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Provas Funcionais da Supra-renal 01. Estímulo para ACTH com Desmopressina - DDAVP 02. Hipoglicemia com insulina para dosagem de Cortisol e/ou ACTH 03. Estímulo rápido para Cortisol com ACTH - Cortrosina 04. Estímulo com ACTH: Androstenediona, Composto S, Cortisol, DHEA, 17 OH Progesterona, 17 OH Pregnenolona, Progesterona 05. Teste Postural potencializado pelo Furosemida (8) 06. Estímulo com CRH/CRF pós supressão com dexametasona 07. Estímulo para ACTH com CRH/CRF 08. Supressão do Captopril 09. Supressão de Catecolaminas com Clonidina para Feocromocitoma 10. Supressão com Dexametasona 11. Supressão com Dexametasona em crianças 12. Aldosteronismo Primário, testes confirmatórios Provas Funcionais da Tireóide 13. Estímulo para TSH com TRH Provas Funcionais para Pâncreas Endócrino 14. Tolerância a Glicose 15. Diabetes Insipidus - Teste de Restrição Hídrica 16. Tolerância rápida a Insulina - KITT 17. Diagnóstico de diabetes gestacional 18. Estímulo do Peptídeo C - Sustacal 19. Resistência a insulina GTT com dosagem de Insulina e Glicose 20. Tolerância à Glicose Endovenosa Provas Funcionais para Hipófise Anterior 21. Estímulo para HGH 22. Estímulo para HGH com Dexametasona 23. Estímulo para HGH com TRH em Células Tumorais 24. Supressão para HGH com Glicose 25. Supressão para HGH e Prolactina após Bromocriptina 26. Estímulo para Prolactina com TRH 27. Megateste 28. Supressão para Prolactina após L-Dopa 29. Geração de IGF-1 30. Estímulo para LH e FSH com LH-RH Provas Funcionais para o Diagnóstico do Carcinoma Medular da Tireóide 31. Estímulo p/ Calcitonina com infusão de Cálcio – Pentagastrina - Cálcio e Pentagastrina (simultâneo) Provas Funcionais Metabólicas da Nefrolitíase 32. Nefrolitíase 33. Teste de Pak - Sobrecarga oral com Cálcio Provas de absorção de carboidratos 34. D-Xilose, teste 35. Lactose, teste de tolerância 36. Maltose, teste de tolerância 37. Sacarose, teste de tolerância Outros testes 38. Estímulo para Testosterona com HCG 39. Acidificação urinária, teste 40. Homocisteína após estímulo de Metionina 41. Gastrina, estímulo alimentar e estímulo após glucagon

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Provas Funcionais da Supra-renal01. Estímulo para ACTH com Desmopressina - DDAVP02. Hipoglicemia com insulina para dosagem de Cortisol e/ou ACTH03. Estímulo rápido para Cortisol com ACTH - Cortrosina04. Estímulo com ACTH: Androstenediona, Composto S, Cortisol, DHEA, 17 OH Progesterona, 17 OH

Pregnenolona, Progesterona05. Teste Postural potencializado pelo Furosemida (8)06. Estímulo com CRH/CRF pós supressão com dexametasona07. Estímulo para ACTH com CRH/CRF08. Supressão do Captopril09. Supressão de Catecolaminas com Clonidina para Feocromocitoma10. Supressão com Dexametasona11. Supressão com Dexametasona em crianças12. Aldosteronismo Primário, testes confirmatórios

Provas Funcionais da Tireóide13. Estímulo para TSH com TRH

Provas Funcionais para Pâncreas Endócrino14. Tolerância a Glicose15. Diabetes Insipidus - Teste de Restrição Hídrica16. Tolerância rápida a Insulina - KITT17. Diagnóstico de diabetes gestacional18. Estímulo do Peptídeo C - Sustacal19. Resistência a insulina GTT com dosagem de Insulina e Glicose20. Tolerância à Glicose Endovenosa

Provas Funcionais para Hipófise Anterior21. Estímulo para HGH22. Estímulo para HGH com Dexametasona23. Estímulo para HGH com TRH em Células Tumorais24. Supressão para HGH com Glicose25. Supressão para HGH e Prolactina após Bromocriptina26. Estímulo para Prolactina com TRH27. Megateste28. Supressão para Prolactina após L-Dopa29. Geração de IGF-130. Estímulo para LH e FSH com LH-RH

Provas Funcionais para o Diagnóstico do Carcinoma Medular da Tireóide31. Estímulo p/ Calcitonina com infusão de Cálcio – Pentagastrina - Cálcio e Pentagastrina (simultâneo)

Provas Funcionais Metabólicas da Nefrolitíase32. Nefrolitíase33. Teste de Pak - Sobrecarga oral com Cálcio

Provas de absorção de carboidratos34. D-Xilose, teste35. Lactose, teste de tolerância36. Maltose, teste de tolerância37. Sacarose, teste de tolerância

Outros testes38. Estímulo para Testosterona com HCG39. Acidificação urinária, teste40. Homocisteína após estímulo de Metionina41. Gastrina, estímulo alimentar e estímulo após glucagon

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01. Estímulo p/ACTH e Cortisol c/Desmopressina DDAVPMaterial:

0,7 ml de plasma (EDTA) para cada determinação do ACTH.0,5 ml de soro para cada determinação do cortisol.

Preparo do Paciente:Colher uma amostra antes da administração do DDAVP e nos tempos 15, 30, 45 e 60 minutos após aadministração de 10 ug de DDAVP endovenoso.O material deve ser coletado e transportado em tubo plástico e congelado imediatamente (a –20o C). Acentrífuga tem que ser refrigerada.O teste é realizado idealmente entre 7 e 8 horas da manhã.

Critério de Interpretação: Resposta positiva para Doença de Cushing ocorre quando é observado um incremento maior do que50% para o valor basal do ACTH ou de 20% para o cortisol.

02. Hipoglicemia com Insulina p/ dosagem Cortisol e/ou ACTHMaterial:

1,5 mL de soro.Preparo do Paciente:

Colhe-se amostra basal e administra-se EV 0,1 U de insulina simples/kg de peso (quando há fortesuspeita de deficiência aplicar 0,05 U/kg). Amostras são colhidas 30, 60 e 90 minutos após ahipoglicemia.Cuidado com hipoglicemia durante o teste, ter sempre glicose hipertônica para aplicação EV senecessário (manter soro fisiológico venoso).Não realizamos em crianças menores de 2 anos de idade.

Critério de interpretação:ℜ CORTISOL após Hipoglicemia deve ser ≥ 16 µg/dL.ℜ ACTH após Hipoglicemia aumenta 2 vezes ou mais.Obs.: - Pode ser feito o teste apenas com o Cortisol.

- Colher glicemia em todos os tempos e na hipoglicemia.Cuidados:

Contra indicado para pacientes convulsivos, cardiopatas, doença cerebrovascular, idosos e comsintomas de insuficiência adrenal.

03. Estímulo rápido para Cortisol com ACTH CortrosinaMaterial:

1,0 mL de soro.Preparo do Paciente:

Colher amostra basal entre 7 e 9 horas da manhã e, em seguida, aplicar EV uma ampola de 250 µg deACTH sintético (Cortrosina simples); colher amostras de soro 30’ e 60’ após a injeção.Não apresenta efeitos colaterais.

Aplicação clínica:(-) 20 kg = 1/2 ampola (+) 20 kg = 1 ampola

Critério de Interpretação:Cortisol pós-ACTH deve ser ≥ 18 µg/dL.

