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partir do próprio viver a presença do Reino do Cora- ção de Jesus que inclui, restaura, impulsiona, soli- dariza, perdoa, ama e con- tribui para “a transforma- ção das realidades e para a criação de estruturas justas segundo os critérios do Evangelho” (DA 210). Cada grupo, cada setor, deve estar em sintonia com a sua comunidade eclesial, com o sacerdote, para tes- temunhar o movimento de amor através da disponibi- lidade e serviço aos irmãos e irmãs. Como assessor dos Leigos e Leigas Dehonianos, desejo que a alegria reine no cora- ção de cada um e todos deem o máximo de si para o bom andamento do gru- po no amor e dedicação. Pe. José Luís de Gouvêa, scj Leigos e Leigas Dehonianos “Ecce Venio” é o desejo que invade o coração quan- do experimentamos a força do amor e desejamos ter e viver os mesmos sentimen- tos de Jesus que, por amor ao Pai, entregou-se em favor da humanidade. P. Dehon experimentou esse amor e desejou im- pregnar a sociedade ofere- cendo-se a si mesmo como vítima de amor, ao mesmo tempo em que desejou contribuir para instaurar o Reino do Coração de Jesus nos corações e na socieda- de. Ele dizia: “É necessário que ele reine na sociedade, na família, na legislação, na cultura, nos costumes.” Para essa “instauração”, ao seu redor trabalharam mui- tas pessoas, cativadas por seu ideal. Quantos são lem- brados e quantos permane- ceram no anonimato. Den- tre tantos, aqui lembramos o Sr. Alfredo Santerre. É a história! A nossa história vai se fir- mando e confirmando com a entrega de tantos ho- mens e mulheres que expe- rimentam o ideal de P. De- hon e se apaixonam por esse jeito de ser. Assim, olham para o Coração de Jesus e, a partir dele, dese- jam contribuir para reparar o rosto dos irmãos e irmãs desfigurados pela maldade. Leigos e leigas dehonianos procuram encarnar no seu próprio ambiente os valo- res tão caros a P. Dehon. Desejam viver a disponibili- dade de Jesus no seu espa- ço de vida, anunciando a Mensagem inicial Ecce Venio Nesta edição: 01 de Julho de 2011 Publicação Mensal - Ano 01 - n. 02 PROVÍNCIA BSP DEHONIANOS O REINO DO CORAÇÃO DE JESUS NAS ALMAS E NA SOCIEDADE. 2 LEIGOS DEHONIANOS 2 ALFREDO SANTERRE, PRE- CURSOR DOS LEIGOS DEHO- NIANOS3 FOTOS 4 DATAS IMPORTANTES 4 nal ao Pai e um amor solidá- rio aos homens e mulheres de todos os tempos. Os leigos e leigas dehonia- nos são convidados a confi- gurarem o seu ser e viver ao “Ecce Venio” de Jesus, a exemplo de P. Dehon. Um convite ao amor, uma entrega por amor, uma vida de amor: “Ecce Venio!” Leigos Dehonianos “Ecce Venio” é a expressão que significa “eis que ve- nho” encontrada no Salmo 40, 7-9. A Carta aos He- breus se utiliza do Salmo e o atribui a Jesus, pois Ele ofereceu-se uma vez por todas ao Pai em favor da humanidade. Sua vida, des- de a encarnação, foi uma entrega constante, um sacri- fício perfeito, um elo entre o “divino e o humano”. Por isso, podemos dizer que o “Ecce Venio” de Jesus é entrega total, disponibilida- de oblativa que vai até às últimas consequências na cruz. É atitude de quem se oferece inteiramente por amor. Um amor incondicio-

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Page 1: Publicação ld 2

partir do próprio viver a presença do Reino do Cora-ção de Jesus que inclui, restaura, impulsiona, soli-dariza, perdoa, ama e con-tribui para “a transforma-ção das realidades e para a criação de estruturas justas segundo os critérios do Evangelho” (DA 210). Cada grupo, cada setor, deve estar em sintonia com a sua comunidade eclesial, com o sacerdote, para tes-temunhar o movimento de amor através da disponibi-lidade e serviço aos irmãos e irmãs. Como assessor dos Leigos e Leigas Dehonianos, desejo que a alegria reine no cora-ção de cada um e todos deem o máximo de si para o bom andamento do gru-po no amor e dedicação.

