prova objetiva - questões de concursos · 3. sobre os princípios orçamentários, é correto...

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N do Caderno o N de Inscrição o ASSINATURA DO CANDIDATO N do Documento o Nome do Candidato Auditor-Substituto de Conselheiro Julho/2015 INSTRUÇÕES VOCÊ DEVE ATENÇÃO - Verifique se este caderno contém 100 questões, numeradas de 1 a 100. Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno. Não serão aceitas reclamações posteriores. - Para cada questão existe apenas UMA resposta certa. - Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha a resposta certa. - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu. - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo. - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu. - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo: - Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente, de tinta preta ou azul. Não será permitido o uso de lápis, lapiseira, marca-texto ou borracha durante a realização da prova. - Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. - Responda a todas as questões. - Não será permitido qualquer tipo de consulta. - A duração da prova é de 5 horas, para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. - Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido. - Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados. A C D E PROVA OBJETIVA Primeira Etapa TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Concurso Público para provimento de cargos de Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001 MODELO 0000000000000000 TIPO-001 00001-0001-0001

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N do CadernooN de Inscriçãoo

ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo

Nome do Candidato

Auditor-Substituto de Conselheiro

Julho/2015

INSTRUÇÕES

VOCÊ DEVE

ATENÇÃO

- Verifique se este caderno contém 100 questões, numeradas de 1 a 100.

Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.

Não serão aceitas reclamações posteriores.

- Para cada questão existe apenas UMAresposta certa.

- Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha a resposta certa.

- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.

- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.

- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.

- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:

- Marque as respostas com caneta esferográfica de material transparente, de tinta preta ou azul. Não será permitido o

uso de lápis, lapiseira, marca-texto ou borracha durante a realização da prova.

- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.

- Responda a todas as questões.

- Não será permitido qualquer tipo de consulta.

- Aduração da prova é de 5 horas, para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas.

- Ao término da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.

- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.

A C D E

PROVA OBJETIVAPrimeira Etapa

TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Concurso Público para provimento de cargos de

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001 MODELO

0000000000000000

TIPO−001

00001−0001−0001

2 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

PROVA OBJETIVA

GRUPO I

Administração Financeira e Orçamentária

1. A função desenvolvida pelo Estado com o objetivo de as-

segurar o ajustamento necessário na apropriação de re-cursos na economia, visando a correção das imperfeições inerentes à própria lógica de mercado, denomina-se fun-ção

(A) normativa. (B) distributiva. (C) estabilizadora. (D) administrativa. (E) alocativa.

_________________________________________________________

2. Em se tratando de suprimentos de fundos,

(A) o adiantamento será concedido mediante o devido empenhamento da despesa na dotação própria.

(B) a concessão de adiantamento para despesas urgen-

tes não gera inicialmente impacto orçamentário. (C) a concessão de adiantamento afeta a execução or-

çamentária apenas no momento da respectiva pres-tação de conta pelo responsável.

(D) a devolução de saldo de adiantamento não utilizado,

em exercício posterior ao da concessão, não gera impacto na execução orçamentária.

(E) a devolução de saldo de adiantamento não utilizado

no mesmo exercício da concessão, gera uma receita orçamentária.

_________________________________________________________

3. Sobre os princípios orçamentários, é correto afirmar que

(A) o princípio da totalidade ensina que o orçamento deve ser único no âmbito de cada órgão ou unidade orçamentária do governo.

(B) a utilização de valores líquidos na previsão de receitas

orçamentárias sujeitas a retenções do FUNDEB não obedece ao princípio orçamentário da universalidade.

(C) a utilização de valores líquidos na previsão das recei-

tas orçamentárias sujeitas às retenções do FUNDEB não fere o princípio orçamentário da universalidade.

(D) o princípio orçamentário da não afetação veda a vin-

culação de impostos e taxas a órgãos, fundo ou despesa.

(E) a autorização para abertura de todos os tipos de

créditos adicionais é uma das exceções relaciona-das à aplicação do princípio orçamentário da exclusi-vidade.

_________________________________________________________

4. Relaciona-se à Lei de Diretrizes Orçamentárias

(A) organizar, em programas, as ações que resultem em incremento de bens ou serviços que atendam às demandas da sociedade.

(B) definir com clareza as metas e prioridades da Admi-

nistração, bem como os resultados esperados. (C) dispor sobre normas relativas ao controle de custos

e à avaliação dos resultados dos programas finan-ciados com recursos dos orçamentos.

(D) facilitar o gerenciamento da Administração, através

da definição de responsabilidade pelos resultados. (E) estabelecer a necessária relação entre as ações a

serem desenvolvidas e a orientação estratégica de governo.

5. Receitas correntes I. não decorrem de uma mutação patrimonial, e, por-

tanto, são consideradas receitas efetivas. II. e de capital intraorçamentárias constituem novas

categorias econômicas da receita orçamentária. III. decorrem de uma mutação patrimonial e, portanto,

não são consideradas receitas efetivas. Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e III.

(B) II.

(C) III.

(D) I.

(E) I e II. _________________________________________________________

6. Sobre os estágios das despesas públicas, é correto afirmar que

(A) a emissão da Nota de Empenho não depende da

emissão do Empenho. (B) a emissão da Nota de Empenho é indispensável. (C) o Empenho da despesa, excepcionalmente, poderá

ser dispensado. (D) não existe diferença entre Empenho e Nota de Em-

penho. (E) o Empenho da despesa é um ato indispensável.

_________________________________________________________

7. Determinada prefeitura verificou, na entrega dos materiais adquiridos, que o credor não cumpriu os requisitos previs-tos no instrumento contratual. Nesse caso, dentre as opções abaixo, a providência a ser tomada será

(A) a anulação do valor empenhado, apenas. (B) o estorno do pagamento e o cancelamento da liqui-

dação. (C) o cancelamento da liquidação da despesa, apenas. (D) o estorno da liquidação e a anulação do empenho. (E) o estorno do pagamento, apenas.

_________________________________________________________

8. A inscrição de restos a pagar não processados

(A) não afeta o crédito orçamentário disponível da enti-dade, pois trata-se de despesa já empenhada, razão pela qual é considerada uma receita extraorçamen-tária no Balanço Financeiro, para compensar sua in-clusão na despesa orçamentária.

(B) gera impacto negativo no crédito orçamentário dis-

ponível da entidade, em função do empenhamento da despesa no momento da inscrição, razão pela qual o seu valor é considerado receita extraorça-mentária no Balanço Financeiro.

(C) não gera impacto no crédito orçamentário disponível

da entidade, visto que não está incluído na despesa orçamentária do exercício. Em função disso, o seu valor não é considerado no Balanço Financeiro.

(D) aumenta o montante da despesa empenhada da en-

tidade, provocando assim uma redução no seu cré-dito orçamentário disponível. No entanto, por não re-presentar uma saída efetiva de recursos das caixas da entidade, não será considerado na elaboração do Balanço Financeiro.

(E) não afeta o crédito orçamentário disponível da enti-

dade por ser uma transação extraorçamentária no momento da sua inscrição, razão pela qual, no Ba-lanço Financeiro do exercício subsequente a sua inscrição, será considerado despesa extraorçamen-tária.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase 3

9. A abertura de crédito adicional

(A) com recursos do excesso de arrecadação, não implica a atualização da previsão inicial da receita em montante equivalente ao do crédito aberto.

(B) com recursos da anulação total ou parcial de dotação não altera o montante total do crédito orçamentário aprovado na Lei

Orçamentária Anual. (C) especial aplica-se somente aos casos de dotação que se tornou insuficiente durante a execução do orçamento. (D) suplementar também pode ser utilizado para atender também as despesas para as quais não exista dotação orçamentária

específica. (E) especial destina-se também ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes decorrentes de calamidade pública.

10. Os restos a pagar I. com prescrição interrompida podem ser pagos a conta de despesas de exercícios anteriores, mediante o empenhamento

da despesa na respectiva dotação orçamentária. II. não processados também se enquadram no conceito de despesas de exercícios anteriores, visto que são obrigações

resultantes de compromissos gerados em exercício financeiro anterior àquele em que ocorrer o pagamento. III. com prescrição interrompida podem ser pagos a conta de despesas de exercícios anteriores, mediante o reconhecimento

do passivo financeiro, sem onerar o orçamento do exercício em que ocorrer o pagamento. Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e III. (B) II. (C) III. (D) I. (E) I e II.

Contabilidade Geral e Pública

11. Um lote de mercadorias para comercialização foi adquirido a prazo em 30/09/2014 pelo valor de R$ 1.900.000,00, para

pagamento em dezembro de 2015. Se a compra fosse realizada à vista, o preço de aquisição teria sido R$ 1.200.000,00. No mês de outubro de 2014 a empresa realizou a venda de 70% dessas mercadorias pelo valor de R$ 1.500.000,00, para recebimento em novembro de 2015. Se a venda das mercadorias tivesse sido feita à vista o preço de venda seria R$ 1.000.000,00. Em 31/12/2014 o valor que a empresa deveria pagar para o fornecedor era R$ 1.250.000,00 e o valor que seria cobrado do cliente era R$ 1.300.000,00.

Nesse caso, a empresa reconheceu, no resultado de 2014, Resultado Bruto com Vendas no valor de

(A) R$ 170.000,00. (B) R$ 660.000,00 e Despesa Financeira = R$ 50.000,00, apenas. (C) R$ 160.000,00; Receita Financeira = R$ 300.000,00 e Despesa Financeira = R$ 50.000,00. (D) R$ 330.000,00 (prejuízo) e Receita Financeira = R$ 300.000,00, apenas. (E) R$ 160.000,00, apenas.