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04. Estímulo com ACTH para:Androstenediona, Composto S, Cortisol, DHEA,17 OH Progesterona, 17 OH Pregnenolona, Progesterona

Material:1,5 mL de soro.

Preparo do Paciente:JD 4h. Colher amostra basal entre 7 e 9 horas da manhã e, em seguida, aplicar EV uma ampola de 250µg de ACTH sintético (Cortrosina simples); colher amostras de soro 30 (cortisol ou Composto S), 60 e120 minutos (opcional) após a injeção.- Não apresenta efeitos colaterais.

Critério de Interpretação:Cortisol pós-ACTH deve ser ≥ 18 µg/dL; em relação aos outros esteróides o valor máximo de respostanão ultrapassa 2 a 3 vezes o valor basal.Obs.: O teste pode ser feito com qualquer dos hormônios acima.

Resposta - 17 OH Progesterona 60’ após ACTH:ℜ Normais: < 200 ng/dLℜ Zona Cinza: 200 a 450 ng/dLℜ Heterozigotos: 450 a 1500 ng/dLℜ Formas não Clássicas: 1500 a 12000 ng/dLℜ Formas Clássicas: > 12000 ng/dL

Resposta dos demais esteróides veja nosso informativo HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA.

05. Teste Postural Potencializado pela Furosemida (8)- Colher sangue basal para Renina e Aldosterona e 120’ após 40 mg – Oral de Furosemida, seguido de 2horas em pé com deambulação.Dose: comprimido 40 mg = 1 comprimido- Atividade Renina Plasmática (PRA) maior do 1,5 ng/m/l/h - normal. Abaixo de 1,5 ng/mL/hHiperaldosteronismo Primário (HAP) ou outros hipermineralocorticismos.Para este teste não precisa interromper tratamento da hipertensão. Só interromper beta-bloqueadores.Certos adenomas se comportam como hiperplasia, quando se aciona o sistema renina-angiotensina comdiuréticos ou espirolactona chamado “Adenoma responsivo a angiotensina”.

Interpretação:ℜ Renina se eleva para 1,7 a 8,5 ng/mL/hℜ Aldosterona se eleva para 13,0 a 50,0 mg/dLRelação Aldosterona/Renina 20 a 30No Hiperaldosteronismo primário, na maioria dos pacientes há resposta normal da Aldosterona, o maiscaracterístico é a discreta ou não resposta da Renina ao estímulo.A Relação Aldosterona/Renina se eleva acima de 40, em geral acima de 100.

06. Estímulo com CRH/CRF pós supressão com DexametasonaMaterial:

Cortisol 1,0 mL de soro. Colher entre 08:00 e 09:00 horas.Preparo do Paciente:

Supressão com DXM administrar ao paciente 1 comprimido de 0,5 mg de Dexametasona, de 6 em 6horas durante 2 dias, iniciando às 12:00 horas do primeiro dia e terminando às 06:00 horas da manhã doterceiro dia (8 comprimidos equivale a 2 mg/dia = LIDDLE I).Estímulo com CRH JO 8h. Após 2 horas da tomada do último comprimido de Dexametasona (08:00horas da manhã), colher amostras nos tempos: 0 (basal) e 15 minutos após administração endovenosade CRH, na dosagem de 1 mcg/Kg.

Critério de Interpretação:A prova é considerada positiva para Síndrome de Cushing (hipofisário), quando os níveis de Cortisolatingirem valores acima de 1,4 mcg/dL, os valores abaixo de 1,4 mcg/dL indicam pseudocushing.

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07. Estímulo para ACTH com CRH/CRFCRH - Hormônio Liberador da Corticotrofina

Fazer entre 08:00 e 09:00 horas da manhãPreparo do Paciente:

- Colher sangue basal p/ ACTH (10 mL), 5 minutos antes da injeção de CRH.- Injetar CRH (l microg/kg) EV- Colher sangue para ACTH (10 mL), aos 15 e 30 minutos.- Colher sangue para cortisol (0,5 mL para cada dosagem) aos 30 e 45 minutos

Critério de Interpretação:O resultado é expresso em relação ao basal.Incremento maior do que 50% em relação ao basal para o ACTH e/ou 20% para o cortisol indicamDoença de Cushing

08. Supressão do Captopril Colher Sangue basal para Renina (Plasma) e Aldosterona (Soro), logo após tomar 1 comprimido 25

mg de Captopril (Capoten). 2 horas depois, colher novamente Sangue para Renina (Plasma) e Aldosterona (Soro). Tirar toda medicação hipertensiva 2 semanas antes do teste – C.O.M.

Dose: 1 comprimido = 25 mgCondições:

JD 4h ou C.O.M. 1 hora de repouso.Não é necessário dieta prévia. Manter o paciente deitado durante todo teste e 1 hora após, verificarpressão arterial.

Critério de Interpretação:Aldosterona plasmática < 15 ng/dLℜ Hipertensão arterial essencial - relação Aldosterona/Renina < 50ℜ Aldosteronismo primário - relação Aldosterona/Renina > 50ℜ Aldosteronismo idiopático = Hipertensão arterial essencial

A relação Aldosterona/Renina pode ser feita com valores basais(9 a 10 horas da manhã - sentado há no mínimo 10 minutos):ℜ Aldosterona/Renina > 12,6 → Aldosteronismo Primárioℜ Aldosterona > 8,9 → Aldosteronismo Primário

09. Supressão de Catecolaminascom Clonidina para Feocromocitoma

Preparo do Paciente:- Realizar somente em adultos.- JO 8h.- Dosar catecolaminas plasmáticas basais e após supressão.- Repouso por 30 minutos antes de colher o basal.- A pressão sistólica deve estar acima de 100 mm Hg antes de tomar o comprimido.- Tomar 300 mcg (0,3 mg) de Clonidina via oral (pacientes com aproximadamente 70 kg).- O paciente não deve dirigir por pelo menos nas próximas 12 horas. Pacientes em uso de beta-bloqueadores não devem ser submetidos ao teste. Pacientes cardiopatas e com doença cerebrovascularnão devem realizar o teste.

Critério de Interpretação:Normal – redução dos níveis em 50% ou mais em relação ao basal.Ou redução para níveis inferiores a 500 pg/ml.Muito útil para afastar ação de qualquer tipo de estresse, frio, uso antihipertensivos.

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10. Supressão com DexametasonaTESTE RÁPIDO COM 1 mg de DEXAMETASONA (overnight)

- Às 23:00 horas - Tomar 1 mg de Dexametasona VO.- Dia seguinte: Colher sangue entre 7 e 9 h da manhã, p/Cortisol.

TESTE COM 2 mg de DEXAMETASONA LIDDLE IO MÉDICO ESPECIFICA: SANGUE: Cortisol e/ou ACTH ou URINA: 17 KS, 17 OH e/ou Cortisol Livre.Preparo do Paciente:BASAL

SUPRESSÃO- 1o dia: Tomar 1 comprimido de 0,5 mg Dexametasona de 6 em 6 horas, durante 2 dias (4comprimidos/dia durante 2 dias – Total 8 comprimidos), começando às 6:00, 12:00, 18:00 e a últimatomada às 24:00 (ou começando às 12:00, 18:00, 24:00 e a última tomada às 06:00 horas, segundoLIDDLE).- 2o dia: Continuar a tomar os comprimidos e colher urina de 24 horas para 17 OH, 17 KS e/ouCortisol Livre (não colocar conservantes na urina): desprezar a primeira urina entre 07:00 e 09:00horas e armazenar toda urina de 24 horas até o mesmo horário no dia seguinte.- 3o dia: Colher sangue entre 7 e 9 horas da manhã, para Cortisol e/ou ACTH. Trazer a Urina 24 h.

