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PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________ PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS Processo TCM nº 08936-13 Exercício Financeiro de 2012 Prefeitura Municipal de MUCURI Gestor: Paulo Alexandre Matos Griffo Relator Cons. José Alfredo Rocha Dias PARECER PRÉVIO DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO Opina pela rejeição, porque irregulares, das contas da Prefeitura Municipal de MUCURI, relativas ao exercício financeiro de 2012. O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes: 1 – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS As contas da Prefeitura Municipal de Mucuri, referentes ao exercício financeiro de 2012, são da responsabilidade do Sr. Paulo Alexandre Matos Griffo. Protocoladas sob TCM nº 08936/13, foram tempestivamente encaminhadas à Câmara de Vereadores local e a esta Corte, observado o instituto da disponibilidade pública preceituada nos artigos 31, § 3º da Lei Maior, 63 da Constituição Estadual e 53 e 54 da Lei Complementar Estadual nº 06/91, na forma do disciplinado nos parágrafos 1º e 2º, artigo 7º, da Resolução TCM nº 1.060/05 – Edital nº 01/13, publicado no Diário Oficial dos Municípios do dia 02 de abril de 2013, contido às fls. 04 das contas do Legislativo local, do mesmo exercício. O Relatório Anual/Cientificação, de fls. 273 a 419, traduz a consolidação dos trabalhos de acompanhamento realizados em 2012 pela 15ª Inspetoria Regional de Controle Externo, sediada no município de Itamaraju. A análise técnica, efetivada após a formalização dos autos com anexação das peças anuais, é refletida no Pronunciamento Técnico - fls. 421 a 452. Foram rigorosamente respeitadas as garantias consagradas no inciso LV do art. 5º da Carta Federal, ao longo de 2012 e mediante publicação do Edital nº 220 no Diário Oficial do Estado, edição de 11 de outubro de 2013. Às fls. 454 há declaração probatória de que ao Gestor, ou a preposto pelo mesmo indicado, foi possibilitado acesso a todas as peças processuais, em decorrência do que houve a apresentação dos esclarecimentos, documentação e justificativas que considerou pertinentes – processo TCM nº 17.162/13, anexado as fls. 468 a 826 e em 08 (oito) pastas tipo “AZ”. 1

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PUBLICADO EM RESUMO NO DOE DE ____/____/________PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTASProcesso TCM nº 08936-13Exercício Financeiro de 2012Prefeitura Municipal de MUCURI Gestor: Paulo Alexandre Matos GriffoRelator Cons. José Alfredo Rocha Dias

PARECER PRÉVIO DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO Opina pela rejeição, porque irregulares, das contas da Prefeitura Municipal de MUCURI, relativas ao exercício financeiro de 2012.

O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes:

1 – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

As contas da Prefeitura Municipal de Mucuri, referentes ao exercício financeiro de 2012, são da responsabilidade do Sr. Paulo Alexandre Matos Griffo. Protocoladas sob TCM nº 08936/13, foram tempestivamente encaminhadas à Câmara de Vereadores local e a esta Corte, observado o instituto da disponibilidade pública preceituada nos artigos 31, § 3º da Lei Maior, 63 da Constituição Estadual e 53 e 54 da Lei Complementar Estadual nº 06/91, na forma do disciplinado nos parágrafos 1º e 2º, artigo 7º, da Resolução TCM nº 1.060/05 – Edital nº 01/13, publicado no Diário Oficial dos Municípios do dia 02 de abril de 2013, contido às fls. 04 das contas do Legislativo local, do mesmo exercício.

O Relatório Anual/Cientificação, de fls. 273 a 419, traduz a consolidação dos trabalhos de acompanhamento realizados em 2012 pela 15ª Inspetoria Regional de Controle Externo, sediada no município de Itamaraju. A análise técnica, efetivada após a formalização dos autos com anexação das peças anuais, é refletida no Pronunciamento Técnico - fls. 421 a 452. Foram rigorosamente respeitadas as garantias consagradas no inciso LV do art. 5º da Carta Federal, ao longo de 2012 e mediante publicação do Edital nº 220 no Diário Oficial do Estado, edição de 11 de outubro de 2013. Às fls. 454 há declaração probatória de que ao Gestor, ou a preposto pelo mesmo indicado, foi possibilitado acesso a todas as peças processuais, em decorrência do que houve a apresentação dos esclarecimentos, documentação e justificativas que considerou pertinentes – processo TCM nº 17.162/13, anexado as fls. 468 a 826 e em 08 (oito) pastas tipo “AZ”.

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Publicado, em resumo, o Parecer Prévio correspondente, ingressou o Sr. Paulo Alexandre Matos Griffo com Pedido de Reconsideração autuado sob o nº 19.091/13, devidamente anexado às contas. Atendidos os pressupostos legais, houve exame de todos os argumentos e documentos produzidos em face dos anteriormente existentes nos autos, decidindo o egrégio Plenário pelo seu provimento parcial. Em decorrência, promovidas alterações, são emitidos novos Parecer Prévio e Deliberação de Imputação de Débito contemplando ditas modificações, revogados os atos anteriores.

2 – DOS EXERCÍCIOS PRECEDENTES As contas do exercício anterior – 2011, da responsabilidade do mesmo Gestor das sub examen, contidas no processo TCM nº 7.155/12, foram objeto, após decisão adotada em Pedido de Reconsideração, do Parecer Prévio datado de 07/05/2013, anexado pela Relatoria a estes autos, pela rejeição, com aplicação de multa no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e determinação de ressarcimento ao erário da quantia de R$ 51.634,92 (cinquenta e hum mil, seiscentos e trinta e quatro reais e noventa e dois centavos), referente ao pagamento de juros e multas por atraso no cumprimento de obrigações. A defesa final apresenta comprovante de recolhimento da multa imputada, pendente de verificação quanto à respectiva contabilização, pelo que é remetido à Unidade técnica competente, com as reservas devidas. Quanto ao ressarcimento imposto, o Gestor remete cópia da Ação Declaratória de Nulidade do Ato Jurídico impetrada, questionando a determinação do TCM, documento este substituído por cópia e remetido para acompanhamento pela douta Assessoria Jurídica da Corte.

3 – DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

A elaboração e a execução dos orçamentos públicos envolvem, necessariamente, na forma do disposto nos artigos 165 a 169 da Constituição da República, três principais instrumentos de planejamento, quais sejam o Plano Plurianual de Aplicação – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e o Orçamento Anual – LOA, revigorados e aprimorados pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF – a Complementar Federal nº 101/00.

O PPA, vigente para o quadriênio 2010/2013, foi instituído pela Lei Municipal nº 571, publicada no Diário Oficial do dia 23/12/09, alterada pela de nº 577, com publicação ocorrida em 30/12/09, em cumprimento ao disposto no art. 165, parágrafo 1º da Constituição Federal e no art. 159, § 1º da Carta Estadual.

A LDO, por imposição dos §§ 1º e 3º do art. 4º da LRF, deve conter anexos relativos a Metas e Riscos Fiscais, guardando conformidade com o PPA. Norteia a elaboração do orçamento e regula o ritmo da realização das metas. Foi aprovada em 11 de novembro de 2011, sob o nº 607, respeitadas as referidas normas e comprovada a sua publicação em 21 de novembro de 2011.

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A LOA traduz as expectativas técnicas de realização da receita fixada e da despesa autorizada, compreendendo os Orçamentos Fiscal e de Seguridade Social. Para o exercício financeiro de 2012 foi aprovada sob nº 608 e apresenta o valor total de R$95.835.100,00 (noventa e cinco milhões, oitocentos e trinta e cinco mil e cem reais), com os seguintes dados fundamentais:

Descrição Valor (R$)Orçamento Fiscal 77.152.600,00Orçamento da Seguridade Social 18.682.500,00Total 95.835.100,00

O diploma em apreço, publicado no dia 15 de dezembro de 2011, contempla autorização para abertura de créditos adicionais suplementares, em conformidade com as prescrições constitucionais e regras da Lei Federal nº 4.320/64, com a utilização dos recursos de superávit financeiro, excesso de arrecadação e anulação parcial ou total de dotações, todos no limite percentual de 100% (cem por cento) do existente e comprovado ou dos fixados, respectivamente.

Aprovou-se o Quadro de Detalhamento de Despesas – QDD – pelo Decreto nº 219, em caderno anexo. A Programação Financeira, instrumento ratificado e aprimorado pela LFR, tem como objetivo assegurar às unidades orçamentárias a soma de recursos suficientes à execução dos respectivos programas anuais de trabalho, mantendo-se o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada e evitando insuficiência de Caixa. Foi aprovada através do Decreto nº 220, em anexo, em cumprimento ao art. 8º da LRF.