12. Um caminhão foi adquirido por R$ 800.000,00 à vista para ser utilizado na atividade de uma empresa. A aquisição ocorreu em

31/12/2011, a empresa definiu a vida útil do caminhão em 700.000 km e o valor esperado de venda para este caminhão no final da vida útil definida era R$ 100.000,00. Em 30/06/2013, a empresa vendeu o caminhão por R$ 500.000,00 à vista. Sabendo que a empresa calcula a despesa de depreciação em função da quilometragem percorrida pelo caminhão e que até o momento da venda o caminhão havia rodado 350.000 km e que a vida útil para fins fiscais é definida em 5 anos, o valor evidenciado na Demonstração de Resultados de 2013, correspondente somente à venda do caminhão foi

(A) prejuízo no valor de R$ 60.000,00. (B) prejuízo no valor de R$ 90.000,00. (C) lucro no valor de R$ 100.000,00. (D) lucro no valor de R$ 50.000,00. (E) lucro no valor de R$ 150.000,00.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

4 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

13. Uma empresa apresentava em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2012 um ativo intangível com vida útil indefinida registrado pelo valor contábil de R$ 20.000.000,00, o qual era composto pelos seguintes valores:

− Custo de aquisição: R$ 24.000.000,00.

− Perda por desvalorização (“impairment”): R$ 4.000.000,00. Em 31/12/2013 a empresa realizou novamente o teste de recuperabilidade (“impairment”) para este ativo intangível e obteve as

seguintes informações:

− Valor em uso do intangível: R$ 21.000.000,00.

− Valor justo líquido das despesas de venda do intangível: R$ 19.000.000,00. Nas demonstrações contábeis do ano de 2013, a empresa

(A) manteve o valor contábil de R$ 20.000.000,00 no Balanço Patrimonial de 31/12/2013. (B) reconheceu, no resultado do ano de 2013, um ganho no valor de R$ 1.000.000,00 decorrente da reversão de parte da

perda por desvalorização. (C) reconheceu uma perda por desvalorização, no resultado do ano de 2013, no valor de R$ 1.000.000,00. (D) reconheceu, no resultado do ano de 2013, um ganho no valor de R$ 4.000.000,00 decorrente da reversão da perda por

desvalorização anterior. (E) reconheceu, no resultado do ano de 2013, uma perda por desvalorização no valor de R$ 3.000.000,00.

14. A Cia. Riacho Fundo adquiriu, em 31/12/2012, 60% das ações da Cia. Rio Raso por R$ 30.000.000,00 à vista. Na data da

aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Rio Raso era R$ 55.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis dessa Cia. era R$ 60.000.000,00. A diferença entre o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis e o valor do Patrimônio Líquido era decorrente da variação entre o valor contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno.

No período de 01/01/2013 a 31/12/2013, a Cia. Rio Raso reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: − Lucro líquido de 2013: R$ 3.000.000,00 − Pagamento total de dividendos distribuídos em 2013: R$ 1.000.000,00 O valor reconhecido na conta Investimentos, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Riacho Fundo, em 31/12/2013, foi, em

reais,

(A) 37.200.000,00. (B) 31.200.000,00. (C) 36.800.000,00. (D) 34.200.000,00. (E) 32.000.000,00.

15. A tabela a seguir apresenta as características de algumas aplicações financeiras que foram realizadas por uma empresa em

31/10/2014:

Valor aplicado (R$) Taxa de juros Data de vencimento Classificação pela empresa

2.000.000,00 0,9%a.m. 01/12/2016 Disponível para venda futura

2.000.000,00 0,8%a.m. 01/12/2018 Destinados para venda imediata

2.000.000,00 1,0%a.m. 01/12/2018 Mantidos até o vencimento Os valores justos destas aplicações, em 31/12/2014, eram os seguintes:

Classificação pela empresa Valor Justo (R$)

Disponível para venda futura 2.040.000,00

Destinados para venda imediata 2.010.000,00

Mantidos até o vencimento 2.020.000,00 Sabendo que todas as aplicações remuneram juros compostos, os valores evidenciados no Balanço Patrimonial de 31/12/2014

para os títulos disponíveis para venda futura, para os títulos destinados para venda imediata e para os títulos mantidos até o vencimento, foram, respectivamente, em reais,

(A) 2.040.000,00; 2.010.000,00 e 2.020.000,00. (B) 2.036.162,00; 2.032.128,00 e 2.040.200,00. (C) 2.036.162,00; 2.032.128,00 e 2.020.000,00. (D) 2.000.000,00; 2.000.000,00 e 2.040.200,00. (E) 2.040.000,00; 2.010.000,00 e 2.040.200,00.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase 5

16. A redução da dívida consolidada referente à variação cambial é uma variação

(A) passiva decorrente da execução do orçamento e reduz a situação líquida patrimonial. (B) ativa decorrente da execução do orçamento e reduz a situação líquida patrimonial. (C) passiva independente da execução do orçamento e aumenta a situação líquida patrimonial. (D) ativa independente da execução do orçamento e aumenta a situação líquida patrimonial. (E) ativa decorrente da execução do orçamento e não afeta a situação líquida patrimonial.

17. Considere os dados, a seguir, extraídos das demonstrações contábeis consolidadas do Município Beta referentes a X1:

Previsão Inicial da Receita ................................................................................................................... R$ 8.000.000,00

Previsão Atualizada da Receita ............................................................................................................ R$ 8.500.000,00

Receita Lançada ................................................................................................................................... R$ 8.400.000,00

Receita Arrecadada .............................................................................................................................. R$ 8.250.000,00

Dotação Inicial ...................................................................................................................................... R$ 8.000.000,00

Dotação Atualizada .............................................................................................................................. R$ 8.700.000,00

Despesa Paga ...................................................................................................................................... R$ 7.500.000,00

Inscrição de Restos a Pagar ................................................................................................................. R$ 1.100.000,00

Recebimento de Depósito Caução ........................................................................................................ R$ 300.000,00

Pagamento de Restos a Pagar ............................................................................................................. R$ 850.000,00

Com base nestas informações,

(A) a receita realizada evidenciada no Balanço Orçamentário foi R$ 8.400.000,00. (B) o resultado de execução orçamentária referente a X1, conforme Lei n

o 4.320/1964, foi deficitário em R$ 350.000,00.

(C) a economia orçamentária evidenciada no Balanço Orçamentário foi R$ 1.200.000,00. (D) o valor dos recebimentos extraorçamentários evidenciado no Balanço Financeiro foi R$ 300.000,00. (E) o total dos dispêndios evidenciado no Balanço Financeiro foi R$ 8.350.000,00.

18. Antes do encerramento do exercício, em 31/12/2014, a contabilidade da Prefeitura Municipal de Gama ainda precisava registrar

as transações, apresentadas a seguir, referentes ao mês de dezembro de 2014:

− Depreciação de veículo no valor de R$ 250,00 referente ao mês de dezembro de 2014. − Arrecadação de transferências correntes no valor de R$ 10.000,00, cujo direito de recebimento já havia sido reconhecido pela

contabilidade. − Reconhecimento de perda por impairment no valor de R$ 950,00 referente a um ativo intangível. − Empenho e liquidação de despesa com material de consumo no valor de R$ 7.500,00. − Utilização de medicamentos no valor de R$ 6.000,00 na prestação de serviços de saúde. − Empenho e liquidação da despesa com a aquisição de um aparelho por R$ 15.000,00, cuja entrega pelo fornecedor ocorreu

em 31/12/2014 e cujo pagamento ocorrerá em 2015. − Empenho, liquidação e pagamento da despesa com amortização da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00. − Pagamento a fornecedores no valor de R$ 13.000,00. − Arrecadação de dívida ativa não tributária no valor de R$ 14.000,00.

Considerando as demonstrações contábeis consolidadas do Município referentes a 2014, o impacto do registro das transações,

tomadas em conjunto, no resultado patrimonial do exercício de 2014 foi, em reais,

(A) negativo em 7.200,00.

(B) positivo em 6.800,00.

(C) positivo em 16.800,00.

(D) negativo em 8.700,00.

(E) negativo em 12.200,00.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

6 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

19. Considere os itens, a seguir, referentes ao patrimônio da Administração pública direta municipal em 31/12/2014:

I. Sistema Integrado de Administração Financeira e

Orçamentária, software não integrante de hardware adquirido em dezembro de 2014 pela Prefeitura Municipal por R$ 5.000.000,00 e com vida útil estimada de 10 anos.

II. Empréstimos obtidos em 2014 com vencimento em

420 dias. III. Adiantamento a Fornecedores de material de dis-

tribuição gratuita, cuja entrega dos bens estava prevista para 2015.

No Balanço Patrimonial de 31/12/2014, os itens I, II e

III foram classificados, respectivamente, como

(A) Imobilizado, Passivo Circulante e Ativo Circulante. (B) Intangível, Passivo Financeiro e Ativo Circulante. (C) Intangível, Passivo não Circulante e Passivo Circu-

lante. (D) Imobilizado, Passivo Permanente e Passivo Circu-

lante. (E) Intangível, Passivo não Circulante e Ativo Circulante.

_________________________________________________________

20. Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal,

(A) os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, devendo ser utilizados, obrigatoriamente, no exercício em que ocorrer o ingresso.

(B) a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício

de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos três seguintes e atender o disposto no Plano Plurianual.

(C) o montante previsto para as receitas de operações

de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.

(D) uma despesa obrigatória de caráter continuado é

despesa de capital derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a um exercício financeiro.

(E) a despesa total com pessoal, em cada período de

apuração e para o Poder Legislativo Municipal, incluindo o Tribunal de Contas do Município, não poderá exceder 3,6% da receita corrente líquida.

_________________________________________________________

Controle Externo da Administração Pública

21. Considere os seguintes tipos de atuação: I. Prestação ou tomada de contas anual instituída em

lei. II. Prestação ou tomada de contas por fim de gestão. III. Prestação ou tomada de contas de todos os res-

ponsáveis por bens e valores a qualquer tempo. Nos termos da Lei n

o 4.320/1964, cabe ao controle interno

a execução

(A) do item I, apenas. (B) do item III, apenas. (C) dos itens I e II, apenas. (D) dos itens I, II e III. (E) dos itens II e III, apenas.