TESTE C/ 8 mg de DEXAMETASONA LIDDLE IIO MÉDICO ESPECIFICA: SANGUE: Cortisol e/ou ACTH ou URINA: 17 KS, 17 OH e/ou Cortisol Livre.Preparo do Paciente:BASAL

- Colher sangue entre 7 e 9 h da manhã, para Cortisol e/ou ACHT.- Colher Urina 24h basal p/ 17 OH, 17 KS e/ou Cortisol Livre (manter refrigerada e semconservante).

SUPRESSÃO- 1o dia: Tomar 4 comprimidos de 0,5 mg Dexametasona de 6 em 6 horas, durante 2 dias (16comprimidos/dia durante 2 dias – Total 32 comprimidos), começando às 6:00, 12:00, 18:00 e aúltima tomada às 24:00 (ou começando às 12:00, 18:00, 24:00 e a última tomada às 06:00 horas,segundo LIDDLE).- 2o dia: Continuar a tomar os comprimidos e colher urina de 24 horas para 17 OH, 17 KS e/ouCortisol Livre (não colocar conservantes na urina): desprezar a primeira urina entre 07:00 e 09:00horas e armazenar toda urina de 24 horas até o mesmo horário no dia seguinte.- 3o dia: Colher sangue entre 7 e 9 hrs da manhã, para Cortisol e/ou ACHT. Trazer a urina 24 horas.

TESTE RÁPIDO C/ 8 mg DE DEXAMETASONAPreparo do Paciente

Colher sangue entre 7 e 9 h da manhã, p/ Cortisol e/ou ACHT basal. Às 23:00 horas - Tomar 8 mg de Dexametasona VO, Dia seguinte - Colher sangue entre 7 e 9 h da manhã, p/ Cortisol e/ou ACHT.

Critérios para Supressão17 KS < 7 mg/24 horas17 OH < 4,5 mg/24 horasCORTISOL LIVRE URINÁRIO queda de 50% do valor basalACTH queda de 50% do valor basal.CORTISOL queda de 60% do valor basal ou < 5 µg/dL

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11. Supressão com Dexametasona em CriançasDose Baixa

(equivale a 2 mg) → 30 mcg/kg/diaDose Alta

(equivale a 8 mg) → 120 mcg/kg/diaCalcular a dose total, dividir em 4 tomadas, fracionar de 6 em 6 horas por 2 dias.

Teste rápido- Tomar VO comprimidos ou solução de Dexametasona.- 15 mcg/kg às 23:00 horas.

12. Aldosteronismo Primário, testes confirmatórios- Cuidado com problemas cardíacos- Acompanhamento médico rigoroso- Controle rigoroso da pressão

SUPRESSÃO COM SORO FISIOLÓGICOAdministração endovenosa por 4 a 6 horas, de 500 mL de soro fisiológico por hora.Dosa-se Aldosterona e cortisol plasmáticos no início e no fim da infusão, ou seja, após 2 a 3 litros de sorofisiológico.Interpretação:

Em pessoas normais, ou seja, hipertensão essencial a aldosterona cai abaixo de 6 nanog/dL após 2 ou 3litros de infusão.Valores maiores de 10 nanog/dL são diagnóstico de produção autônoma de aldosterona (adenoma).A dosagem de Cortisol é feita para excluir stress mediado por ACTH, que aumenta aldosterona e daresultado falso-positivo.

Importante:Este teste não pode ser feito em pessoas que tem comprometimento cardíaco ou pessoas debilitadas.Por isso tem que ser acompanhadas por enfermagem.

SUPRESSÃO ORAL COM SALO paciente tem que tomar dieta com alta quantidade de sal com 3 dias, ou seja, 2 tabletes de 1 grama deNaCl em cada refeição por dia, ou seja, 4 gramas por dia. No 3o dia colher Urina 24 horas e verificar se oSódio urinário esta maior do que 200 milimoL/24 horas o que confirma a alta ingestão de Sódio. As pessoasnormais excretam aldosterona igual ou menor do que 12 microgramas/24 horas. Acima de 13 microgramasindica aldosteronismo primário.

SUPRESSÃO COM FLUORHIDROCORTISONA ORALIngestão de 0,1 miligramas a cada 6 horas com suplementação obrigatória de sódio 20 a 30 milimol 3 vezesao dia por 4 dias.Normais, a aldosterona plasmática cairá abaixo de 6 nanog/dL.Importante:

Este teste é muito perigoso porque pode produzir severa hipocalemia, o potássio tem que ser dosadocom freqüência para constatar os valores de cálcio.

AMOSTRAS DE SANGUE VENOSO ADRENAL ESQUERDA E DA DIREITAEsse teste obviamente só será feito quando as imagens radiológicas especialmente tomografia espiral comcorte de 3 milimetros não evidenciar o tumor.Primeiro faz-se a laparoscopia, eventualmente, laparotomia. Colhe-se o sangue periférico simultaneamente eo sangue de cada veia adrenal para aldosterona e cortisol. Injeta-se 200 microgramas de ACTH sintético(cortrosina) e colhe-se sangue a cada 10 minutos durante 50 minutos após ACTH. A relaçãoAldosterona/Cortisol é calculada de cada lado e comparada.Se o paciente tiver o tumor a relação aldosterona/cortisol estará maior no lado do tumor. Na suprarenal dooutro lado a relação aldosterona/cortisol está suprimida e geralmente com valores inferiores da relaçãomedida na veia periférica.

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13. Estímulo para TSH com TRHMaterial:

0,9 mL de soro.Execução do Teste

• Colher amostra basal para dosagem do TSH.• Administrar 7µg/Kg de TRH até a dose máxima de 200 µg por via endovenosa, em bolus.• Colher nova amostra para determinação do TSH em 30 minutos após a aplicação do TRH.

Efeitos ColateraisPodem ocorrer, principalmente nos primeiros cinco minutos do teste, náusea, cefaléia, tonteira, urgênciamiccional, alteração da pressão arterial (hiper ou hipotensão), alteração do paladar, ruborização,sensação de cabeça leve. Precipitação de crises anginosas em pacientes coronariopatas.

Contra-indicaçõesO teste é contra-indicado em pacientes portadores de doença coronariana (infarto do miocárdio ouangina).

InterpretaçãoA resposta usual é de 8 a 9 vezes o valor basal (pode apresentar variação de 3 a 23 vezes). A respostaé, em geral, proporcional ao valor basal.

14. Tolerância à Glicose Curva GlicêmicaCritério de Interpretação:

Preparo do Paciente: o paciente deve fazer dieta sem restrições, com um mínimo de 150 gr decarboidratos, nos três dias que antecedem ao teste, sendo indicada atividade física normal nesseperíodo. O teste deve ser realizado pela manhã, com 8 a 14 horas de jejum (ou C.O.M). Durante oexame é necessário que o paciente permaneça sentado e não fume. O TTG não é recomendado parapacientes hospitalizados, agudamente doentes ou inativos. Dar 75 gr de glicose, em um volume de 300ml de água para ser ingerida em 5 minutos.

Categoria Jejum* 2 horas após 75 gramasde glicose (mg/dL)

Casual**

Glicemia de jejum alterada > 110 e <126 < 140 mg/dl (se realizada)Tolerância diminuída à Glicose < 126 > 140 e < 200Diabetes Mellitus > 126 > 200 > 200 (com sintomas clássicos***)

*O jejum é definido como a falta de ingestão calórica de no mínimo 8 horas. O prazo máximo de jejum é de 14horas segundo a OMS.** Glicemia plasmática casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem observar ointervalo da última refeição.*** Os sintomas clássicos de Diabetes Mellitus incluem poliúria, polidpsia e perda inexplicada de peso.Nota: O diagnóstico de Diabetes Mellitus deve sempre ser confirmado pela repetição do teste em outro dia, amenos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios deDM.

