prova de lÍngua portuguesa -...

16
CONCURSO PÚBLICO CADERNO 1 GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA POR03 LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES 1 - A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo de preenchimento do cartão de respostas. 2 - O candidato que, na primeira hora de prova, se ausentar da sala e a ela não retornar, será eliminado. 3 - Os três últimos candidatos a terminar a prova deverão permanecer na sala e somente poderão sair juntos do recinto, após aposição em ata de suas respectivas assinaturas. 4 - Você NÃO poderá levar o seu caderno de questões. INSTRUÇÕES - PROVA OBJETIVA 1 - Confira atentamente se este caderno de perguntas, que contém 60 questões objetivas, está completo. 2 - Confira se seus dados e o cargo e especialidade escolhido, indicados no cartão de respostas, estão corretos. Se notar qualquer divergência, notifique imediatamente o Fiscal/Chefe Local. Terminada a conferência, você deve assinar o cartão de respostas no espaço apropriado. 3 - Cuide de seu cartão de respostas. Ele não pode ser rasurado, amassado, dobrado nem manchado. 4 - Para cada questão objetiva são apresentadas cinco alternativas de respostas, apenas uma das quais está correta. Você deve assinalar essa alternativa de modo contínuo e denso. 5 - Se você marcar mais de uma alternativa, sua resposta será considerada errada mesmo que uma das alternativas indicadas seja a correta. AGENDA 28/02/2011, divulgação do gabarito da Prova objetiva: http://concursos.biorio.org.br 03 e 04/03/2011, recursos contra formulação e conteúdos da Prova Objetiva na Internet: http://concursos.biorio.org.br 22/03/2011, divulgação do resultado da análise dos recursos da Prova Objetiva. 23/03/2011, divulgação do Resultado Final da Prova Objetiva. Informações: Tel: 21 3525-2480 das 9 às 17h. Internet: http://concursos.biorio.org.br E-mail: [email protected] PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Upload: vuthu

Post on 31-Jan-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

CONCURSO PÚBLICO

CADERNO 1 GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I

LÍNGUA PORTUGUESA POR03

LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES

1 - A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo de preenchimento do cartão de respostas.

2 - O candidato que, na primeira hora de prova, se ausentar da sala e a ela não retornar, será eliminado.

3 - Os três últimos candidatos a terminar a prova deverão permanecer na sala e somente poderão sair juntos do recinto, após aposição em ata de suas respectivas assinaturas.

4 - Você NÃO poderá levar o seu caderno de questões.

INSTRUÇÕES - PROVA OBJETIVA

1 - Confira atentamente se este caderno de perguntas, que contém 60 questões objetivas, está completo.

2 - Confira se seus dados e o cargo e especialidade escolhido, indicados no cartão de respostas, estão corretos. Se notar qualquer divergência, notifique imediatamente o Fiscal/Chefe Local. Terminada a conferência, você deve assinar o cartão de respostas no espaço apropriado.

3 - Cuide de seu cartão de respostas. Ele não pode ser rasurado, amassado, dobrado nem manchado.

4 - Para cada questão objetiva são apresentadas cinco alternativas de respostas, apenas uma das quais está correta. Você deve assinalar essa alternativa de modo contínuo e denso.

5 - Se você marcar mais de uma alternativa, sua resposta será considerada errada mesmo que uma das alternativas indicadas seja a correta.

AGENDA

28/02/2011, divulgação do gabarito da Prova objetiva: http://concursos.biorio.org.br

03 e 04/03/2011, recursos contra formulação e conteúdos da Prova Objetiva na Internet: http://concursos.biorio.org.br

22/03/2011, divulgação do resultado da análise dos recursos da Prova Objetiva.

23/03/2011, divulgação do

Resultado Final da Prova Objetiva.

Informações: Tel: 21 3525-2480 das 9 às 17h. Internet: http://concursos.biorio.org.br E-mail: [email protected]

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Page 2: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA
Page 3: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

3Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

RACIOCÍNIO LÓGICO

01 – Se todo X é Y e todo Y é Z então: (A) todo Z é Y; (B) nem todo Y é X; (C) todo Y é X; (D) algum X não é Z; (E) pode ser que todo Z seja X. 02 – Na sequência a seguir, cada termo do terceiro em diante é obtido a partir dos dois anteriores por meio de uma certa regra:

132 , 125 , 7 , 118 , 111 , ...

O oitavo termo dessa sequência é:

(A) 111; (B) 143; (C) 254; (D) 457; (E) 569.

