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PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________ PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS Processo TCM nº 07996-14 Exercício Financeiro de 2013 Prefeitura Municipal de CAMAÇARI Gestor: Ademar Delgado das Chagas Relator Cons. Raimundo Moreira PARECER PRÉVIO Opina pela aprovação, porque regulares, porém com ressalvas, das contas da Prefeitura Municipal de CAMAÇARI, relativas ao exercício financeiro de 2013. O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes: 1. INTRODUÇÃO As contas da Prefeitura Municipal de CAMAÇARI , pertinentes ao exercício financeiro de 2013, ingressaram neste Tribunal no prazo regulamentar, havendo evidência nos autos, às fls. 04, da Resolução Administrativa nº 001/2014 do Presidente da Câmara Municipal de Camaçari, colocando em disponibilidade pública as referidas contas nos termos do art. 54 da Lei Complementar nº 6/91. Oportuno registrar que não consta dos autos comprovante da publicidade conferida à mencionada resolução. Impende registar inicialmente que as contas pertinentes ao exercício pretérito estão pendentes de apreciação. Determinada a notificação do Gestor, em submissão aos princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa inscritos no art. 5º, LV, da Constituição Federal, nos termos do Edital nº 199/2014, de 28 de agosto do ano em curso, publicado no Diário Oficial do Estado edição do dia subsequente, observa-se que, tempestivamente, mediante petição datada de 22/09/2014, protocolada sob o nº 12418/14, complementada pela petição protocolada sob o nº 01880/14, de fls. 573 e seguintes, foram apresentadas as justificativas que entendeu pertinentes para o esclarecimento dos fatos. Submetidos os presentes autos ao exame do Ministério Público de Contas, nos termos do disposto no art. 5º, II, da Lei Estadual nº 12.207/11, manifestou-se este em Parecer acostado às fls. 674 e seguintes, cujas ressalvas apostas acham-se contempladas no presente relatório/voto. 2. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 1

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PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTASProcesso TCM nº 07996-14Exercício Financeiro de 2013Prefeitura Municipal de CAMAÇARI Gestor: Ademar Delgado das ChagasRelator Cons. Raimundo Moreira

PARECER PRÉVIO Opina pela aprovação, porque regulares, porém com ressalvas, das contas da Prefeitura Municipal de CAMAÇARI, relativas ao exercício financeiro de 2013.

O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes:

1. INTRODUÇÃO

As contas da Prefeitura Municipal de CAMAÇARI, pertinentes ao exercício financeiro de 2013, ingressaram neste Tribunal no prazo regulamentar, havendo evidência nos autos, às fls. 04, da Resolução Administrativa nº 001/2014 do Presidente da Câmara Municipal de Camaçari, colocando em disponibilidade pública as referidas contas nos termos do art. 54 da Lei Complementar nº 6/91. Oportuno registrar que não consta dos autos comprovante da publicidade conferida à mencionada resolução.

Impende registar inicialmente que as contas pertinentes ao exercício pretérito estão pendentes de apreciação.

Determinada a notificação do Gestor, em submissão aos princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa inscritos no art. 5º, LV, da Constituição Federal, nos termos do Edital nº 199/2014, de 28 de agosto do ano em curso, publicado no Diário Oficial do Estado edição do dia subsequente, observa-se que, tempestivamente, mediante petição datada de 22/09/2014, protocolada sob o nº 12418/14, complementada pela petição protocolada sob o nº 01880/14, de fls. 573 e seguintes, foram apresentadas as justificativas que entendeu pertinentes para o esclarecimento dos fatos.

Submetidos os presentes autos ao exame do Ministério Público de Contas, nos termos do disposto no art. 5º, II, da Lei Estadual nº 12.207/11, manifestou-se este em Parecer acostado às fls. 674 e seguintes, cujas ressalvas apostas acham-se contempladas no presente relatório/voto.

2. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

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Page 2: PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE / / PRESTAÇÃO … · ano em curso, publicado no Diário Oficial do Estado edição do dia subsequente, observa-se que, tempestivamente, mediante petição

Constam dos autos a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO nº 1.239/12 que dispõe sobre as diretrizes para elaboração da lei orçamentária, e a Lei Orçamentária Anual – LOA nº 1.262/12 que estima receita e fixa a despesa do exercício sob exame no importe de R$840.345.096,00, compreendendo os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social nos valores de, respectivamente, R$618.056.340,60 e R$222.288.755,40, havendo nos autos, após a diligência anual, indicativo da publicidade a elas conferida no Diário Oficial da Prefeitura Municipal de Camaçari (DOC. 01).

Em seu art. 7º autoriza o Executivo Municipal a abrir créditos adicionais suplementares, com a finalidade de incorporar valores que excedam as previsões, até o limite de 70% do orçamento proposto, mediante utilização de recursos provenientes da anulação parcial ou total de dotações, do superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior e do excesso de arrecadação, até o limite dos valores apurados, nos termos do art. 43 da Lei nº 4.320/64.

Por meio dos Decretos nºs. 5347 e 5339/13 foram aprovados a Programação Financeira e correspondente Cronograma de Desembolso e o Quadro de Detalhamento da Despesa - QDD, observando o disposto no art. 8º da Lei Complementar nº 101/00, havendo indicativo nos autos, após a diligência anual, da publicidade a eles conferida no Diário Oficial da Prefeitura Municipal de Camaçari (DOC. 02).

