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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Fernando Lopes substitui Carlos Ferreira Edition nº 297 | Série II, du 15 février 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais 04 “Cláusula Molière” contra trabalhadores destacados Trabalhadores das obras são obrigados a falar francês 03 Carlos Balbino encena em Paris a peça “La Dernière Corrida” que leva ao palco touradas e canto alentejano 09 Carlos Balbino PUB Ensino. O Instituto Camões apresentou publicamente a nova Plataforma de ensino da língua portuguesa à distância 05 Concurso. Uma cliente portuguesa da agência de Paris 15 do Banque BCP ganhou um carro Peugeot 208, num sorteio do banco 08 Cinema. O filme “Estilhaços” de José Miguel Ribeiro, ganhou o prémio de melhor documentário do Festival de Clermont-Ferrand 10 21 PUB Judo. O judoca português Jorge Fonseca (-100 kg) veio a França ganhar a Medalha de Bronze do Grand Slam de Paris Academia do Bacalhau de Paris tem novo Presidente LusoJornal / Mário Cantarinha

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Page 1: PUB Hebdomadaire Franco-Portugais Edition nº 297 | Série II, du … · 2017-02-13 · Cinema. O filme “Estilhaços” de José Miguel Ribeiro, ganhou o prémio de melhor documentário

GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Fernando Lopes substitui Carlos Ferreira

Edition nº 297 | Série II, du 15 février 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais

04

“Cláusula Molière” contra trabalhadores destacadosTrabalhadores das obras são obrigados a falar francês 03

Carlos Balbino encena em Paris apeça “La Dernière Corrida” que levaao palco touradas e canto alentejano

09

Carlos Balbino

PUB

Ensino. O Instituto Camões apresentou publicamentea nova Plataforma de ensino da língua portuguesa à distância

05

Concurso.Uma cliente portuguesada agência de Paris 15do Banque BCP ganhouum carro Peugeot 208,num sorteio do banco

08

Cinema. O filme “Estilhaços” deJosé Miguel Ribeiro, ganhou o prémio demelhor documentáriodo Festival de Clermont-Ferrand

10

21

PUB

Judo.O judoca português JorgeFonseca (-100 kg) veio aFrança ganhar a Medalhade Bronze do Grand Slamde Paris

Academia do Bacalhau de Paris tem novo PresidenteLu

soJornal / Mário Cantarinha

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02 OPINIÃO Le 15 février 2017

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Céline Pires, Clara Teixeira, CindyPeixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira,Jorge Campos (Lyon), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mickaël Fernandes, Nathalie deOliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenuede la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: février 2017 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

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No passado dia 29 de janeiro tevelugar, em Estugarda, na Alemanha, ohabitual encontro das estruturas doPSD da emigração do círculo eleitoralda Europa. Uma reunião em que parti-ciparam as estruturas da Alemanha,Seção organizadora do evento, Bélgica,Suíça, Luxemburgo, Reino Unido,Paris, Strasbourg, Lyon, Orleães e Tou-louse.Esta reunião, que se realiza todos osanos, tem como fim a análise da situa-ção política nacional e das políticaspara a área das Comunidades portu-guesas e a preparação das iniciativaspolíticas e parlamentares do PSD paraesta área da governação. Este tipo deencontro tem permitido estabelecer umconjunto de desafios para o PSD naárea da emigração que em muitoscasos se traduziram em propostas polí-ticas, tendo mesmo algumas, a sua

concretização legislativa.Na edição deste ano, o principal temaabordado foi, claramente, o das propos-tas de alteração à lei eleitoral e lei dorecenseamento eleitoral tendo em vistaalargar a participação política dos por-tugueses residentes no estrangeiro.Assim, o debate decorreu em torno daspropostas relativas às novas metodolo-gias de voto, nomeadamente, a suauniformização para todas as eleições ea possibilidade da introdução do votoeletrónico. Quanto ao recenseamentoeleitoral, a possibilidade de este setornar automático mereceu muitasconsiderações positivas por parte dosparticipantes que desejam que esteobjetivo possa também ser concreti-zado.As estruturas do PSD do círculo elei-toral da Europa reveem-se nas propos-tas já apresentadas, neste âmbito,

pelo seu Grupo Parlamentar e espe-ram que seja possível encontrar, naAssembleia da República, os consen-sos necessários para a efetiva concre-tização das alterações propostas. Aomesmo tempo, exigem que as pala-vras utilizadas por alguns em campa-nha eleitoral sobre esta matériapossam agora efetivar-se.Durante a reunião de Estugarda houvetambém a oportunidade de analisar asituação política nacional e das Co-munidades. No que diz respeito àquestão nacional a avaliação políticade Portugueses que residem no es-trangeiro é, em minha opinião, muitoimportante. Ora, durante esta reunião,foi possível perceber que a imagemexterna do país tem vindo a degradar-se devido a uma perda de credibilidadeque acaba por condicionar de formamuito negativa a perceção que os ou-

tros estados têm do nosso país.No que se refere à área das Comunida-des a ausência de produção legislativado Governo não permitiu sequer a ava-liação de eventuais propostas que tives-sem sido apresentadas.No entanto, os militantes presenteslembraram as promessas eleitorais re-lativas às Propinas, aos lesados do BESemigrantes, aos serviços consulares, aoapoio social, às questões eleitorais que,infelizmente, não mereceram qualquertipo de resposta.Nesta reunião estiveram presentes osDeputados eleitos pelos círculos daemigração e o Secretário-Geral do Par-tido. Este tipo de encontro com as es-truturas do PSD da emigração étambém um momento importante deprestação de contas quer do Grupo par-lamentar quer da Direção nacional. UmPartido político e, muito particular-

mente, um Partido fortemente ligado àsComunidades portuguesas, não podedeixar, na minha opinião, de envolverna sua ação política os seus militantesda diáspora que pelo seu conhecimentoda realidade de uma área tão especificasão fundamentais para a elaboração depropostas tanto no plano setorial comono plano nacional.No PSD, quando pensamos Portugal,pensamos num país repartido peloMundo e quando estamos a levar asério as nossas Comunidades estamos,no fundo, a levar a sério Portugal.Termino com uma palavra de agradeci-mento a todas as estruturas do PSDemigração pela sua participação empe-nhada neste encontro e, muito particu-larmente, ao PSD Alemanha pelotrabalho que teve na organização desteevento que, em muito, honra o nossoPartido e as Comunidades portuguesas.

Levar as Comunidades a sérioOpinião de Carlos Gonçalves, Deputado (PSD) pelo círculo eleitoral da Europa

As alterações propostas pelo PSD,configuradas no Projeto de Lei nº364/XIII, visam corrigir as falhas de-correntes da lei anteriormente apro-vada em maio de 2015 e até aopresente não regulamentada, queexigem aos beneficiários da atribui-ção de nacionalidade portuguesa naqualidade de netos de cidadão(ã)português(a), provas de uma “efe-tiva ligação a Portugal”, exigênciacom caráter subjetivo e que deixa adecisão nas mãos do servidor admi-nistrativo que irá apreciar o pleito,bem como exige que o interessadoprove que sabe ler e escrever portu-guês. Tais exigências criaram umanova forma de discriminação, consi-derando que o neto que obtenha suanacionalidade através do pai ou damãe que já tenham obtido esse di-reito, não necessita apresentar ne-nhuma dessas provas, considerandoque apenas lhe é exigido o vínculosanguíneo, comprovado pela cadeiahereditária.

Não há porque tratar de forma dife-rente, dois tipos de descendentescom o mesmo vínculo sanguíneo(netos de Portugueses), quando Por-tugal adota o princípio jurídico do“jus sanguinis” para fins de atribui-ção da nacionalidade. Esse questio-namento vem se apresentando comouma das maiores dificuldades apre-sentadas para tentar justificar oadiamento “sine die” da implemen-tação dos atos regulamentares quese exige para a aplicação da novalei.Vejo, com grande satisfação, que oPSD, como forma a solucionar as di-ficuldades e aceitação da prova de“efetiva ligação a Portugal”, ao dis-pensar tal prova por parte dos netosde cidadão português, por se tratarde uma manifestação subjetiva e,portanto, ficar sujeita à interpreta-ção discricionária do órgão adminis-trativo que examina o pleito, assimcomo, quando trata do cônjuge decidadão português, fixa, como prova

da sua ligação ao país, a manuten-ção do vínculo matrimonial ou uniãode fato, pelo prazo de no mínimo 6anos. Tais propostas, já haviam sidoapresentadas na iniciativa parla-mentar de minha autoria, o Projetode Lei nº 544/IX, que previa exata-mente a mesma coisa que atual-mente está sendo pleiteado, masque, equivocadamente, não haviasido reconhecida na alteração legis-lativa atualmente em vigor, criandoalgumas das dificuldades, queforam posteriormente detetadas. Naminha exposição de motivos sobre otema, já havia mencionado que,diante das “inúmeras queixas e ple-namente justificadas, pela não con-cessão da nacionalidade portuguesaaos cônjuges de portugueses, prin-cipalmente pela falta de definiçãolegal do que é uma efetiva ligação àcomunidade nacional, que se pre-tende definir na continuidade do ca-samento num prazo de seis anospara se justificar a concessão da na-

cionalidade, resolvendo-se assimum sem número de questões, cons-trangimentos e até demandas judi-ciais”.Esperemos que a Assembleia da Re-pública, diante dos problemas ob-servados, tenha a clarividêncianecessária para aceitar e promulgaras presentes alterações e, final-mente, a minha iniciativa, cujo pri-meiro passo, foi a Recomendação nº14/98, que está prestes a completar19 anos, possa se transformar emrealidade jurídica, beneficiando in-distintamente netos e cônjuges dePortugueses, contribuindo decidida-mente para o aumento da cidadaniae do respeito pela isonomia consti-tucional, elementos fundamentaispara o nosso conceito de nação epermitindo trazer para o territórioportuguês, mão-de-obra e conheci-mento jovens, através de cidadãosque só podem e devem se orgulharde sua ascendência, proporcio-nando, assim, condições de superar

os baixos índices de natalidade, pro-curando contornar os problemas ebastante graves observados em di-versas regiões do interior do país,originários de sua progressiva deser-tificação. Se precisamos de mão-de-obra jovem, porque não vamosrecrutá-la junto aos nossos descen-dentes, ao invés de recebermos imi-grantes, com características cultu-rais, linguísticas ou religiosas, total-mente alheias à comunidade nacio-nal. Ao agirmos desta forma, pode-mos também evitar alguns dos sé-rios problemas que outras naçõesda União Europeia estão a enfrentar.Unamos nossos esforços para que otrâmite e a aprovação das novas me-didas, possa ocorrer com brevidade,possibilitando aos interessados usu-fruir dos benefícios que as mesmastrarão, ajudando o país a ingressarna nova fase de desenvolvimentoque já estamos a perceber e que osestudos económicos nos permitemvislumbrar.

Alteração à Lei da Nacionalidade: Problemas ou soluções para o futuro do país

Opinião de Eduardo Neves Moreira, ex-Deputado e ex-Presidente do CCP

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POLÍTICA 03

Políticos franceses inventam a “Cláusula Molière” contra os trabalhadores destacados

Lentamente, sem alaridos, muitasMairies e vários Conselhos Regionaisestão a introduzir uma cláusula noscontratos de atribuição de obras pú-blicas, contra os trabalhadores des-tacados e contra as empresas quedestacam trabalhadores de outrospaíses. Como não podem impedirque os trabalhadores de outros paísesda Europa venham trabalhar emFrança, sobretudo no quadro de umdestacamento temporário, como pre-vêm as Diretivas europeias de 1996,a “Cláusula Molière” diz que os ditostrabalhadores “têm obrigatoriamentede falar francês”.O primeiro a ter encontrado “a solu-ção” foi um autarca de Angoulême,mas o assunto já está na mesa demais de 30 Deputados franceses na

Assembleia Nacional, para passar aser uma regra a aplicar em todo opaís.Yannick Moreau, o Deputado Les Ré-publicains da Vendée, quer transfor-mar a cláusula facultativa, num novocapítulo da Lei do trabalho El-Khomri.Os defensores desta cláusula, que-rem que em qualquer obra emFrança, todos os trabalhadores do-minem a língua francesa. E paramostrarem que estão “de boa fé”,dizem que é “para eles compreen-derem as regras de segurança”.Então, oficialmente é para que os tra-balhadores estejam “mais seguros”nas obras, mas alguns dos autarcasque já introduziram esta “CláusulaMolière” - como ficou conhecida -nos contratos públicos, dizem clara-mente que é para combater os traba-

hadores destacados de outros paísespara trabalharem em França. “Comonão podemos impedir que venhampara cá, podemos, pelo menos, fazercom que custem mais caro do que seas empresas empregassem trabalha-dores franceses” explica Vincent You,Maire Adjoint de Angoulême. É, deuma certa forma, a tal “preferêncianacional” de que tanto se fala.Como fazer aplicar a lei? Caso os tra-balhadores não falem francês, a em-presa que os contrata tem deempregar intérpretes para os acom-panharem.Atualmente, caso os Inspetores doTrabalho não se façam compreenderpelos trabalhadores, devem, eles pró-prios, recorrer a tradutores, mas Vin-cent You considera que “não é oEstado francês que deve suportaresta despesa, mas sim as empresas

que destacam os trabalhadores”. Hámesmo um coletivo, chamado “FrancParler” que tenta fazer pressão paraque esta cláusula seja generalizada.Tanto mais que um relatório de abrilde 2015 do Ministério do Trabalhoavaliava em mais de 500 mil traba-lhadores destacados a trabalharemem França.As Diretivas europeias permitem queuma empresa envie, por um tempodeterminado, os seus trabalhadorespara outro país, pagando os encargossalariais no país de origem. Há mi-lhares de trabalhadores portuguesesnesta situação, sobretudo na constru-ção civil. E é legal. Quem o impedir,está sujeito a pagar uma multa de 75mil euros e uma pena de 5 anos deprisão. A “Cláusula Molière” cobertacom o véu da “segurança no traba-lho”, é uma forma de bloquear “le-

galmente” as Diretivas europeias.Vários Conselhos Regionais já vota-ram a “Cláusula Molière”, desde Xa-vier Bertrand no Conseil Régional desHauts-de-France - onde até o FrontNational votou contra!!! - até BrunoRetailleau da Região Pays de la Loireou na semana passada Laurent Wau-quiez da Região Auvergne-Rhône-Alpes.Aliás, Laurent Wauquiez, alega quecerca de 25% dos trabalhadores doBTP na região são estrangeiros, esen-cialmente portugueses, e por issoquer mesmo criar uma “Brigada decontrole”, uma espécie de Polícia dalíngua francesa nas obras.O assunto ainda não chegou à cam-panha eleitoral para as Presidenciais,mas não deve tardar! Mesmo se aprópria Diretiva europeia está atual-mente a ser avaliada.

Para trabalhar nas obras é obrigatório falar francês

Por Carlos Pereira

Le 15 février 2017

A Guerra das Estrelas… cadentesOpinião de Rui Neumann, jornalista

Hoje acordei num país estranho.Doce, magnífico e resplandecente.Mas, um país onde um pequeno ca-poral, um tal de Napoleão de Bona-parte, o Adolfo Hitler francófono, quenão hesitou em ocupar, massacrar ehumilhar os países europeus, e algunsmediterrânicos, ainda é adulado ecantado. Estranho, de facto.Num país que foi a pátria dos DireitosHumanos mas também aquele quemais cabeças cortou na Europa, e queonde perder a cabeça tornou-se numdesporto nacional. Num país onde sãotoleradas violências para denunciaremviolências. Onde a estrita aplicação dalei é considerada imoral.Afinal, acordei feliz por ser português,e não ter de votar nas próximas elei-ções presidenciais neste estranhopaís, que responde pelo nome França,e ter a dura tarefa de escolher o Presi-dente de um caldeirão de agridocesparadoxos.Com base no meu ADN, parcialmente,português cuja origem é de um paíscom 11 milhões de habitantes, 11milhões de presidentes e o mesmonúmero de opinantes, estudei os can-didatos à presidência francesa se-guindo o que as falíveis sondagensditam sem falha. Assim…Marine Le Pen beneficia de um elei-torado “extremamente” fiel, que dila-tou com a vaga de terrorismo emFrança e a chegada massiva de mi-grantes e refugiados. Apesar dos es-forços a limar umas arestas do partido,maquilhar farpas antigas e mudançasna dialética, Marine Le Pen, que pre-tende ser a Donalda Trumpa no Eliseu,não consegue distanciar a toxicidadexenófoba e racista que o seu pai, Jean-Marie Le Pen, refugiou na Frente Na-cional.Emmanuel Macron é apontado comoo fenómeno político, o meteorito da“esquerda caviar” assumida e des-complexada. Apostando na crónica bi-polaridade política francesa, não seassume de esquerda nem de direita.Macron tem conseguido cativar uma

juventude desiludida com a política,mas também personalidades dos doiscampos políticos maioritários. Frutoda implacável eficácia do marketingpolítico, Macron consegue atrair semapresentar um programa claro. Umaincoerência que sempre atraiu os fran-ceses.François Fillon, ex-Primeiro-Ministro

do malogrado Nicolas Sarkozy, apóschegar ao Céu com uma vitória confor-tável nas primárias da direita, desceuà Terra e tem sido alvo de revelaçõesconstrangedoras que envolvem a famí-lia daquele que pretendia ser o Zorrovestido de branco. As suas explicaçõesnão foram suficientes para inverter atendência decrescente nas sonda-

gens. Os seus fiéis partidários estãoperante o dilema se devem abandonarnavio, mas as boias são poucas.Benoît Hamon, eleito nas primárias doPartido Socialista, representava osanimados socialistas contestatáriosdas políticas de um François Hollandeinerte. Não beneficia de carisma oupostura presidencial, nem tampoucoconsegue convencer o eleitorado comas suas ideias humanistas, considera-das inadequadas para a França dehoje. A França está cansada da narra-tiva demagógica eleitoral, que umavez no poder se verga à Realpolitik. Oenervante refrão “Moi President”deixou marcas, e os socialistas sofremcom elas.Jean-Luc Mélenchon, hologramafrancês do defunto Hugo Chavez,apontado como a voz da extrema-es-querda, tenta adaptar a utopia do so-cialismo bolivariano a um socialismoradical gaulês. Apesar de uma grandeadesão nos seus comícios, nãoconsegue cativar os meios operários edaqueles que diz defender. Com basenos discursos de Mélenchon, e nos re-sultados pretéritos deste candidato(2012), conclui-se que a França écomposta por 11% de operários e89% de capitalistas. Na realidade, asideias de Mélenchon são tão temidasquanto as de Le Pen.Enquanto Marine Le Pen batalhacontra a submissão da França, Jean-Luc Mélenchon lançou o movimento“França insubmissa”. Resta saberqual dos dois registou a patente daideia.Por fim, François Bayrou, queainda não sabe que é um potencialcandidato. Um suposto centrista,especialista no equilibrismo bipo-lar, malabarista exímio do “sim,não, mas talvez”. Aterrorizado,aguarda pacientemente que o cha-mem como “Messias da situação”.Todavia, Bayrou necessita sempredas eleições presidenciais para queo seu nome exista, pelo menos, naspáginas dos jornais. Permanece

como a roda suplente da esquerdae da direita que evitam, com custo,não terem furos.Com Macron na corrida, François Bay-rou perde uma boa parte da clientelacentrista e um falhanço eleitoral po-derá resultar na falência do seu par-tido. Mais vale um partido na mão queum Bayrou a voar.Anunciada já como a campanha“mais violenta” e cáustica dos últimosescrutínios, a probabilidade de revira-voltas mirabolantes nas intenções devoto é real, tendo em conta a plastici-dade dos candidatos, a multiplicaçãodos escândalos, rumores, autópsias devidas e mútuas acusações que têmmonopolizado esta corrida.Nicolas Sarkozy e François Hollandeensinaram que a verdadeira vitóriaeleitoral não é atingida na corrida aoprimeiro mandato, mas sim com umavitória para um segundo mandato, ouseja, quando os franceses estão emcondições para fazerem o balanço realdo reinado do Presidente. Nestas elei-ções todos são candidatos a um pri-meiro mandato, consequentemente,vale tudo, só não vale tirar olhos.Hoje acordei num país estranho, olheipara o espelho e sorri de alívio por serportuguês.

As eleições Presidenciais france-sas estão à porta. Convidámosalguns colegas jornalistas parapartilharem connosco a análisedeste momento importante navida do país onde vivemos. RuiNeumann foi o primeiro a aceitaro nosso desafio.E pedimos ao caricaturistaRicardo Campus para dese-nhar... os comentadores.

Carlos PereiraDiretor do LusoJornal

lusojornal.com

NESTAS ELEIÇÕES TODOS SÃO CANDIDATOS A UMPRIMEIRO MANDATO, CONSEQUENTEMENTE, VALE TUDO, SÓ NÃO VALE TIRAR OLHOS.

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Emigrantessem descontospodem receberapoio social naMadeira emcaso de pobrezaO Conselho Diretivo do Instituto de Se-gurança Social da Madeira (ISSM) es-clareceu que um Emigrante queregresse ao arquipélago em estado decarência pode beneficiar de apoios so-ciais, mesmo sem carreira contribu-tiva. “Os Emigrantes regressados,mesmo sem carreira contributiva, po-deriam ter acesso a apoios sociais dis-ponibilizados pelo ISSM” e não que osmesmos teriam a pensão de reformaassegurada, clarificou aquele instituto.O esclarecimento surgiu na sequênciade declarações do presidente doISSM, Rui Freitas, aos Deputados daComissão parlamentar permanente deSaúde e Assuntos Sociais, no âmbitoda audição requerida pelo PCP sobre“Segurança Social, acordos e conven-ções relacionadas com a emigração -os problemas sentidos pelos luso-ve-nezuelanos”.Os apoios sociais dizem respeito aoRSI - Rendimento Social de Inserção,à pensão social e ao subsídio eventuala família em estado de carência, “nocaso de se encontrarem dentro dascondições legalmente estabelecidaspara o acesso a esses apoios”, frisouo ISSM.

