publicação mulheres

27
Enfrentar a violência Construir a autonomia Garantir direitos Estado do Rio Grande do Sul Assembleia Legislativa MULHERES

Upload: ana-affonso

Post on 09-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Gabinete da Deputada Estadual Ana Affonso

TRANSCRIPT

Page 1: Publicação Mulheres

Enfrentar a violênciaConstruir a autonomiaGarantir direitos

Estado do Rio Grande do SulAssembleia Legislativa

MULHERES

Page 2: Publicação Mulheres

Esta é uma publicação do mandato da Deputada Estadual Ana Affonso - PT/RSJornalista responsável: Gilmar Eitelwein - MTB 5109 | Chefe de Gabinete: Adriano Pires de Almeida | Colaboração: Sandro Della Mea e Ane CruzDiagramação: Help! Agência de Comunicação | Impressão: Corag/RS - Tiragem: 5.000Fotos: Gilmar Eitelwein, Ane Cruz, Arquivo pessoal, Palácio Piratini e Assembleia Legislativa do RSAssembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul | Praça Marechal Deodoro, 101 - POA/RS - CEP 90010-300 | Fone: (51) 3210-2490e-mail: [email protected] | www.anaaffonso.com.br dep.ana.affonso @dep_anaaffonso

ÍNDICE

3

Enfrentar a violência, construir a autonomia, garantir direitos 5

A importância das políticas de Estado 9

Mais proteção para as mulheres 7

Roteiro e cronologia de lutas 11

Mulher, Viver Sem Violência 20

Oportunidades de trabalho, acesso à educação e saúde 22

Para denunciar e garantir segurança 24

Rede de atendimento e informação no RS 26

Relatório da CPMI aponta mudanças para Estados 16

EXPEDIENTE

Page 3: Publicação Mulheres
Page 4: Publicação Mulheres

Enfrentar a violênciaConstruir a autonomiaGarantir direitos

Uma das principais bandeiras do mandato da deputada Ana Affonso (PT), a criação de políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres, tornou-se prioridade do Governo do Estado. Desde 2011, foram criados diversos programas e estruturas que ampliam os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência – Delegacias e Postos Especializados, Patrulha Maria da Penha, Casas Abrigo, Sala Lilás, Escuta Lilás, serviços estes que compõem a Rede Lilás propriamente dita.

Com o apoio parlamentar e a defesa da política pública feita pela deputada o Estado também ampliou os serviços

de prevenção à violência, com ações articuladas entre secretarias como: Economia Pacificadora nos Territórios da Paz, Cuidado que Eu Preciso, além da criação do Observatório da Violên-cia e dos Comitês Comunitários de Prevenção à Violência Escolar.

Ana Affonso tem lutado na Assem-bleia Legislativa pela ampliação destas políticas, fiscalizando e cobrando nos órgãos do Poder Executivo e Poder Judiciário atendimento mais rápido e eficiente. Ela defende que haja mais rigor na penalização e afastamento dos agressores e mais recursos para a rede de atendimento no Rio Grande do Sul.

5

NOSSA LUTA

Page 5: Publicação Mulheres

6

Sanção das leis

Page 6: Publicação Mulheres

Além de defender e participar da criação de políticas públicas de Estado, que ampliem e consolidem os direitos femininos, a deputada é autora de duas leis, aprovadas por unanimidade pela Assembleia Legislativa e sancionadas pelo Governo em novembro de 2013.

A Lei 14.352/2013 cria a Política Estadual de Atendimento Integrado às Mulheres Vítimas de Violência Sexual. Ela estabe-lece diretrizes e ações simultâneas, humaniza e define fluxos de atendimento nas áreas pericial, psicossocial e clínica, incluindo anticoncepção de emergência, profilaxia de doenças sexual-mente transmissíveis, orientações e procedimentos de interrupção da gravidez decorrentes da violência. O objetivo é evitar que a vítima, em momento de vulnerabilidade emocional, tenha que peregrinar pelas diversas unidades de atendimento policial e de saúde para procedimento e registro do caso.

A Lei 14.353/2013 cria o Sistema Integrado de Informações – Observa Mulher/RS. Ela promove a articulação e integração de dados e ações entre os órgãos públicos, da sociedade civil e dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo que atendem a mulher

Mais proteção para as mulheresvítima de violência, especialmente os órgãos de segu-rança, justiça, saúde, assistência social e educação. Visa normatizar os procedimentos, facilitar e agilizar o acesso necessário a um atendimento mais digno e humano. O projeto também institui um Comitê Gestor com a função de coordenar a articulação do sistema de informações.

