provÍncia nossa senhora aparecida - brasil · nossa senhora aparecida, aconteceu de 12 a 17 de...

59
PROVÍNCIA NOSSA SENHORA APARECIDA - BRASIL BOLETIM INFORMATIVO Nº 1-2016

Upload: lytu

Post on 16-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

PROVÍNCIA NOSSA SENHORA APARECIDA - BRASIL

BOLETIM INFORMATIVO Nº 1-2016

2

3

I N D I C E

TÍTULO PÁGINA

Da Irmã Coordenadora Provincial 05

Palavras do Papa Francisco nesta Páscoa 07

Assembleia Provincial – Janeiro de 2016: 09

- Tema 11

- Objetivos 11

- Retiro: Primeira parte: 13

Segunda parte-discernimento: 14

Carta da Irmã Coordenadora Geral e Conselhos às

Coordenadoras Provinciais

24

Agradecimento da CRB ao Govern o Provincial pela presença da

Irmã Goreth, no Haiti

26

Depoimento da Irmã Maria Goreth Rib eiró 27

Encontro da CRB com as Provinciais responsáveis pelas Irmãs

da Comunidade Intercongregacional, no Haiti

29

Congresso sobre a Vida Religiosa Consagradas 30

Confgresso de Religiosos jovens 35

Encontro das Irmãs Provinciais da Am,érica, no Chile 38

II Oficina de Procuração de Fundos e elaboração de Projetos 41

CIT – Educação Alternativa não Escolar 42

Amazônia, Lugar Sagrado 48

Campanha da CNBB em favor dos Refugiados 51

Projeto do Colégio Santa Teresa de Jesus do Rio de Janeiro 53

Necrológica da Irmã Adolphina Maria Steffani 55

4

5

DA IRMÃ COORDENADORA PROVINCIAL

Queridas Irmãs

Estamos entregando nosso primeiro Boletim

Informativo de 2016.

Nele queremos deixar registrada a nossa Assembleia

Provincial, de janeiro de 2016, marcada pela presença da

Irmã Coordenadora Geral, Asunción Codes, cuja atuação

junto às Irmãs da Província deixou bem clara a caminhada da

Reorganização da (Província) da Companhia na América.

A ela nosso profundo agradecimento pela ajuda na

procura do caminho adequado a esta nossa realidade, para

que o Projeto de Companhia possa ser concretizado onde quer que marquemos

presença.

Ao mesmo tempo, através dele, comunicamos a todas os encontros

significativos, organizados pela Companhia e/ou Instituições Religiosas do Brasil, dos

quais tomaram parte algumas Irmãs da Província.

Tenho muito a agradecer a todas vocês pelo trabalho evangelizador que cada

uma realiza e o apoio que nos damos mutuamente nas iniciativas que tomamos.

O Senhor nos ilumine e nos dê forças para continuarmos com alegria, construin-

do o Seu Reino por o nde passarmos.

Um abraço.

Valmí

6

7

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO NESTA PÁSCOA

Na Mensagem de

Páscoa proclamada pelo Papa

Francisco neste domingo, 20, o

Santo Padre destacou que a

Ressurreição de Jesus é a Boa

Nova por excelência, pois se

“Cristo não tivesse

ressuscitado, o Cristianismo

perderia seu valor”.

Francisco disse que a

mensagem que os cristãos

levam ao mundo é esta:

“Jesus, o Amor encarnado, morreu na cruz pelos nossos pecados, mas Deus Pai

ressuscitou-O e fê-Lo Senhor da vida e da morte. Em Jesus, o Amor triunfou sobre o

ódio, a misericórdia sobre o pecado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira, a

vida sobre a morte”.

E diante de cada situação humana, marcada pela fragilidade, pelo pecado e pela

morte, esta Boa Nova é um testemunho de amor gratuito e fiel. “É sair de si mesmo

para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a vida feriu, é partilhar

com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem está doente, é idoso

ou excluído”, explicou o Papa.

O Pontífice ressaltou que o Amor é mais forte, Ele que dá a vida, que faz o

florescer a esperança no deserto.

E dirigindo-se em oração ao Senhor ressuscitado, o Santo Padre pediu que

ajude o Seu povo a vencer a chaga da fome, “agravada pelos conflitos e por um

desperdício imenso de que muitas vezes somos cúmplices”. E que os torne capazes de

proteger os indefesos, “sobretudo as crianças, as mulheres e os idosos, por vezes

objeto de exploração e de abandono”.

De modo especial, o Papa pediu ao Senhor que auxilie as pessoas para que

possam cuidar dos irmãos atingidos pela epidemia do ebola em Guiné-Conacri, Serra

8

Leoa e Libéria, e “daqueles que são afetados por tantas outras doenças que se

difundem também pela negligência e a pobreza extrema”.

Francisco rezou ainda pelas numerosas pessoas, sacerdotes e leigos, que foram

sequestradas em diferentes partes do mundo, e pelos migrantes, que deixaram as suas

terras para irem a lugares onde possam esperar um futuro melhor, viver a própria vida

com dignidade e, não raro, professar livremente a sua fé.

Pediu o fim de toda guerra, de toda hostilidade grande ou pequena, antiga ou

recente. Em particular, pela Síria, “para que quantos sofrem as consequências do

conflito possam receber a ajuda humanitária necessária e as partes em causa cessem

de usar a força para semear morte, mas tenham a audácia de negociar a paz, há tanto

tempo esperada”.

O Papa pediu conforto às vítimas das violências fratricidas no Iraque e amparo

às esperanças suscitadas pela retomada das negociações entre israelenses e

palestinos.

Paz também para a Ucrânia, para a República Centro-Africana, para a Nigéria e

o Sudão do Sul. Pediu também pela reconciliação e concórdia na Venezuela.

“Pedimos-vos, Senhor, por todos os povos da terra: Vós que vencestes a morte,

dai-nos a vossa vida, dai-nos a vossa paz!”, rezou o Santo Padre

Por fim, Papa Francisco concedeu a Indulgência Plenária aos presentes e a

quantos acompanhavam pelos meios de comunicação, agradecendo a todos pela

presença, pela oração e pelo testemunho.

Fonte: Canção Nova Notícias

9

Cfr. Crônica da Assembleia Provincial-2016

Isabel Morelló Culubret

LOCAL

A ASSEMBLEIA PRO-

VINCIAL de 2016 da Província

Nossa Senhora Aparecida,

aconteceu de 12 a 17 de janeiro

de 2016, na Casa de Oração

São João da Cruz, dos freis

Carmelitas, Rua Osca

Pereira,5119, Cascata, em Porto

Alegre.

PARTICIPANTES

Participaram as seguintes Irmãs: Irmã Asunción Codes, Coordenadora Geral da

Companhia, presidente e Assessora da Assembleia, Valmi Ágata Vogt Provincial,

ASSEMBLEIA PROVINCIAL

12 a 17

de Janeiro de 2016

10

Adelaide Giacobo, Alecsanfra Pina de Oliveira, Alzira da Silva Nascimento, Anna Sílvia

Hartmann, Assunta Romio, Aurora Orilda Preto, Bernice Bertoni, Celita Ágata

Weschenfelder, Celita Haefliger, Claudean dos Santos Miranda, Ema Ilsi Seidel, Emília

Ferreira de Boer, Gema Scolaro, Gildete Alves Teixeira, Isabel Morelló Culubret, Izalina

Ross Geremia, Josefa de Aquino Gomes, Josefina Maria Emer, Juliana Pizzato,

Lourdes Maria Bertoni, Lucia Ignez Bassotto, Lucia Weschenfelder, Luiza Zulian, Luzia

Schwanck Leffa, Margarida Elizabetha Hartmann, Marguit Ilody Lopez de Gusmão,

Maria Beatriz Nilson Bretos, Maria das Graças Verônica de Lima, Maria de Jesus

Ramos Pereira, Maria do Socorro Soares, Maria Gorete Soares do Nascimento, Maria

Goreth Ribeiro dos Santos, Maria Ilcie Seitel, Maria Jeny Hartmann, Maria José Pereira

da Silva, Maria Milan, Maria Nedy Weschenfelder, Maria Rita Conceição Viana, Maria

Verônica de Araujo, Nahir Maria Weschenfelder, Olinda Margarida Guerra, Regina

Weschenfelder, Rita Romio, Ritta Emer, Silvia Annunciata Emer, Sueli Brisch, Thereza

Quevedo Aragon, Zilca Rodrigues Soares.

INÍCIO DA ASSEMBLEIA

Dia 12, às 18 h, o encontro Provincial iniciou,

com a Celebração Eucarística, agradecendo ao Se-

nhor a vida entregue por 75 anos na Companhia da

Ir. Angelina Pizzatto e 50 anos de Ir. Olinda

Margarida Guerra e Ir. Luiza Zulian

Foi celebrado, também o aniversário Ir.

Lourdes Bertoni e a presença entre nós por alguns

meses da Ir. Maria Goreth Ribeiro dos Santos, que

chegou do Haiti. Precisamente hoje, há seis anos, que

ocorreu o terremoto no Haiti.

Às 20 h, reunidas no salão, deu-se início à

Assembleia Provincial de 2016, com um momento de

oração e invocação ao Espírito Santo, pedindo luzes

e discernimento sobre todos os trabalhos que serão

realizados.

11

TEMA DA ASSEMBLEIA PROVINCIAL – 2016:

Tema principal: Reorganização da Província e Discernimento das Obras e

Comunidades

OBJETIVOS:

1.Discernir âmbitos de missão, comunidades e obras, buscando o querer

de Deus, como resposta às necessidades da realidade, da Província e da Igreja;

2. Garantir um processo participativo, corresponsável, em abertura ao

Espírito e escuta da Palavra, possibilitando a construção de consensos, para a

reorganização de nossa vida e missão na Província.

3. Favorecer espaços de oração, celebração e convivência.

4. Destacar do diagnóstico as necessidades pessoais, comunitárias e

provinciais para projeção de futuro da Província.

5. Realizar o planejamento das Equipes Provinciais.

6. Partilhar as experiências vividas em relação ao V Centenário de

nascimento de Santa Teresa, Centenário do Colégio do Rio de Janeiro e 50 anos

do Colégio Santa Teresa de Porto Alegre e, outras experiências das comunidades

e obras.

Através de um POWER, Ir. Socorro situou as participantes no CAMINHO 2 do

Capítulo: “Sentimo-nos

chamadas a cuidar o corpo

congregacional, a

Companhia, impulsionando

uma reorganização

geradora de vida que nos

comprometa a partilhar

“nosso caudal inteiro, onde

mais perigam os interesses

de Jesus.”, mostrando o

caminho percorrido e os

critérios elaborados na

12

Província para a Reorganização.

