psicometa - psicologia da saúde

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Psicologia da Sade

Curso Preparatrio para Concurso em Psicologia

Prof. Msc. Prof. Msc. Aline Belm

Psicologia da SadeCOMO A PSICOLOGIA ENTROU NO CAMPO DA SADE (MAIS ESPECIFICAMENTE SADE PBLICA)? * Ampliao do conceito de sade (OMS 1964): estado de completo bem-estar fsico, mental e social e no consistindo somente da ausncia de uma doena ou enfermidade * Crise do Estado brasileiro e do modelo mdico-privatista Processos de desospitalizao da doena mental e extenso dos servios de sade rede bsica * Crise no mercado de trabalho

Psicologia da SadeVISO HOLSTICA DE HOMEM AMPLIAO DO CONCEITO DE SADE PARA ALM DA OMS No caso concreto da psicologia, observa-se que nas ltimas dcadas, esta vem lutando para definir um papel mais amplo na rea da interveno em sade. Contudo, no contexto local, tanto a formao educacional como a interveno profissional tm estado, mormente, restritas ao campo da sade "mental" e da prtica clnica individual, sentindo-se, assim, a falta de uma formao profissional que defina um perfil especfico para a atuao nesse campo, iniciativa que forosamente deve partir de uma viso holstica de sade. (Traverso-Ypez, 2001)

Psicologia da Sade Tradicionalmente: Atividades em consultrios particulares, ambulatrios de sade mental e hospitais psiquitricos. Insero da psicologia na sade pblica a questo da formao

Necessidade de construo de paradigmas tericos a partir da prpria prtica

Psicologia da SadeDUAS TENDNCIAS: A viso comportamental Sentido dualista e centrado na doena. Atuao restrita mera referncia s formas de adquirir, por parte dos seres humanos, comportamentos saudveis ou insanos (REMOR, 1999) Psicologia da sade como ponto de convergncia dos enfoques biomdicos e comportamentais. A viso da sade coletiva Sade-doena enquanto produo Questo social e de representao cultural processo coletivo inscrito no contexto

Psicologia da SadeO SUS opera sob o princpio da: INTEGRALIDADE Psicologia estratgia de garantia deste princpio Para Mendes (1996), o psiclogo pode contribuir para a vigilncia em sade: AES DE PROMOO DA SADE, PREVENO DAS ENFERMIDADES E DOS ACIDENTES E ATENO CURATIVA. Para Remor (1999), o psiclogo deve promover aes de: Preveno, sade comunitria e educao para sade.

Psicologia da Sade

PREVENO A preveno significa um conjunto de medidas para evitar o aparecimento de uma doena. Existem 3 nveis de preveno: primria, secundria e terciria, dos quais apenas a primeira corresponde a este conceito. Preveno secundria passou a designar o tratamento propriamente dito, enquanto preveno terciria, a reabilitao. Pode ser centrada na pessoa ou no

ambiente

Psicologia da Sade Preveno primria ou pr-doena: O objetivo, nesse momento, modificar os fatores de risco. Iniciativas como mudar para uma dieta baixa em gorduras, procurar um programa de exerccios aerbicos e reduzir o tabagismo, so consideradas mtodos de preveno primria, pois visam evitar a ocorrncia do processo patolgico. Preveno secundria: Para muitas doenas infecciosas ou noinfecciosas, o desenvolvimento de testes de rastreamento tem tornado possvel detectar doenas latentes em indivduos considerados em risco. Diagnstico e tratamento atravs de programas de rastreamento so referidos como preveno secundria, a exemplo do papanicolau. Apesar da no prevenirem a causa de iniciar o processo de doena, podem prevenir as seqelas permanentes. Preveno terciria: Quando a doena se torna sintomtica e a assistncia mdica procurada, o objetivo fornecer uma preveno terciria de modo a limitar incapacidade em pacientes com sintomas precoces, ou de modo a reabilitar para pacientes com doena sintomtica tardia.