22. Uma das áreas de interesse do Controle Interno está rela-cionada à execução orçamentária. A atuação do Controle Interno, nesse caso, ocorre de forma

(A) prévia, concomitante e subsequente, uma vez que o

Controle Interno participa de todas as fases desse processo.

(B) concomitante e subsequente apenas, uma vez que o

Controle Interno não participa da elaboração da pro-posta orçamentária.

(C) subsequente apenas, uma vez que ao Controle In-

terno cabe exclusivamente o acompanhamento dos atos já realizados.

(D) prévia apenas, uma vez que o Controle Interno é o

responsável por monitorar os atos de planejamento. (E) prévia e subsequente apenas, uma vez que os atos

de execução têm aspectos discricionários que não estão sob o jugo do Controle Interno.

_________________________________________________________

23. Em 2014, o Município do Rio de Janeiro emitiu os Rela-tórios de Gestão Fiscal − RGF da seguinte forma:

I. com periodicidade quadrimestral. II. assinados pelo Prefeito e pelas autoridades respon-

sáveis pela Administração Financeira. III. publicados 30 dias após o encerramento do res-

pectivo período, inclusive por meio eletrônico. IV. contendo comparativo da despesa com pessoal, dis-

tinguindo a com inativos e pensionistas, com os limi-tes impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

V. emitidos pelo Prefeito. A equipe de fiscalização do Tribunal de Contas do Muni-

cípio do Rio de Janeiro − TCM/RJ, ao analisar esses rela-tórios, constatou que houve falha quanto ao item

(A) I, pois a periodicidade do RGF é bimestral. (B) II, pois faltou a assinatura do responsável pelo

Controle Interno. (C) III, pois a publicação deve ser feita até 15 dias

após o encerramento do período. (D) IV, pois esse comparativo é conteúdo do Relatório

Resumido da Execução Orçamentária − RREO e não do RGF.

(E) V, pois o RGF deve ser emitido por responsável pelo

Controle Interno. _________________________________________________________

24. O Prefeito do Município do Rio de Janeiro dispensou in-devidamente um processo licitatório. Nos termos da Lei n

o 8.429/1992,

(A) a aplicação de eventual pena depende da rejeição

das contas pelo TCM/RJ. (B) a ação a ser proposta destinada a levar a efeito

eventual sanção prescreve em 10 anos após o tér-mino do mandato.

(C) constitui ato de improbidade administrativa que com-

porta enriquecimento ilícito. (D) constitui ato de improbidade administrativa que cau-

sa prejuízo ao erário. (E) constitui ato de improbidade administrativa que aten-

ta contra os princípios da Administração pública.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase 7

25. Um servidor do TCM/RJ, responsável por valores públicos, não realizou prestação de contas, ato a que estava obri-gado a fazer. Nesse caso, nos termos disciplinados pela Lei Orgânica do TCM/RJ, cabe ao Tribunal determinar a realização de

(A) tomada de contas. (B) acompanhamento dos planos de ação e programas

de trabalho. (C) inspeção para fins específicos. (D) fiscalização extraordinária. (E) vistoria apartada das contas.

_________________________________________________________

26. O TCM/RJ, no processo de análise das contas do Prefeito do Rio de Janeiro, apurou a ocorrência de prática de ato ilegal, mas não de natureza grave e que não representou injustificado dano ao erário. Nesse caso, as contas devem ser julgadas

(A) irregulares. (B) regulares. (C) regulares com ressalva. (D) liquidáveis. (E) destrancadas.

_________________________________________________________

27. O Plenário do TCM/RJ concluiu pela necessidade de nor-matização da aplicação de determinada lei pertinente às suas atribuições. Nos termos do seu Regimento Interno − RITCM/RJ, essa normatização deverá ocorrer sob a forma de

(A) regulamento. (B) parecer. (C) comunicado. (D) decisão. (E) deliberação.

_________________________________________________________

28. A antiguidade do Conselheiro é regulada pelo RITCM/RJ e será determinada na seguinte ordem:

(A) idade, data da nomeação e data da posse. (B) data da nomeação, data da posse e idade. (C) data da posse, data da nomeação e idade. (D) idade, data da posse e data da nomeação. (E) data da posse, idade e data da nomeação.

_________________________________________________________

29. Nos termos dispostos no RITCM/RJ, acerca do cargo de Auditor é correto afirmar que

(A) depois de empossado, só perderá o cargo por deci-

são do Plenário do Tribunal. (B) a comprovação do efetivo exercício por mais de

10 anos de cargo da carreira de Controle Externo do quadro de pessoal de Tribunal constitui título compu-tável para o concurso de provas e títulos.

(C) quando em substituição de Conselheiro por mais de

15 dias terá as mesmas garantias e impedimentos a este assegurados.

(D) são em número de quatro e nomeados pelo Pre-

sidente do Tribunal. (E) podem exercer cargos em comissão ou funções gra-

tificadas no TCM/RJ. _________________________________________________________

30. Nos termos do RITCM/RJ, a apreciação das contas do Governo do Município, apresentadas anualmente pelo Prefeito, será realizada em sessão

(A) especial. (B) extraordinária. (C) ordinária. (D) solene. (E) administrativa.

Direito Administrativo

31. Considere que o Estado do Rio de Janeiro pretenda fo-

mentar investimentos públicos e privados para o desenvol-vimento de soluções ambientais visando a despoluição marítima, dispondo, para tanto, de recursos provenientes de financiamento concedido por organismo financeiro mul-tilateral do qual o Brasil faz parte. Para atingir tal escopo, deverão ser realizadas obras e executados serviços es-pecíficos, discriminados em projeto básico desenvolvido por empresa especializada. De acordo com a legislação aplicável, para tal mister é lícito ao Estado valer-se de (A) convênios, celebrados entre a Administração públi-

ca estadual e empresas privadas que detenham no-tória especialização no objeto pretendido, para a execução das obras e prestação dos serviços cor-respondentes.

(B) contratos de Gestão com entidades integrantes da

Administração indireta da esfera estadual ou dos municípios beneficiados, para realização de objeti-vos de interesse comum e gestão associada de ser-viços.

(C) contratos com empresas privadas, mediante prévio

procedimento licitatório, no qual poderão ser adota-das as normas e procedimentos estabelecidos pela entidade financiadora, inclusive no que diz respeito ao critério de seleção da proposta mais vantajosa.

(D) contrato na modalidade Regime Diferenciado de

Contratações Públicas, sob a forma de empreitada integral, que permite a seleção discricionária dos contratados para a execução de obras e serviços que exijam solução tecnológica complexa.

(E) concessão comum, mediante aporte dos recursos

provenientes do financiamento público, destinado às obras necessárias, e cobrança de tarifa e/ou obten-ção de receitas acessórias pelo concessionário para fazer frente ao custeio dos serviços.

_________________________________________________________

32. É cediço que o controle jurisdicional dos atos administra-tivos diz respeito à legalidade, não cabendo ao Poder Judiciário imiscuir-se nos critérios de conveniência e opor-tunidade que balizam a edição do ato e que constituem o mérito do mesmo. Vale dizer, o Poder Judiciário deve res-peitar os limites legais da discricionariedade administrativa, o que, com base naquela permissa, é correto afirmar: (A) Apenas os atos vinculados são passíveis de revisão

pelo Poder Judiciário, que, com base na Teoria dos Motivos Determinantes, avalia a presença dos requi-sitos de validade do ato.

(B) O Poder Judiciário pode revogar ato discricionário,

quando a autoridade usa o poder discricionário para atingir fim diverso daquele determinado em lei, ou seja, quando identificado desvio de poder.

(C) No âmbito de abrangência do controle externo exer-

cido pelo Poder Judiciário insere-se a verificação dos pressupostos de fato indicados nos motivos que levaram à prática do ato discricionário.

(D) Quando a discricionariedade administrativa estiver

pautada em aspectos técnicos, a escolha praticada com base na valoração desses aspectos passa a se caracterizar como vinculada, permitindo ao Poder Judiciário a ampla avaliação dos critérios de conve-niência e oportunidade adotados pela Administração.

(E) Quando aspectos de legalidade do ato administrativo

são questionados judicialmente, a Administração fica impedida de revogar os referidos atos por critérios de conveniência e oportunidade.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

8 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

33. Suponha que a Secretaria Estadual de Cultura pretenda realizar uma temporada de concertos gratuitos à população, com a participação de prestigiado regente estrangeiro. De acordo com as disposições aplicáveis da Lei n

o 8.666/1993, a licitação para

contratação do referido profissional

(A) é inafastável, salvo se o contratado não receber remuneração pelo trabalho. (B) poderá ser dispensada, se comprovada notória especialização do contratado. (C) poderá ser substituída por procedimento de pré-qualificação, observados os requisitos de publicidade aplicáveis. (D) poderá ser realizada na modalidade convite, independentemente do valor do contrato. (E) será inexigível, caso se trate de artista consagrado pela crítica ou pela opinião pública.

34. Suponha que a Administração pública estadual pretenda contratar operação de crédito externo para financiar obras de

infraestrutura na região portuária. Decidiu, então, que o tomador do referido financiamento seria uma sociedade de economia mista da qual o Estado detém a maioria do capital social e o controle societário, empresa que será, também, a responsável pela execução dos empreendimentos financiados. De acordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal,

(A) a referida opção somente será juridicamente válida se a empresa em questão for não dependente, assim entendida como

aquela que não recebe recursos do Tesouro para despesas de pessoal e custeio em geral. (B) entre os requisitos necessários, inclui-se a prévia autorização legislativa e observância dos limites e condições fixados pelo

Senado Federal, além de autorização específica deste em se tratando de empréstimo externo. (C) somente na hipótese de prestação de garantia ou contragarantia pelo Estado é que será exigida autorização legislativa e

aprovação da Secretaria do Tesouro Nacional. (D) é vedada a referida operação de crédito se a mesma for realizada nos últimos dois quadrimestres do mandato do Chefe do

Executivo. (E) a referida opção encontra-se entre as hipóteses de vedação previstas na LRF, que proíbe a realização de operações de

crédito por empresas controladas pelo ente federativo.