Fez-nos vislumbrar o Horizonte, ao qual queremos nos aproximar “como

mulheres consagradas, para seguir Jesus ao estilo de Enrique e Teresa, desde o modo

compassivo de Jesus, optando pelos pobres e excluídos, com outros e outras,

comprometendo-nos a conhecer Jesus e torná-lo conhecido e amado, em todos os

âmbitos/dimensões de nossa vida e missão”. (Constituições, Doc Capitular, V ECAM e

Intercapitular.)

A seguir a Ir.

Asunción Codes dirigiu

às Irmãs umas palavras

orientativas, preparando

o grupo para o retiro.

Mostrou a necessidade

de aprender algumas

atitudes:

a). Aprender a

viver na intempérie e em certa escuridão. Precisamos da confiança teresiana no

Senhor. Estarmos sempre abertas ao futuro de Deus no mundo, na Igreja, na vida

Consagrada e na Companhia. Reaprender a confiança e a esperança. A confiança de

Teresa de Jesus e de Enrique de Ossó.

b). Acolher o novo e sermos criativas. Ante a falta de vocações e perda de

vocações, disse: quero que nos deixemos perguntar

o que diz o Senhor através disto, sem culpar-nos e

não vivermos esta realidade sem esperança.

Deixemos que o Senhor nos mostre o caminho.

c). Fomentar a vida, superando o sofrimento

e a morte. A vida sobrepassa a morte para ter, e dar

vida. O que importa é viver e viver com a paixão de

Deus. Viver com alegria, com gozo. Contribuir para

que as pessoas sejam felizes. A vida que envelhece

não é vida que morre, e a morte não é morte, é nova

vida. Viver confiadamente, com a paixão de Deus,

pois Ele nos ama e quer que nos amemos. Vivamos

a paixão de Deus pelo mundo e do mundo que sofre

a paixão.

13

Concluiu com o texto de Fil. 4,6: “Não vos inquieteis por nada, mas em todas as

circunstâncias manifestai a Deus as vossas necessidades... e a paz de Deus, que está

acima de todo entendimento, guarde os vossos corações e espíritos em Jesus Cristo”

RE TI R O

Precedeu a realização da Assembleia, o retiro orientado pela Ir. Coordenadora

Geral Asunción Codes. O início foi um momento de oração comunitária, com base no

texto: “Reorganização com Espírito”.

Após a invocação do E. Santo, iniciou dizendo que, neste momento histórico, a

Missão da Companhia é MANTER VIVA A MEMÓRIA DE JESUS. Mc 3,13-15:

“Chamou os que Ele quis e vieram ter com Ele”...

Acentuou o fato de sermos comunidades proféticas que mantém viva a

memória de Jesus e o testemunho das bem-aventuranças nas realidades em que

vivemos.

Rezamos o Salmo da Comunidade... Prometemos ao Senhor que queríamos

viver uma profunda experiência de Deus, centrada em seu Reino. “Queremos viver a

dimensão profética repetíamos, e oferecer ao mundo um modo de servir conforme

o estilo de Jesus... Vivendo numa atitude contemplativa da vida... Queremos deixar-

nos interpelar pelas diferentes culturas e teologias. Herdamos os sonhos, o fogo e

a paixão de Teresa de Jesus e de Enrique de Ossó. Neles compreendemos que o

amor nunca diz basta.

Asunción recordou a frase de Santo Enrique da Revista Teresiana, no primeiro

dos quatro artigos do “Organizemo-nos”: “Reconhecemos que mudadas as

circunstâncias, deve mudar-se a regra de conduta”.

Primeira parte:

Perante o futuro da Vida Religiosa: É preciso viver nosso hoje de modo lúcido

e transformador. Aceitação lúcida e confiante que significa acreditar que Deus está

fazendo algo na perplexidade... No momento atual de complexidade crescente,

vivemos cada vez mais à intempérie. Todos em crise radical. Os “religiosos” vivemos

em circunstâncias de especial intempérie. Já não podemos determinar nossa

identidade pelo “que nos distingue”. É bom reaprender a simplicidade da confiança e a

14

esperança despojada. Dizia a Ir. Asunción que a vida Religiosa necessita, hoje, de fé

para empreender novos caminhos com entusiasmo renovado e sem temor.

Não precisamos dramatizar a falta de vocações: O Reino de Deus, o sonho de

um mundo mais feliz, não depende de que as nossas congregações continuem. É

preciso aprender a morrer, para aprender a viver. Não podemos agarrar-nos ao

passado. O futuro é a novidade de Deus, a imaginação do Espírito. Não importa se

temos vocações ou não, mas se vivemos com sentido e com alegria o tempo presente.

A vida que envelhece não é vida destruída, mas vida plena. Plena pela paixão por

Deus. A Paixão de Deus que nos ama apaixonadamente e a paixão com que nós

amamos a Deus.

Segunda parte:

Dispomo-nos com espírito humilde e audacioso: Ao realizarmos o

discernimento de obras e presenças, estamos respondendo ao desejo de todas de

fidelidade a nossa realidade Provincial e à vontade de Deus, mostradas através da

realidade e os acontecimentos.

Impelidas pelo Espírito, tentaremos cultivar e manter vivas as atitudes

fundamentais do discernimento no estilo teresiano hoje:

É tempo de graça e manifestação de Deus, por isso é preciso:

Viver este tempo com a dinâmica interna e externa da verdade, liberdade

e itinerância;

Encarnar o estilo de Jesus místico profético, partindo da indiferença e

busca sincera do querer de Deus e o BEM.

Recriar nossa história.

Responder ao Senhor que nos convoca com tudo o que somos. Chama-

nos tais como somos, com medos, ataduras, autossuficiências... e nossos

desejos de viver com Ele e como Ele.

É tempo de decidir pela Itinerância, que é busca, que não para nem se

compromete com nada, fazendo a experiência de que Deus é adorado em

espírito e verdade. Itinerância é caminho do discipulado, todo o dia com o

Mestre e com pouca bagagem. A itinerância sublinha a necessidade de optar

e comprometer-nos profundamente com o que descobrimos como vontade

de Deus. Assumirmos a vocação de discípulas, mãos e pés a serviço do

15

Reino. Deixar a segurança do conhecido e arriscar-se em busca do

desconhecido, onde se vislumbra a realização do Reino, num estilo “MÍSTICO E

PROFÉTICO”, o estilo de Jesus.

O retiro nos oferta tempo e espaço para orientar nosso pensar, sentir, amar, e

atuar como Cristo Jesus, Filho amado do Pai, que vai se descobrindo e dando

sentido à vida e missão desde o batismo. Jesus se sente cuidado, acompanhado

pelo Pai. Saber-nos amadas e cuidadas pelo Pai é uma graça que nos foi dada,

mas que, para gozá-la, devemos imitar a Jesus. Saber-se Filho amado permite

a Jesus viver em total confiança e esta confiança lhe inspira a liberdade, a

itinerância, a humildade e a entrega amorosa. Jesus vive abandonado nas mãos

do Pai. Jesus é o homem livre, consequência direta de sua confiança profunda

de Filho Amado. Só aquele que sente e tem experiência profunda de ser filho

pode entregar a vida porque não a perde. É livre.

Tudo isto, a partir da INDIFERENÇA mais profunda, que busca somente O

QUERER DE DEUS E O MAIOR BEM para todas aas pessoas. A união de

nossos desejos com os seus, de nossa vontade com a do próprio Jesus, produz

a verdadeira alegria. A indiferença assim entendida não é passividade, mas

paixão, desejo; não é paralisação, mas mobilização; não é submissão, mas

opção pela liberdade.

A apresentação do

Diagnóstico foi feita pela Ir Isabel

Morelló que explicou o processo

de elaboração, aplicação,

tabulação e análise dos

questionários. Destacou a

contribuição importante, da Ir.

Alda Malvesi, escalabriniana,

que fez uma primeira

interpretação e os gráficos e o

apoio recebido pelo Padre João

Roque Rohr, SJ. Ir. Lucia Ignez

Bassotto apresentou o

diagnóstico final.

16

O grupo fez a leitura individual do mesmo, em clima de oração, destacando as

necessidades mais urgentes, uma por âmbito e, em grupos, a partilha da reflexão

pessoal, consensuando as necessidades, duas por grupo em cada âmbito. Seguiu-se a

apresentação em plenário e a síntese.

A celebração

da Eucaristia foi o

ponto alto do dia.

Esteve sob a

responsabilidade da

comunidade de

Guarapuava.

À noite, houve

a partilha das

atividades e

celebrações do V

Centenário do

Nascimento de Teresa

de Jesus, das obras e comunidades, especialmente do encontro da Família Teresiana

em Imperatriz, de 23 a 26 de Julho, e da peregrinação do grupo de Irmãs e leigos que

participou das celebrações com os outros peregrinos da Família Teresiana de Enrique

de Ossó, na Espanha. Foram apresentadas também as Celebrações e atividades

realizadas no Colégio Santa Teresa de Jesus, de Porto Alegre com motivo dos 50 anos

de Fundação e as do Colégio da Companhia de Santa Teresa de Jesus, no Rio de

Janeiro, que celebrou em 2015, 100 anos de Fundação.

Na manhã seguinte, após um momento de oração, foi apresentada a síntese das

necessidades por âmbitos. O material foi entregue às Irmãs, que seguiram trabalhando

pessoalmente, em clima de oração, e plenário para aprovar as necessidades,

transformadas em elementos para o PLANEJAMENTO.

Após a aprovação, foi chamado o Pe. Roque Rohr, para fazer uma apreciação

do trabalho realizado até o momento presente. Ele foi analisando o processo vivido

nestes dias, ponderou que estava sendo muito positivo e em clima sereno de

discernimento.

Logo, em seguida, a Ir. Asunción Codes dirigiu-nos umas palavras de orientação

e iluminação antes de iniciar o discernimento das obras e comunidades. Orientou-nos a

fazer o estudo e discernimento pessoalmente, em clima de oração a sós ou em

17

pequenino grupo até o fim do dia. Foi

entregue a cada Irmã o conjunto da

síntese dos discernimentos prévios,

feitos nas comunidades bem como a

ficha do discernimento que cada

comunidade ou obra fez de si mesma.

Na Eucaristia desse dia foi

celebrado o Jubileu de ouro das Irmãs

Luiza Zulian e Olinda Aparecida Guerra.

A Liturgia foi orientada pela comunidade

de Aparecida de Goiânia e Itumbiara.