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15. Diabetes Insipidus Teste de Restrição HídricaA desidratação promove um forte estímulo para liberação de ADH, que pode ser verificada indiretamentemedindo-se a osmolalidade urinária e/ou ADH sérico.1- Pesar o paciente no início da restrição hídrica. Caso o período noturno seja utilizado, o peso deverá ser

verificado o mais próximo possível desse período. Pode se iniciar a restrição hídrica à meia noite, caso ofluxo urinário seja < 4 l/dia ou às 6 da manhã caso o contrário. O uso de álcool, tabaco e cafeína deve serevitado a partir de seis horas antes do início do teste*.

2- Não é permitida ingestão de líquidos até a conclusão do teste.3- O peso do paciente deve ser verificado regularmente (de hora em hora, pelo menos) e o teste interrompido

caso a perda de peso seja superior a 5%.4- Faz-se coleta de sódio e ADH séricos. A urina é coletada de hora em hora para verificação do volume e

osmolalidade**. Quando houver estabilização da osmolalidade urinária (alteração menor ou igual a30mOsm/kg por 2 a 3 horas consecutivas – usualmente leva 8 a 12 horas para ocorrer) colhe-se materialpara dosagem sérica de ADH e Posm.

5- Administrar 5 UI de pitressina ou 0,02 mcg/kg (ou 20 mcg) de DDAVP via subcutânea.6- Medir a osmolalidade urinária 30 e 60 minutos depois.*Pode se optar por iniciar o jejum em outro horário de acordo com a disponibilidade do local onde o exame será realizado.**Caso não seja disponível a aferição direta da osmolalidade urinária, nesse instante do teste, o parâmetro a ser seguidopoderia ser o peso, como sugerido. A densidade urinária, embora menos precisa, apresenta boa correlação com aosmolalidade urinária e pode ser interessante sua pesquisa durante a realização do teste (notadamente arefratometria)(10,11). O laboratório Hermes Pardini realiza a dosagem da osmolalidade, diretamente, através docrioscópio.

Interpretação (5): Aumento na Uosm após VasopressinaNormais < 9%D.I. Central > 50 %D.I. Parcial > 9% e < 50 %D.I. Nefrogênico < 50 %Polidpsia Primária < 9%

Nos pacientes com polidpsia primária o período de privação pode ser maior. Se a relação entre Uosm/Posm é < 1,5 aofinal do teste é improvável o diagnóstico de polidpsia primária.

. Os valores de ADH e osmolalidade colhidos ao final do teste de restrição hídrica são colocados em umnomograma (figura 1) e o diagnóstico diretamente observado. A utilização do nomograma de ADH xosmolalidade urinária é útil para diferenciação entre diabetes insipidus nefrogênico parcial e polidpsia primária(figura 2).. Se ao final do teste de restrição a osmolalidade sérica não atingir um valor igual ou superior a 292 mOsm/ldeve-se proceder ao teste de infusão salina.

15

10

9

8

7

3

4

2

6

5

4

3

2

1LD

280 290 300 310

OSMOLALIDADE PLASMÁTICAmosmol / Kg

ADH PLASMÁTICOpg/ml

1

1200

DESIDRATAÇÃO PITRESSINA

1000

800

600

400

200

0.5 1 5 10 >5050

2

OSMOLALIDADE URINÁRIA

mosmol / Kg

ADH PLASMÁTICOpg/ml

1

Figura 1-Relação do ADH plasmático com osmolalidadeplasmática durante o teste de restrição hídrica em pacientes comdiabetes insipidus de diversas etiologias(4).Interpretação: Área 1: pessoas normais e com polidpsia primária.Área 2: Diabetes Insipidus Central. Área 3: Síndrome de SecreçãoInapropriada de ADH. Área 4: Diabetes Insipidus Nefrogênico.

Figura 2 - Relação da osmolalidade urinária com ADHplasmático durante o teste de restrição hídrica empacientes com diabetes insipidus de diversas etiologias(7-modificado).Interpretação: Área 1: Pessoas normais e polidpsiaprimária. Área 2: Diabetes Insipidus Nefrogênico.

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16. Tolerância rápida à Insulina KITTPreparo do Paciente:

JO 10h ou C.O.M.No tempo “0” aplicar 0,1 unidade de insulina regular por Kg de peso EV.Colher sangue para Glicose nos tempos: -15’, -5’, 0, +3’, + 6’, +9’, +12’, + 15’, + 20’ e + 30’.O teste é realizado para caracterizar o grau de resistência à insulina em pacientes diabéticos.- Não realizamos em crianças menores de 2 anos de idade.

Critério de Interpretação:ℜ normal 5,01 a 6,40 %/minℜ obesos 3,10 a 5,01%/minResistência a insulina ℜ < 3,30 %/min

17. Diagnóstico de Diabetes GestacionalDiabetes Gestacional – ADARastreio:

50 gramas de glicose VO. Não é necessário jejum. Considerado positivo se glicemia uma hora apóssobrecarga > 140 mg/dl.

Diagnóstico:Preparo: 8 a 14 horas de jejum. 100 gramas de glicose. Deve ser realizado na 24a a 28a semana degestação.• Jejum: < 95 mg/dl• 60 min: < 180 mg/dl• 120 min: < 155 mg/dl• 180 min: < 140 mg/dlDois ou mais valores, como acima, é diagnóstico de Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional – SBD/OMSRastreio:

- Na primeira consulta são empregados os mesmos procedimentos e critérios diagnósticos empregadosfora da gravidez.- O rastreamento entre a 24a e 28a semanas de gestação pode ser realizado em uma ou duas etapas:Em duas etapas:• Com glicemia de Jejum: rastreio positivo se Gj > 85 mg/dl• Com glicemia 1 hora após 50 gramas de glucose: rastreio positivo se Glicemia > 140 mg/dlNos casos positivos aplicar o TTOG* com 75 gramas de glicose.Em uma etapa:• É aplicado diretamente o TTOG* com 75 gramas de glicose.* jejum de 8 a 14 horas.

Diagnóstico de Diabetes GestacionalO diagnóstico é feito quando a glicemia duas horas após o TTOG com 75 gramas de glicose for >140mg/dl.Nota: no rastreamento com 50 gramas de glicose, valores de glicose plasmática de uma hora > 185mg/dl são considerados diagnósticos de Diabetes Mellitus Gestacional.

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18. Estímulo do Peptídeo C Sustacal- Colher sangue para Peptídeo C e Glicose.- Diluir 6 medidas de Sustacal em 1 copo de leite + 1 /2 copo de água = 360 mL.- Tomar 6 mL de Sustacal por Kg (acima de 60 Kg não exceder a 360 mL). Tomar o Sustacal em

menos de 10 minutos.- Após 90 minutos, colher outro sangue para Peptídeo C e Glicose.

Observações:• Resposta normal 150 a 300% do basal.• Pacientes com IDDM (Diabetes Mellitus Insulino Dependentes) com menos de 5 anos de duração, tem

Peptídeo C basal ± 0,33 ng/mL e se elevam para ± 0,77 ng/mL após Sustacal.• Pacientes com mais de 5 anos de duração IDDM tem basal ± 0,013 ng/mL subindo somente para ±

0,019 ng/mL, após a sobrecarga de Sustacal.• Em adolescentes com IDDM, a queda progressiva de Peptídeo C é muito mais rápida do que em

adultos.• 19% de pacientes com Peptídeo C abaixo de 0,15 ng/mL, tem grande aumento do Peptídeo C após o

Sustacal. Embora esse teste possa ser útil para distinguir Diabetes Tipo 2 de Tipo 1, em alguns casos,pode haver superposição de valores, aqui vai valer a avaliação clínica. Lembrar que em 81% doscasos o teste é conclusivo.

