prova parcial de geografia - 2ª série do em
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Nome: n.º. série: data: / / AVALIAÇÃO TRIMESTRAL DE GEOGRAFIA AVALIAÇÃO TRIMESTRAL DE GEOGRAFIA
(3º T(3º TRIMESTRERIMESTRE – 2011) – 2011)Prof. Toni
Ensino Médio2º Série
ORIENTAÇÕES:ORIENTAÇÕES:
1. Esta prova deverá ser realizada com caneta azul ou preta. 2. Evite rasuras e o uso de corretivos. Questões de múltipla escolha rasuradas serão anuladas. 3. Não é permitido o uso de aparelhos celulares ou qualquer outro tipo de aparelho eletrônico. 4. A interpretação das questões é parte integrante da própria avaliação. Não será fornecida, por parte dos professores que estão aplicando a prova, nenhuma informação além das que já estão disponíveis no caderno de questões. 5. É vedada a consulta a qualquer tipo de material, tais como livros, anotações, dicionários, cadernos etc.6. Não ultrapasse os espaços reservados para as respostas de cada questão.
RELAÇÃO DE CONTEÚDOSRELAÇÃO DE CONTEÚDOSConceituaisConceituais ProcedimentaisProcedimentais
Industrialização Brasileira: O governo Collor-Itamar
As privatizações
Recursos Naturais
Leitura e interpretação de texto
Produção textual
Seleção de informações (múltipla escolha)
Análise e interpretação de mapas, gráficos e imagens.
Leia o texto a seguir:
PRIVATIZAÇÃO, DÍVIDA EXTERNA E O GOVERNO DE FHC
Ao lado dos juros altos, a privatização foi importante na atração de capitais estrangeiros. O
governo argumentava que as privatizações permitiriam o pagamento de parte substancial da
dívida interna, possibilitariam os investimentos que o Estado não conseguia mais viabilizar, além
de melhorar a qualidade dos produtos e serviços. Segundo o governo federal, de 1991 a 1998 o
país teria arrecadado 85 bilhões de reais com as privatizações.
Cálculos mostram que – mesmo desconsiderando os preços subavaliados e o impacto social
negativo – o governo perdeu pelo menos 87 bilhões de reais com as privatizações.
Embora tenha produzido um abatimento contábil na dívida interna, a privatização aumentou a
dívida externa e o passivo externo do país. Por exemplo, com os empréstimos contraídos no
exterior por empresas privadas que compraram estatais.1
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Além da dívida externa, cresce também o passivo externo do país: quando uma estatal é vendida
para proprietários estrangeiros, os novos donos remetem lucros e dividendos para o exterior, sem
falar em outras formas disfarçadas de remessa de capitais. A remessa de lucros e dividendos para
o exterior triplicou: de 9 bilhões de dólares, no período 1981-90, para 27,3 bilhões de dólares no
período 1991-1999. A previsão é que no ano 2000, a remessa líquida de lucros e dividendos seja
de 5 bilhões de dólares.
Além disso, as ex-estatais passaram a comprar dos fornecedores habituais dos novos
proprietários, o que aumentou as importações e, portanto, o déficit comercial. As controladoras
estrangeiras vendem no mercado interno brasileiro (em reais), mas compram dos seus
fornecedores habituais no exterior (em dólares).
Muitas empresas privadas também foram vendidas para controladores estrangeiros, com um
resultado similar ao das privatizações: mais remessa de lucros e mais importações.
Com a abertura comercial (desde 1990) e com o dólar valorizado (desde 1994), o país gerou um
déficit comercial acumulado de 23,5 bilhões de dólares durante o primeiro mandato de Fernando
Henrique Cardoso (1995-98). Estas importações foram possíveis graças ao fluxo de capitais
estrangeiros: o consumo presente – em reais – foi "financiado" por uma dívida futura – em
dólares.
A inundação de importados, somada aos altos juros, levou um grande número de empresas ao
fechamento ou ao "ajuste": demissões, ampliação de jornada, "flexibilização" de direitos e redução
salarial. Como parte do consumo foi realizado a crédito, o desemprego e o fechamento de
empresas gerou também uma forte inadimplência.