No dia seguinte, após a oração, foram encaminhados os trabalhos de grupo. Na

ficha, que foi entregue, estava a pauta a seguir:

1. Discernir no grupo até chegar a um consenso sobre as questões trabalhadas

pessoalmente.

2. Orientações a seguir:

Escutar-nos sem debater. Ver em quais comunidades e obras coincidimos,

quanto ao continuar ou não, transferir ou fechar. Ver as justificativas

relevantes do grupo.

Buscar luzes e conversar sobre as comunidades e obras em que não houve

consenso.

Concretizar:

a). As comunidades e obras que confirmamos para que continuem. Sugerir

mudanças. Escrever algumas razões.

b) As que deveríamos transferir, indicando as motivações em que

podemos concordar.

c) Comunidades e obras que devem ser discernidas definitivamente, em

termos de como programar a decisão de encerrar. Dar razões e motivos.

O resultado em plenário, aconteceu em atitude de escuta, sendo apresentados

os motivos e as justificativas que conduziram a tomar as decisões, bem como as

principais dificuldades que foram encontradas.

Ir. Asunción Codes, então, abriu a possibilidade de as Irmãs colocarem seus

questionamentos.

um novo tempo individual para perceber sentimentos e emoções presentes

no interior de cada Irmã.

18

orar individualmente, em atitude de continuar buscando a vontade de Deus e

escrever os sentimentos percebidos

Ao terminar os trabalhos, P. Roque Rohr SJ dirigiu ao grupo algumas palavras,

ponderando o clima bom, fraterno, maduro, do grupo durante os trabalhos deste tempo

de discernimento e destacou que lhe parecia estarmos num processo de

discernimento bem feito.

A Ir. Maria Goreth Ribeiro apresentou a realidade do Haiti, onde ela se encontra

como missionária na comunidade Intercongregacional da CRB, cheia de entusiasmo

pela missão que realiza com este povo em tanta pobreza, agravada pela devastação

causada pelo terremoto. Apresentou um Power point e slides da missão, do trabalho

com as crianças e famílias, mostrando as necessidades e carências. A Ir. Lucia Ignez

já esteve presente duas vezes na missão do Haiti e em 2015 a Ir. Valmi fez, como

Provincial, uma visita à comunidade Intercongregacional.

Os trabalhos do dia 16 iniciaram com a oração ao Espírito, pedindo que nos

habitasse e nos transformasse. Do Evangelho das bodas de Canaã, nos marcaram as

palavras de Maria: “Façam o que Ele mandar”.

A seguir, Ir. Asunción explicou a continuidade do discernimento que estávamos

realizando. Retomamos as Obras e Presenças em que houve unanimidade, no sentido

de continuar com elas:

1. Livramento:

a) Comunidade. Permanecer, pelo papel que a comunidade desempenha

na obra e na Pastoral vocacional e Paroquial. Em dois anos refletir sobre

a conveniência ou não da moradia na escola e buscar residência fora do

Colégio, caso seja melhor.

b) Colégio: Permanecer, mas seguir preparando leigos parta assumir a

Direção e administração. Investir mais na questão carismática.

2. Porto Alegre:

a) Comunidade: Permanecer e continuar atendendo à escola no possível e

a acolhida de Irmãs idosas.

b) Colégio: Permanecer, mas seguir preparando leigos para assumirem a

Direção e administração . Investir mais na questão carismática.

19

3. Rio de Janeiro:

a) Comunidade: É presença, testemunho e serviço junto aos alunos e

educadores.

b) Colégio: Permanecer, mas seguir preparando leigos para assumirem a

Direção e administração. Investir mais na questão carismática

4. Casa Provincial e enfermaria das Irmãs idosas:

Permanecer. A casa responde a vários objetivos e necessidades da Pro

víncia.

5. Imperatriz, Parque Amazonas:

Permanecer: Comunidade e Obra Social.

Necessidade da comunidade nesse lugar carente e de apoio e segurança

para a Obra Social.

6. Bairro Santa Teresa – POA

a) Projeto Social: Permanecer: Corresponde aos objetivos de atender

situações de vulnerabilidade, em meio dos pobres e onde perigam os

interesses de Jesus.

b) Comunidade: A comunidade deve continuar, é um testemunho

profético sua presença no meio de tanta violência.

7. Guarapuava:

Permanecer, assumindo atividade itinerante de irradiação do carisma;

contribuindo na preparação de lideranças, espiritualidade Teresiana, e a

juventude. Seguir acompanhando e discernindo, revendo o objetivo da sua

fundação: A Pastoral vocacional.

Terminada esta parte do Discernimento, Ir. Asunción orientou os trabalhos para

debruçar-nos sobre as presenças em que não houve consenso.

Foi entregue o material do trabalho pessoal, para refletir, presença por

presença, seguido de um trabalho de grupo para unificar os pareceres e chegar a um

consenso.

O plenário sobre este trabalho, foi a reflexão, até chegarmos a um consenso de

como vamos seguir os passos do processo.

As reflexões e conclusões que seguem foram assumidas como decisão da

Assembleia, neste plenário:

20

1. Comunidade de Açailândia: Continuar, mas até o final de 2017, ir para Vila

Ildemar ou outro espaço para que outras pessoas possam beber do Carisma.

Continuar dando assistência, dentro do possível, aos grupos da Vila Bom

Jardim.

2. Aparecida de Goiânia e Itumbiara: Seguir fazendo processo de

discernimento com os dois grupos comunitários juntamente com o Governo

Provincial durante 2016 e 2017 para chegar a um consenso de local. Formar

depois um único grupo comunitário.

3. Bairro Camaquã: Seguirmos neste espaço, mas priorizar o cumprimento de

seu objetivo de fundação: atender às Irmãs idosas que se locomovem e

podem realizar alguma missão.

4. Itaqui, comunidade e projeto: Permanecer num período de 2016 a 2020. Ir

fazendo processo de saída. Continuar preparando leigos, para assumirem no

futuro, pois a missão que vem sendo realizada é fecunda e promove a

expansão do Carisma.

5. Itupiranga: Permanecer em Itupiranga e no período de três anos (2016-

2018) fazer a experiência de apoio-rede entre as comunidades do Norte-

Nordeste. Levarmos em conta a necessidade apontada em Assembleia –

missão itinerante com leigos e Irmãs com tempo determinado. Finalizado

este período de três anos fazer discernimento com as comunidades do Norte-

nordeste, a fim de avaliar se vamos seguir, fechar e /ou ir para um outro

campo de missão no Pará.

6. CETIN: Permanecer: Necessidade de ter Irmãs morando na Casinha do

CETIN, para dar acompanhamento. Comunidade filial do Parque Amazonas

com Irmãs que tenham carisma para este tipo de missão e desejem contribuir

nesse espaço. Seguir dando passos de concretização com a equipe de

Governo até 2017. Em Assembleia se decidiu continuar com a Sigla CETIN,

mas trocar a Palavra Centro, por Casa, para evitar mal entendidos no seu

significado.

7. Erechim: No processo de discernimento concluiu-se que esta comunidade

não continuará neste local. O processo de encerramento será dentro de

2016.

Celebrada a Eucaristia, o grupo realizou uma confraternização, como conclusão

das atividades do dia, com partilha de alimentos trazidos pelas Irmãs e o poço de Jacó

com partilha de presentes por todas.

21

O último dia da Assembleia começou com oração sobre a Misericórdia e uma

palestra do Pe. Roque sobre o tema da Misericórdia.

Ir. Asunción Codes dirigiu umas palavras às Irmãs sobre o processo de

discernimento realizado nestes dias, reflexão sobre o que foi concluído. Deu a perceber

que deixou paz em todas, sinal de um bom discernimento.

Refletiu-se, a seguir, em plenário, sobre as comunidades Itinerantes. Aos

poucos se chegou a algumas conclusões.

Comunidades Itinerantes Missionárias:

Que entre os anos 2016 e 2017 possamos viabilizar experiências missionárias

itinerantes entre nossos campos de missão com Irmãs e Leigos, com tempo

determinado e planejado anteriormente com a comunidade. Pode ser em período de

férias ou outros. Que este exercício seja uma preparação para a concretização de uma

comunidade itinerante. Que na Assembleia de 2017 haja espaço para partilha de

experiências e apresentação do Projeto. As Equipes de Governo, Formação, MTA e

PJVT vão acompanhar as experiências.

Possibilidades:

1. Formar uma comunidade em determinado lugar por três anos.

2. Integrando-nos a outras possibilidades existentes (Intercongregacional, com leigos).

A seguir, o grupo foi orientado a retomar as necessidades escolhidas do

diagnóstico nos primeiros dias da Assembleia e definir em cada uma os “como” do

planejamento. Terminado o trabalho de grupo foram entregue os resultados às

Secretarias que realizaram a síntese.

Ir. Alecsandra Pina de Oliveira fez um relato do conteúdo e encaminhamentos do

CIT de Pastoral Vocacional Juvenil Teresiana que participou em Ávila. Este tema faz

parte do planejado a partir do 4º Caminho do Capítulo Geral.

Ir. Asunción Codes desenvolveu o tema das Plataformas que, como Companhia,

estamos organizando no Continente Americano. Explicou que desde 2011, ano do

Capítulo Geral, já houve um longo caminho percorrido. Em 2013, aconteceu a reunião

de Provinciais com o Conselho Geral, em Cóvington. Surgiram ideias de como

poderiam acontecer diálogos e encontros entre as províncias e algumas tomadas de

decisão conjuntas.

Em 2014, houve contribuições mais concretas na Intercapitular, em Fátima.

Pensou-se o que seria melhor neste momento para os Continentes. Na América,

22

estava sendo pensado algo na linha dos redimensionamentos. América, além do

trabalho conjunto com as outras Províncias, pensou em alguns pontos concretos na

Intercapitular, para continuar a reflexão e a caminhada conjunta. Percebeu-se que

havia possibilidade de encontrar-se e fazer coisas em comum. Os governos

ampliados também são uma ajuda para isto.

Os países querem assegurar vida própria, embora se possa chegar, no futuro, a

unir Províncias. As plataformas começavam a ser esboçadas entre as Provinciais.

Todas as Provinciais do encontro da CLAR, em Buenos Aires, se reuniram e,

como se pode perceber, os encontros entre as Províncias estão sendo mais frequentes

e fluidos. Em 2015, houve o encontro de Governos em Asunción. Falou-se bastante

das Plataformas, as que já existiam, e as que se poderiam constituir.

Plataforma de Educação, Equipes de Gestão. Processos de Gestão, de

Educação.

Plataforma de Espiritualidade.

No encontro de Asunción-Paraguai, se trabalhou nas diferentes Equipes :

Delegadas de Educação, de Formação, Presenças Alternativas, Economia. Opções

comuns, mas que podem ser diferenciadas.

