pÓs-graduaÇÃo em direito constitucional …103, §3o, da cf e 8º da lei 9.868/99, para que seja...
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PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL
Coordenação - Prof. Vander Ferreira de Andrade
Aula 24Prof.ª Bruna Vieira
Profa. Bruna Leyraud Vieira Mestranda em Direito no UNISAL, aluna especial no
Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu da USP (Faculdade de Direito - Universidade São Paulo)
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Classificação quanto ao momento em que é realizado:
1. Prévio ou preventivo: é feito quando o ato normativo impugnadoainda não está em vigor. Visa evitar que um projeto de lei que fira aConstituição se transforme em lei. O controle é feito no projeto de lei(Pelo Legislativo, por meio da Comissão de Constituição e Justiça - CCJe/ou pelo Executivo, por meio do veto jurídico – art. 66, §1º, da CF).
2. Posterior ou repressivo: é feito quando o ato normativo eivado devício de inconstitucionalidade já foi produzido. Portanto, na própria lei ouno ato normativo. Normalmente é feito pelo Poder Judiciário por meio docontrole difuso ou do concentrado.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Cuidado! Existe exceção? Sim. Exemplos:
Judiciário fazendo controle prévio: proposta de emenda (PEC) queviola regras do se próprio processo legislativo. Parlamentares que nãoparticipam dessa elaboração podem impetrar mandado de segurança noSTF visando obstar a tramitação dessa PEC.
Legislativo fazendo controle posterior: Presidente da Repúblicaexpede decreto regulamentar, mas excede, cria norma abstrata. Nessecaso o Congresso Nacional pode sustar o excesso (art. 49, V, da CF)
CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
- Abstrato- Controle objetivo
- Via de ação- Competência
- Legitimidade ativa- Parâmetro e objeto
- Espécies de ações/diferenças- Procedimento
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – Questões
1) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendonovo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentreoutros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio deJaneiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado nacidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitascríticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medidaprovisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da
CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou quenão era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo daConstituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo,por isso, ser alterado por medida provisória.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – Questões
Considerando a situação hipotética apresentada, responda, deforma fundamentada, aos itens a seguir.
A) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre asdenominadas normas materialmente constitucionais e as normasformalmente constitucionais?
B) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União àimprensa está correto, sendo possível a alteração de normaconstitucional formal por medida provisória?
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
GABARITO COMENTADO
A) As normas materiais possuem status constitucional em razãodo seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estruturaorganizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos eas garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formalsó possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradascom o uso do processo legislativo próprio das normasconstitucionais.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
GABARITO COMENTADO
B) O entendimento externado pela Advocacia Geral da União àimprensa está incorreto, pois, independentemente da essência danorma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional,em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado peloprocesso legislativo solene das emendas constitucionais, tal qualprevisto no Art. 60 da CRFB/88.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – Questões
2) Governador do Estado X ajuizou Representação deInconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça local,apontando a violação, pela Lei Estadual nº 1.111, de dispositivosda Constituição do Estado, que se apresentam como normas dereprodução obrigatória.
Considerando o exposto, responda aos itens a seguir.
A) O que são normas de reprodução obrigatória? (Valor: 0,65)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
GABARITO COMENTADO
A) As normas de reprodução obrigatória são aquelas que seinserem compulsoriamente no texto constitucional estadual, comoconsequência da subordinação à Constituição da República, que é amatriz do ordenamento jurídico parcial dos Estados-membros. A tarefado constituinte em relação a tais normas, portanto, limita-se a inseri-las no ordenamento constitucional do Estado, por um processo detransplantação. Assim, as normas de reprodução decorrem do carátercompulsório da norma constitucional superior (Art. 25, caput, daCFRB).
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – Questões
3) Proposta de emenda à Constituição é apresentada por cercade 10% (dez por cento) dos Deputados Federais, cujo teor écriar novo dispositivo constitucional que determine a submissãode todas as decisões do Supremo Tribunal Federal, no controleabstrato de normas, ao crivo do Congresso Nacional, de modoque a decisão do Tribunal somente produziria efeitos após aaprovação da maioria absoluta dos membros do CongressoNacional em sessão unicameral.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
A proposta é discutida e votada nas duas casas do CongressoNacional, onde recebe a aprovação da maioria absoluta dosDeputados e Senadores nos dois turnos de votação. Encaminhadapara o Presidente da República, este resolve sancionar a proposta,publicando a nova emenda no Diário Oficial.