7

É LEI

Page 7: Publicação Mulheres

8

Page 8: Publicação Mulheres

A importância das políticas de Estado

A promoção de direitos é fundamental para a construção da autonomia das mulheres; e o Rio Grande do Sul, que ocupa o 19º lugar no ‘ranking’ dos estados mais violentos, ingressou com atraso nesta luta. Desde 2006, a partir da criação da Lei Maria da Penha e o lançamento do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, poderia ter firmado convênios e recebido recursos do Governo Federal para a implantação de políticas no setor.

Mas a então governadora, Yeda Crusius, negou-se a assinar o pacto.

Ao assumir o Estado em 2011, o Gover-no do PT criou a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), assinou o Pacto e colocou a eqüidade de gênero nas estratégias centrais da administração. Nacionalmente, desde o Governo Lula, estas ações vinham se tornando referên-cias afirmativas na construção de justiça e igualdade, sobretudo para as mulheres

das classes mais pobres. A Presidenta Dilma Rousseff ampliou e fortaleceu ainda mais estas políticas, consolidando uma nova cultura de relações de gênero e defesa dos direitos das mulheres.

No RS, Ana Affonso colocou sua ação parlamentar a serviço desta política e trabalhou junto ao Governo para ampli-ar a rede de serviços de proteção e consolidar uma nova visão de Estado.

9

Com Iriny Lopes e Márcia Santana, as primeiras secretárias depolíticas para as mulheres dos governos Federal e Estadual.

Page 9: Publicação Mulheres

Com as leis propostas pela deputada, as políticas do Governo tornam-se perma-nentes, independente de quem ocupar o cargo. As medidas servem para fortalecer a Rede Lilás – os dados estatísticos gera-dos pelo Observa-Mulher RS ajudarão no monitoramento da situação e as vítimas de violência sexual terão atendimento mais adequado, rápido e humanizado.

O trabalho em Rede, a informação e o acesso são fundamentais para reduzirmos os índices de violência contra a mulher.

Compromisso

10

Entrega de viaturas para a Rede Lilás (acima)e na assinatura do Pacto de Enfrentamento àViolência Contra a Mulher no RS.

Page 10: Publicação Mulheres

Roteiro e cronologia de lutas

Em seu mandato, Ana Affonso sempre esteve presente na luta que as mulheres vem travando pelo fim da violência domésti-ca e de gênero, por paridade na política e empoderamento.

PIONEIRA – São Leopoldo foi o primeiro município a criar uma Secretar-ia de Políticas para as Mulheres no RS, durante a gestão do ex-prefeito Ary Vanazzi (PT) e da então Presidenta da Câmara de Vereadores, Ana Affonso, em 2009. A experiência foi levada pela parlamentar a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília, em dezembro/2011. Resultado do processo participativo de mais de 200 mil mulheres de todo País, foi também o ponto de partida para a criação de projetos de leis de proteção às mulheres, pela deputada.

11

AÇÕES E CONQUISTAS

Page 11: Publicação Mulheres

HOMENAGENS - Na Sessão Solene da Assembleia Legislativa em homenagem às mulheres, em 7 de março de 2012, Ana Affonso destacou os avanços e desafios para a conquista da igualdade de gênero e o fim da violência. Em março de 2013, ela foi uma das protagonistas da homenagem às mulheres no Parla-mento Gaúcho. Para lembrar o Dia Internacional da Mulher, a deputada falou sobre as políticas de enfrenta-mento à violência, no período do Grande Expediente e lembrou a trajetória da primeira secretária da SPM, Márcia Santana, falecida poucos dias antes. Na Sessão Plenária de 22 de outubro de 2013, a deputa-da homenageou a patrulha Maria da Penha, que completara 1 ano de atividades.