ANTRAM promove sessão de esclarecimentosobre a LoiMacronA ANTRAM - Associação Nacional deTransportadores Públicos Rodoviáriosde Mercadorias promoveu na semanapassada, um workshop destinado àsempresas do setor, durante o qualforam analisados alguns dos tópicosque têm marcado o transporte demercadorias: o regime de reembolsoparcial do gasóleo profissional e asquestões relacionadas com o saláriomínimo francês (Loi Macron). A reu-nião decorreu nas instalações da AN-TRAM, na Região Norte.A sessão contou com a presença deAna Souta - responsável pelo departa-mento jurídico da ANTRAM – e ClaraSerra - da Direção de Serviços de Sa-nidade Vegetal da DGAV - Divisão deInspeção Fitossanitária e de Materiaisde Propagação Vegetativa.A ANTRAM é uma associação patro-nal constituída em junho de 1975.Com presença em Lisboa, Porto,Coimbra, Évora e Faro, representacerca de 2.000 mil empresas nacio-nais de transporte profissional de mer-cadorias. A associação tem como umdos objetivos prioritários o diálogo como poder político no sentido de encon-trar as melhores soluções para os pro-blemas do setor, defendendo osinteresses e direitos dos associados.

04 COMUNIDADE

Fernando Lopes eleitoPresidente da Academia do Bacalhau de Paris

Fernando Lopes foi eleito Presidenteda Academia do Bacalhau de Paris naAssembleia Geral levada a cabo pelaassociação no dia 10 de fevereiro, noConsulado Geral de Portugal em Paris.A lista liderada por Fernando Lopes foieleita com 98% dos votos, sendo aúnica que apresentou a sua candida-tura nestas eleições.Dos 130 Compadres e Comadres comquotas a dia, 107 exerceram o seu di-reito de voto. Após a eleição, o novoPresidente agradeceu aos seus ante-cessores, Carlos Ferreira e AntónioFernandes, pela “oportunidade quelhe proporcionaram de dirigir uma tãobela entidade, que se chama Acade-mia do Bacalhau de Paris”. FernandoLopes chamou depois para junto de sios restantes elementos da Direção, demaneira a darem-se a conhecer à As-sembleia e a mostrarem que só serápossível realizar aquilo a que se pro-põem se se mantiverem uma equipacoesa.Antes da eleição da nova Direção, aAcademia do Bacalhau de Paris deuoutro passo importante no seu de-senvolvimento ao aprovar os novosestatutos, que lhe conferem a deno-minação de “instituição de interessegeral”. A revisão e aprovação dosnovos estatutos foi um assunto tra-balhado pela Academia do Bacalhaude Paris ainda durante o mandato deCarlos Ferreira. Ao serem aprovados

antes da eleição (com 88% dosvotos), constituem ainda parte do le-gado do Presidente cessante.Na Assembleia Geral procedeu-seainda à apresentação dos relatórios deatividades, financeiro e moral. O rela-tório de atividades foi aprovado a100%, mostrando que a Academia doBacalhau de Paris “caminha em bomrumo” e que “deve continuar a proce-der da mesma forma, ajudando quemprecisa e promovendo a solidarie-dade”. O Relatório financeiro foi apre-sentado pelo Tesoureiro cessante, oCompadre Mário de Sousa, na se-quência de uma versão simplificadaenviada anteriormente a todos osCompadres e Comadres. Na Assem-bleia, os presentes tiveram a oportu-nidade de colocar questões sobre omesmo, respondidas pelo Tesoureiro.O Relatório foi depois aprovado pelosCompadres presentes. O Relatóriomoral foi apresentado pelo Presi-dente cessante, Carlos Ferreira, que,com emoção, salientou todos os es-forços realizados pela Academia doBacalhau de Paris não só no últimoano mas nos quatro anos dos seusmandatos. Carlos Ferreira agradeceua transmissão da Direção da Acade-mia do Bacalhau de Paris ao Presi-dente anterior, António Fernandes, efez votos para que o novo Presidente,Fernando Lopes, continue a fortale-cer a Academia do Bacalhau deParis.A pedido de Carlos Ferreira, e com

aprovação unânime por parte da As-sembleia, foram nomeados doisCompadres honorários da Academiado Bacalhau de Paris: os já Compa-dres António Fernandes e CarlosGonçalves.Foram ainda apresentados quatronovos Compadres com menos detrinta anos, dando força à Academiado Bacalhau de Paris Júnior, um dosprojetos da nova Direção.

Programa da nova Direção da Acade-mia do Bacalhau de Paris:- Realizar, de vez em quando, umareunião informal. Em vez de um jan-tar sentado, será um jantar tipo buf-fet, onde será possível para cadacompadre movimentar-se e conversarcom o maior número de Comadres eCompadres, permitindo que todos seconheçam melhor;- Agendar com antecedência ostemas das tertúlias, assim como oslocais onde se realizarão;- Aproximar a Academia do Bacalhaude Paris das Academias afilhadas, deLyon, Bruxelas, Luxemburgo, Lon-dres e Rouen. Criação de umaagenda de todos os eventos;- Realizar de um evento lúdico (porexemplo: um torneio de cartas ou umbingo, ou até mesmo um mini salãode culinária, onde as comadres emesmo os compadres poderão proporem vários buffets, pratos ou outrosprodutos típicos das suas regiões);- Organizar um seminário temático

durante um fim de semana, o quepermitiria aos compadres refletirnum tema pré-definido (por exemplo:viabilidade e restrições para criar umlar de idosos, com o nome da Acade-mia do Bacalhau de Paris);- Encontrar um local para garantir apermanência dos Comadres e Com-padres e, assim, criar um espaço deconvívio em Paris;- Criar a Academia Júnior de Paris.Nesta Academia, onde os jovens commenos de 30 anos poderão organizareventos de forma independente dosda Academia do Bacalhau de Paris,mas sempre com o consentimento epresença da Direção. Exemplos deeventos a criar: noites gastronómicasem restaurantes variados, provas devinhos portugueses, ateliers de culi-nária, descoberta de cidades com ex-cursões, divulgação de proposta deempregos ou de estágios;- Realizar uma reportagem com vá-rios episódios sobre a Academia, asua história e os pilares vistos peloCompadre Durval Marques.

Substituiu Carlos Ferreira

Por Diana Bernardo

Le 15 février 2017

As últimas décadas têm sido marca-das, no seio das Comunidades por-tuguesas espalhadas pelos quatrocantos do mundo, pela consolidaçãoe surgimento de um conjunto va-riado de órgãos de informação lusó-fonos.Nos formatos de jornal, revista,rádio, televisão ou mais recente-mente portal de informação, o apa-recimento ou reafirmação destesprojetos de comunicação social sãosimultaneamente um sinal evidentedo dinamismo das Comunidades

portuguesas, assim como do papelfundamental que os órgãos de infor-mação desempenham na sociedadecontemporânea ao nível dos modosde vida, dos valores, das opiniões eda visão do mundo que partilhamos.Não deixa igualmente, no caso daimprensa de língua portuguesa nomundo, de ser um evidente reflexodos elevados números da emigraçãolusitana, que fruto da falta de opor-tunidades de emprego leva a que ci-clicamente milhares encontrem forade Portugal a oportunidade que o

país lhes negou.É neste cenário de geografia globalque a imprensa lusófona nummundo em crescente mobilidadedesempenha um papel insubstituí-vel e incontornável na promoção dalíngua, da cultura e da economia na-cional no estrangeiro, assim comodo pulsar da vida das sociedades emque está inserida.Com incontáveis dificuldades, váriasvezes sem o devido reconhecimentodo poder político das pátrias de ori-gem ou de acolhimento, e na maior

parte dos casos sobrevivendo graçasao espírito de carolice dos seus Di-retores, colaboradores, leitores eempresários mecenas, com mais oumenos dificuldades expostas pelascrises económicas, a tudo isto a im-prensa lusófona vai resistindo e re-novando-se dando um exemplo,genuíno de altruísmo e serviço emprol de uma informação de proximi-dade que constrói pontes entrepovos, dilui a saudade e a distância,fortalece a identidade cultural e pro-jeta Portugal no Mundo.

O papel da imprensa lusófona no seio das Comunidades portuguesas

Opinião de Daniel Bastos, historiador

Fernando Lopes já eraVice-Presidente da Aca-demia do Bacalhau deParis e é o Diretor Geralda rádio Alfa.

Fernando Lopes com Carlos Ferreira e António Fernandes

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COMUNIDADE 05

Plataforma online para ensino de portuguêsOs Portugueses ou Lusodescendentesa residir no estrangeiro têm, desde asemana passada, uma plataforma di-gital para aprendizagem de português,desde o ensino básico ao secundário,que pretende garantir a sua ligação àlíngua portuguesa enquanto estãoemigrados.A plataforma de ensino à distância“Português mais perto”, da Porto Edi-tora, pretende sobretudo apoiar“crianças e jovens que iniciaram opercurso educativo em Portugal e, emvirtude da emigração temporária dospais, se encontram a residir no estran-geiro, tendo no seu horizonte voltar aosistema escolar português”, anunciouo Camões - Instituto da Língua e daCooperação Portuguesa, na apresen-tação, na semana passada, desta fer-ramenta digital.Nesta modalidade, a plataforma dis-ponibiliza ensino de português comolíngua materna para todos os níveis, apensar nos filhos de emigrantes decurta duração. Entre 2011 e 2015,500 mil Portugueses saíram do paíse, desses, 285 mil regressaram a Por-tugal num período inferior a um ano,adiantou o Secretário de Estado dasComunidades, José Luís Carneiro.A plataforma oferece também ensinode português como língua de herança,ou seja, para estudantes que apren-dem a língua portuguesa nos países

de acolhimento. A oferta passa poraulas, que podem ser ou não acom-panhadas por tutores, e com testes,para avaliar o grau de conhecimentodos alunos. A inscrição anual variaentre 40 e 90 euros, consoante aopção de ter tutor ou não.Na sessão de apresentação, o Ministrodos Negócios Estrangeiros, AugustoSantos Silva, deixou um desafio: queseja criada uma versão de conteúdos

digitais a pensar no “número cres-cente de pessoas para quem o portu-guês não é nem língua materna nemde herança, mas que estão interessa-das em aprender português”. Um de-safio que o Administrador da PortoEditora, Vasco Teixeira, admitiu quepode estar no horizonte da empresa,no próximo ano.Santos Silva destacou a “enorme van-tagem” da “indústria 4.0”, que per-

mite “aproveitar ao máximo os novosprocessos e novos instrumentos domovimento de digitalização”, aomesmo tempo que permite “minimi-zar os custos”.A Presidente do Camões, Ana PaulaLaborinho, destacou que a ferramenta“pretende potenciar o ensino do por-tuguês e não substituir-se à rede” deensino de português no estrangeiro,que tem 312 docentes, com 11 Coor-

denações de ensino, além de prestarapoio a quase outros 600 professores.“Mas, mesmo assim, a rede não con-segue responder a todas as geografiasonde há vontade de aprender portu-guês como língua materna ou línguade herança”, disse, acrescentandoque perante a “dispersão geográfica ea impossibilidade de estender arede”, a aposta passa pelos recursosdigitais.

Proposta pelo Instituto Camões

Le 15 février 2017

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Consulado Geral de Portugal em Paris

Concurso externo para o preenchimento de 2 postos de trabalho, na categoria de Assistente Técnico,

da carreira de Assistente Técnico, para exercer funções no Consulado Geral de Portugal em Paris

Habilitações exigidas: 12º ano de escolaridade ou de curso que lhe seja equiparado.

As candidaturas devem ser enviadas até ao dia 1 de março de 2017, mediante requerimento dirigido ao Presidente do Júri porcorreio registado com aviso de receção para o Consulado Geral de Portugal em Paris, 6/8 rue Georges Berger, 75017 Paris ou

pelo correio eletrónico [email protected], acompanhado dos seguintes documentos:

- Curriculum vitae assinado elaborado em modelo Europass;- Fotocópia simples e legível do documento comprovativo das habilitações literárias;

- Fotocópia simples e legível de comprovativos da formação profissional realizada nos últimos três anos, relacionada com as atividades que caraterizam o posto de trabalho;

- Fotocópia simples e legível do Cartão de cidadão ou Bilhete de identidade (ou equivalente);- Certificado de Registo Criminal português e do país onde reside;

- Outros documentos que o candidato considere relevantes para a apreciação da candidatura.

A seleção dos candidatos a admitir ao concurso far-se-á de acordo com a avaliação do respetivo currículo e dos documentos legalmente exigidos conforme indicado no aviso de abertura do concurso

publicitado na página internet deste Posto: www.consuladoportugalparis.orgo qual se encontra igualmente afixado nas instalações deste Consulado Geral.

António Albuquerque MonizCônsul Geral

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lusojornal.com

06 COMUNIDADE

Autarca caboverdiano visitou Aulnay-sous-BoisO Presidente da Câmara Municipalda cidade caboverdiana de Santa Ca-tarina, José Alves Fernandes, conhe-cido por Beto Alves, foi recebido emAulnay-sous-Bois (93) por Paulo Mar-ques autarca com o pelouro das Re-lações Internacionais e ConselheiroTerritorial da Metropole de Paris.O Presidente Beto Alves iniciou umpériplo de viagens ao exterior, tendoem vista a mobilização de apoios paraa cidade de Santa Catarina. No iníciodo seu périplo por França, Suíça eMarrocos, foi recebido nos salões no-bres da Mairie de Aulnay-sous-Boispor Paulo Marques, na quinta-feira dasemana passada, dia 9 de fevereiro.Não foi por acaso que Beto Alves es-colheu Aulnay-sous-Bois. O Presi-dente da Câmara Municipal quercriar uma instituição de acolhimentopara idosos na cidade do planalto eaproveitou para solicitar uma visitaaos centros de dia «Foyers Clubs»para ver o seu funcionamento e assuas infrastruturas.Depois da receção oficial, a comitivapresidida pelo autarca françês AlainPachoud, delegado aos reformados eséniors, dirigiu-se para o «Foyer

Club» André Romand. Para além dosdois autarcas “franceses”, o autarcacaboverdiano foi também acompa-nhado pela Diretora dos serviços so-

ciais.A Delegação de Cabo Verde inte-grava também o Vereador VladimirBrito e a Diretora de Gabinete do

Presidente, Leila Andrade Lopes.Beto Alves foi acompanhado,ainda, pela responsável pelos Cen-tros de dia de Aulnay-sous-Bois, a

franco-caboverdiana Natalina daVeiga, natural de Santa Catarina.Beto Alves teve ocasião de apresentaro projeto para a construção do Centrode Dia para Idosos da Assomada, queirá ser estudado pela autarquia fran-cesa. À partida existe uma predispo-sição para Aulnay-sous-Bois poder vira cooperar na realização deste projetoatravés da troca de experiências.Beto Alves considera “fundamentalpara a cidade e para o bem-estar dosnossos idosos” o projecto do Centrode dia.Para Paulo Marques, “as relações in-ternacionais das nossas cidades têmde servir as populações através datroca de experiências, de conheci-mento e de boas práticas. É nestesentido que, em período de retençãoorçamental, devemos possibilitar osencontros entre as nossas instituiçõesterritoriais”.Depois do encontro em Aulnay-sous-Bois, José Alves Fernandes deslocou-se para a Suíça onde apresentou osprojetos do ano 2017 à Comunidadecaboverdiana e finalizou a deslocaçãoem Marrocos com vários outros en-contros.

Beto Alves é Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina

Le 15 février 2017

Não é frequente podermos festejarum centenário no tempo da nossavida. Por vezes acontece numa famí-lia algum dos seus membros festejarcem anos. Ou uma instituição: a pa-róquia, o clube de futebol, uma asso-ciação… Outras vezes são festejadascertas datas históricas: há dois anosatrás celebravam-se o centenário doinício da Primeira Guerra mundial(1914-18) e a participação de Portu-gal nesse terrível conflito.Mas o centenário das Aparições deNossa Senhora, reconhecidas pelaIgreja como merecedoras de con-fiança, não entra no mesmo tipo deaniversários centenários que indiquei.Porque aquilo que estamos a festejarnão é um simples acontecimentopassado nem a existência de algo quejá desapareceu ou que virá a desapa-

recer, mais tarde ou mais cedo. Fá-tima não é “apenas” a vinda da Mãede Jesus, visitando três crianças e,através delas, todo um povo e omundo inteiro, em “tal dia e a talhora”. Também não é apenas a umaMensagem, ainda que atual para osdias de hoje, urgente e necessáriapara o momento presente. Fátima,naquilo que é de essencial e impor-tante, é hoje que se vive. Não foiapenas em 1917!É hoje que é necessário rezarmosmais e melhor e fazê-lo também pelapaz. É hoje que é importante levar-mos mais a sério a nossa vida espiri-tual: quantas vezes a alma maisabandonada é aquela que nos ha-bita?! Porque não somos apenas apa-rência e corpo (mais ou menos bonitoe em boa forma) nem roupas fashion.

É hoje que temos que redescobrir aliberdade não apenas como o poder-mos fazer o que queremos e nos ape-tece, mas como possibilidade real depodermos fazer o que é bom e agra-dável a Deus, o que nos faz bem e fazo bem aos outros. Por aí passa tam-bém a realidade da conversão que sepede em tantos domínios da vida (dapolítica à economia)! É hoje que é ur-gente ganharmos coragem e con-fiança para entender o que significafazer “sacrifícios por amor”, como foipedido aos Pastorinhos: sacrifícioquer dizer amar os outros um poucomais e melhor, ir mais além, venceressa mentira do “direito a ser feliz”ou do “direito a errar” (fazendo“n’importe quoi” e vivendo de formaegoísta) e passar ao dever de fazer osoutros felizes e de buscar a perfeição.

Só assim contribuiremos para a dig-nidade mais autêntica de cada serhumano (para que ela deixe de serum slogan assassino em tantoscasos). Sacríficio é levar até ao fim osnossos compromissos e sermos fiéisao que prometemos viver (na relaçãocom Deus e com o nosso próximo nocasamento, na família, na escola ouno trabalho, na sociedade, etc. deforma honesta e séria, feliz!). A prá-tica dos mandamentos de Deus queinspiram e formatam, ainda hoje, oedifício ético e jurídico do Ocidentepode ser um bom caminho...Fátima não é um lugar “mágico” oude “comércio” de milagres: é um pro-jeto de vida que Deus nos lembra, pormeio da Mãe do Seu Filho Jesus: Eleama-nos infinitamente, embora de-teste o nosso pecado, não desiste de

nós e chama-nos ao arrependimentoe ao perdão. Mesmo aqui em Paris ena região parisiense, aquilo que Fá-tima pode ser nas nossas vidas estápróximo e acessível. A prova está emque o Papa Francisco concedeu aoSantuário parisiense um ano jubilar,com as mesmas graças extraordiná-rias associadas, que atribuiu ao San-tuário na Cova da Iria.A visita de todos os Papas a Fátima,desde 1967, confirma que a “Men-sagem da Senhora” não é fantasiosa.É tão essencial que, mesmo que Elanão tivesse aparecido, a sua Mensa-gem e propostas valeriam a pena!Não deixe passar ao lado o Centenárioe as graças de Deus nele incluídas.Cem anos passaram e, sem envelhe-cer nem perder a sua força, “Fátima”continua “toujours à la mode”.

100 anos e “toujours à la mode”Opinião de Padre Nuno Aurélio, Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris

Parlamento recomenda ao Governo política ativa e eficazpara a Língua PortuguesaDuas resoluções que recomendamuma política ativa, eficaz da LínguaPortuguesa e a sua internacionaliza-ção, assim como o desenvolvimentoda rede de Ensino do Português noEstrangeiro (EPE), foram aprovadasno Parlamento e publicadas na se-mana passada em Diário da Repú-blica.A resolução da Assembleia da Repú-blica nº16/2017, aprovada em 6 dejaneiro, recomenda ao Governo umapolítica ativa, eficaz e global de de-fesa e projeção da Língua Portu-guesa.De acordo com a resolução, é precisorevitalizar o empenho político e diplo-mático, em parceria com a Comuni-

dade dos Países de Língua Portu-guesa (CPLP), para tornar o portu-guês uma das línguas oficiais daOrganização das Nações Unidas(ONU). Além disso, segundo a reco-mendação, é preciso “adotar medi-das que corrijam progressivamenteas desigualdades que permanecemno tratamento das Comunidades por-tuguesas nos espaços europeu e ex-traeuropeu”.A resolução recomenda a continui-dade na integração do EPE nos sis-temas educativos locais, a valori-zação do ensino à distância do por-tuguês a diferentes públicos e o de-senvolvimento de novos mecanismosde avaliação e certificação de apren-

dizagens.Recomenda ainda a formação contí-nua de professores, tanto presencial-mente, como à distância, e ofomento ao hábito da leitura atravésdo Plano de Incentivo à Leitura, alémdo alargamento da rede de leitoradose de universidades com cursos deLíngua Portuguesa.A resolução da Assembleia da Repú-blica nº17/2017, aprovada tambémem 6 de janeiro, recomenda ao Go-verno medidas para a internacionali-zação da Língua Portuguesa e odesenvolvimento da rede do EPE.Para tal, a resolução recomenda quea rede do EPE deve englobar cursosda iniciativa do Estado português,

assim como da responsabilidade deoutros Estados, associações e outrasentidades privadas, nos países ondeexistem significativas Comunidadesportuguesas.Devem, segundo a recomendação,“ser especialmente apoiadas todasas iniciativas que garantam a integra-ção do ensino da nossa língua nossistemas educativos de outros países,tendo em conta o interesse dos des-cendentes de cidadãos nacionais,bem como outros interessados naaprendizagem do português”.O Estado deve garantir, num prazomáximo de quatro anos, a criação deEscolas Portuguesas em todos os paí-ses lusófonos, assim como nas áreas

consulares que possuam um númerode, pelo menos, 200 mil cidadãosportugueses devidamente registadose referenciados, recomendou a reso-lução.Deve garantir-se ainda cursos de es-pecialização para o ensino da LínguaPortuguesa de acordo com os contex-tos existentes, o desenvolvimento demecanismos de avaliação exigentes,o alargamento da atual rede do EPE.A resolução recomenda ainda queo ensino do português deve seracompanhado de um Programa deIncentivo à Leitura e de DivulgaçãoCultural, além da prioridade daafirmação da Língua Portuguesanos fóruns internacionais.