4 – DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

As alterações orçamentárias procedidas objetivando o ajuste dos valores iniciais às necessidades reveladas no curso do exercício importaram no valor total de R$43.881.649,66 (quarenta e três milhões, oitocentos e oitenta e um mil seiscentos e quarenta e nove reais e sessenta e seis centavos), em decorrência da abertura de Créditos Suplementares. Foram utilizados recursos de cobertura decorrentes da anulação de dotações, no importe de R$41.949.400,48 (quarenta e um milhões, novecentos e quarenta e nove mil e quatrocentos reais e quarenta e oito centavos) e de excesso de arrecadação, na quantia de R$1.932.249,18 (um milhão, novecentos e trinta e dois mil duzentos e quarenta e nove reais e dezoito centavos). Respeitadas as normas de regência, com destaque para as contidas na LOA e na Lei Federal nº 4.320/64, deve a matéria ser considerada regular. Com lastro em autorização constante da Lei Municipal nº 42, publicada no dia 02/03/12, alterada pela de nº 045/12, com publicação ocorrida no Diário Oficial de 05/04/12, apresentadas quando da defesa final, houve regular abertura de

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Crédito Especial, no valor total de R$240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).

Ainda com referência a esta matéria, informam os técnicos que as Alterações no Quadro de Detalhamento das Despesas – QDD - alcançaram o montante de R$22.677.240,38 (vinte e dois milhões, seiscentos e setenta e sete mil duzentos e quarenta reais e trinta e oito centavos), estando devidamente contabilizadas no Demonstrativo de Despesas do mês de dezembro/12.

5 – DO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA REALIZADO PELA 15ª INSPETORIA REGIONAL DE CONTROLE EXTERNO

Os trabalhos empreendidos pelo TCM objetivando orientar e alertar a Administração Municipal, ao longo dos meses do exercício cujas contas são apreciadas, não produziu os resultados almejados, na medida em que a Administração não adotou oportunas providências objetivando o cumprimento da legislação, fato que repercute negativamente no mérito das presentes contas. É o que reflete o largo elenco de faltas, irregularidades e senões resumidos na Cientificação/ Relatório Anual, com respectivo enquadramento legal, ainda que considerada a defesa final, mencionadas abaixo as de maior expressividade:

- Inobservância das normas da Resolução TCM nº 1.282/09, em repetidas falhas ao longo dos meses do exercício - sistema de controle externo informatizado - “SIGA”;

- Não cumprimento das disposições referentes a execução da despesa, contidas na Lei Federal nº 4.320/64, Resoluções e Instruções editadas por este órgão;

- Desrespeito aos princípios constitucionais e a normas atinentes a licitação pública - Lei Federal nº 8.666/93;

- Injustificável pagamento de tarifas bancárias, no montante de R$ 113.158,10 (cento e treze mil cento e cinquenta e oito reais e dez centavos), relativas a multas e juros por atraso no cumprimento de obrigações. É absolutamente inaceitável, à luz das normas que regem o planejamento, o controle e a transparência na Administração Pública, contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal, que município com a receita do porte do que ora se aprecia, assuma despesas que tais. É conferido prazo de até 60 (sessenta) dias a contar do transito em julgado deste pronunciamento para a efetivação do devido ressarcimento ao erário, com recursos pessoais do Gestor, comprovando-se o fato junto à Regional da Corte;

- Em face do apontado indicativo de admissão de servidores sem a realização do prévio e indispensável certame seletivo, trouxe o Pedido de Reconsideração cópia da Lei Municipal nº 266/99, que dispõe

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sobre a matéria. Ainda que apresentada a destempo, é o documento acolhido;

- Gastos excessivos com combustíveis e locação de veículos, a demonstrar agressão aos princípios constitucionais da razoabilidade e economicidade;

- Despesas exorbitantes com diárias, quando devem as mesmas ser objeto de rigoroso controle, observados os princípios constitucionais regedores da Administração Pública, com destaque para os da razoabilidade, legalidade e legitimidade e sempre subordinadas ao interesse público, devidamente comprovado em cada processo, inclusive no de prestação de contas. A não adoção de providências de contenção pode ensejar glosa e de determinação de ressarcimento ao erário, pelo Gestor;

- Reincidência no cometimento de irregularidades anteriormente apontadas pelo TCM.

6 – DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A análise empreendida neste item considera a execução orçamentário-financeira e a gestão patrimonial. O primeiro aspecto reflete a realização de receitas e despesas e a respectiva movimentação. A gestão patrimonial traduz a posição dos ativos e passivos, bem assim o comportamento da dívida pública municipal.

Preliminarmente, refira-se que foi apresentado o selo da Declaração de Habilitação Profissional – DHP do contador que firma as peças contábeis, cumprindo o disposto nas Resoluções nºs 1.363/11 e 1.402/12, do Conselho Regional de Contabilidade do Estado da Bahia.

6.1 - CONFRONTO COM AS CONTAS DA CÂMARA

Registrando o Pronunciamento Técnico a existência de divergências nas Receitas e Despesas extra orçamentárias quando comparados os Demonstrativos do Executivo com os do Legislativo, a defesa final traz aos autos justificativas, acompanhadas de novo Demonstrativo com as correções devidas. Destaca a Relatoria que as peças contábeis não podem ser substituídas após a disponibilização pública, e que a Câmara Municipal integra o orçamento do município como uma de suas unidades orçamentárias. Dessa maneira, a independência e harmonia entre os Poderes não justifica a falta. Atuem os controles internos e os Gestores para que não mais ocorram, procedendo-se as correções, com as notas explicativas devidas, para análise nas contas seguintes.

6.2 – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO - Anexo XII

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A peça contábil em tela demonstra as Receitas e Despesas previstas em confronto com as realizadas, indicando o Resultado Orçamentário, nos termos do artigo 102 da Lei Federal nº 4.320/64. A comparação da Despesa Realizada com a Receita Arrecadada revela a ocorrência de DÉFICIT ou SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO, enquanto o cotejo entre a despesa autorizada com a realizada indica a existência, ou não, de ECONOMIA ORÇAMENTÁRIA. Os resultados refletidos nas contas são:

Descrição R$Receita Prevista 95.835.100,00(-) Receita Arrecadada (A) 98.475.610,96(=) Superávit de Arrecadação 2.640.510,96Despesa Inicial Fixada 95.835.100,00(+) Créditos Adicionais 1.932.249,18(=) Despesa Final Fixada 97.767.349,18(-) Despesa Executada (B) 97.121.612,92(=) Economia Orçamentária 405.736,26Superávit Orçamentário (A-B) 1.113.998,04

A Receita Arrecadada em 2012 alcançou o valor total de R$98.475.610,96 (noventa e oito milhões, quatrocentos e setenta e cinco mil seiscentos e dez reais e noventa e seis centavos), superando a prevista no percentual de 2,78% (dois vírgula setenta e oito por cento) com a seguinte composição: Descrição R$Receitas Correntes 106.312.109,87Receitas de Capital 4.340.198,16Dedução de Receita para formação do FUNDEB 12.176.697,07Total 98.475.610,96

Os elementos postos indicam que foram atendidas as pertinentes normas da Carta Federal e das Leis de Responsabilidade Fiscal e Federal nº 4.320/64.

A despesa alcançou montante de R$97.121.612,92 (noventa e sete milhões, cento e vinte e um mil seiscentos e doze reais e noventa e dois centavos), conforme o Balanço Orçamentário, sintetizada no quadro abaixo:

Descrição R$Despesas Correntes 87.509.369,05Despesas de Capital 9.852.243,87Total 97.121.612,92

6.3 – BALANÇO FINANCEIRO - Anexo XIII

Apresentando os valores das receitas e despesas orçamentárias, os recebimentos e pagamentos extra orçamentários, os saldos em espécie oriundos do exercício anterior e os a transferir para o seguinte, nos termos do artigo 103 da Lei Federal nº 4.320/64, o Balanço em epígrafe traduz os dados financeiros refletidos nas contas, a seguir condensados: 6

Descrição R$Receita Orçamentária 98.475.610,96Interferências Financeiras Ativas 32.363.514,40Receita Extra orçamentária 19.857.699,97Saldo do exercício anterior 3.371.692,05Total 154.068.517,38Despesa Orçamentária 97.361.612,92Interferências Financeiras Passivas 30.544.710,37Despesa Extra orçamentária 20.686.718,31Saldo para exercício seguinte 5.475.475,78Total 154.068.517,38

Conquanto questionado, manteve-se silente o Gestor, acerca do valor de R$1.818.804,03 (um milhão, oitocentos e dezoito mil oitocentos e quatro reais e três centavos), lançado sob o título “Interferência Financeira Ativa”. Em assim sendo, apõe-se ressalva específica, repercutindo a ausência de esclarecimentos nas conclusões deste pronunciamento.

