publicação de maio

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Leigos Dehonianos MENSAGEM INICIAL 01 de Maio de 2012 Publicação Mensal - Ano 01 - n. 12 PROVÍNCIA BSP - DEHONIANOS O DIA A DIA DA REPARAÇÃO 2 PARTIR DE CRISTO 2 LEÃO XIII PUBLI- CA A RERUM NO- VARUM 3 O DOM DA SABE- DORIA 3 FOTOS 4 Nesta Edição “Segundo Padre Dehon, esta devoção começa com o amor de Deus por nós, revelado e simbolizado no coração de Cristo, então, precisamos perguntar qual é nosso papel, nossa parte? A resposta mais simples é: reparação. Numa medita- ção intitulada “O ato carac- terístico da devoção ao Sa- grado Coração é o amor a nosso Senhor”, ele cita o Papa Leão XIII: “Jesus não tem outro desejo senão ver nossas almas ardendo no fogo do mesmo amor que consome seu próprio Cora- ção. Portanto, aproximemo -nos daquele que nos pede somente uma resposta de amor como preço por seu amor”. Ele acrescenta que nosso Senhor não nos pede satisfação pelos danos cau- sados pelo pecado à sua justiça divina, mas pede- nos uma reparação de a- mor que a retribuição do amor pelo amor (OSp, III, 623). É assim que ele en- tende a reparação, no mes- mo sentido em que ele em- prega a palavra latina “redamatio”, a retribuição do amor pelo amor”. [A espiritualidade do coração - P. Paul McGuire (US)] Caros Leigos Dehonianos, Chegamos ao mês de maio, já estamos no número 12 de nossa Publicação, uma opor- tunidade especial de forma- ção está nas mãos de cada um de nós, cabe-nos guardá- la para nós mesmos ou colo- cá-la em comum, vai depen- der do interesse que nutre nosso coração na partilha do que somos e temos. Em nossa Publicação de maio, poderemos ler o arti- go do Pe. Francisco, dehoni- ano da Província BRM, sobre “O dia a dia da Reparação” chamando nossa atenção para descobrirmos como fazer reparação na prática. A coluna “Partir de Cristo” nos diz que Jesus é o missionário do Pai e fechar-se à missão é fechar-se ao Espírito. Também temos a oportuni- dade de ler, dos escritos de Padre Dehon, o comentário sobre Leão XIII e a Rerum Novarum, bem como O Dom da Sabedoria, para que pos- samos beber na fonte do ensinamento de Padre De- hon. Vamos aproveitar... Desejo que o mês de maio, mês de Maria, nos inspire a acolher no coração a Palavra da Vida e a colocá-la em prática, procurando viver o espírito da reparação onde quer que vivamos. Um abraço carinhoso às mães, felicitações pelo sole- ne dia e a oferta de minhas orações. Saudação especial aos traba- lhadores: “O trabalho tem um valor criativo, redentor, libertador, expiatório, pre- ventivo, social e moral”, nos ensina Padre Dehon, pense- mos... Peço que os grupos prepa- rem com amor e dedicação suas reuniões e as realize com alegria. Lembro que a Província BSP realizará o seu Capítulo Pro- vincial, uma reunião muito importante, nos dias 14 a 18 de maio, em Lavras. Pedi- mos a sintonia de todos os Leigos, para que acompa- nhem com suas orações o desenvolvimento do Capítu- lo. Nossa Senhora, Mãe e Mes- tra, nos ajude no seguimen- to de Jesus e, como discípu- los missionários, possamos testemunhar seu amor atra- vés da solidariedade entre nós e com os irmãos e irmãs. Pe. José Luís de Gouvêa O SIGNIFICADO DA PRÁTICA DA REPARAÇÃO

