do exercício a despesa com pessoal da Prefeitura alcançou R$ 8.443.049,53, correspondendo a 65,48% da Receita Corrente Líquida de R$ 12.893.221,64, ultrapassando o limite definido no art. 20, inciso III, alínea '‘b’', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF, conforme demonstrado abaixo:

CONTROLE DA DESPESA TOTAL COM PESSOAL

O caput do art. 21, seus incisos I e II e o parágrafo único, da Lei Complementar nº 101/000 (LRF), dispõem:

“Art. 21 – É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda:

I- as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1º do art. 169 da Constituição;

23

D E S P E S A C O M P E S S O A L Receita Corrente Líquida 12.893.221,64 Limite máximo – 54% (art. 20 LRF) 6.962.339,69 Limite Prudencial – 95% do limite máximo (art. 22) 6.614.222,70 Limite para alerta – 90% do limite máximo (art. 59) 6.266.105,72 Despesa realizada com pessoal 8 . 4 4 3 . 0 4 9 , 5 3

Percentual da Despesa na Receita Corrente Líquida 65,48

Page 24: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

II – o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.

Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular de respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.”

O total da despesa com pessoal efetivamente realizado pela Prefeitura, no período de julho de 2011 a junho de 2012, foi de R$ 7.659.778,08. A Receita Corrente Líquida somou o montante de R$ 12.381.741,37, resultando no percentual de 61,86%.

No período de janeiro a dezembro de 2012, o total da despesa com pessoal realizado pela Prefeitura correspondeu a R$ 8.443.049,53, equivalente a 65,48% da Receita Corrente Líquida de R$ 12.893.221,64, constatando-se acréscimo de 3,62% em relação ao período de julho de 2011 a junho de 2012.

Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal

Publicidade - arts. 6º e 7º, da Resolução nº 1.065/05

Constam nos autos às fls. 360/507, os Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal, correspondentes aos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º bimestres e do 1º, 2º e 3º quadrimestres, respectivamente, acompanhados dos demonstrativos, com os respectivos comprovantes de sua divulgação, não observando o disposto nos arts. 6º e 7º, da Resolução TCM nº 1.065/05 e ao quanto estabelecido no art. 52 (RREO) e § 2º, do art. 55 (RGF), da Lei Complementar n.º 101/00 – LRF, pois os Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária referente ao 6º bimestre e o Relatório de Gestão Fiscal relativo ao 3º quadrimestre, foram publicados fora do prazo.

Audiências Públicas

Foi cumprido o § 4º, do art. 9º, da Lei Complementar nº 101/00, que dispõe que “até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1º, do art. 166, da Constituição ou equivalente nas

24

Page 25: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Casas Legislativas estaduais e municipais”. Encontra-se às fls. 257/265 e 920/921 da defesa, as cópias das atas das audiências públicas.

DAS RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL

ROYALTIES – Resolução TCM nº 931/04 e CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO – CIDE – Resolução TCM nº 1.222/05

Conforme Pronunciamento Técnico o Município recebeu recursos oriundos do Royalties/Fundo Especial e da CIDE no montante de R$ 104.962,03 e R$ 13.275,09, respectivamente, não tendo sido no exercício glosadas despesas destas naturezas. Conforme controle disposto no Sistema de Informações e Controle de Contas (SICCO), não existem pendências a restituir às respectivas contas corrente.

RESOLUÇÃO TCM nº 1.060/05

Demonstrativo dos Resultados Alcançados

Foi apresentado na defesa às fls. 923/930 o Demonstrativo dos Resultados Alcançados pelas medidas adotadas, na forma do art. 13, da Lei Complementar nº 101/00 – LRF e item 30, do art. 9º, da Resolução TCM nº 1.060/05.

Relatório de Projetos e Atividades

Consta às fls. 270/274 o Relatório firmado pelo Prefeito quanto aos projetos e atividades concluídos e em conclusão, com identificação da data de início, data de conclusão e percentual da realização física e financeira, em cumprimento ao item 32, do art. 9º, da Resolução TCM nº 1.060/05 e parágrafo único, do art. 45, da Lei Complementar nº 101/00 – LRF.

TRANSMISSÃO DE GOVERNO – RESOLUÇÃO TCM N° 1.311/12

Encontra-se às fls. 339/356 a cópia do Relatório Conclusivo elaborado pela Comissão Transmissão de Governo, em cumprimento ao que determina a Resolução TCM n.° 1.311/12.