6.4 – BALANÇO PATRIMONIAL - Anexo XIV Evidencia os componentes patrimoniais, classificados nos grupos Contas de Compensação, Ativos (Financeiro e Permanente), Passivos (Financeiro e Permanente) e Saldo Patrimonial, na forma estabelecida na Lei Federal nº 4.320/64. Seus principais dados são dispostos no quadro abaixo:

ATIVO PASSIVODescrição R$ Descrição R$Ativo Financeiro

Disponível 5.475.475,78Realizável 707.832,53 Passivo Financeiro 8.515.219,66

Ativo Permanente 85.759.707,56 Passivo Permanente

64.978.145,22

Soma Ativo Real 91.943.734,49 Soma Passivo Real 73.493.364,88Ativo Compensado 18.180,00 Passivo

Compensado 18.180,00

Passivo Real Descoberto - Ativo Real Líquido 18.450.369,61

TOTAL 91.961.914,49 TOTAL 91.961.914,49

O Saldo Patrimonial do exercício, representado pelo Ativo Real Líquido, foi da ordem de R$18.450.369,61 (dezoito milhões, quatrocentos e cinquenta mil trezentos e sessenta e nove reais e sessenta e um centavos), decorrente da soma do resultado superavitário da execução orçamentária deste exercício, no importe de R$27.399.117,42 (vinte e sete milhões, trezentos e noventa e nove mil cento e dezessete reais e quarenta e dois centavos), abatido do valor de R$8.948.747,81 (oito milhões, novecentos e quarenta e oito mil setecentos e quarenta e sete reais e oitenta e um centavos) resultante do anterior. Resta caracterizada situação líquida positiva, favorecedora da gestão do exercício seguinte. 7

Esclarece a defesa que o Ativo e Passivo Compensados, no valor de R$18.180,00 (dezoito mil cento e oitenta reais), são atinentes a recursos destinados a entidades sem fins lucrativos, especificamente à APAE, APICOM – Associação Apícola de Mucuri e GMI – Guarda Mirim de Itabatan, cuja regularização será efetivada quando da aprovação das respectivas prestações de contas.

6.4.1. Ativo

Inclui as contas representativas dos bens e direitos, demonstrando a aplicação dos recursos.

Figurando no Ativo Realizável o expressivo valor de R$532.403,24 (quinhentos e trinta e dois mil quatrocentos e três reais e vinte e quatro centavos), sob o título “Responsabilidades Financeiras”, os esclarecimentos produzidos na defesa final são no sentido de que a quase totalidade seria relativa a “Bloqueio Judicial efetuado pelo TRT”, pendente de decisão. O saldo, alega o Gestor, seria sido objeto de medidas de regularização até o encerramento do exercício de 2013. Não havendo sido apresentadas as comprovações devidas, apõe-se ressalva específica, advertido o Gestor quanto à obrigatoriedade da adoção de providências imediatas de equacionamento, para verificação nas contas seguintes.

6.4.1.1 – Dívida Ativa

As importâncias referentes a tributos, multas e créditos em favor do Município, lançados e não cobrados ou recolhidos no exercício de origem, constituem, ex vi do disposto no artigo 39 da Lei Federal nº 4.320/64, a partir da data da respectiva inscrição, a Dívida Ativa Municipal.

O montante da Dívida Ativa Tributária, ao final de 2011, alcançou R$11.474.623,41 (onze milhões, quatrocentos e setenta e quatro mil seiscentos e vinte e três reais e quarenta e um centavos). Em face da inscrição e atualização, no exercício analisado, de valores equivalentes a R$1.281.466,69 (um milhão, duzentos e oitenta e um mil quatrocentos e sessenta e seis reais e sessenta e nove centavos) e R$23.458.263,81 (vinte e três milhões, quatrocentos e cinquenta e oito mil duzentos e sessenta e três reais e oitenta e um centavos), respectivamente, e da arrecadação de apenas R$162.682,73, elevou-se o saldo a cobrar para R$36.051.671,18 (trinta e seis milhões, cinquenta e um mil seiscentos e setenta e um reais e dezoito centavos).

Na fase recursal é encaminhada a relação da dívida ativa tributária. Em que pese a tardia apresentação, é a mesma acolhida.

O saldo da Dívida Ativa não Tributária, anteriormente no valor de R$11.958.925,41 (onze milhões, novecentos e cinquenta e oito mil novecentos e vinte e cinco reais e quarenta e um centavos), em face da inscrição e

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atualização, no exercício, de valores equivalentes a R$102.375,46 (cento e dois mil trezentos e setenta e cinco reais e quarenta e seis centavos) e a R$219.002,50 (duzentos e dezenove mil e dois reais e cinquenta centavos) ascendeu a R$12.280.303,37 (doze milhões, duzentos e oitenta mil trezentos e três reais e trinta e sete centavos).

As justificativas produzidas, no sentido de que “a inadimplência e a sonegação de receitas são coibidas através de cobranças amigáveis e encaminhamento ao setor jurídico para as providências cabíveis” não equacionam o problema, mesmo porque incomprovadas. O fato inconteste é que permanece vigente absoluta necessidade de implementação de medidas adequadas e eficazes ao estímulo ao recolhimento e à cobrança, aprimorando-se o gerenciamento da referida Dívida, em atendimento a dispositivo da LRF quanto a obrigatoriedade de instituição e efetiva cobrança de tributos municipais, como destacado em pronunciamentos anteriores desta Corte. A situação vigente repercute nas conclusões deste pronunciamento e a reiterada negligência, no particular, pode ser considerada ato de improbidade administrativa, com pena prevista no inciso II, do artigo 12 da Lei nº 8.429/92.

6.4.2 – Passivo

Compreende as contas relativas às obrigações, evidenciando a origem dos recursos.

Estão inscritos no Passivo Financeiro da Comuna como obrigações a cumprir valores retidos a título de ISS (R$210,88) e IRRF (R$63,29) em pagamentos efetivados, quando, à vista do disposto nos artigos 156, inciso III (ISS) e 158, inciso I (IRRF), todos da Carta Federal, pertencem ao município. Foi apresentado na defesa final o “Razão Analítico” relativo ao período 01/01 a 30/09/13, como prova de que ditos valores foram recolhidos, apenas em 2013. Atente a Administração Municipal para a adoção de providências que evitem a reincidência, motivo de aplicação de penalidades, mesmo porque a retenção e o recolhimento devem ocorrer na ocasião em que é efetivado o pagamento.

6.4.2.1 - Dívida Flutuante - Anexo XVII

A dívida em epígrafe é integrada pelos Restos e Serviços da Dívida a Pagar, Depósitos e Débitos de Tesouraria, incluídos os decorrentes de empréstimos por antecipação de receita orçamentária. Ao final de 2012 alcançou o montante de R$8.515.219,66 (oito milhões, quinhentos e quinze mil duzentos e dezenove reais e sessenta e seis centavos), correspondendo aos valores de R$8.216.750,64 (oito milhões, duzentos e dezesseis mil setecentos e cinquenta reais e sessenta e quatro centavos) (“Restos a Pagar”) e R$193.751,29 (cento e noventa e três mil setecentos e cinquenta e um reais e vinte e nove centavos) - (“Depósitos e Retenções”). Considerado o valor correspondente de 2011– R$11.297.806,92 (onze milhões, duzentos e noventa e sete mil oitocentos e seis reais e noventa e dois centavos) – constata-se a ocorrência de redução percentual de 75,37% (setenta e cinco vírgula trinta e

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sete por cento). O débito referente à Previdência Social, correspondente à quantia de R$118.344,85 (cento e dezoito mil trezentos e quarenta e quatro reais e oitenta e cinco centavos), deve, necessariamente, ser equacionado pela Comuna. As contas subsequentes voltarão a examinar a matéria.

Atente o Gestor para as prescrições e penas introduzidas no Código Penal Brasileiro pela Lei Federal nº 9.983, de 14 de julho de 2000, a denominada Lei dos Crimes Contra a Previdência Social.

6.4.2.2 – Dívida Fundada Interna – Anexo XVI

Composta dos compromissos de exigibilidade superior a doze meses, nos termos do art. 98 da Lei Federal nº 4.320/64, está representada pelas contas “INSS”, “DESEMBAHIA”, “EMBASA”, Precatórios e “PASEP”, assumidas pelo Executivo, no expressivo montante de R$64.978.145,22 (sessenta e quatro milhões, novecentos e setenta e oito mil cento e quarenta e cinco reais e vinte e dois centavos). Constatado crescimento percentual de 15,26% (quinze vírgula vinte e seis por cento) em relação à existente em 31/12/2011 – R$56.376.974,82 (cinquenta e seis milhões, trezentos e setenta e seis mil novecentos e setenta e quatro reais e oitenta e dois centavos), impõe-se advertência no sentido de que haja firme atuação do Gestor, de sorte a que seja preservado o equilíbrio financeiro da Comuna.

Foram apresentados, na defesa final, os comprovantes dos saldos das dívidas da Comuna com a EMBASA, DESEMBAHIA e Precatórios. Quanto aos relativos ao INSS e PASEP, alega a defesa que, conquanto os tenha solicitado, não obteve êxito, razão pela qual os saldos respectivos foram demonstrados no Balanço Patrimonial/12 a partir dos saldos anteriores e das movimentações ocorridas no exercício. Atente o Prefeito para que a falta não volte a ocorrer nas contas seguintes .

6.4.2.3 – Dívida Consolidada Líquida

Os limites de endividamento dos entes da Federação são fixados por Resoluções do Senado Federal, na forma do disposto na Constituição Federal e na LRF. Para o exercício em apreciação vigoram as de números 40/01, relativa ao montante da dívida pública consolidada e 43/01, concernente a operações de crédito e concessão de garantias.