Beto Alves com Paulo MarquesDR

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Le Bureau duPortugal Business Clubde Bordeauxva se réunirLe Bureau du Portugal Business Clubde Bordeaux va se réunir afin de défi-nir les fonctions de ses membres et depréparer l’élection du futur Présidentlors de la prochaine réunion au moisde mars.La réunion aura lieu le mercredi 15 fé-vrier dans les bureaux de Mondauto,la société dirigée par Manuel da Silva,le Président du PBCB, à 19h30. Lasoirée se poursuivra dans un restau-rant de Bordeaux: Alfama ou Monta-legre.

La BanqueBCP inaugureson agence de NiceLe vendredi 24 février prochain, serainaugurée officiellement la nouvelleagence de la Banque BCP à Nice, si-tuée au 50 boulevard Victor Hugo.L’inauguration aura lieu à 17h00, enprésence de Jean-Philippe Diehl, Pré-sident du Directoire de la banque, ainsique les autres membres du Directoire.Plusieurs personnalités de la vie localesont annoncées, notamment le CônsulGénéral du Portugal à Marseille et leConsul Honoraire du Portugal à Nice.António Ribeiro, le Directeur del’agence sera là également, avec sonéquipe.Après l’inauguration officielle, la Ban-que BCP offre un concert de Cuca Ro-seta au Conservatoire de Nice.

TAP Portugalajoute Abidjanà son réseaude destinationsTAP Portugal ajoute Abidjan, en Côted’Ivoire, à son réseau de destinations.Le 1er vol opérera dès le 17 juillet decette année, après près de 15 ansd’interruption, et TAP Portugal desser-vira la destination africaine grâce à 5vols hebdomadaires.La capitale économique de la Côted’Ivoire sera désormais plus proche deLisboa, et donc de la France, grâceaux connexions proposées par la TAPau départ de Paris, Bordeaux, Lyon,Marseille, Nantes, Nice et Toulouse.Cette nouvelle destination africainevient s’ajouter aux autres nouvellesdestinations précédemment annon-cées par la compagnie pour 2017, To-ronto, Stuttgart, Grande Canarie,Bucarest et Budapest.Destination essentiellement tropicale,la Côte d’Ivoire offre des complexes hô-teliers balnéaires attractifs à Assinie etGrand Bassam, ainsi que des exem-ples d’architecture monumentalecomme la Cathédrale Saint Paul àAbidjan ou la Basilique de Notre Damede la Paix à Yamoussoukro, la capitaledu pays.

EMPRESAS 07

lusojornal.com

Têxteis portugueses estão na moda

Os têxteis portugueses estão na modanas feiras internacionais, mas os em-presários estão preocupados com bar-reiras, nomeadamente, com asconsequências do protecionismo co-mercial da nova administração norte-americana.O Ministro da Economia, Manuel Cal-deira Cabral, disse, na feira de maté-rias-primas para a fileira da modaPremière Vision, em Villepinte, juntoa Paris, que “há várias situações anível mundial que, em 2017 e nospróximos anos, podem trazer algumaspreocupações, mas há também mui-tas oportunidades”.“Estamos atentos, obviamente, aqualquer mudança que possa existir eo Governo português e as instituiçõescomunitárias - o comércio externo étambém uma política comunitária -estarão atentas e atuarão nesse sen-tido”, afirmou o Ministro quandoquestionado pelos jornalistas sobre asintenções do novo Presidente norte-americano de abandonar o projeto deacordo de comércio transatlânticocom a União Europeia.João Abreu, Diretor-geral da CrispimAbreu, uma empresa que emprega

cerca de 200 pessoas em Riba deAve, no distrito de Braga, e cujo “prin-cipal negócio” são as malhas circula-res, mas que também faz tricotagem,tinturaria, confeção, estamparia e de-sign, apontou como “barreira princi-pal” para as exportações as taxasaduaneiras pagas nos Estados Unidospara os produtos importados da UniãoEuropeia. “Era um assunto que estavaa ser discutido para o acordo transa-tlântico. Víamos uma luz ao fundo dotúnel no mandato anterior da admi-nistração Obama e agora penso queisso já está fora de questão (…). Senós conseguíssemos o acordo, daforma como o euro-dólar está, real-mente as relações comerciais entre aUnião Europeia, nomeadamente Por-tugal, e os Estados Unidos podiamfortalecer e (…) dar um ‘boom’ muitogrande na nossa indústria”, afirmou oempresário à Lusa.Para Antonino Pinto, gerente da em-presa Trimalhas, “o importante é queo Ministério não se esqueça destas em-presas que fazem investimento ‘à lalongue’” e nas quais “o desânimo podeacontecer” face ao investimento feitoe “os resultados a não chegarem”.“Independentemente do esforço finan-ceiro que as empresas possam fazer,

temos de ter naturalmente o apoio doMinistério. Os apoios em termos deaquisição de maquinaria, facilidadesde pagamento, participarem no inves-timento nas infraestruturas, nos apoiosà formação profissional, nos apoios aoemprego”, afirmou à Lusa o gerente daempresa de Guimarães.Cinquenta e seis empresas portugue-sas tentaram demarcar-se na feiraPremière Vision que decorreu na se-mana passada, no Parque de Exposi-ções de Paris-Nord Villepinte, e quecontou com mais de 1.900 exposito-res de 57 países.Os têxteis ‘Made in Portugal’ são hojesinónimo de qualidade e estão namoda em França, a par de setorescomo o turismo, o imobiliário ou aconstrução, explicou à Lusa Carlos Vi-nhas Pereira, Presidente da Câmarade Comércio e Indústria Franco-Por-tuguesa. “O que nós queremos époder entrar em contacto com os ex-positores e com as associações em-presariais para os pôr em contactocom os nossos membros franco-por-tugueses ou franceses e para poder-mos responder aos numerosospedidos que temos em vários setores.É o caso do têxtil, mas também temosmuitos pedidos nos setores onde Por-

tugal tem um know-how e a fama deprodutos de qualidade”, afirmou Car-los Vinhas Pereira.Portugal foi o sétimo país expositor nafeira, em termos de empresas partici-pantes, explicou à Lusa Philippe Pas-quet, Presidente do Conselho deAdministração da Première Vision, ex-plicando que “a mais-valia de Portu-gal é que as empresas são muitoindustrializadas” e “o preço é muitocompetitivo”.Porém, passou-se, nos últimos anos,do “paradigma preço” ao “paradigmavalor”, contrapôs à Lusa Paulo Vaz,Diretor-geral da Associação Têxtil deVestuário de Portugal (ATP), que apoiaa participação portuguesa no âmbitodo projeto de internacionalização“From Portugal”, cofinanciado porfundos do programa Portugal 2020.“Portugal deixou de ser competitivopelo preço porque há sempre quemfaça mais barato do que nós, mas pas-sou a ser altamente competitivo pelovalor porque nós temos uma propostade valor aos clientes que, dentro donosso segmento, é praticamente im-batível”, indicou o responsável, subli-nhando que Portugal “está na modaum pouco por toda a parte” porque setornou “num caso de sucesso”.

Por Carina Branco, Lusa

Salão Première Vision em Villepinte

Le 15 février 2017

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08 EMPRESAS

Portugal Business Club de Lyon apresentou contas

O Portugal Busines Club (PBC) deLyon reuniu os seus membros no al-moço mensal que aquela instituiçãoorganiza, na sexta-feira da semanapassada, dia 10 de fevereiro, masdesta vez organizou também a As-sembleia Geral, para apresentaçãodas contas pelo Presidente Gil Mar-tins e pelo Secretário Jacinto.“Tivemos um saldo positivo no finaldo ano, pois no decorrer de 2016 asdespesas tiveram um volume muitomaior do que o habitual, pois feste-jámos o nosso décimo aniversário emnovembro e, como era de esperar, osvalores são diferentes” informou oPresidente Gil Martins. “O númerode aderentes não mudou e as cotasestão em dia”. Para as empresas acota de adesão aos PBC é de 300euros por ano, enquanto que para aspessoas singulares, a cota é de 150

euros.“Tivemos desde o início do ano váriasatividades. Em janeiro organizámosum encontro com várias empresastendo origem em diferentes países daEuropa, onde houve muitos inter-câmbios e partilhas de informaçõescomerciais e outras” explicou GilMartins ao LusoJornal. “Também re-cebemos empresários do grupo BNIde Vila do Conde, com empresas dosetor da segurança, contabilistas,produtores agrícolas e também cia-dores de mobiliário. Onde se regis-trou também um saldo positivo nesteencontro ao nível dos intercâmbios”.As próximas atividades do PortugalBusiness Club de Lyon também jáestão programadas. Até junho terãolugar os habituais almoços mensais,mas em junho terá lugar um encontrode promoção e divulgação com oClub espanhol.Os membros do Portugal Business

Club de Lyon estiveram presentes naapresentação do livro traduzido porRosa Maria Fréjaville e Gilles DelVecchio para francês “Farces del’Inde e de Inês Pereira” de Gil Vi-cente, já à venda desde dezembro do

ano passado. “Eu sou membro doPBC, mas penso que estas ações aonível da cultura portuguesa são tam-bém de louvar e de aplaudir” disseao LusoJornal Rosa Maria Frejanville,professora na Universidade Jean

Monet em St. Etienne.Neste encontro do Portugal BusinessClub de Lyon esteve também pre-sente um membro do PBC de St.Etienne, Pascal Arnaud, responsávelpela empresa imobiliária Attis. A fe-deração Fedeclaira do Rhône-Alpestem cerca de trezentas empresas e150 membros individuais, comquem o Portugal Business Club deLyon quer maximizar os intercâmbiose partilhar informações, aumentandoos seus meios de comunicação.Outro anúncio da noite: brevementeserá também feito o lançamento doAngola Business Club com o apoio ea presença de membros com a nacio-nalidade portuguesa. De sinalar apresença da jovem empresária CarlaLobão da CL Services, e da sua cola-boradora, que anunciou um volumede 400 clientes, que a empresaajuda a nível da gestão e em acom-panhamentos diversos.

Durante o jantar mensal

Por Jorge Campos

Le 15 février 2017

Une cliente de l’agence Banque BCP Paris 15 remporte une Peugeot 208La Banque BCP a remis, aux côtés deBPCE Assurances, une Peugeot 208à la cliente de l’agence de Paris 15qui a été tirée au sort dans le cadre dujeu «Mon Auto & Moi 2016» organiséen octobre dernier.Pour féliciter et remettre le véhicule àla gagnante, étaient présents ThierryAlvado, membre du Directoire de laBanque BCP, Jean-Marie Adam, Di-recteur marketing et commercial deBPCE Assurances, et Laurent Tison,responsable de l’animation commer-ciale de BPCE Assurances. La céré-monie s’est déroulée à l’agence deParis Monceau, située au 71 avenue

de Villiers, dans le 17ème arrondisse-ment de Paris, le jeudi 9 février der-nier.Le principe du jeu qui s’est déroulé du1er au 31 octobre 2016, alors que leMondial de l’Automobile battait sonplein au Parc des exposition de Paris,était le suivant: toute personne réali-sant une simulation tarifaire ou ayantsouscrit un contrat d’assurance auto-mobile ‘Mon Auto & Moi’ de la BanqueBCP, que ce soit en agence, par télé-phone ou sur le site internet www.ban-quebcp.fr avait la chance de participerau tirage au sort pour tenter de rem-porter une Peugeot 208, couleur

rouge rubis, d’une valeur de 15.300euros TTC ou l’une des 50 camérasembarquées d’une valeur de 90,60euros TTC mises en jeu.Vera Soares, cliente de l’agenceBanque BCP Paris 15, située au 13rue Paul Barruel, et nouvelle proprié-taire de la Peugeot 208, s’est montréeravie. «Je suis très heureuse d’avoirremporté ce jeu. J’ai appris la bonnenouvelle le 24 décembre et je ne vou-lais pas y croire, cela a été un magni-fique cadeau de Noël! Je tiens àremercier la Banque BCP, mon nouvelassureur, pour ce beau geste et cetteagréable journée».

Jorcar marcou presença no Retromobile de Paris

O salão Retromobile, uma feira dedi-cada aos colecionadores de carros an-tigos e de coleção, teve lugar noParque que Exposições de Paris Portede Versailles, entre os dias 8 e 12 defevereiro. Uma empresa portuguesa -a Jorcar, de Leiria - marcou presençaneste certame que juntou mais de500 expositores, 120 clubes, 45 ar-tistas e mais de meio milhar de carrosexpostos.Jorge Faria, o fundador da Jorcar, nas-ceu em Fontainebleau, filho e neto deemigrantes portugueses, mas foimuito cedo para Portugal, para casade uma tia, para estudar. Acabou pornunca mais viver em França.“O meu pai queria que eu fosse paraarquitetura e construção, que era aárea dele, mas eu fui para os automó-veis” contou ao LusoJornal. “Quandotirei a carta de condução já compravae vendia carros, por mero prazer, e fizdisto um negócio”.A Jorcar compra carros antigos paraos restaurar. “Em Portugal há 4 ou 5empresas de referência no restauro de

automóveis, mas nós só fazemos res-tauro dos nossos carros. Não temoscapacidade de resposta para trabalharpara fora”.O empresário Carlos Matos estava pre-sente na noite de abertura do salão,para confirmar as competências daJorcar, assim como Carlos Vinhas Pe-reira, Presidente da Câmara de Co-mércio e Indústria Franco-Portuguesa(CCIFP).Jorge Faria trouxe 7 carros para o Re-

tromobile e vendeu um antes mesmodo salão abrir, para um cliente suíço.“Fazemos um trabalho sério, com de-dicação, e quem conhece destas coi-sas, vê logo que está perante umaempresa séria” confirma ao LusoJor-nal, ao mesmo tempo que explica queé um trabalho árduo. “Neste setorninguém consegue prever nem prazosde entrega, nem orçamento”.“Podemos estar a prever restaurar umcarro em dois meses e acabar por de-

morar dois anos. E também podemospensar que se trata de algo simples, eafinal ficarmos bloqueados com umapeça que já não existe e que tem deser reconstituída identicamente”.Mas quem coleciona, não conta. NoRetromobile, vendem-se carros a100, 200, 300 mil euros. E até muitomais, como um “bólide” de MaprilBaptista, exposto no stand da Jorcar.O empresário português, que tambémmarcou presença na noite de abertura

do salão, com Mário Martins, com-prou-o ao jogador de futebol SamuelEto’o, à venda por cerca de um milhãode euros. “Não é um carro antigo masé um clássico. Já nasceu clássico,porque foram feitos poucos exempla-res à partida” explica Jorge Faria. Porisso os preços podem ir longe. “Mas éum bom investimento” consideraJorge Faria.Esta foi a primeira participação daJorcar no salão Retromobile, mas aexperiência parece ter agradado aJorge Faria e ao filho Simão. O Retro-mobile é um salão de exceção, comexposições, com muitos carros raros,com modelos únicos e com um leilãoque acabou por atingir os 40 milhõesde euros.

Carros antigos e clássicos

Por Carlos Pereira

LusoJornal / Carlos Pereira

LusoJornal / Jorge Campos

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José Luís Carneiro visitouNantes

Dia 1 de fevereiro, o Secretário de Es-tado das Comunidades, José LuísCarneiro, foi a Nantes a pedido doColetivo associativo Cap Ouest. Jun-tou-se ao Cônsul Geral AntónioMoniz, que chegou na véspera, paraassistir a uma reunião com a MaireJohanna Rolland, agendada por Ma-nuel Ferreira, Presidente de CapOuest.Os assuntos tratados nesse encontroforam a grande importância do tecidoempresarial português ou lusodes-cendente que favorece o dinamismoeconómico da região. É verdade quea Comunidade portuguesa está muitopresente, apesar de silenciosa por-que integrada de maneira excecional.As autarquias francesas têm portantoque dar atenção a esse fato, e consi-derar o potencial peso eleitoral dessapopulação que o Secretário de Es-tado qualificou de “Comunidade deligação”. Outro assunto abordado,esse de importância ainda mais rele-vante, a demolição no decorrer de2017 do local onde se encontram asatuais Permanências consulares noPôle Pirmil, em Nantes.Johanna Rolland garantiu que temConselheiros a trabalhar para o en-contro de outro local, não pôde darmais pormenores nesse dia mas pro-meteu que uma solução será forço-samente encontrada e que aComunidade portuguesa não ficarásem serviços consulares. Cabe agoraao Governo português perenisar osistema atual de Permanências ouoptar por um Consulado honoráriocomo noutras grandes cidades fran-cesas.A reunião na Mairie acabada, JoséLuís Carneiro foi visitar os dois funcio-nários em cargo das Permanênciasconsulares e elogiou o trabalho e a or-ganização de ambos.

Portuguesaencontradamorta em SémeriesUma portuguesa de Lisboa, com 52anos de idade, mas há 20 anos emi-grada no norte de França, Ana Licata,foi encontrada morta, na semanapassada, na sua própria casa, em Sé-meries (59).Desconfiados por não a verem, os vi-zinhos deram o alerta e o Maire foicom os Bombeiros ao domicílio daportuguesa, encontrando-a sem vida.

CULTURA 09

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Peça de Carlos Balbino sobre touradas ecante alentejano sobe ao palco em Paris

Carlos Balbino, o fundador da compa-nhia de teatro “Rêves Lucides”, ence-nou a peça “La Dernière Corrida” deXan Reinosa, uma peça em línguafrancesa, que mistura tourada e cantoalentejano. A peça teve uma antestreiana semana passada e vai estar em car-taz no Théâtre La Croisée des Chemins,em Paris, de 23 de fevereiro a 7 deabril.Carlos Balbino partilha o palco commais duas atrizes - Aline Boucraut eClémentine Savine - que embora sejamfrancesas, aprenderam o Cante alente-jano. “Aquilo que inicialmente me pa-recia difícil, porque não compreendo alíngua, depois de muito trabalho, pa-rece-me agora familiar” explica ao Lu-soJornal Clémentine Savine.O tema da peça não é consensual. Opróprio encenador confessa que váriasportas se fecharam. “O contexto étenso. O poder político, os lóbis, fazemcom que as pessoas ou estão contra ouestão a favor das touradas, mas as duaspartes confrontam-se” conta CarlosBalbino.Porque aceitou então abordar estetema? “Porque não o vi abordado emmais nenhuma peça de teatro” res-ponde ao LusoJornal. “Devemos ser aprimeira e única companhia queaborda esta temática”. Foi quanto bas-tou para que o “revolucionário” CarlosBalbino, se atacasse ao assunto. “Nósnão tomamos partido a favor ou contraas touradas. Falamos do assunto edamos a opinião das duas partes, masdeixamos o público tirar conclusões”.A própria abordagem, também merecedestaque. Fala-se de touradas, masnão há touros, nem toureiros, nem tou-radas. Aliás Carlos Balbino não querfalar dos toureiros, “aqueles vaidosos,que querem que toda a gente olhe paraeles”, mas prefere falar dos forcados.“O forcado é o povo. O toureiro é a no-breza. O toureiro é o liberal e o forcadoé o comunista” diz com fervor.A destruição “fictícia” da Arena deBeja é o ponto de partida da peça.Uma “jornalista” relata para a televi-são, os acontecimentos. “Imaginei a

destruição da Arena de Beja e imagineiaquilo que seria a última tourada, o fimdas touradas”. Pelo meio há suicídios,emoções, mas também momentos dedescontração em que o público é cha-mado a participar. E participa!Carlos Balbino estudou teatro na Es-cola Profissional de Teatro de Cascais,dirigida por Carlos Avilez. Depois foi 3anos para Londres e há 5 anos quemora em Paris, para onde veio estudarna Escola Jacques Lecoq. “Gosto deteatro físico, em que a ação é que dálugar ao texto e não o contrário” ex-plica.Quando criou a sua própria companhiade teatro, dois anos depois de ter che-gado a Paris, Carlos Balbino trabalhousobre uma peça sobre a Rússia - “L’Ar-chitecte des Rêves” - com cantos poli-fónicos russos. “Gosto desta ideia deintegrar cantos tradicionais numa peçade teatro” disse ao LusoJornal. Porisso, desta vez, optou pelo Cante alen-tejano. “É um canto que está inscritona lista de Património imaterial da hu-manidade, mas aqui em França só co-nhecem o fado”.Carlos Balbino passou um dia com umgrupo de forcados portugueses “parame inteirar verdadeiramente de comoas coisas se passam e como esta gentevive com paixão as touradas”, e para oCante alentejano descobriu o site “AMúsica Portuguesa a Gostar Dela Pró-pria” de Tiago Pereira. “Este é um pro-

jeto espetacular, com milhares de mú-sicas. Encontrei aqui muitos temasalentejanos. O mais complicado foimesmo escolher”.Carlos Balbino também abraça os pro-jetos com paixão. Abriu um castingpara recrutar atores que soubessemcantar. “E no final, deparei-me comuma lista grande de atores, que que-riam descobrir este canto, suficiente-mente grande para criar um grupo decantares alentejanos” diz ao LusoJor-nal.São pois dois projetos, num só: umapeça de teatro e um grupo de cantaresalentejanos. E ainda os ensaios iam ameio e já estavam a ser convidadospara a espetáculos. Fizeram a primeiraparte dos concertos de Kátia Guerreiroe de Ricardo Ribeiro no Festival desVilles des Musiques du Monde em2016, em Aubervilliers (93).Tiago Pereira, o fundador do projeto “AMúsica Portuguesa a Gostar Dela Pró-pria”, gostou da ideia e decidiu fazerum documentário. “São praticamentetodos Franceses, mas estão a divulgaro Cante alentejano em Paris. A ideia égenial” disse o realizador ao LusoJor-nal. “E como aprenderam a cantar apartir de vídeos meus, a ideia é ir falarcom os membros dos grupos que ser-viram de base para os temas e confron-tar tudo isto”. Tiago Pereira conta quehá temas em que “este grupo se inspi-rou de grupos portugueses que os tra-

tam com caraterísticas particulares eeles aqui repetiram essas mesmas ca-raterísticas particulares. Isso emo-ciona-me”.Durante mais de uma semana TiagoPereira filmou em Paris com os mem-bros do grupo, nos Champs Elysées, naTour Eiffel, em Montmartre,... “Comoeles são atores, prestam-se a estas coi-sas” confirma. Por isso, imaginou umgrande documentário “com saída nassalas de cinema e tudo”.“Nós só temos dois portugueses nogrupo, temos um terceiro que é luso-descendente, depois temos franceses,alemães, italianos. Isto é que é engra-çado, é meter esta gente toda a cantarem português estas melodias polifóni-cas e, aí, eles também começam a ga-nhar interesse à cultura tradicional daregião de onde eles vêm”, explicou àLusa Carlos Balbino que neste projetoassume as funções de Diretor musicaldo grupo.Apenas alguns dos temas do grupo in-tegram a peça “La dernière corrida”,como por exemplo “Não quero que vásà monda” ou “É tão grande o Alen-tejo”.