2.1. Alterações Orçamentárias

Mediante decretos do Executivo, foram promovidas alterações orçamentárias no importe de R$341.700.083,68, dos quais R$297.257.377,34 referentes a créditos suplementares, sendo R$241.168.338,64 com a utilização de recursos provenientes da anulação parcial ou total de dotações, R$28.332.859,36 com recursos do superávit financeiro e R$27.756.179,34 com recursos do excesso de arrecadação, com suporte no superávit e no excesso efetivamente apurados, R$7.045.150,61 referentes a créditos especiais, com a utilização de recursos provenientes da anulação parcial ou total de dotações, e R$37.397.556,73 referentes a alterações de QDD, vale dizer-se, devidamente contabilizadas no Demonstrativo da Despesa de dezembro/2013.

Ressalte-se que os créditos abertos estão nos limites autorizados na LOA e nas leis ordinárias nºs. 1265, 1274, 1275 e 1276 referentes aos créditos especiais.

3. ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

O exame mensal da execução orçamentária esteve à cargo da 1ª Inspetoria Regional, em cujos relatórios acham-se consignadas as seguintes ocorrências:

a) diversos casos de ausência de inserção, inserção incorreta ou incompleta de dados no SIGA;

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b) processos licitatórios não encaminhados ao Tribunal - R$1.010.669,00 (processo nºs. 0506, 0392, 0784);

Com a diligência anual vieram aos autos os originais dos processos reclamados deles constando indicativo de tramitação na 1ª IRCE, descaracterizando a ocorrência (DOC. 31).

c) processos de dispensa/inexigibilidade não encaminhados ao Tribunal - R$2.838.780,00 (processo n°s. 0777, 1184);

Alega o Gestor que o processo nº 0777/2013 diz respeito ao contrato de locação de imóvel para funcionamento da Defensoria Pública, de acordo com o previsto em convênio firmado pelo Município de CAMAÇARI e a Defensoria Pública do Estado da Bahia, o qual não foi encaminhado à 1ª IRCE em virtude de ter sido rescindido, conforme pode ser constatado em original do processo ora acostado (DOC. 31).

Com relação ao processo n° 1184/2013, foi acostado pelo Gestor o original do processo dele não constando indicativo de tramitação na 1ª IRCE (DOC. 31). Trata o processo em apreço de contratação direta, mediante inexigibilidade de licitação, com lastro no art. 25 da lei nº 8.666/93, da Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com vista à implantação de melhorias no sistema CPqD Gestão Pública Tributos para atender à Secretaria da Fazendo do Município. Consta do processo certidão passada pela Assespro – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação – Regional São Paulo dando conta de que a CPqD é autora e única fornecedora e prestadora de serviços no Brasil do aludido sistema, restando o procedimento, a nosso ver, regular.

d) ausência de pesquisa de preço para contratação de serviço de aluguel de máquinas e equipamentos para conservação de rodovia (processo nº 0439/2013);

Alega o Gestor que a pesquisa de preço para a contratação em tela foi balizada no Sistema de Orçamento de Obras de Sergipe – ORSE, software desenvolvido e mantido pela Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas daquele Estado há mais de 10 anos.

e) casos de ausência no processo administrativo de licitação de orçamento elaborado com base em pesquisa de preços de mercado ou junto aos órgãos e entidades da administração pública;

Alega o Gestor que o orçamento estimativo tem integrado todos os processos administrativos de licitação. E que não existe obrigatoriedade da anexação deles nos processos licitatórios em si.

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Em concordância com o entendimento do Ministério Público de Contas, determina-se ao Gestor que “as próximas licitações sejam precedidas de ampla pesquisa de mercado, as quais devem ser anexadas aos autos do respectivo processo administrativo.”.

f) dispensa de licitação, com lastro no art. 24, IV, visando a aquisição de cestas natalinas para distribuição a servidores do município, sob a alegação de o processo licitatório para esta finalidade, pregão presencial nº 104/2013, ter resultado deserto em 05/12/2013 não havendo tempo hábil para realizar uma nova licitação já que os produtos teriam que ser entregues até 20/12/2013, fato que evidencia falta de planejamento da Administração, no importe de R$955.375,00 (processo nº 1243);

g) dispensa de licitação, com lastro no art. 24, IV, visando a contratação de serviços de hospedagem para equipe do Náutico Futebol Clube e de confecção de materiais para utilização no Camaforró/2013, nos importes de, respectivamente, R$62.179,00 e R$31.661,00 (processo nºs. 0558, 0599), sob a alegação de inexistir tempo hábil para proceder a licitação, denotando falta de planejamento do gasto público;

h) dispensa de licitação, com lastro no art. 24, IV, visando à contratação de serviços de limpeza e conservação, sob a alegação de que o processo licitatório nº 343/2013 para este objeto foi anulado em virtude de falha no edital, no importe de R$2.919.820,44 (processo nº 0941), de modo a possibilitar a continuidade desses serviços essenciais em escolas, postos de saúde, etc.;

Acolhem-se, excepcionalmente, as alegações apresentadas, considerando tratar-se de contratação temporária pelas razões expostas até que fosse concluído o devido procedimento licitatório que, como verificamos, ocorreu em 03/04/2014 (Pregão Presencial nº 1002/2013).

i) indício de contratação de pessoal sem concurso público por meio da Coopersaúde;

Alega o Gestor que a contratação da Coopersaúde foi realizada mediante procedimento licitatório regular e justifica-se pelo fato de que a maioria dos candidatos classificados nos concursos públicos de 2007 e 2010 não chegaram a assumir os cargos de provimento efetivo apesar de todos eles terem sido convocados. Em decorrência, o município não logrou suprir suas necessidades de profissionais da saúde. Prossegue asseverando que no exercício de 2013 publicou edital de concurso público contemplando, mais uma vez, o cargo de profissional médico das mais diversas especialidades (DOC. 30).