Os valores demonstrados no Balanço Patrimonial do exercício revelam que a Dívida Consolidada Líquida respeita o limite correspondente, cumprido o art. 3º, inciso II da Resolução nº 40, de 20.12.2001, do Senado Federal.

6.4.2.4. - Restos a Pagar e Despesas contraídas nos dois últimos quadrimestres do exercício – Art. 42 da LRF

Tais débitos englobam despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de dezembro do exercício financeiro de origem, na forma do disposto no caput do artigo 36 da Lei Federal nº 4.320/64. Constituindo-se em dívidas de curto 10

prazo, impõe a legislação a existência de disponibilidade financeira suficiente à cobertura, ao final do exercício. A verificação é efetivada nos registros das contas Caixa e Bancos – Ativo Financeiro Disponível.

Reportando-se as contas ao último exercício da gestão iniciada em 2009, cabe a apuração do cumprimento do disposto no art. 42 da LRF, que veda ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20 da mesma Lei , nos últimos dois quadrimestre do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. A ocorrência é enquadrada como crime fiscal, na forma da Lei nº 10.028/00, art. 359-C.

O saldo financeiro da Municipalidade, no final do exercício de 2012, alcançou o montante de R$5.494.172,33 (cinco milhões, quatrocentos e noventa e quatro mil cento e setenta e dois reais e trinta e três centavos), incluindo-se os haveres financeiros. Deduzindo-se as Consignações/Retenções e os Restos a Pagar de exercícios anteriores, constata-se disponibilidade inicial de R$5.037.224,39 (cinco milhões, trinta e sete mil duzentos e vinte e quatro reais e trinta e nove centavos). Consta do Balanço Patrimonial, entretanto, inscrição de “Restos a Pagar” do exercício, Cancelamentos e Baixa de dívidas passivas sem comprovações, do que decorreu o apontamento inicial de indisponibilidade no montante de R$6.313.443,46 (seis milhões, trezentos e treze mil quatrocentos e quarenta e três reais e quarenta e seis centavos), mantendo-se a defesa silente sobre a matéria. Somente na peça recursal houve questionamentos acerca do montante das Disponibilidades Financeiras, ponderando o reclamo que deveriam ser incluídas disponibilidades no valor de R$2.536.038,90 (dois milhões, quinhentos e trinta e seis mil e trinta e oito reais e noventa centavos), com o que seria alcançado o montante de R$8.487.159,17 (oito milhões, quatrocentos e oitenta e sete mil cento e cinquenta e nove reais e dezessete centavos). Em detalhamento, temos a seguir resumo das alegações recursais e conclusões dos exames empreendidos:

- os haveres financeiros apontados pela área técnica – R$18.696,65 (dezoito mil seiscentos e noventa e seis reais e sessenta e cinco centavos) – deveriam ser de R$707.832,53 (setecentos e sete mil oitocentos e trinta e dois reais e cinquenta e três centavos). Não assiste razão ao Recorrente, na medida em que não podem ser considerados no cômputo das disponibilidades os valores relativos às consignações, desde quando não pertencentes ao município;

- é requerida a apropriação do montante de R$2.303.850,86 (dois milhões, trezentos e três mil oitocentos e cinquenta reais e oitenta e seis centavos), composto das parcelas seguintes:

- (R$197.286,96) e (R$81.251,79), correspondentes a Restos a Pagar e Retenções de INSS patronal e segurados, respectivamente - dezembro e 13º salário/12 – que teriam sido incluídos no parcelamento, ainda que a formalização do processo

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tenha ocorrido em janeiro/13. Explicita-se a impossibilidade de acolhimento do pleito, na medida em que o fato somente ocorreu em 2013, como informado;

- (R$722.553,68), que corresponderia a receitas do FNS/SUS da competência de 2012, mas somente creditadas no dia 03/01/13. Não pode ser acolhida a solicitação, à luz do entendimento desta Corte, explicitado em Instrução Cameral, em conformidade com orientação da Secretaria do Tesouro Nacional – STN, através do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público;

- (R$714.194,00), relativo ao impacto negativo que teria sofrido o município em suas receitas em face da desoneração do IPI pelo Governo Federal. Dita ponderação, ainda que factível, atingiu a todos os municípios, porém o seu acatamento não encontra amparo legal;

- (R$588.564,43), do ISS da empresa SUSANO - competência de 2012 - que também teria sido creditado em janeiro de 2013. Destaca-se que tais valores só podem ser considerados como receitas no momento do seu ingresso – regime de caixa.

Destarte, refeitos os cálculos pela Relatoria, confirma-se o acerto da área técnica quanto ao valor apurado das disponibilidades, qual seja o de R$5.494.172,33 (cinco milhões, quatrocentos e noventa e quatro mil cento e setenta e dois reais e trinta e três centavos), restando, lamentavelmente, a conclusão de que inexiste possibilidade legal de apropriação do valor pleiteado.

A lattere, com lastro em documentos que julga suficientes, requer a exclusão, no que concerne a compromissos ou despesas, dos seguintes valores:

- R$1.756.696,39 (um milhão, setecentos e cinquenta e seis mil seiscentos e noventa e seis reais e trinta e nove centavos), que corresponderiam a Restos a Pagar cancelados e registrados nas Variações Patrimoniais, em face da documentação apresentada com o recurso, ainda que a destempo;

- R$1.640.499,57 (um milhão, seiscentos e quarenta mil quatrocentos e noventa e nove reais e cinquenta e sete centavos), sob o argumento de que teria sido objeto de Parcelamento, à luz da documentação originária da Receita Federal, somente trazida aos autos na fase recursal.

Os argumentos atinentes a Cancelamento de Restos a Pagar e Baixa de Dívidas com o INSS tem respaldo legal para atendimento, em face da legitimidade e da fidedignidade da documentação produzida.

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O quadro seguinte reflete a nova situação em face dos novos exames empreendidos e antes explicitados:

Discriminação Valor (R$) Valor (R$) após Pedido de

ReconsideraçãoCaixa e Bancos 5.475.475,78 5.475.475,78Haveres Financeiros 18.696,55 18.696,55= Disponibilidade Financeira 5.494.172,33 5.494.172,33(-) Consignações e Retenções 193.751,29 193.751,29(-) Restos a Pagar de Exercícios Anteriores

263.196,65 263.196,65

= Disponibilidade de Caixa 5.037.224,39 5.037.224,39(-) Restos a Pagar do Exercício 7.953.471,89 7.953.471,89(-) Despesas de Exercícios Anteriores

- -

(-) Restos a Pagar Cancelados sem comprovações devidas

1.756.696,39 -

(-) Baixa Dívidas Passivas INSS 1.640.499,57 -= Indisponibilidade 6.313.443,46 2.916.247,50

Ratifica-se o quanto posto no Pronunciamento Técnico de não foi cumprida a disposição contida no artigo 42 da lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, o que compromete, irremediavelmente, o mérito das contas e enseja a formulação de representação ao douto Ministério Público Estadual, à vista do disposto na Lei Federal nº 10.028/00, ainda que tenha logrado o Pedido de Reconsideração alterar os dados respectivos. Prevalecem os contidos na tabela anterior.

6.5 – DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS – Anexo XV

Nos termos do art. 104 da Lei Federal nº 4.320/64, o anexo citado reflete as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e registra o resultado patrimonial do exercício (Superávit / Déficit). A peça trazida apresenta os seguintes dados:

Variações Ativas Variações PassivasDescrição R$ Descrição R$Resultante da Execução Orçamentária

98.475.610,96 Resultante da Execução Orçamentária

97.361.612,92

Mutações Patrimoniais

5.703.081,85 Mutações Patrimoniais

4.350.111,90

Independente da Execução orçamentária

64.804.527,88 Independente da Execução Orçamentária

39.872.378,45

Total das 168.983.220,69 Total das 141.584.103,27

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Variações Ativa Variações Passivas

Déficit Patrimonial do Exercício

- Superávit Patrimonial do Exercício

27.399.117,42

Total 168.983.220,69 Total 168.983.220,69

As Variações Ativas somaram R$168.983.220,69 (cento e sessenta e oito milhões, novecentos e oitenta e três mil duzentos e vinte reais e sessenta e nove centavos), enquanto as Passivas alcançaram R$141.584.103,27 (cento e quarenta e um milhões, quinhentos e oitenta e quatro mil cento e três reais e vinte e sete centavos), demonstrando resultado superavitário de R$ 27.399.117,42 (vinte e sete milhões, trezentos e noventa e nove mil cento e dezessete reais e quarenta e dois centavos).

Consta, como devido, na Demonstração das Variações Patrimoniais - Variação Ativa – Independente da Execução Orçamentária informação de ter sido efetivada a atualização monetária, no exercício, do saldo existente na Dívida Ativa, em cumprimento das disposições pertinentes da Portaria STN nº 564, de 27/10/04.