“La Dernière Corrida”De 23 de fevereiro a 7 de abrilÀs quintas e sextas, 21h30Théâtre La Croisée des Chemins43 rue Mathurin Régnier75015 Paris

Por Carlos Pereira

4L Trophy: Caixa Geral de Depósitos Francesoutient l’équipage de Jean-Mário RibeiroLa banque portugaise Caixa Geral deDepósitos France s’associe à l’équi-page de Jean-Mário Ribeiro qui partirademain pour Marrakech, dans lecadre du raid 4L Trophy.Le Raid 4L Trophy est une aventurehumaine, sportive et solidaire pourdes étudiants qui ont entre 18 et 25ans. C’est avant tout un raid humani-taire suivi par de nombreuses associa-tions caritatives (Association Enfantsdu Désert, Croix-Rouge française etbien d’autres!). La mission est d’ap-porter des fournitures scolaires etsportives aux écoles pour les enfantsmarocains.Cette 20ème édition se déroulera du16 au 26 février.Caixa Geral de Depósitos France atenu à s’associer, à côté d’autres en-

treprises franco-portugaises à l’équi-page de Jean-Mário Ribeiro, étudianten Master de Management des Achatsen alternance à l’Université de Ver-sailles St Quentin-en-Yvelines, en par-tenariat avec l’Ecole de CommerceSUP de Vente.Destination Marrakech! Un périple de10 jours dans la mythique Renault 4Let près de 6.000 kms sur les routesdu Sud de la France, l’Espagne et lespistes du Maroc.Ils seront 1.500 équipages (soit3.000 concurrents) à participer àcette aventure!Jean-Mário Ribeiro est le seul luso-descendant d’une équipe de 6 mem-bros, mais il n’a pas été choisi pourpiloter la voiture. Il restera donc enFrance.

Peça deu origem a um grupo de cantares alentejanos

Le 15 février 2017

Por Inês Vaz

Jacques Ribeiro

Page 10: PUB Hebdomadaire Franco-Portugais Edition nº 297 | Série II, du … · 2017-02-13 · Cinema. O filme “Estilhaços” de José Miguel Ribeiro, ganhou o prémio de melhor documentário

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Lionel Cecílio,Jacqueline Corado et Ericda Costa dans«Lucrèce Borgia»Le comédien Lionel Cecílio fera le rôlede Gennaro dans «Lucrèce Borgia»,une pièce de Victor Hugo, aux côtésde Jacqueline Corado (Lucrèce Bor-gia) et Eric da Costa (D. Alphonse),dans une mise en scène de GabrielleOrdas.Les comédiens seront accompagnéssur scène par un orchestre de 9 mu-siciens (vents et cordes) dirigés par Pa-trick Taïeb, pour jouer les partitions deLouis Alexandre Piccinni, comman-dées à l’époque par Victor Hugo, ex-pressément pour cette pièce.«Ça va être magnifique! Je suis trèsheureux de ce nouveau projet!» écritLionel Cecílio sur les réseaux sociaux.

Le cataloguedu siècle chrétien japonais des éditions ChandeigneLe 8 février est sorti en salle le film «Si-lence» de Martin Scorsese, adaptationdu chef-d’œuvre de Shûsaku Endô.Film très attendu, il narre l’histoire dejésuites portugais qui partent au Japonlors de la persécution des chrétienspar les shôguns au début du XVIIe siè-cle à la recherche du père CristóvãoFerreira dont ils n’ont plus de nou-velles. On dit qu’il aurait aposthasiésous la torture.Les éditions Chandeigne, à Paris,consacrent une partie de leur cata-logue au siècle chrétien japonais(1540-1640), siècle de présence por-tugaise. L’éditeur propose, entre au-tres, «La supercherie dévoilée», écritpar Cristóvão Ferreira, un des héros dufilm.Chandeigne propose également «Lescontes de la Montagne» de MiguelTorga.

Alma représente laFrance à l’EurovisionLa chanteuse Alma a été choisie pourreprésenter la France lors de la 62èmeédition de festival Eurovision, a an-noncé France 2 la semaine dernière.Alma, de 28 ans, qui sortira son pre-mier album une semaine avant leconcours, interprètera «Requiem».Elle succédera à Amir, sixième de l’édi-tion précédente, le meilleur classe-ment de la France depuis 2002.Pianiste et chanteuse de formation,Alma a écrit ses premières chansonsentre le Brésil, les Etats-Unis et l’Italie,pendant ses études dans une école decommerce.

10 CULTURA

«Estilhaços»: melhor documentário em Clermont

Le Prix du Meilleur documentaire auFestival du Court Métrage de Cler-mont-Ferrand a été décerné à JoséMiguel Ribeiro pour «Estilhaço».José Miguel Ribeiro est né en 1966 àAmadora, licencié d’art plastique, ilcontinuera le dessin à l’école desbeaux-arts de Lisboa. Il a commencéà travailler comme illustrateur en1990 et a étudié le cinéma d’anima-tion à Lazennec, en Bretagne, aprèsses études de filmographie à Porto, de1993 à 1994.José Miguel Ribeiro a réalisé depuis1995, une quinzaine de courts-mé-trages. Son premier film - «Ovos» - aété vu à Clermont-Ferrand en 1998(Europe en Courts). On l’a retrouvé en2002 dans la rétrospective portugaiseet plusieurs de ses films ont été ins-crits ou diffusés à Clermont Court:«Abraço do Vento» en 2004, «Passeiodo Domingo» en 2009 et «Viagem emCabo Verde» en 2010.Pour le 39ème Festival, le réalisateurJosé Miguel Ribeiro a concouru dansla compétition Labo, 30 films courts

de 17 pays, et pour la première foisun prix a récompensé le meilleur do-cumentaire: «Estilhaço» (Portugal /2016 / Animation / Documentaire /18’00). Réalisateur: José Miguel Ri-beiro; Producteur: Ana Carina Estróia(Filmes da Praça); Scénariste: JoséMiguel Ribeiro (Zeppelin Filmes,Lda); Directeur de la photographie:Carlos Cunha; Musique pré-existante:Tiago Cerqueira; Montage: Igor Este-

vão, Rita Patacas et João Champlon;Animation: Igor Estevão, João Rodri-gues, João Gargaté et Samuel Alves.Ce documentaire revient sur l’histoiredes soldats de la décolonisation quiont laissé des traces dans toutes lesfamilles portugaises durant les guerrescoloniales de l’Angola, du Mozambi-que, de Guinée-Bissau,… Ces soldatssont revenus avec des maladies post-traumatiques.

Dans ce court-métrage, on racontel’histoire d’un homme qui avoue à sonpère qu’il a fui sa famille dix ans plustôt, pour fuir ses mauvaises humeursfamiliales incessantes.L’année prochaine, le Festival duCourt-Métrage de Clermont-Ferrandaura lieu du 2 au 10 février. A l’occa-sion du 40ème anniversaire, un tim-bre sera émis spécialement.

Filmographie de José Miguel Ribeiro,de 1995 à 2016:1995 “Ovos”1996 “O Jardim da Celeste”1996 “O Banquete da Rainha”1998 “O Jardim da Celeste”1999 “A Suspeita”1999 “Cinanima spot”2000 “Timor Loro Sae”2000 “Salão Lisboa spot”2002 “Almada sem Carros”2002 “Dia Europeu sem Carros”2004 “As Coisas Lá de Casa”2004 “Abraço do Vento”2008 “Passeio de Domingo”2010 “Viagem a Cabo Verde”2014 “Papel de Natal”2016 “Estilhaços”

Filme de José Miguel Ribeiro ganha prémio no Festival Court-Métrage

Par Céline Pires

Deux films brésiliens projetés au 7èmeFestival Ciné sans Frontières à Arcachon

Le 7ème Festival Ciné sans Frontièresd’Arcachon présente depuis l’année2011 en V.O. sous titrés français, desfilms longs-métrages réalisés l’annéeprécédente à l’étranger, et souvent pri-més ici et là, tant en Europe qu’auxAmériques.Dans l’une des 2 salles obscures si-tuée en centre ville d’Arcachon, ainsique dans l’une des 10 autres dugrand complexe cinématographiqueen zone commerciale de La Teste, àla périphérie de la station balnéaire,ont été projetés le film brésilien «LeProfesseur de Violon» ainsi que le filmallemand «Vor der Morgenröte» ou en-core «Adieu l’Europe». Ce dernieraborde en grande partie la vie de Ste-fan Zweig à Rio de Janeiro.Ce Festival d’excellent niveau cinéma-tographique, remplit bien ses sallesmême en saison creuse et s’étale surune durée de 9 jours. Créé à l’initia-tive d’Enseignants en langues étran-gères, il attire un important publicd’adolescents mais aussi des ciné-

philes adultes souvent retraités.Le premier film, «Le professeur deviolon» traite de l’acharnement d’unprofesseur de violon à motiver desjeunes, issus des favelas pour les

aider à se dépasser à travers la mu-sique classique. Le second souligneles problèmes de l’enracinement dif-ficile d’un écrivain juif, Stefan Zweig,qui cherche sa place ailleurs que sur

son lieu de naissance, qu’il a étécontraint de fuir.Le public s’est senti en phase avecl’actualité pour les plus jeunes, ou enplein souvenirs pas si lointains quecela, pour les plus âgés.La langue portugaise - à consonancebrésilienne dans le second film - apermis aux adolescents, à travers laprojection de ces deux films, de se fa-miliariser un peu plus avec la mu-sique des mots, de découvrir un pande l’Histoire récente de ce vaste paysqu’est le Brésil presqu’aussi grandque l’Europe, et ses problèmes poli-tiques. Sans oublier les réflexions phi-losophiques et sociétales de StefanZweig, pacifiste convaincu, en périodede crises et de guerres. Les deux al-lant souvent de paire.Chaque année, lors de ce Festival, lespays invités à travers leurs productionscinématographiques changent. En2017: l’Europe de l’Est, l’an dernier:le Maghreb.Espérons que dans un avenir proche,les pays de langue lusophone serontinvités à leur tour.

Entre le 3 et le 12 février

Par Gracianne Bancon

François Chaignaud participa na Bienal BoCAOs artistas Salomé Lamas, Musa Pa-radisíaca (Portugal), François Chaig-naud (França) e Tania Bruguera(Cuba/Estados Unidos) serão os cria-dores residentes da primeira ediçãoda BoCA - Biennal of ContemporaryArts, em Lisboa e no Porto em marçoe abril.A programação da Bienal, com dire-ção artística de John Romão, foiapresentada no Teatro Nacional D.Maria II, em Lisboa, e decorrerá nasduas cidades entre de 17 de março

a 30 de abril, com espetáculos numcontexto transdisciplinar, das artesvisuais, e performativas à música.Na programação, com quatro deze-nas de artistas portugueses e estran-geiros, está prevista uma novacriação de Alexandre Farto, artistaconhecido por Vhils, diferente das in-tervenções escultóricas que temapresentado, no Centro Cultural deBelém.Trata-se da primeira criação de palcode Vhils, intitulada "Periférico", uma

peça performativa que reflete sobrea evolução urbanística, a emergênciadas subculturas urbanas, e o seu im-pacto em Portugal entre os anos1980 e 2000.Na programação, serão quatro os ar-tistas residentes da BoCA: SaloméLamas, Musa Paradisíaca (Portugal),François Chaignaud (França) e TaniaBruguera (Cuba/Estados Unidos).O coreógrafo e ‘performer’ francêsFrançois Chaignaud trabalhará umnovo recital/instalação, em colabora-

ção com a música Marie-Pierre Bré-bant e a artista cubana Tania Bru-guera assinará a sua primeira incursãono teatro, numa coprodução interna-cional, com “Endgame”, de SamuelBeckett.A nível nacional há vários parceirosde acolhimento e co-produtores emdiversas cidades, e a nível internacio-nal, entidades como o Festival d’Au-tomne à Paris e o o Théatre deNanterre-Amandiers (França), são al-guns dos parceiros.

Le 15 février 2017

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Nouvelle Librairie Éditeurs AssociésLes Éditeurs Associés - associationanimée par À Propos, Chandeigne,Esperluète et Points de suspension -ont créé en 2012 un espace consa-cré à l’édition indépendante, installéau 10 rue Tournefort (Paris 5ème).Le 1er février dernier, cette librairie adéménagé et prend le relais de la li-brairie José Corti au 11 rue de Médi-cis (Paris 6ème). Depuis 1938, celieu emblématique était la vitrine dela maison éponyme qui continuerad’exister et dont le fonds éditorial seratoujours présenté par les Editeurs as-sociés.Dans ces locaux plus grands, plus lu-mineux et mieux situés, l’associationcontinuera son travail de mise enavant de l’édition indépendante enprésentant davantage d’éditeurs. Lit-térature, jeunesse, sciences humai-nes, albums graphiques, poésie,beaux livres, typographie... serontmis à l’honneur sur les étagères fraî-chement réinvesties de ce lieuchargé d’histoire.Espace de rencontre, la librairie desÉditeurs associés proposera une pro-grammation riche et singulière autourde discussions, lectures, ateliers decréation et d’écriture, projections, dé-gustations littéraires, lectures musi-cales et performances.Ouverte à tous depuis le 1er février.

XIIIe FestivalInternationalde Choro deParis

Pionnierd e pu i s2001 enEurope,le Clubdu Chorode Paris,en parte-n a r i a tavec leC eb r a -mu s i k ,organise

les vendredi 17, samedi 18 et diman-che 19 mars prochains, le 13èmeFestival de Choro de Paris sous la di-rection artistique de la pianiste MariaInês Guimarães.Week-end non stop: six concerts ensoirée avec les groupes brésiliensvenus pour l’occasion et des ateliersinstrumentaux de divers niveauxtoute la journée de samedi et di-manche: cavaquinho, mandoline,guitares 6 et 7 cordes, pandeiro, etpour tous instruments - oreille etmémoire, interprétation mélodique,langage rythmique, improvisation,harmonie et arrangement.Rencontre de musiciens de choro ve-nant du Brésil, de diverses régions deFrance, d’Europe et d’ailleurs enhommage aux compositeurs duMinas Gerais.

CULTURA 11

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Conférence de Michel Chandeigne à Tourssur «Le voyage des plantes»

C’est à l’hôtel de ville de Tours (37)que Michel Chandeige, présentera saconférence sur le thème «Le voyagedes plantes avec les découvreurs por-tugais», le vendredi 3 mars, à 18h30.Organisée par l’Association CulturelleFrance-Portugal de Tours, RobertCollet a tenu à faire découvrir locale-ment l’importance des découvreursportugais dans le monde lorsqu’ilsont transporté des plantes et desfruits d’un continent à un autre.«Quand Michel Chandeigne nousavait présenté, en 2015, le livre tra-duit en français de José Mendes Fer-rão, je l’ai trouvé extrêmementintéressant et étant moi-même an-cien professeur de SVT, j’ai voulufaire une conférence autour de celivre», explique le Président de l’as-sociation, Robert Collet.«On sait plus ou moins comment cer-taines plantes d’origine américaine,comme la tomate ou la pomme deterre, sont parvenus en Europe et lesanecdotes qui leur sont liées. Mais onignore qu’au XVIè et XVIIè siècles,quasiment toutes les plantes vivrièresont changé de continent, bouleversantcomplètement les habitudes alimen-taires et les pratiques agricoles dans le

monde entier, en particulier dans leszones tropicales. On assiste à un pre-mier phénomène de mondialisationsans précédent dans ce domaine. Ilsuffit de penser à l’importance prisepar le manioc en Afrique où il est de-venu l’aliment principal; à celle dumaïs en Afrique et en Orient; à la placecentrale occupée désormais par lespatates douces en Extrême Orient etdans l’alimentation chinoise; à l’exten-sion du bananier sur la côte ouest del’Afrique et en Amérique; à l’omnipré-sence des cocotiers; à l’expansion de

la culture de l’ananas, de la mangueet d’autres fruits; au périple pluricontinental du café arabica au fil dessiècles; aux conséquences de l’intro-duction plus tardive du cacaoyer sur lacôte occidentale africaine; aux ravagesrécents de la monoculture du palmierà huile en Indonésie et en Malaisie,etc.».Robert Collet définit ce livre commeun travail de titan, saluant les nom-breuses recherches à l’époque illus-trées par des dessins «merveilleux faitssoit par les botanistes soit par les mis-

sionnaires qui décrivaient les plantesqu’ils voyaient».En plus, ce livre édité par les édi-tions Chandeigne «est enrichi avecun mappemonde qui montre parexemple comment l’ananas est passéde l’Amérique du Sud en Asie. Onsait qu’aujourd’hui le plus gros pro-ducteur d’ananas n’est plus le Brésilmais la Thaïlande»! L’exemple du ca-caoyer est aussi flagrant, le responsa-ble évoque aussi son origine enAmazone puis a été transporté enAfrique et en Indonésie, «et désor-mais c’est la Côte d’Ivoire le plus grosproducteur de cacao au monde. Il nefaut pas non plus oublier que cesont les découvreurs portugais quiont apporté l’ananas en Inde»!Une conférence ouverte au public etqui devrait attirer beaucoup de mondeselon Robert Collet. Ayant essentielle-ment pour but de montrer l’impor-tance des découvreurs portugais, bienplus que les espagnols, dans le voyagedes plantes et des fruits à travers lemonde et qui malheureusement esttrès méconnue en France. Une projec-tion de photos aura lieu égalementpendant la Conférence.

Salle Anatole France, 18h30Infos: 06.83.27.31.15

Par Clara Teixeira

Peça francesa de Mohamed El Khatibno Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria IIO encenador franco-marroquino Mo-hamed El Khatib partiu de entrevistas,‘emails’, ‘sms’ e documentos para apeça “Acabar em beleza”, uma histó-ria de luto, a estrear no Salão Nobredo Teatro Nacional D. Maria II, em Lis-boa, no dia 18.Estas fontes reais serviram de inspira-ção a Mohamed El Khatib para, sozi-nho, em palco, reconstruir a históriade um luto, do luto de sua mãe.A história remonta a 2012, quandoMohamed El Khatib fazia uma resi-dência artística, em Bruxelas, emtorno do que chamou “escrita do ín-timo”, uma procura que o levou aexaminar modos de traduzir a sua lín-gua materna, o árabe, para uma lin-

guagem teatral, através de entrevistasfeitas à sua própria mãe. A meio doprocesso, porém, perdeu a interlocu-tora, estabelecendo um choque entrevida e obra.“Acabar em beleza” foi, assim, se-gundo o Teatro Nacional D. Maria II,a possibilidade de retomar o trabalhoartístico que explora as modalidadesde diálogo, a partir da noção de frag-mento. “De fragmento de uma rela-ção, de uma história, de umapaisagem, fragmento da língua ma-terna, da linguagem teatral, da es-crita, de tudo o que restará de umamãe e de um filho, depois da morteda primeira”, sublinha o teatro, naapresentação da obra.

A peça, em francês, com legendas emportuguês, materializa-se assim, deacordo com o Teatro, num momentointimista, interpretado pelo autor.“Acabar em beleza” será representadanos dias 18, 19 e 22, às 19h00, e nosdias 23 e 25, às 21h30, e, no dia 24,às 19h00 e às 21h30.No dia 25, às 18:00, será lançado olivro “Acabar em beleza”, uma ediçãodo Teatro Nacional D. Maria II, numasessão que conta com o autor, Moha-med El Khatib, e com o Diretor do tea-tro, Tiago Rodrigues. O texto “Finir enbeauté”, publicado pela editora LesSolitaires Intempestifs, recebeu oGrande Prémio de Literatura Dramá-tica 2016, do Ministério da Cultura e

da Comunicação de França.Com texto, conceção e interpretaçãode Mohamed El Khatib, o espectá-culo tem ambiente visual de FredHocké, ambiente sonoro de NicolasJorio e produção da companhia fran-cesa Zirlib, em associação com oThéâtre d’Arras e o Théâtre de Van-ves - Centre Dramatique NationalOrléans/Loiret/Centre Scène Natio-nale de Sète et du Bassin de Thau.Mohamed El Khatib é um artista as-sociado do Théâtre de la Ville, emParis, e do Centre Dramatique Régio-nal de Tours-Théâtre Olympia, acom-panhado pelo L’L - Lieu de rechercheet d’accompagnement pour la jeunecréation, de Bruxelas.

Teatro

À l’Hôtel de Ville de Tours, organisé par France-Portugal

Le 15 février 2017

Figuras do cinema francêssubscrevem protesto ao Governo portuguêsMais de 500 personalidades portugue-sas e estrangeiras ligadas ao setor docinema, entre as quais realizadores,atores, produtores e técnicos, subscre-veram uma carta aberta de protesto aoGoverno português contra a nova regu-lamentação da lei do cinema e audio-visual.“Os subscritores desta carta de pro-testo querem recordar ao Estado queo cinema português não é uma ques-tão exclusivamente nacional. Por isso,prestam a sua solidariedade com osrealizadores e produtores portugueses

que se têm oposto a este processo emanifestam o seu repúdio caso o de-creto-lei seja homologado”, lê-se nacarta divulgada hoje, disponível no‘site’ do festival Doclisboa.Entre os subscritores estrangeiros da“carta de protesto e solidariedade”,estão nomes como os dos realizadoresPedro Almodóvar (Espanha), WalterSalles (Brasil), mas também dos reali-zadores franceses Mia Hansen-Love,Christophe Honoré, Agnès Jaoui, LeosCarax e Phillipe Garrel. O diretor da Ci-nemateca Francesa, Frédéric Bon-

naud, a programadora do Centro Geor-ges Pompidou, Eva Markovits, e os crí-ticos dos Cahiers du Cinéma sãooutros subscritores.Na carta divulgada, os subscritores re-cordam que “há várias décadas quePortugal é tido como um caso à parteno contexto da produção cinematográ-fica mundial”.“Tratando-se de um país pequeno,sem mercado interno para sustentaruma indústria, é raro o ano em quesurja nas salas de cinema mais do queuma dúzia de longas-metragens nacio-

nais", referem. No entanto, “é eleva-díssima a percentagem desses filmescom presenças em festivais internacio-nais” e, “a partir da década de 1980,de um modo sistemático, o cinemaportuguês tem sido objeto de mostrase homenagens”.Os signatários consideram que “o ‘mi-lagre’ desta desproporcional visibili-dade internacional no contexto de tãoescassa produção deve-se ao mérito”de realizadores, técnicos, atores e pro-dutores, mas também a uma “políticacultural que fomentou a produção”.

