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centro paula souza
SINTESE REFLEXIVA SOBRE FREUD, PIAGET E VIGOSTKY
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Francalino Antonio de Souza
São Paulo2010
centro paula souza
SINTESE REFLEXIVA SOBRE FREUD, PIAGET E VIGOSTKY
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Francalino Antonio de Souza
Trabalho da Formação Pedagogica para Docentes da Educação Profissional. Disciplina: Psicologia da Educação.Esquema I.Professora: Itale Cericato
São Paulo2010
Sumário
Contribuição de Freud na Educação 04Contribuições de Piaget e Vygostky para a educação 05Conclusão 06Bibliogafia 06
Contribuição de Freud na Educação
A obra de Sigmund Freud, centrada inicialmente na terapia de doenças
emocionais, também veio contribuir em muito na área social e na pedagogia, pois o
ato de educar está intimamente relacionado com o desenvolvimento humano,
especialmente do aparelho psíquico. Através das reflexões feitas pelo psicanalista,
podemos entender melhor enquanto educadores, como se processa em nossos
educandos o desenvolvimento emocional e mental, pois o ser humano constitui-se
como um todo, razão e emoção. As maiores contribuições da Psicanálise com a
educação em geral se dão através do estudo do funcionamento do aparelho
psíquico e dos processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos
vários tipos de pensamento, da aprendizagem através dos processos de
identificação e processos de transferência que ocorrem na relação professor- aluno.
Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a auxiliar o
educador na difícil tarefa de educar, missão quase impossível de ser realizada
plenamente, pois o ser humano vive numa constante luta entre suas forças internas,
regidas pelo princípio do prazer e as forças externas que impõem juízos de valor
(superego) sobre esses desejos. O educador precisa ajudar o educando a buscar
esse equilíbrio na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa ocorrer
de forma eficaz. Revelando que o ser humano possui vários tipos de pensamento
(prático, cogitativo e crítico), o estudo freudiano lembra a importância que tem a
escola poder proporcionar o desenvolvimento de todas as suas dimensões,
alargando assim a capacidade do sujeito buscar alternativo por si próprio e
desenvolva o prazer de aprender. Uma grande contribuição diz respeito à
aprendizagem por identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas
que lhes foram significativas o ser humano motiva-se no sentido de equiparar a elas
sua autoimagem.
A teoria de Freud destaca a importância da relação professor-aluno. É
necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos,
pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um clima
favorável à aprendizagem. Os estudos psicanalíticos revelam que o ser humano
transfere situações vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a
experiências uma vez reprimidas. As teorias de Freud podem ser aplicadas ainda
hoje na educação. Cada vez mais é preciso revê-las para entender como se
processa o desenvolvimento do aluno tanto emocional quanto mental. Ainda temos
uma educação que infelizmente trata os alunos como iguais, usando metodologias
que ignoram as diferenças e os professores muitas vezes não conseguem analisar
mais profundamente os porquês de determinados fracassos escolares, que
certamente estão ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas
que não respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas evolutivas dos
educandos.
Contribuições de Piaget e Vygostky para a educação
Que contribuições conjuntas nos deixam as teorias de Piaget e Vygotsky? Em
primeiro lugar, ambas colocam a necessidade de estudar a gênese dos processos
mentais, isto é, como esses processos são construídos ao longo da vida do
indivíduo. Em Piaget, essa construção ocorre a partir do mecanismo de equilibração
e seus dois componentes: a assimilação, no qual o indivíduo atua sobre o meio,
transformando-o, a fim de adequá-lo às suas estruturas; e a acomodação, no qual o
sujeito é modificado para se ajustar às diferenças impostas pelo meio. Vygotsky
explica essa construção através do mecanismo de internalização. Para ele, “no
desenvolvimento cultural da criança, todas as funções ocorrem duas vezes: primeiro
no nível social e depois no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica)
e depois no interior da criança (intrapsicológica)”
Pode-se observar do acima exposto, que os dois consideram essa
construção como ocorrendo a partir da interação do sujeito com o seu meio.
Contudo, enquanto Piaget enfatiza a interação com o meio físico, Vygotsky da
ênfase sobre a interação com meio sociocultural. Ambos os autores, entretanto,
consideram o sujeito como um ser ativo que constrói ou reconstrói seu próprio
conhecimento.
Piaget e Vygotsky nos chamam a atenção para a utilização de metodologista
de estudo qualitativa na educação. Os dois refutam qualquer explicação de
desenvolvimento como mero acúmulo quantitativo de aquisições. O método clínico-
piagetiano coloca claramente esse ponto. Investigar o raciocínio do aluno não
significa simplesmente dar problemas formais para serem resolvidos
individualmente, de forma rígida. Podemos aprender muito sobre o raciocínio da
criança, se criamos tarefas, que embora bem estruturadas, não são rígidas em sua
aplicação, nem devem ser resolvidas pelo sujeito isoladamente. O experimentador
precisa participar com o aluno na resolução do problema. Vygotsky, com seu
conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, também nos faz perceber que a
avaliação não pode ser um momento isolado e ao final do processo de
aprendizagem. Devemos avaliar continuamente, pois o mais importante não é a
aprendizagem que já ocorreu, mas, aquela que está acontecendo de construção do
conhecimento na escola.
Conclusão
A importância da Psicologia no processo educacional é tão evidente quanto
polêmico. Não é sem razão que, em dado momento histórico, apenas esta ou aquela
abordagem, de acordo com o prestígio alcançado, constitui preferência – às vezes
verdadeiro modismo – entre os educadores e/ou órgãos oficiais que patrocinam o
modelo de educação a ser adotado. O fato é que a formulação de cada abordagem,
quer pela concepção de homem que contém, quer pelos pressupostos teóricos
adotados ou pelos seus desdobramentos práticos, necessariamente implica uma
estrutura de política educacional, um conjunto de objetivos específicos na formação
acadêmica e um projeto sociocultural típico. As abordagens psicológicas, nessa
perspectiva, são muitas, mas nem todas com repercussão significativa no contexto
educacional. Nesta obra os autores apresentam caminhos diferentes e igualmente
importantes
Referencias Bibliográficas
Kupler ,MC Freud e a Educação: O mestre do Impossível 3ª edição – São Paulo Editora
Scpione - Sergio Roberto Kieling Franco.