35. No curso da execução de um contrato de Parceria Público Privada − PPP, celebrado na modalidade concessão patrocinada no

ano de 2011, que tem por objeto a ampliação e operação de malha ferroviária, o poder concedente identificou a necessidade de reforma em determinada estação integrante do objeto contratado. Verificou que os investimentos adicionais seriam da ordem de R$ 30 milhões e, por não estarem previstos originalmente, não foram considerados para fins de oferecimento da proposta vencedora. Outrossim, constatou que tais investimentos adicionais não redundariam em aumento de receita tarifária ou receitas acessórias para a concessionária. Diante desse cenário, considerando a legislação aplicável à matéria, os referidos investimentos adicionais poderão ser cobertos mediante

(A) majoração da contraprestação pecuniária a cargo do poder concedente, observado o limite de 25% (vinte e cinco por

cento) do valor original atualizado do contrato. (B) reequilíbrio econômico-financeiro a favor do parceiro privado, exclusivamente na forma de majoração da tarifa cobrada dos

usuários pela prestação do serviço. (C) ampliação do prazo contratual, em período suficiente para amortizar os investimentos adicionais, afastando-se, por se

tratar de reequilíbrio econômico-financeiro, o limite máximo de 35 anos. (D) novo contrato de Parceria Público Privada, na modalidade concessão administrativa, com pagamento de contraprestação

pecuniária suficiente para cobrir os investimentos adicionais, celebrado, obrigatoriamente, com o mesmo parceiro privado. (E) aporte de recursos do poder concedente em favor do parceiro privado, caso a estação se configure como bem reversível,

devendo tal aporte guardar proporcionalidade com as etapas das obras efetivamente executadas e contar com autorização legal específica.

36. Suponha que o Estado participe, minoritariamente, do capital social de uma empresa privada voltada ao desenvolvimento e

exploração de fontes alternativas de energia. Considere que diretores da referida empresa receberam propina para beneficiar fornecedor que celebrou vários contratos de fornecimento de equipamentos com preços claramente acima dos praticados no mercado. Nessa situação, as penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa

(A) não são aplicáveis, tendo em vista que o dano foi suportado por entidade que não integra a Administração direta ou

indireta. (B) são aplicáveis apenas aos diretores da empresa, a qual, por contar com participação pública em seu capital é sujeito

passivo de ato de improbidade, não alcançando, contudo, particulares envolvidos no superfafuramento. (C) não são aplicáveis, eis que a situação narrada não envolve procedimento licitatório e insere-se no âmbito da

responsabilização civil e societária. (D) aplicam-se aos diretores e a particulares que tenham se beneficiado, direta ou indiretamente do ato, limitando-se a sanção

patrimonial à participação do Estado no capital ou patrimônio líquido da empresa. (E) são aplicáveis aos diretores e aos particulares envolvidos, desde que possa ser segregado o prejuízo suportado

diretamente pelo Estado e comprovado enriquecimento ilícito dos agentes ativos.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase 9

37. Considere que determinado imóvel público, adquirido pelo ente federativo mediante adjudicação em processo de execução fiscal, tenha sido considerado inadequado para a instalação de órgão público conforme inicialmente aventado, de forma que o imóvel não foi afetado a nenhum serviço ou atividade pública. Considerando o regime jurídico aplicável aos bens públicos, na forma prevista na Constituição Federal, Código Civil e Lei n

o 8.666/1993, o ente poderá

(A) alienar o referido imóvel, desde que conte com prévia autorização legislativa e avaliação, mediante licitação

obrigatoriamente na modalidade concorrência. (B) firmar contrato de locação com particular, pois, em se tratando de bem de uso comum, são admissíveis os institutos de

utilização previstos no direito civil, observada a compatibilidade de preço com os praticados no mercado. (C) outorgar concessão de uso a particular, sempre em caráter precário e remunerado, mediante prévio procedimento

licitatório e avaliação. (D) utilizar, exclusivamente, os institutos da permissão ou autorização de uso, a primeira sempre em caráter precário,

remunerada ou não, e a segunda por prazo determinado e cuja revogação antecipada assegura ao particular compensação pecuniária.

(E) efetuar permuta por outro imóvel que atenda às finalidades pretendidas pela Administração, cujas necessidades de

instalação e localização condicionem a escolha, dispensada a licitação e verificada a compatibilidade de preço com o mercado mediante avaliação prévia.

38. Considere que uma empresa contratada pela Administração pública para a prestação de serviços de limpeza tenha cometido

diversos descumprimentos de suas obrigações contratuais e a ela tenham sido aplicadas, pela Administração, proibição de participar de licitações. No caso citado, a atuação da Administração é expressão de seu poder

(A) disciplinar, que permite aplicar penalidades não apenas aos servidores públicos mas também às demais pessoas sujeitas

à disciplina administrativa. (B) regulamentar, exercido nos limites da legislação que rege a matéria. (C) hierárquico, decorrente da supremacia do interesse público sobre o privado. (D) discricionário, que permite à Administração a escolha da conduta que melhor atenda ao interesse público no caso

concreto. (E) normativo, que permite impor obrigações aos administrados em prol do interesse público.

39. A Secretaria de Estado da Fazenda instaurou procedimento licitatório do tipo técnica e preço objetivando a contratação de

empresa ou consórcio de empresa para realizar avaliação econômico-financeira e propor modelagem para privatização de empresa controlada pelo Estado. Referido tipo de licitação

(A) é incabível, dada a natureza do objeto a ser contratado, devendo ser adotado o tipo menor preço. (B) determina que a Administração fixe, no instrumento convocatório, o preço máximo que propõe pagar pelos serviços

contratados. (C) contempla inversão de fases, verificando-se, primeiramente, as propostas e, subsequentemente, as condições de

habilitação. (D) ocorre, obrigatoriamente, precedido de pré-qualificação dos licitantes, com avaliação da metodologia de execução. (E) determina que a classificação dos proponentes seja feita de acordo com a média ponderada da proposta técnica e do

preço, de acordo com os pesos estabelecidos no edital.

40. Determinada instituição financeira, constituída sob a forma de sociedade de economia mista exploradora de atividade econômica

e que atua em regime de competição no mercado foi acionada judicialmente por um cidadão, que objetiva ser indenizado por alegados prejuízos materiais e danos morais em razão da inclusão de seu nome em cadastro de devedores, em decorrência de equívoco da referida instituição. O cidadão fundamentou seu pedido na responsabilidade civil da Administração pública, na forma preconizada pelo artigo 37, § 6

o, da Constituição Federal. Referida pretensão, com o fundamento apresentado, afigura-se

(A) incabível, uma vez que sua natureza e regime de atuação no mercado privado, afasta a responsabilidade objetiva típica

das prestadoras de serviço público. (B) cabível, desde que comprovada a responsabilidade objetiva da empresa, submetida a regime jurídico de direito público. (C) cabível, desde que comprovada conduta culposa de empregado da empresa. (D) incabível, eis que a responsabilização civil do Estado pressupõe a presença de entidades sujeitas ao regime jurídico

público. (E) cabível, em razão da finalidade lucrativa do ente, bastando a comprovação do nexo de causalidade entre a conduta da

empresa e o dano apontado.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

10 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

Direito Constitucional

41. Constituição flexível

(A) exclui a forma escrita. (B) pode ser mais estável no tempo do que uma Cons-

tituição tecnicamente rígida. (C) requer base documental formal. (D) exclui mecanismos parlamentares de controle de

constitucionalidade. (E) pressupõe mecanismo de controle preventivo de

constitucionalidade. _________________________________________________________

42. A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, a

(A) privação de liberdade e o trabalho forçado em co-

lônia agrícola ou industrial. (B) perda de bens e a suspensão ou interdição de di-

reitos. (C) multa e o trabalho forçado em colônia agrícola ou in-

dustrial. (D) prestação social alternativa e o banimento. (E) perda de bens e o trabalho forçado em colônia agrí-

cola ou industrial. _________________________________________________________

43. Os direitos coletivos a que se refere o Capítulo I do Título

II da Constituição de 1988 (“Dos Direitos e Deveres Indi-viduais e Coletivos) são direitos

(A) individuais de exercício coletivo. (B) sociais. (C) transindividuais, de natureza indivisível, cujos titula-

res são pessoas indeterminadas e ligadas por cir-cunstâncias de fato.

(D) transindividuais, de natureza indivisível, cujo titular é

um grupo, uma categoria ou uma classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma re-lação jurídica base.

(E) individuais homogêneos, assim entendidos os decor-

rentes de origens múltiplas e diversas. _________________________________________________________

44. Lei ordinária e lei complementar

(A) guardam relação de hierarquia entre si, porque a primeira subordina-se à segunda.

(B) distinguem-se pela maioria requerida para aprova-

ção parlamentar (maioria absoluta e maioria simples, respectivamente) e pela repartição constitucional de matérias confiadas a uma e a outra.

(C) são igualmente atos normativos primários, mas a se-

gunda tem prazo diferenciado para sanção ou veto presidencial.

(D) excluem a possibilidade de a segunda dispor sobre a

matéria da primeira. (E) podem veicular, ambas as espécies, normas nacio-

nais, isto é, que repercutem para todos os entes fe-derados.