12

Page 12: Publicação Mulheres

MOBILIZAÇÃO E RESULTADOS - A deputada pressionou o Poder Judiciário pela criação de mais Varas Especializadas de Violência Doméstica e Familiar, durante ato realizado em frente ao Palácio da Justiça com a presença de centenas de militantes da causa e familiares de vítimas de violên-cia. O ato foi comemorativo ao sétimo aniversário da Lei Maria da Penha, em agosto de 2013 e pela criação de mais Varas Especializadas de Violên-cia Doméstica e Familiar – hoje existe apenas uma, em Porto Alegre, que acumula mais de 20 mil processos. Ela conversou com o presidente do TJ, Desembargador Marcelo Bandeira Pereira e com a direção do órgão, obtendo garantias de ampliação desse serviço por parte da justiça gaúcha.

13

Em 2013, 92 mulheres foram assassinadas no Rio Grande do Sul; em 2012, foram 102.

Page 13: Publicação Mulheres

14

Page 14: Publicação Mulheres

Em junho de 2013, Ana Affonso já participara de ação semelhante, em conjunto com o movimento feminista, lideranças comunitárias e representantes de órgãos públicos, no centro de Porto Alegre. A manifestação comemorativa ao Dia dos Namo-rados denunciou os altos índices de violência praticados contra as mulheres no Rio Grande do Sul e cobrava mais celeridade do judiciário na análise dos processos e prisão dos agressores. Hoje, o agressor leva em média três anos para ir a julgamento e muitas mulheres, mesmo com medidas de proteção, são mortas neste período.

15

Page 15: Publicação Mulheres

Ana Affonso esteve no Senado Federal, em Brasília, durante o lança-mento do Relatório da CPMI da Violência Doméstica e Familiar, do Congresso Nacional, coordenada pela Senadora Ana Rita (PT/ES), no mês de junho de 2013. Em Agosto, a Presidenta Dilma foi ao Congresso Nacional, recebeu das mãos da sena-dora o documento e se comprometeu pessoalmente com as ações propos-tas pela CPMI.

Alguns projetos encaminhados pela CPMI já foram acolhidos pelo Senado para se tornarem leis. Entre eles: garante o pagamento de benefício temporário pela Previdência Social às vítimas; classifica esse tipo de violên-cia entre os crimes de tortura; prevê atendimento especializado no SUS às vítimas; exige rapidez na análise do pedido de prisão preventiva dos

agressores. Outros três proje-tos importantes serão encaminhados: um que estabelece o ‘femicídio’ como agravante do ‘homicídio’; outro cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; e o que destina parte dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional à manutenção de Casas Abrigo que acolham vítimas de violência doméstica.

Com mais de mil páginas, o relatório apresenta um diagnóstico amplo e inédito da violência de gênero no Brasil e aponta várias recomendações para os estados, na luta pela redução dos índices de violência. Para o RS, são 33 recomendações. Saiba mais sobre o relatório em: www.anarita.com.br

16

DIAGNÓSTICO

Relatório da CPMI aponta mudanças para Estados

Com a Senadora Ana Rita (PT/ES) e a Dep.Federal Jô Moraes(PCdoB/MG).

Page 16: Publicação Mulheres

FRENTE MISTA - O lançamento do Relatório da CPMI no Rio Grande do Sul, em agosto de 2013, contou com a presença da Senadora Ana Rita (PT/ES), movimento feminista, entidades civis, órgãos governamentais e Poder Judiciário responsáveis pela implementação e acompanhamento dos programas e políticas de enfrenta-mento à violência doméstica, familiar e de gênero. No mês de novembro foi criada, na Assembleia Legislativa, a Frente Mista de Acompanhamento das Recomendações da CPMI para o RS. Coordenada por Ana Affonso, a frente já realizou dois encontros e fará um relatório sobre as estruturas existentes e as ações desenvolvidas em todos os órgãos. “Vamos acompanhar uma a uma as 33 recomendações feitas pela CPMI ao Rio Grande do Sul, queremos fortalecer a política em rede entre todos os organismos que têm responsabili-dade com o tema”, explica a deputada.

17

Page 17: Publicação Mulheres

DELEGACIAS ESPECIALIZADAS (DEAMs) - A deputada luta para que sejam criadas mais Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), com atendimento 24 horas, para atender demandas nas principais regiões do estado. Ela defende que o Vale dos Sinos tenha uma, com sede em São Leopoldo. Para ela, é preciso dotar o Estado e os Municípios de estrutura específi-ca. As DEAMs são a porta de entra-da da mulher à proteção e justiça. No RS, hoje, existem delegacias especializadas em Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Gravataí, Ijuí, Lajeado, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre (coordenação), Rio Grande, Santa Cruz, Santa Maria, Santa Rosa, Viamão e Bagé.