Interpretação:Pacientes c/ Peptídeo C > 2,20 respondem aos agentes orais.

19. Resistência à Insulina GTT com dosagem deinsulina e glicose (0, 30, 60, 120, 180 min até 300 )

Preparo do Paciente veja TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSECritério de Interpretação:

INSULINA BASALℜ Normal < 20 µUI/mLℜ Suspeita de RI 20 a 30 µUI/mLℜ RI > 30 µUI/mL

INSULINA PÓS-GLICOSEℜ Normal < 150 µUI/mLℜ RI moderada 150 a 300 µUI/mLℜ RI severa > 300 µUI/mL

Ref. Bibl.: Endocrinol Metab Clin N Amer 1988; 17 (4): 685-703 J Clin Endocrinol Metab 1991, 73: 590-595

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20. Tolerância à Glicose EndovenosaMaterial:

1,0 mL de soro.Jejum:

JO 10h ou C.O.M.Preparo do Paciente:

Como recomendado para curva de tolerância, fazer 3 dias de dieta contendo pelo menos 150g de açúcare atividade física habitual.- Excesso de exercício físico deve ser evitado pelo menos 1 dia antes do teste.- O teste deve ser adiado se o paciente apresentar qualquer doença.

Horário do Teste: 07:30 às 10:00 horas (preferencialmente)

Dose de Glicose:0,5 g/kg no máximo de 35 g

Concentração infundida:25%

Tempo de infusão:3 min ± 15 segundos

Tempo zero:final da infusão

Tempos de coleta:basal, 5’, 1’ após fazer infusão, +1’, + 3’, + 5’ e +10’.

Cuidado:Após a infusão do soro glicosado, lavar o escalpe com soro fisiológico.

Diabetes Care 1992: 15(10);1313-1316.Critério de Interpretação:

Acompanhar a queda do percentil.PERCENTIL DA SECREÇÃO NORMAL DE INSULINA µU/mL

Percentil 1+3 Min 1+3 2 vezes o Basal1 46 243 56 365 64 4310 81 5525 112 9150 162 13775 219 19399 551 462

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21. Estímulo para HGH GHMaterial:

1 ml de soro para cada dosagem do HGH e 1 ml de soro ou plasma (fluoreto) para cada determinaçãoda glicemia (quando solicitada)

JO 8h.Repouso por 15 minutos antes da primeira dosagem do GH é desejável para todos os testes.

EXERCÍCIOPreparo do Paciente:

O paciente deve permanecer em repouso por pelo menos 15 minutos, quando então é colhida umaamostra basal. Seguem-se 20 minutos de exercício contínuo (subir e descer escadas ou andardepressa) e nova coleta de sangue imediatamente após o término do exercício. Coletar novasamostras para dosagem de GH com 20 e 60 minutos a contar do término do exercício.

INSULINAMaterial:

1,0 mL de soro.Preparo do Paciente:

Colhe-se amostra basal e administra-se EV 0,1 U de insulina simples/kg de peso. Amostras sãocolhidas 30, 60 e 90 minutos após a administração da insulina (e constatação da hipoglicemia).

CUIDADOS:• Contra indicado para pacientes com problemas cardíacos ou com história de acidente vascular

cerebral, portadores de epilepsias ou passado de crises convulsivas, e em pacientes com idadesuperior a 60 anos.

• Pacientes pós-cirúrgicos de hipofisectomia, pode-se utilizar dose menor de insulina (0,05 U/Kg),devido a maior risco de hipoglicemia.

• Pacientes diabéticos em uso de insulina: nos hiperglicêmicos é difícil conseguir hipoglicemia.• Crianças agitadas, que não permitem manter o soro na veia, temos que interromper o teste.• Com hipoglicemia durante o teste, ter sempre glicose hipertônica para aplicação EV, se

necessário (manter soro fisiológico venoso).• Reforço: dependendo do nível da hipoglicemia, poderá ser feito um reforço na dose de Insulina,

dentro dos parâmetros iniciais.

L-DOPAPreparo do Paciente:

Colher amostra basal e administrar por VO L-Dopa na dose de: até 15 kg de peso = 125 mg, entre15 e 30 kg = 250 mg e acima de 30 kg = 500 mg. Nova coleta de sangue 60, 90 e 120 minutos.

Cuidados:O cliente apresenta com freqüência náuseas e vômitos, nesses casos repetimos o teste apósmetoclopramida.

CLONIDINAPreparo do Paciente:

Colher amostra basal e administrar VO 0,15 mg/m2 de clonidina (Atensina), colhendo entãoamostras 60, 90 e 120 minutos após.

Cuidados:• Todos os pacientes apresentam hipotensão e sonolência. O repouso após o teste é fundamental.

Apenas liberar para atividade física quando tiver passado o efeito do medicamento, 1 a 2 horasapós o teste.

• Contra-indicado para pacientes com problemas cardíacos e renais: pode levar àdescompensação cardíaca e hipotensão severa.

• Dosagem da clonidina pelo gráfico da superfície corpórea = peso e altura

Continua...

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Continuação...ESTÍMULO PARA HGH

MESTINON BROMETO DE PIRIDOSTIGMINAPreparo do Paciente:

Colher sangue no tempo basal ("0") - Administrar VO mestinon na dose de 60 mg para aqueles comidade inferior a 20 anos e 120 mg para aqueles com idade igual ou superior a 20 anos. Colhersangue para GH nos tempos 60, 90 e 120 minutos após o estímulo.

Cuidados:O uso prévio de atropina pode impedir o aparecimento de cólicas intestinais.

ARGININAPreparo do Paciente

Repouso por 30 minutos. Colher amostra basal. Administrar a arginina EV na dose de 0,5 g/Kgdurante 30 minutos. Colher novas amostras nos tempos 30, 60, 90 e 120 minutos a partir do inícioda infusão.

CuidadosContra-indicado em pacientes com insuficiências renal e/ou hepática. Podem ocorrem náuseas evômitos.

GHRH e ARGININAPreparo do Paciente

Repouso por 30 minutos. Colher amostra basal. Administrar o GHRH na dose de 1µg/Kg de pesocorporal em bolus EV. Administrar em seguida a arginina na dose de 0,5 g/Kg durante 30 minutos.Colher novas amostras nos tempos 30, 60, 90 e 120 minutos a partir do início da infusão.

CuidadosContra-indicado em pacientes com insuficiências renal e/ou hepática. Podem ocorrem náuseas evômitos, parestesias, ruborização facial e alteração do paladar.

INTERPRETAÇÃO dos testes acima> do que 3 ng/mL: Pré-Puberal (Tanner 1)> do que 5 ng/mL: Tanner 2> do que 7 ng/mL: Tanner 3 e Tanner 4

Marin G, Cassorla F, et al. JCEM 1994;79:537-41

Sensibilização com Valerato de ESTRADIOLNos pré-puberais ou no início da puberdade em “ambos os sexos”, pode ser utilizado via oral .Valeratode estradiol é administrado na dose 1 mg (para aqueles com peso inferior a 20 Kg) ou 2 mg (para ascrianças com peso igual ou superior a 20 Kg) à noite, durante os três dias que antecedem a realizaçãodo teste. O laboratório Hermes Pardini fornece o valerato de estradiol bastando, ao médico, enviar opeso da criança.