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Page 1: Publicação de Maio

Leigos Dehonianos

MENSAGEM INICIAL

01 de Maio de 2012 P u b l i c a ç ã o M e n s a l - A no 01 - n . 1 2

P R O V Í N C I A B S P - D E H O N I A N O S

O DIA A DIA DA REPARAÇÃO

2

PARTIR DE CRISTO 2

LEÃO XIII PUBLI-

CA A RERUM NO-

VARUM

3

O DOM DA SABE-

DORIA 3

FOTOS 4

Nesta Edição

“Segundo Padre Dehon, esta devoção começa com

o amor de Deus por nós, revelado e simbolizado no coração de Cristo, então, precisamos perguntar qual é nosso papel, nossa parte? A resposta mais simples é: reparação. Numa medita-ção intitulada “O ato carac-terístico da devoção ao Sa-grado Coração é o amor a nosso Senhor”, ele cita o Papa Leão XIII: “Jesus não

tem outro desejo senão ver nossas almas ardendo no fogo do mesmo amor que consome seu próprio Cora-ção. Portanto, aproximemo-nos daquele que nos pede somente uma resposta de amor como preço por seu amor”. Ele acrescenta que nosso Senhor não nos pede satisfação pelos danos cau-sados pelo pecado à sua

justiça divina, mas pede-nos uma reparação de a-mor que a retribuição do amor pelo amor (OSp, III, 623). É assim que ele en-tende a reparação, no mes-mo sentido em que ele em-prega a palavra latina “redamatio”, a retribuição do amor pelo amor”.

[A espiritualidade do coração - P. Paul McGuire (US)]

Caros Leigos Dehonianos, Chegamos ao mês de maio, já estamos no número 12 de nossa Publicação, uma opor-tunidade especial de forma-ção está nas mãos de cada um de nós, cabe-nos guardá-la para nós mesmos ou colo-cá-la em comum, vai depen-der do interesse que nutre nosso coração na partilha do que somos e temos. Em nossa Publicação de maio, poderemos ler o arti-go do Pe. Francisco, dehoni-ano da Província BRM, sobre “O dia a dia da Reparação” chamando nossa atenção para descobrirmos como fazer reparação na prática. A coluna “Partir de Cristo” nos diz que Jesus é o missionário do Pai e fechar-se à missão é fechar-se ao Espírito.

Também temos a oportuni-dade de ler, dos escritos de Padre Dehon, o comentário sobre Leão XIII e a Rerum Novarum, bem como O Dom da Sabedoria, para que pos-samos beber na fonte do ensinamento de Padre De-hon. Vamos aproveitar... Desejo que o mês de maio, mês de Maria, nos inspire a acolher no coração a Palavra da Vida e a colocá-la em prática, procurando viver o espírito da reparação onde quer que vivamos. Um abraço carinhoso às mães, felicitações pelo sole-ne dia e a oferta de minhas orações. Saudação especial aos traba-lhadores: “O trabalho tem um valor criativo, redentor, libertador, expiatório, pre-ventivo, social e moral”, nos

ensina Padre Dehon, pense-mos... Peço que os grupos prepa-rem com amor e dedicação suas reuniões e as realize com alegria. Lembro que a Província BSP realizará o seu Capítulo Pro-vincial, uma reunião muito importante, nos dias 14 a 18 de maio, em Lavras. Pedi-mos a sintonia de todos os Leigos, para que acompa-nhem com suas orações o desenvolvimento do Capítu-lo. Nossa Senhora, Mãe e Mes-tra, nos ajude no seguimen-to de Jesus e, como discípu-los missionários, possamos testemunhar seu amor atra-vés da solidariedade entre nós e com os irmãos e irmãs.

Pe. José Luís de Gouvêa

O SIGNIFICADO DA PRÁTICA DA REPARAÇÃO

Page 2: Publicação de Maio

“Ide pelo mundo inteiro

e anunciai a Boa-Nova a toda criatura” Quem crer e for batizado será salvo!”