FALA COMUNIDADE - Para debater suas propostas pela criação de legislação permanente, de

Estado, para enfrentar a violência contra a mulher, Ana Affonso realizou audiências públicas, participou de conferências e palestras em São Leop-oldo, Novo Hamburgo, Santa Maria, Sapucaia, Cachoeira do Sul, Pontão, Sobradinho, Esteio, Porto Alegre, Tramandaí, Passo Fundo, Ijuí, Araricá, Iraí, Esteio e na Famurs (palestra para prefeitas e vereadoras). Ouviu lideranças políticas e as comunidades, acompanhou as ações da Patrulha Maria da Penha nos Territórios da Paz de Porto Alegre e Canoas.

18

Com gestores públicos de Cachoeira do Sul e durante reunião da Frente da CPMI para o RS.

Page 18: Publicação Mulheres

EDUCAÇÃO E AUTONOMIA - Ana Affonso tem realizado palestras, seminários e audiências públicas, atuando por mais recursos, melhorias na educação e qualidade das estruturas para ajudar a zerar o déficit de vagas em creches e escolas de educação infantil. Autora da Lei 14.050/2012, que institui o dia 12 de outubro como o Dia Estadual de Luta pela Educação Infantil, a deputada frisa que uma política de educação é responsabilidade constitucional dos Municípios, mas também deve contar com o apoio da União, que, através do programa Proinfân-cia, tem a meta de construir nove mil creches em todo o País. Esta é condição básica para que as mulheres possam galgar espaços na afirmação de sua autonomia econômica e financeira. Com o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, a busca por vagas em creches tem se ampliado rapidamente, em especial entre as camadas socioeconômicas mais baixas. Hoje, segundo pesquisas, 45% das mulheres que trabalham não têm ajuda para cuidar dos filhos, e 34% afirmam que encontrar vaga em creche é a principal dificuldade para quem trabalha.

VITÓRIA – Após mais de um ano de tramitação, mobilização e pressão da socie-dade, dois Projetos de Lei de autoria da deputa-da criando políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher foram aprovados pela Assembleia e sancionados pelo Governo do Estado, tornando-se leis. A queda nos índices de violência doméstica e familiar, anunciadas pelo Estado no final de 2013, é reflexo direto desta luta e da constituição de uma eficiente Rede de Atendimento no RS. O Poder Judiciário também deverá melhorar seus serviços: em novembro de 2013, remeteu ao Legislativo Estadual o PL 313/2013, criando Juizados de Violência Doméstica nas Comarcas de Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Canoas, Novo Hamburgo, Rio Grande e São Leopoldo.

19

Page 19: Publicação Mulheres

Mulher, Viver Sem ViolênciaA deputada representou a Assem-

bleia Legislativa no ato de adesão do Governo do Estado ao programa federal Mulher, Viver Sem Violência, em setembro de 2013. Na ocasião, com a presença da Ministra Eleonora Menic-ucci, o Governo assinou decreto crian-do o Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres do Campo e da Floresta e recebeu a doação de duas unidades móveis para atendimento às mulheres em situação de violência em áreas rurais. O Estado também cedeu terreno para a construção da Casa da Mulher Brasilei-ra, no espaço do Centro Vida, zona norte da capital. O Governo Federal investe R$ 305 milhões no programa em todo o País. A Casa integrará serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e orientação para trabalho, emprego e renda.

20

AÇÕES E PROGRAMAS

Com mulheres campesinas no Palácio Piratini, no lançamento do programa Mulher Viver semViolência.

Page 20: Publicação Mulheres

REDE LILÁS - No mês de agosto de 2013, Ana Affonso participou da entrega de veícu-los a 20 municípios gaúchos, para a estru-turação da Rede Lilás. A Rede vem sendo constituída no RS pelas secretarias das Mulheres (SPM) e da Segurança (SSP), para fortalecer os organismos municipais no enfrentamento à violência. No início do ano, a parlamentar esteve em Sapiranga, na assinatura do Protocolo de Intenções para a criação de uma Casa Abrigo Regional. O local terá capacidade para acolher até 20 mulheres e seus filhos e atenderá demandas dos municípios de São Leopoldo, Esteio, Sapucaia, Novo Hamburgo E Sapiranga.