Cinco dias após a publicação da emenda constitucional, a Mesa daCâmara dos Deputados apresenta perante o Supremo TribunalFederal ação declaratória de constitucionalidade em que pede adeclaração de constitucionalidade desta emenda com eficácia ergaomnes e efeito vinculante.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
A partir da hipótese apresentada, respondajustificadamente aos questionamentos a seguir,empregando os argumentos jurídicos apropriados eapresentando a fundamentação legal pertinente ao caso.
A) Há inconstitucionalidades materiais ou formais naemenda em questão? (Valor: 1,00)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
GABARITO COMENTADOA) Há diversas inconstitucionalidades formais. Inicialmente a PECnão poderia ser apresentada por 10% (dez por cento) dosDeputados Federais, já que, segundo o Art. 60, I, da Constituição,esta só pode ser emendada por proposta de, no mínimo, um terçodos membros da Câmara dos Deputados. A proposta deveria seraprovada por três quintos dos membros de cada casa do CongressoNacional (Art. 60, § 2º, da Constituição) e não pela maioria absoluta
dos Deputados e Senadores. Por fim, não cabe sanção ou veto deproposta de emenda à Constituição, pois, conforme Art. 60, § 3º, da
Constituição, as emendas deverão ser promulgadas pelas Mesas daCâmara e do Senado.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
GABARITO COMENTADO
Materialmente também há inconstitucionalidade, uma vez que oteor da proposta, ao submeter todas as decisões do STF, nocontrole abstrato, ao crivo do Congresso Nacional, é atentatóriocontra a cláusula pétrea da separação dos poderes (Art. 60, § 4º,
III, da Constituição), pois esta cláusula pressupõe um sistema defreios e contrapesos, com controle e vigilância dos poderesconstituídos entre si, sendo a emenda tendente a abolir talcláusula.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
4) Renata, servidora pública estadual, ingressou no serviçopúblico antes da edição da Constituição da República de 1988, eé regida pela Lei X, estatuto dos servidores públicos do Estado-membro.
Sobre a situação funcional de Renata, responda justificadamente:
A) O que ocorrerá com a Lei X caso ela não tenha sido editadaconforme os trâmites do processo legislativo previstos pela atualConstituição? (valor: 0,40)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
GABARITO COMENTADO
A) Renata continuará sendo regida pela lei X, que não éformalmente inconstitucional. Ademais, quando novaconstituição é editada, somente são consideradas nãorecepcionadas as normas que contenham incompatibilidadematerial com a mesma. Ou seja, a incompatibilidade analisadaé a de conteúdo e não de forma, que é regida pelo princípio dotempus regit actum.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 949 do CPC. Se a arguição for
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou aoseu órgão especial, onde houver
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais nãosubmeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição deinconstitucionalidade quando já houver pronunciamentodestes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 97 da CF: Somente pelo voto da maioria absoluta deseus membros ou dos membros do respectivo órgãoespecial poderão os tribunais declarar ainconstitucionalidade de lei ou ato normativo do PoderPúblico.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Súmula Vinculante 10 (STF)
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) adecisão de órgão fracionário de tribunal que, embora nãodeclare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou atonormativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todoou em parte.
Competência
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou atonormativo federal ou estadual e a ação declaratória deconstitucionalidade de lei ou ato normativofederal; (Redação dada pela Emenda Constitucionalnº 3, de 1993)
Legitimidade ativaArt. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e aação declaratória de constitucionalidade:I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;III - a Mesa da Câmara dos Deputados;*IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa doDistrito Federal; (EC 45/04)*V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;(EC 45/04)VI - o Procurador-Geral da República;-VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;*IX- confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente
ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos osprocessos de competência do Supremo Tribunal Federal.§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de
medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciênciaao Poder competente para a adoção das providências necessáriase, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trintadias.§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo,citará, previamente, o Advogado-Geral da União, quedefenderá o ato ou texto impugnado.§ 4.º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
- OBJETO: O QUE PODE SER IMPUGNADO POR ADI E O QUE NÃO PODE?