Acolhem-se, excepcionalmente, as alegações apresentadas ficando desde já advertido o Gestor de que o não cumprimento do pactuado poderá repercutir no mérito de contas futuras.

j) casos de prorrogação irregular de contrato, inobservando o disposto no art. 57 da lei nº 8.666/93 (credores: Santacruz Engenharia Ltda, Sanjuan

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Engenharia Ltda, HA Engenharia Ltda, LN Construtora Ltda, Reconart Construtora Ltda, Paisartt Construtora Ltda, Dallas Construtora Ltda, CM Construtora, Astec Construções Ltda).

Alega o Gestor que ao tomar conhecimento das recomendações feitas pelo Tribunal acerca de serviços de natureza continuada, promoveu novas contratações pondo fim aos ajustes anteriores. Sustenta que não poderia descontinuar os serviços já contratados sem acarretar danos à população, daí que as prorrogações foram necessárias. Informa ainda que todos os contratos listados já foram objeto de novas contratações. Solicita, finalmente, que a a matéria seja tratada no Termo de Ocorrência lavrado pela 1ª IRCE contra o atual gestor, autuado sob o nº 26.567-14, o qual se encontra em tramitação neste Tribunal, o que é acolhido por esta Relatoria.

k) despesas com locação de veículos e eventos festivos nos importes de, respectivamente, R$25.030.637,90 e R$12.823.062,53 que, não obstante correspondam a 2,7% e 1,4% da receita arrecadada, afiguram-se imoderadas, recomendando-se à CCE, quanto as primeiras, acompanhando o posicionamento do Ministério Público de Contas, proceder a devida análise da matéria e, em constatando eventual irregularidade, lavrar Termo de Ocorrência a respeito.

l) despesas com publicidade no importe de R$6.531.247,93, correspondente a 0,7% da receita arrecadada;

m) repasses de recursos à OSCIP Instituto Professor Raimundo Pinheiro, no importe de R$11.347.918,92, havendo informação da CCE de que, mediante processo autuado sob o nº 03799-14, foi encaminhada a prestação de contas respectiva a qual se encontra em processo de análise pela unidade competente;

Em pesquisa ao SIGA verifica-se que, mediante processo seletivo de credenciamento nº 0210/2013, homologado em 27/03/2013, foi o instituto contratado com vista à execução de atividades nas áreas de educação, esporte, lazer, cultura e gestão, vinculadas ao programa Cidade do Saber (contrato nº 050/2013) , tendo sido paga no exercício de 2013, com lastro no referido contrato, a importância de R$8.147.918,93. Conquanto não haja apontamento de irregularidade nos relatórios da 1ª IRCE, nem no Pronunciamento Técnico, e, por este motivo o referido processo administrativo de licitação não veio aos autos com a diligência anual, deverá o Gestor encaminhá-lo à CCE para exame conjunto da correspondente prestação de contas. Tratando-se, entretanto, de novo contrato sob a administração de novo Gestor, esta Relatoria adota posição contrária à do Ministério Público de Contas que recomendou diligência prévia sobre a matéria.

4. ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

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As Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional de nº 437 e a Conjunta nº 02 (STN/SOF), de 2012, aprovaram a 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, para vigência no exercício de 2013.

Na esfera deste Tribunal de Contas, as alterações inerentes ao PCASP foram recepcionadas nos termos da Resolução TCM nº 1316/12, que disciplina a obrigatoriedade da sua adoção pelos órgãos e entidades públicas municipais, inclusive as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista instituídas e mantidas pelo poder público, a partir do exercício de 2013, para a efetivação dos registros de seus atos e fatos contábeis.

Isto posto, cumpre inicialmente salientar que houve um excesso de arrecadação de 8,5% em relação à previsão correspondente a R$71.636.327,42. No âmbito da receita tributária constatou-se um excesso da ordem de 21,0%, evidenciando uma previsão orçamentária elaborada com pouco critério. Dos R$167.310.810,00 previstos foram arrecadados R$202.374.407,35 de tributos.

4.1. Consolidação das Contas

Observa-se que a Câmara evidenciou receitas e despesas extraorçamentárias nos importes de, respectivamente, R$4.211.408,86 e R$4.215.124,29, sem que fosse possível verificar se foram devidamente consolidadas em face da ausência nos autos dos respectivos demonstrativos da Prefeitura. Importa salientar que trata-se de matéria recorrente uma vez que foi objeto de apontamento em Parecer Prévio referente as contas de exercícios anteriores.

Com a diligência anual veio aos autos tão somente o Demonstrativo da Receita Extraorçamentária – Consolidado da Prefeitura (DOC. 05) com o que não descaracteriza a irregularidade restando, portanto, inobservado o disposto no art. 50, III, da Lei Complementar nº 101/00.

4.2. Balanço Orçamentário

O resultado da execução orçamentária importou em superávit de R$60.049.106,92, porquanto foram arrecadadas receitas de R$911.981.423,42 e realizadas despesas de R$851.932.316,50.

Registre-se que se encontram anexos ao Balanço Orçamentário os demonstrativos da execução dos restos a pagar não processados e processados, conforme estabelecido no MCASP.

Questiona-se a diferença de R$15.752,00 entre os valores das inscrições em restos a pagar processados e não processados em exercícios anteriores, conforme registrados nos referidos demonstrativos, e aqueles registrados no Balanço Patrimonial/2012.

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Esclarece o Gestor que, por equívoco, foram registrados como restos a pagar processados empenhos no valor global de R$15.752,00 que, de fato, eram não processados. No decorrer do exercício foi procedida a devida correção conforme evidenciada no Razão Analítico ora acostado (DOC. 10).

4.3. Balanço Financeiro

(R$1,00) DISCRIMINAÇÃO RECEITAS DESPESAS

ORÇAMENTÁRIAS 911.981.423,42 851.932.319,50INGRESSOS / DISPÊNDIOS EXTRAORÇ. 177.662.009,87 164.503.686,96TRANSF. FIN. RECEBIDA / CONCEDIDA 157.380.124,92 157.380.124,92VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS 1.584.100,73 9.462.047,19SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR 186.488.505,98 -SALDO PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE - 251.817.986,35

TOTAL: 1.435.096.164,92 1.435.096.164,92

Neste ponto, solicita-se esclarecimento quanto a natureza dos registros na conta de VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS.