Pe. José Luís de Gouvêa, scj

Leigos e Leigas Dehonianos “Ecce Venio” é o desejo que invade o coração quan-do experimentamos a força do amor e desejamos ter e viver os mesmos sentimen-tos de Jesus que, por amor ao Pai, entregou-se em favor da humanidade. P. Dehon experimentou esse amor e desejou im-pregnar a sociedade ofere-cendo-se a si mesmo como vítima de amor, ao mesmo tempo em que desejou contribuir para instaurar o Reino do Coração de Jesus nos corações e na socieda-de. Ele dizia: “É necessário que ele reine na sociedade, na família, na legislação, na cultura, nos costumes.” Para essa “instauração”, ao seu redor trabalharam mui-

tas pessoas, cativadas por seu ideal. Quantos são lem-brados e quantos permane-ceram no anonimato. Den-tre tantos, aqui lembramos o Sr. Alfredo Santerre. É a história! A nossa história vai se fir-mando e confirmando com a entrega de tantos ho-mens e mulheres que expe-rimentam o ideal de P. De-hon e se apaixonam por esse jeito de ser. Assim, olham para o Coração de Jesus e, a partir dele, dese-jam contribuir para reparar o rosto dos irmãos e irmãs desfigurados pela maldade. Leigos e leigas dehonianos procuram encarnar no seu próprio ambiente os valo-res tão caros a P. Dehon. Desejam viver a disponibili-dade de Jesus no seu espa-ço de vida, anunciando a

Mensagem inicial

Ecce Venio

Nesta edição:

01 de Julho de 2011 P u b l i c a ç ã o M e n s a l - A n o 0 1 - n . 0 2

P R O V Í N C I A B S P D E H O N I A N O S

O REINO DO CORAÇÃO DE

JESUS NAS ALMAS E NA SOCIEDADE.

2

LEIGOS DEHONIANOS 2

ALFREDO SANTERRE, PRE-

CURSOR DOS “LEIGOS DEHO-

NIANOS”

3

FOTOS 4

DATAS IMPORTANTES 4

nal ao Pai e um amor solidá-rio aos homens e mulheres de todos os tempos. Os leigos e leigas dehonia-nos são convidados a confi-gurarem o seu ser e viver ao “Ecce Venio” de Jesus, a exemplo de P. Dehon. Um convite ao amor, uma entrega por amor, uma vida de amor: “Ecce Venio!”

Leigos Dehonianos

“Ecce Venio” é a expressão

que significa “eis que ve-

nho” encontrada no Salmo

40, 7-9. A Carta aos He-

breus se utiliza do Salmo e

o atribui a Jesus, pois Ele

ofereceu-se uma vez por

todas ao Pai em favor da

humanidade. Sua vida, des-

de a encarnação, foi uma

entrega constante, um sacri-fício perfeito, um elo entre o “divino e o humano”. Por isso, podemos dizer que o “Ecce Venio” de Jesus é entrega total, disponibilida-de oblativa que vai até às últimas consequências na cruz. É atitude de quem se oferece inteiramente por amor. Um amor incondicio-

Page 2: Publicação ld 2

“Mas por que falar do Reino do Coração de Jesus? Por que este nome novo? Por que esta doutrina mística? É urgente restabelecer o Reino de Jesus Cristo. É necessário que ele reine na sociedade, na família, na legislação, na cultura, nos costumes. É condição de prosperidade e de paz; é a manifestação da verdade e dos direitos de Deus. É preciso que o culto ao Coração de Jesus, iniciando na vida mística das almas, possa penetrar na vida soci-al dos povos. Ele trará o verdadeiro remédio aos grandes males do nosso mundo moral: a apostasia da fé, o laxismo, o ódio e a indiferença, o descompro-misso e o desespero, a in-justiça... Somente o Cora-ção de Jesus pode dar nova-mente à humanidade o a-mor que ela perdeu. Só ele pode reconquistar o cora-ção das massas, o coração dos operários, o coração dos jovens. E essa recon-quista dos corações já é evidente e está presente no

Reino do Coração de Jesus. O Coração de Jesus é capaz de derramar sobre o mun-do as riquezas da graça, que realizam as maravilhas a-nunciadas para a época da total expansão da Igreja. Haverá um só rebanho e um só pastor, é a promessa de Jesus. Deus quer dar ao seu Filho todas as nações como herança, é o anúncio dos profetas. Isso não pode realizar-se senão através de uma superabundância do amor de Cristo, que con-quiste os corações que mai-or resistência lhe fazem. Começa a chegar este dilú-vio de fogo, começa a se expandir: é o Reino do Co-ração de Jesus. Venha já este Reino bendito, este Reino reparador do Coração de Jesus. Nós o invocamos ardentemente como dilúvio de amor, preparado por Maria, e que deve abraçar toda a terra e uni-la a Cristo na mais pura e fecunda ca-ridade.” (P. Dehon, fevereiro de 1889)

Dehon por uma civilização do amor, p.33

“O Reino do Coração de Jesus nas almas e na sociedade”

Página 2

Leigos Dehonianos

“SOMENTE O

CORAÇÃO DE

JESUS PODE DAR

NOVAMENTE À

HUMANIDADE O

AMOR QUE ELA

PERDEU”