(Mc 16,15)

“Jesus Cristo, o grande missionário do Pai, envia, pela força do Espírito, seus discípulos em constante atitude de missão (Mc 16,15). Quem se apaixona por Jesus Cristo deve igualmente transbordar Jesus Cristo, no testemu-nho e no anúncio explícito de sua Pes-soa e Mensagem. A Igreja é indispen-savelmente missionária (DAp. 347). Existe para anunciar, por gestos e pa-lavras, a pessoa e a mensagem de Je-sus Cristo. Fechar-se à dimensão missionária im-plica fechar-se ao Espírito Santo, sem-pre presente, atuante, impulsionador e defensor (Jo 14,16; Mt 10,19-20). Em toda a sua história, a Igreja nunca dei-xou de ser missionária. Em cada tem-po e lugar, esta missão assume pers-pectivas distintas, nunca, porém, deixa de acontecer. Se hoje partilhamos a experiência cristã, é porque alguém nos transmitiu a beleza da fé, apresen-tou-nos Jesus Cristo, acolheu-nos na comunidade eclesial e nos fascinou pelo serviço ao Reino de Deus”.

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015) documento 94,30

Leigos Dehonianos

Página 2

PARTIR DE CRISTO O DIA A DIA DA REPARAÇÃO

Muitas vezes, corremos o risco de fazer belos discursos e nos atrapalhamos um pouco, quando se trata de descer ao dia-a-dia de nossa vida. Mas, vale a pena fazer uma tentativa. Precisamos descobrir como se faz reparação na prática. Três palavras poderiam resumir a prática reparadora, em chave antropocêntrica: solidariedade, comunhão, disponibilidade. João Paulo II define a solidariedade como “determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum, ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque somos todos verdadeiramente responsáveis por todos”. Pela solidariedade, adere-se à causa dos que sofrem; é um compromisso efetivo com o ser humano, diminuído pelo pecado. Participa-se da obra redentora de Cristo. A solidariedade passa a ser, uma forma de reparação, que permite ao ser humano conseguir o seu fim último, dirigir a sua existência e realizar a sua imagem divina presente potencialmente nele. Essa solidariedade com os irmãos passa pela solidariedade com o Cristo, único capaz de realizar a restauração do ser humano. Ser solidário é ser reparador; é

gastar-se pelos outros, pelo bem, pela restauração da imagem de Deus nas pessoas. Reparar é também trabalhar pela comunhão, pela construção da convivência e das dinâmicas humanas que refletem o mistério da comunhão trinitária. Toda a história da salvação se orienta para a comunhão entre os seres humanos. Essa comunhão abrange todas as dimensões humanas, também a econômica, a social e a política. Lutar contra tudo o que obstaculiza essa comunhão, como a divisão entre indivíduos, grupos, classes sociais e povos; lutar contra a corrupção, o hedonismo, a exaltação exagerada do sexo, a superficialidade no relacionamento mútuo...Tudo isto é ser reparador. Disponibilidade é ter predisposição a aceitar as solicitações dos outros. Expressão em obras e verdade de nosso amor para com todos, especialmente para com os pequenos e os que sofrem, a disponibilidade é viver nossa união com Cristo, união em seu amor ao Pai e pelos irmãos. Ela torna real, concreta e verdadeira a nossa reparação, numa vida de oblação por amor; mostra como se vive a oblação e a reparação “em obras e em verdade”.

Pe. Francisco

Sehnem, scj

Publicação da Assessoria

dos Leigos Dehonianos da Província BSP

Responsável: Pe. José Luís de Gouvêa, scj

Colaboração:

Leigos Dehonianos

E-mail:

[email protected]

Rua Carolina Santos, 143 - Méier 20720-310 Rio de Janeiro - RJ

(21) 2595.5212

Page 3: Publicação de Maio

Página 3

Publicação Mensal - Ano 01 - n. 12

No mês de Dezembro de 1889, o Pe. Dehon escre-veu na revista "Le Règne du Coeur de Jésus", funda-da por ele: "O nosso bem amado pon-tífice Leão XIII, a voz autorizada do Sagrado Coração entre nós, toma,