Esclarece o Gestor que os registros têm origem nas valorizações e desvalorizações de títulos e valores do regime próprio de previdência social, registrados pela Prefeitura quando da consolidação das contas do ISSM - Instituto de Seguridade do Servidor Municipal.

4.4. Balanço Patrimonial

(R$1,00)DISCRIMINAÇÃO ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE 275.145.107,99 54.540.739,89

NÃO CIRCULANTE 493.102.524,46 1.043.190.811,94

PATRIMÔNIO LÍQUIDO - (329.483.919,38)

TOTAL: 768.247.632,45 768.247.632,45

Registre-se inicialmente que, de acordo com o Termo de Conferência de Caixa, existem documentos referentes a caução fidejussória, no valor global de R$96.040.358,93, cuja contabilização não está evidenciada no Balanço Patrimonial.

Alega o Gestor que por se tratar de direitos potenciais não financeiros foram registrados em conta de controle do Balanço Patrimonial, em atendimento às definições do MCASP, na rubrica “Garantias e Contragarantias Recebidas”, conforme pudemos constatar às fls. 249.

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Registre-se, ainda, que não restou comprovado o recolhimento ao erário municipal dos saldos das contas de retenção do ISS e IRRF, nos importes de, respectivamente, R$2.712,73 e R$30.989,91.

Alega o Gestor que tais valores ingressaram na conta da Prefeitura no exercício subsequente, conforme se comprova mediante documentação ora acostada (DOC. 13).

Questiona-se a origem e as ações em curso com vista à regularização da conta Outros Créditos por Danos ao Patrimônio, cujo saldo importa em R$565.300,92 - contas de responsabilidade em nome de Eduardo Campos (R$56.056,92), Francisco Carlos Reis (R$93.000,00), Sandro Santos da Silva (R$416.244,00) - conforme registrada no Balanço Patrimonial/2013 no grupo Demais Créditos e Valores a Curto Prazo.

Alega o Gestor que, como não foram localizados os processos administrativos referentes às contas de responsabilidade em nome de Eduardo Campos e Francisco Carlos Reis, será procedida apuração da origem destes créditos. Com relação à conta de responsabilidade em nome de Sandro Santos da Silva, Tesoureiro da Câmara Municipal no exercício de 2009, que por equívoco, informou a conta de empresa de propriedade de Adailton Gomes de Oliveira, para o crédito da devolução do saldo dos duodécimos à Prefeitura, informa o Gestor que a recuperação da importância (R$416.244,00) está sub judice em processo de Apropriação de Coisa Havida por Erro, movido pelo Ministério Público do Estado contra Adailton Gomes de Oliveira, que tramita na 1ª Vara Criminal de Camaçari sob o nº 0002796-12.201, conforme consta de consulta processual ora acostada (DOC. 14).

Conforme movimentação da Dívida Fundada Interna o saldo ao final do exercício importa em R$443.199.835,47, no entanto o Balanço Patrimonial evidencia um Passivo Permanente com saldo de R$1.084.276.396,382, emergindo uma diferença de R$641.078.561,35.

Esclarece o Gestor que a referida diferença é fruto da consolidação das contas do ISSM - Instituto de Seguridade do Servidor Municipal, em cujo passivo não circulante do Balanço Patrimonial/2013 se encontram escrituradas as provisões matemáticas previdenciárias no valor da diferença apontada.

Com a diligência anual foi acostada pelo Gestor a relação dos precatórios cíveis, vale dizer-se, com os valores ilegíveis (DOC. 17).

Importa finalmente registrar que foram acostados, com a diligência anual, os extratos de dezembro/2013 e janeiro/2014 devidamente autenticados (DOC. 12).

4.4.1. Disponibilidades Financeiras X Restos a Pagar

Restou constatado que as disponibilidades financeiras, no importe de R$251.832.638,38, são suficientes para fazer face aos restos a pagar do

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exercício (R$50.734.816,78) e às demais obrigações de curto prazo, no importe de R$12.631.879,95.

Por oportuno, cumpre salientar que a apuração do cumprimento do citado regramento dar-se-á em estrita observância das disposições contidas na Resolução TCM nº 1268/08 e, supletivamente, na Nota Técnica nº 73/2011/CCONF/STN e Instrução Cameral nº 005/2011, sendo exigida do Gestor a efetiva identificação da disponibilidade de caixa e das obrigações financeiras, segregando os recursos vinculados dos não vinculados, atentando-se para a redação dos arts. 8º, 9º e 50, incisos I e III, e 55 da Lei Complementar nº 101/00.

4.4.2. Resultado Patrimonial

De acordo com as Demonstrações das Variações Patrimoniais - DVP observa-se uma redução patrimonial no exercício, no importe de R$387.632.266,68 que adicionado Ativo Real Líquido de R$24.115.661,61 existente em 31/12/2012 resulta um Patrimônio Líquido de -R$363.516.607,07, valor este divergente em R$34.032.685,69 do registrado no Balanço Patrimonial/2013, no importe de -R$329.483.919,38. Consta ainda das variações patrimoniais qualitativas da DVP a rubrica “desincorporação de passivo” no valor de R$22.700.528,10 sem que conste dos autos o respectivo processo administrativo que lhe deu suporte.