Psicologia da Sade

PROMOO DE SADE A questo dos determinantes sociais

ATENO CURATIVA A questo do imaginrio e das representaes

Psicologia da Sade - SUS SISTEMA NICO DE SADE (SUS) Resultado de enfrentamentos oriundos do Movimento Sanitrio que desembocou na sua institucionalizao na Constituio de 1988; O que havia antes: modelo de sade mdico-centrado, curativista e de gesto centralizada com financiamento a perder de vista; A sade um direito de todos e dever do Estado PRINCPIOS Universalidade, integralidade e equidade

SERVIOS DE BASE COMUNITRIA ESTRATGIA DE SAUDE DA FAMLIA: UNIDADES DE SADE DA FAMLIA E REFERNCIAS AMBULATORIAIS CENTROS DE ATENO PSICOSSOCIAL CENTRO DE ATENO PSICOSSOCIAL PARA LCOOL E OUTRAS DROGAS SERVIOS HOSPITALARES SERVIOS RESIDENCIAIS TERAPUTICOS OU RESIDNCIAS TERAPUTICAS

SADE MENTALCampo que designa as prticas de sade ligadas ao sofrimento psquico, leve, moderado ou grave.

Sade Mental o conjunto de aes de promoo, preveno e tratamento referentes ao melhoramento ou manuteno ou restaurao da Sade Mental de uma populao (Saraceno, 1999). Tem correlao com dimenses legislativas, sociais, econmicas, culturais e polticas. Abordagem holstica e pluridisciplinar, abordagem complexa e orientada comunidade e no exclui a abordagem biolgica.

Sob influncia de movimentos ocorridos na Europa como as Comunidades Teraputicas, Psiquiatria de Setor e Antipsiquiatria: HISTORIAR A SM AT CHEGAR AOS SERVIOS SUBSTITUTIVOS. DEFINIR CAPS, REDE, ETC.

Psiquiatria (modelo biomdico) X Sade Mental (holismo biopsicossocial) Modelo biomdico: linear, individualista e a-histrico Modelo da sade coletiva: sistmico, comunitrio, histrico Mudanas do modelo biomdico para o biopsicossocial 1. na formulao das polticas de sade mental 2. na formulao e financiamento de programas 3. na prtica cotidiana dos servios 4. no status social dos mdicos 5. descentralizao dos recursos dos servios para a comunidade (local privilegiado da interveno) 6. no h separao lugar da doena / lugar da sade; profissionais / pacientes; pacientes / comunidade.

Para Cardoso (2002): A proposta de insero do profissional da rea de psicologia no PSF busca: atuar junto comunidade, fazendo uma identificao das pessoas portadoras de doenas como diabetes e hipertenso arterial com comprometimentos emocionais que demandem assistncia psicolgica; possibilitar um espao teraputico para que as pessoas possam trocar experincias e desenvolver suas potencialidades, a fim de us-las da forma mais adequada no atendimento de suas necessidades, esperando-se, com isso, beneficiar no apenas o seu quadro clnico, mas tambm despert-las para seu potencial na construo de uma vida com mais qualidade; atuar junto equipe do PSF, colaborando com outros profissionais, visando a integrar esforos, estimular a reflexo e a troca de informaes sobre a populao atendida.

O que temos enquanto regularidade de opinies? Assessoria na avaliao, implantao e acompanhamento das aes em sade pblica; Garantia do trabalho transdisciplinar; Elaborao de programas de educao em sade articulados com os recursos da comunidade; Anlise e proposio de alternativas de reestruturao das relaes funcionais entre os membros da equipe multiprofissional, tendo em vista maior participao nas tomadas de deciso;

Elaborao e conduo de programas de trabalho com

grupos que contemplem a preveno e a promoo da sade mental da comunidade; Diagnstico e encaminhamento de problemas de mdia e alta complexidade aos centros de referncia; Participao na orientao, treinamento e desenvolvimento tcnico-profissional da equipe multiprofissional como tambm dos agentes de sade,pois precisam estar capacitados para identificarem as demandas em sade mental; Construo de projetos teraputicos individuais, com reavaliao peridica; Trabalho em equipe e gesto compartilhada dos servios e sistemas: redes psicossociais incluindo usurios,familiares, equipes de sade e outros protagonistas sociais.