Uso do propranololEventualmente utilizado para potencializar a resposta de alguns testes de estímulo. Uso descrito com ostestes de glucagon, L-DOPA, insulina e arginina. A dose usual é de 0,75 mg/Kg. Dose máxima de 40 mg.

Crianças menores de 2 anosNão realizamos testes de estímulo, aconselhamos fazer como screening o IGF1 e o IGFBP-3. Sendonecessário teste de estímulo, sugerimos L-Dopa e exercício, porque apresentam efeitos colaterais maisbrandos que os demais.

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22. Estímulo para HGH com DexametasonaA Dexametasona, apesar dos efeitos deletérios no crescimento, apresenta um potente estímulo à secreção doGH, quando administrado agudamente.Administração da Dexametasona:

a. 1 mg/M2 EVColher o sangue basal, 120, 150 e 180 minutos(basal, 2, 2:30 e 3 horas)

b. 2 mg VOColher o sangue basal, 180, 210 e 240 minutos(basal, 3, 3:30 e 4 horas)

Critério de Interpretação: ℜ Resposta normal: 36 ± 5 mUI/Lℜ Resposta do Déficit de GH: 3 ± 1 mUI/L

JCEM 1992 75(2):536-9Trabalho apresentado no Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia 1994 -Curitiba- (P029) Pinto,ACAR e cols. EPM - SP

23. Estímulo para HGH com TRH em Células TumoraisMaterial:

0,5 mL de soro.Preparo do Paciente:

JO 8h ou C.O.M.Colher amostra basal 30 e 60 minutos após a administração EV de 200 µg de TRH.Efeitos colaterais podem ocorrer: tontura, náusea, calor perineal, gosto amargo. Todos rápidos eimediatamente após a injeção.

Critério de Interpretação:Pacientes com células tumorais devem responder e, nesses casos, o valor de GH, em geral elevado,deve pelo menos duplicar ou, tendo como base um ritmo de secreção, deve ser significativamente maiorque o valor basal.Obs.: 30% dos normais podem responder.

24. Supressão para HGH com Glicose DextrosolMaterial:

0,5 mL de soro.Preparo do Paciente:

JO 8h ou C.O.M.Colher amostra basal para HGH. Administrar via oral 100 gramas de dextrosol. Ingestão em cincominutos. Colher amostras para determinação sérica do GH nos tempos 60,90 e 120 minutos após o inícioda ingestão do dextrosol.

Critério de Interpretação:Avaliação Bioquímica de Exclusão da Acromegalia- GH aleatório < 0,3 ng/ml e IGF-I normal- Nadir do GH durante o TTOG < 0,3 ng/ml e IGF-I normal

Obs: Freqüentemente utilizados são os critérios com valor de corte de 1 ng/ml para HGH. A dose de dextrosolvaria entre 50, 75 e 100 gramas.

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25. Supressão do HGH e Prolactina após BromocriptinaMaterial:

1,0 mL de soro.Preparo do Paciente:

JO 8h.Colher sangue "0" (basal). Após 1 comprimido de Bromocriptina (2,5 mg por via oral), colher sangue aos30, 60, 120 e 180 minutos para dosar GH e Prolactina.

Pode haver enjôo, vômitos e hipotensão após o Parlodel.Critério de Interpretação:

Queda maior que 50% dos valores basais.

26. Estímulo para Prolactina com TRHMaterial:

0,5 mL de soro.Preparo do Paciente:

JD 4h.Colher amostra basal, 30 e 60 minutos após a administração EV de 200 µg de TRH.

Efeitos colaterais podem ocorrer: tontura, náusea, calor perineal, gosto amargo. Todos rápidos eimediatamente após a injeção.

Critério de Interpretação:Aumento > 100%.

Informações necessárias:Se mulher, responder questionário: atualmente sua menstruação vêm todo mês? Caso não venham,como é sua menstruação? Até que época sua menstruação era regular? A menstruação vêm commedicação ou espontaneamente? Hoje usa anticoncepcional ou algum hormônio? Já usou? Qual? Háquanto tempo parou de usar? Está grávida? Há quantos meses? Informar data da última menstruação edata da coleta deste exame.

27. Megateste Avaliação Hipofisária TotalMaterial:

1,4 mL de soro e 0,7 mL de plasma.Preparo do Paciente:

JD 4h.Colher sangue no tempo "0" (basal) para TSH, FSH, LH, HGH, Cortisol e ACTH. Administrar ao paciente,via endovenosa, mantendo a veia, 200 mcg de TRH e 100 mcg de LH-RH, mais 0,05 UI/Kg de peso deinsulina simples. Colher sangue aos 30 minutos após estímulo para TSH, FSH e LH aos 60 minutos paraFSH, LH, Cortisol, ACTH, TSH e HGH e 90 minutos para Cortisol, ACTH e HGH.Aplicar insulina, após 20 minutos da hipoglicemia aplicar LH-RH + TRH.

Critério de Interpretação:A resposta de cada teste deve ser considerada isoladamente.

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28. Supressão para Prolactina após L-DopaMaterial:

0,5 mL de soro.Preparo do Paciente:

JD 4h e repouso.Colher sangue para dosar Prolactina no tempo "0" (basal). Após L-DOPA, via oral, 10 mg/Kg de peso,dose máxima de 500 mg, colher sangue aos 60 e 90 minutos para dosar Prolactina.

Critério de Interpretação:Queda de 50% dos níveis basais.

Informações necessárias:Se mulher, responder: atualmente sua menstruação vêm todo mês? Caso não venham, como é suamenstruação? Até que época era regular? A menstruação vêm com medicação ou espontaneamente?Hoje usa anticoncepcional ou algum hormônio? Qual? Já usou? Há quanto tempo parou de usar? Estágrávida? Quantos meses? Data da última menstruação e data da coleta deste exame.

29. Geração de IGF-1Procedimento:

ℜ IGF 1 e IGFBP 3 basal às 09:00 horas dia “0”ℜ Injeções GH (0,1 unidade/kg/ de GH)

1o - mesmo dia “0” às 18:00 horas 2o - dia “1” às 18:00 horas 3o - dia “2” às 18:00 horas 4o - dia “3” às 18:00 horas

ℜ IGF 1 e IGFBP 3 após GH dia “4” às 09:00 horasℜ GH Basal ou estimulado elevado com pequena resposta de IGF 1 e/ou IGFBP 3 em relação aonormal, pode ser encarado como insensibilidade parcial do receptor de GH e deve ser estudado oreceptor de GH e deve ser estudado o receptor de GH que pode revelar mutações.

Interpretação:Incremento de 20% em relação ao basal ou IGF-1 > 15 ng/mL e IGFBP-3 > 0,4 mcg/mL.Obs.: tomar cuidado com o limite inferior de detecção do ensaio que é de 0,1 ng/mL, ou seja, variaçõesde 0,1 ng/mL não têm valor.

30. Estímulo para LH e FSH com LH-RHMaterial:

1,0 mL de soro.Preparo do Paciente:

Colher amostras basal (0'), 30 e 60 minutos após a administração EV de 100 µg de LH-RH.Aplicação da ampola: (+) 20 kg = 1 ampola (-) 20 kg = 1/2 ampola.

Não apresenta efeitos colaterais.Critério de Interpretação:

Crianças pré-púberes: ℜ LH pode não aumentarℜ FSH duplica

Homens: ℜ LH aumenta 4 a 10 vezesℜ FSH 0,5 a 2 vezes

Mulheres: Fase Folicular: ℜ LH aumenta 3 a 4 vezesℜ FSH 0,5 a 2 vezes

Fase Lútea: ℜ LH aumenta de 4 a 10 vezesℜ FSH 0,5 a 2 vezes.