“Temos que ser cristãos sociais

que façam reinar Cristo, seja na vida social como na

vida privada.” P. Dehon

“O Leigo Dehoniano tem como tarefa específica a interpretação e a encarna-ção leiga do carisma deho-niano (cf. Cfl 24,56). Ele interpreta o carisma pela participação na fun-ção sacerdotal, profética e régia de Cristo (Cfl, 14). O leigo Dehoniano, anima-do pelo Espírito: - vive “plenamente inserido no mundo”, empenhando no ambiente familiar, pro-fissional e de trabalho, polí-tico e eclesial, consagrando a Deus o mundo como o-blação sacerdotal e sacrifí-cio espiritual (Cfl, 14); - “sente com a Igreja” e partilha a sua paixão pelo Evangelho e o mundo, co-mo profeta do amor e da esperança cristã (Cfl, 14); - promotor de uma via hu-mana e humanizadora, é agente de reconciliação e de solidariedade, atento às condições humanas, em particular de pobreza e de necessidades, tornando Cristo presente nos irmãos (Cfl, 14); - responde assim ao cha-mado à santidade, própria de todo batizado (Cfl, 16), vivendo em união com Cris-to no seu amor e na sua oblação reparadora ao Pai pelos homens (...). O Leigo Dehoniano se em-penha numa séria, progres-siva e constante formação, inicial e permanente, para assimilar e traduzir em es-piritualidade e missão o carisma, no mundo e na cultura de hoje (cf. Cfl, 14).”

Circular SCJ 2002/2, p. 116

Leigo Dehoniano

Publicação da Assessoria dos Leigos Dehonianos

da Província BSP

Diretor responsável: Pe. José Luís de Gouvêa, scj Colaboração:

Leigos Dehonianos E-mail: [email protected] Rua Carolina Santos, 143 - Méier 20720-310 Rio de Janeiro - RJ (21) 2595.5212

Page 3: Publicação ld 2

Alfredo Santerre nasceu em S. Quintino, França, a 30 de Maio de 1832. Com os seus irmãos tinha um armazém de estilo antigo, onde se vendiam alimen-tos a granel e igualmente ervas e remédios caseiros. Não estava preocupado em obter lucro, e vendia tudo a preços módicos. O Pe. Rasset, que escreveu um livro sobre ele, diz: “Às vezes aplaude-se a carida-de de pessoas que enri-queceram à custa de espe-culações". Aqui não encon-tramos nada disso. Trata-se de fazer o bem por meio do trabalho duro e diário, deixando de parte toda a espécie de especulação. Os lucros obtidos com sacrifí-cio iam beneficiar os po-bres.

O Sr. Santerre foi membro fervoroso da Ordem Ter-ceira de S. Francisco. Com este espírito rezava todos os dias a Via-sacra e fazia atos de penitência. Mas a Ordem Terceira não foi para ele simplesmente uma instituição piedosa para a sua santificação pessoal, mas também um meio para fazer apostola-do, para “ir ao povo”. Foi também membro da Conferência de S. Vicente de Paulo. Por isso visitava as famílias pobres. Quando o Pe. Dehon pediu a ajuda desta instituição para o Patronato de “S. José”, foi um dos primeiros que se ofereceu. Durante 25 anos trabalhou nesta obra do Pe. Dehon. No princípio havia vários outros leigos que coopera-vam, mas quando, com o decorrer dos tempos, a situação política se tornou anti-clerical, grande parte da direção acabou por pe-sar sobre ele. Conversava com cada cri-ança que chegava sobre a sua família, perguntando de que viviam, se tinham idosos em casa, doentes, inválidos, se ele e os seus irmãos iam à escola, se tinha ido à Missa domini-cal. Muitos destes dados passavam depois para a Conferência de S. Vicente de Paulo. Criaram-se iniciativas nas oficinas para interessar as crianças na Obra, planifica-ram-se os projetos das pe-regrinações, os trâmites a

ter com cada doente, para conseguir um lugar de tra-balho. Além disso, o Sr. Santerre era o sacristão da capela da Obra. Também cooperava no Círculo Operário em tudo o que podia servir para o seu bom andamento: na banda musical, no teatro, na or-ganização de uma festa e da biblioteca. Ajudava nor-malmente sem se fazer notar. Na sua paróquia, fora ou-tros vários serviços que prestava, foi presidente da Associação da Adoração Noturna. Gostava da ado-ração ao Santíssimo Sacra-mento, especialmente da adoração reparadora por-que acreditava que a Fran-ça esperava grandes casti-gos por causa da sua infi-delidade. Diz o Pe. Rasset: “Esforçava-se nas suas ora-ções por esconjurar os ma-les que temia para a socie-dade; foi na Igreja uma alma reparadora”. Durante os últimos anos da sua vida retirou-se de S. Quintino e mudou-se para Oisy-le-Verger. No dia 01 de outubro de 1901, regressando de uma peregrinação a N. Sra. do Bon-Secours, levando um jovem deficiente às costas, apesar dos seus 68 anos, caiu à beira do caminho e morreu.