Atendimento domiciliar, tanto pblico quanto privado - questes que vo desde a relao custo-benefcio at a procura pela humanizao do tratamento, embora tal modalidade de atendimento psicolgico ainda seja pouco conhecida entre os prprios profissionais; Desenvolvimento de grupos educativos para preveno e promoo de sade; Desenvolvimento de atividades intersetoriais, como: educao, cultura, esporte, lazer e trabalho, o que justifica a presena dos diferentes atores na ateno bsica sade.

AS CARACTERISTICAS DOS SERVIOS, ESPECIALMENTE DO SUS, MUDARAM PARA DAR CONTA DE SEUS PRINCPIOS; E O PSICLOGO CONVOCADO A CONSTRUIR ATUAES MAIS CONTEXTUALIZADAS;

Psicologia da Sade - SUS NOB/SUS Para garantir e organizar as normas e diretrizes do SUS, existem a chamadas Normas Operacionais Bsicas (NOB/SUS), entre seus objetivos temos: Induzir e estimular mudanas; Aprofundar e reorientar a implementao do SUS; Definir novos objetivos estratgicos, prioridades, diretrizes, e movimentos ttico-operacionais; Regular as relaes entre seus gestores; Normatizar o SUS.

Psicologia da Sade - SUSOs principais pontos da NOB/SUS 01/91 so: Equipara prestadores pblicos e privados, no que se refere modalidade de financiamento que passa a ser, em ambos os casos, por pagamento pela produo de servios; Centraliza a gesto do SUS no nvel federal (INAMPS); Estabelece o instrumento convenial como forma de transferncia de recursos do INAMPS para os Estados, Distrito Federal e Municpios. Considera como municipalizados dentro do SUS, os municpios que atendam os requisitos bsicos: (a) criao dos Conselhos Municipais de Sade;(b) criao do Fundo Municipal de Sade;(c) Plano Municipal de Sade aprovado pelos respectivos Conselhos;(d) Programao e Oramentao da Sade (PROS) como detalhamento do Plano de Sade; (e) Contrapartida de recursos para a sade do seu oramento;(f) Constituio de Comisso de Elaborao do Plano de Carreira, Cargos e Salrios (PCCS) com o prazo de dois anos para a sua implantao.

Psicologia da Sade - SUS

Instituiu a Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA) destinada a reajustar os valores a serem repassados aos Estados, Distrito Federal e Municpios. A cobertura ambulatorial anual obtida da multiplicao do valor da UCA pela populao de cada unidade da federao; Modifica o sistema de pagamento aos prestadores de servios (entidades filantrpicas, hospitais universitrios, entidades contratadas e conveniadas) com a implementao do Sistema de Informaes Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS).

Psicologia da Sade - SUSA NOB/SUS 01/93 foi editada pela da portaria GM/MS n 545, de 20 de maio de 1993. Formalizou os princpios aprovados na 9 Conferncia Nacional de Sade (realizada em 1992), com tema central a municipalizao o caminho, e desencadeou um amplo processo de municipalizao da gesto com habilitao dos municpios nas condies de gesto criadas (incipiente, parcial e semiplena). Principais pontos: Cria transferncia regular e automtica (fundo a fundo) do teto global da assistncia para municpios em gesto semiplena; Habilita municpios como gestores; Define o papel dos Estados de forma frgil, mas esses, ainda assim, passam a assumir o papel de gestor do sistema estadual de sade; So constitudas as Comisses Intergestores Bipartite (de mbito estadual) e Tripartite (nacional) como importantes espaos de negociao, pactuao, articulao, integrao entre gestores.