- PODE:
- NÃO PODE:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Art. 102, I, “a”, da CF
- Lei nº 9.868/99
- Competência: STF (originária) – art. 102, I, “a”, da CF
Sendo assim, o endereçamento ficará: EXCELENTÍSSIMO SENHOR
MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
- Legitimidade ativa: art. 103 da CF (universais e especiais – item para
tratar da pertinência temática)
-
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Art. 102, I, “a”, da CF
- Lei nº 9.868/99
- Legitimidade passiva: será daquele (órgão ou instituição) responsável
pela criação da lei ou do ato normativo em desacordo com a CF e que,
portanto, merece ser declarado inconstitucional.
- Fundamentos: demonstração clara dos artigos e princípios que foram
violados no Texto Constitucional, por meio da elaboração da lei ou do ato
normativo.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Requerimentos/pedidos:
• Que seja concedida a medida cautelar, de acordo com o art. 10 da Lei
9.868/99, para que o ato impugnado seja suspenso, além dos
processos que girem em torno do mesmo ato;
• Que sejam intimados os órgãos ou autoridades responsáveis pela
elaboração do ato impugnado para prestarem informações, dentro de
trinta dias, conforme parágrafo único do art. 6º da Lei 9.868/99;
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Requerimentos/pedidos:
• Que seja citado o Advogado-Geral da União, de acordo com os arts.
103, § 3o , da CF e 8º da Lei 9.868/99, para que seja ouvido no prazo
de quinze dias, após decorrido o prazo das informações;
• Após a oitiva do Advogado-Geral da União, que seja feita a do
Procurador-Geral da República, dentro de quinze dias, conforme
determina os arts. 103, § 3o , da CF e 8º da Lei 9.868/99;
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Requerimentos/pedidos:
• Que seja confirmada a medida cautelar deferida e no mérito seja
julgada procedente a ação com a consequente declaração de
inconstitucionalidade de ato impugnado.
Atenção!
- Sempre que houver medida cautelar, ela deverá ser tratada em um item
específico sendo demonstrado os seus requisitos.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
Art. 3o A petição indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e osfundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma dasimpugnações;II - o pedido, com suas especificações.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento deprocuração, quando subscrita por advogado, será apresentada emduas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado edos documentos necessários para comprovar a impugnação.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamenteimprocedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petiçãoinicial.Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridadesdas quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trintadias contado do recebimento do pedido.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo deação direta de inconstitucionalidade.
§ 1o (VETADO)
§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a
representatividade dos postulantes, poderá, por despachoirrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, amanifestação de outros órgãos ou entidades.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos,sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral daRepública, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinzedias.
Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará orelatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
Art. 9o § 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de
matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência dasinformações existentes nos autos, poderá o relator requisitarinformações adicionais, designar perito ou comissão de peritos paraque emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiênciapública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridadena matéria.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
Art. 9o § 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será
facultada sustentação oral aos representantes judiciais dorequerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expediçãodo ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
- MEDIDA CAUTELAR
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na açãodireta será concedida por decisão da maioria absoluta dosmembros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após aaudiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou atonormativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cincodias.§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da
União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
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- MEDIDA CAUTELAR
§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada
sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e dasautoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na formaestabelecida no Regimento do Tribunal.§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a
medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades dasquais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
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- MEDIDA CAUTELAR
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal farápublicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário daJustiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias,devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado oato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido naSeção I deste Capítulo.§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será
concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que devaconceder-lhe eficácia retroativa.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
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- MEDIDA CAUTELAR
§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação
anterior acaso existente, salvo expressa manifestação emsentido contrário.Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face darelevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social ea segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazode dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e doProcurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias,submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade dejulgar definitivamente a ação.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
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DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADEE NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou ainconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomadase presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
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Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidadeou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada senum ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seisMinistros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou deação declaratória de constitucionalidade.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
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Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária àdeclaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estandoausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, esteserá suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministrosausentes, até que se atinja o número necessário para prolação dadecisão num ou noutro sentido.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
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Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
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Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou ainconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou emação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargosdeclaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
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DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADEE NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, etendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcionalinteresse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria dedois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaraçãoou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgadoou de outro momento que venha a ser fixado.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADEE NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado dadecisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial doDiário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do
acórdão.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Regras importantes trazidas pela Lei 9.868/99
DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADEE NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou deinconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituiçãoe a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto,têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos doPoder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual emunicipal.