Grande parte do capital estrangeiro que entrou no Brasil destinou-se à especulação e à aquisição
de patrimônio já existente, não resultando, portanto, em novo investimento e crescimento
econômico. O governo brasileiro incentivou o chamado investimento estrangeiro direto, por meio
de subsídios e renúncias fiscais. Bancos públicos emprestaram dinheiro para que empresas
estrangeiras comprassem nossas estatais.
Na chamada guerra fiscal, governos estaduais emprestam dinheiro, doam terrenos e concedem
isenção de impostos, para atrair empresas sediadas em outras unidades da federação,
beneficiando também empresas estrangeiras.
Acontece que a maior parte das empresas beneficiárias orienta suas vendas para o mercado
interno (que não gera dólares), ao mesmo tempo que aproveita os recursos públicos para
especular, aumentar sua margem de lucro e remeter divisas para o exterior.
Mais recentemente, o governo tem estudado a adoção de maiores incentivos às exportações: as
empresas exportadoras (turbinadas por subsídios públicos) venderão ao Estado (a preços de
mercado) os dólares obtidos na exportação, tornando-se detentoras de títulos públicos e, portanto,
credoras do mesmo Estado que as subsidiou.
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O efeito agregado dessas políticas tem sido: crise social, desemprego e outras medidas
concentradoras de renda; redução dos investimentos públicos; transferência patrimonial (do
Estado e/ou de capitalistas privados nacionais para grandes capitalistas, geralmente estrangeiros
ou associados); e a vulnerabilidade da economia brasileira diante das crises internacionais.
(Fonte: Jornal eletrônico LINHA ABERTA – junho 2000)
Com base no texto responda as questões 1, 2, 3 e 4 (0,5 ponto cada uma):
1) Cite dois fatores importantes para atrair capitais estrangeiros. Por que era importante essa
atração?
R.: Atrair capital estrangeiro era, naquele momento, fundamental para pagar
parte da dívida interna, retomar os investimentos que o Estado não mais
conseguia viabilizar, além de melhorar a qualidade dos produtos e serviços.
Para isso era fundamental uma política de juros altos e o programa de
privatizações.
2) Por que a privatização aumentou a dívida externa?
R.: O processo de privatização aumentou a dívida externa em razão da
captação de empréstimos no exterior, realizados por empresas ou grupos
interessados em adquirir empresas estatais.
3) Por que o texto afirma que grande parte do investimento estrangeiro que aqui aportou não
resultou em crescimento econômico?
R.: O texto afirma que os capitais que aqui chegaram destinavam-se a
investimento especulativo ou aquisição de empresas consolidadas, não
resultando em novos investimentos, portanto em nada contribuindo para o
crescimento econômico do Brasil.
4) O que é a “guerra fiscal”?
R.: A chamada “guerra fiscal” consiste num embate, ou competição, entre
estados da federação que emprestam dinheiro, doam terrenos e concedem
isenção de impostos, para atrair empresas sediadas em outras unidades da
federação, beneficiando também empresas estrangeiras.
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5) Observe o gráfico a seguir: (1,0)
Explique o aumento das importações observado na 2ª metade da década de 1990.
R.: Podemos apontar como as principais causas para o aumento das
importações, observado no gráfico, a abertura de mercado, realizada ainda
no governo Collor no início dos anos de 1990, o amplo programa de
privatização, iniciado no mesmo governo, mas atingindo o seu ápice no
governo FHC e a valorização do Real perante o dólar, que, acompanhado da
dificuldade das empresas brasileiras concorrerem com as estrangeiras,
possibilitou uma invasão de mercadorias no país, dos mais variados tipos.
6) Analise o quadro a seguir: (1,0)
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Dê um nome ao quadro. Os dados contidos no quadro fazem referência a qual plano de
estabilização econômica? Quem o implantou?
