psicologia ambiental: por quê não agimos?

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Psicologia Ambiental Por quê não agimos? Nicholas Gimenes www.nicholasgimenes.com.br

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Page 1: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Psicologia Ambiental Por quê não agimos?

Nicholas Gimenes www.nicholasgimenes.com.br

Page 2: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) É uma comissão da ONU formada por cientistas, especialistas e instituições, selecionados no mundo todo. Nos seus relatórios, admitem incertezas sobre os efeitos exatos, mas não têm dúvidas sobre a necessidade de adotarmos práticas sustentáveis.

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Você têm dúvidas? São Paulo

Page 4: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Por quê

NÃO AGIMOS!?

Page 5: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Crise Climática é um problema

não somente ambiental,

mas também:

Político, Econômico

e PSICOLÓGICO

Page 6: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Al Gore

“Quanto mais busco as causas

da Crise Ambiental, mais me convenço

de que é uma Manifestação Externa

de uma Crise Interior.”

“Uma Verdade Inconveniente”

Page 7: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Visíveis

Imediatas

Iminentes

Tem causas simples

Tem precedentes

Tem impactos

pessoais diretos

São causadas

por alguém,

não por “nós”

Nosso cérebro

responde melhor

a ameaças que são

Crise Climática não apresenta nenhuma dessas características

Page 8: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

É difícil perceber o clima mudando

Os maiores impactos são no longo prazo

As causas e as soluções são

incertas, complexas e sem precedentes

Parece problema “das outras pessoas”

Se vemos 1 pessoa sofrendo nos

importamos mais do que se há muitas

Quando não temos autonomia ou

contribuímos pouco, não nos importamos

Implica em reduzir prazeres e mudar hábitos,

racionalizamos conforme é conveniente para nós

Page 9: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Desculpas

+ comuns

para não

agir

o “Protejo o meio-ambiente

de outras formas”

o “Você não tem direito

de me acusar”

o “Não faço nada errado”

o “Eu não sabia”

o “Não faz diferença”

o “Eu queria, mas por causa

de XXX não posso”

o “sociedade é corrupta, não presta”

o “É muito difícil mudar

de comportamento”

Page 10: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

GREENWASHING

Page 11: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Jesus Cristo

7 Pecados do Greenwashing

Falta de provas

Termos Vagos

Imagens Sugestivas

Irrelevância

Custo ambiental camuflado

“Menos Pior”

Mentiras *Em 2010, 95% dos produtos analisados nos

EUA e Canadá cometeram pelo menos 1. Fonte: TerraChoice

Page 12: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Ignorância sobre o problema e sobre o que fazer Incerteza percebida ou real sobre os dados e soluções Negação do problema, da influência ou da responsabilidade de um ou mais grupos

Principais Barreiras Psicológicas

Page 13: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Otimismo sobre riscos ou distância das consequências Desconfiança das mensagens de cientistas e autoridades Ligação com a Localidade nos importamos + com lugares com os quais possuímos alguma ligação

Principais Barreiras Psicológicas

Page 14: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Hábitos alguns são extremamente difíceis de mudar Riscos Percebidos com a Mudança de Comportamento financeiros, sociais, funcionais, físicos, temporais, psicológicos Simbolismo e o Efeito de Rebound ações fáceis, simbólicas – mas pouco úteis na mitigação do problema

Principais Barreiras Psicológicas

Page 15: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Comparação social, normas, conformidade e igualdade observando os outros e prezando pela igualdade, estabelecemos o “comportamento apropriado” Objetivos Conflitantes as pessoas tem múltiplos objetivos e valores próprios Crenças em Soluções fora do controle humano destino, vontade divina

Principais Barreiras Psicológicas

Page 16: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

1) Visualização e Informação

• Estabeleça meios para medir e apresentar fatores como consumo de energia, economia, níveis de poluição - para indivíduos, departamentos e máquinas. Identifique onde estão os maiores impactos e progressos.

• Deixe claro os padrões de comportamento e ações apropriadas - para que todos saibam quando estão fora ou dentro do esperado.

• Evite abreviaturas, dados e diagramas complexos, imagens catastróficas / futuras / de multidões.

• Utilize materiais gráficos simples, imagens vivas, mostre uma checklist de ações, associando com lugares familiares e significativos para o público, destacando acontecimentos recentes.