03 – Numa certa linguagem interplanetária, o “alfabeto” tem 30 “letras” e as palavras são formadas - como em nossa língua - pela reunião de “letras”. Nessa linguagem, a quantidade de palavras de quatro “letras” distintas que podem ser formadas é igual a:

(A) 30 + 29 + 28 + 27; (B) 30 + 30 + 30 + 30; (C) 30×29×28×27; (D) 30×30×30×30; (E) 30×4 + 29×4 + 28×4 + 27×4.

04 – Faltando pouco para terminar uma prova de maratona, Maílson estava em nono lugar, uma posição atrás de Edmílson. Maílson deu uma arrancada espetacular no final, ultrapassou Edmílson e também ultrapassou outros dois concorrentes, não tendo sido ultrapassado por ninguém nesse final. Já Edmilson, além de ser ultrapassado por Maílson, foi ultrapassado por outro corredor e não ultrapassou ninguém nesse final de prova. Assim, Maílson e Edmilson terminaram a prova, respectivamente, nas seguintes posições:

(A) 6º e 11º; (B) 6º e 10º; (C) 5º e 11º; (D) 5º e 10º; (E) 5º e 9º.

05 – No jogo de basquete, cada cesta marcada vale 1, 2 ou 3 pontos. Numa certa partida, Adriano “Mão-certa” fez 20 cestas, apenas três das quais de 1,0 ponto. Sabendo que Adriano fez ao menos uma cesta de 2,0 e ao menos uma cesta de 3,0 pontos, então a quantidade mínima de pontos que Adriano marcou, no total, é igual a: (A) 36; (B) 37; (C) 38; (D) 39; (E) 40. 06 – Se Alvinho mentiu, então Alvinho foi reprovado. Assim: (A) se Alvinho não mentiu então não foi reprovado; (B) se Alvinho foi reprovado então Alvinho não mentiu; (C) Alvinho mentiu ou foi reprovado; (D) se Alvinho foi reprovado então Alvinho mentiu; (E) se Alvinho não foi reprovado, então Alvinho não mentiu. 07 – A quantidade de ações que cada um dos três sócios de uma empresa possui é proporcional ao capital inicial investido por cada um. Os capitais iniciais aplicados foram: R$ 2.000,00, R$ 3.000,00 e R$ 4.000,00. A quantidade total de ações em poder dos sócios NÃO pode ser igual a: (A) 36.000; (B) 37.800; (C) 45.000; (D) 48.200; (E) 54.000. 08 – A negação de “Paulinho é maestro e diretor” é: (A) Paulinho não é maestro nem diretor; (B) Paulinho não é maestro ou não é diretor; (C) Paulinho é maestro ou não é diretor; (D) Paulinho não é maestro ou é diretor; (E) Paulinho é maestro ou é diretor.

Page 4: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

4Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

09 – Quando somamos as idades de Artur e Pedro, obtemos 60. Quando somamos as idades de Pedro e Túlio, obtemos 57. Já a soma das idades de Artur e Túlio é 53. A soma das idades dos três é igual a: (A) 85; (B) 98; (C) 110; (D) 112; (E) 170.

10 – Observe os quatro primeiros termos da sequência: A1b , B3c , C5d , D7e , ... O sexto termo é: (A) G11h; (B) F11g; (C) H13i; (D) F13g; (E) G13h.

FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 11 – Avalie se os direitos à profissionalização e à proteção no trabalho do adolescente incluem, dentre outros, os seguintes aspectos:

I - Respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

II - Capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

III - Capacitação específica a sua área de trabalho sob guarda pública.

IV - Escolarização adequada e de qualidade. V - Remuneração ao trabalho laborial de acordo com o

desenvolvimento pedagógico do trabalhador. Estão corretos os itens: (A) I e II; (B) I e III; (C) II e IV; (D) II e III; (E) I e V. 12 – O ensino está centrado na pessoa, o que implica orientá-lo para a experiência pessoal, de modo que ela possa estruturar-se e agir. Essa abordagem descreve a aprendizagem denominada: (A) cognitivista; (B) comportamentalista; (C) humanista; (D) tradicional; (E) sócio-interacionista. 13 – A educação inclusiva pressupõe algumas ações do professor que podem criar uma relação com os alunos marcada pela participação, maturidade, criatividade e inclusão. Como exemplos dessas ações incluem-se as seguintes, EXCETO: (A) respeitar e fazer respeitar diferenças de opinião; (B) favorecer situações em classe para que o aluno se sinta à

vontade para expressar suas opiniões, seus pontos de vista e seus sentimentos;

(C) incentivar a participação, a iniciativa, a cooperação dos alunos entre si;

(D) elogiar o aluno cujas ideias são repetições da fala dos professores;

(E) relacionar os temas estudados com as vivências dos alunos.