EDUCAÇÃO E OPORTUNIDADES - Em dezembro de 2012, Ana Affonso participou da formatura de 40 mulheres nos cursos de artesanato e manicure, dentro do Projeto Mulher Contemporânea, em Novo Hambur-go. Com apoio do Governo do Estado, o programa inclui orientações sobre cidadania e qualificação para a geração de trabalho e

renda. “Ações que ajudam a resgatar a auto estima, que contribuem para que elas possam aprender uma profissão, construir uma identidade e até mesmo protagonis-mo político”, lembra a deputada. “Uma mulher instruída retoma seu papel na socie-dade com uma noção diferente sobre seus espaços e direitos”.

OBSERVATÓRIO - A deputada prestigiou o lançamento do Observatório da Violên-cia Contra a Mulher, na Secretaria de Estado da Segurança, em Outubro de 2013. O programa do Governo Gaúcho é inédito no Brasil e vai trabalhar com pesqui-sa e diagnóstico com recorte de gênero para auxiliar na política de enfrentamento a violência. O Observatório vai registrar e monitorar os dados de violência, analisan-do cada ocorrência policial em que as mulheres são vítimas.

21

Com mulheres do Programa de Cidadania e Qualificação na Vila Pinto (Porto Alegre)e no lançamento do Observatório da Violência, na SSP.

Page 21: Publicação Mulheres

Oportunidades de trabalho, acesso à educação e saúdeForam criados diversos programas e ações, pelo Governo do Estado, focados na prevenção à violência contra a mulher. A deputada

Ana Affonso destaca as iniciativas, participa e promove essas políticas.

1-Economia pacificadora nos Territórios da Paz – Ferramenta do Programa Gaúcho de Micro-crédito em parceria com o Banri-sul. Oferece crédito e incentivos financeiros aos moradores para potencializar a atividade comercial.

2-Cuidado que Eu Preciso – Iniciativa conjunta das secretarias da Justiça e Direitos Humanos e da Saúde, amplia e qualifica a rede de atendimento pelo SUS para quem faz uso problemático de substâncias psicoa-tivas.

3-Construindo Autonomia RS – Programa criado pelo Governo Tarso para ajudar as mulheres a se tornarem economicamente independente de seus parceiros. Capaci-tação profissional para o mundo do trabalho. Fortalecer a autonomia feminina é fator fundamental para o rompimento da violência nas relações domésticas e em qualquer outra esfera da sociedade.

MAIS•Fortalecimento de Organizações de

Mulheres Trabalhadores Rurais (ação com o MDA).

•Incentivo ao ingresso no Pronatec (das 40 mil vagas oferecidas em 2012, 70% foram preenchidas por mulheres).

•Apoio às mulheres privadas de liberdade, através da Escola de Serviços Penitenciários da SUSEPE.

•Fortalecimento dos organismos de políticas para as mulheres. O Governo Tarso reativou o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e, através da SPM, articulou a criação de 11 novos conselhos municipais. •Mobilização de mais de 12 mil mulheres

em conferências regionais e municipais. Realização da IV Conferência Estadual e participação na III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília.

•Criação da primeira Delegacia Penitenciária da Mulher no Brasil, em 2011, junto à SUSEPE.

•Implantação do Programa de Capaci-tação em Políticas para as Mulheres, em parceria com a Escola de Governo da FDRH.

•Realização de oficinas, seminários, fóruns e atividades de formação abrangen-do 5.860 agentes públicos em diferentes setores.

Em janeiro de 2014, o Rio Grande do Sul foi o vencedor do prêmio internacional GovernArte: A Arte do Bom Governo, concedido pelo Banco Interamericano de Desenvolvi-mento (BID). A Rede de Atendimento da Segurança Pública para o Enfren-tamento à Violência Doméstica e Familiar foi contemplada na catego-ria Governo Seguro: Prevenir o Crime e a Violência.

22

PREVENÇÃO

Page 22: Publicação Mulheres

Violência é cultural•Dados da Promotoria de Justiça

de Porto Alegre comprovam que 80% dos casos de violência contra a mulher e meninas têm origem em casa, geralmente nos finais de semana, por parte do marido, ex-marido ou companheiro, namora-do ou parente próximo. Para a promotor David Machado, a cultura machista está na raiz do problema. “É preciso incentivar uma cultura de igualdade”, resume ele, que critica, também, a violência presente em novelas de TV.