Idéias para Superar a Resistência

Page 17: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

1) Visualização e Informação

• Conte histórias individuais. Temos mais empatia quando vemos uma criança sofrendo, ou alguém que adotou práticas sustentáveis com sucesso, do que falando de populações ou países.

• Atenção na Linguagem. Exemplo: Aquecimento Global é menos impactante do que Crise Climática.

• Foque no que as pessoas podem perder. Elas se preocupam mais em não perder do que em ganhar.

• Prefira frequência à porcentagens: "1 em 1000" dá mais impacto do que “0,1%”

• Aproveite as oportunidades das datas comemorativas e eventos

Idéias para Superar a Resistência

Page 18: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

1) Visualização e Informação

• Não fale apenas. Mostre, comprove, envolva, inspire, demonstre. Use vários recursos - meios visuais, auditivos, cinestésicos. Faça eventos, promova interação. Leve as pessoas para o contato com a natureza, com a degradação e com lugares sustentáveis.

•As pessoas precisam saber como ajudar realmente, o que agrava o problema, quais soluções são mais eficazes, e quais as implicações positivas e negativas da mudança na vida delas.

• Mantenha as informações acessíveis. Facilite a busca, a visualização, a comparação e o esclarecimento de dúvidas.

Idéias para Superar a Resistência

Page 19: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

1) Visualização e Informação

• Divulgue os resultados das ações. Sabendo quem progrediu, quem não, quais as expectativas (pessoais e organizacionais), e qual o resultado obtido - pode-se identificar quais foram as melhores práticas, as principais dificuldades e aperfeiçoar o programa.

• Utilize tecnologias e equipamentos que apresentam de forma clara e imediata, o quanto estão consumindo/poluindo/economizando.

• Confira se Certificações, Selos, Dados,Bibliografias - são de fontes confiáveis, comprovadas e transparentes - para não trair a confiança das pessoas, perder a credibilidade e o engajamento.

Idéias para Superar a Resistência

Page 20: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

2) Valores e Liderança

• Deve-se pensar o programa considerando meritocracia, coerência, transparência. É preciso considerar os interesses, dificuldades e valores dos colaboradores, para obter uma adesão voluntária, engajada e motivada.

• Os valores organizacionais não são aqueles escritos, mas aqueles demonstrados nas ações diárias.

• As atitudes dos representantes devem ser coerentes com os valores propostos.

• Conte com a ajuda de indíviduos formadores de opinião dentro do seu público-alvo.

Idéias para Superar a Resistência

Page 21: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

3) Riscos e Oportunidades

• Forneça as condições necessárias, dê tempo e autonomia para que o comportamento possa ser exercido, e sem incômodos desnecessários.

• O indivíduo não pode se sentir prejudicado, penalizado, ao exercer o comportamento sustentável. Além das condições tangíveis, pense também nas intangíveis (limpeza, organização, etc).

• Considere os riscos financeiros, sociais, funcionais, físicos, temporais, psicológicos - envolvidos na adoção pelos indivíduos do comportamento.

Idéias para Superar a Resistência

Page 22: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

3) Riscos e Oportunidades

• Se há motivos para a pessoa se sentir satisfeita com a própria participação, isso fortalece o engajamento nas ações.

• O fator competência também é importante. O resultado esperado e as ações solicitadas devem ser estimulantes, desafiadoras, mas não ir além da capacidade e aptidões dos indivíduos.

•Pode-se também fazer de forma divertida: jogos, campeonatos, concurso de idéias, votações, colher feedbacks - para dar oportunidade de participação e aperfeiçoamento do programa.

•Revise e aperfeiçoe as condições periodicamente, para continuar obtendo bons resultados.

Idéias para Superar a Resistência

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4) Outros Incentivos

• Pense em quais outros incentivos e restrições podem influenciar o comportamento, além da preocupação com o meio-ambiente.

• Um ótimo incentivo é o Ego. Pessoas e Organizações querem se ver como boas. Destaque e reconheça quem obteve bons resultados.

•Se todos pudessem ver o quanto progrediram, iriam se preocupar com o que os outros estão pensando - e tentariam reduzir.

• Dinheiro não é um bom incentivo. As pessoas não gostam de envolver trocas sociais com financeiras. Exemplo: Taxas de carbono geram resistências, as pessoas dizem que está muito caro, acusam de ganância, buscam subterfúgios.