R.: O quadro acima pode receber o título de “Fases do Real” e refere-se ao
plano do mesmo nome implementado no governo de Itamar Franco.
7) As privatizações das estatais brasileiras começaram no governo Sarney, mas só se tornaram
programa de governo na eleição do Presidente Collor de Mello. Seu vice-presidente, que o
sucedeu após o impeachment, deu prosseguimento ao processo que foi coroado - embora não
finalizado- no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso.
Neste último período – auge do Neoliberalismo à brasileira – a privatização aparecia na mídia
como a solução para os todos os males nacionais.
Indique 3 argumentos favoráveis às privatizações e demonstre por que as estatais, uma vez
privatizadas, deram enormes lucros. (2,0)
R.: Os defensores da privatização apontavam os seguintes fatores para
defendê-las: liberar o Estado da obrigação de investir nestas empresas,
fazendo com que ele dirija seus investimentos para os setores de educação e
saúde, por exemplo; dotar as empresas nacionais de capacidade de
concorrência global e baratear e aprimorar os serviços fornecidos por estas
empresas.
Logo após a privatização das maiores empresas estatais, elas passaram a
lograr impressionante lucratividade, mas isso se deveu aos investimentos
feitos pelo Estado, reajustes de tarifas e demissões de inúmeros
funcionários, medidas tomadas antes da privatização, além da absorção por
parte do governo das inúmeras dívidas das empresas estatais.
Testes: (cada questão vale 0,5 ponto)
8) “O processo de privatização das indústrias de base, setor de distribuição de energia e de outros
setores que praticamente sempre foram controlados pelo Estado brasileiro, foi um fato marcante
na década de 1990.”
Sobre esse assunto, analise as afirmativas a seguir e assinale a correta:
a) As privatizações ocorridas nesse período foram decorrentes da aplicação de uma política
econômica marxista, de caráter “neo-socialista”, posta em prática por setores ligados ao sistema
financeiro internacional.
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b) O sistema TELEBRÁS foi a primeira empresa a ser privatizada na década referida, tendo sido
dividido em mais de 10 empresas de telefonia fixa e móvel.
c) Um dos argumentos utilizados como justificativa para as privatizações foi o de que as
empresas eram ineficientes, pouco competitivas e davam prejuízos. Assim, a venda dessas
empresas diminuiria os gastos do governo.
d) Antes de serem privatizadas, as empresas estatais que não se mostravam muito rentáveis,
economicamente falando, pois havia muito tempo que não recebiam investimentos e, portanto,
apresentavam grande defasagem tecnológica.
e) As privatizações das indústrias de base ocorreram como aplicação de uma ideologia, segundo
a qual a participação do Estado na economia tem que ser máxima, sobretudo em setores que não
apresentem déficit financeiro.
9) Em 1994, Fernando Henrique Cardoso, então candidato à Presidência da República, afirmava:
“O grande desafio histórico que temos que enfrentar e resolver é justamente este: redefinir um
projeto de desenvolvimento que possa abrir para o Brasil a perspectiva de um futuro melhor – de
uma qualidade de vida decente – para o conjunto da sociedade.”
(Mãos à obra, Brasil. Proposta de Governo. Brasília, 1994. pp. 9-11)
Sobre o Brasil da última década do século XX, é correto afirmar:
I – Na agricultura, a produção de grãos destinados à exportação beneficiou-se de um modelo de
exploração empresarial baseado na grande propriedade, na utilização de maquinário moderno e
na redução da mão-de-obra.
II – Desde o início do Plano Real, um dos principais problemas enfrentados pela população
brasileira foi o desemprego, causado, em grande parte, pelo aumento da importação de bens de
consumo e pela alta dos juros.
III – Juntamente com a Argentina, o Brasil buscou afastamento comercial e diplomático do
Mercado Comum Europeu e dos países asiáticos.
IV – Apesar de um grande número de problemas, o Plano Real conseguiu atingir uma de suas
principais metas: manter o crescimento da economia nacional sem a necessidade de recorrer a
financiamentos externos.