45. A Comissão [I], diante de indícios de despesas não

autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos [II],

poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de [III], preste os esclarecimentos ne-

cessários. Os elementos a que se referem I, II e III são:

I II III

(A)Mista de Planos, Or-çamentos Públicos e Fiscalização − CMO

não programados ou de subsídios não aprovados

cinco dias

(B)Mista de Planos, Or-çamentos Públicos e Fiscalização − CMO

não programados ou de subsídios não aprovados

dez dias

(C)Mista de Planos, Or-çamentos Públicos e Fiscalização − CMO

programados ou de subsídios apro-vados

cinco dias

(D)de Fiscalização Fi-nanceira e Controle − CFFC

não programados ou de subsídios não aprovados

dez dias

(E)de Fiscalização Fi-nanceira e Controle − CFFC

programados ou de subsídios apro-vados

dez dias

_________________________________________________________

46. Medida provisória

(A) exclui a possibilidade de emenda parlamentar. (B) não se sujeita à sanção ou veto. (C) não implica nenhum prejuízo automático à trami-

tação de proposta de emenda constitucional. (D) pode abrir créditos orçamentários em geral, sejam

eles adicionais, especiais, suplementares ou extraor-dinários.

(E) escapa ao controle judicial da constitucionalidade

dos seus pressupostos constitucionais. _________________________________________________________

47. O julgamento de procedência de ação direta de incons-titucionalidade

(A) cria dever de veto presidencial em situações análo-

gas ulteriores. (B) surte efeito vinculante relativamente a todos os ór-

gãos do Poder Judiciário. (C) surte efeito vinculante relativamente ao Congresso

Nacional, às Assembleias Legislativas e às Câmaras Municipais.

(D) requer subsequente manifestação do Senado Federal. (E) faz coisa julgada erga omnes inclusive relativamente

ao Supremo Tribunal Federal. _________________________________________________________

48. São mecanismos de controle preventivo de constituciona-lidade existentes no Direito brasileiro:

(A) sanção e veto; súmula vinculante; e ação civil pública. (B) comissões parlamentares de constituição e justiça;

arguição de descumprimento de preceito fundamen-tal; e ação civil pública.

(C) sanção e veto; arguição de descumprimento de pre-

ceito fundamental; e ação civil pública. (D) comissões parlamentares de constituição e justiça;

sanção e veto; e mandado de segurança contra pro-posta de emenda constitucional questionada em face de cláusula pétrea.

(E) sanção e veto; súmula vinculante e mandado de in-

junção.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase 11

49. Segundo o § 7o do art. 195 da Constituição Federal, São

isentas de contribuição para a seguridade social as en-tidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Esse dispositivo constitucional

(A) exclui a impetração de mandado de injunção para a

sua consecução. (B) remete a uma regulamentação que exige forma de

lei complementar. (C) refere-se a direitos relativos à previdência e à

assistência social, não a direitos relativos à saúde. (D) veicula uma imunidade, não uma isenção. (E) pode ser concretizado por meio de ação direta de

inconstitucionalidade por omissão. _________________________________________________________

50. Ao Sistema Único de Saúde compete (A) fiscalizar e inspecionar alimentos, não compreendido

o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano.

(B) executar as ações de vigilância sanitária e epidemio-

lógica, excluídas as de saúde do trabalhador. (C) colaborar na proteção do meio ambiente, nele com-

preendido o do trabalho. (D) participar do controle e fiscalização da produção,

transporte, guarda e utilização de substâncias e pro-dutos psicoativos e tóxicos, excluídos os radioativos.

(E) controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e

substâncias de interesse para a saúde, vedada a sua participação na produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos.

_________________________________________________________

Direito Financeiro

51. A Lei Complementar no 101/2000 estabelece textualmente

que o Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumpri-mento das normas desta Lei Complementar, com ênfase para determinados pontos expressamente previstos nesse diploma legal.

No que diz respeito especificamente aos Tribunais de Contas, a referida Lei Complementar n

o 101/2000 estabe-

lece que compete a esses Tribunais alertar os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, bem como os demais órgãos referidos no seu art. 20, sempre que constatarem

I. que os montantes das dívidas consolidada e mobi-liária, das operações de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 75% dos respecti-vos limites.

II. que os gastos com inativos e pensionistas se en-

contram acima do limite de 90%, definido na própria Lei Complementar n

o 101/2000.

III. a existência de fatos que comprometam os custos

ou os resultados dos programas ou irregularidades na gestão orçamentária, estas últimas apuradas em processo judicial com trânsito em julgado.

IV. que o montante da despesa total com pessoal

ultrapassou 90% do limite.

Está correto o que se afirma APENAS em (A) I.

(B) I, II e III.

(C) II e IV.

(D) III.

(E) IV.

52. A Lei Federal no 4.320/1964, em seus arts. 2

o, caput, 3

o e

4o estabelece:

“Art. 2

o − A Lei do Orçamento conterá a discriminação da

receita e despesa de forma a evidenciar a política econô-mica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios. ... Art. 3

o − A Lei de Orçamentos compreenderá todas as

receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compen-satórias, no ativo e passivo financeiros. Art. 4

o − A Lei de Orçamento compreenderá todas as

despesas próprias dos órgãos do Governo e da adminis-tração centralizada, ou que, por intermédio deles se de-vam realizar, observado o disposto no artigo 2

o.”

Essas regras materializam o princípio orçamentário conhe-cido como princípio da (A) universalidade. (B) flexibilidade. (C) uniformidade. (D) exatidão. (E) programação.

_________________________________________________________

53. A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial mínimo, e proceder a uma aná-lise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais, e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com montantes iniciais de dota-ções, denomina-se orçamento (A) real ou efetivo. (B) de base zero ou por estratégia. (C) participativo. (D) democrático. (E) de desempenho ou por realizações.

_________________________________________________________

54. A Constituição Federal fixa normas relacionadas com os Planos Plurianuais (PPLs), com as Leis de Diretrizes Or-çamentárias (LDOs) e com as Leis Orçamentarias Anuais (LOA’s). No que diz respeito especificamente à Lei Or-çamentária Anual, o texto constitucional estabelece:

I. Essa lei compreenderá o orçamento de investimen-to das empresas em que a União, direta ou indi-retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

II. O seu projeto será acompanhado de demonstrativo

regionalizado do efeito, sobre as receitas e despe-sas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tribu-tária e creditícia.

III. Essa lei compreenderá o orçamento da seguridade

social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público, sendo que este orçamento, que deverá ser compatibilizado com o plano plurianual, terá, entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

IV. Essa lei compreenderá o orçamento fiscal referente

aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e en-tidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e III. (B) I, III e IV. (C) I, II e IV. (D) II e III. (E) II e IV.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

12 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

55. A Constituição Federal, considerando a maior ou menor relevância de determinadas matérias, indicou expressamente os diplomas legais que devem discipliná-las. No caso específico das finanças públicas, da emissão e resgate de títulos da dívida pública e da fiscalização financeira da Administração pública direta e indireta, essas matérias, de acordo com a Constituição Federal, devem ser disciplinadas, respectivamente, por

(A) lei complementar; lei complementar e lei complementar.

(B) lei ordinária; lei complementar e lei complementar.

(C) lei complementar; resolução do senado federal e lei complementar.

(D) lei ordinária; lei complementar e ato normativo do Poder Executivo.

(E) resolução do senado federal; lei ordinária e lei complementar.

56. A Constituição Federal, no § 8

o de seu art. 165, estabelece:

“Art. 165 − ... ... § 8

o − A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo

na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.”

A vedação constitucional que impede que a lei orçamentária anual contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à

fixação da despesa materializa o princípio denominado

(A) da clareza.

(B) da não vinculação ou não afetação de receitas.

(C) do equilíbrio.

(D) da exclusividade.

(E) da transparência.

57. A Constituição Federal estabelece, em seu art. 100, que “Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais,

Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim”. No § 1

o desse mesmo artigo, o texto constitucional, depois de arrolar os débitos que

considera de natureza alimentícia, estabelece que esses débitos serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2

o do mesmo artigo.

De acordo com o texto constitucional, I. serão pagos, com preferência sobre todos os demais débitos, aqueles, cujos titulares tenham 60 anos de idade, ou mais,

na data de expedição do precatório, tendo como limite para esse pagamento, nestes casos, valor equivalente ao triplo do fixado em lei para pagamentos de obrigações definidas como de pequeno valor.

II. serão pagos, com preferência sobre todos os demais débitos, aqueles de natureza alimentícia, cujos titulares sejam

portadores de doença grave, definidos na forma da lei, independentemente do valor que deva ser pago. III. o pagamento dos débitos de natureza alimentícia, cujos titulares tenham 60 anos de idade, ou mais, na data de expedição

do precatório, poderá ser fracionado para fins de pagamento preferencial, sendo que, o que exceder o montante equivalente ao triplo do fixado em lei para pagamentos de obrigações definidas como de pequeno valor, será pago na or-dem cronológica de apresentação do precatório.

IV. o pagamento dos débitos, cujos titulares sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, poderá ser

fracionado para fins de pagamento preferencial, sendo que, o que exceder o montante equivalente a dez vezes o fixado em lei para pagamentos de obrigações definidas como de pequeno valor, será pago na ordem cronológica de apre-sentação do precatório.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) I e IV.

(C) II e III.

(D) II e IV.

(E) III.

58. O orçamento do qual consta apenas a previsão da receita e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-

financeira, sem nenhuma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo econômico e social de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado preferencialmente às necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento

(A) de desempenho ou por realizações.

(B) estatal.

(C) clássico ou tradicional.

(D) pragmático.