Informações necessárias:Se mulher, responder: atualmente sua menstruação vêm todo mês? Caso não venham, como é suamenstruação? Até que época era regular? A menstruação vêm com medicação ou espontaneamente?Hoje usa anticoncepcional ou algum hormônio? Qual? Já usou? Há quanto tempo parou de usar? Estágrávida? Quantos meses? Data da última menstruação e data da coleta deste exame.

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31. Estímulo para Calcitonina

INFUSÃO DE CÁLCIOMaterial:

1,0 mL de soro.Preparo do Paciente:

JD 4h.Colher sangue no tempo "0" (basal) para dosar calcitonina. Após injeção rápida (1 minuto) de gluconatode cálcio a 10%, 2 mg (de cálcio elemento)/Kg de peso, colher sangue aos 2, 5 e 10 minutos para dosara calcitonina.Cálculo da ampola: peso x 2 : 9 = mL da ampola

INFUSÃO DE PENTAGASTRINAMaterial

1,0 ml de soroPreparo do Paciente:

JD 4h.Colher sangue no tempo "0" (basal) para dosar calcitonina. Administrar a pentagastrina EV em bolus(cinco segundos). Cada ampola possui 40 µg de Pentagastrina diluída em 2,0 mL de solução fisiológica.Colher sangue no tempo “0” (basal) para dosar calcitonina. Após injeção rápida colher sangue aos 2, 5 e10 minutos para dosar calcitonina.

CuidadosContra-indicação relativa em pacientes grávidas e portadores de úlcera péptica. Os pacientes podemrelatar após a administração da pentagastrina: desconforto subesternal, náusea, vômito, disgesia, cólicaabdominal, taquipnéia, rubor, sensação de calor, espasmo esofageano, taquicardia, dor de cabeça.

INFUSÃO DE CÁLCIO E PENTAGASTRINA (SIMULTÂNEO)Material:

0,8 mL de soro.Preparo do Paciente:

JD 4h.Colher sangue no tempo “0” (basal) para dosagem de Calcitonina. Aplicar EV 2 mg (cálcio elemento)/kgde gluconato de cálcio a 10% infundido em 1 minuto, seguido de 0,5 µg/kg (em 2,0 mL de 0,9% deNaCL) de pentagastrina, infundida em 5 segundos. Colher sangue aos 2, 5 e 10 minutos para dosarcalcitonina.

RESPOSTA DO TESTE - INTERPRETAÇÃOSituação Calcitonina (pg/ml) InterpretaçãoBasal < 10 NormalPico* < 30

> 30 – 100> 100

NormalIndeterminadoPositivo

*valor máximo durante um dos tempos do teste após cálcio ou pentagastrinaCuidados

Contra-indicação relativa em pacientes cardiopatasContra-indicação relativa em pacientes grávidas e portadores de úlcera péptica. Os pacientes podem relatar após a administração da pentagastrina: desconforto subesternal, náusea, vômito, disgesia, cólicaabdominal, taquipnéia, rubor, sensação de calor, espasmo esofageano, taquicardia, dor de cabeça.

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32. Avaliação para NefrolitíaseComentários:

Teste útil na investigação metabólica da nefrolitíase.Material e Preparo:

Exames de Sangue:ℜ Ácido Úricoℜ Cálcio Iônico, se elevado, dosar PTHℜ Creatininaℜ Fósforoℜ Potássio

Exames de Urina1. Urina isolada (Jejum Obrigatório).Colher amostra isolada de urina (2a da manhã ou após 4 horas de retenção) para os exames:

ℜ pH pelo pHmêtro: após 12h de jejum absoluto de água e alimentos (veja observação A)ℜ Urina tipo I com pesquisa de dismorfismo eritrocitárioℜ Urocultura com antibiograma

2. Urina de 24 horasColher material para duas ou três rotinas, de preferência três rotinas. Para cada rotina deve-secoletar urina de 24 horas. O estudo com a dieta pobre em cálcio não é mais realizado.

RotinasNa primeira urina 24h, colocar inicialmente no frasco, rigorosamente antes de começar a coleta, 20mL por litro de urina de HCL 50%, fornecido pelo laboratório. Colher todas as urinas sem perdernenhuma micção. Não pode refrigerar. Manter em temperatura ambiente. Outros laboratórios, enviaralíquota 50 mL e informar o volume de 24h. Nesse material serão dosados: Cálcio, Citrato,Deoxipiridinolina/Piridinolina, Magnésio e Oxalato.Na segunda urina 24h, deverá ser colocado no frasco Bicarbonato de Sódio 5 g/L de urina,fornecido pelo laboratório. Colher todas as urinas sem perder nenhuma micção. Não refrigerar.Manter temperatura ambiente. Outros laboratórios, enviar alíquota de 50 mL e informar volume de24h. Nesse material será dosado o Ácido Úrico.A terceira urina 24h deverá ser colhida sem conservante e refrigerada. Para outros laboratóriosenviar alíquota de 50 mL e informar volume de 24h. Nesse material serão dosados: Cistinaqualitativa, Sódio e Creatinina.

Observação ASe o pH > 5,5 fazer gasometria arterial. Se o pH desta gasometria arterial for ≤ 7,30, solicitar provade Acidificação da urina. Nos casos de hipercalciúria, realizar teste de PAK.

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33. Teste de Pak Teste de Sobrecarga oral com CálcioComentários:

Teste útil na investigação metabólica da nefrolitíase.Material e Preparo:

Ingerir 300 mL d’água entre 21:00 e 24:00 horas. Permanecer em jejum durante 08:00 horas. Ingerir, no dia do teste, 300 mL d’água às 07:00 horas da manhã. Colher amostra da primeira urina da manhã para exame de Urina rotina (jato médio) às 08:00 horas edesprezar o restante. Colher toda a urina das próximas 2:00 horas (mais ou menos até às 10:00 horas) e dosar:

ℜ Cálcioℜ Creatinina

Tomar 2 comprimidos de Cálcio Sandoz F em 1/2 copo d’água. Nesse momento, poderá fazerdesjejum, ingerindo: 1 copo de chá + 4 torradas ou 4 bolachas de água e sal + 1 copo d’água. Após 1/2 hora (30 minutos), da realização desta dieta, desprezar toda a urina. Após 3:30 horas dasobrecarga de cálcio colher toda a urina e dosar:

ℜ Cálcioℜ Creatinina

Critérios de Interpretação:Hipercalciúria:

Cálcio urinário: > 4 mg/Kg de peso ouℜ Homens: > 300 mg/24hℜ Mulheres: > 250 mg/24h

Hipercalciúria Marginal:Cálcio urinário: > 150 e < 250 mg/24h

Hipercalciúria Renal:Relação cálcio urinário/creatinina urinária jejum ≥ 0,11.Obs.: Após sobrecarga, diminui AMP Cíclico.

Hiperabsorção Intestinal de Cálcio:Relação cálcio urinário/creatinina urinária jejum < 0,11 e após sobrecarga ≥ 0,20.Relação cálcio urinário/creatinina urinária pós-sobrecarga dividido pela relação cálciourinário/creatinina urinária jejum ≥ 3,5.

Hipercalciúria indeterminada:Relação cálcio urinário/creatinina urinária jejum < 0,11 e Relação cálciourinário/creatinina urinária jejum pós-sobrecarga < 0,20, apesar do cálcio urinário > 4mg/24h.