O Anexo XV, nas Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária, registra “Cancelamento de Dívidas Passivas” no montante de R$1.640.499,57 (um milhão, seiscentos e quarenta mil quatrocentos e noventa e nove reais e cinquenta e sete centavos) e “Cancelamento de Restos a Pagar”, no de R$1.756.696,39 (um milhão, setecentos e cinquenta e seis mil seiscentos e noventa e seis reais e trinta e nove centavos), sem que os autos contenham documentação de suporte suficiente que justifique os procedimentos, à luz da legislação de regência. Acolhe a Relatoria o quanto posto a respeito no Pronunciamento Técnico, a saber: - quanto ao primeiro valor, os processos apresentados não comprovam que os cancelamentos estão contemplados no pedido de parcelamento, tampouco se houve deferimento do pleito; - no que pertine ao segundo, os processos não apresentam comprovações materiais e jurídicas capazes de atestar a regularidade dos cancelamentos. Apesar de tais registros, manteve-se silente a defesa final. Assim, como não poderia deixar de ocorrer, ditos montantes foram considerado para efeito da verificação do cumprimento do artigo 42 da LRF. Mais uma vez repete-se que o procedimento para baixa de valores, como sabido, depende da existência de prévia autorização legislativa e de processo administrativo contendo os elementos legalmente exigidos, com as devidas comprovações. A omissão revelada repercute nas conclusões deste pronunciamento.

Registra-se, de outra parte, que restou configurada a regularidade do Cancelamento de Restos a Pagar não processados, no montante de R$501.049,39 (quinhentos e um mil e quarenta e nove reais e trinta e nove centavos).

7 – DO INVENTÁRIO

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Constituindo-se em levantamento ordenado do patrimônio municipal, deve respeitar as regras do Decreto nº 8.365, de 06/11/02. Objetiva o eficaz controle dos bens municipais, quantitativa e qualitativamente, inclusive os consignados sob responsabilidade de órgãos e entidades administrativas (Câmara de Vereadores, descentralizadas, etc.) confirmada a sua existência física, em confronto com a escrituração e respectivos valores.

O Inventário dos Bens existente nos autos respeita as disposições pertinentes e a disciplina da Resolução TCM nº 1.060/05, relacionando bens no montante de R$37.427.733,01 (trinta e sete milhões, quatrocentos e vinte e sete mil setecentos e trinta e três reais e um centavo), em conformidade com o Balanço Patrimonial/12. Acompanha a referida peça certidão atestando que os mesmos encontram-se registrados no Limbo Tombo, arrolados sob controle apropriado e identificados por plaquetas,

Apesar disto, há divergência no Inventário dos Bens apresentado nas contas de 2012 entre os lançamentos do Poder Executivo e os da Casa Legislativa, especificamente quanto aos que se acham sob a guarda da Câmara. Registra o primeira o valor de R$3.088.390,74 (três milhões, oitenta e oito mil trezentos e noventa reais e setenta e quatro centavos) e, a segunda, o de R$3.217.801,90 (três milhões, duzentos e dezessete mil oitocentos e um reais e noventa centavos). A matéria deve ser objeto de atuação do controle interno e do Gestor, de sorte que as contas do exercício seguinte apresentem a apresentem equacionada, eliminando-se a divergência apurada de R$129.411,16 (cento e vinte e nove mil quatrocentos e onze reais e dezesseis centavos).

8 – DAS OBRIGAÇÕES CONSTITUCIONAIS

8.1 – EDUCAÇÃO

8.1.1 – Artigo 212 da Constituição Federal Comprovada a aplicação na manutenção e desenvolvimento do ensino da quantia de R$25.891.688,40 (vinte e cinco milhões, oitocentos e noventa e um mil seiscentos e oitenta e oito reais e quarenta centavos), cumpriu-se a exigência contida no mandamento constitucional destacado – percentual de 25,00% (vinte e cinco vírgula zero por cento) dos recursos pertinentes, incluídas as despesas pagas e as liquidadas até 31 de dezembro do exercício, inscritas em Restos a Pagar, com os correspondentes saldos financeiros.

8.1.2 – FUNDEB – Lei Federal nº 11.494/07

A Emenda Constitucional nº 53, de 19/12/06, instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, a ser aplicado na forma do disposto na Lei Federal nº 11.494/07.

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Dos recursos totais, o percentual mínimo de 60% (sessenta por cento) é de aplicação obrigatória na remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício na área pública da educação básica – parágrafo único do artigo 22 de lei mencionada. A Prefeitura de MUCURI, havendo recebido recursos no montante de R$18.364.292,23 (dezoito milhões, trezentos e sessenta e quatro mil duzentos e noventa e dois reais e vinte e três centavos), despendeu na remuneração mencionada o valor de R$11.688.630,71 (onze milhões, seiscentos e oitenta e oito mil seiscentos e trinta reais e setenta e um centavos), equivalente ao percentual de 63,61% (sessenta e três vírgula sessenta e um por cento), cumprida a exigência legal.

Presente nos autos o Parecer do Conselho do FUNDEB - artigo 31 da Resolução TCM nº 1.276/08.

8.1.2.1 – Despesas do FUNDEB - §2º, do artigo 21 da Lei Federal nº 11.494/07

O art. 13, parágrafo único da Resolução TCM nº 1.276/08, emitido em consonância ao artigo 21, § 2º da Lei Federal nº 11.494/07, estabelece que até 5,00% (cinco por cento) dos recursos do FUNDEB poderão ser aplicados no primeiro trimestre do exercício subsequente ao recebimento dos valores, mediante abertura de crédito adicional. Verifica-se que na municipalidade de Mucuri foi obedecido o limite determinado no dispositivo legal.

8.1.2.2 – Despesas glosadas no exercício em face da aplicação de recursos do FUNDEB com desvio de finalidade

Não há registro de glosas, no exercício sob exame.

8.1.2.3 - Despesas glosadas em exercício anteriores, face da aplicação de recursos do FUNDEF – Lei Federal nº 9.424/95 e do FUNDEB – Lei Federal nº 11.494/07 – com desvio de finalidade

Não havendo comprovação nos autos de que a Comuna restituiu à conta do FUNDEF, com recursos municipais, as importâncias contidas no quadro abaixo, a defesa final apresenta esclarecimentos e comprovações em relação a matéria, substituídos nos autos por cópias e remetidos à unidade competente para registro e verificações.

Nº Processo Responsáveis Natureza Valor (R$)06370-02 Roberto Carlos Figueiredo Costa FUNDEF 11.771,4907637-07 Milton José Fonseca Borges FUNDEF 1.827,17

Registra-se que a Lei Federal nº 11.494/07 determina que os saldos ou valores de restituições atinentes ao FUNDEF continuem a ser aplicados em conformidade com a respectiva legislação, ou seja, no ensino fundamental, não sendo computados para fins do art. 212 da Constituição Federal ou para o FUNDEB. 16

8.2 - APLICAÇÃO EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

A Lei Complementar nº 141, de 13/01/12, estatui em seu art. 7º a obrigatoriedade da aplicação, pelos municípios, do percentual mínimo de 15% (quinze por cento) dos recursos enumerados nos artigos 156, 158 e 159, I, “b” e § 3º da CRFB em ações e serviços públicos de saúde, com a exclusão do percentual de 1% (um por cento) do FPM, na forma da Emenda Constitucional nº 55/07.

A Prefeitura cumpriu a norma constitucional, na medida em que aplicou, em 2012, o valor de R$13.211.765,24 (treze milhões, duzentos e onze mil setecentos e sessenta e cinco reais e vinte e quatro centavos), correspondente ao percentual de 16,91% (dezesseis vírgula noventa e um por cento) dos recursos pertinentes, nas ações e serviços referenciados.

Remanesce ausente dos autos o Parecer do Conselho Municipal de Saúde, em inobservância ao disposto no art. 13 da Resolução TCM nº 1.277/08, a repercutir nas conclusões deste pronunciamento.

8.3 – TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA O PODER LEGISLATIVO

O artigo 29-A da Constituição da República estabelece limites e prazo para o repasse de recursos ao Poder Legislativo Municipal, observada a execução orçamentária, de sorte a manter a proporção originalmente fixada. A redução ou superação do montante caracteriza crime de responsabilidade.

A dotação orçamentaria prevista – R$5.283.900,00 (cinco milhões, duzentos e oitenta e três mil e novecentos reais) – é superior ao referido limite máximo fixado – R$4.924.949,73 (quatro milhões, novecentos e vinte e quatro mil novecentos e quarenta e nove reais e setenta e três centavos). Verificada a ocorrência de repasses no montante legalmente estabelecido), considera-se cumprida a norma constitucional.

8.4 – REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS

A Lei Municipal nº 555, às fls. 02, fixou os subsídios dos Sr. Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários Municipais em R$15.050,00 (quinze mil e cinquenta reais), R$7.525,00 (sete mil quinhentos e vinte e cinco reais) e R$4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), respectivamente. Regulares foram os pagamentos efetivados no período janeiro a dezembro ao Alcaide, Vice-Prefeito e Secretários Municipais, estes em face do exame das folhas constantes dos autos e dos esclarecimentos e documentação apresentados quando da defesa final. Foram observados os princípios constitucionais e o quanto fixado na Lei Ordinária.