Studia dehoniana 33 Egídio Driedonkx scj

Calendário Histórico scj Agenda dehoniana, p. 165

Edições Noviciado Aveiro 2000.

ALFREDO SANTERRE - “PRECURSOR DOS LEIGOS DEHONIANOS”

Página 3

Publicação Mensal - Ano 01 - n. 02

“Quando o Pe. Dehon pediu a ajuda desta institui-ção para o Patronato de “S. José”, foi um dos pri-meiros que se ofereceu”.

“O Senhor A. Santerre

foi aquele que caminhou à frente do nosso

patronato. Este homem teve toda a fidelidade,

todo o zelo de um cão de pastor. Os milhões de

passos que ele fez em favor dos pequenos

e dos pobres

estão escritos no céu.” P. Dehon

“Leigos e leigas: da igreja ao

coração do mundo, do mundo ao

coração da Igreja” DA 209

“O padre e o leigo são o sal da sociedade e a

luz da vida social.” P. Dehon

Page 4: Publicação ld 2

Envie suas notícias: [email protected]

Leigos Dehonianos

P R O V Í N C I A B S P D E H O N I A N O S

Leigos Dehonianos da

Paróquia Sagra-do Coração de

Jesus do Méier - Rio de Janeiro -

RJ

1869-19/07: 1ª Missa de P. Dehon em La Capelle. 1877-13/07: Fundação jurídica dos “Oblatos do Coração de Jesus”.

16-31/07: Retiro espiritual de P. Dehon e elaboração das primeiras Constituições. 31/07: P. Dehon inicia o Noviciado.

1903-12/07: PP. Lux e Fóxius desembarcam no porto de Paranaguá. Depois iniciam o trabalho em Florianópolis. 1906-04/07: A Santa Sé aprova definitivamente a Congregação e as Constituições por dez anos. 1922-18/07: P. Dehon, por indulto da Santa Sé, será Superior Geral até a morte.

Datas a recordar

- Retiro dos Leigos Dehonia-nos em São Paulo na Chácara dos Abarés, nos dias 17 e 18/9. - Projeto de Vida dos Leigos dehonianos...

Vamos aguardar

Datas a celebrar

01/07: Festa do Sagrado Coração de Jesus 02/07: Reunião da Assessoria com a Coordenação Geral dos Leigos Dehonianos, no Méier RJ.

Pela 4ª Assembleia Provincial (religiosos) nos dias 04 a 08/07, no Recanto Sagra-do Coração de Jesus, em Lavras/MG.

Vamos rezar

“Em nosso Setor do Vale do Paraíba, na Residência Teológica, da Congregação dos Padres SCJ, estivemos reunidos em retiro no domingo, 15/05, a presença do Pe. Marcelo Reis, reitor do Conventinho SCJ de Taubaté, diácono Carlos Roberto, frater Carlos e leigos (as) dehonianos

da Paróquia SCJ e N. Sra. Mãe da Igreja. O tema foi “Como deve ser o testemunho do(a) leigo(a) dehoniano através do ca-risma e missão”. O retiro desenvolveu-se dentro do tema, orações, partilha e, no encerramento, a Santa Missa presidida pelo P. Marcelo.

Com certeza foram momentos de grande significado para nós e, creio, sempre produzirá em nossos corações e em nossa comunidades”. Luiz Carlos Cavalheiro - Leigo Dehoniano.

Leigos

Dehonianos da Paróquia do

Sagrado Cora-ção de Jesus e

Nossa Senhora Mãe da Igreja. Taubaté - SP

“No dia 11/06, às 08h, aconteceu o momento de espiritualidade dos leigos dehonianos e Meces da Paróquia SCJ—Méier. O P. José Luís bre-vemente falou sobre Pentecostes, o olhar reparador de P. Dehon e o Coração de Jesus. Por fim, nos convidou a ajudar no trabalho com o jovens universitários. Depois, P. Aloísio falou sobre “Quem é o Espírito Santo?” e, em todos os momentos de nossas vidas devemos invocar o Espírito Santo. Ao término, ele nos pediu que vivêssemos unidos a Cristo.— Às 10h, após o lanche, os leigos dehonianos fizeram a sua reuni-ão onde foram tratados vários assuntos, dentre ele a presença dos leigos no retiro que acontecerá em São Paulo, no mês de setembro. Cerca de 12 leigos se prontificaram em participar do retiro”. Nancy Bayma Salles—Leiga Dehoniana