Alega o Gestor que o valor divergente é resultante de ajustes de lançamentos contábeis na conta de Ajustes de Exercícios Anteriores relativos a Restos a Pagar Não Processados, Despesas de Exercícios Anteriores – DEA e ajustes de saldos da Dívida Fundada junto ao Banco do Brasil, Desenbahia, Produr e ISSM, conforme tabela constante da petição. Com relação à desincorporação de passivo, esclarece o Gestor tratar-se de amortização de dívida fundada durante o exercício, conforme consta no Anexo 2 – Resumo Geral da Despesa já integrante dos autos porém reenviado nesta oportunidade, inexistindo, portanto, necessidade de processo administrativo (DOC. 18).

Conquanto o procedimento esteja correto, observa-se que os ajustes não foram evidenciados na conta de patrimônio líquido do Balanço Patrimonial nem contaram com as devidas notas explicativas às demonstrações financeiras, o que revela falha primária na elaboração do demonstrativo.

Com relação ao questionamento acerca da desincorporação de passivo, acolhe-se a defesa apresentada.

4.4.3. Dívida Consolidada Líquida

Observa-se que a dívida consolidada líquida, no importe de R$964.179.069,74 extrapolou o limite prescrito no art. 3º, II, da Resolução nº 40 do Senado Federal.

Alega o Gestor que, em atendimento às definições da Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - NBCT 16.7, deve ser deduzida do

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passivo permanente (R$1.084.278.396,82) as provisões matemáticas previdenciárias, no importe de R$641.078..561,35, fruto da consolidação das contas do ISSM - Instituto de Seguridade do Servidor Municipal, ensejando uma dívida consolidada líquida de R$323.100.508,39, situando-se nos limites prescritos na referida resolução, com o que concorda esta Relatoria.

4.4.4. Dívida Ativa

Restou constatada a baixa cobrança da dívida ativa, no importe de R$3.691.525,33, correspondente a 4,4% do saldo existente em 31/12/2012 (R$83.018.506,91), devendo o Gestor implementar um maior esforço de cobrança desses créditos.

5. OBRIGAÇÕES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

5.1. Aplicação em Educação

Foram aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino recursos no montante de R$172.816.182,58 correspondentes a 26,2% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferência, portanto, em percentual superior ao mínimo de 25% estabelecido no art. 212 da Constituição Federal. 5.1.1. Aplicação dos Recursos do FUNDEB Foi aplicado o correspondente a 98,9% dos recursos disponíveis no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB, no importe de R$92.520.595,46, ante um mínimo exigido de 95% nos termos do disposto no art. 21 da Lei Federal nº 11.494/07, dos quais R$76.449.943,27 na remuneração dos profissionais do magistério do ensino básico, correspondentes a 82,6% daqueles recursos, contra um mínimo exigido de 60%, restando, portanto, observado o disposto no art. 22 do citado normativo.

Registre-se, por oportuno, que não há evidência nos autos da reposição à conta do FUNDEB de despesas glosadas no exercício de 2008, no importe de R$2.480,38, em decorrência de desvio de finalidade.

O Gestor trouxe aos autos cópia do Parecer Prévio sobre as contas do exercício de 2008 dele constando a desconstituição da referida glosa, regularizando a matéria (DOC. 20).

Não consta dos autos o parecer do Conselho do FUNDEB, inobservando disposto no art. 31 da Resolução TCM nº 1276/08.

Com a diligência anual vieram aos autos o parecer reclamado, regularizando a matéria (DOC. 19).

5.2. Aplicação em Saúde

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Em ações e serviços públicos de saúde foram aplicados recursos no montante de R$112.893.179,37, correspondentes a 17,6% do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, I, b e § 3º da Constituição Federal, com a devida exclusão de 1% do Fundo de Participação dos Municípios – FPM de que trata a Emenda Constitucional nº 55/07, vale dizer-se, em percentual superior ao mínimo de 15% definido no art. 7º da Lei Complementar nº 141/12.

Ausente dos autos o parecer do Conselho Municipal de Saúde, inobservando o disposto no art. 13 da Resolução TCM nº 1277/08.

Com a diligência anual veio aos autos o parecer reclamado regularizando a matéria (DOC. 21).

5.3. Transferências de Recursos ao Legislativo

Houve repasse ao Legislativo Municipal no importe de R$33.500.000,00, em conformidade com o legalmente estipulado.

5.4. Subsídios de Agentes Políticos

Os subsídios pagos ao Prefeito e aos Secretários Municipais estão em conformidade com os parâmetros fixados na lei nº 1252/12.

Importa registrar que veio aos autos, com a diligência anual, a folha de pagamento referente a julho do Secretário da Fazenda (DOC. 22).

5.5. Controle Interno

O relatório do Controle Interno a nosso ver não atendeu de forma satisfatória aos requisitos preconizados na Resolução TCM nº 1120/05, na medida em que deixou de abordar matérias afetas a algumas áreas de controle. No que diz respeito à atuação do controle no acompanhamento da execução orçamentária, muito pouco está contemplado acerca das ocorrências consignadas nos relatórios da 1ª IRCE.

5.6. Despesa Total com Pessoal

A despesa total com pessoal do Poder Executivo, no importe de R$364.387.301,43, correspondeu a 45,7% da RECEITA CORRENTE LÍQUIDA de R$796.737.666,59, portanto em percentual inferior ao limite de 54% prescrito no art. 20, III, b, da Lei Complementar nº 101/00.

Oportuno registrar que a despesa total com pessoal pertinente ao exercício pretérito não ultrapassou o limite prescrito no citado dispositivo.

5.7. Publicação dos Relatórios da LRF

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Consta dos autos apenas os Relatório Resumido da Execução Orçamentária pertinente ao 6º bimestre e o Relatório de Gestão Fiscal pertinente ao 3º quadrimestre, acompanhados dos comprovantes da publicidade a eles conferida. Entretanto, com a diligência anual, vieram aos autos os Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária pertinentes ao 1º, 2º, 3º, 4º e 5º bimestres bem como os Relatórios Gestão Fiscal pertinentes ao 1º e 2º quadrimestre com indicativo da publicidade a eles conferida nos prazos prescritos nos arts. 52 e 55, § 2º, da Lei Complementar nº 101/00 (DOC. 23).