8.5 – DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

O sistema mencionado, consoante o disposto no artigo 74 da Lei Maior, compreende procedimentos e políticas estabelecidos com o fim de auxiliar o 17

alcance dos objetivos e das metas propostos, além de assegurar a execução correta do planejamento orçamentário-financeiro e da gestão patrimonial, sob os aspectos de legalidade, economicidade, eficiência e eficácia. Constitui, portanto, conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados, que permitem evitar o cometimento de equívocos, a sua oportuna correção, apontando eventuais irregularidades não sanadas ao controle externo. Conquanto existente no Município de Mucuri, as ocorrências consignadas na Cientificação Anual e no Pronunciamento Técnico indicam que o seu funcionamento, deve ser efetivamente aperfeiçoado. Cuide o Prefeito de adotar providências nesse sentido, sob pena da aplicação de penalidades, inclusive ao seu Titular. A permanência da situação existente pode afetar o mérito de contas seguintes.

9 – DAS EXIGÊNCIAS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

9.1 – DESPESA TOTAL COM PESSOAL

A LRF, em seus artigos 18 a 20, 21 a 23 e 66, define e estabelece limites específicos para as despesas com pessoal e disciplina a forma de efetivação dos controles pertinentes. O § 1º do artigo 5º da Lei Federal nº 10.028/00, além de penalidades institucionais, prevê a aplicação de multa equivalente a 30% (trinta por cento) dos subsídios anuais do Gestor, na hipótese de omissão na execução de medidas para a redução de eventuais excessos. A reincidência omissiva repercute negativamente no mérito das contas.

A verificação da observância, ou não, do regramento citado impõe a análise dos gastos do exercício anterior – 2011 - além do atual, 2012.

9.1.1 – DESPESA TOTAL COM PESSOAL - PERCENTUAL EXCEDENTE (ART. 23 DA LRF) REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2011

A Prefeitura, no exercício de 2011, ultrapassou o limite definido no art. 20, inciso III, alínea 'b', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF aplicando 59,48% (por cento) da Receita Corrente Líquida em gastos com pessoal. De conformidade com o artigo 23 da LRF, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 no primeiro (abril/12) e o restante no segundo (agosto/12).

De acordo com o Relatório de Prestação de Contas Mensal a despesa em tela, no mês de abril de 2012, alcançou o montante de R$48.305.400,01 (quarenta e oito milhões, trezentos e cinco mil e quatrocentos reais e um centavo), correspondendo ao percentual de 55,80% (cinquenta e cinco vírgula oitenta por cento) da Receita Corrente Líquida de R$86.571.423,80 (oitenta e seis milhões, quinhentos e setenta e um mil quatrocentos e vinte e três reais e oitenta centavos), constatando-se, assim, o cumprimento da legislação supracitada, tendo em vista o limite máximo de 57,65%.

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No segundo quadrimestre - mês agosto de 2012, a despesa sob comento atingiu o montante de R$50.096.393,26 (cinquenta milhões, noventa e seis mil trezentos e noventa e três reais e vinte e seis centavos), conforme o Relatório de Prestação de Contas Mensal de agosto/2012, correspondendo ao percentual de 56,16% (cinquenta e seis vírgula dezesseis por cento) da Receita Corrente Líquida de R$89.198.011,16 (oitenta e nove milhões, cento e noventa e oito mil e onze reais e dezesseis centavos), constatando-se o descumprimento da legislação supracitada, tendo em vista o limite máximo de 54%.

9.1.2 - EXERCÍCIO DE 2012 - Percentual Excedente (art. 23 e 66 da LRF)

Ressalte-se, inicialmente, que os dados divulgados pelo IBGE em março de 2013 acerca do PIB nacional revelam taxa de variação real acumulada dos últimos quatro trimestres, em relação aos imediatamente anteriores, no valor negativo de 1% (um por cento). Este fato tem repercussão sobre a matéria, porquanto na forma do disposto no artigo 66 da LRF, na hipótese de PIB negativo, há duplicação dos prazos de recondução de tais despesas aos limites legais. Destarte, atente-se que o município passa a dispor das seguintes datas para recondução dos gastos, por quadrimestre, aos limites legais, se ultrapassados, nos percentuais citados: 31/12/2012, 30/04/2013 e 31/08/13, eliminação de pelo menos 1/3 (um terço) do excesso correspondente e 30/08/13, 31/12/2013 e 30/04/2014 para a recondução do gasto total ao limite máximo de 54%. O não cumprimento desta obrigação pode ensejar a aplicação de penalidades, inclusive a prevista no § 1º do art. 5º da Lei nº 10.028/00.

9.1.2.1 - DESPESA COM PESSOAL - PERCENTUAL EXCEDENTE (ART. 23 DA LRF) REFERENTE AO 1º QUADRIMESTRE DE 2012

A despesa realizada com pessoal, no 1º quadrimestre de 2012, ultrapassou o limite definido no art. 20, inciso III, alínea 'b', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF, despendendo o percentual de 55,80% da Receita Corrente Líquida em despesas com pessoal, descumprida a legislação supracitada.

9.1.2.2 - DESPESA COM PESSOAL - PERCENTUAL EXCEDENTE (art. 23 da LRF) REFERENTE AO 2º QUADRIMESTRE DE 2012

A despesa correspondente ao período citado alcançou o montante de R$50.096.393,26 (cinquenta milhões, noventa e seis mil trezentos e noventa e três reais e vinte e seis centavos), correspondendo a 56,16% ( por cento) da Receita Corrente Líquida de R$89.198.011,16 (oitenta e nove milhões, cento e noventa e oito mil e onze reais e dezesseis centavos), ultrapassando o limite definido no art. 20, inciso III, alínea 'b', da Lei Complementar nº 101/00 – LRF, descumprida a legislação supracitada.

9.1.2.3 DESPESA TOTAL COM PESSOAL - 3º QUADRIMESTRE DE 2012

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Os autos registram os valores abaixo, para o final do exercício de 2012, considerando-se a Receita Corrente Líquida de R$94.135.412,80 (noventa e quatro milhões, cento e trinta e cinco mil quatrocentos e doze reais e oitenta centavos):

DESPESA COM PESSOAL R$ Limite legal – 54% (art. 20 LRF) 50.833.122,92 Limite Prudencial – (art. 22) 48.291.466,78 Limite para alerta – 90% do limite máximo (art. 59) 45.749.810,63 Participação em 2012 52.934.073,38 Percentual da despesa na Receita Corrente Líquida 56,23%

A Prefeitura cujas contas são apreciadas ultrapassou, no final do exercício de 2012, o limite definido no art. 20, inciso III, alínea “b”, da Lei Complementar nº 101/00 – LRF, aplicando o percentual de 56,23% (cinquenta e seis vírgula vinte e três por cento), da Receita Corrente Líquida em gastos com pessoal.

A defesa final guarda absoluto silêncio acerca da matéria, que revela reincidência em face ao Parecer Prévio emitido acerca das contas do exercício antecedente, 2011, que registra, verbis: - “Em face do exposto, com base no art. 40, inciso III, c/c o art. 43, da Lei Complementar nº 06/91, vota-se pela rejeição porque irregulares das contas da Prefeitura Municipal de Mucuri, exercício financeiro de 2011, constantes do presente processo, de responsabilidade do Sr. Paulo Alexandre Matos Griffo, face a reincidência no descumprimento do limite de 54% definido pelo art. 20, inciso III, alínea “b”, da Lei Complementar nº 101/00, para o total das despesas com pessoal, aplicando ao final do exercício de 2011 R$ 49.832.275,49, correspondentes a 59,48% da Receita Corrente Líquida”.

Em conclusão, considerado o ocorrido em 2011 e a reiterada omissão constatada nos prazos legalmente ampliados para o enquadramento dos percentuais ao limite legal, como antes destacado, impõe-se, ademais da rejeição, a aplicação de pena pecuniária correspondente ao percentual de 30% (trinta por cento) da remuneração do Gestor, na forma do disposto no § 1º, do art. 5º da Lei n 10.028/2000.

9.2. – CONTROLE DE DESPESA TOTAL DE PESSOAL – ART. 21

O parágrafo único do artº 21, da Lei Complementar nº 101/00 da Lei de Responsabilidade reza “in verbis”:

“Parágrafo único – também é nulo de pleno direito o ato que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular de respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.” (grifamos)

As informações da Inspetoria Regional e os registros contidos no Pronunciamento Técnico indicam que não houve aumento de Despesa com Pessoal e contratação de Mão de Obra Terceirizada nos 180 (cento e oitenta)

20

dias anteriores ao final do mandato do Gestor, verificando-se decréscimo percentual de 2,02% (dois vírgula zero dois por cento).

9.3 – RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E DE GESTÃO FISCAL

9.3.1 - Publicidade

Foram encaminhados os demonstrativos e comprovada divulgação oportuna dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal, respeitado o disposto nos artigos 6º e 7º da Resolução TCM nº 1.065/05 e § 2º do art. 55 da LRF 9.4 – AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Ocorreu demonstração e avaliação do cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiências publicas realizadas até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, na sede do Legislativo local – exigência da LRF – conforme atas apresentadas na pasta tipo “AZ” de nº 16.