RESOLUÇÃO TCM nº 1.282/09

25

Page 26: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Como o Pronunciamento Técnico não faz qualquer registro dos dados informados pelo Ente jurisdicionado no Sistema Integrado de Gestão e Auditoria – SIGA, e de seus respectivos relatórios, relativos aos gastos do Poder Executivo Municipal com obras e serviços de engenharia, servidores nomeados e contratados, bem como o total de despesa de pessoal confrontado com o valor das receitas no semestre e no período vencido do ano, além dos gastos com noticiário, propaganda ou promoção, no exercício 2012, conforme disposto nos inc. I, II e III, do § 2º, combinado com o § 3º, ambos do art. 6º da Resolução TCM nº 1.282/09, de 22/12/2009, deixa esta Relatoria de se manifestar sobre estas questões, sem prejuízo de exame e julgamento em eventuais questionamentos.

MULTAS E RESSARCIMENTOS PENDENTES

O Sistema de Informações sobre Multas e Ressarcimentos deste Tribunal as seguintes pendências, sendo três multas e três ressarcimentos do Gestor destas contas, ressalvando que duas multas e um ressarcimento venceram apenas em 2013.Multas

Processo Multado Cargo Vencimento Valor R$

08553-12 JOSÉ MURILO NUNES DE SOUZA Prefeito 29/01/2013 6.000,00

08553-12 JOSÉ MURILO DE SOUZA Prefeito 29/01/2013 25.200,00

08566-11 JOSÉ MURILO NUNES DE SOUZA Prefeito 13/02/2012 5.000,0008350-11 EDVALDO ALVES RODRIGUES Presidente 11/08/2012 800,00

08963-09 ADINAEL ROCHA SOUZA Presidente 04/12/2010 700,00

Ressarcimentos

Processo Responsável(eis) Cargo Vencimento Valor R$

09304-10 JOSÉ MURILO NUNES DE SOUZA PREFEITO 20/01/2011 22.072,00

08566-11 JOSÉ MURILO NUNES DE SOUZA PREFEITO 13/02/2012 29.688,94

08553-12 JOSÉ MURILO NUNES DE SOUZA PREFEITO 29/01/2013 14.501,4105970-04 ENIVALDO OLIVEIRA LEAL VEREADOR 25/01/2005 808,03

08963-09 ADINAEL ROCHA SOUZA PRESIDENTE 25/04/2010 53,90

08350-11 EDVALDO ALVES RODRIGUES PRESIDENTE 11/08/2012 41,70

Na defesa o Gestor apresentou à fl. 932 a Guia de Arrecadação e o comprovante de pagamento da multa - Processo TCM nº 08350-11 de R$ 800,00 (Edvaldo Alves Rodrigues), que devem ser desentranhados dos autos e encaminhados à Coordenadoria de Controle Externo para que realize os registros devidos. 26

Page 27: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Quanto às demais nada disse.

Registre-se que o Gestor tem por obrigação adotar medidas efetivas de cobrança, inclusive judiciais, das multas e ressarcimentos impostos pelo TCM a agentes políticos municipais, sob pena de responsabilidade, promovendo a sua inscrição na dívida ativa, daqueles que ainda não o foram, já que as decisões dos tribunais de contas, por força da estatuído no artigo 71, § 3º da constituição da república, das quais resulte imputação de débito ou multa, têm eficácia de título executivo.

Ressalte-se que em relação às multas, a cobrança tem de ser efetuada antes de vencido o prazo prescricional, “sob pena de violação do dever de eficiência e demais normas que disciplinam a responsabilidade fiscal”. A omissão do Gestor que der causa à sua prescrição resultará em lavratura de Termo de Ocorrência para ressarcimento do prejuízo causado ao Município. Caso não concretizado, importará em ato de improbidade administrativa, pelo que este TCM formulará Representação junto à Procuradoria-Geral da Justiça.

VOTO

Em face do exposto, com base no art. 40, inciso III, c/c o art. 43, da Lei Complementar nº 06/91, vota-se pela rejeição, porque irregulares das contas da Prefeitura Municipal de Nova Ibiá, exercício financeiro de 2012, constantes do presente processo, de responsabilidade do Sr. José Murilo Nunes de Sousa, pelos seguintes motivos:

• descumprimento do artigo 42 da Lei Complementar 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal, por não haver disponibilidade de caixa suficiente para quitar os Restos a Pagar do exercício em R$ 1.421.458,29;

• não apresentação à 6ª IRCE de 10 processos licitatórios, dispensas e/ou inexigibilidades para análise mensal, em descumprimento à Resolução TCM 1060/05, totalizando R$ 1.247.410,59;

• infringência ao preceitos legais e constitucionais que tratam da disponibilidade pública (art. 95, parágrafo 2º, da Constituição Estadual e art. 54, parágrafo único, da Lei Complementar nº

27

Page 28: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

06/91), ao não encaminhar a presente prestação de conta à Câmara;