(E) de base zero ou por estratégia.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase 13

59. A escrituração das contas públicas deve obedecer às normas de contabilidade pública. A Lei Complementar n

o 101/2000, no entanto, além de reafirmar que essa escri-

turação deverá obedecer às demais normas de contabili-dade pública, ainda determina que sejam observadas nor-mas de escrituração segundo as quais:

I. as operações de crédito, as inscrições em Restos a

Pagar e as demais formas de financiamento ou as-sunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhan-do, pelo menos, a natureza e o tipo de credor.

II. as demonstrações contábeis compreenderão, ape-

nas de maneira isolada, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente.

III. a despesa e a assunção de compromisso serão re-

gistradas segundo o regime de competência, apu-rando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa.

IV. a demonstração das variações patrimoniais não da-

rá destaque à origem e ao destino dos recursos pro-venientes da alienação de ativos de pequeno valor, assim definidos em lei complementar específica.

V. as receitas e despesas previdenciárias poderão ser

apresentadas em demonstrativos financeiros e or-çamentários específicos.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e V. (B) I e III. (C) II e IV. (D) II e V. (E) III, IV e V.

_________________________________________________________

60. A Lei Federal no 4.320/1964 estabelece que os resultados

gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orça-mentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais, de acordo com o estabelecido em alguns dos Anexos constantes daquela Lei.

A referida Lei estabelece, ainda, que I. é vedada a demonstração, no Balanço Financeiro,

dos recebimentos e dos pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

II. a Demonstração das Variações Patrimoniais evi-

denciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orça-mentária, e indicará o resultado patrimonial do exer-cício.

III. o Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e

despesas previstas em confronto com as realizadas. IV. os Restos a Pagar do exercício serão computados

na receita orçamentária para compensar sua inclu-são na despesa orçamentária.

V. o Balanço Financeiro demonstrará a receita e a

despesa orçamentárias. Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e IV. (B) I, III e IV. (C) I, III e V. (D) II, III e V. (E) II, IV e V.

GRUPO II

Direito Civil e Processual Civil

61. De acordo com o Código Civil, a doação

(A) é nula quando realizada de ascendente para descendente.

(B) dispensa aceitação, ainda que sujeita a encargo. (C) é anulável quando realizada de ascendente para

descendente. (D) não poderá ultrapassar a vida do donatário, quando

feita em forma de subvenção periódica. (E) não se reveste, em regra, da forma escrita.

_________________________________________________________

62. Francisco simulou ter vendido imóvel a Carla, sua amante, a quem, em verdade, doara referido bem. De acordo com o Código Civil, tal ato,

(A) diferentemente dos demais defeitos do negócio

jurídico, é nulo, devendo ser invalidado de ofício, pelo juiz.

(B) assim como os demais defeitos do negócio jurídico,

é nulo, devendo ser invalidado de ofício, pelo juiz. (C) assim como os demais defeitos do negócio jurídico,

é anulável, não podendo ser invalidado de ofício, pelo juiz.

(D) assim como os demais defeitos do negócio jurídico,

é anulável, devendo ser invalidado de ofício, pelo juiz.

(E) diferentemente dos demais defeitos do negócio

jurídico, é anulável, não podendo ser invalidado de ofício, pelo juiz.

_________________________________________________________

63. Carlos e Roberto celebraram contrato de natureza civil no âmbito do qual estipularam que, no caso de as partes pretenderem reparação civil, o prazo legal de prescrição, de três anos, seria majorado para cinco. Tendo tido direito violado, Carlos ajuizou ação contra Roberto quatro anos depois do nascimento da pretensão. Carlos é relativamen-te incapaz e foi devidamente assistido quando da celebração do negócio. A pretensão

(A) não está prescrita, porque, embora inválida a

cláusula que altera o prazo de prescrição, esta não corre contra o relativamente incapaz.

(B) está prescrita e assim deverá ser declarada,

inclusive de ofício, pelo juiz. (C) não está prescrita, porque, embora corra a

prescrição contra o relativamente incapaz, a ação foi ajuizada dentro do prazo estipulado em cláusula contratual, que é válida.

(D) não está prescrita, porque não corre a prescrição

contra o relativamente incapaz e porque a ação foi ajuizada dentro do prazo estipulado em cláusula contratual, que é válida.

(E) está prescrita e assim deverá ser declarada desde

que a requerimento de Roberto, vedado ao juiz conhecê-la de ofício.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

14 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

64. Os negócios sob condição suspensiva

(A) subordinam-se a evento futuro e certo. (B) operam efeitos desde logo, os quais são suspensos

em caso de implemento da condição. (C) são protegidos contra o advento de lei nova, em

caso de conflito de leis no tempo, mesmo que ainda não tenha havido o implemento da condição.

(D) geram, no que toca aos conflitos de lei no tempo,

meras expectativas de direito, não protegidas contra o advento de lei nova.

(E) não permitem que o titular eventual do direito

pratique atos destinados à sua conservação. _________________________________________________________

65. A respeito da competência, considere I. A incompetência absoluta deve ser arguida no

âmbito de exceção de incompetência. II. Declarada a incompetência absoluta, todos os atos

do processo são declarados nulos, por afrontarem expressa disposição de lei.

III. Declarada a incompetência absoluta, o processo é

extinto sem resolução de mérito, por ausência de condições da ação.

IV. Duas ou mais ações são conexas quando comum o

objeto ou a causa de pedir. Está correto o que se afirma APENAS em

(A) IV.

(B) II, III e IV.

(C) I, II e III.

(D) I, II e IV.

(E) I e III. _________________________________________________________

Direito Empresarial

66. As sociedades empresárias personificadas adquirem per-

sonalidade jurídica com a

(A) celebração, por instrumento público, do seu contrato ou estatuto social.

(B) inscrição do seu ato constitutivo no Registro Civil de

Pessoas Jurídicas. (C) sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurí-

dicas (CNPJ). (D) inscrição do seu ato constitutivo no Registro Público

de Empresas Mercantis, precedida, quando neces-sário, de autorização ou aprovação do Poder Exe-cutivo.

(E) publicação, na imprensa oficial, da sua inscrição no

Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). _________________________________________________________

67. Ao fim de cada exercício social, a diretoria das sociedades anônimas é obrigada a elaborar as demonstrações fi-nanceiras da companhia. Das demonstrações previstas na Lei das Sociedades por Ação, Lei n

o 6.404/1976, a

companhia fechada com patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), apurado na data do balanço, está DISPENSADA de elaborar a de-monstração

(A) dos lucros ou prejuízos acumulados, apenas. (B) do valor adicionado, apenas. (C) dos lucros ou prejuízos acumulados e a de-

monstração do valor adicionado. (D) do valor adicionado e a demonstração dos fluxos de

caixa. (E) dos fluxos de caixa, apenas.

68. A distribuição de dividendos na sociedade anônima

(A) não obriga os acionistas que os receberam de boa-fé a restituí-los, ainda que realizada de forma in-devida.

(B) pode ser feita à conta de reserva de capital, mas so-

mente no caso de determinadas classes de ações ordinárias.

(C) somente pode ser feita à conta de lucro líquido do

exercício, de lucros acumulados e de reserva de lucros.

(D) será devida à pessoa que estiver inscrita como pro-

prietária ou usufrutuária da ação no dia do efetivo pagamento, sendo irrelevante, para esse fim, a data do ato de declaração dos dividendos.

(E) obriga somente os administradores que a aprova-

ram a repor à caixa social a importância distribuída indevidamente.

_________________________________________________________

69. Acerca da caracterização, inscrição e capacidade do em-presário, é correto afirmar:

(A) É facultativa a inscrição, no Registro Público de Em-

presas Mercantis, do empresário cuja atividade rural constitua sua principal profissão.

(B) Mesmo a pessoa legalmente impedida de exercer

atividade própria de empresário, se a exercer, res-ponderá pelas obrigações contraídas.

(C) Quem exerce profissão intelectual, de natureza cien-

tífica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, não pode ser consi-derado empresário em nenhuma hipótese.

(D) O relativamente incapaz, desde que devidamente

assistido, poderá continuar a empresa antes exer-cida por ele enquanto capaz, vedada tal possibili-dade ao absolutamente incapaz, ainda que por meio de representante.

(E) É vedado ao empresário casado, salvo no regime da

separação total de bens, alienar os imóveis que in-tegrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus reais sem a outorga conjugal.

_________________________________________________________

70. Nos termos da Lei no 11.101/2005, extingue as obrigações

do falido

(A) somente o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% dos créditos quirografários.

(B) o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de

mais de 30% dos créditos quirografários, sendo fa-cultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo.

(C) o decurso do prazo de 5 anos, contado do encer-

ramento da falência, independentemente de o falido ter sido condenado por prática de crime previsto nessa mesma lei.

(D) somente com o pagamento de todos os créditos. (E) o decurso do prazo de 10 anos, contado do en-

cerramento da falência, se o falido tiver sido conde-nado pela prática de crime previsto nessa mesma lei.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase 15

71. Acerca do contrato de seguro de dano, considere: I. Não se inclui na garantia o sinistro provocado por

vício intrínseco da coisa segurada, não declarado pelo segurado.

II. A indenização não pode ultrapassar o valor do in-

teresse segurado no momento do sinistro, e, em hipótese alguma, o limite máximo da garantia fixado na apólice, salvo em caso de mora do segurador.

III. Desde que expressamente contratada, a garantia

prometida pode ultrapassar o valor do interesse se-gurado no momento da conclusão do contrato.

IV. Na omissão do contrato, é vedado ao segurado

transferi-lo a terceiro na hipótese de alienação ou cessão do interesse segurado.

V. Na omissão do contrato, o seguro de um interesse

por menos do que valha não acarreta a redução proporcional da indenização, no caso de sinistro parcial.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) II e IV. (B) I e III. (C) I e II. (D) III e V. (E) IV e V.