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34. D-Xilose, testeComentários:

Teste usado na triagem de má absorção de carboidratos por doenças da mucosa intestinal (doençacelíaca, sprue tropical, doença de Crohn, entre outras). A D-xilose é um monossacarídeo normalmenteinexistente no sangue. É absorvido no intestino delgado e excretado, sem ser metabolizado, na urina.Após administração de dose oral de xilose, esta é medida no sangue e urina. Medicamentos comoaspirina, indometacina, neomicina e glipizida podem interferir e devem ser descontinuados 24 horasantes do teste sob orientação médica. Esse teste só é útil em pacientes com função renal normal. Falso-positivos podem ocorrer.

Condição:0,5 mL de soro ou plasma (fluoreto) + 5,0 mL de urina (informar volume total de 5 horas).

Procedimento:Não há coleta basal. Esvaziar a bexiga no início do teste e ingerir dose de D-Xilose. Colher sangue 1hora após a ingestão da D-Xilose e colher urina durante 5 horas após a dose. O teste deve ser realizadopela manhã.

Jejum:Adultos JO 8hCrianças JO 4h- Permanecer em jejum até o término do teste.

Cálculo da dose D-Xilose:Diluir a dose em 250 mL de água:Criança 0,5 g/Kg de peso até no máximo 25 gramas.Adulto 25 gramas.

Valor de Referência: ℜ Soro Adultos: > 25 mg/dL

Criança: > 20 mg/dLℜ Urina Adulto: > 16% da dose ingerida

Criança: > 10% da dose ingeridaConservação de envio:

Até 1 semana entre 2o e 8o C.

35. Lactose, teste de tolerânciaComentários:

Teste útil na investigação da deficiência de lactase na mucosa intestinal. Essa deficiência na síntese delactase pelo enterócito acarreta em diarréia osmótica. Valores de glicemia < 20 mg/dl, apósadministração de lactose oral, acompanhados de sintomatologia clínica, indicam deficiência de lactase.Em pacientes normais observa-se um aumento da glicemia maior que 20 a 25 mg/dl. Essa deficiênciapode ser idiopática ou secundária a outras doenças: enterites infecciosas, doença inflamatória intestinal,fibrose cística, Doença de Whipple e giardíase. Resultados falso-positivos e falso-negativos podemocorrer.

Procedimento:1,0 mL de soro ou plasma fluoretado basal, 30’e 60’ após lactose.

Jejum:Adultos JO 8h e Crianças < 1 ano JO 6 a 8h.

Dose Administrada:2,0 g/Kg (até no máximo 50 g).

Valor de Referência:Elevação de 20 a 25 mg/dL na glicemia, após administração da lactose.

Conservação de envio:Até 5 dias refrigerado (quando coletado em plasma fluoretado).

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36. Maltose, teste de tolerânciaComentários:

Esse teste é análogo ao teste da lactose, sendo utilizado no estudo das deficiências de dissacaridasesna mucosa intestinal. A maltase age sobre a maltose, resultando em moléculas de glicose que sãoprontamente absorvidas. Valores de glicemia < 20 mg/dl, após administração de maltose oral,acompanhados de sintomatologia clínica indicam deficiência de lactase.

Procedimento:1,0 mL de soro ou plasma fluoretado, basal, 30’e 60’ após maltose.

Jejum: Adultos JO 8hCrianças < 1 ano JO 6 a 8h.

Dose Administrada:2,0 g/Kg (até no máximo 50,0 g).

Valor de Referência:Elevação de 20 a 25 mg/dL na glicemia, após administração de maltose.

Conservação de envio:Até 5 dias refrigerado (quando coletado em plasma fluoretado).

37. Sacarose, teste de tolerânciaComentários:

Esse teste é análogo ao teste da lactose, sendo utilizado no estudo das deficiências de dissacaridasesna mucosa intestinal. A Sucrase age sobre a sacarose, resultando em moléculas de glicose e frutose.Valores de glicemia < 20 mg/dl, após administração de sacarose oral, acompanhados de sintomatologiaclínica indicam deficiência de lactase.

Procedimento: 1,0 mL de soro ou plasma fluoretado, basal, 30’e 60’ após sacarose.

Jejum:Adultos JO 8hCrianças < 1 ano JO 6 a 8h.

Dose Administrada:2,0 g/Kg (até no máximo 50,0 g).

Valor de Referência:Elevação de 20 a 25 mg/dL da glicemia, após administração de sacarose.

Conservação de envio:Até 5 dias refrigerado (quando coletado em plasma fluoretado).

38. Estímulo para Testosterona com HCGMaterial:

0,5 mL de soro.Preparo do Paciente:

Colher sangue para testosterona basal (7 às 9 horas). Aplicar por via intramuscular o HCG (Profasi –Pregnyl) 100 unidades/Kg de peso, num máximo de 4000 unidades. Colher Soro no 4o dia, após oestímulo, para dosar Testosterona.Aplicação do Profasi é feita na farmácia.

Critério de Interpretação:Aumento de pelo menos duas vezes do valor basal.

JORN MÜLLER - HORMONE RESEARCH - 30:187-192,1988

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39. Acidificação urinária, TesteComentários:

Teste útil na investigação de defeitos no túbulo renal de acidificação urinária. Esses distúrbios podemlevar à nefrocalcinose e formação de cálculos urinários.

Jejum:Adultos JO 8hCrianças JO 4h

Procedimento:Colher Urina basal, dosar pH, administrar 0,1 g/Kg de peso de Cloreto de amônio e colher Urina 1, 2, 3 e4 horas para medir pH.

Valor de Referência:Redução do pH urinário a valores inferiores a 5,3 em pelo menos uma das amostras colhidas apóssobrecarga com Cloreto de amônio.

Laboratórios:Enviar todo material colhido (cada) hora até 4 horas após coleta, em frasco contendo vaselina líquida.

40. Homocisteína após estímulo de MetioninaComentários:

Teste utilizado para investigação de hiperomocisteinemia visando determinação de risco cardiovascular.A hiperomocisteinemia é um fator de risco para aterosclerose. Entretanto a dosagem basal falha emdetectar metade dos pacientes que apresentam hiperomocisteinemia congênita ou adquirida, devidovariações circadianas nos níveis do aminoácido. A dosagem basal da homocisteína e após 6h dasobrecarga da via metabólica com a metionina (100 mg/kg peso) aumenta a sensibilidade do teste emidentificar indivíduos com risco cardiovascular elevado.

Valores de Referência:Basalℜ Homens 4,0 a 14,0 µmoL/Lℜ Mulheres 4,0 a 12,0 µmoL/Lℜ Elevação discreta 15 a 25,0 µmoL/Lℜ Elevação moderada 25 a 50,0 µmoL/Lℜ Elevação acentuada 50 a 500,0 µmoL/L

Após sobrecarga oral de metionina: menor que 38 µmoL/L

41. Gastrina

ESTÍMULO APÓS GLUCAGONComentários:

O aumento do nível sérico de gastrina após o estímulo, em duas ou mais vezes o nível basal, sugerefortemente a presença de Síndrome de Zollinger-Ellison. Em pacientes não portadores da síndrome, hábaixa resposta, ou mesmo diminuição do nível de gastrina.- Advertir o paciente de que pode sentir leve náusea transitória, após a administração do Glucagon.- Colher amostra a basal para dosagem de Gastrina.- Aplicar EV 1 mg de Glucagon- Colher amostras após 5’, 10’, 15’, 30’ e 60 minutos.

Interpretação:O aumento do nível sérico de Gastrina em duas ou mais vezes o nível basal, sugere fortemente apresença de síndrome de Zollinger-Ellison. Em pacientes não portadores da síndrome, há baixaresposta, ou mesmo diminuição do nível de Gastrina.