O próximo passo vai ser dado no Chile. Nessa reunião vai ser vista e

encaminhada a continuidade. Um caminho para o futuro.

Quanto à Delegada de Educação, Ir. Asunción explicou que antes a Delegada

de Educação se responsabilizava somente das escolas, mas que agora é diferente, ela

se responsabiliza tanto das escolas e obras como das presenças. Explicou que o

Folheto da Delegada de Educação tem a parte da Equipe de Animação Apostólica e da

Equipe de Gestão.

Logo após, a Ir. Adelaide apresentou alguns aspectos relativos à obra das Irmãs

idosas que está se construindo, e também, do Projeto da Residência que já foi

assinado o contrato, mas que vai demorar ainda a iniciar a demolição . Também

explicou a reforma da casa Provincial.

Apresentação do plano das Equipes: A maioria das Equipes por causa da

falta de tempo, não chegaram a concluir seu planejamento, mas algumas

apresentaram o plano que realizaram: Equipe de Família Teresiana, Equipe de

Formação e Espiritualidade Teresiana, Equipe de Inserção. Equipe de MTA Vocacional

e Jovens. Recordou-se às Irmãs que a responsável em nível de Província do MTA é a

Ir. Claudean. Ela apresentou sobre o encontro e a experiência do MTA.

23

Ir. Alecsandra é responsável pela parte dos jovens na Província.

Algumas Irmãs pediram orientação sobre leigos teresianos consagrados: Houve

alguns depoimentos.

Outras comunicações:

CIT no México, de Educação Alternativa: De 5 a 20 de fevereiro : “Mística de

nosso ser de Educadoras /es em contextos de exclusão. Participarão as

Irmãs Alzira da Silva Nascimento e Marguit Lopez de Gusmão.

Tiberíades: Ir. Maria Ilcie Seitel e Izalina Geremia, em julho, na Espanha.

Tabor: Ir. Juliana Pizatto e Maria Goreth Ribeiro. Em julho, na Espanha.

TER: Na Espanha: Irmãs: Claudean dos Santos Miranda, Maria Rita Viana e

Alecsandra Pina de Oliveira.

CRB - Novas Gerações 1ª quinzena de fevereiro, em Brasília: Maria Rita ,

Claudean, Emília, Graça e Maria Goreth

Terminadas as comunicações, procedeu-se a avaliação da Assembleia por

escrito:

O que agradeço?

Com que fico?

A que me comprometo?

A Ir. Coordenadora Geral Asunción Codes, expressou sua alegria de ter

participado da Assembleia, dirigiu-nos umas palavras de estímulo e acolhida por tudo o

que foi vivido.

A Ir. Valmí agradeceu em primeiro lugar à Ir. Asunción sua presença e carinho,

sua competência e simplicidade nos encaminhamentos do discernimento realizado.

Com a celebração Eucarística de ação de graças encerrou-se a Assembleia

Provincial de 2016. Demos graças a Deus!

24

Carta da Irmã Coordenadora Geral e Conselho

às Coordenadoras Provinciais

Roma, 25 de dezembro de 2015

Às Coordenadoras Provinciais Da Companhia de Santa Teresa de Jesus

Queridas Irmãs:

Em nossa reunião Intercapitular, realizada em Fátima, concluímos como

queremos realizar a reunião Pré-Capitular, que acontecerá em Quito (Equador),

do 05 ao 20 de junho.

Os acordos feitos sobre os conteúdos do encontro foram os seguintes:

Análise da realidade da Companhia a partir de um informe

elaborado pelo Governo geral, com dados entregues pelas províncias,

conforme um esquema simples e claro, com foco no seguimento e

avaliação dos processos.

Discernimento e escolha do TEMA do próximo capítulo.

Discernimento e preparação da forma de eleição do novo

Governo geral.

Já estamos pensando de como fazer esse informe, e vimos que, quanto aos

processos de reorganização da Europa e América, as visitas e a reunião

Intercapitular nos ofereceram um material muito rico sobre a vida das províncias,

seus processos e avaliações quanto ao modo de viver, na Companhia, os acordos

capitulares. Pensamos que já não era o momento de voltar a pedir dados e novas

avaliações, em princípio para evitar mais trabalho às comunidades e equipes

provinciais. Do que ainda sentimos falta era conhecer e ouvir a palavra das irmãs

de uma forma simples e mais direta possível.

25

Com estas primeiras ideias e acompanhadas por um grupo de pessoas que

trabalham como assessores de congregações para estes e outros temas,

começamos a dar os primeiros passos. De nossa parte, já começamos as escrever

as primeiras linhas do informe, partindo de nossa visão global da Companhia e

iremos fazendo comparações com a grande quantidade de dados oferecidos pelas

províncias durante estes anos. Quando estivermos avançando, é possível que, em

particular, façamos algumas consultas e peçamos dados específicos de alguns

aspectos sobre os quais nos faltem informações ou estejam desatualizadas.

Por outro lado, queremos que as irmãs, em sua maioria, respondam um

questionário simples que nos permita tomar pulso da congregação um pouco

mais diretamente. Somos conscientes de que qualquer método corre perigo ou

tem imperfeições. Acolham-no tal qual: um instrumento para ser incluído na visão

que nos faça perceber tudo o que cada província expressou em diferentes

momentos do sexênio e o que nossa passagem pelas realidades da Companhia

nos permitiu captar. Enviaremos as instruções a todas e, entre todas, nos

ajudaremos a respondê-lo, utilizando os meios eletrônicos.

Em, alguns momentos do processo de elaboração do informe, os assessores

que nos acompanham pedirão para falar com membros da congregação – por

Skype na maioria das vezes – para intercalar, novos pontos de vista ao

questionário escrito e as visões que nos fornecem os documentos e nossas

opiniões.

Se vocês têm algum inconveniente, ideia ou sugestão para enriquecer esta

sondagem, entrem em contato conosco. Comunicar-nos-emos com vocês.

Queremos sair de nossas rotinas e oferecer um informe em que conste a

diversidade de posturas, pontos de vista e uma informação ampla, o mais objetiva

possível. Entre todas e todos, conseguiremos.

Já demos alguns passos em relação a plataformas digitais paginas Web, que

nos sirvam para uma melhor comunicação e integração entre nós, etc. Vamos

acolhendo, de diferentes assessores, a urgência de unificar nossa “imagem

corporativa”. É importante para nos identificarmos, hoje, em qualquer parte do

mundo, respeitando-nos nas diferenças e originalidades próprias de cada

26

província e país. Informaremos dos passos e contaremos com a participação de

vocês.

Já estamos às portas de outro 24 de dezembro, fechando o famoso ano de

2015. No ano passado vivemos estes últimos dias com a esperança de um ano

carregado de ilusão, projetos e bênçãos que nos viriam da mão de Teresa de Jesus

e de Enrique de Ossó. Hoje recordamos e celebramos neste sentido muito mais

dons dos que podíamos imaginar. O coração está cheio de agradecimento, e a

Família Teresiana também. Não deixemos de perguntar-nos: “Como pagaremos

ao Senhor todo o bem que nos fez?” Não podemos desligar-nos de uma realidade

mundial que clama com “dores de parto” e a quem devemos humildemente

oferecer nossa resposta, partindo do que somos e com o que temos.

Desejo que chegue a todas meu abraço de Natal, carregado de ternura, de

alegria e de esperança. Sentimo-nos CONVOCADAS paras “escrever” ainda que

apenas uma linha desta BOA NOTÍCIA que nossos irmãos e irmãs precisam escutar

e viver hoje.

Asunción Codes e Equipe Geral

CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL – CRB SDS Bloco H nº 26 Sala 507 Edifício Venâncio II CEP: 70393-90-Brasília DF

Tel.: (61) 3226-5540 Fax: (61)3225-34 – Cel.(61) 8451-0248 Brasília, 20 de Janeiro de 2016.

Minhas queridas Irmã Valmí e Irmãs Conselheiras Sentimos ressoar fortemente as palavras do Papa Francisco, conclamando-nos a uma

“Igreja em Saída”. É este espírito de missionariedade que nos impulsiona a prosseguir a missão junto ao povo sofrido de Haiti.

Somos gratas/os à sua Província e Congregação pela generosidade em liberar, por três anos, a Irmã Maria Goreth Ribeiro dos Santos, para atuar na Missão Intercongregacional - Projeto solidário da Igreja do Brasil e a Igreja do Haiti. Além do mais, a sua Província/Congregação assumiu conosco esse Projeto.

Que nosso Deus, Pai e Mãe de Misericórdia, conceda-lhes abundantes bênçãos e graças, suscitando entre a Juventude muitas vocações capazes de corresponder e encarnar a Espiritualidade e Carisma de Santa Teresa D’Ávila.

27

Com imensa gratidão, contamos com sua colaboração, no retorno e reintegração de Irmã Goreth à comunidade e à Missão no Haiti, conforme planejado.

Um grande abraço, na ternura do Pai da Misericórdia, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, mad. - Presidente Nacional da CRB.

Estamos sempre em movimento entre idas e vindas.

Quero partilhar com vocês a alegria que senti ao

chegar ao Brasil, e rever cada uma, a alegria do

reencontro, da acolhida que refaz nossa vida e nos

fortalece.

Cada abraço, cada gesto de carinho refazem nossa

fraternidade e nos fazem sentir em casa.

O privilegio de participar da Assembleia Provincial, de contribuir a partir do que

temos e somos, para que, como diz Santo Enrique: ORGANIZEMO-NOS. E, dessa

forma, colocar nossa Vida e os nossos Dons a serviço dos mais pobres, lá onde mais

perigam os interesses de Jesus Cristo.

Agradeço a alegria de poder partilhar a missão que vivi no Haiti durante esses

três anos. De aprender com os pobres o partilhar a vida nos mínimos detalhes e

reconhecer os sinais de Deus na simplicidade lá a onde a vida aparece mais

machucada.

Com o povo haitiano tenho aprendido muito e a eles sou grata por me deixarem

fazer parte de suas vidas e de sua cultura.

Foram três anos de uma rica experiência com a comunidade

Intercongregacional. Juntas vivemos muitos momentos de graça, de partilha, de

carisma de vida, de ajuda mutua.

Também vivemos momentos de muitos desafios. Um deles é o idioma. Para

ficarmos mais perto do povo, optamos por apreender o crioulo. Foi nossa primeira

opção: a de sentir-nos como criança que precisa aprender tudo, desde o falar e o

compreender o que o outro fala.