LusoJornal / Mário Cantarinha

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12 CULTURA

Antoine Sibertin-Blanc: 50 ans au service du Portugal

Il y a des rencontres qui en appellentd’autres. Cela conduit à un enrichis-sement personnel, mutuel, à la dé-couverte et à l’exploration sur desdomaines et univers qui ne noussont pas familiers... voir inconnus.La rencontre organisée par le ComitéHaut de France/Portugal à Roncq, le28 janvier à l’initiative de Bruno Ca-vaco, Consul Honoraire à Lille, aconduit à des rencontres. Rencon-tres avec des personnes, rencontresavec des parcours de vie, rencontresavec des projets de vie. Ne serait-ceque pour cela, ce type de réunion estsalutaire. Il y a des personnes, qui,sans cela ne se seraient jamais ren-contrées.Venu de Montpellier, le producteurdistributeur musical François Siber-tin-Blanc, nous a fait découvrir sonpère, Antoine Sibertin-Blanc. An-toine étant également le père d’AnneFontaine, réalisatrice qui a travailléavec les plus grands acteurs fran-çais. Son dernier film vient d’êtreprésenté à Lisboa, en janvier 2017,par la réalisatrice même: «Les inno-centes».François Sibertin-Blanc est né à Lis-boa, où il a vécu pendant 18 ans,baigné dans la musique pour orgue,puisque son père a été le titulaire del’orgue de la Cathédrale de Lisboapendant 50 ans.Depuis tout jeune, il s’est intéresséaux techniques d’enregistrement àl’occasion de concerts d’orgue ets’est donc naturellement spécialisédans son instrument préféré, l’orgue,ayant visité de nombreux lieux afinde rechercher l’acoustique parfaitepour faire les meilleurs enregistre-ments possible.Qui est donc ce père, musicien, prisd’amour pour le Portugal et qui aconsacré presque toute sa vie à jouerde l’orgue et à faire sa promotion?Parisien de naissance et de forma-tion, Antoine Sibertin-Blanc éprouvetrès tôt le besoin de prendre le large.Élève de l’École César Franck, de1945 à 1954, il y reçoit un ensei-gnement multidisciplinaire (piano,composition, orgue) et y obtient no-

tamment, sous la direction d’ÉdouardSouberbielle, le Diplôme Supérieurd’Orgue et d’Improvisation, tout enrecevant l’enseignement de MauriceDuruflé au Conservatoire National deParis.Assurant, dès 1952, les postes d’or-ganiste de la Maîtrise de la Made-leine et de Maître de Chapelle àSaint Merry, il se décide en 1955 àquitter Paris pour le Luxembourg, oùil restera jusqu’à la fin de 1960.Mais quand l’occasion se présented’enseigner l’orgue à Lisboa, au Cen-tre d’Études Grégoriennes récem-ment fondé, il n’hésite pas.Bénéficiant, dès son arrivée, d’unensemble de circonstances très fa-vorables, il est nommé, en 1961,Professeur d’Orgue au Centre, sus-mentionné et, en 1965 Titulaire duGrand Orgue de la Cathédrale de Lis-boa, puis Professeur de la classed’Orgue et d’Improvisation à l’ÉcoleSupérieure de Musique de Lisboa;deux postes clef, aux multiples ré-percussions sur tous les plans, dansun pays qui, après un long déclin,redécouvre, peu à peu, les mer-veilles de son patrimoine, restaure

ses orgues, et du même coup, ac-cède à la connaissance et à la pra-tique du grand répertoire organis-tique universel.Attentif à tous les aspects de ce re-nouveau, Antoine Sibertin-Blanc,poursuit inlassablement sa tâche dedivulgation dans tout le pays, y com-pris aux Açores et à Madère et, surle plan international, dans toutel’Europe et au Brésil.Antoine Sibertin-Blanc a été décoréen 1999 du titre de Commandeur del’Ordre de Santiago da Espada par lePrésident de la République Portu-gaise, Jorge Sampaio. Il est consi-déré comme le bâtisseur de l’écoled’orgue portugaise. Luís Manuel Pe-reira Silva, responsable de la Pa-roisse de la Cathédrale de Lisboadisait d’Antoine Sibertin-Blanccomme étant celui qui a su faire del’orgue une prière.Quoique français d’origine, le Portu-gal l’a adopté. A son décès, le 17 no-vembre 2012, on écrivait «en unpeu moins d’un an, le Portugal aperdu deux figures notoires de notreculture, toutes les deux en rapportavec l’art du son: Maria Helena Pires

de Matos et aujourd’hui le professeurAntoine Sibertin-Blanc».Quatre années après la mort de cetorganiste hors pair, on découvre ouredécouvre la vie et l’œuvre de cethomme qui a consacré toute sa vie àla musique, à la musique pourorgue. Le 17 décembre 2016, Leo-nor de Lucena Sibertin-Blanc, veuved’Antoine et en même temps sa bio-graphe, a présenté à Lisboa le livresur son mari «Ad memoriam».De son côté, le fils d’Antoine, Fran-çois Sibertin-Blanc, édite aux édi-tions FSB Musique, deux CDd’enregistrements de son père jouantde l’orgue.Le premier CD contient des mor-ceaux joués lors du 40ème anniver-saire de l’orgue de la Cathédrale deLisboa. Dans ce CD on peut écouterdes œuvres de compositeurs portu-gais tels que: Manuel RodriguesCoelho, António Correa Braga, CarlosSeixas e Francisco Xavier Batista.Le deuxième est consacré aux «œu-vres inédites pour orgue d’Haendel».Certains morceaux de ces enregistre-ments furent composés par le musi-cien même.

Le virtuose de l’orgue:

Par António Marrucho

Le 15 février 2017

«Le temps del’exil portugais(1926-1974)»

La revue Exils et migrations ibériquesau XXe siècle, associée à la revue Ri-veneuve Continents, vient de publierun numéro spécial sur l’exil politiqueportugais pendant la dictature.«Entre 1926 et 1974 - peut-on lireen 4ème de couverture - des di-zaines d’opposants, sur plusieurs gé-nérations, ont dû s’exiler. L’Europe,et la France en particulier, émergeen tant que terre d’accueil pour tousceux qui combattent la tyrannie. Lesexilés portugais viennent d’un largeéventail idéologique, et se retrouventdans plusieurs groupes et partis po-litiques aux liens et aux relationscomplexes et parfois antagonistes».Au sommaire de ce précieux nu-méro coordonné par Cristina Clí-maco et Marie-ChristineVolovitch-Tavares on trouvera untexte introductif de Marie-ChristineVolovitch-Tavares sur la diversité desapproches de l’histoire de cet exil;Yves Léonard, quant à lui, fait uneanalyse de la situation au Portugalente exil et dictature; Heloisa Pauloévoque la coopération entre exilésportugais et républicains espagnols(1931-1939); Cristina Clímaco rap-pelle les solidarités antifascistes pen-dant la guerre d’Espagne; Yvette dosSantos propose un article sur lespréoccupations intellectuelles et l’en-gagement politique de António JoséSaraiva en France; Susana Martinsprésente les deux scènes de l’exilportugais entre 1961 et 1965: l’Algé-rie et le Maroc; sous le titre «Le PartiCommuniste Portugais à l’épreuvede l’exil», Victor Pereira évoque lecas des Communistes portugais enFrance; João Madeira analyse la«groupusculisation» des «marxistes-léninistes» portugais émigrés enFrance; João Carlos Vitorino Pereiraremémore l’hommage que UrbanoTavares Rodrigues, ancien exilé enFrance, rend à l’esprit révolutionnairefrançais dans «A Flor da Utopia»; ledernier article, intitulé «Émigration,drapeaux, black aout», est un témoi-gnage et une réflexion critique deAntónio Coimbra Martins sur les re-lations luso-françaises. Un résuméde chaque article, ainsi qu’une brèveprésentation des auteurs figurent àla fin de l’ouvrage.

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

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CULTURA 13

Après Amadeo de Souza CardosoChristophe Fonseca fait découvrir Camille Pissarro«Amadeo de Souza Cardoso, le der-nier secret de l’art moderne», le filmde Christophe Fonseca, continue dedivulguer la culture portugaise à tra-vers le monde et participer à la justereconnaissance de l’artiste après desannées de silence.Après la projection dans les salles duGrand Palais et sur France Télévisionqui a permis de faire découvrir au pu-blic français cet artiste de génie, ledocumentaire a connu un incroyablesuccès au Portugal. Une avant-pre-mière à Lisboa devant une salle pleinede 1.200 spectateurs mais surtout ladiffusion en prime time sur le canalRTP1. Une programmation auda-cieuse et inédite qui a permis de réa-liser un étonnant record d’audience.Une façon de tordre le coup au clichéque le public portugais ne s’intéressepas autre chose que les Telenovelas.Face à ce succès, le Directeur de laRTP a affirmé sur ces ondes et à lapresse son intention d’intensifier laprogrammation culturelle sur lachaîne.Mais l’aventure Amadeo ne s’arrêtepas là. Après plus d’un million despectateurs en France et au Portugal,le film a pu être vu dans le mondegrâce à la distribution internationalede France télévisions mais aussi de la

RTP, une juste reconnaissance inter-nationale pour l’artiste. C’est mainte-nant au tour des plus grandesinstitutions d’art internationales defaire honneur à l’artiste portugais. Le

mois dernier c’est au Louvre que ledocumentaire a été projeté et le 8avril prochain ce sera au sein du pres-tigieux MOMA de New York, que lepublic newyorkais pourra découvrir la

vie du peintre lors de l’avant premièredu film sur le sol américain.Une belle aventure qui donne toutson sens à la coopération entre lePortugal et la France grâce à l’en-

tente de la télévision publique desdeux pays respectifs mais aussi parle soutient des partenaires la pre-mière heure: la Fondation CalousteGulbenkian, la Caixa Geral de Depó-sitos et de Fidelidade. Sans oublierle déterminisme du réalisateur etproducteur, Christophe Fonseca quis’emploie depuis des années àconstruire des projets afin de défen-dre et divulguer la culture portugaiseà l’international.Son prochain film rendra hommageun autre artiste, Camille Pissarro,dans le cadre d’une grande expositionconsacrée au peintre impressionnistedu 16 mars du 9 juillet 2017 auMusée du Luxembourg, organisée parla RMN-Grand Palais. Premièregrande rétrospective depuis 35 ans enFrance, elle se concentre sur les vingtdernières années de vie et de créationdu peintre, une période méconnuemais riche de magnifiques toiles.Encore plus méconnues ce sont lesorigines de celui que l’on considèreaujourd’hui comme le Père de l’Im-pressionnisme: Camille Pissarro, des-cend en effet d’une famille portugaisede Bragança, au nord du Portugal,mais ça, c‘est une autre histoire quel’on pourra découvrir le 26 mars surFrance 5!

Film sur Amadeo bientôt à New York

Le 15 février 2017

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Peintre Camille Pissarro, d’origine portugaise

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Le “cadeau”de Tony Carreira àMickaël dosSantos

Le troisième album de Tony Carreirapour le marché francophone est dés-ormais en vente, depuis la semainedernière, le 10 février, et s’appelle “Lecœur des femmes”.C’est un album de duos - 11 chan-sons, véritables déclarations d’amour- des tubes connus par tout lemonde. Tony Carreira chante avecLara Fabian, Chico & The Gypsies,Daniel Guichard, Julie Zenatti, DavidGategno, Ishtar, Didier Barbelivien,Michel Fugain, Ricky Martin, DavidCarreira et Mickaël dos Santos.«Le duo avec Tony Carreira est avanttout une fierté de participer dans sonalbum. L’idée vient de ma Maisondes disques qui a proposé cette col-laboration étant donné mes originesportugaises. Le thème nous a étéproposé, et nous avons aussitôt ac-cepté» explique Mickaël dos Santos,qui est désormais connu grâce àl’émission La France a un incroyabletalent, sur la chaîne M6.Cette chanson, «Vous les femmes»,est un hommage aux femmes en gé-néral, «en ce qui me concerne, c’estun peu comme un hommage enversma maman décédée» expliqueMickael dos Santos aux journalistesde Lusopress et de Radio Alfa.Désormais concentré sur sa carrièremusicale, Mickael dos Santos recon-naît avoir une énorme chance deréaliser ses rêves, et «je tiens à saisircette opportunité qui s’ouvre à moi etaller au bout de mes rêves».Finaliste du concours «La France aun incroyable talent», Mickael dosSantos avait interprété le thème«Change is gonna come» de Seal, unhommage à sa mère et qui a du coupbouleversé le jury composé d’HélèneSegara, Kamel Ouali, Gilbert Rozonet Eric Antoine, sans oublier le publicqui a cru en lui.

14 CULTURA

Sandra Helena regressa à Sala Jean Vilar

É já no dia 26 de fevereiro que SandraHelena regressa ao palco da sala JeanVilar em Argenteuil (95), para um es-petáculo em grande. São vários ostemas que a cantora vai interpretaracompanhada pelos músicos e dan-çarinos.Após um interregno na carreira musi-cal para se dedicar à família, a cantoravolta à sua paixão de sempre, comunhas e dentes. “Vou cantar 16 ou 17temas, na maioria já conhecidos, eque estou precisamente neste mo-mento a gravar de novo em estúdio,para editar um ‘Best-of’, que deverásair no mês de abril. Por conseguinteas músicas mudam um pouco, anteseram mais tradicionais, agora os sonssão mais modernos, mais rock. Tam-bém interpretarei alguns temas inédi-tos e outros ainda gravados muitorecentemente”.“Anjo protetor”, “Mudança de dor” e“A última carta” são algumas dasnovas músicas que Sandra Helena irácantar. Mas o repertório escolhidopara este espetáculo é mais dinâmicocom sons variados como o latino,salsa ou ainda kizomba. “Vai ser umespetáculo muito dinâmico, mexido,vou estar acompanhada de mais deuma dezena de músicos e dançarinosno palco, vai ser um grande show”,confiou ao LusoJornal. A cantora temapostado bastante nos seus músicose nos intrumentos escolhidos. “Temosensaiado muito estes últimos tempos,conhecemo-nos bem e a cumplici-dade permite propor um show demaior qualidade”.Durante a tarde, outros artistas tam-

bém irão animar a sala, a começarcom DJ Rico, Big Tom, com quemSandra Helena irá cantar “Calor” eoutro duo com Fernando Correia Mar-ques, “Ó rapaz vem cá”.“São artistas que conheço bem e quesempre têm acompanhado o meu tra-balho e esta é uma boa oportunidadepara cantarmos juntos e partilhar umbom momento alegre com o público ede uma certa forma de dinamizar oespetáculo”, acrescenta.A cantora originária de Alcanedas, dizter uma afeição muito grande por Por-tugal, a sua inspiração está muito re-lacionada com o país. “Sou feliz emPortugal”, “Não há como o homem

português” ou ainda “Made in Portu-gal” demonstram o seu carinho e estaproximidade entre viver em Françamas sempre com o coração em Por-tugal. A artista conheceu muito su-cesso com os temas “Olhos de gata”e muitos outros que a levaram parafora da Europa.Confiante e persistente, a cantoraquer “reconciliar-se” com o seu pú-blico, com a sua carreira musical, e asua passagem pelo Olympia na pri-meira parte do concerto de Luís FilipeReis, no ano passado, deu-lhe von-tade e motivação para regressar aospalcos. “Foi sem dúvidas um mo-mento inesquecível no qual senti que

o público, mesmo não estando ali pro-priamente para mim, não me tinha es-quecido e retribuíram-me o carinhoque de certa forma precisava, vindoter comigo no final do espetáculo”.Mais maturidade e com uma voz maisfirme, Sandra Helena atrai pela suasimplicidade e o seu desejo de parti-lhar a música com o público. Um es-petáculo a não perder nesta salamítica de Argenteuil, onde a artistanos reservará ainda algumas surpre-sas.

Domingo, 26 de fevereiro, 15h00Réservations: 06.98.81.76.42

Em Argenteuil

Por Clara Teixeira

Johnny organiza convívio com fãs

O primeiro convívio de fãs de Johnny,teve lugar na quinta-feira passada norestaurante “Le Chic” em Pierrelaye(95). Silvia de Sousa, proprietária dorestaurante começou por exprimir asua alegria por acolher um dos seus ar-tistas preferidos no seu estabeleci-mento. “Já conhecemos o Johnnydesde pequeno, ele vem cá todas assemanas, é como se estivesse em casadele, e para nós é um orgulho muitogrande tê-lo aqui connosco”. Sílvia deSousa regozijou-se por ser ali o pontode encontro com os fãs de Johnny. “Asnossas portas estão sempre abertaspara o Johnny e os seus fãs”.Na esmagadora maioria, as mulheresforam ao encontro de Jonnhy paramostrarem o seu carinho pelo trabalhodo artista lusodescendente.Com 17 anos apenas, Alexia Batistareconheceu ser uma fã do cantordesde há 2 anos. “Passei aqui um mo-mento muito agradável, conheço bemas canções dele. Tento acompanhar osseus espetáculos, quer sejam na regiãoparisiense ou mais longe, eu vou»!Do outro lado do palco, Johnny expli-cou que este concerto era dedicadoaos seus fãs. “Tinha já feito uma pri-meira edição de convívio na Madeira,onde me encontrava de férias e como

não vou lá muitas vezes, achei boaideia encontrar-me lá com o públicoque me tem seguido”. Contudo o ar-tista confessou que fazê-lo em Paristinha um sabor especial, “já que foiaqui que a minha carreira começou, eé muito bom estar aqui com eles. Nãoobstante ser um dia de semana, a salaencheu e fico muito satisfeito por vertanta gente aqui comigo”.

O talento e o sucesso da sua carreirajá começa a levar Johhny fora da Eu-ropa. “As coisas estão a acontecer,tenho um concerto marcado no Ca-nadá brevemente, outras datas estãoa aparecer na Europa e ano após ano,tenho cada vez mais um públicomaior e o meu trabalho é cada vezmais conhecido, e espero que assimcontinue”.

Outra fã do cantor lusodescendente,Sofia Lopes, declarou ao LusoJornalestar muito alegre por estar a assistirao espetáculo do seu ídolo. “Não hápalavras para descrever este momento.Onde eu puder ir vê-lo cantar, eu vou.Eu ouço o cantor em casa, sigo-o nasredes sociais e quando posso ir aos es-petáculos, eu vou obviamente”, con-cluiu feliz.

Em Pierrelaye

Por Mário Cantarinha

Le 15 février 2017

LusoJornal / Mário Cantarinha

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ASSOCIAÇÕES 15

lusojornal.com

Sucy-en-Brie aux «Couleurs du Portugal»

La ville de Sucy-en-Brie, dans le Val-de-Marne vit aux couleurs du Portu-gal depuis le début du mois defévrier. Dans le cadre de sa saisonculturelle 2016/2017, la ville achoisi cette année de promouvoir laculture portugaise. La municipalitécompte sur un de ses élus, DavidCardoso, en charge du développe-ment du commerce sur la ville, pourdynamiser et attirer le maximum depersonnes.Exposition de photos à visiter dèsmaintenant et un double spectaclede fado avec Marco Rodrigues, quiaura lieu le vendredi et le samedi,24 et 25 février prochains.David Cardoso a ainsi pris son rôlede chef d’orchestre très au sérieux,et tient à faire découvrir aux Sucy-ciens et tous ceux qui souhaiterontse déplacer, son pays d’origine au-quel il est si attaché. Avec la muni-cipalité et le soutien de Marie-CaroleCiuntu, Maire de la ville et vice-Pré-sidente de la Région Ile de France,qu’il définit comme «quelqu’un deproche depuis longtemps de la Com-munauté portugaise».Depuis le début du mois «Les Cou-leurs du Portugal» propose une ex-position «Portugal patrimoine del’humanité» ouverte au public sur 2sites de la ville: une partie dans l’An-nexe, au cœur du vieux village, etl’autre partie à l’espace Jean-MariePoirier, dans le centre de la ville. Onpeut alors découvrir des photos et

des textes, «qui nous ont été prêtéspar l’Instituto Camões, ainsi que desfilms documentaires de promotiondu Portugal projetés sur plusieursécrans». Des illustrations de SaraTeixeira sont également exposées.David Cardoso évoque alors le Portu-gal comme «l’un des plus vieux paysd’Europe. Nous sommes la 3èmelangue européenne la plus parlée aumonde. Et puis nous sommes la plusgrosse Communauté étrangère enFrance, alors c’est bien d’être vuscomme un peuple travailleur et dis-cret mais il faut aussi faire découvrir

notre culture, notre musique et lefado justement représente bien notrepays car il ne peut être chanté qu’enportugais», souligne-t-il.Mais sans musique, tout serait «plusfade», d’où l’idée de boucler par unweekend de fado, de plus en plusapprécié par les Français. «C’est lorsd’un dîner caritatif que la Maire m’ademandé de faire appel à Marco Ro-drigues. D’une grande générosité, ils’est montré aussitôt disponible etintéressé par cet événement. J’ai ététouché par son côté artistique, car ila une voix spectaculaire et il joue

aussi de la guitare, mais j’ai aussiété touché par son côté humain»,avoue-t-il au LusoJornal.Marco Rodrigues appartient à cettenouvelle génération qui a donné auFado un caractère contemporainsans lui ôter l’émotion pure qui s’endégage. Cet artiste aux multiples in-fluences musicales interprète deschansons qui touchent notre sensi-bilité. Marco Rodrigues, artiste deFado reconnu (Prix Grande Nuit duFado en 1999 à seulement 17 anset Prix découverte Amália Rodriguesen 2007, en 2016 Gramy Latino),

présente son quatrième album‘Fados do Fado’. Avec sa capaciténaturelle à rassembler le public, ilrend hommage aux chanteurs deFado qui l’ont influencé et à leurspoésies: Carlos do Carmo, Tristão daSilva, Jorge Fernando ou Tony deMatos…Répéter cette manifestation l’an pro-chain, pourquoi pas, «il y a des villesplus petites qui le font, Sucy-en-Briea mis son service culturel et commu-nication pour porter cette manifesta-tion et j’espère sincèrement que cesera plein, qu’il y ait beaucoup depublic».Cette première édition des «Couleursdu Portugal» attire déjà pas mal demonde, le public semblent être bienréceptif, et le dîner concert est déjàbien rempli, mais n’hésitez pas àvous renseigner pour réserver votreplace. Le vendredi, il vous sera serviun dîner traditionnel portugais, etpour ceux qui opteront pour le sa-medi, vous pourrez déguster au barles spécialités portugaises. Diversespersonnalités seront présentes lorsde cet événement!