10 – DAS RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL

10.1 – ROYALTIES / FUNDO ESPECIAL / COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS DE RECURSOS MINERAIS E HÍDRICOS – Resolução TCM nº 931/04

A Prefeitura de Mucuri, no exercício de 2012, recebeu e contabilizou recursos provenientes dessa origem no montante de R$266.750,94 (duzentos e sessenta e seis mil setecentos e cinquenta reais e noventa e quatro centavos). Havendo os autos registrado a aplicação, em conformidade com a legislação, dá-se a matéria como regular.

10.2 – CIDE – Resolução TCM nº 1.122/05

Revelam os autos que o município recebeu a importância de R$47.384,24 (quarenta e sete mil trezentos e oitenta e quatro reais e vinte e quatro centavos) relativa a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, observada a legislação de regência. É regular a matéria.

10.3 – DO REPASSE DE RECURSOS PARA ENTIDADES CIVIS – Resolução TCM nº 1.121/05

O repasse de recursos públicos municipais pela administração direta ou indireta, mediante convênio, a entidades civis sem fins lucrativos, reconhecidas por lei municipal como de utilidade pública, a título de subvenção ou auxílio, deve observar o disposto nos artigos 16 e 17 da Lei Federal nº 4.320/64 e 26, da LRF. Conforme Pronunciamento Técnico, a Prefeitura de Mucuri repassou recursos para as Entidades Civis abaixo relacionadas, sem que os autos contivessem as respectivas prestações de contas, somente apresentados quando da defesa final, desatendidas as normas disciplinadoras contidas na 21

Resolução TCM nº 1.121/05 e prejudicado o exercício do controle externo, que deveria ter ocorrido mensalmente. Deve a Secretaria Geral desentranhar o Doc. 15, contido em pastas tipo “AZ” nºs 03, 04, 05, 06 e 07, remetendo-o para análise, em autos apartados, pela unidade técnica competente, ficando ressalvadas as conclusões que venham a ser alcançadas em relação a aplicação dos referidos recursos públicos.

Entidades Valor (R$)AAPAC – Ass. de Amigos da Pastoral da Criança 12.500,00APAE – Ass. de Pais e Amigos dos Excepcionais 31.920,00APICOM – Associação Apícola de Mucuri 50.580,00Ass. Comunitária Amanhã de Itabatan 75.240,00Associação Comunitária Golfinho 15.000,00Associação SEMEAR 11.400,00Colônia de Pescadores Z-35 de Mucuri - Ba 78.597,00Guarda Mirim de Itabatan 56.000,00Pastoral da Caridade Lar dos Idosos 101.249,55

Obs: Haviam sido apresentados os comprovantes de despesas e extratos bancários, em cópias. 10.4 – DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS – item 30, artigo 9º da Resolução TCM nº 1.060/05

Havendo sido apontado que o Relatório encaminhado não atende ao disposto no artigo 13 da LRF e no item 30 do art. 9º da Resolução TCM nº 1060/05, o apresentado na defesa é de idêntico teor. Suprima-se a falha em contas seguintes, para evitar penalidades.

10.5 – RELATÓRIO DE PROJETOS E ATIVIDADES – item 32, art.º 9º da Resolução TCM nº 1.060/05

Indicando o Pronunciamento Técnico que o Relatório de Projetos e Atividades constante dos autos não foi elaborado em observância às normas pertinentes, traz a defesa final, equivocadamente, o relativo à Prefeitura Municipal de Gentio do Ouro (?!), o que justifica advertência quanto às consequências da reincidência.

10.6 – DECLARAÇÃO DE BENS DO GESTOR

Foi apresentada às fls. 267 a Declaração de Bens do Gestor, cumprindo-se o artigo 11 da Resolução TCM nº 1060/05.

10.7. – TRANSMISSÃO DE GOVERNO – Resolução TCM nº 1.270/08

Foi anexado às fls. 247 a 263 o Relatório Conclusivo da Comissão de Transmissão de Governo.

11 - DAS MULTAS E RESSARCIMENTOS PENDENTES

22

Os autos registram pendências concernentes ao não recolhimento de cominações impostas a Agentes Políticos do município em decisões transitadas em julgado nesta Corte - multas ou ressarcimentos. A defesa final colaciona comprovantes de quitação das multas consignadas nos processos TCM números 11.009/07, 65.616/10, 8.004/10, 7.092/10, 65.615/10, 65.612/10, 65.619/10, 65.613/10, 65.617/10, 3.872/11, 7.816/11, 69.022/12, 65.905/11, 65.620/10, 65.856/11, 65.855/11, 7.155/12, 69.957/12, 65.050/08, 65.768/08, 7.694/09, 8.005/10 e 4.466/06, bem assim cópias das inicias de Ações de Execução Fiscal relativas aos processos TCM números 5.549/00, 13.889/01, 6.191/05, 65.164/07, 65.166/07, 66.082/05, 65.126/06, 11.196/06, 65.121/07, 65.122/07, 65.991/06, 65.123/07, 7.637/07, 65.057/07, 65.734/05, 9.951/07, 65.845/07, 65.142/07, 65.049/08, 3.024/07, 65.771/08, 65.767/08, 65.064/09, 11.004/08, 65.776/08, 9.946/07, 65.763/08, 65.774/08, 10.078/08, 4.617/07, 65.765/08, 65.244/06, 6.553/08, 65.772/08, 7.695/09, 65.743/09, 65.752/09, 65.738/09, 65.716/06, 65.654/06, 65.068/07, 65.543/07, 65.539/07, 65.749/06, 65.542/07, 6.554/08, 65.762/08, 65.768/08, 65.737/09, 65.853/11, 7.815/11, 5.544/97, 5.549/00, 46.489/03, 5.892/99, 13.170/05 e 8.488/08. Dita documentação - DOCs 17 a 44 - foi desanexada e remetida às verificações e registros da Unidade técnica competente. Declara a Relatoria ser procedente a argumentação apresentada na defesa final acerca da inexistência de multa no processo TCM nº 65.618/10, em face de haver sido provido Pedido de Reconsideração interposto, conforme verificações efetivadas pela Relatoria no sistema de controle informatizado. O Gestor, ademais, remete cópias de iniciais de Ações Declaratórias de Nulidade de Ato Jurídico, impetradas em relação a determinações do TCM referentes aos ressarcimentos impostos nos processos TCM nºs 69.022/12 e 7.155/12, remetidas à douta Assessoria Jurídica. Permanecendo pendentes de recolhimento, em prejuízo ao erário municipal,as cominações a seguir listadas:

MULTAS

Processo Multado Cargo Venc. Valor R$ 65164-07 MILTON JOSÉ

FONSECA BORGESPREFEITO 09/05/2008 500,00

65166-07 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

Prefeito 08/05/2008 500,00

65654-06 ANTONIO WASHINGTON DE OLIVEIRA

Presidente da Câmara

26/06/2008 1.000,00

65068-07 ANTONIO WASHINGTON DE OLIVEIRA

Presidente da Câmara

10/07/2008 5.000,00

65543-07 ANTÔNIO WASHINGTON DE OLIVEIRA

Presidente da Câmara

16/07/2008 2.000,00

23

66082-05 MILTON JOSE FONSECA BORGES

PREFEITO 03/05/2008 27.400,00

65126-06 MILTON JOSE FONSECA BORGES

Prefeito 21/09/2008 15.000,00

65539-07 ANTÔNIO WASHINGTON DE OLIVEIRA

Presidente 03/05/2008 4.000,00

65749-06 ANTONIO WASHINGTON DE OLIVEIRA

Presidente 30/07/2008 2.000,00

11196-06 MILTON JOSE FONSECA BORGES

PREEITO 03/05/2008 3.000,00

65121-07 MILTON JOSE FONSECA BORGES

PREFEITO 30/07/2008 975,00

65122-07 MILTON JOSE FONSECA BROGES

Prefeito 09/08/2008 950,00

65123-07 MILTON JOSE FONSECA BORGES

Prefeito 09/08/2008 1.180,00

07637-07 MILTON JOSE FONSECA BORGES

Prefeito 30/07/2008 27.400,00

65542-07 ANTONIO WASHINGTON DE OLIVEIRA

Presidente da Câmara

28/04/2008 5.000,00

65057-07 MILTON JOSE FONSECA BORGES

Prefeito 20/06/2008 29.000,00

65734-05 MILTON JOSE FONSECA BORGES

Prefeito 21/06/2008 20.000,00

09951-07 MILTON JOSE FONSECA BORGES

Prefeito 26/06/2008 5.000,00

65845-07 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

Prefeito 20/09/2008 800,00

65142-07 MILTON JOSE FONSECA BORGES

Prefeito 06/10/2008 1.000,00

65049-08 MOISÉ ALVES MATOS EX-PREFEITO 27/06/2009 2.500,0003024-07 MILTON JOSÉ

FONSECA BORGESPREFEITOI 22/01/2009 29.000,00

06554-08 ANTONIO WASHINGTON DE OLIVEIRA

Presidente da Câmara

10/01/2009 10.000,00

06554-08 MANOEL NEGINO CRUZ

Presidente da Câmara

10/01/2009 10.000,00

24

65771-08 MOISES ALVES MATOS

Ex-Prefeito 12/05/2009 10.000,00

65767-08 MILTON JOSE FONSECA BORGES

Ex-Prefeito 12/05/2009 10.000,00

65762-08 ANTÔNIO WASHINGTON DE OLIVEIRA

Presidente da Câmara

04/05/2009 5.000,00

65064-09 MOISÉS ALVES MATOS

EX-PREFEITO 17/05/2009 5.000,00

11004-08 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

Ex-Prefeito 24/05/2009 700,00

65776-08 MOISÉS ALVES MATOS

EX-PREFEITO 01/06/2009 2.000,00

09946-07 MILTON JOSE FONSECA BORGES

EX-PREFEITO 20/06/2009 20.000,00

65763-08 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

Prefeito 15/06/2009 15.000,00

65763-08 MOISÉS ALVES MATOS

Prefeito 15/06/2009 15.000,00

65774-08 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

Ex-Prefeito Municipal

20/06/2009 15.000,00

10078-08 MILTON JOSE FONSECA

ex-PREFEITO 01/08/2009 2.000,00

04617-07 MILTON JOSÉ FONSECA BBORGES

PREFEITO 01/08/2009 2.000,00

65765-08 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

ex-Prefeito 22/08/2009 8.000,00

65765-08 MOISÉS ALVES MATOS

ex-Prefeito 22/08/2009 4.000,00

65244-06 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

Ex-Prefeito 19/09/2009 30.852,00

06553-08 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

Prefeito 11/09/2009 15.000,00

06553-08 MOISÉS ALVES DE MATOS

Prefeito 11/09/2009 15.000,00

65772-08 MILTON JOSÉ BORGES FONSECA

ex-Prefeito 01/08/2009 800,00

65772-08 MOISÉS ALVES MATOS

ex-Prefeito 01/08/2009 3.000,00

07695-09 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

ex-Prefeito 08/04/2010 5.000,00

25

07695-09 MOISÉS ALVES MATOS

ex-Prefeito 08/04/2010 3.500,00

65743-09 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES E MOISÉS ALVES DE MATOS

PREFEITOS 17/07/2010 2.500,00

65737-09 MANOEL NEGINO CRUZ

EX-PRESIDENTE

26/10/2010 8.000,00

65752-09 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

ex-Prefeito 24/04/2010 15.000,00

65752-09 MOISÉS ALVES DE MATO

ex-Prefeito 17/10/2010 5.000,00

65752-09 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

ex-Prefeito 17/10/2010 15.000,00

65738-09 MILTON JOSÉ FONSECA BORGES

ex-Prefeito 04/12/2010 2.000,00

65738-09 MOISÉS ALVES DE MATOS

ex-Prefeito 04/12/2010 2.000,00

65768-07 MOISES ALVES DE MATOS

VICE PREFEITO

22/06/2011 15.000,00

65853-11 AGRIPINO BOTELHO BARRETO

EX-PRESIDENTE

30/01/2012 500,00

07815-11 AGRIPINO BOTELHO BARRETO

Presidente da Câmara

06/02/2012 5.000,00

RESSARCIMENTOS

Processo Responsável(eis) Cargo Venc Valor R$65741-09 JOSE DOS

SANTOS SARY ELDIN

EX-PRESIDENTE

18/06/2010 11.760,00

Comprova o reclamo, quanto a multa imputada ao Gestor no Termo de Ocorrência nº 65.618-10, no valor de R$3.000,00 (três mil reais), que quando do julgamento do respectivo Pedido de Reconsideração restou eliminada a referida multa. Destarte, determina-se à CCE que promova a sua exclusão no sistema de multas da Corte.

Tomando em consideração que:

a) tem o município obrigação de promover a cobrança, inclusive judicial, dos débitos impostos pelo TCM aos Agentes Políticos, caso não

26

recolhidos voluntariamente, circunstância em que geram créditos públicos executáveis judicialmente, denominados Dívida Ativa Não Tributária;b) as decisões das Cortes de Contas impositivas de apenação de multas, ou de ressarcimentos, a agentes públicos, têm eficácia de título executivo extrajudicial, na forma do disposto nos artigos 71, § 3º e 91, § 1º das Cartas Federal e Estadual, respectivamente;c) é, portanto, dever do Prefeito a cobrança dos débitos, sob pena de responsabilidade;d) o Gestor das presentes contas é Prefeito Municipal de Mucuri, desde o exercício financeiro de 2009;e) o instituto da prescrição não alcança os ressarcimentos;d) a omissão aqui constatada, caracterizando o cometimento de ato de improbidade administrativa, impõe a formulação de representação junto à Procuradoria Geral da Justiça, com vistas à aplicação da Lei nº 8.429/1992, com o objetivo, também, de recuperar os recursos do erário, devidamente corrigidos, recomenda-se a formulação da referida representação, conforme abaixo.

Ademais, que adote o Gestor imediatas providências de cobrança, sob pena do comprometimento de contas futuras.

12 – DAS DENÚNCIAS E TERMOS DE OCORRÊNCIA

12.1 – EM TRAMITAÇÃO

Registre-se a tramitação, em separado, dos processos de denúncia TCM nºs 69.955/12, 72.803/13, 72.804/13, 72.805/13, 72.806/13 e 72.807/13, cujos méritos não foram aqui considerados, pelo que ficam ressalvadas eventuais providências decorrentes da apuração dos fatos neles contidos.

12.2 – DECISÕES ANEXADAS AOS AUTOS

Às fls. 457 a 465 dos autos acha-se colacionada decisão adotada em Termo de Ocorrência - processo TCM nº 69.956/12, decorrente de voto prolatado pelo Relator das presentes contas, pela procedência parcial, com aplicação de multa ao Gestor, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais).

13 – CONCLUSÃO

Vistos, detidamente analisados e relatados, respeitados que foram os direitos consagrados no inciso LV do artigo 5º da Constituição da República em todas as fases processuais, consideradas as irregularidades e ilegalidades aqui apontadas e detalhadas nos pronunciamentos técnicos, reveladoras de agressão a normas constitucionais e contidas nas Leis de Responsabilidade Fiscal, Federais nºs 8.666/93 e 4.320/64, Resoluções e Instruções desta Corte, com fulcro no art. 40, inciso III, alíneas “a ” e “b” e respectivo parágrafo único, todos da Lei Complementar Estadual nº 06/91, combinados com as disposições da Resolução TCM nº 222/92*, votamos pela rejeição, porque irregulares, das contas do exercício financeiro de 2012 da Prefeitura de 27

Mucuri, constantes do processo TCM nº 8.936/13, da responsabilidade do Sr. Paulo Alexandre Matos Griffo, a quem são aplicadas multas nos valores de R$15.000,00 (quinze mil reais) e R$54.180,00 (cinquenta e quatro mil cento e oitenta reais), a primeira com respaldo nos incisos I, II e VII do artigo 71 da mesma Lei Complementar citada e, a segunda, correspondente ao percentual de 30% (trinta por cento) dos subsídios anuais respectivos, com lastro no disposto no § 1º do artigo 5º da Lei nº 10.028/2000, a serem recolhidas ao erário municipal, com recursos pessoais do Gestor, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da edição do Parecer Prévio, na forma da Resolução TCM nº 1.124/05, devendo ser emitida a competente Deliberação de Imputação de Débito, da qual deverá constar, ademais, o ressarcimento ao erário municipal da quantia de R$113.158,10 (cento e treze mil cento e cinquenta e oito reais e dez centavos), relativa a multas e juros por atraso no cumprimento de obrigações, a ser efetivado no prazo definido no item 5 deste pronunciamento.

A liberação da responsabilidade do Gestor fica condicionada ao cumprimento do quanto aqui determinado.

Recomenda-se a adoção, pela SGE da Corte, das seguintes providências:

− Autuação, em apartado, para autônoma tramitação, da documentação - Doc. 15, contido em pastas tipo “AZ” nºs 03, 04, 05, 06 e 07, concernente a prestações de contas de Entidades Civis, com remessa à competente Coordenadoria de Controle Externo, na forma explicitada no item 10.3 deste pronunciamento.

Ciência aos interessados e à CCE.

À vista do disposto no artigo 76, inciso I, alínea “d” da Lei Complementar Estadual nº 005/91, formule-se representação ao douto Ministério Público Estadual, através da competente Assessoria Jurídica deste Tribunal.

SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, em 11 de março de 2014.

Cons. Paulo Maracajá PereiraPresidente

Cons. José Alfredo Rocha Dias Relator

Este documento foi assinado digitalmente conforme orienta a resolução TCM nº01300-11. Para verificar a autenticidade deste parecer, consulte o Sistema de Acompanhamento de Contas ou o site do TCM na Internet em www.tcm.ba.gov.br e acesse o formato digital assinado eletronicamente.

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