É um tempo de entrega silenciosa o sair de um mundo que estamos

acostumadas a fazer tudo e ficarmos na posição de aprendiz, para que Deus faça a

obra em nós, a partir do pobre. E, literalmente falando, aprendemos dos pobres entre

28

Comunidade Brasileira Intercongregacional

os mais pobres, os que estão debaixo das lonas, os que não comem todos os dias e

passam fome e sede.

Aos poucos vão revelando sua língua, seus costumes religiosos, sua culinária,

sua arte e sua dança.

A partir do segundo ano alteram as relações. Há uma troca de aprendizado, de

vida, de calor humano, de amizade.

Assim foi nosso começo de caminhada.

Mais uma vez quero agradecer a todas as irmãs pela abertura de coração por

fazer parte junto comigo dessa linda missão, pela qual sou apaixonada.

Comprando o artesanato, blusas e bordados haitianos, vocês não imaginam o

quanto estão colaborando com a promoção das mulheres, jovens e crianças. Deus

pague a cada uma todos os gestos. Não posso citar os nomes para não ser injusta ao

esquecer alguma, mas quero fazer um agradecimento Especial para as Irmãs de

terceira idade que com gestos lindos de seus trabalhos manuais, no silencio, quase

que invisíveis, às vezes com dores, com muito sacrifício, fazem doação de seus lindos

artesanatos para o projeto Haiti.

O meu muito obrigada de forma especial à Ir. Paula Heck que incentivou as

outras a fazerem a partilha

Obrigada pelas orações que chegam até nós com a benção e graça de Deus,

fortalecendo-nos e enchendo nossos corações de esperança, ajudando a reafirmar que

o projeto de Deus faz milagres e quando juntamos nossas forças para o bem comum. É

assim que o mundo inteiro se transforma e gera o milagre da Vida em plenitude como

Deus quer: “Que todos tenham vida e Vida em Abundância”. Jo.10

DISCÌPULAS

/MISSIONÁRIAS

DE

JESUS CRISTO

29

Ir. Maria Goreth Ribeiro dos Santos. STJ

30

CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL – CRB

SDS Bloco H nº 26 Sala 507 Edifício Venâncio II

CEP: 70393-900 - Brasília – DF

Tel.: (61) 3226-5540 Fax: (61)3225-34 – Cel.(61) 8451-0248

Brasília 02 de março de 2016.

Queridas Irmãs

Valmi, Regina, Rosa, Dazir, Ivoni, Joanne e Goreth

Bem vindas ao nosso encontro, no dia 10 de março.

Envio-lhes dois aspectos importantes para serem rezados, refletidos e, partilhados em nosso encontro.

Que significado tem para sua Província/Congregação a sua integração no Projeto Missionário Intercongregacional no Haiti?

A CRB Nacional e a CNBB, com a participação das Congregações, assumimos administrar o Projeto, por dez (10) anos. Estamos entrando no sexto ano. É necessário que nos voltemos para reflexão e discernimento do futuro deste Projeto. Qual seria a posição e/ou sugestão de sua Província/Congregação a este respeito?

Unidas na oração que ilumina e fortalece o nosso caminhar missionário, saúdo-as no Amor Misericordioso de nosso Deus Pai e Mãe,

Irmã Maria de Fátima Kapp, ssps.

Assessora Executiva do Setor Missão

CRB Nacional.

31

O evento aconteceu nos dias 02 e 03 de março, em Curitiba.

Teve como tema: "Vida Religiosa Consagrada, encarnação da misericórdia de Deus na

Igreja e no mundo".

Participaram mais de 600 religiosos e religiosas, advindos de todas as regiões

do Brasil.

Estiveram presentes quatro

Teresianas.

O coordenador da Conferência

dos Religiosos de Curitiba, o religioso

marista, Irmão Pedro Wolter

(Pedrinho), acolheu a todos e explicou

as razões do evento. "É uma herança

da coordenação anterior que trouxe

dom João em vista do Ano da Vida Consagrada. E como estamos no jubileu do Ano da

Misericórdia, a coordenação achou por bem trazer novamente dom João, o

responsável pela Vida Religiosa na Igreja", disse.

Para Irmão Pedrinho, o tema da misericórdia tem tudo a ver com a Vida

Consagrada. "O rosto misericordioso de Deus deve ser contemplado no rosto

misericordioso dos religiosos, pois Deus se manifesta através deles. Mesmo um irmão

religioso idoso ou uma religiosa idosa que não esteja em plena atividade, deve ser

expressão de um rosto sereno, que faça transparecer a misericórdia do Pai",

acrescentou.

O arcebispo da Arquidiocese de Curitiba, dom José Antônio Peruzzo disse: "Eu

nunca encontrei tantos religiosos numa única ocasião como hoje, aqui. Quero

agradecer por terem acolhido o convite. É uma honra e uma graça para a Arquidiocese

que vocês todos estejam aqui. Bem-vindos! E quero saudar com grande afabilidade

dom João", relatou Dom Peruzzo ressaltou que a expressão encarnação faz lembrar

Nazaré. "Devemos ter presente que a encarnação era algo desejado desde a

eternidade. Ele nunca fora amado na história quanto na hora do "Eis a serva!” É como

se o tempo tivesse parado para que a frase fosse pronunciada e alcançasse até os fins

dos tempos.

32

Ainda, segundo dom Peruzzo, a Vida Consagrada é chamada a olhar com

coração para a miséria do mundo e, nos carismas que inspiraram o surgimento dessas

famílias religiosas sempre houve um anseio de bondade misericordiosa. "Se a Vida

Consagrada for encarnação da misericórdia de Deus, então lá onde estiverem os

religiosos, Deus será lembrado mais por sua bondade do que por qualquer outra opção

dele mesmo", garantiu.

O arcebispo encerrou sua fala, dizendo que não sabe se a arquidiocese de

Curitiba um dia conseguirá ser suficientemente grata aos religiosos. "Seria mísera a

nossa evangelização se entre nós não tivéssemos a forte, renovadora e criativa

presença da Vida Religiosa", concluiu.

O assessor, dom João Braz de Aviz agradeceu o convite e ressaltou que seu

desejo é, junto aos consagrados e consagradas,

"aproveitar a graça desse momento em que apenas foi

encerrado o Ano da Vida Consagrada vivido de modo

muito intenso por nós e por boa parte da Igreja em todo

o mundo".

Dom João, durante a manhã e tarde deste

primeiro dia aprofundou com a assembleia o

pensamento do Papa Francisco sobre a Vida

Consagrada, a saber: “Que seja sempre verdade aquilo

que eu disse uma vez que ‘onde estão os religiosos, há alegria’; Espero que ‘desperteis

o mundo’; Ser ‘peritos em comunhão’; Sair de si mesmo para ir às periferias

existenciais”. E assim falou o Assessor:

"Onde estão os religiosos, há alegria"

Os religiosos são chamados a experimentar e mostrar que Deus é capaz de

preencher o nosso coração. "É Ele quem nos faz felizes sem necessidade de procurar

noutro lugar a nossa felicidade".

É a autêntica fraternidade, "vivida nas nossas comunidades que alimenta a

alegria e é a entrega total ao serviço da Igreja, das famílias, dos jovens, dos idosos,

dos pobres que nos realiza como pessoas e dá plenitude à nossa vida".

33

Sejam pessoas alegres, felizes. "Que entre nós não se vejam rostos tristes,

pessoas desgostosas e insatisfeitas, porque 'um seguimento triste é um triste

seguimento'. Também nós, como todos os outros homens e mulheres, sentimos

dificuldades, noites do espírito, desilusões, doenças, declínio das forças devido à

velhice. Mas, nisto mesmo, deveremos encontrar a 'perfeita alegria' ".

"Despertar o mundo"

Despertar o mundo de modo profético é outro convite do Papa Francisco aos

consagrados. "Espero que «desperteis o mundo», porque a nota característica da vida

consagrada é a profecia. Como disse aos Superiores Gerais, 'a radicalidade evangélica

não é própria só dos religiosos: é pedida a todos. Mas os religiosos seguem o Senhor

de uma maneira especial, de modo profético'".

O profeta recebe de Deus a capacidade de perscrutar a história em que vive e

interpretar os acontecimentos. Ele é como uma sentinela que vigia durante a noite e

sabe quando chega a aurora (cf. Is 21, 11-12). "O profeta é capaz de discernimento e

também de denunciar o mal do pecado e as injustiças, porque é livre, não deve

responder a outros senhores que não seja a Deus, não tem outros interesses além dos

de Deus".

"Os religiosos e as religiosas, como todas as outras pessoas consagradas, são

chamados a ser 'peritos em comunhão’ "

O desejo do Papa Francisco é que a 'espiritualidade da comunhão', indicada por

São João Paulo II, se torne realidade e que os religiosos estejam na vanguarda,

abraçando 'o grande desafio que nos espera' neste novo milênio: 'fazer da Igreja a

casa e a escola da comunhão'. Francisco garante, que os religiosos trabalharão para

que o ideal de fraternidade perseguido pelos Fundadores e pelas Fundadoras cresça,

nos mais diversos níveis, como que em círculos concêntricos.

Francisco alerta sobre as desavenças, as fofocas, no ambiente fraterno, que

destroem a comunhão entre os consagrados. "A este respeito, convido-vos a reler

frequentes intervenções minhas onde não me canso de repetir que críticas,

bisbilhotices, invejas, ciúmes, antagonismos são comportamentos que não têm direito

de habitar nas nossas casas. Mas, posta esta premissa, o caminho da caridade que se

abre diante de nós é quase infinito, porque se trata de buscar a aceitação e a solicitude

recíprocas, praticar a comunhão dos bens materiais e espirituais, a correção fraterna, o

respeito pelas pessoas mais frágeis..."

34

"Sair de si mesmo para ir às periferias existenciais"

"Não vos fecheis em vós mesmos, adverte Francisco, não vos deixeis asfixiar

por pequenas brigas de casa, não fiqueis prisioneiros dos vossos problemas. Estes

resolver-se-ão se sairdes para ajudar os outros a resolverem os seus problemas,

anunciando-lhes a Boa Nova. Encontrareis a vida dando a vida, a esperança dando

esperança, o amor, amando".

Francisco espera dos Religiosos, "gestos concretos de acolhimento dos

refugiados, de solidariedade com os pobres, de criatividade na catequese, no anúncio

do Evangelho, na iniciação à vida de oração".

A importância da Palavra de Deus, que hoje, é acessível a todos os cristãos,

deve ser lida, meditada e vivenciada. "Em Jesus, esta encarnação é completa. A

Palavra se fez pessoa e em nós discípulos seus, o destino da Palavra é, também, se

fazer carne, a nossa carne, nosso jeito de ser".