Espace Jean-Marie-PoirierEsplanade du 18 juin 194094370 Sucy-en-Brie

Diner+Concert le vendredi 24 février,20h30Concert le samedi 25 février, 20h30

Infos: 01.45.90.25.12www.ville-sucy.fr

Marco Rodrigues est l’invité de la ville

Par Clara Teixeira

Le 15 février 2017

Associação Agora organizou evento de recolha defundos para a Santa Casa da Misericórdia de Paris

No passado dia 11 de fevereiro, a as-sociação Agora de Argenteuil (95)proporcionou um jantar-espetáculo deangariação de fundos para a SantaCasa da Misericórdia de Paris e poderassim ajudar os Portugueses mais ca-renciados. Tony do Porto, Daniel Mar-ques, Leticia Risto e Diane Santosacompanhada por Manuel Corgas eFlaviano Ramos, animaram a noite.Joaquim de Sousa, o Provedor daSanta Casa, felicitou uma vez mais otrabalho da associação local e do seudirigente. “Este é o 5° jantar quetemos organizado aqui, eles têm mo-bilizado as suas tropas para o su-cesso desta manifestação. Tivemosmuita gente, e contámos com umadelegação municipal e algumas per-sonalidades e não podemos deixarde agradecer a esta associação cujoPresidente é de origem italiana e quese tem empenhado imenso para aju-dar-nos”.Enrico Rosa, Presidente da associa-ção Agora, reconheceu que a suaequipa contribuiu imenso para o su-cesso do espetáculo. Todos os bene-fícios irão para a Santa Casa daMisericórdia de Paris e “fizemos umalotaria que trouxe mais 403 euros esabemos que há alguns Portuguesesque vivem em más condições e pre-

cisam de ser ajudados. Mas nemtodos recorrem à Santa Casa da Mi-sericórdia”.Enrico de Rosa evocou ainda umexemplo de uma Portuguesa daquelalocalidade que tinha poucos meiospara viver e sustentar os filhos, e“muito naturalmente dirigi-a para aSanta Casa. Tenho uma ligação muitoforte com Portugal e os Portugueses

em geral, embora não seja Portu-guês”, diz a sorrir.Enrico de Rosa sublinhou também opapel importante dos artistas que têmcolaborado com a associação paraajudar a Santa Casa da Misericórdia.“Vêm voluntariamente e fazem umgrande espetáculo”.Graças à mesma ação no ano pas-sado, a associação remeteu um che-

que de 3.860 euros à Santa Casa daMisericórdia de Paris. “Mas por en-quanto ainda é muito cedo para sa-bermos qual o montante quepodemos recolher este ano, porquetemos antes de cobrir primeiro asdespesas”. A associação também seassocia ao Téléthon anualmente, parao qual foram recolhidos 4.695 eurose colabora também com outras asso-

ciações, nomeadamente “Chaîne del’Espoir” que ajuda as crianças des-favorecidas com problemas de saúde.Também o Cônsul Geral de Portugalem Paris ali presente, aplaudiu estaassociação pelo trabalho que temfeito em colaboração com a SantaCasa da Misericórdia de Paris. “Umaforma de mostrar a minha solidarie-dade à Santa Casa com quem o Con-sulado tem trabalhado de uma formamuito estreita, e por outro lado estarcom a Comunidade e demonstrar omeu apreço por estas iniciativas.Também falei com as autoridadesfrancesas locais que se mostraram in-teressados em continuar a colaborare apoiar o trabalho da associaçãoAgora”.A Sala Jean Vilar vai sofrer remodela-ções e a associação vai ter de ocuparoutro espaço provisoriamente com amesma capacidade. Mas Enrico deRosa espera poder continuar a pro-porcionar a mesma qualidade dosseus eventos num espaço condigno.Já no final da noite, o responsávelconfessou ter receado não encher asala. “Não obstante estarmos em pe-ríodo de férias, temos cerca de 400pessoas, e decidimos também mudarde menu, e em vez do Cozido à por-tuguesa ou da Feijoada, optámos peloCouscous e as pessoas gostaram”,observou satisfeito Enrico de Rosa.

Na Sala Jean Vilar, em Argenteuil

Por Mário Cantarinha

Os artistas, os organizadores e alguns convidadosLusoJornal / Mário Cantarinha

Fadiste Marco Rodrigues

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Portugal Passion Traditions a organiséson traditionnelrepas de Morue

L’Association Portugal Passion Tradi-tions a programmé son traditionnelrepas de Morue le dimanche 5 février.Cette année la date a été avancée enraison du décalage des vacancesscolaires d’hiver.Malgré la tempête qui sévissait dansles Landes avec des bourrasques depluie et un vent violent, les 63 ama-teurs de Morue étaient au rendez-vous aussi nombreux que les autresannées.Une fois encore, le repas proposéétait «un vrai régal». L’association aservi l’apéritif avec des vins portugaistel que Porto blanc et Porto rouge,Moscatel d’Alijó et Moscatel de Fa-vaios, «ces deux derniers spécialitésde la région du Douro et à consom-mer avec modération» explique auLusoJornal Carlos Agueda-Rosa, lePrésident de l’association.Le repas a eu lieu au Bistrot d’Andriouà Saint Andre-de-Seignanx. Les res-taurateurs Maria et Jean avaient pré-paré la Morue gratinée avec despommes de terre, accompagnée desalade verte, tomate et oignons frais.Le dessert était une omelette norvé-gienne faite maison. L’après midi s’estterminée avec une animation concoc-tée par le Président de l’associationCarlos Âgueda-Rosa.Beau succès pour cette journée etCarlos Âgueda-Rosa explique que«l’ambiance était formidable, trèsconviviale, avec des moments cha-leureux d’échanges et l’occasion departager et de parler du Portugal etdes Portugais».

Fernando Santos recebeuprémio da Imprensa EstrangeiraO Selecionador português de futebol,Fernando Santos, recebeo o prémioMartha de la Cal 2016, atribuídopelos jornalistas da Associação da Im-prensa Estrangeira em Portugal. Aapresentação foi feita pela correspon-dente de Radio France em Lisboa,Marie-Line Darcy, na presença doPresidente Marcelo Rebelo de Sousa,do Secretário de Estado da Juventudee Desporto, João Paulo Rebelo, e deFernando Gomes, Presidente da Fe-deração Portuguesa de Futebol.

16 ASSOCIAÇÕES

Cônsul Geral de Portugal em Paris, AntónioMoniz, reuniu com associações de Nantes

No passado dia 31 de janeiro, oCônsul Geral de Portugal em Paris,António Moniz, esteve em Nantespela primeira vez, com Miguel Costado serviço cultural e associativo doConsulado. A convite de ManuelFerreira, Presidente do Coletivo as-sociativo Cap Ouest, encontraramna sala Vasco da Gama, os dirigen-tes das associações portuguesas daregião.Muitas perguntas foram feitas noque diz respeito à Administraçãoportuguesa, tanto como à francesa,temas muito concretos que traem di-ficuldades no dia-a-dia dos nossoscompatriotas, nomeadamente sobreo funcionamento das SCUT em Por-tugal para os carros de matrícula es-trangeira, a impossibilidade para umcidadão residente em Portugal deconduzir um carro francês, o facto

de que o tribunal francês pede resti-tuição do Cartão de Cidadão portu-guês para obter a nacionalidadefrancesa, aliás este caso foi orien-tado para o serviço jurídico do Con-sulado para esclarecimento.Miguel Costa respondeu a muitas in-terrogações dando a palavra, em se-guida, ao Cônsul Geral de Portugalque desta vez fez perguntas sobre aComunidade da zona de Nantes, asua integração, dificuldades econó-micas e sociais, chegada de novosportugueses, regresso de outros aPortugal,...António Moniz destacou depois aatenção dada pela Mairie de Nantesao construir e disponibilizar a salaVasco da Gama, permitindo as ativi-dades associativas portuguesas commaior facilidade. Destacou tambémo papel dos representantes dessasassociações na Comunidade, quemuitas vezes é tão importante como

o do Consulado, a nível de apoio ede convívio.António Moniz, ao visitar a cidade deNantes, teve a impressão de uma ci-dade “dinâmica e moderna”, e incen-tivou os Portugueses a ocupar umlugar de mais destaque porque “o di-namismo da cidade favorece o dina-mismo da Comunidade”, declarou.No dia seguinte, dia 1 de fevereiro,com a vinda a Nantes do Secretáriode Estado das Comunidades, JoséLuís Carneiro, todos foram a umareunião de trabalho com a Maire Jo-hanna Rolland e abordaram assuntoscomo o peso económico do tecidoempresarial português na região, opeso cívico da Comunidade e - as-sunto principal - a solução dada pelaMairie para mudar as Permanênciasconsulares, já que o local atual nobairro Pirmil será destruído nos pró-ximos meses. Johanna Rolland ga-rantiu uma solução embora sem

mais pormenores por enquanto.Depois, a comitiva portuguesa foi vi-sitar as instalações das Permanênciasconsulares e os dois funcionários quelá trabalham diariamente.Manuel Ferreira levou António Monize Miguel Costa, durante a tarde, aoutra reunião de trabalho na Mairiede Saint Sébastien-sur-Loire, nos ar-redores de Nantes, onde vários Ad-juntos apresentaram o projeto do“Ano de Portugal”, de março a de-zembro de 2017. O Consulado deutodo o apoio necessário à realizaçãodo evento, disponibilizando contac-tos diversos para responder ao desejode uma programação variada, gastro-nómia, música, literatura, cinema,fotografia,...Por isso, António Moniz deverá re-gressar a Saint Sébastien-sur-Loireem breve para assistir à abertura, oua um evento importante, no âmbitodesse “Ano de Portugal”.

Reunião teve lugar na Sala Vasco da Gama

Por Inês Vaz

Conférence sur «Les Migrations Portugaises»par Manuel DiasLe vendredi 10 février, les élèves desclasses de 4ème du Collège SiminPalay de Lescar ont été conviés dansle cadre de l’EPI sur l’apport «Les mi-grations Portugaises», projet conduitpar les professeurs Mme Moleirinho,Mme Bernard, M Chenaux, M Laporteet Mme Senediak, à une Conférencepar l’éminent spécialiste de la ques-tion, Manuel Dias. Cette Conférence apu avoir lieu grâce au partenariat entrele Collège et l’Association France Por-tugal Europe basée à Oloron Ste Marie(64).Plus d’une soixantaine d’élèves très at-tentifs, furent surpris d’apprendre lesapports successifs des Portugais dansle destin de la France sur le plan éco-nomique, tant agricole qu’industriel etsur le plan culturel, à travers les siè-cles. Dans la période du 16/17èmesiècle, les Juifs portugais furent chas-sés de la Péninsule Ibérique et ame-nèrent le chocolat à Bayonne, où ilss’installèrent ainsi qu’à Bordeaux.Un nouvel apport de main d’œuvrevint avec le contingent portugais en1917 pour travailler dans les champset dans les diverses industries pourpalier à l’hémorragie de main d’œuvredue à la Grande Guerre.

Certains regagnèrent le pays, maisd'autres sont restés.Pendant la guerre de 39-45, près de400 Portugais furent déportés auCamp de Gurs dans les Pyrénées At-lantiques, ce qui n’est même pasconnu (ou ignoré) des responsableset des nombreux visiteurs du Camp.De nombreux Portugais sont arrivésen France en 1948, pour répondreau plan Marshal et reconstruire la

France dans le bâtiment, le ferro-viaire et les prestations aux per-sonnes, puis ce fut dans les années60, ceux qui fuyaient la dictature deSalazar ou refusaient d’aller combat-tre pendant quatre ans dans les co-lonies.Après s’être prêté au jeu des ques-tions-réponses, Manuel Dias sut cap-tiver son auditoire qui eut droit pourterminer à un grand cours de civisme

sur la tolérance et le respect des unset des autres, concluent que la li-berté de chacun s’arrête où com-mence celle de l’autre.M Colombo, Proviseur du Collège etles enseignants ont remercié chaleu-reusement Manuel Dias et les mem-bres de l’association présents - Elsaet Christian Godfrin et Adérito Pinto- pour leur présence et leur aide dansce projet.

Organisée par l’Association France Portugal Europe

Le 15 février 2017

LusoJornal / Inês Vaz

Mme Moleirinho, d’origine portugaise et Manuel Dias

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DESPORTO 17

lusojornal.com

Lusitanos: Coup de froid sur Saint Maur

Pour la première fois en Championnatcette saison, les Lusitanos de SaintMaur ont connu l’amère goût de la dé-faite face à Drancy, 2 buts à 1, maisconserve leur place de leader duGroupe B de CFA.Dans la vie, toute bonne chose a unefin. Invaincus en Championnat depuisle début de la saison, les Lusitanosl’auront appris à leurs dépens. Ils au-ront tout de même dû attendre le moisde février et 8 mois de compétition,pour connaître leur première défaite enCFA. Une véritable performance qu’ilfaut savoir reconnaître à sa juste va-leur.Une semaine après leur démonstrationface à l’ACBB, les Saint-Mauriens sonttombés dans le piège de la Jeanned’Arc de Drancy qui était venue auStade Louison Bobet pour, avant tout,faire déjouer les Lusitanos.Face à des Drancéens toujours à la li-mite, les hommes de Carlos Secretárion’ont pas su se montrer maîtres desévènements et leurs émotions, perdantpeu à peu le fil de la rencontre, leurinvincibilité et leurs nerfs. Pourtant, enpremière période, le leader du GroupeB arrive à se créer de nombreuses oc-casions par l’intermédiaire de PedroNova, Joël Saki ou encore OusmaneKanté, sans pour autant trouver lecadre. Drancy se contentant de défen-dre et de casser la moindre incursionsaint-maurienne par des fautes à répé-tition et des provocations inutiles.Dès le retour des vestiaires, les Lusi-tanos se montrent plus précis dansleurs offensives et à la 53ème minute,Jony Ramos trouvera enfin la faille.Bien servi par Kévin Diaz au secondpoteau, le meilleur buteur du clubsigne sa 10ème réalisation en Cham-

pionnat et place Saint Maur en posi-tion idéal (1-0) pour remporter un nou-veau Derby. Mais dans un match defoot, les détails font souvent la diffé-rence. Et les Lusitaniens offriront tropde munitions à Drancy et se compli-queront la tâche. A l’heure de jeu,Guillaume Khous, servi dans la sur-face, est accroché par Revelino Anas-tase après une perte de ballelusitanienne au milieu de terrain. Lemeilleur joueur drancéen ne laisserapas passer l’opportunité d’égaliser (1-1, 60 min) et relancer son équipe.Mais le véritable coup de froid inter-viendra à la 83ème minute, quandKhous, encore lui, s’infiltrera dansl’axe avant de croiser sa frappe dans le

petit filet d’Anastase qui ne peut queconstater les dégâts (1-2, 86 min).Drancy vient de jeter un trouble auStade Louison Bobet. Mais il était ditque les Lusitanos allaient boire le ca-lice jusqu’à la lie quand dans les arrêtsde jeu, Jony Ramos voit rouge aprèsavoir accroché le Capitaine de Drancy(94 min). Le Capitaine Ayrton Nasci-mento se verra également obligé de re-joindre le vestiaire avant le coup desifflet final à l’issue de l’échauffouréequi en a découlé.Au moment de quitter le stade, la pi-lule était difficile à avaler pour KévinDiaz. «On est forcément déçu. C’estnormal après une défaite. D’autantplus que l’on avait fait le plus dur en

ouvrant la marque et que l’on ne mé-ritait pas la défaite. On s’est surtoutcompliqué la tâche, tout seul. Mais onpeut être fier du parcours accomplijusqu’à présent. Il va falloir relever latête rapidement. Même s’il faudrafaire sans Jony Ramos. Tout le mondedevra prendre ses responsabilités, moile premier, et montrer que le match deDrancy n’était qu’un accident».Pour autant, il ne faut pas oublier toutle travail accompli par les Lusitanosjusqu’à présent. Profitant des résultatsdu week-end dernier, Saint Maurcontinue sa course en tête avec 5points d’avance. Mais la saison est en-core longue. Les joueurs sont préve-nus.

Futebol / CFA

Par Eric Mendes

Le 15 février 2017

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Le Festival dela Fédérationdu FolklorePortugais aura lieu à MontfermeilLe dimanche 5 mars, la Délégationen France de la Fédération duFolklore Portugais, en partenariatavec l’un de ses membres, leGroupe ‘Alegria dos Emigrantes’de Montfermeil, organise le défiléet Festival de la Fédération, ainsiqu’une exposition éphémère sur lethème des métiers et costumes enFrance, à la fin du XXème siècle.L’exposition et le Festival aurontlieu au Gymnase Colette Besson, àMontfermeil (93). L’ensemble sedéroulera de 15h00 à 18h30.Les groupes membres de la Fédé-ration du Folklore Portugais défile-ront dès 15h00. Chaque groupedansera ensuite sur le podiumpendant l’après-midi. Mais un peuavant, vers 12h00 des grillades etautres spécialités portugaises se-ront proposées à la vente pour unpiquenique abrité.L’exposition sera tenue, dans lemême temps, par les Associationsde Montfermeil: ‘Du Musée du Tra-vail’, ‘Du Moulin’ et ‘Du Sons et Lu-mière’.Cette année, participeront au Fes-tival les groupes Alegria dos Emi-grantes de Montfermeil (AltaEstremadura), Flores do Lima deBourges (Alto Minho), Roda doAlto Paiva de Terra Lusa de Orsay(Beira Alta), Alegria do Minho dePlaisir (Alto Minho), Esperança deLes Ulis et Orsay (Beira Alta) etMeu País de Maison Alfort (BaixoMinho).

Entrée gratuiteGymnase Colette Besson3 bd de l’Europe93370 Montfermeil

Soirée SolidaireFranco / Portugaise en faveur del’ASTA duPortugal àOberhaslachUne Soirée Solidaire Franco / Por-tugaise en faveur de l’AssociationASTA, qui aura lieu à Oberhaslach(67) le samedi 11 mars, à partir de20h00.Cette soirée est organisée par ungroupe citoyen franco/portugais encollaboration avec les associations:Os Lusitanos de Mutzig, Associa-tion Folklorique Estrela Douradade Strasbourg, Association AFPSaudades de Portugal et Associa-tion Culturelle Portugaise de Stras-bourg. Tous les bénéfices serontreversés à l’Association Thérapeu-tique ASTA de Almeida au Portu-gal.

Carlos Secretário entre Mário da Mota e Artur Machado, Dirigentes dos LusitanosLusoJornal / Carlos Pereira

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lusojornal.com

National: USCréteil/Lusita-nos renverséeà Chambly

Malgré 45 bonnes premières mi-nutes et l’ouverture du score deYoussoufou Niakaté à l’heure dejeu, l’US Créteil/Lusitanos s’est in-clinée sur la pelouse du FC Cham-bly. Un résultat difficile à digérerpour les Cristoliens qui s’apprê-taient à infliger au club de l’Oiseson premier revers à domicile dela saison. Cette défaite amèrecoûte deux places aux Béliers(13èmes) qui ne comptent main-tenant plus qu’un point sur le pre-mier relégable avant la venue deChâteauroux, vendredi prochain, àDuvauchelle.C’est une première période ani-mée que se sont livrées le FCChambly et l’US Créteil/Lusitanosce soir là sur la pelouse du Stadedes Marais. Si les premières occa-sions notables ont été à mettre aucrédit des Picards, avec un face-à-face de Christian Kinkela (13min) et une tête de Kevin Lefaix(14 min), ce sont bien les Cristo-liens sont apparus le plus à leuravantage. Emmenés par le duoCyril Mandouki et Martin Mimoun,les Franciliens ont maîtrisé leursujet et dominé leur adversaire du-rant le premier acte de cette21ème journée de National.Cet avantage, les hommes deStéphane Le Mignan l’ont con-firmé en début de seconde pé-riode. Après avoir suivi la tête deKevin Lefaix frôler le cadre deYann Kerboriou (51 min),Créteil/Lusitanos a pris les com-mandes de la rencontre grâce àune frappe somptueuse décochéepar Youssoufou Niakaté à l’entréede la surface de réparation (0-1,55 min). Malheureusement, lescore n’en n’est pas resté là. Surson premier ballon, Lassana Dou-couré a égalisé deux minutesaprès son entrée en jeu (1-1, 68min) avant que Grégory Gendreyn’offre un avantage définitif à sonéquipe sur une belle reprise acro-batique (2-1e, 80 min).L’US Créteil/Lusitanos quitte doncl’Oise avec un revers qui ne faitpas ses affaires. En plus des deuxrangs perdus au classement, lesBéliers ne doivent leur position au-dessus de la ligne de flottaisonqu’un tout petit point. Les Franci-liens devront donc négocier parfai-tement la rencontre face àvendredi prochain à Châteauroux,à Duvauchelle, pour rester en de-hors des eaux troubles.