• descumprimento de determinação deste Tribunal quanto ao não pagamento de uma multa que lhe foi imputada;

• reincidência no descumprimento de determinação deste Tribunal quanto à não restituição de R$ 25.068,74 à conta do FUNDEB, relativos a exercícios anteriores;

As conclusões consignadas nos Relatórios e Pronunciamentos técnicos submetidos à análise desta Relatoria levam a registrar, ainda, as seguintes ressalvas:

• descumprimento do art. 23 da Lei de Responsabilidade Fiscal, em face da falta de eliminação de pelo menos 1/3 do percentual excedente do limite do total das despesas de pessoal nos dois quadrimestres subsequentes ao exercício de 2011;

• reincidência no descumprimento do limite de 54% definido peloart. 20, inciso III, alínea “b”, da Lei Complementar nº 101/00, para o total das despesas com pessoal, aplicando ao final do exercício de 2012 R$ 8.443.049,53, correspondentes a 65,48% da Receita Corrente Líquida;

1− excessivas divergências detectadas nos valores registrados nos balancetes mensais e os Anexos que compõem esta Prestação de Conta, que afetam o resultado da Execução Orçamentária e Patrimonial do exercício, demonstrando descontrole na elaboração das peças contábeis;

• existência de déficit orçamentário, demonstrando que o Município gastou mais do que arrecadou;

• reincidência na indisponibilidade financeira para adimplemento das obrigações pactuadas constantes do Passivo Financeiro;

• despesas de R$ 337,52 realizadas indevidamente com recursos do FUNDEB, em desvio de finalidade.

• orçamento elaborado sem critérios adequados de planejamento;

• tímida cobrança da dívida ativa não tributária;

28

Page 29: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

• descumprimento da Resolução TCM 1.060/05 – art. 9º, item 18 - em decorrência do Inventário Patrimonial posto que não contempla a totalidade dos bens do Município;

• omissão na cobrança de multas e ressarcimentos imputados a agentes políticos do Município;

• publicação dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal fora do prazo;

• deficiente Relatório do Sistema de Controle Interno;

• descumprimento do quanto disposto no art. 30, § 7º e art. 10, da Lei Complementar nº 101/00 (LRF), assim como na Resolução TCM nº 1060/05, art. 9º, item 39 ao deixar de apresentar a relação dos beneficiários em ordem cronológica e os valores respectivos dos Precatórios;

• cópia do relatório das atividades do Poder Executivo encaminhado à Câmara Municipal (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 23);

• ausência da relação analítica dos elementos que compõem o Ativo Realizável (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 24);

• ausência do demonstrativo contendo o último lançamento da receita e da despesa no livro caixa (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, itens 25 e 26 );

• não apresentação do demonstrativo contendo o último lançamento no livro diário (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 27);

• relação de valores e títulos da dívida ativa tributária e não tributária, discriminados por contribuinte, corrigidos e contendo, ainda, a última inscrição efetivada em controle próprio (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 28);

• comprovantes por meio de certidões ou extratos emitidos pelos órgãos pertinentes, demonstrando os saldos das dívidas registradas no Passivo Permanente do Balanço Patrimonial do exercício (Resolução TCM nº 1.060/05, art. 9º, item 39);

• outras ocorrências consignadas no Relatório Anual expedido pela CCE, notadamente, fragmentação de despesas, caracterizando fuga ao procedimento licitatório, nos termos do

29

Page 30: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

art. 37, XXI, da Constituição Federal c/c o art. 2º da Lei nº 8.666/93, no total de R$ 58.390,00; impropriedades verificadas em licitações, dispensas e/ou inexigibilidade; saída de R$ 205.568,13 da conta específica do FUNDEB sem documento de despesa correspondente, em julho (R$ 187.205,26) e agosto (R$ 18.362,87); ausência de comprovação de diárias, totalizando R$ 32.109,00; despesas de R$ 10.900,49 com pagamento de juros e multas por atraso no adimplemento de obrigações; despesas com publicidade sem que constem dos autos elementos que comprovem a efetiva publicação e seu conteúdo conforme determinado no Parecer Normativo nº 11/2005, através dos processos de pagamentos nºs 901 de R$ 1.045,00; emissão de 14 (quatorze) cheques sem fundo de R$ 36.032,75; atraso na remuneração dos profissionais do; ausência de informação no SIGA de dados referentes as licitações.