•Dados da ONU apontam a violên-cia doméstica como uma das formas mais insidiosas de agressão às mulheres. A violência contra a mulher representa a principal causa de lesões em mulheres entre 15 e 44 anos no mundo e compromete 14,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da América

Latina, aproximadamente U$ 170 bilhões.

•No Brasil, a violência doméstica custa 10,5% do PIB. O SUS atende 2,5 mais mulheres vítimas desse tipo de violência do que homens. Segundo

dados do Ministério da Saúde, as agressões contra mulheres no Brasil causaram aos cofres públicos, em 2011, um gasto de R$ 5,3 milhões somente com internações de 5.496 mulheres no RS, em 2012, foram 102 “femidícios”.

23

Audiência Pública na Câmara de Vereadores de São Leopoldo

Page 23: Publicação Mulheres

Para denunciar e garantir segurança

Dirigir-se até uma Delegacia da Mulher (DEAM) ou Delegacia de Polícia mais próxi-ma para o registro do Boletim de Ocorrên-cia (BO). Toda mulher tem direito a atendi-mento adequado e humanizado. Não deve aceitar coações, piadinhas, atendimento inadequado ou qualquer outra atitude de caráter preconceituoso por parte dos responsáveis pelos órgãos públicos. INFORME-SE, LUTE POR SEUS DIREITOS, DENUNCIE.

A polícia faz o BO, apura as informações

e provas necessárias ao inquérito policial e envia ao Ministério Público (MP) ou Juiza-do. O MP apresenta a denúncia à justiça e a Defensoria Pública defende gratuita-mente a mulher. O juizado julga o caso e determina as medidas de proteção e execução da sentença.

Os hospitais públicos devem atender a vítima e garantir o acesso aos serviços de contracepção de emergência, controle da AIDS e aborto legal.

Relate o ocorrido

Não silencie!

*Ligue para o 180 (Central Nacional de Atendimento à Mulher 24h)

ou para o Telefone Lilás, no Centro de Referência da Mulher do RS - 0800 541 -0803. É uma Central de Apoio gratuito, onde o fim da violência começa com uma ligação.

O Governo do Estado e a deputada Ana Affonso estão ao lado das mulheres nesta luta e nas garantias por justiça. Para nós, promover a igualdade faz a diferença.

24

PRIMEIROS PASSOS

1

2

3

Formatura de Promotoras Legais Populares,em Porto Alegre (2013).

Page 24: Publicação Mulheres

Serviços disponibilizados pelo Estado

CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER – Uma Central de Atendimento da Secre-taria de Políticas para as Mulheres (SPM) do RS. O Centro de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado (CRM), na capital, coordena as ações no estado e mantém o Escuta Lilás (fone O800 541 0803). Em 2012, foram mais de dois mil atendimen-tos realizados. Neste período, a SPM capacitou mais de cinco mil agendes multiplicadores para o enfrentamento à violência doméstica e familiar. Em 2013, o CRM da capital foi reestruturado e ampliado.

SALA LILÁS - Inaugurada em setembro de 2012, a Sala Lilás funciona no Instituto Geral de Perícias (IGP). É um espaço de acolhimento privativ e seguro às mulheres vítimas, que aguardam o atendimento da

perícia clínica (exame de corpo de delito), da perícia psíquica e do serviço psicossocial. Funciona no 1º andar do Departamento Médico Legal (DML), em Porto Alegre.

PATRULHA MARIA DA PENHA – Serviço de vigilância humanizado realizado pela Brigada Militar, criado em outubro de 2012. A ronda, feita por uma viatura identificada com a Rede Lilás RS serve para prevenir conflitos que possam levar à morte de mulheres em situação de vulnerabilidade social. A patrulha faz rondas nos quatro Territórios da Paz de Porto Alegre, já atua em outros sete municípios e deverá ser estendida para outras cidades mais populosas.

DELEGACIAS ESPECIALIZADAS (DEAMs) – Em 2011, o Governo do

Estado criou a Coordenadoria das Delegacias Especializadas de Atendi-mento à Mulher (DEAMs) e Postos de Atendimento à Mulher, para gerenciar a qualidade de atendimento nos 36 órgãos especializados da Polícia Civil. Isso fez aumentar o número de inquéri-tos policiais contra os agressores. Hoje, nos 20 municípios mais violentos, 18 tem DEAMs.