_________________________________________________________

72. Nos termos da Lei no 6.404/1976, a sociedade controla-

dora e suas controladas podem constituir grupo de socie-dades, mediante convenção pela qual se obriguem a com-binar recursos ou esforços para a realização dos res-pectivos objetos, ou a participar de atividades ou em-preendimentos comuns. Nesse caso,

(A) considera-se constituído o grupo de sociedades a

partir da data em que todas as sociedades dele inte-grantes tiverem aprovado sua adesão à convenção do grupo.

(B) as relações entre as sociedades e a estrutura admi-

nistrativa do grupo são estabelecidas na convenção do grupo, e as sociedades que o integram deixam de ter patrimônio e personalidades distintos, que pas-sam a ser concentrados na controladora.

(C) a sociedade controladora, ou de comando do grupo,

pode ser brasileira ou estrangeira. (D) a companhia que, por seu objeto, depende de autori-

zação para funcionar, poderá participar de grupo de sociedades independentemente de aprovação da convenção do grupo pela autoridade competente pa-ra aprovar suas alterações estatutárias.

(E) a representação das sociedades perante terceiros,

salvo disposição expressa na convenção do grupo, arquivada no registro do comércio e publicada, ca-berá exclusivamente aos administradores de cada sociedade, de acordo com os respectivos estatutos ou contratos sociais.

_________________________________________________________

73. Acerca do consórcio de sociedades, é correto afirmar:

(A) A contração do consórcio enseja presunção absoluta de solidariedade entre as sociedades consorciadas.

(B) Tem personalidade jurídica autônoma e distinta das

sociedades consorciadas. (C) A falência de uma sociedade consorciada se

estende de pleno direito às demais. (D) O contrato de consórcio e suas alterações dispensam

arquivamento no Registro Público de Empresas. (E) É constituído mediante contrato aprovado pelo órgão

da sociedade competente para autorizar a alienação de bens do ativo não circulante.

Direito Penal

74. Determinada lei dispõe: “Subtrair objetos de arte. Pena: a

ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as cir-cunstâncias do fato”.

Para um fato cometido após a sua vigência, é correto

afirmar que a referida lei

(A) fere o princípio da legalidade. (B) fere o princípio da anterioridade. (C) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. (D) não fere os princípios da legalidade e da ante-

rioridade. (E) é uma norma penal em branco.

_________________________________________________________

75. A respeito da relação de causalidade, é INCORRETO afir-mar que

(A) o resultado, de que depende a existência do crime,

só é imputável a quem lhe deu causa. (B) não há fato típico decorrente de caso fortuito. (C) não há crime sem resultado. (D) a omissão também pode ser causa do resultado. (E) o Código Penal adotou a teoria da equivalência das

condições. _________________________________________________________

76. A respeito do crime de furto, é correto afirmar que

(A) caracteriza a escalada o ingresso no imóvel pela porta dos fundos.

(B) considera-se repouso noturno somente o período

das 12 às 6 horas. (C) a energia elétrica pode ser objeto de furto. (D) se admite na forma culposa a aplicação apenas de

sanção pecuniária. (E) configura o crime de furto a subtração de ser hu-

mano vivo. _________________________________________________________

77. O médico chefe de hospital público que retarda a expe-dição de atestado de óbito por animosidade com a família do falecido comete crime de

(A) exercício arbitrário ou abuso de poder. (B) falsa perícia. (C) corrupção passiva privilegiada. (D) prevaricação. (E) falsidade de atestado médico.

_________________________________________________________

78. A respeito dos Crimes contra o Meio Ambiente previstos na Lei n

o 9.605/1998, considere:

I. O crime de provocar incêndio em mata ou floresta

admite a forma culposa. II. Só a fauna silvestre pode ser objeto do crime de

tratar animal com crueldade. III. A pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo do cri-

me de pesca mediante utilização de explosivos. Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II. (B) I. (C) II e III. (D) I e III. (E) III.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

16 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

Direito Previdenciário

79. A Seguridade Social compreende um conjunto de ações

objetivando a garantia de direitos relacionados à Assis-tência Social, que tem por objetivos constitucionais

(A) seletividade e diversidade de benefícios e serviços

entre população urbana e rural. (B) a proteção à família, à maternidade, à infância, à

adolescência e à velhice. (C) centralização político administrativa, cabendo a coor-

denação e as normas gerais aos Estados e Municí-pios e a execução dos programas à esfera federal, mediante gestão tripartite.

(D) a garantia de 50% do salário mínimo de benefício

mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de manutenção própria ou por sua família, durante o prazo máximo de 5 anos.

(E) terá caráter contributivo e de filiação obrigatória vi-

sando à promoção humanística, científica e tecno-lógica do País.

_________________________________________________________

80. A Constituição Federal prevê algumas hipóteses e fontes de financiamento e custeio da Seguridade Social, estipu-lando, ainda, que uma vez criada determinada contribuição social com este intuito, ela poderá ser exigida

(A) após 90 dias da data de publicação da lei que a

criou. (B) no exercício financeiro posterior. (C) após 45 dias do início do próximo exercício finan-

ceiro anual. (D) após 45 dias da data de publicação da lei que a

criou. (E) de forma imediata.

_________________________________________________________

81. Em relação aos dependentes dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do Regime Geral da Previdência Social,

(A) os avós constam do rol dos dependentes que têm

dependência econômica legalmente presumida. (B) são benefícios previstos aos dependentes a pensão

por morte, a reabilitação profissional e o salário ma-ternidade.

(C) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos

filhos para efeitos previdenciários. (D) a existência de dependentes de quaisquer das clas-

ses exclui do direito às prestações os das classes seguintes.

(E) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emanci-

pados, são dependentes de segunda classe. _________________________________________________________

82. Nos termos do Plano de Custeio da Seguridade Social, integra o salário de contribuição do segurado empregado

(A) todo o benefício da previdência social, nos termos e

limites legais. (B) a importância recebida a título de incentivo à de-

missão. (C) o total das diárias pagas, quando excedentes a 50%

da remuneração mensal. (D) a importância recebida como licença-prêmio inde-

nizada. (E) a participação nos lucros ou resultados da empre-

sa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica.

83. Em relação à justificação administrativa, com base na le-gislação aplicável, é correto afirmar:

(A) Trata-se de processo administrativo perante o INSS,

que poderá processar-se ainda que não esteja em curso outro processo administrativo, devido a sua natureza instrumental e autônoma.

(B) É uma opção legal conferida ao interessado, ainda

que exista outro meio capaz de configurar a verdade do fato alegado e de sua plausibilidade.

(C) A homologação da justificativa judicial que foi pro-

cessada apenas com base na prova testemunhal dispensará a justificativa administrativa em qualquer circunstância.

(D) Constitui-se em um recurso do beneficiário perante a

previdência social para produzir prova de fato ou circunstância de seu interesse, não se prestando para suprir a falta ou insuficiência de documento.

(E) Para o seu processamento, o interessado deve apre-

sentar requerimento expondo, clara e minunciosa-mente, os pontos que pretende justificar, indicando de três a seis testemunhas idôneas.

_________________________________________________________

84. Conforme legislação que disciplina sobre o Regime Pró-prio de Previdência Social, é INCORRETO, afirmar:

(A) Os regimes próprios de previdência social dos ser-

vidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderão conceder be-nefícios distintos dos previstos no Regime Geral de Previdência Social, salvo disposição em contrário da Constituição Federal.

(B) As alíquotas de contribuição dos servidores ativos

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para os respectivos regimes próprios podem ser in-feriores às dos servidores titulares de cargos efe-tivos da União, devendo ser observadas nas contri-buições sobre os proventos dos inativos e sobre as pensões as mesmas alíquotas aplicadas às remune-rações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal.

(C) O servidor público civil que tenha completado as exi-

gências para aposentadoria voluntária prevista no regime próprio e opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até atingir a aposentadoria compulsória.

(D) É critério do regime próprio dos servidores públicos

a cobertura de um número mínimo de segurados, de modo que o regime possa garantir diretamente a to-talidade dos riscos cobertos no plano de benefícios, preservando o equilíbrio atuarial sem necessidade de resseguro, conforme parâmetros gerais.

(E) No caso de extinção de regime próprio de previ-

dência social, os entes federados assumirão inte-gralmente a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios concedidos durante a sua vigência, bem como daqueles benefícios, cujos requisitos necessá-rios a sua concessão, foram implementados anterior-mente à extinção do regime.

_________________________________________________________

85. O período de carência visa a garantir o equilíbrio finan-ceiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingres-saram no sistema após a vigência da Lei n

o 8.213/1991,

em relação aos benefícios de aposentadoria especial, aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, a carência, em número de contribuições mensais, será res-pectivamente de

(A) 180, nenhuma, nenhuma. (B) 180, 12, nenhuma. (C) 120, 12, 10. (D) 120, nenhuma, 10. (E) 180, 120, 12.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase 17

86. No Regime Geral de Previdência Social, a aposentadoria por idade será devida ao segurado que preencher os seguintes requisitos em relação à carência e à idade:

(A) 30 contribuições anuais, 65 anos se homem, 60 anos

se mulher para os urbanos. (B) 180 contribuições mensais, 65 anos se homem,

60 anos se mulher para os urbanos. (C) 15 contribuições anuais, 60 anos se homem, 55 anos

se mulher para os rurais. (D) 120 contribuições mensais, 55 anos se homem,

50 anos se mulher para os rurais. (E) 180 contribuições mensais, 60 anos se homem,

55 anos se mulher para os urbanos. _________________________________________________________

Direito Tributário

Siglas Utilizadas:

STF: Supremo Tribunal Federal. ISS ou ISSQN: Imposto sobre serviços de qualquer natureza. ICMS: Imposto sobre operações relativas à circulação de

mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

ITCMD ou ITCD ou ICD ou ITC: Imposto sobre transmissão causa mortis e doação.