18 DESPORTO

Qualification du Sporting Club de Paris pour les16èmes de finale de la Coupe Nationale Futsal

Le Sporting Club de Paris a parfaite-ment entamé la Coupe nationale2017 avec une victoire contre le MansFutsal sur le score de 9 buts à 2. Mal-gré le match piège de reprise aprèstrois semaines sans compétition, lesParisiens ont su livrer un match inten-sif et solide face à des courageux Man-ceaux.Le quintuple vainqueur de la Coupe aabordé ce match de reprise commeune bouffée d’oxygène qui permet depenser à autre chose que le Cham-pionnat où le Sporting reste distancédes quatre premiers à cause desquinze points de pénalité en début desaison. Le Mans a réservé un magni-fique accueil pour les Parisiens avecune superbe salle archicomble. L’ob-jectif du match était de respecter l’ad-versaire en appliquant les bonneschoses réalisées à l’entraînement dansla semaine pour éviter le piège de lacoupe.En première mi-temps, le SportingClub de Paris a rapidement ouvert lescore grâce à Augusto (0-1, 2 min).Puis les Parisiens vont creuser l’écartentre la 14ème et la 16ème minuteavec deux buts de Teixeira et une réa-lisation exceptionnelle du talon parAugusto (0-4, 16 min). Le pressing del’adverse en jouant haut pour les pous-

ser à faire des erreurs et à précipiterleurs actions a été un choix gagnant.Le Mans a été tout au long du matchune équipe joueuse qui n’a jamais dé-cidé de jouer seulement en contre-at-taque. Le Sporting a concédé desoccasions sans être réellement mis endifficulté dans la première mi-temps.Avec un score de 4-0 à la mi-temps,l’objectif de la deuxième mi-tempsétait de ne pas donner d’espoir à l’ad-versaire en tuant le match le plus vitepossible. Dès l’entame de la secondemi-temps, Teixeira a inscrit son triplésur une frappe lointaine en pleine lu-carne (0-5, 22 min). Malgré la réduc-tion du score du Mans grâce à unefrappe puissante de Portalès (1-5, 26

min), les Parisiens ont répondu pré-sent du début à la fin avec de bellescombinaisons, des jolis buts, et desmultiples opportunités de marquer. LeSporting porte logiquement l’avantageà 9-1 grâce à une troisième réalisationd’Augusto ainsi que des buts de Kha,Ndukuta et Chaulet.Les efforts du Mans, appuyés par unpublic manceau très fair play avec lesdeux équipes, ont fini par payer en finde match avec une réduction du scorede Lie (2-9, 39 min).Malgré la défaite, le Mans s’affirmecomme un futur club solide du futsalfrançais avec la division 2 en objectifet surtout un superbe public, toujoursavec un bon état d’esprit. Le Sporting

Club de Paris s’est qualifié pour les16èmes de finale grâce à un match com-plet, sans jamais tomber dans la faci-lité.Le coach Rodolphe Lopes a été satis-fait du match sérieux, solide de sonéquipe. Les deux équipes ont assuréle spectacle pour assurer la promotionde la Coupe de France qui est une trèsbelle vitrine du futsal.Avant de préparer la rencontre face àGarges la semaine prochaine dans unChampionnat où l’objectif est le main-tien, le match a été plaisant avecbeaucoup d’occasions, de l’engage-ment, des duels virils, mais correct.Un match conclu sans blessure ni car-ton pour le Sporting.

Au Mans

Par Vivien Boyibanga

Lusodescendente Arthur Hanse no Campeonato do Mundo de esqui alpinoPortugal participa com quatro atletas,a maior representação de sempre, nosCampeonatos do Mundo de esqui al-pino, que estão a decorrer em SaintMoritz, na Suíça, entre 6 e 19 de fe-vereiro.Arthur Hanse, lusodescendente amorar em França, é o nome mais so-nante da Seleção lusa, que contaainda com Catarina Carvalho, SamuelAlmeida e Ricardo Brancal, o únicoque já marcou presença em Mun-diais, em Schladming, Áustria, em2013.Os quatro esquiadores portuguesesvão participar nas provas de ‘slalom’e ‘slalom gigante’, entre 13 e 18 defevereiro, já depois do fecho destaedição do LusoJornal.Em declarações à Lusa, Sérgio Fi-gueiredo, o Diretor técnico nacional,diz que o objetivo passa por “apurarum corredor para as finais” e ArthurHanse, lusodescendente de 23 anos,residente em França, que vestiu ascores nacionais nos Jogos Olímpicosde Inverno de 2014, em Sochi, é aprincipal esperança.“Devido ao seu ‘ranking’ individual, o

Arthur é claramente o corredor commais possibilidades de atingir os ob-jetivos”, sublinha Sérgio Figueiredo.Catarina Carvalho, 20 anos, campeãnacional, foi a primeira a competir,dia 13 (quando já tínhamos fechadoesta edição do LusoJornal), na provade ‘slalom gigante’, e dia 17, na de‘super gigante’. “Quero ter o melhor

desempenho possível de uma atletafeminina portuguesa neste tipo decompetição”, sublinha à Lusa a es-quiadora das Caldas da Rainha.Chegar à final é a sua meta, emboraadmita que seja difícil de alcançar.“O objetivo é ser apurada para a final,mas é pouco provável, devido a exi-gência da prova e da excelência das

corredoras, que são esquiadoras pro-fissionais”, frisa.O covilhanense Ricardo Brancal, 20anos, Campeão nacional em título, foipara St. Moritz com a intenção demelhorar o seu desempenho e osolhos postos nos Jogos Olímpicos deInverno do próximo ano, em Pyeong-chang, Coreia do Sul. “Neste nívelcompetitivo, o meu objetivo passa porreduzir a diferença de tempo para oprimeiro classificado, de forma a as-pirar a um possível acesso aos JogosOlímpicos. É uma tarefa difícil, por-que nestas competições estão sempreos melhores do mundo, o que difi-culta ainda mais a tarefa”, salienta.As provas masculinas estão agenda-das para 16 e 18 de fevereiro, pri-meiro o ‘slalom gigante’ e depois o‘slalom’.A comitiva portuguesa é composta,para além dos quatro atletas, porPedro Farromba, Presidente da Fede-ração Portuguesa de Desportos de In-verno, Sérgio Figueiredo, Diretortécnico nacional, e por Maximino deAlmeida, Técnico de preparação dematerial.

Em representação de Portugal

Le 15 février 2017

Chambly 2-1 US Créteil/Lusitanos

Par Joël GomesMans Futsal 2-9 Sporting Club de Paris

Buteurs: Augusto x3, Teixeira x3,Kha, Ndukuta et ChauletPasseurs: Augusto x3, Chaulet x2,Teixeira, Errahmouni et Ndukuta

SCP

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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lusojornal.com

ABC/UMinhosai da Liga dos Campeõescom derrotacaseira comNantes

O ABC/UMinho perdeu no fim de se-mana passado, em Braga, com oNantes, por 29-34, na 10ª e últimajornada do grupo D da Liga dos Cam-peões de andebol.Os Campeões nacionais somaram aoitava derrota na competição e termi-naram em último lugar do grupo, nãoseguindo, por isso, em frente, ao con-trário do Nantes, que ficou em pri-meiro lugar, com 17 pontos.

Sub-16: Portugal venceua França e aHolanda noTorneio de Desenvolvimentoda UEFA deSub-16A Seleção portuguesa de futebol sub-16 venceu no domingo passado asua congénere da Holanda por 2-1,em jogo da segunda ronda do Torneiode Desenvolvimento da UEFA, dispu-tado no Estádio Municipal de VilaReal de Santo António.Com este triunfo, a Seleção portu-guesa, que na primeira ronda venceua França no desempate por grandespenalidades (7-6), assume a lide-rança do grupo, com cinco pontos.Portugal chegou ao intervalo a vencerpor 1-0, na sequência do golo apon-tado por Ricardo Camará, aos 35 mi-nutos. Os holandeses, que naprimeira ronda perderam por 5-4com a Alemanha, chegaram ao em-pate aos 77 minutos, mas, no últimominuto do encontro (80), Jair Tavaresaproveitou uma falha da defesa ad-versária e ‘carimbou’ a vitória portu-guesa.O encontro estava agendado para sá-bado, mas acabou por ser adiadopara domingo devido às condiçõesclimatéricas.No outro encontro da segunda ronda,que se disputou no sábado, Françagoleou a Alemanha por 4-1, que nasegunda-feira defrontou Portugal.A Seleção portuguesa, orientada porRui Bento, lidera o grupo, com cincopontos, mais um que a França, queé segunda. A Alemanha segue na ter-ceira posição, com dois pontos, e aHolanda é última classificada, comum.

20 DESPORTO

Xeka, um jovem português no Lille

O Campeonato francês tem acolhidocada vez mais atletas portugueses,sobretudo neste mercado de invernocom Gonçalo Guedes no PSG, SérgioOliveira no Nantes e Xeka no Lille,entre outros.Miguel Ângelo tem 22 anos, atua nomeio-campo e assinou pelo clubefrancês do Lille, um empréstimo decinco meses do Sporting de Braga,com uma opção de compra para osfranceses. O LusoJornal teve a opor-tunidade de falar com o jogador apósa derrota do Lille por 2-1 frente aoParis Saint Germain, no Parque dosPríncipes.

Como foi o jogo frente ao PSG?Foi um jogo difícil. Já sabíamos queia ser, visto que jogávamos na casa doParis Saint Germain, um dos maioresclubes da Europa e do Mundo. Foi umjogo muito difícil, de muita coragem,de muito espírito combativo e é sem-pre difícil perder no tempo de descon-tos com um golo que não é válido, jávimos nas imagens. Fica sempre essedescontentamento.

Qual foi a sensação de jogar no Par-que dos Príncipes?Estes últimos meses, tenho avançadomuito depressa. Comecei na equipaB do Braga como toda a gente sabe,e meio ano depois estou a jogar nacasa do Paris Saint Germain. Claroque estou muito feliz e desfrutei cadaminuto passado neste relvado.

O Lille é uma boa aposta?

Vim para aqui por ser um bom pro-jeto. É uma boa aposta e espero poraqui continuar.

Como decorreu esse dia do 31 de ja-neiro?No dia 31, eu saí de casa, tudo nor-mal, despedi-me da minha mulher efui para o treino. De repente, estou notreino e ai tudo foi tão rápido. Quasenem tive tempo de me despedir, defazer as malas e foi uma correria paracá vir.

Como tem sido a sua adaptação?Tem sido excelente, aqui as pessoassão fantásticas. Toda a instituição doLille, todas as pessoas que trabalhamà volta do Lille, são fantásticas porque

têm-me dado todo o apoio. O facto deter pessoas que falam portuguêscomo o Eder ou o Rony Lopes, e aindapessoas na estrutura, têm-me aju-dado. Sinto-me cada vez melhor aqui.Estou a desfrutar.

Quais foram as dificuldades encontra-das?Neste momento, a minha maior difi-culdade é estar longe da minha mu-lher e do meu filho. Por enquanto éisso o mais difícil. O resto acho queserá uma questão de hábito. Estamoshabituados ao Campeonato portu-guês, e temos de nos habituar à Ligafrancesa, nada mais.

A Liga francesa tem cada vez mais

portugueses...Os Portugueses estão pelo mundotodo, não é só em França, por isso nãohá fator casa aqui por haver muitosjogadores lusos. Cada um tem a suaequipa, cada um joga para ganhar.

Quais são os seus objetivos?O primeiro objetivo é ganhar o pró-ximo jogo, isso é sempre, mas claroque os objetivos mais gerais são desair destes lugares mais perigosos esubir na tabela.

Como podemos ver a possível saídado Eder?Todos os jogadores são importantes.O Eder também é. Íamos sentir muitafalta dele, se ele saísse.

Uma palavra sobre a sua aventura noSporting de Braga?Só tenho de agradecer a equipa. Pri-meiro o Mister Abel que me levoupara Braga, deu-me todas as condi-ções para fazer o meu trabalho. De-pois o Mister Peseiro acreditou eapostou em mim. Toda a estruturaajudou-me. O Mister Jorge Simãoigualmente. Estou muito feliz comtudo o que se passou em Braga.Agora tenho de pensar no Lille, pelomenos até ao final desta temporada,e fazer o meu trabalho.

De notar que o Lille desloca-se ao ter-reno do Caen no próximo sábado, 18de fevereiro. Quanto ao médio Xeka,já participou em três jogos como titu-lar com a sua nova equipa, ondeatuam os Portugueses Rony Lopes eEder.

Futebol, Ligue 1

Por Marco Martins

Carlos Secretário recorda a passagem peloReal Madrid para levantar o moral a DaniloO ex-futebolista português Carlos Se-cretário, agora a treinar os LusitanosSaint Maur, do CFA (quarto escalão)francês, deu o exemplo da sua passa-gem pelo Real Madrid para levantar omoral do brasileiro Danilo, alvo de mui-tas críticas dos adeptos ‘merengues’.Em 1996, Secretário transferiu-se doFC Porto para o Real Madrid, tal comoDanilo há duas épocas, mas a sua pas-sagem pelo clube espanhol resumiu-se a 13 jogos, passando para o bancodepois da chegada do italiano Chris-tian Panucci, o que o fez regressar aoclube portista na temporada seguinte.“É um bom jogador, mas, como típicobrasileiro, ataca melhor do que de-fende. Às vezes, sente alguns proble-mas para defender, mas a atacar émuito bom”, disse Secretário à agên-cia EFE sobre o lateral direito brasi-leiro.Carlos Secretário alertou que “quandose perde a confiança, é muito difícil re-cuperá-la”, reforçando que o defesabrasileiro “fez jogos muito bons” pelos‘merengues’, mas consciente de quequando se comete um erro com a ca-misola do Real Madrid “é muito difícilreverter as coisas”.“O Treinador Zinedine Zidane já lhemanifestou confiança e, por isso,acredito que voltará às boas exibi-ções. Ronaldo é o melhor do mundoe às vezes também o assobiam”, re-

cordou Secretário.Com 21 jornadas, o Real Madrid, que

tem dois jogos em atraso, lidera oCampeonato, com 46 pontos, mais

um do que FC Barcelona. Danilo dis-putou até ao momento sete jogos pelosmadrilenos para o Campeonato e em11 ficou no banco.Apesar da curta passagem por Madrid,Carlos Secretário, o primeiro portuguêsa vestir a camisola dos ‘merengues’,recorda a experiência com “carinho”.“As coisas não me correram bem.Perdi um pouco a confiança, mas con-segui recuperá-la. Joguei meia tempo-rada. Acabou por ser uma boaexperiência. Deixei lá muitos amigos eas pessoas trataram-me sempre muitobem, mesmo quando não jogava”, re-cordou.No Lusitanos de Saint Maur, CarlosSecretário foi responsável pela promo-ção do clube ao quarto escalão gaulês.Neste momento, o clube, criado há 60anos por emigrantes portugueses, li-dera o Grupo B daquele Campeonato.O ‘clube dos emigrantes’ ocupa oúnico lugar do agrupamento que dáacesso à terceira divisão, com 36 pon-tos - em 16 jogos (10 vitórias e seisempates) -, mais cinco do que o se-gundo classificado, o AC Boulogne-Bi-llancourt.“O clube conseguiu quatro promoçõesseguidas, a última comigo. O objetivoque me foi agora proposto era a manu-tenção, mas as coisas estão a correrbem e podemos tentar algo mais”,avaliou Carlos Secretário.

Le 15 février 2017

LusoJornal / Carlos Pereira

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Jorge Fonseca alcançou Medalha de Bronze em Paris

Nove atletas portugueses estiverampresentes no Grand Slam de Paris quedecorreu no AccorHotels Arena du-rante o passado fim de semana. OsPortugueses estiveram em destaqueno Torneio de Paris. De notar os resul-tados alcançados por Sergiu Oleinic (-66 kg) e por Jorge Fonseca (-100 kg),este último alcançando a Medalha deGronze.Portugal está cada vez mais presentenas provas de judo. Nem todos osanos, a delegação portuguesa contoucom nove atletas, três femininas e seishomens, isto sem contar com a prin-cipal estrela da Seleção, Telma Mon-teiro, a recuperar de uma operação,após ter conquistado no verão pas-sado a única Medalha de Portugal, ade Bronze, nos Jogos Olímpicos, nacategoria de -57 kg.

Jorge Fonseca,Medalha deBronzeNo domingo, o atleta Jorge Fonseca (-100 kg) arrecadou o melhor resultado,o 3° lugar. Na primeira ronda, elimi-nou o primeiro cabeça-de-série e vice-Campeão olímpico, o azeri ElmarGasimov. Na segunda ronda, venceuo sul-coreano Kyu-Won Lee, e na ter-ceira, o alemão Karl-Richard Frey. Nasmeias-finais, o Português defrontou ojaponês Kentaro Iida, e até esteve emvantagem mas acabou por sofrer um«ippon», pontuação máxima e ficoueliminado. Na luta pela Medalha deBronze, venceu o estoniano GrigoriMinaskin.Em declarações ao LusoJornal, JorgeFonseca estava satisfeito com a me-dalha conquistada. “A prova correumuito bem. O público foi fantástico.Estou muito feliz. Eu já conhecia oMinaskin há algum tempo, já treineicom ele aliás. Controlei o combate atéao fim, apesar de estar sempre comaquela vontade de matar o combate.Eu trabalhei para ganhar a prova, fiztudo para ganhar, apesar de ter per-dido nas meias-finais a 24 segundosdo fim. Nessa altura fiquei um poucoem baixo, mas sabia que tinha aindaum outro objetivo que era alcançar oterceiro lugar” disse ao LusoJornal.“Trabalhei muito para este resultado,mas admito que não estou completa-mente feliz. Se tivesse ficado no pri-meiro lugar, estaria ainda muito maisfeliz. Eu tenho trabalhado bastantenos meus pontos fracos para chegar aum nível ainda mais alto. Frente ao ja-ponês, não controlei bem a pega. Fizmuitos ataques e acabei também porficar cansado. Não soube controlar avantagem que tive. Não controlei eaconteceu o que aconteceu, perdi.Devia ter esperado e dizer-me ‘okestou a ganhar, vou esperar pelo fim’,mas continuei a atacar com a ansie-dade. Fiquei cansado e acabei porperder”, concedeu o atleta luso.Jorge Fonseca não acreditava quepodia fazer uma grande prova, masacabou por acontecer o contrário.“Tive um sorteio um bocado compli-cado e nem estava a acreditar que iafazer uma grande prova. Mas o meu

Treinador tirou-me pressão a dizer quehoje era o meu dia, e eu fui lá e dei omeu melhor. Dei tudo, aliás o meuTreinador ganhou esta prova e estavanaquela de também querer ganhar.Estou a começar bem este novo ciclo,visto que os Jogos Olímpicos não mecorreram muito bem, porque não es-perava perder no segundo combatefrente ao Campeão olímpico, masaconteceu. Agora é trabalhar parafazer um melhor resultado do que noRio”, admitiu o atleta.O português falou-nos dos objectivospara esta temporada. “O próximo tor-neio vai ser em Düsseldorf. O ano pas-sado fiz 5°, agora quero fazer melhor.O meu grande objectivo é ser Cam-peão da Europa este ano. Estou a tra-balhar nas pequenas e grandes provaspara poder ganhar mais experiência.No Campeonato da Europa vou fazermuito melhor ainda”, afirmou JorgeFonseca.O atleta luso entrou na lista dos Por-tugueses que conseguiram excelentesresultados em Paris. Uma proeza queo deixa contente. “Sinto-me feliz porentrar nesse lote de Portugueses quevenceram medalhas em Paris. Fiqueimuito feliz quando o Célio Dias ven-ceu porque somos colegas desde pe-quenos. Ele ganhou uma medalha, eutambém tinha de ganhar. Espero nopróximo ano ganhar porque um ter-ceiro não é a minha maior satisfação,eu quero é vencer a Medalha deouro”, assegurou Jorge Fonseca.Ainda no domingo, Diogo Lima (-81kg) perdeu no primeiro combate dodia frente ao ucraniano Sergii Kriv-chach.

Sergiu Oleinic,melhor atleta no sábadoNo sábado, o atleta luso em destaque

foi Sergiu Oleinic, que conseguiu al-cançar um sétimo lugar na prova pa-risiense. No primeiro combate do dia,o Português venceu o turco SinanSandal, depois derrotou o saudita Su-laiman Hamad, antes de perder frenteao canadiano Antoine Bouchard. Nasrepescagens, onde ainda podia alcan-çar uma Medalha de Bronze, SergiuOleinic acabou por ser derrotado peloatleta da Geórgia, Vazha Margvelas-hvili.Em declarações ao LusoJornal, SergiuOleinic realçou sobretudo estar bempreparado para esta nova temporada.“Comecei bem, venci os dois primei-ros combates. Estava a sentir-memuito bem e o sorteio era bom porquesou cabeça-de-série neste momento,graças aos bons resultados que tivenos últimos torneios. É sempre bomestar nos cabeças-de-série para terum melhor sorteio. Nos quartos-de-final, fui surpreendido pelo canadianoe depois nas repescagens, entrei logoa perder com dois ‘waza-ari’ e nãoconsegui dar a volta. Hoje ele foi me-lhor, mas vou continuar a trabalhar equando voltar a encontrá-lo, vou ten-tar vencê-lo”, afirmou o atleta.Sergiu Oleinic começa desde já a tra-balhar com vista nos Jogos Olímpicosde Tóquio de 2020. “Esta prova nãovai entrar na corrida para os JogosOlímpicos, mas é sempre bom ficarno topo da classificação na categoriapara as próximas provas como os Eu-ropeus ou os Mundiais. Desde o pri-meiro até ao 4° ano, em que decorremos Jogos Olímpicos, são importantes,porque podemos vir a colher os frutosnas Olimpíadas. Temos de fazer bonsresultados durante os dois primeirosanos para não começar muito baixo oapuramento para os Jogos Olímpicos.A pré-época começou bem, conseguirfazer tudo sem problemas físicos.Mentalmente ainda estou bem parachegar aos Jogos Olímpicos. Se ti-vesse ganho a Medalha de Ouro nos

Jogos Olímpicos, pensaria ‘bem já nãotenho nada a ganhar’, mas como nãoé o caso, quero novamente participarna prova. A motivação está cá e éextra porque vai ser a minha últimaaventura olímpica, por isso quero ir àsOlimpíadas e alcançar um grande re-sultado”, assegurou o português.Quanto a objetivos, Sergiu Oleinic tra-çou aqueles que são para alcançareste ano. “Agora vamos ter o estágioem Paris, depois vou ao Grand Prix deDüsseldorf, e segundo os resultadosna Alemanha, vou ver se faço maisum torneio antes dos Europeus quedecorrem de 20 a 24 de abril na Po-lónia. E ainda tenho este ano o Mun-dial a preparar. Claro que quero vencerno Europeu, porque em cada provaque entro, quero ganhar. Quero con-seguir uma medalha porque já fiztodas as classificações abaixo dobronze. Numa carreira, queremossempre ter medalhas, quer seja numEuropeu ou num Mundial ou numasOlimpíadas. Tenho que conseguir nes-tes quatro anos”, afirmou o atleta.Ainda no sábado, vários foram os atle-tas a competir. Em destaque podemosnotar a prestação de Jorge Fernandes(-73 kg), que ficou no 9° lugar. Oatleta luso venceu dois combates,frente ao atleta de Hong Kong, LingHon Tang, e o georgiano Phridon Gi-gani, antes de perder frente ao pri-meiro cabeça-de-série, o azeri RustamOrujov.Na mesma categoria dos menos de73 kg, Nuno Saraiva foi eliminado naprimeira ronda pelo israelita ToharButbul.