Idéias para Superar a Resistência

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5) Momentos Cruciais

• É impossível as pessoas pensarem o tempo todo na Crise Climática. Mas podem ser lembradas em momentos cruciais, em que tomam uma decisão com impacto grande e prolongado no meio-ambiente.

Exemplo: quando compram um carro, uma geladeira, um sistema de energia para suas casas. O momento da decisão é único, mas os efeitos da decisão se estenderão por muito tempo.

• Nesses momentos, temos que usar lembretes que façam a pessoa pensar no meio-ambiente e na economia de recursos.

Idéias para Superar a Resistência

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“Acredito que as pessoas são inteligentes, incríveis e se importam.

Enquanto acreditarmos que as pessoas são egoístas, ignorantes, preguiçosas - não há esperança.

Precisamos REDEFINIR a Apatia, não como um defeito pessoal, mas

como uma série de Barreiras Culturais que dificultam o engajamento.

Assim, podemos IDENTIFICAR quais são

essas barreiras e DESMATELAR o maior número delas possível.”

O Antídoto da Apatia – Dave Meslin

Page 26: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?
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1. Reduzir dependência de Recursos Não-Renováveis

2. Reduzir dependência de Substâncias Poluidoras

3. Evitar esgotamento e impactos na Natureza

4. Garantir que as pessoas tenham necessidades básicas atendidas

4 Princípios TNS (The Natural Step www.thenaturalstep.org)

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SUSTENTABILIDADE

Desperdício

Consumismo

Superpopulação

Ar limpo

Água limpa

Terras Férteis

etc...

DEMANDA por Recursos

Aumentando

OFERTA de Recursos

Diminuindo

Tecnologia

Criatividade

Planejamento

Educação

Mudança de

Atitude

Funil da Sustentabilidade TNS (The Natural Step www.thenaturalstep.org)

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3 Rs

1° Reduzir

2° Reutilizar

3° Reciclar

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CRESCIMENTO ECONÔMICO

PROGRESSO SOCIAL

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

SUSTENTABILIDADE

SÓCIO- AMBIENTAL

ECO- ECONÔMICO

SÓCIO- ECONÔMICO

Lucro Redução de Custos

Pesquisa & Desenvolvimento

Eficiência Energética Subsídios/Incentivos

Redução de Emissões, Poluição Redução dos Desperdícios

Preservação da Biodiversidade

Segurança e Saúde Regulamentação Ambiental

Administração de Crises

Diversidade Direitos Humanos Justiça e Qualidade de Vida

Ética Empresarial Comércio Justo Criação de Emprego Desenvolvimento Econômico

TRIPLE BOTTOM LINE Tripé da Sustentabilidade

Page 31: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

SEJA A

MUDANÇA que você

deseja ver

NO MUNDO

Mahatma Gandhi

Page 32: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

Bibliografia Global Warming: Science and the Message The Psychology of Global Warming - Improving the Fit between the Science and the Message by Ben R. Newell and Andrew J. Pitman Seth's Blog: The problem with "global warming" PSICOLOGIA AMBIENTAL - Intervenção Essencial para a Sustentabilidade na Gestão Organizacional - Cleber J. C. Dutra e Sylvia Cavalcante (Livro Psicologia Aplicada à Administração) Psychology and Global Climate Change: Addressing a Multi-faceted Phenomenon and Set of Challenges Dan Ariely: Cheap Dates and Carbon Cheating Is the Prius Eco-Friendly, or Ego-Friendly? - Dan Ariely

The Psychology of Climate Change Communication – CRED Harvard Thinks Big 2010 - Daniel Gilbert - 'Global Warming and Psychology' Dan Ariely: Psychological Problem of Global Warming The Ingenious Ways We Avoid Believing in Climate Change “Psychology and Global Climate Change: Addressing a Multi-faceted Phenomenon and Set of Challenges” The Ingenious Ways We Avoid Believing In Climate Change- A Video Presentation IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) Dave Meslin: The antidote to apathy | Video on TED.com Documentário “Uma Verdade Inconveniente” – Al Gore The Sins of Greenwashing - TerraChoice

Page 33: PSICOLOGIA AMBIENTAL: Por quê não agimos?

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