A Bíblia nas mãos do povo é, hoje, a força das comunidades, onde a Palavra de

Deus é meditada com calma, com profundidade. "Nunca se ouviu dizer de um povo que

teve seu Deus tão perto de si como nós temos o nosso Deus perto de nós. É uma das

conclusões da primeira leitura que ressalta que Deus estabelece aliança com seu

povo".

É preciso deixar,

acrescenta, "que a nossa

vida se aproxime da

Palavra. A meditação não

está em função da

observância da lei, pois

esta não liberta, é fria. Ela

já foi superada pela própria

pessoa do Senhor que é a

Palavra viva. Esse encontro

com Jesus é que provoca

em nós experiências novas,

significativas que se tornam eixo da nossa vida".

Um dos costumes bonitos que deveria fazer parte das congregações e,-

seguramente nossos fundadores queriam isso – é que a Palavra seja traduzida em

experiência na comunidade. “Se alguém conta a experiência da Palavra vivida, não

pode ser contestado porque é vida e ao mesmo tempo ilumina. Deus é luz para a

35

comunidade. Isso fortalece o caminho, consola, reestrutura, simplifica, modifica, faz a

gente caminhar", garantiu.

"Queremos agradecer a Deus nesta missa porque Jesus é a Palavra viva no

meio de nós. Ele nos une. Esta diferença de carisma é a Igreja de Deus. Tocamos

também nas feridas, mas não para pararmos nelas, sabendo que é o amor de Deus

que conta. Podemos responder por uma vida vivida Nele. Que esse encontro nos ajude

a dizer esse sim generoso, juntos, como Igreja, para que o Reino de Deus possa

indicar luzes para o nosso tempo. Que nós cristão sejamos firmes, diferentes. Que

possamos ser Palavra encarnada".

O encontro dos consagrados e consagradas encerrou na tarde do dia 03, com a

celebração de entrada pela Porta Santa, quando a assembleia recebeu as santas

indulgências.

36

O 3º Congresso das Novas Gerações foi organizado pela CRB Nacional –

Conferência dos Religiosos do Brasil, através do setor Juventudes, coordenado por

Irmã Vanézia Pereira.

Teve como objetivo, de acordo com a coordenação, incentivar a construção da

"civilização do amor", saindo ao encontro do outro, testemunhando a alegria e

dinamizando as Novas Gerações da Vida Religiosa Consagrada, permanecendo com o

Ressuscitado.

Tema do Congresso: "#Compartilhe alegria". Lema: "Venha para fora" (Jo 11, 43).

P a r t i c i p a ra m

d o e ve n t o 4 0 0

Re l i g i o so s j o ve n s ,

d e t o d a s a s re g iõ e s

d o B ra s i l .

Essas se is

I rmãs são as

te res ianas jovens

que pa r t ic ipa ram do

Congresso .

37

Durante a realização do 3º Congresso das Novas

Gerações da Vida Consagrada, o secretário-geral da

CNBB, dom Leonardo Steiner, Ofm, presidiu uma das

celebrações eucarísticas e falou aos jovens. Chamou a

atenção para temas atuais relativos à Vida Consagrada

como o chamado vocacional, vida comunitária e

missão.

Ao se referir ao Evangelho, o bispo falou da

capacidade de atração que Jesus causava nas pessoas

que o rodeavam. "Ele é uma pessoa que atrai, que

fascina, que causa admiração. A admiração é tanta que

Ele precisa tomar uma certa distância. E essa admiração faz-se escuta. É bonito

demais que essa admiração, o fascínio faça escutar".

A escuta causada pelo fascínio, é transformadora, porém, escutar é uma atitude

exigente. "Algumas pessoas que lá estavam não escutavam, pois estavam ocupados

em lavar as redes depois de uma noite inútil de trabalho. Mas no escutar e no não

escutar, de repente escutam. É um convite: voltar ao trabalho, interromper a lavação e

buscar águas mais profundas".

Não tenham medo da profundidade. "É lá na profundidade que está o fruto que

só vem depois de remar muito e buscar outro lugar onde a gente não imaginava

chegar, uma outra meta que não é a minha. Lá está o fruto, lá está a gratuidade dos

Caminhada dos participantes do Congresso pela esplanada dos Ministérios em Brasília.

38

frutos. É por isso que Pedro se apercebe, se joga diante de Jesus, reconhece e se

torna admirador, fascinado".

A vida comum do viver em comunidade é elemento fundamental na Vida

Consagrada. "O encontro é só, mas o trabalho é comum, a vida é comum”. Chamar os

outros não só para recolher, mas para lançar as redes. É preciso fazer

comunitariamente, fraternalmente. "De hoje em diante serás pescador de homens".

Aliás, para nós que somos da vida consagrada, este texto é fascinante.

"Não fomos também nós atraídos, atraídas? Também em nós não despertou um

fascínio? Que outra razão teria cada um de nós para estarmos na Vida Consagrada?

Haveria outro motivo para sermos mulheres que seguem o Evangelho deste modo,

uma vez que há tantos modos dentro da Igreja? Haveria outra razão, outro fundamento

para sermos homens e mulheres que tentam seguir Jesus, senão o fascínio, o

encantamento, a atração?".

É preciso, ao lançar as redes, na cotidianidade da vida, deixar-se atrair por

Jesus, pois sem esta, o coração se esvazia e se perdem as razões da opção, o

caminho. "No entanto, esta atração nos conduz para onde? Para a profundidade. É

exigente, é caminho, uma vida inteira para se deixar atrair, buscar a profundidade.

Uma vida inteira para sair e amar, entregar-se na busca, de começar tudo de novo,

mesmo quando a gente achar que nada mais vale a pena, tudo de novo, mas para a

profundidade".

Jesus de Nazaré, na sociedade hodierna, tem um rosto bem definido. "Que

Jesus eu tenho? Quem é o meu Jesus? Aquele que eu construí ou o Homem de

Nazaré, ou o Homem da Misericórdia? Estamos no Ano da Misericórdia. Quem é

capaz de ver as dores e o sofrimento? De sair ao encontro da viúva? De deixar-se

tocar pelos leprosos? AH! Os leprosos nas nossas periferias existenciais de hoje!".

Deixem-se, também, escutar pelos mais velhos, e escutem, por causa da

sabedoria de vida que carregam consigo. "Por que nós os admiramos?” Eles têm

caminho, tem sofrimento, tem dúvida. Mas têm também entusiasmo. Não tiveram medo

das suas dificuldades afetivas, sexuais, não tiveram medo das dificuldades de

evangelizar, de falar, de buscar sempre novos caminhos.

Quando assim for, seremos sempre de novo transformados. Para isso, abramos

o coração escutemos a Palavra de Deus e ela sempre de novo despertará em nós, um

fascínio transformador. Cada manhã nos disporemos: "Aqui estou. Envia-me!"

39

O encontro das Provinciais da América, no Chile, foi um passo muito importante

no processo de reorganização da Companhia neste continente.

Transmitirei a todas o evento, com as experiências que vivemos, e as

conclusões a que chegamos, à medida em que eu for fazendo a visita às comunidades.

Todo o encontro foi uma excelente oportunidade de conhecimento e

comunicação entre nós, as Provinciais, o que nos permitiu ir criando amizade,

liberdade, aproximação. Deus se deixou sentir na confiança e no ânimo que nos

inspirou durante os trabalhos. Percebemos Sua luz nas reflexões e na busca de

respostas adequadas para as necessidades atuais da sociedade, da Companhia e da

40

Igreja, para que, neste momento histórico do nosso país, do continente americano, do

mundo... sejamos presença viva desse Deus que precisa de nossos pés, nossos

braços, nosso coração, a fim de amar e ajudar em tudo os nossos irmão mais

necessitados.

Iniciando os

trabalhos do encontro, a

Irmã Asunción Codes,

falou ao grupo do

crescimento que estamos

tendo em consciência de

continente, de sentido

ampliado de governo com

o governo geral. Nas

províncias o governo

ampliado é uma

plataforma de

participação e corresponsabilidade. As províncias necessitam organismos mais

próximos para seu caminhar.

Recordou os passos dados:

1. Covington, em outubro de 2013, onde se criou forte consciência de uma

américa.

2. Fátima, perguntamo-nos: Que estruturas de governo favoreceriam mais e

melhor a vida e missão da Companhia na América?

3. Argentina – Participação no seminário da CLAR, cujo tema foi:

Reconfiguração das estruturas de animação da VR. Propusemo-nos a tarefa

de conhecer a realidade de cada província para apresentar no encontro do

Paraguai em 2015.

4. Paraguai – Trabalho das Equipes: delegadas de educação, formação,

presenças alternativas, economia. Acordos: Partilhar a visão de vida religiosa

teresiana, uma boa notícia para o continente, missão da Companhia de

41

Santa Teresa de Jesus na Américas. Tarefa proposta: Elaborar as

plataformas para apresentá-las no Chile.

5. Agora, em janeiro de 2016, nosso Encontro no Chile.

LEMA DO ENCONTRO:

Em obediência ao Pai, da maneira de Jesus... aprender de Jesus, seu modo

de encarnar a mesa partilhada... viver em discernimento com sentido de

obediência pessoal e comunitária a um projeto de missão comum.

TAREFAS REALIZADAS NO ENCONTRO

a) Modelo Econômico. Trabalho coordenado pela Irmã Teresa.

Reflexão sobre a Equipe Continental de Economia.

b) Irmã Giselle Gomez orientou o trabalho sobre a PROPOSTA DO PLANO

DE FORMAÇÃO DO JUNIORADO DA AMÉRICA.

Revisão da Equipe Continental de Formação.

c) Pastoral Juvenil Vocacional

d) Reflexão sobre a Sede do Noviciado Continental da América.

e) Irmã Cristina apresentou o processo de elaboração da Plataforma

Continental de Educação.

f) Irmã Angeles apresentou o relativo à Plataforma de Educação Alternativa

g) Reflexão sobre Espiritualidade, coordenada por Suzana Alonso

h) Trabalho sobre os objetivos das Plataformas – Vêm ao encontro das

necessidades e favorecem passos à convergência.

i) Reorganização Continental – sugestões de estruturação.

42

Aconteceu em Buenos Aires, nos dias 04, 05, 06 de março de 2016, coordenada

pela Irmã Isabel Ordoño.

Participaram

pessoas que, de al-

guma forma, já

foram encarregadas

da procuração de

fundos e elaboração

de projetos, ou que

poderão colaborar

neste serviço num

futuro próximo.

Esta é a segunda oficina.