25

Page 25: Publicação Mulheres

Rede de atendimento e informação no RS*

•Casas-abrigo ou de Acolhimento – Lugar seguro e sigiloso onde as mulheres em risco de vida, incluindo os filhos, ficam abrigadas por tempo indeterminado. O encaminhamento é feito pelos Centros de Atendimento ou pelas Delegacias Especializadas (DEAMs). As casas existem em 12 cidades.

•Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres (DEAMs) – Locais onde a mulher pode fazer Boletim de Ocorrência (BO) e solicitar medidas de proteção. Existem 18 DEAMs, em todas as regiões no estado.

•Centros de Referência de Atendi-mento às Mulheres (CRAM) – Prestam acolhida, atendimento psicológico e social e orientação jurídica. Existem 19

centros no estado, coordenados pelo de Porto Alegre (onde funciona o Escuta Lilás).

•Postos/Núcleos/Seções de Atendi-mento à Mulher – Funcionam em 33 cidades, junto à delegacias comuns.

•Conselho Nacional, estaduais e municipais de direitos da mulher – Espaços públicos, de controle social. 49 municípios gaúchos possuem conselhos.

•Secretaria de Políticas para as Mulheres no RS (SPM) – Criada em 2011 pelo Governo Tarso Genro. Contato pelo fone: 51 3288.6739/6735.

Email: [email protected]

*Encontre contatos, telefones e endereços da Rede de Serviços e Atendimento na Cartilha Maria da Penha (publicação da comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assem-bleia Legislativa), no site www.al.rs.gov.br/biblioteca ou no blog da deputada:

www.anaaffonso.com.br

Ou ligue para os telefones a seguir e solicite informações.

*Disque-denúncia 180Central Nacional de Atendimento à

Mulher 24h

*Escuta Lilás – 0800 541 0803 (gratuito) ou (51) 3228.5453 Centro de Referência da Mulher

26

APOIO

Page 26: Publicação Mulheres

Desde 2006, com a implementação da Lei Maria da Penha, a violência contra a mulher no âmbito doméstico e familiar é crime. E esta violência se manifesta em cinco formas: física, moral, psicológica, patrimonial e sexual.

Desde 2011, o Rio Grande do Sul tem uma secretaria especial para cuidar do tema, vem aumentando os recursos para a prevenção e o atendimento e o Governo Tarso Genro colocou o enfrentamento à violência contra a mulher no centro de suas atenções.

A deputada Ana Affonso é autora de duas leis que criam uma política de Estado para enfrentar esta causa, ampliar e melhorar as estruturas e agilizar o atendi-mento às vítimas de violência. “Porém, há muito ainda a fazer na questão da luta pela autonomia econômica e financeira das mulheres”, diz a parlamentar. “Elas precisam mais acesso ao mundo do trabalho formal pois os avanços que houveram estão ainda vinculados à informalidade”.

Não esqueça!Em 2012, segundo dados do Diesse,

57,8% dos desocupados era de mulheres. Ainda segundo dados do Diesse, 60,2% do total das ocupadas estavam no setor de serviços. A autonomia das mulheres é um elemento fundamental para o rompimento da violência nas relações de gênero.

Mulheres no poderA presença e participação das mulheres

nos espaços públicos de poder é uma luta defendida pelo Partido dos Trabalhadores há mais de duas décadas. Em 1991, o PT foi pioneiro em estabelecer a cota mínima de 30% para a participação de mulheres nos cargos públicos eletivos. Em 2011, o partido aprovou a paridade entre mulheres e homens para cargos de direção, delegações, comissões e cargos em funções específicas de secretarias.

“A mulher ainda precisa se lançar nos espaços públicos, marcar presença política, protagonizá-la”, costuma lembrar Ana Affonso. Ela que, desde muito cedo,

iniciou sua militância junto aos movimentos sociais. Foi Presidenta do Sindicato dos Professores de São Leopoldo, vereadora por dois mandatos e a primeira mulher a presidir a Câmara Municipal de São Leopoldo. É, também, a primeira repre-sentante feminina das regiões Sinos, Paranhana, Caí e Sapateiro eleita para a Assembleia Legislativa do RS, em 2010.

27

Page 27: Publicação Mulheres

Estado do Rio Grande do SulAssembleia Legislativa