Psicologia da Sade - SUSA NOB/SUS 01/96 promoveu um avano no processo de descentralizao, criando novas condies de gesto para os municpios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitrias do municpio pela sade de seus cidados e redefinindo competncias de Estados e municpios. Seus objetivos gerais so: Promover e consolidar o pleno exerccio por parte do poder pblico municipal, da funo de gestor da ateno sade de seus habitantes com a respectiva redefinio das responsabilidades dos Estados, Distrito Federal e Unio. Caracterizar a responsabilidade sanitria de cada gestor, diretamente ou garantindo a referncia, explicitando um novo pacto federativo para a sade; Reorganizar o modelo assistencial, descentralizando aos municpios a responsabilidade pela gesto e execuo direta da ateno bsica de sade; Aumentar a participao percentual da transferncia regular e automtica (fundo a fundo) dos recursos federais a Estados e municpios, reduzindo a transferncia por remunerao de servios produzidos; Fortalecer a gesto do SUS, compartilhada e pactuada entre os governos municipais,estaduais e federais, por meio das Comisses Intergestores Bipartite e Tripartite como espaos permanentes de negociao e pactuao entre gestores;

Psicologia da Sade - SUSPrincipais caractersticas observadas na NOB/SUS 01/96: Transfere aos municpios habilitados como Plena da Ateno Bsica, os recursos financeiros com base per capita relativos a esta responsabilidade, criando o PAB (Piso Assistencial Bsico), repassado fundo a fundo de forma regular e automtica, e com base em valor nacional per capita para a populao coberta; Reorganiza a gesto dos procedimentos de mdia complexidade ambulatorial (Frao Ambulatorial Especializada - FAE); Reorganiza a gesto dos procedimentos de alta complexidade ambulatorial com a criao da Autorizao de Procedimentos de Alta complexidade/Custo (APAC); Incorpora as aes de Vigilncia Sanitria, criando o Incentivo para as aes bsicas de Vigilncia Sanitria; Incorpora as aes de Epidemiologia e Controle de Doenas;

Psicologia da Sade - SUS Promove a reorganizao do modelo de ateno, adotando-se como estratgia principal a ampliao de cobertura do Programa de Sade da Famlia e Programa de Agentes Comunitrios de Sade, com a criao de Incentivo financeiro; Aprimora o planejamento e define a elaborao da Programao Pactuada e Integrada (PPI); Define as responsabilidades, prerrogativas e requisitos das Condies de Gesto Plena da Ateno Bsica e Plena de Sistema Municipal de Sade para os municpios, e Avanada do Sistema Estadual e Plena de Sistema Estadual para os Estados.

Psicologia da Sade - SUSAlteraes introduzidas na NOB/SUS 01/96: O conceito original do PAB foi modificado. De Piso Assistencial Bsico passou a ser Piso da Ateno Bsica, ampliando sua abrangncia; A portaria 1.882/97 definiu uma parte fixa e uma parte varivel do novo PAB; O Valor Nacional da Parte Fixa do PAB foi definido em R$ 10,00 per capita/ano a ser transferido fundo a fundo regular e automtica aos municpios habilitados na NOB/SUS 01/96; Foi criado o valor mximo da Parte Fixa do PAB, estipulado em R$18,00 habitante/ano na reunio da CIT de 27 de janeiro de 1998; Foi criada a Parte Varivel do PAB que correspondia a incentivos destinados s seguintes aes e programas:(a) Programa de Agentes Comunitrios de Sade; (b) Programa de Sade da Famlia; (c) Programa de Combate s Carncias Nutricionais; (d) Aes Bsicas de Vigilncia Sanitria; (e) Assistncia Farmacutica Bsica; (f) Aes Bsicas de Vigilncia Epidemiolgica e Ambiental; Como Incentivo s Aes de Vigilncia Sanitria foi definido um valor R$ 0,25 habitante/ano para complementar o custeio das aes j includas na parte fixa do PAB; Foi definida uma nova tabela do SIA/SUS

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