Por esses motivos, aplica-se ao Gestor, com arrimo no art. 71, inciso I, c/c art. 76, da mesma Lei Complementar, multa máxima de R$ 38.065,00 (trinta e oito mil, e sessenta e cinco reais), além dos ressarcimentos com recursos pessoais de R$ 205.568,13 (duzentos e cinco mil, quinhentos e sessenta e oito reais e treze centavos) à conta específica do FUNDEB em decorrência de despesa sem documento de despesa correspondente; R$ 10.900,49 (dez mil, novecentos reais e quarenta e nove centavos) referente ao pagamento de juros e multas por atraso no adimplemento de obrigações; R$ 1.045,00 (hum mil e quarenta e cinco reais) de despesas com publicidade sem que constem dos autos elementos que comprovem a efetiva publicação e seu conteúdo. Subsidiariamente, em razão do descumprimento do art. 23 da Lei de Responsabilidade Fiscal, aplica-se ao Gestor multa de R$ 25.200,00 (vinte e cinco mil e duzentos reais), correspondentes a 30% dos seus vencimentos anuais, com fulcro no art. 5º, inciso IV, §§ 1º e 2º, da Lei nº 10.028, de 19/10/2000, em decorrência da não execução de medidas para a redução do montante da despesa total com pessoal que excedeu ao limite máximo estabelecido no art. 20 da LRF, lavrando-se para tanto a competente Deliberação de Imputação de Débito, nos termos regimentais, quantias estas que deverão ser quitadas no prazo e condições estipulados nos seus arts. 72, 74 e 75.

Determinações ao atual Gestor:

30

Page 31: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

1− Adotar medidas efetivas de cobrança das multas e ressarcimentos relacionados acima, aplicadas a agentes políticos do Município, sob pena de responsabilidade, promovendo a sua inscrição na dívida ativa, daqueles que ainda não o foram, inclusive com promoção de ação executiva judicial, já que as decisões dos Tribunais de Contas, por força do estatuído no artigo 71, § 3º da Constituição da República, das quais resulte imputação de débito ou multa, têm eficácia de título executivo.

2− Restituir, à conta do FUNDEB o valor de R$ 337,52, relativo ao exercício de 2012, R$ 25.068,74 relativos a exercícios anteriores e à conta do FUNDEF, R$ 6.061,85, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar do trânsito em julgado deste pronunciamento, devendo a CCE acompanhar o cumprimento desta determinação, ficando o Gestor advertido que a reincidência no desvio de finalidade na aplicação dos recursos do FUNDEB ou o não cumprimento da determinação dos estornos, conforme acima consignado, poderá comprometer o mérito de suas contas futuras.

3− Adotar medidas urgentes para os recolhimentos de “INSS” de R$ 834.553,62, porquanto deixar de repassar à Previdência Social, no prazo legal, as contribuições recolhidas dos contribuintes, caracteriza ilícito penal tipificado como “apropriação indébita previdenciária”, com as cominações previstas na Lei Federal nº 9.983, de 14 de julho de 2000.

4− Adotar as medidas previstas nos incisos I a V, do art. 22, da Lei Complementar nº 101/00, dentre outras, as providências contidas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da Constituição Federal, para que as despesas com pessoal não ultrapassem o limite de 54% da receita Corrente Líquida imposto pelo art. 20 da mesma Lei Complementar, sob pena de responsabilidade e comprometimento de contas futuras;

5− No prazo de 30 (trinta) dias a contar do trânsito em julgado deste processo para remessa dos processos de pagamento ausentes, ficando a competente Coordenadoria de Controle Externo incumbida da realização das apurações devidas e caso seja verificada a existência de irregularidades, lavrar Termo de Ocorrência.

31

Page 32: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO ANUAL DE ... · Coordenadoria de Controle Externo, que emitiram o Pronunciamento Técnico de fls. 687/715. Distribuído por sorteio para

Determinações à SGE:

• Extrair o documento de fl. 932, referente ao pagamento de multa de R$ 800,00, processo TCM nº 08350-11 e encaminhar para a 3ª Diretoria de Controle Externo para fins de registro.

Em face das irregularidades consignadas nos autos, notadamente descumprimento aos arts. 23 e 42, da Lei Complementar nº 101/00 – LRF e da Lei nº 8.666/93, determina-se a formulação de representação, por intermédio da Assessoria Jurídica deste TCM, ao douto Ministério Público Estadual, com fundamento nos arts. 1º, inciso XIX e 76, inciso I, letra “d”, da Lei Complementar nº 06/91.

SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, em 10 de dezembro de 2013.

Cons. Paulo Maracajá PereiraPresidente

Cons. Paolo Marconi Relator

Este documento foi assinado digitalmente conforme orienta a resolução TCM nº01300-11. Para verificar a autenticidade deste parecer, consulte o Sistema de Acompanhamento de Contas ou o site do TCM na Internet em www.tcm.ba.gov.br e acesse o formato digital assinado eletronicamente.

32