5.8. Audiências Públicas

Consta dos autos, às fls. 374/433, cópia das atas das audiências públicas referentes ao 1º, 2º e 3º quadrimestres, cabendo no entanto registrar que a audiência pública referente ao 2º quadrimestre foi realizada fora do prazo prescrito no art. 9º, § 4º, da Lei Complementar nº 101/00.

Alega o Gestor que mediante ofício datado de 27/09/2013 (DOC. 24), protocolado na Câmara em 30/09/2013, solicitou audiência pública referente ao 2º quadrimestre que, entretanto, só veio a realizar-se em 22/10/2013.

Vê-se, portanto, que a audiência pública foi solicitada intempestivamente pelo Executivo.

5.9. Transparência Pública

Em consulta ao endereço eletrônico da Prefeitura (www.camacari.ba.gov.br), verificamos que foram disponibilizadas informações mínimas sobre as receitas e despesas do exercício, nos termos do disposto no art. 48-A da Lei Complementar nº 101/00.

6. RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL

Na sede, as contas foram submetidas ao exame da Coordenadoria de Controle Externo consubstanciado no Pronunciamento Técnico do qual se extrai os seguintes apontamentos adicionais:

a) foram repassados ao Município recursos provenientes dos Royalties/Fundo Especial no importe de R$6.921.942,85, não tendo sido identificadas despesas pagas incompatíveis com a finalidade;

b) de igual modo, não foram identificadas despesas incompatíveis com a finalidade pagas com recursos da CIDE, cujos repasses ao Município totalizaram R$13.260,27;

c) consta dos autos a Declaração de Bens Patrimoniais do Município que, totaliza R$352.581.205,15, valor este que não consiste com o escriturado no Balanço Patrimonial (R$354.042.484,64);

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Alega o Gestor que a de R$1.461.279,49 refere-se aos bens patrimoniais do ISSM - Instituto de Seguridade do Servidor Municipal e da STT – Superintendência de Trânsito e Transporte Público de Camaçari, nos importes de, respectivamente, R$330.630,39 e R$1.130.649,10, não incluídos na referida declaração, conforme pode ser constatado em documentação dos órgãos ora acostada (DOC. 16).

d) consta dos autos, às fls. 458/463, a declaração de bens do Gestor, observando o disposto no art. 11 da Resolução TCM nº 1060/05. Não obstante, o Gestor encaminha, com a diligência anual, uma outra declaração de bens (DOC. 26);

e) foram identificados repasses a título de subvenção social ou auxílio à entidade civil BAMUCA – Banda Municipal de Camaçari, no importe de R$146.000,00, sem que conste dos autos a prestação de contas respectiva, inobservando o disposto no art. 9º, item 35, da Resolução TCM nº 1060/05.

Alega o Gestor que, mediante ofício protocolado sob o nº 00917/14, encaminhou a este Tribunal a prestação de contas reclamada, conforme cópia anexa (DOC. 25).

Mediante petição complementar, foi acostada a prestação de contas dos recursos repassados à entidade civil Associação Pestalozzi de Camaçari (ITEM 35).

7. MULTAS E RESSARCIMENTOS Constam dos nossos controles as seguintes pendências:

MULTAS Processo Multado Venc. Valor R$

09513-96 JOSE RAYMUNDO MONACO SILVA (ex-Pres. da Câmara) 13/09/1997 200,00

02002-06 ROMULO AUGUSTO ALMEIDA FEDERICO (Diretor) 21/09/2007 2.000,00

03014-95 HUMBERTO HENRIQUE GARCIA ELLERY (ex-Prefeito) 15/06/2008 29.000,00

12862-08 UBIRAJARA DA SILVA RAMOS COROA (ex-Pres. da Câmara) 17/10/2011 3.000,00

01211-01 JOSE EUDORO REIS TUDE (ex-Prefeito) 16/09/2013 10.000,00

06390-08 LUIZA COSTA MAIA (ex-Pres. da Câmara) 13/08/2011 5.000,00

04168-12 JOÃO DE ARAÚJO () ORLANDO GOMES DOS ANJOS 17/09/2012 500,00

00616-10 IVAN JORGE ALVES DURÃO (Diretor) 10/01/2011 20.000,00

01527-11 VAN JORGE ALVES DURÃO (Diretor) 04/05/2012 8.000,00

04026-09 VAN JORGE ALVES DURÃO (Diretor) 23/10/2009 1.000,00

06837-06 HELDER ALMEIDA DE SOUZA (ex-Prefeito) 24/10/2008 400,00

04779-06 HELDER ALMEIDA DE SOUZA (ex-Prefeito) 24/10/2008 400,00

78567-05 RAIMUNDO BLUMETTI SIMÕES (ex-Pres. da Câmara) 20/10/2009 10.000,00

06795-05 RAIMUNDO BLUMETTI SIMÕES (ex-Pres. da Câmara) 04/02/2006 1.500,00

03939-12 LEZINEIDE A. CHAGAS SANTOS (Diretora LIMPEC) 06/10/2012 600,00

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04026-09 LEZINEIDE A. CHAGAS SANTOS (Diretora LIMPEC) 23/10/2009 2.000,00