V – Graças às políticas econômicas protecionistas inseridas no Plano Real, não se verificou no
Brasil, na década de 1990, a instalação de novas empresas transnacionais.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
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b) II e III.
c) III e IV.
d) IV e V.
e) V e I
10) Leia o texto:
O BALANÇO DAS PRIVATIZAÇÕES
O que o governo diz: - Dinheiro arrecadado + dívidas transferidas = 85,2 bilhões de reais As
contas que o governo esconde: - Dinheiro que não entrou nos cofres do governo ou que saiu
deles = 87,6 bilhões de reais.
(Adaptado de BIONDI, Aloysio. "O Brasil privatizado". São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.)
Os dados apresentados referem-se ao processo de privatizações no Brasil, nos anos 90. A
expansão desse processo, em escala global, como parte das políticas neoliberais, é decorrente da
relação entre:
a) falência das empresas estatais e endividamento do Estado.
b) especialização produtiva e flexibilização da legislação trabalhista.
c) manutenção do sistema previdenciário e crescimento dos gastos públicos.
d) expansão dos conglomerados internacionais e desregulamentação econômica.
e) o endividamento externo do Brasil e a necessidade de financiar a expansão da economia.
11) Sobre o governo do Presidente Itamar Franco considere as seguintes afirmações:
I – Embora os graves problemas sociais e econômicos continuassem a exigir providências, o
grande debate político dava-se em torno da definição das futuras candidaturas para presidente da
república.
II – Ele foi o responsável por reintroduzir o Fusca na produção automobilística, dando início a ideia
do carro com motor 1.0, chamado de “popular”.
III – A culminância da atuação do Ministério da Fazenda deu-se com a implantação de um novo
plano econômico: o Plano Real. Tratava-se de um conjunto de medidas que deveriam recuperar a
moeda e promover a estabilidade da economia.
Dessas afirmações:
a) apenas a II e a III são corretas.
b) apenas a I e a III são corretas.
c) apenas a I e a II são corretas.
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d) apenas a I é correta.
e) todas são corretas.
12) A área destacada pelo traço forte no mapa a seguir refere-se:
a) ao projeto Jari para a produção de celulose em várias fábricas para, através do Porto de São
Luís, alcançar os mercados externos.
b) ao projeto hidrelétrico de Tucuruí-Balbina como apoio para a criação de um pólo industrial em
Marabá.
c) ao programa grande Carajás (exploração de minérios, agropecuária e madeiras) com
corredor de exportação para o porto de São Luís.
d) ao programa agropecuário do Bico do Papagaio, que visa à colonização regional em pequenas
propriedades.
e) ao programa Araguaia-Tocantins para as áreas indígenas na Amazônia.
13) Observe o mapa.
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O mapa indica corredores de exportação do Brasil. Assinale a alternativa que contém os dois
corredores mais importantes no escoamento da produção mineral brasileira.
a) III e II.
b) V e I.
c) II e IV.
d) IV e V.
e) I e III.
14) A localização das diferentes formações geológicas permite inferir a existência de
determinados recursos minerais, cuja exploração depende da viabilidade econômica das jazidas.
Examine a figura 1.
Sobre esse tema, é correto afirmar:
a) As jazidas de granito ocorrem na área D, distante dos grandes centros urbanos; por isso o
consumo desse material é incipiente.
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b) As jazidas de carvão ocorrem na área H e são insuficientes em quantidade e qualidade
para atender a demanda do país.
c) As reservas de petróleo da área C ainda estão por ser exploradas em função da longa distância
dos centros consumidores.
d) As jazidas de ferro ocorrem na área B e estão quase esgotadas por estarem muito próximas
dos grandes centros industriais.
e) As jazidas de calcário ocorrem na área F e são pouco exploradas por estarem distantes das
principais áreas agrícolas do país.
15)
Os pontos, assinalados no mapa do Brasil acima por um círculo, indicam áreas produtoras do
seguinte minério:
a) manganês.
b) carvão.
c) ferro.
d) bauxita.
e) petróleo.
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