87. Considere o seguinte dispositivo de Lei Municipal: Não incide o ISS sobre o serviço de transporte intermunicipal de passageiros. Tal disposição legal constitui

(A) isenção concedida pela lei municipal. (B) hipótese de exclusão do crédito tributário definida

pela legislação municipal. (C) disposição legal inconstitucional, pois institui um be-

nefício fiscal do ISSQN concedido sem amparo em Lei Complementar, e em violação ao texto consti-tucional.

(D) enunciado legal ineficaz. (E) renúncia de receita tributária.

_________________________________________________________

88. Na hipótese de o STF, por meio de Ação Direta de In-constitucionalidade, julgar, com efeito erga omnes e ex tunc, que incide o ICMS sobre os serviços de composição gráfica de embalagens destinadas ao acondicionamento de mercadorias destinadas a revenda, referida decisão

(A) deverá ser observada pelas autoridades fazendárias

estaduais, as quais deverão constituir os créditos tri-butários correspondentes aos fatos geradores ocorri-dos após a sua publicação.

(B) implicará a cobrança da diferença entre a alíquota

interna e a interestadual, nas operações de entrada de mercadorias provenientes de outras Unidades da Federação e utilizadas no processo de composição gráfica das embalagens.

(C) tem como efeito reflexo a não incidência do ISSQN

sobre as mesmas operações e prestações, o qual poderá vir a ser objeto de pedido de restituição aos respectivos prestadores de serviço, desde que aten-didos aos requisitos previstos no artigo 166, do Có-digo Tributário Nacional.

(D) não deverá representar a cobrança do ICMS retroa-

tivo, pois embora não tenha havido o débito do im-posto na saída dos produtos resultantes da compo-sição gráfica, também não houve o crédito por parte dos respectivos adquirentes.

(E) implicará dispensa do cumprimento das obrigações

acessórias estaduais pertinentes, por tratar exclusi-vamente da obrigação principal.

89. A concessão de uma isenção do ICMS

(A) deve ser precedida da aprovação de convênio somente entre as Unidades da Federação interessadas na respectiva desoneração tributária.

(B) poderá ser usufruída pelo contribuinte tão logo haja a publicação no Diário Oficial do convênio firmado pelos Estados e Distrito Federal.

(C) inviabiliza o aproveitamento do crédito fiscal por par-te do adquirente da mercadoria isenta, exceto se as-segurada a manutenção do crédito pelas operações anteriores.

(D) dispensa o cumprimento das obrigações acessórias relacionadas às operações ou prestações isentas.

(E) representará, como regra, óbice ao crédito de ICMS decorrente da aplicação do princípio constitucional da não cumulatividade, relativamente às operações anteriores, inclusive no tocante às matérias-primas utilizadas na industrialização das mercadorias cuja venda esteja beneficiada com a isenção.

_________________________________________________________

90. O ITCMD

(A) é devido em favor do Estado do domicílio do dona-tário, no caso de doações de bens móveis.

(B) poderá ser progressivo, a despeito da inexistência de disposição expressa autorizando a progressivi-dade das alíquotas do ITCMD no texto constitu-cional.

(C) é devido em favor do Estado do donatário para o ca-so de doações de imóveis localizados no exterior, desde que o donatário seja domiciliado no Brasil.

(D) é devido em partes iguais aos Estados envolvidos,

sempre que haja pluralidade de domicílios civis.

(E) poderá ser cobrado concomitantemente com o ITBI na hipótese de transmissão de bens móveis.

_________________________________________________________

91. Compreende-se no campo de incidência do ISSQN

(A) os serviços definidos em lista constante de lei com-plementar prestados por um concessionário de ser-viços públicos contratados no regime de parceria público-privada na modalidade “concessão adminis-trativa” cuja remuneração seja inteiramente paga pe-lo parceiro público.

(B) a construção de edifício destinado à venda, reali-zada pelo incorporador imobiliário.

(C) a parcela cobrada pelo vendedor pela entrega da mercadoria por ele comercializada até o domicílio do comprador, situado no mesmo Município.

(D) a obra de construção civil de um porto localizado em país estrangeiro financiada por entidade de crédito brasileira executada por empreiteira brasileira.

(E) os serviços prestados pelos conselheiros de admi-nistração de empresas públicas e sociedades de economias mista.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001

18 TCMRJ-Auditor Subst. Conselheiro-1a Fase

92. A isenção de ISSQN sobre a prestação de serviços pú-blicos objetos de contrato de Parceria Público Privada concedida por lei pelo próprio Município que seja o par-ceiro público é

(A) medida conveniente e oportuna, pois não faz sentido

tornar o serviço público municipal mais oneroso por conta do ISSQN que poderia ser arrecadado pelo próprio Município.

(B) inconstitucional, pois depende de convênio firmado

entre os Municípios. (C) constitucional, pois o Município tem o poder de tri-

butar bem como o de isentar do ISSQN, observados, dentre outros, os princípios da legalidade, isonomia, capacidade contributiva e o interesse público.

(D) constitucional, pois na falta de disposição de lei com-

plementar dispondo sobre os procedimentos relati-vos à concessão de benefícios, os Municípios têm a competência plena para concedê-los mediante lei.

(E) inconstitucional, independentemente da edição de lei

ordinária municipal ou do interesse público relativo à modicidade tarifária do serviço público objeto da Parceria Público Privada.

_________________________________________________________

93. Acerca das imunidades tributárias, é correto afirmar que

(A) a imunidade dos templos de qualquer culto abrange o local de culto e também imóveis de propriedade da entidade religiosa locados a terceiros, desde que o aluguel reverta em benefício da atividade religiosa.

(B) as entidades fechadas de previdência privada estão

amparadas pela imunidade, devido à natureza assis-tencial.

(C) são aplicáveis exclusivamente em relação aos im-

postos. (D) a imunidade relativa às operações com petróleo,

combustíveis e minerais alcança os tributos em ge-ral, compreendendo impostos e contribuições.

(E) a imunidade recíproca beneficia as empresas

públicas e sociedades de economia mista. _________________________________________________________

94. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário

(A) o depósito do montante que o contribuinte entende devido, até o valor depositado.

(B) a liminar concedida em mandado de segurança. (C) o oferecimento de fiança bancária no curso do

processo de execução fiscal. (D) a decisão proferida pelo STF, com trânsito em

julgado, relativa à inconstitucionalidade do tributo objeto de questionamento.

(E) o arrolamento de bens suficientes à satisfação do

crédito tributário exigível pela Prefeitura. _________________________________________________________

Economia e Administração

95. No Brasil, os bancos comerciais tendem a manter em ní-

veis baixos suas reservas excedentes pois

(A) o Banco Central do Brasil cobra uma multa pela re-tenção de reserves excedentes.

(B) os bancos comerciais estão preocupados com a es-

tabilidade econômica. (C) os bancos desejam maximizar lucro, e reservas

excedentes não pagam juros. (D) os bancos comerciais preferem manter suas reser-

vas excedentes como reservas compulsórias. (E) os bancos comerciais depositam tais reservas no

FMI como reservas internacionais.

96. Um dos fatores que leva ao deslocamento a curva de de-manda são as preferências. Um aumento do gasto com propaganda e marketing tende a

(A) levar a firma a gastar mais sem efeito algum sobre o

nível de vendas. (B) deslocar a curva de demanda para a esquerda, au-

mentando a demanda do bem. (C) deslocar a curva de demanda para a direita, aumen-

tando a demanda do bem. (D) deslocar a curva de oferta e de demanda para a es-

querda, reduzindo a demanda do bem. (E) deslocar a curva de oferta para a direita reduzindo a

oferta do bem. _________________________________________________________

97. A Curva de Phillips ilustra a relação

(A) inversa entre desemprego e inflação. (B) direta entre desemprego e inflação. (C) inversa entre déficit público e inflação. (D) estável entre consumo e renda disponível. (E) inversa entre salário e inflação.

_________________________________________________________

98. Entre as diversas teorias acerca da liderança nas orga-nizações destaca-se a desenvolvida por Robert Blake e Mouton, conhecida por grid (ou grade) gerencial. Segundo os autores, o gestor orienta sua ação para dois aspectos fundamentais:

(A) o organizacional, também denominado interpessoal,

e o intrapessoal. (B) a estrutura de iniciação e a consideração. (C) o comprometimento e o gerenciamento. (D) a ênfase na produção e a ênfase nas pessoas. (E) a maturidade no trabalho e a maturidade psicológica.

_________________________________________________________

99. Instituída nos anos 1990, a Fundação Nacional da Quali-dade − FNQ é um importante centro de estudos, debate e irradiação de conhecimentos sobre excelência em gestão. O modelo de excelência preconizado pela FNQ

(A) adota, entre seus fundamentos, o pensamento sistê-

mico, que corresponde ao entendimento das rela-ções de interdependência entre os diversos compo-nentes de uma organização e entre a organização e o ambiente externo.

(B) apresenta critérios de excelência que permitem às

organizações medirem seus esforços rumo à exce-lência, entre os quais se insere a visão de futuro, voltada à perenização da organização.

(C) não comporta adaptação à Administração pública,

não obstante os esforços realizados, em face da in-compatibilidade com os princípios constitucionais a esta aplicáveis.

(D) mostrou-se ineficaz, em face da dificuldade de es-

tabelecimento de uma métrica consistente de ava-liação e na fixação de critérios objetivos.

(E) constitui um sistema de avaliação de processos e de

desempenho organizacional, que pressupõe a fixa-ção de indicadores e metas.

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100. No processo de evolução da Administração pública, o pa-radigma pós-burocrático que conduziu ao modelo gerencial introduziu, como inovação em relação ao modelo anterior,

(A) a meritocracia. (B) a impessoalidade. (C) a racionalidade. (D) a hierarquia. (E) o controle de resultados.

Caderno de Prova ’B02’, Tipo 001