04005-13 LEZINEIDE A. CHAGAS SANTOS (Diretora LIMPEC) 02/12/2013 3.000,00

03596-10 DOMINGOS BARBOSA NETO (ex-Pres. da Câmara) 09/12/2010 2.000,00

03939-12 DOMINGOS BARBOSA NETO (ex-Pres. da Câmara) 06/10/2012 500,00

03453-11 DOMINGOS BARBOSA NETO (ex-Pres. da Câmara) 11/08/2012 2.000,00

03844-10 NATANAEL FERNANDES DE ALMEIDA (ex-Pres. da Câmara) 02/10/2011 1.000,00

03611-11 NATANAEL FERNANDES DE ALMEIDA (ex-Pres. da Câmara) 09/10/2011 1.000,00

04238-09 NATANAEL FERNANDES DE ALMEIDA (ex-Pres. da Câmara) 14/01/2012 1.000,00

30945-12 JOSÉ ELISIO DE OLIVEIRA SOBRINHO (ex-Pres. da Câmara) 11/01/2013 5.000,00

07848-12 JOSÉ ELISIO DE OLIVEIRA SOBRINHO (ex-Pres. da Câmara) 12/01/2013 5.000,00

08924-13 JOSÉ ELISIO DE OLIVEIRA SOBRINHO (ex-Pres. da Câmara) 30/03/2014 7.000,00

30943-12 JOSÉ ELISIO DE OLIVEIRA SOBRINHO (ex-Pres. da Câmara) 14/09/2013 10.000,00

03630-13 JOSÉ ELISIO DE OLIVEIRA SOBRINHO (ex-Pres. da Câmara) 15/09/2013 3.000,00

07277-13 JOSÉ ELISIO DE OLIVEIRA SOBRINHO (ex-Pres. da Câmara) 22/12/2013 5.000,00

09610-13 JOSÉ ELISIO DE OLIVEIRA SOBRINHO (ex-Pres. da Câmara) 15/06/2014 1.500,00

04165-12 EDMILSON SOUSA SANTOS (ex-Pres. da Câmara) 21/04/2013 2.000,00

03997-13 EDMILSON SOUSA SANTOS (ex-Pres. da Câmara) 14/09/2013 1.500,00

01026-06 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 20/10/2006 26.600,00

15407-09 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 10/09/2012 26.600,00

08027-09 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 13/06/2010 18.000,00

16661-12 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 18/01/2014 38.065,00

30815-12 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 26/10/2013 38.065,00

11548-11 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 21/10/2013 500,00

11144-06 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 03/02/2013 800,00

12996-07 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 04/03/2013 800,00

30468-09 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 13/07/2013 20.000,00

08525-08 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 08/07/2013 1.500,00

01432-10 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 20/09/2013 20.000,00

07864-12 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 21/12/2012 15.000,00

09169-13 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 06/01/2014 15.000,00

07786-11 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 11/02/2012 20.000,00

07117-12 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 03/05/2014 25.000,00

10477-09 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 26/08/2013 15.000,00

RESSARCIMENTOSProcesso Responsável Venc. Valor R$

07284-02 RAIMUNDO BLUMETTI SIMÕES (ex-Pres. da Câmara) 30/01/2003 6.000,00

02190-05 SINÉZIO J. GOTTSCHARLK MORAES (ex-Pres. da Câmara) 26/06/2006 89.219,58

06390-08 LUIZA COSTA MAIA (ex-Pres. da Câmara) 13/08/2011 392.357,42

03953-09 NATANAEL FERNANDES DE ALMEIDA (ex-Pres. da Câmara) 21/08/2011 1.523.904,02

03953-09 GENÉSIO FEITOSA (Diretor) 21/08/2011 1.523.904,02

12862-08 UBIRAJARA DA SILVA RAMOS COROA (ex-Pres. da Câmara) 23/08/2010 108.634,68

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01211-01 JOSE EUDORO REIS TUDE (ex-Prefeito) 16/09/2013 23.324.315,00

08924-13 JOSÉ ELISIO DE OLIVEIRA SOBRINHO (ex-Pres. da Câmara) 30/03/2014 93.907,47

03997-13 EDMILSON SOUSA SANTOS (ex-Pres. da Câmara) 14/09/2013 1.275,53

03939-12 LEZINEIDE A. CHAGAS SANTOS (Diretora LIMPEC) 17/04/2013 11.345,85

04005-13 LEZINEIDE A. CHAGAS SANTOS (Diretora LIMPEC) 02/12/2013 44.044,01

03453-11 DOMINGOS BARBOSA NETO (ex-Pres. da Câmara) 02/08/2012 107.942,62

03939-12 DOMINGOS BARBOSA NETO (ex-Pres. da Câmara) 17/04/2013 11.712,24

07876-93 HUMBERTO HENRIQUE GARCIA ELLERY (ex-Prefeito) 08/03/1994 347.945,27

03014-95 HUMBERTO HENRIQUE GARCIA ELLERY (ex-Prefeito) 27/06/2008 347.945,27

04248-06 HELDER ALMEIDA DE SOUZA (ex-Prefeito) 05/08/2008 116,37

12116-06 HELDER ALMEIDA DE SOUZA (ex-Prefeito) 12/08/2008 31,88

04076-06 HELDER ALMEIDA DE SOUZA (ex-Prefeito) 23/08/2008 1.548,51

04834-06 HELDER ALMEIDA DE SOUZA (ex-Prefeito) 26/06/2009 1.730,73

04833-06 HELDER ALMEIDA DE SOUZA (ex-Prefeito) 07/09/2008 2.957,91

13216-06 HELDER ALMEIDA DE SOUZA (ex-Prefeito) 11/10/2010 654,19

16661-12 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 18/01/2014 354.201,92

11548-11 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 21/10/2013 1.330,09

08027-09 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 19/06/2010 430.029,42

15407-09 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 10/09/2012 1.818.981,26

07270-11 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 02/07/2012 11.923,01

10477-09 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 26/08/2013 737.455,19

07864-12 LUIZ CARLOS CAETANO (ex-Prefeito) 21/12/2012 38.564,40

Conquanto o Gestor alegue que foram recolhidas as multas decorrentes dos processos TCM nºs. 06390-08, 78567-05, 06795-05, 04026-09, 04005-13, 03596-10, 30945-12, 07848-12, 03630-13, 09610-13, 11144-06, 12996-07, assim como os ressarcimentos decorrentes dos processos TCM nºs. 07284-02, 06390-08, 04248-06, 12116-06, 04076-06, 04834-06, 04833-06, 13216-06, não foram apresentados os respectivos comprovantes de depósitos identificados na conta da Prefeitura, mas tão somente notas de conhecimento de receita, relatórios contábeis, extratos bancários, etc., que não se prestam para o fim de comprovar os alegados recolhimentos.