43

CIT “EDUCAÇÃO ALTERNATIVA NÃO ESCOLAR

DOCUMENTO CONCLUSIVO

Encerramos este CIT agradecidas, imbuídas do contexto desde o qual

refletimos, e conscientes de que nos encontramos em um “tempo oportuno” para dar

densidade à mística de nossa missão através da EDUCAÇÃO ALTERNATIVA NÃO

ESCOLAR. Junto com a Escola Formal somos convidadas a responder conjunta e

complementariamente ao chamado carismático de transformar a sociedade e ser

44

alternativa desde nosso ser de educadoras/es teresianas/os.

A

presentamos as conclusões, seguindo a estratégia da dinâmica relacional1 com

a qual trabalhamos ao longo destes dias. Por isso:

RECONHECEMOS:

Que a tradição e a história institucional nos dão suportes e constroem, ao

mesmo tempo em que também podemos contribuir na construção da missão

e recriação do carisma.

Que a riqueza da diversidade cultural, a potencialidade das realidades onde

há exclusão dos grupos minoritários e das pessoas em situação de

vulnerabilidade nos interpela.

Q

u

e

a

m

i

s

são compartilhada nos abre a irmãs e leigas/os para chegar a mais lugares

de fronteira e a novas experiências comunitárias.

1Detalhamos em um ANEXO a referência a estas cinco ações de relação a que nos referimos.

45

Que reconfigurar as narrativas positivas sobre as pessoas permite trabalhar

desde suas fortalezas e possibilidades.

Que a espiritualidade dos povos mais empobrecidos nos enriquece e nos

reeduca.

Que a vida e o dinamismo que gera o pequeno, o comunitário, o celebrativo, o

empoderamento das bases é uma força de transformação social.

Que Deus está presente nos outros, em nossos povos e caminha ao nosso

lado.

PEDIMOS:

Qualificar nossas presenças nestes lugares de especial vulnerabilidade com

novas análises, com formação específica, desde a perspectiva da inserção

hoje e com a metodologia e a espiritualidade que vamos aprendendo.

Acompanhamento para cuidar o marco comum compartilhado e avançar na

continuidade do processo que explicite a aposta teresiana intercontinental na

Educação Alternativa não escolar.

Aplicar nos processos de reorganização, tomada de decisões e formação da

Companhia o critério de discernimento da proximidade e a implicação com os

excluídos.

OFERECEMOS:

O compromisso para trabalhar desde um método profético que identifica a

pedagogia utilizada pela injustiça e a força da pedagogia da Boa Notícia que

se abre nas realidades sofridas.

A vivência de que o local, o cotidiano, o simples vão transformando.

Experiências de comunhão fraterna, missão compartilhada e de relações

saudáveis tecidas na simplicidade, reciprocidade e a pedagogia do encontro.

A mística da presença, da escuta e o silencioso como meio para transformar

intencionadamente nossos entornos.

Corresponsabilidade institucional para abrir-nos ao incerto, deixar-nos afetar

pela realidade em mudança e implicar-nos com os coletivos que requerem

nossa intervenção educativa.

46

ESCUTAMOS:

O crescimento da

desigualdade e as

necessidades dos

sujeitos excluídos.

As inquietações de

Irmãs e leigos que

trabalham nestes

contextos.

A necessidade de um trabalho articulado com outros e em redes.

Os desafios do empreendimento social, da economia local e do

posicionamento crítico frente à nossa forma de consumir.

O chamado da Igreja a converter-nos em referentes pessoais, comunitários

e institucionais para ser incidência frente ao sistema que nos envolve.

O convite a cuidar da vida e reconhecer Deus presente nos povos, no

coração do irmão e na harmonia da natureza.

CONCORDAMOS:

Implicar-nos no seguimento dos compromissos consequentes deste CIT.

Situar-nos nas distintas culturas desde a honestidade e o profundo respeito.

Manter uma atitude contemplativa que nos leve à leitura de fé da realidade.

Fomentar o empoderamento das pessoas a partir de onde estamos.

Impulsionar a comunitariedade, e o compromisso cidadão, político e ecológico.

Dialogar sobre a questão econômica em nossas presenças alternativas.

Estar atentas ao momento adequado para facilitar o diálogo com o âmbito de

educação alternativa escolar.

Concretizar estas linhas referenciais em nossas realidades locais e provinciais.

Fortalecer os caminhos continentais desde este marco comum.

Dar seguimento ao processo institucional através da equipe do CIT,

incorporando se for possível uma pessoa da África.

47

Convencidas de que as grandes transformações se abrem a partir do pequeno e

do local, queremos que este método que aplicamos nos permita seguir dando passos e

revisar as concretizações que vamos alcançando, uma vez que tenhamos socializado e

compartilhado as linhas chaves trabalhadas no CIT.

Huejutla, 20 de febrero de 2016

ANEXO ao DOCUMENTO CONCLUSIVO.

Optamos por aplicar em nossa apresentação do documento conclusivo do CIT

os passos a seguir na estratégia da dinâmica relacional experimentada ao longo do

trabalho realizado com Joan Manuel Quintana. Indicamos brevemente o GLOSSÁRIO

DESTES CONCEITOS (ações de relação) para facilitar um ponto de partida que

arranque desde significados comuns.

1.- RECONHECER

48

É compartilhar com outros a opinião e os afetos que tenho por ele ou ela. É ser

capaz de mostrar-lhe e fazer sentir o quanto é importante para mim, e quais são as

coisas que valorizo positivamente e aquelas que creio ser necessário melhorar.

2.- PEDIR:

É explicitar à outra pessoa a necessidade de que faça algo determinado. Pode

ser um pedido, umas sugestões, uma indicação, uma ordem e inclusive uma exigência,

dependendo da situação e do contexto relacional.

Pedir requer a capacidade de especificar com clareza os requerimentos do

pedido e da habilidade para inclinar a vontade dos outros de forma positiva.

3.- OFERECER

É propor à outra pessoa alguma ação que ajude em suas necessidades.

Oferecer de maneira efetiva requer a disposição para aceitar a rejeição de uma oferta

determinada e de escutar o outro para mostrar ações que o favoreçam.

4.- ESCUTAR

É ver o outro e conseguir que se sinta compreendido, sendo capaz de perceber

as emoções, nas explicações, nas ações e no sentido que têm as pessoas e os fatos

para o outro.

É aceitar que o mundo dos outros seja diferente e que é impossível estar no

lugar do outro, mas que é possível aproximar-se e fazer sentir que está a seu lado.

5.- CONCORDAR

É um processo de negociação que permite a duas ou mais pessoas

coordenarem ações futuras ou interpretações sobre como são as coisas.

Concordar é um processo que gera declarações conjuntas e permite gerar

compromissos e promessas que coordenem efetivamente a ação futura.

49

O PEDIR, OFERECER E CONCORDAR são o motor da ação. O ESCUTAR e o

RECONHECER a regulam.

É necessário ter presente a importância do equilíbrio entre estas cinco ações de

relação.

É desejo de todas as pessoas que participaram no CIT integrar estas dinâmicas

relacionais no momento de impulsioná-lo nas respectivas realidades provinciais e

locais. Daí o interesse por compartilhá-lo.

A dinâmica referida está extensamente desenvolvida no livro de Joan Manuel

Quintana Relaciones Poderosas, (Ed. Kairós, 2014. Barcelona)

AMAZÔNIA LUGAR SAGRADO... AQUI DEUS SE REVELA!

A Vida Religiosa Jovem do Brasil foi desafiada a sair de sua ‘zona de conforto’ e

ir ao encontro de Deus junto às comunidades da Diocese de Amapá, durante as

celebrações da Semana Santa. Tive a oportunidade de participar deste momento e

estou encontrando dificuldade em traduzir o vivido, o experimentado com o povo desta

realidade.

Ficamos na cidade de Mazagão, na paróquia Nossa Senhora da Assunção,

composta por 90 comunidades. Quatro religiosos tivemos o privilégio de ir à

comunidade São Tomé, na Vila Maracá. Uma comunidade pequena que tira seu

sustento da colheita da Castanha.

Chegamos justamente no tempo da colheita. Neste período é comum encontrar

nas famílias somente as mulheres e as crianças, pois os homens estão na mata,

colhendo a castanha.

Para chegar aos castanhais somente pelo rio Maracá e as viagens duram dias.

O povo tem um seu jeito próprio de viver e expressar sua fé, não é pior, nem

melhor, é simplesmente a sua maneira. Um dos gestos e atitudes que mais calou em

nossos corações foi a generosidade. Nunca tinham tido a presença de

religiosos/sacerdotes durante o tríduo pascal, tudo era novidade. Queriam nos mostrar

tudo, o melhor que tinham. É importante dizer que as comunidades estão em um

processo de reorganização após dois anos sem a Celebração Eucarística.

50

Em gesto de partilha, também viabilizaram a visita às comunidades mais

próximas, para também terem a oportunidade de ter Missa na Semana Santa. Entre

elas, fomos a uma comunidade Quilombola da qual Nossa Senhora da Conceição é a

padroeira. Dona Maria, uma das matriarcas, emocionada partilhou: “tenho 80 anos e é

a primeira vez que participo de uma missa em dia santo”.

Sim, o povo da Amazônia tem sede de Deus e anseia por pessoas que se

disponham a partilhar a fé e a vida com eles. Nesse lugar em que Deus se revela no

ritmo das águas, faz-se necessário tirar as sandálias e tocar o chão com os pés

descalços, como bem nos disse a dirigente da comunidade em uma das ocasiões de

partilha, “quem tem seus costumes, que deixe em casa”.

E de fato foi esta a experiência: sair de si e propor-se a estar com o outro, a

outra, partilhando sua forma de viver, acolhendo em silêncio o que não

compreendemos e buscando aproximar-se, ao máximo, do lugar de onde falam. Em

cada oportunidade de escuta e partilha, nos falavam de seu desejo de formação,

materiais para catequese, curso de capacitação para lideranças, músicas para liturgia e

outras pastorais.

Sou grata a Deus por se revelar tão próximo e humano, por revelar seu olhar

misericordioso em cada gesto, em cada abraço. Fiz a experiência de sentir Deus no

ritmo das águas, de contemplar sua face em cada rosto com marcas de uma história,

com um sorriso cheio de esperança e com um abraço de quem se sente ‘parente’, “vai

com Deus mana, espero que um dia a gente se encontre”, “não se esqueça de nós”...

Como esquecer o que fica gravado no coração e gera germes de ressurreição?

Feliz pela experiência missionária nesta terra sagrada sigo meu caminho com o

coração agradecido e desejosa de gastar minha vida, minha juventude na partilha e

soma de sonhos, tornando real e concreto o Reino de Deus! Na Amazônia a Vida

Religiosa é necessária e útil!