Estreias em ParisAinda na vertente masculina, houveum estreante: David Reis na categoriade menos de 66 kg. O português aca-bou por perder o seu primeiro com-bate frente ao esloveno AdrianGomboc. No entanto foi a primeira vez

que o atleta luso participou na provaparisiense.Em declarações ao LusoJornal, DavidReis estava satisfeito com a sua parti-cipação. “Não diria que estou tristeporque retirei boas sensações que mevão ajudar no futuro. Eu ainda sou jú-nior. Com estas provas, eu vou cons-truindo o meu caminho até ao final doano. Nesse momento eu quero apre-sentar-me na minha melhor forma fí-sica e não só, para poder trazermedalhas para Portugal. Estreei-menuma grande competição, e logo noGrand Slam de Paris. Acho que sin-ceramente não estive assim tão longedo meu adversário. Penso que me fal-tou um pouco acreditar. Nas próximascompetições, o pouco que faltou, nãovai voltar a faltar. Estas provas de se-niors vão ajudar-me para as provas dejuniores que são o meu grande obje-tivo. Tenho o Europeu em setembro eo Mundial em outubro. Sem esqueceralgumas Taças da Europa de ondequero trazer medalhas, para ser ca-beça de série nos Europeus e Mun-diais. É óbvio que eu já sonho com osJogos Olímpicos. Acho que nem émuito longe, nem muito perto. Apasso e passo, os resultados vão apa-recer e depois em 2018-2019, vamosver”, admitiu o atleta luso.Na vertente feminina, três atletas es-tavam presentes e as três consegui-ram ultrapassar a primeira rondaantes de serem eliminadas.Maria Siderot, na categoria de menosde 48 kg, estreou-se na prova, ela queainda é júnior. No seu segundo com-bate, a portuguesa perdeu frente àvice-Campeã olímpica, a sul-coreanaBokyeong Jeong. Os resultados deixa-ram-na bastante satisfeita, ela quequer participar nos Europeus e nosMundiais, tanto na vertente júniorcomo sénior, como afirmou ao Luso-Jornal.“Foi a minha primeira participaçãoneste Grand Slam de Paris e estoucontente. Passei ainda recentementepara os seniores e perdi aqui frente àsul-coreana, vice-campeã olímpica,apenas no ponto de ouro. Agora tenhoé de continuar a trabalhar. O meu pró-ximo torneio é em Düsseldorf. Masantes disso ainda vou aproveitar o es-tágio de Paris antes de seguir paranovas aventuras. Não entrei nestaprova com nervosismo, pelo contrário,estava tranquila, sem nenhuma pres-são. Foi a minha estreia aqui, sei queestão as melhores do mundo, por issofui à luta. Até acho que podia trazeralguma medalha, mas pronto fui eli-minada por pouco. Não faltou muitofrente à sul-coreana. Eu ainda estavabem fisicamente. Fiz muitos ataques,mas pronto ela é mais experiente,mais velha, e foi uma aprendizagem.Para a próxima vai correr melhor. Esteano, vou tentar fazer os Europeus e osMundiais de juniores e de seniores.Vai ser uma temporada bem preen-chida”, assegurou a atleta lusa.Ainda na categoria de -48 kg, JoanaDiogo foi eliminada durante o seu se-gundo combate pela espanhola JuliaFigueroa. Na categoria superior, demenos de 52 kg, Leandra Freitas, quepertence ao clube francês do SainteGeneviève Sports, perdeu igualmentedurante o segundo combate frente ànorte-americana Angelica Delgado.

Judo / Grand Slam de Paris

Por Marco Martins

DESPORTO 21Le 15 février 2017

Judoca Jorge FonsecaLusoJornal / Marco Martins

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22 TEMPO LIVRE

lusojornal.com

Boa notícia

«Olho por olho… e o mundo acabará cego»*No próximo domingo, dia 19, encon-traremos mais dois exemplos dadospor Jesus para ilustrar a novidadecristã na interpretação da antiga Lei: oprimeiro refere-se à “lei de talião” e osegundo à antiga interpretação he-braica do mandamento do amor.Ouvistes que foi dito aos antigos: «Olhopor olho e dente por dente. (…) Ama-rás o teu próximo e odiarás o teu ini-migo». Eu, porém, digo-vos: Amai osvossos inimigos e orai por aqueles quevos perseguem.Ao contrário do que se possa pensar,a “lei de talião”, consagrada na conhe-cida fórmula “olho por olho, dente pordente” não é um convite à vingançamas sim, uma lei destinada a evitar asreações excessivas, brutais, indiscrimi-nadas… É uma lei que pretende limi-tar os excessos na punição, típicos deuma sociedade onde tribunais e juízesescasseavam e normalmente a justiçafazia-se “com as próprias mãos”. Noentanto, Jesus diz-nos que não bastauma lei que mantenha a vingançadentro de fronteiras razoáveis, mas épreciso superar definitivamente a ló-gica da violência.O segundo exemplo que o Evangelhonos apresenta refere-se ao manda-mento do amor. Para os antigos ju-deus, o preceito do amor era muitorestrito e abrangia apenas os filhos dopovo hebraico. Para Jesus, não bastaamar aquele que está próximo, aquelea quem me sinto ligado por laços étni-cos ou familiares, mas o amor deveatingir todos, sem exceção, inclusiveos inimigos.É uma proposta exigente e radical,mas é assim que se ama como Ele nosamou! E o mundo, ao reconhecer oamor de Deus no nosso coração, co-meçará (devagarinho) a amá-l’O tam-bém.

*Mahatma Gandhi (1869-1948)

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Relais paroissial La Roseraie Saint-Éloi2bis rue Pérotin77500 Chelles1° Domingo do mês às 8h30

Le 15 février 2017

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Jusqu’au 18 février Exposition «Dialogue avec un Cromlech»(un cromlech est un alignement de men-hirs...), de Susana Machado, à la GalerieLe Génie de la Bastille, 126 rue de Cha-ronne, à Paris 11. De 14h00 à 20h00(fermé le 13 février).

Jusqu’au 26 février «Dépenses», premier volet de «La traverséedes inquiétudes», une trilogie d’expositionslibrement inspirée de la pensée de GeorgesBataille. Participation des artistes portu-gais Julião Sarmento et Marco Godinho.Labanque, 44 place Georges Clemenceau,à Béthune (62).

Jusqu’au 26 février Exposition Archéologie(s) d’Inez de Castro- exposition d’œuvres plastiques et choré-graphiques de Lídia Martinez, autour dupersonnage de la Reine Morte. Maison duPortugal André de Gouveia, Cité Universi-taire Internationale, 7P boulevard Jourdan,à Paris 14. Infos: 01.70.08.76.40.

Jusqu’au 16 avril Ângelo de Sousa «La couleur et le grainnoir des choses». Commissaire: Jacinto La-geira. Fondation Calouste Gulbenkian, Dé-légation en France, 39 boulevard de LaTour Maubourg, à Paris 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Le lundi 27 février, 18h30 Conférence d’Euridice Monteiro sur «Lesdeux mains de Eurydice: autour de sonroman A ponte de Kayetona (2016) et desa réflexion sur les problématiques degenre dans la société capverdienne» dansle cadre du cycle d’études interdiscipli-naires sur l’Afrique lusophone organisé parMaria-Benedita Basto et Agnès Levécot.Fondation Calouste Gulbenkian, Déléga-

tion en France, 39 boulevard de La TourMaubourg, à Paris 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Le vendredi 3 mars, 18h30 Conférence «Le voyage des plantes avecles découvreurs portugais» par l’éditeur Mi-chel Chandeigne, organisée par l’Associa-tion Culturelle France-Portugal 37, à laSalle Anatole France de la Mairie de Tours(37).

Le samedi 25 février, 15h00 Conto contigo, contes pour enfants enlangue portugaise sur «Escuro - Joãosem medo do medo». Association cultu-relle portugaise, 12 avenue Foch, àCourbevoie La Garenne (92). Entrée libre.

Jusqu’au 11 mars, 21h00 «La tour de pise» de Diasteme, mise enscène et interprétation de Suzana Joa-quim Maudslay, Cie Le Ruban Boréal.Théâtre de Ménilmontant, 15 rue du re-trait, à Paris 20. Infos: 01.46.36.98.60.

Jusqu’au 25 mars Spectacle musical «On Henri encore!»,avec Stéphane Lébé et Dan Inger, enhommage à Henri Salvador. Tous les sa-medis à 16h30, et pendant les va-cances scolaires de la zone C, du lundiau vendredi à 10h00. Théâtre Clavel, 3rue Clavel, à Paris 19. Infos: 09.75.45.60.56.

Du 23 février au 7 avril, 21h30 «La Dernière corrida» de Xan Reinosa,spectacle sur les «forcados» portugais, parla compagnie des Rêves Lucides. Mise enscène de Carlos Balbino, avec Carlos Bal-bino, Aline Boucraut et Clémentine Sa-vine. Tous les jeudis et vendredis, auThéâtre La Croisée des Chemins, 43 rueMathurin Régnier, à Paris 15. Infos: 01.42.19.93.63.

Le mercredi 15 février, 19h30 Soirée Fado O’Porto, avec Eunice, ac-compagnée par Filipe de Sousa et NunoEstevens. Portologia, 42 rue Chapon, àParis 3. Infos: 09.52.59.22.29.

Le jeudi 16 février, 20h00 5ème Soirée Fado avec Sara Paixão etCésar Matoso. En première partie G. Fon-seca (Cap Vert) et P Pastour (Brésil). Maison de l’université, 10 rue Tréfilerie, àSaint Etienne (42).

Le samedi 18 février, 19h30 Dîner et spectacle de fado avec Concei-ção Guadalupe et Arnaldo Santos accom-pagnés des musiciens José Rodrigues etCasimiro Silva, organisé par L’Amicaledes Travailleurs sans Frontières de Be-zons, Salle Gavroche, 35 rue des Baren-tins, à Bezons (95). Réservations: 06.11.19.43.70.

Le samedi 18 février, 19h30 Soirée Fado avec Tereza Carvalho, Isade Castro et Luís Fortunato, accompa-gnés par Lino Ribeiro et Vítor do Carmo,organisée par l’Association Estrelas doMar. Salle Emile Zola, 28 rue EmileZola, à Nogent-sur-Marne (94). Infos: 06.09.65.00.43.

Le jeudi 23 février, 19h45 Apéro fado avec Eunice Ferreira, accom-pagnée par Filipe de Sousa (guitarra) etNuno Estevens (viola). La Chapelle des Lombards, 19 rue deLappe, à Paris 11. Infos: 01.43.57.24.24.

Le vendredi 24 février, 19h30 Soirée Fado avec Tereza Carvalho, ac-compagnée par Lino Ribeiro et Vítor doCarmo. Restaurant Patrízia, 72 terroute de la reine, à Boulogne (92). Infos: 01.49.09.17.40.

Le samedi 25 février, 20h00 Dîner fado avec Conceição Guadalupeet Arnaldo Santos, accompagnés parManuel Corgas (guitarra) et FlavianoRamos (viola). Restaurant La Mendi-gote, 60 avenue du Général Leclerc, àSaint Prix (95). Infos: 01.34.16.25.75.

Le samedi 25 février, 20h00 Café-concert avec Mónica Cunha, orga-nisé par l’Association Portugaise Cultu-relle et Sociale, 62 rue Lucien Brunet,à Pontault-Combault (77). Infos: 01.70.10.41.26.

Le samedi 25 février, 20h30 Concert de fado avec Marco RodriguesTrio. Espace Jean-Marie Poirier, Espla-nade du 18 juin 1940, à Sucy-en-Brie(94). Infos: 01.45.94.86.48.

Le dimanche 26 février, 15h30 Fado. Gala de soutien à l’association E3Men collaboration avec l’association Gai-vota, avec Joaquim Campos, MónicaCunha, Jenyfer Rainho, Victor do Carmo,Dan Inger dos Santos, accompagnés parManuel Miranda, Casimiro Silva et TonyCorreia. Présentation d’Odete Fernandes.Salle Jean Dame, 17 rue Léopold Bellan,à Paris 02. Infos: 06.86.81.17.18.

Le jeudi 2 mars, 20h00 Concert de Ricardo Ribeiro pour pré-sentation de son nouvel album “Hoje éassim, amanhã não sei”. Café de laDanse, 5 passage Louis-Philippe, àParis 11.

Le vendredi 3 mars, 21h00 6ème Grande Soirée de Fado de Paris,avec Júlia Silva, Tony Gama, Tereza Car-valho, Manuel Miranda, Isilda Miranda etLauriano, accompagnés par Manuel Mi-randa, Flaviano Ramos et Tony Correia.Présentation d’Odete Fernandes. Salle Vasco da Gama, 1 rue Vasco daGama, à Valenton (94). Infos: 01.45.10.98.60.

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

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SORTEZ DE CHEZ VOUSFADO

THÉÂTRE

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Le samedi 4 mars, 20h30 19ème Nuit du Fado avec Matilde Cid, ac-compagnée par Dinis Jorge et FilipeLavos et António Pinto Basto accompa-gné par Mário Estorninho et GustavoPinto Basto, organisée par l’AssociationSportive et Culturelle des Portugais.Salle Nino Ferrer, à Dammarie-les-Lys(77). Infos: 06.79.84.40.06.

Le jeudi 9 mars Concert de Mísia à l’Auditorium JeanCocteau, 34 cours des Roches, à Noisiel(77).

Le jeudi 9 mars, 19h45 Apéro fado avec Lúcia Araújo, accompa-gnée par Filipe de Sousa (guitarra) etNuno Estevens (viola). La Chapelle desLombards, 19 rue de Lappe, à Paris 11.Infos: 01.43.57.24.24.

Le vendredi 10 mars Concert de Mísia au Théâtre Municipal,6 rue Guy le Lan, à Rezé (44).

Le samedi 11 mars Concert de Mísia au Le Vingt-Sept, bou-levard d’Encamp, à Rouillac (16).

Le samedi 18 mars, 20h00 Dîner fado avec Conceição Guadalupe etMaria da Saudade, accompagnées parManuel Corgas (guitarra) et FlavianoRamos (viola). Restaurant Vila Nova, 53rue Maurice Sarraut, à Tourcoing (59).Infos: 03.20.25.02.80.

Le samedi 29 avril Concert de Mariza au Palais des Congrèsde Paris, 2 place de la Porte Maillot, àParis 17.

Le dimanche 26 février Concert de Aurélie & Verioca (musiquebrésilienne), à l’Auditorium des Ateliersdu Jour, à Montceau-les-Mines (71).

Le dimanche 26 février, 16h00 Concert de la pianiste Olesya Kyba. Œu-vres de Chopin, Schumann et Fragoso.En partenariat avec la Chaire LindleyCintra de l'Université Paris Nanterre et leLectorat de Paris 8. Maison du Portugal André de Gouveia,Cité Universitaire Internationale, 7P bou-levard Jourdan, à Paris 14. Infos: 01.70.08.76.40.

Le samedi 18 février, 19h30 Dîner dansant avec les chanteurs Nelo &Varzia, organisé par l’association ‘Portu-gal em Festa’, Salle Parc des Sports, bou-levard Ducher, à St Ouen l’Aumône (95).Infos: 01.34.21.85.59.

Le samedi 18 février, 20h00 Folklorique avec les groupes Estrela Dou-rada et AFP Saudades de Portugal, lachanteuse Tita et Trio Novo Som de Paris.Salle St Urbain, rue de Liepvre, à Neudorf(67). Infos: 06.73.15.19.18.

Le samedi 18 février, 20h00 Dîner-dansant avec José Cunha. Cozido àportuguesa, Organisé par l’AssociationCentre Pastoral Portugais d’Argenteuil.Salle Jean Vilar n°2, 9 boulevard Héloïse,à Argenteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 18 février, 20h00 Soirée dansante avec la chanteuse Sylvia- menu de St. Valentin - organisé par l’As-sociation Raízes de Portugal d’Ablon-sur-Seine. 81 rue du Générale de Gaulle, àVilleneuve-le-Roi (94). Infos: 06.72.15.82.54.

Le samedi 18 février, 21h30 Baile das Rifas avec le groupe folkloriqueSaudades et le duo Tony & Sonia. Orga-nisé par le Groupe Saudades de Montpel-lier, Maison pour Tours Marcel Pagnol, 64route de Lavérune, à Montpellier (34).

Le samedi 18 février, 21h00 Festival Lusophone avec Victor Ro-drigues, Paulo Fernando, Manuel Cam-pos et Christophe Malheiro, suivi de balanimé par Duo Hexagone. Salle de Fêtes,place du général Leclerc, à Montmagny(95). Infos: 06.79.04.68.85.

Le samedi 18 février Bal de St Valentin, avec Némanus etgroupe Fantasia. Salle Le Caroussel, ruede la Ferme du Presbytère, à Ozoir-la-Fer-rière (77). Infos: 06.81.34.04.13.

Le dimanche 19 février, 14h00 Spectacle avec Nelson Costa et LeticiaRisto (tous les profits seront reversés à laFondation Delta Plus, afin de financer unvoyage au Portugal), organisé par la Fon-dation Delta Plus et l’émission de radio

RTF «Le Top du Portugal». Salle desFêtes, Place de la République CentreBourg, à Panazol (87).

Le dimanche 19 février Repas dansant avec Arroz de Sarrabulho(avec la Confraria do Sarrabulho de Pontede Lima), animé par Laurence et le groupeRomarias do Minho de Drancy, organisépar l’Association Dranceènne des Amis duPortugal. Espace Culturel du Parc, 120 rueSadi Carnot, à Drancy (93). Infos: 06.09.30.10.77.

Le samedi 25 février, 21h00 Soirée portugaise avec l’Orchestre Martins.Buvette, petiscos et Caldo Verde, organisépar le Comité des Fêtes de Nohanent. Mai-son de la Source, place de la Barreyre (prèsde l’église), à Nohanent (63). Infos: 06.38.77.94.72.

Le dimanche 26 février, 15h00 Spectacle de Sandra Helena avec son or-

chestre, Fernando Correia Marques, DjRico et Big Tom, organisé par l’associationAgora. Salle Jean Vilar, 9 boulevard Hé-loïse, à Argenteuil (95).

Le samedi 4 mars 10ème anniversaire de l’Académie du Ba-calhau de Lyon, avec les groupes SangreIbérico et Nova Imagem. Espace Ecully, 7rue Jean Rigaud, à Ecully (69). Infos: 06.82.80.52.75.

Le samedi 11 mars, 19h00 14 anniversaire de l’émission de radioBomdia Portugal, avec Hugo Manuel, Fe-lizardo, Carlos Pires, Sandra Helena, Nel-son Costa, José Gipsy Fusion, présentéspar Carlos Tavares. Avec dîner. SalleGeorges Brassens, à Villeneuve Saint Ger-main (02). Infos: 06.84.78.28.53.

Le samedi 11 mars, 20h00 Soirée spéciale pour la Journée de laFemme, avec Némanus, Morgane, Paulo

Madeira et Serge & Alzira, organisé parl’Association Lusophone. Salle des FêtesJean Ferrat, rue de la Fontaine des Noues,à Varennes-sur-Seine (77). Infos: 06.34.56.65.12.

Le samedi 11 mars, 21h00 Spectacle avec Bombocas et ses dan-seuses, bal avec Lusibanda. Organisé parl’association Lusibanda. Salle de Graville,133 rue de Verdun, Le Havre (76). Infos: 07.62.01.78.23.

Le samedi 11 mars, 19h30 Spectacle avec Elena Correia et ses dan-seuses avec Duo Europa, organisé parRaízes de Portugal d’Ablon-sur-Seine, au81 rue du Général de Gaule, à Villeneuve-le-Roi (94). Infos: 06.72.15.82.54.

Le samedi 11 mars Soirée solidaire franco-portugaise en faveurde l’association thérapeutique ASTA de Al-meida (Portugal), animé par Tony, avec laparticipation du Groupe folklorique Sau-dade de Portugal. Salle polyvalente, 53Rue du Nideck, à Oberhaslach (67). A18h30, messe avec la chorale portugaisede la Vallée et la chorale de Niederhaslachà la Collégiale de Niederhaslach. Infos: 06.16.09.72.48.

Le dimanche 5 mars, 15h00 Festival de la Fédération du Folclore Por-tugais et de sa Délégation en France, avecles groupes Alegria dos Emigrantes deMontfermeil, Flores do Lima de Bourges,Roda do Alto Paiva d’Orsay, Alegria doMinho de Plaisir, Esperança des Ulis/Orsayet Meu País de Maisons-Alfort. Expositionsur les métiers et les costumes français dela fin du 19ème siècle. Gymnase ColetteBesson, 3 boulevard de l’Europe, à Mont-fermeil (93). Entrée libre.

Le dimanche 19 février, 15h00 Tournoi de Sueca organisé par l’AssociationFolklorique Juventude Portuguesa de Paris7. Salle C3B, 54 rue Emeriau, à Paris 15.Infos: 06.08.68.52.32.

Le dimanche 19 février Tournoi de Sueca organisé par l’Associationportugaise intercommunale, place GeorgesDimitrov, St Huber, à Sainte Geneviève-des-Bois (91). Infos: 06.03.70.64.73.

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LJ 297-II

TEMPO LIVRE 23Le 15 février 2017

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