como é seu direito, a direção deste regresso do mundo do trabalho a Jesus Cristo. Diz-se que está a preparar uma Encíclica, que traçará as leis da organização cristã do trabalho. Vislumbramos nestes fatos um dos meios providenciais para a chegada do reino social do Sagrado Coração". A Encíclica, intitulada "Rerum Novarum", apareceu a 15 de Maio de 1891. O Pe. Dehon resumiu-a na revista "Le Règne du Coeur de Jèsus" do mês de Julho desse mesmo ano. A Encíclica trata 4 pontos essenciais: 1. O Papa afirma contra o socialismo que a propriedade privada é um direito natural, mas que também tem uma função social. Os patrões e os operários têm direitos e obrigações recíprocas. 2. O Estado deve promover a prosperidade pública e privada e

salvaguardar os direitos dos trabalhadores, mas as suas intervenções devem limitar-se a reprimir os abusos e a conjurar os perigos. 3. Os operários têm direito a uma estrita justiça e a um salário que lhes assegure um nível de vida humana. 4. Condena a luta de classes, mas os operários têm o direito de formar sindicatos para defender os seus direitos, e até têm direito à greve. O Pe. Dehon que recebera de Leão XIII a missão de pregar as suas encíclicas, foi um grande defensor das orientações políticas e sociais do pontífice. Propagou-as em revistas, congressos sociais, nas suas conferências romanas e em várias publicações".

Studia dehoniana 33 Agenda dehoniana, p. 76

Edições Noviciado Aveiro 2000

“O dom de sabedoria é um conhecimento saboroso de Deus, dos seus atributos, de Jesus Cristo, do seu Coração e dos seus mistérios. A inteligência ajuda-nos somente a conceber a Deus e os seus atributos; mas a sabedoria

representa-nos Deus, a sua grandeza, a sua beleza, as suas perfeições, os seus mistérios como infini-tamente adoráveis e amáveis: e deste conhe-cimento resulta um gosto delicioso que se estende mesmo algumas vezes até ao corpo, e que é maior ou menor conforme o estado de perfeição e de pureza em que a alma se encontra. São Francisco estava tão cheio deste gosto de sabedoria que, ao pronun-ciar o nome de Deus ou o nome de Jesus, sentia na sua boca e nos seus lábios um sabor mais doce mil vezes que o mel e que o açúcar.

São Bernardo diz-nos que o nome de Jesus é um mel nos seus lábios, uma harmonia nas suas orelhas, uma doce fruição no seu coração. – É ao dom da sabedoria que pertencem particularmente as doçuras e as consolações espirituais e as graças sensíveis. No começo da vida espi-ritual, as coisas divinas são insípidas e temos dificul-dade em saboreá-las; mas depois elas tornam-se doces e tão saborosas que saboreamo-las com prazer, até não termos senão desgosto por tudo o resto. São Bernardo diz: A Sabe-

doria é o amor da virtude e o sabor do bem. Desde que alguém lhe dê entrada numa alma, ela amortece os sentimentos da carne, purifica o entendimento, cura o gos-to corrompido do coração, dá à alma uma perfeita santidade, que a coloca em estado de apreciar o sabor do bem e o da sabedoria mesma, que, de todos os bens, é o mais excelente e o mais doce (P. Lallemant).

Pe. João Leão Dehon Edições Noviciado Sagrado

Coração de Jesus Barretos – SP

2009 p. 73-74

LEÃO XIII PUBLICA A ENCÍCLICA "RERUM NOVARUM"

DO DOM DA SABEDORIA

Page 4: Publicação de Maio

Leigos Dehonianos

Página 4

"Maria é o nosso modelo na vida oculta, na sua vida de silêncio e de recolhimento, em Nazaré. Ela é, realmente, o jardim fechado acessível só a Jesus, a S. José e aos Anjos. A visita do Anjo a deixa perturbada, até que reconhece o mensageiro divino. É fonte selada, cujas águas permanecem puras e não são contaminadas por nenhum contato. Maria dispensa um cuidado sem igual à vida interior. É uma vida de amor, de união e de imolação”.

(Diretório Espiritual, p. 61)

REUNIÃO DA ASSESSORIA E COORDENAÇÃO GERAL COM OS ANIMADORES E COORDENADORES DOS LEIGOS DEHONIANOS EM SÃO PAULO (SÃO JUDAS) NO DIA 10/03/2012.