Obrigada à Província pela oportunidade e a cada irmã que me acompanhou com

suas orações!

51

Ir. Alecsandra Pina de Oliveira

Grupo Missionário

52

Momentos significativos da Missão

53

CNBB e Cáritas lançam campanha em solidariedade

a migrantes e refugiados

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira, em

consonância com o Jubileu Extraordinária da Misericórdia, convocado pelo papa

Francisco, promovem Campanha de solidariedade em prol dos migrantes e refugiados.

Confira o vídeo da campanha.

“Estamos diante de uma situação de migração muito grande. O papa tem nos

alertado para sairmos ao encontro dos nossos irmãos e irmãs que deixam suas terras,

que buscam aconchego e lugar para morar. Vamos ajudar com essa ação solidária

promovida pela CNBB e Cáritas, para podermos melhor acolher, a Jesus, por meio dos

nossos irmãos que sofrem”, motiva o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral

da CNBB, dom Leonardo Steiner.

Por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado no domingo,

17 de janeiro, o Vaticano divulgou mensagem do papa Francisco. O texto, intitulado

“Os migrantes e os refugiados nos interpelam: a resposta do Evangelho da

misericórdia” recorda os sofrimentos dos povos que são obrigados a deixar as regiões

onde habitam.

Na mensagem, o papa pede que a sociedade se empenha para minimizar os

sofrimentos dessas populações.

54

A PROVÍNCIA NOSSA SENHORA APARECIDA CONTRIBUIU COM R$ 2.000,00

“Os emigrantes são nossos irmãos e irmãs que procuram uma vida melhor longe

da pobreza, da fome, da exploração e da injusta distribuição dos recursos do planeta,

que deveriam ser divididos equitativamente entre todos. Porventura não é desejo de

cada um melhorar as próprias condições de vida e obter um honesto e legítimo bem-

estar que possa partilhar com os seus entes queridos?”, refletiu Francisco.

Ao final do texto, o papa envia palavras de esperança aos migrantes e

refugiados: “Queridos irmãos e irmãs emigrantes e refugiados! Na raiz do Evangelho da

misericórdia, o encontro e a recepção do outro se entrelaçam com o encontro e a

recepção de Deus: acolher o outro é acolher a Deus em pessoa! Não deixeis que vos

roubem a esperança e a alegria de viver que brotam da experiência da misericórdia de

Deus, que se manifesta nas pessoas que encontrais ao longo dos vossos caminhos!”,

escreveu.

Realidade pelo mundo

Em todo o planeta, 60 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas,

migrando para outros países. Atualmente, constata-se uma crescente discriminação e

criminalização das pessoas que se encontram na condição de migrantes e refugiadas.

Essa situação contribui para que essas populações se tornem ainda mais vulneráveis

em termos socioeconômicos e mais sujeitas à violência.

Os recursos arrecadados com a campanha serão destinados a ações de

sensibilização da sociedade quanto à importância da acolhida, solidariedade e ajuda

humanitária a essas pessoas. São atividades voltadas ao fortalecimento das iniciativas

já existentes; de apoio à criação de novos centros de acolhida, atendimento e

promoção dos direitos humanos.

Além disso, por meio dos recursos pretende-se criar uma rede católica destinada

a formar, integrar e fomentar o acolhimento, a proteção legal e a integração local de

migrantes e refugiados em todo o Brasil; e de apoio a iniciativas correlatas

desenvolvidas em outros países, com a ação da Caritas Internacional.

A coleta de solidariedade deve ser feita por meio de depósito bancário, na conta da Cáritas.

Caixa Econômica Federal Banco do Brasil Agência: 1041 Agência:3475-4

Conta Corrente: 3735-5 Conta corrente: 32.792-1

Operação: 003

55

COLÉGIO SANTA TERESA DE JESUS

RIO DE JANEIRO-2016

PROJETO

A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 nos propõe como tema básico

a questão do saneamento básico, no horizonte de uma ecologia integral, isto é, que

considera não apenas a preocupação antropocêntrica com o cuidado da natureza a fim

de garantir exclusivamente o bem-estar humano, mas, indo muito além, preocupa-se,

desde uma perspectiva biocêntrica, com o cuidado da vida em todas as suas

expressões.

Particularmente esse tema interessa ao nosso Planejamento Pedagógico não

apenas pelo fato de ser proposto pela Campanha da Fraternidade. A rigor, a temática é

parte da identidade teresiana de Enrique de Ossó, manifestada claramente nas cartas

e documentos dos fundadores, como também nos documentos mais recentes da

Companhia de Santa Teresa de Jesus.

Com efeito, nas Constituições da Companhia de Santa Teresa de Jesus, em sua

última atualização, lê-se:

“O Espírito Santo impulsiona-nos a ampliar os nossos horizontes e urge-nos a

um processo de mudança de mente e de coração que nos abre à confiança, ao

acolhimento das pessoas e à colaboração com quem trabalha por uma humanidade

nova. Procuramos viver toda a relação como lugar de encontro com Deus e cremos

que o seu rosto também se nos revela no diálogo intercultural e inter-religioso, no

ecumenismo e no compromisso ecológico”. (Const. n. 59)

PLANETA TERRA, NOSSA CASA COMUM:

AMAR, CUIDAR E RESTAURAR

56

E ainda: “Amamos e defendemos a vida como um dom de Deus e sentimo-nos

corresponsáveis pela sobrevivência do nosso planeta e pela construção de uma

sociedade justa, solidária e não-violenta. O desequilíbrio ecológico, a devastação do

planeta, a injusta distribuição dos bens da terra e as situações de violência e de guerra,

interpelam-nos. Essas realidades urgem-nos a viver a aliança de amor que Deus

estabeleceu com suas criaturas, manifestada na unidade fundamental da família

humana e na interdependência entre todos e com o cosmos” (Const. n. 60).

Ora, o amor de/por Deus alcançado pela experiência espiritual teresiana conduz

sempre ao serviço ao próximo. E é através desse serviço que Enrique via a

transformação do mundo. Enrique, a propósito, via na educação um modo muito

peculiar de servir à sociedade e transformá-la a partir das mulheres e das crianças.

Teresa também busca a transformação da sociedade a partir da transformação dos

corações das pessoas. É a partir da interioridade que brota a verdadeira e duradoura

mudança do mundo.

Enfim, “estamos vivendo um momento que podemos considerar crucial para a

continuidade da vida no Planeta Terra. O momento presente é tão significativo que

nossas opções precisam ser orientadas por critérios coerentes com o propósito de mais

justiça e paz. É necessário que assumamos as responsabilidades das escolhas feitas.

Elas devem contribuir para a superação das desigualdades e das agressões à Criação.

A Terra é um sistema vivo e complexo que nos foi presenteado por Deus. Somos

chamados a cuidar desse presente.”

Vivemos uma globalização da indiferença, em que o outro e o seu sofrimento

não interessam e faz-se o possível para não vê-los. Por isso precisamos de uma

mudança radical. Mas em que direção? Queremos algo novo, um mundo onde o direito

brote como fonte e a justiça corra qual riacho que não seca (Am 5, 24). Nossa fé cristã

nos impulsiona a sair em campo e construir um mundo mais humano e justo”. (Manual

da CFE 2016, n.29-31).

Primeiro Trimestre : Ecologia ambiental: Cuidando de nossa casa comum

Segundo trimestre: Ecologia política e social: usar sem abusar

Terceiro Trimestre: Ecologia integral: do antropocentrismo ao biocentrismo

Em cada trimestre serão desenvolvidas várias propostas de atividades junto aos

alunos para que o Projeto seja vivenciado durante o ano de 2016.

Ir. Lucia Ignez Bassotto

57

A

Ir. Adolphina nasceu em 1928 em Garibaldi, RS, de uma família, numerosa,

de descendência Italiana, profundamente cristã que deu à Igreja duas filhas religiosas

teresianas, missionárias e de imensos valores : A Ir. Gema Tereza Stéfani falecida há

15 anos e a Ir. Adolphina.

Ela entrou jovem na Companhia, em 1947, fez a

formação em Montevidéu e após a Profissão Religiosa, em

1950 foi destinada ao Chile, onde permaneceu à serviço da

comunidade e da jovens da Residência Universitária até seu

retorno ao Brasil em 1969.

Sua característica marcante foi o de sempre estar a

serviço das pessoas com quem trabalhava ou convivia. Sua

facilidade de convivência e seu amor pelos pobres e

doentes.

Foi destinada a várias casas da Província, mas onde

realmente se destacou em sua missão pastoral e evangelizadora foi no Centro Social

do Gama, Brasília de 1980 a 1989. e principalmente em Itupiranga, no Pará, junto ao

Rio Tocantins, onde ficou de 1989 até 2012. Seu amor pelos pobres mais pobres e

doentes, seu zelo por acompanhá-los eram extremados.

Todos os dias, após o almoço da comunidade, preparado com amor por ela, em

lugar de descansar, saia com o sol escaldante das duas da tarde no Pará, pelas ruelas

das periferias de Itupiranga, visitando os casebres dos irmãos mais pobres e

doentes. Sua visita enchia de paz e alegria aquelas famílias maltratadas pela pobreza e

pela doe nça. Acompanhava especialmente os enfermos, lhes dava o alívio da

comunhão eucarística se eram católicos, da Palavra de Deus e do seu carinho e

palavra amiga. As famílias sentiam sua visita como o passo de Jesus e Maria

Santíssima em sua casa e de fato era assim mesmo. Até agora choram a saída da Ir.

Adolphina de

58

Quando pela idade e falta de saúde o Governo Provincial achou prudente trazê-

la para o Sul, ela aceitou, mas sofreu bastante pois preferiria ter morrido no meio dos

seus doentes e pobres Itupiranga.

. Durante estes últimos meses, de permanência

na enfermaria da Casa Provincial, sempre deu

testemunho de paz, serenidade, entrega. Quando já

bem doente, a visitávamos e perguntávamos como se

encontrava, repetia sempre “como Deus quer” Só

desejava que a vontade de Deus se cumprisse. Nunca

se queixou nem reclamou de nada. Aceitava com

serenidade, não sem dificuldade e sacrifício, as

decisões dos médicos e das pessoas que a cuidavam

dela.

Sua morte foi muito bonita, faleceu

serenamente, calmamente, sem o menor

estremecimento, enquanto as Irmãs e a cuidadora, que

estavam a sua volta, cantavam cantos Marianos que sabíamos ela gostava,

Descanse em paz nossa querida Irmã Adolphina.

DEUS LHE CONCEDA O

DESCANSO ETERNO,

junto a S.Teresa, S.Enrique,

Beata Mercedes e todos os

santos.

59