Em relação às ações de execução fiscal, conquanto o Gestor alegue ter ajuizado as seguintes novas ações contra os devedores por multas decorrentes dos processos TCM nºs. 12862-08, 01211-01, 00616-10, 01527-11, 04026-09, 03453-11, 03844-10, 03611-11, 04238-09, 08027-09, 16661-12, 30815-12, 30468-09, 08525-08, 01432-10, 07864-12, 10477-09, somente foram apresentadas as consultas processuais referentes aos processos TCM nºs. 00616-10, 01527-11, 04026-09, 12862-08 e 01211-01.

Quanto às novas ações contra os devedores por ressarcimentos, conquanto o Gestor alegue ter contemplado os decorrentes dos processos TCM nºs. 03953-09, 12862-08, 03453-11, 07876-93, 16661-12, 08027-09, 15407-09, 07864-12, somente foram apresentadas as consultas processuais referentes aos processos TCM nºs. 12862-08 e 03953-09 (DOC. 27). 15

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8. JULGADOS

Consta dos autos, às fls. 725 e seguintes, Denúncia contra o Gestor, processo TCM nº 16124/13, acerca de publicidade autopromocional, paga com recursos do erário, insertas em jornal e em materiais distribuídos a servidores em programa de capacitação denominado "Projeto Prata da Casa", inclusive com pagamento adiantado de gratificacações a servidores por aulas não ministradas, cujo decisório conclui pelo conhecimento e procedência parcial da denúncia, no que se refere à inserção em jornal de matéria publicitária de caráter autopromocional, imputando ao Gestor multa no valor de R$15.000,00.

Consta ainda a Denúncia contra o Gestor, processo TCM nº 09905/14, acerca da contratação direta irregular, mediante dispensa de licitação com lastro no art. 24, VIII, da lei nº 8.666/93, da Caixa Econômica Federal para prover serviços bancários, cujo decisório conclui pelo conhecimento e procedência da denúncia, imputando ao Gestor multa no valor de R$5.000,00.

VOTO Ante o exposto e com fundamento no art. 40, inciso II, da Lei Complementar nº 6/91, vota-se pela emissão de Parecer Prévio pela aprovação com ressalvas das contas da Prefeitura Municipal de CAMAÇARI, relativas ao exercício financeiro de 2013, da responsabilidade do Gestor, Sr. Ademar Delgado das Chagas, imputando-se-lhe, com respaldo no art. 71, inciso II, da citada lei complementar, multa no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), em razão das irregularidades consignadas nos relatórios da 1ª Inspetoria Regional e no Pronunciamento Técnico e não sanadas nesta oportunidade, sobretudo as relacionadas às ocorrências de dispensa irregular de licitação; ocorrências de ausência de pesquisa de preços em processo administrativo de licitação; ausência de comprovação da publicidade conferida ao documento de disponibilidade pública das presentes contas; gastos imoderados com locação de veículos e eventos festivos; previsão orçamentária elaborada com pouco critério de planejamento; não evidenciação nos demonstrativos contábeis da consolidação das contas da Câmara Municipal; falha na elaboração de demonstrativo contábil; baixa cobrança da dívida ativa; diversas ocorrências de ausência de inserção, inserção incorreta ou incompleta de dados no SIGA; apresentação de relatório do controle interno insatisfatório; omissão na cobrança de cominações impostas pelo Tribunal; inobservância de dispositivos das leis nºs. 8.666/93 e 4.320/64, a ser recolhida aos cofres públicos municipais, com recursos próprios, na forma e prazo preconizados na Resolução TCM nº 1124/05, com a necessária emissão da DELIBERAÇÃO DE IMPUTAÇÃO DE DÉBITO.

Determina-se ao Gestor:

a) encaminhar à CCE o processo administrativo de licitação nº 0210/2013, no prazo máximo de 30(trinta) dias contados da decisão;

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b) que as próximas licitações sejam precedidas de ampla pesquisa de mercado, as quais devem ser anexadas aos autos do respectivo processo administrativo;

c) que seja dada ciência a este Tribunal, num prazo máximo de 180 dias contados da decisão, das medidas adotadas na esfera judicial com vista à cobrança das multas e ressarcimentos pendentes de regularização.

À CCE para análise detalhada dos gastos com locação de veículos, lavrando-se Termo de Ocorrência, na hipótese de constatação de eventuais irregularidades.

À SGE para extrair dos autos os seguintes documentos, encaminhando-os à CCE para exame e verificações devidas:

• DOC. 25 (documento de encaminhamento de prestação de contas de entidade civil);

• DOC. 27 (multas e ressarcimentos).

Ciência ao interessado.

À CCE para acompanhamento do quanto deliberado. SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, em 03 de dezembro de 2014.

Cons. Francisco de Souza Andrade NettoPresidente

Cons. Raimundo Moreira Relator

Este documento foi assinado digitalmente conforme orienta a resolução TCM nº01300-11. Para verificar a autenticidade deste parecer, consulte o Sistema de Acompanhamento de Contas ou o site do TCM na Internet em www.tcm.ba.gov.br e acesse o formato digital assinado eletronicamente.

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