Page 5: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

5Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

14 – Ao utilizar as técnicas de prova discursiva, de múltipla escolha, com consulta e com questões de lacunas, o docente deseja avaliar os objetivos: (A) de habilidades; (B) cognitivos; (C) atitudinais; (D) programáticos; (E) comportamentais. 15 – O Projeto Político Pedagógico é entendido como a própria organização do trabalho pedagógico da escola. A construção do projeto político pedagógico parte dos seguintes princípios, EXCETO: (A) acomodação de liberdade; (B) liberdade de ações; (C) gestão democrática; (D) qualidade de ensino; (E) educação continuada. 16 – A Didática como reflexão sistemática compreende: (A) a pesquisa dos conhecimentos que o professor irá adquirir

na sua prática pedagógica bem como o que ele vai pensar e refletir sobre suas ações;

(B) o estudo das teorias de ensino e aprendizagem aplicadas ao processo educativo que se realiza na escola bem como dos resultados obtidos;

(C) as teorias que se apresentam válidas para solucionar os problemas da prática pedagógica usando-as para produzir novos alunos capacitados;

(D) as posições políticas de um processo intencional que visa a orientação de objetivos a serem alcançados por seus participantes;

(E) a definição de objetivos a serem alcançados, seleção de conteúdos, técnicas e recursos de ensino, organização do processo de avaliação da dimensão educativa.

17 – Relacione os objetivos citados a seguir com seus respectivos exemplos. Objetivos

1- objetivos de conhecimentos 2- objetivos de habilidades 3- objetivos de atitudes

Exemplos

( ) relacionar fatos, conceitos e princípios; ( ) descobrir, experimentar e organizar trabalhos; ( ) usar a criatividade, integração de conhecimentos e

curiosidade científica; ( ) relacionar informações, comparar fatos e trabalhar

em equipe; ( ) utilizar a comunicação, a co-responsabilidade pela

aprendizagem, capacidade crítica. Os exemplos dados correspondem respectivamente aos objetivos: (A) 1,3,3,2,1; (B) 2,3,1,2,3; (C) 3,2,1,1,2; (D) 2,1,3,1,2; (E) 1,2,3,2, 3.

18 – Quando um docente planeja suas aulas de forma a romper com isolamentos ou compartimentalizações do ensino e da aprendizagem, estará trabalhando para que os Temas Transversais e as áreas de conhecimento se dêem de forma que: (A) ocorram situações escolares não programáveis,

emergentes, que devem ser questionadas e não respondidas, necessitando clareza e articulação pontual oferecidas pela abrangência dos Temas Transversais;

(B) haja momentos em que as questões relativas aos temas sejam explicitamente trabalhadas e conteúdos de campos e origens diferentes sejam colocados em perspectivas distanciadas e sem respostas;

(C) as diferentes áreas contemplem os objetivos e os conteúdos (fatos, conceitos e princípios; procedimentos e valores;normas e atitudes) que os temas da convivência propõem;

(D) ambos possam apontar para a complexidade do real e a considerar a teia de relações entre os diferentes aspectos sem nenhum julgamento de valores;

(E) ofereça somente ao grupo discente um sentido social com a visão de procedimentos e conceitos educacionais que vão além das áreas convencionais, superando o simples aprender na escola.

Page 6: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

6Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

19 – Uma das funções do planejamento escolar é: (A) facilitar a preparação das aulas, selecionando conteúdos e

o material didático para que o professor execute o trabalho frente aos seus interesses e práticas avaliativas;

(B) assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a previsão das ações docentes sejam asseguradas para a efetiva realização de transmissão dos conteúdos;

(C) prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparo e das condições sócio-culturais e individuais dos alunos;

(D) explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente e discente que assegurem a hierarquia dos conteúdos escolhida pelos coordenadores e gestores escolares garantindo o processo de participação democrática;

(E) expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e profissional em ações efetivas em sala de aula, através de uma vinculação hierárquica e sequencial dos conteúdos e temas selecionados.

20 – Segundo Paulo Freire(2009), a análise do fracasso escolar deve levar em contra três importantes dimensões que se inter-relacionam. Identifique essas dimensões dentre as cinco apresentadas a seguir:

I - O clima institucional que media a práxis escolar e social.

II - O processo de interação de sala de aula, envolvendo a relação professor-aluno.

III - A relação aluno-aluno com a aprendizagem escolar. IV - A relação com a história de cada sujeito, que se

manifesta no cotidiano escolar. V - A composição do cotidiano escolar, com os

conteúdos elaborados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, facilitadores da aprendizagem.

As dimensões corretas são: (A) I, II e IV; (B) II, III e IV; (C) I, III e IV; (D) I, II e V; (E) II, III e V.

21 – A gestão democrática, citada na LDB 9394/96, garante à equipe pedagógica e aos professores da escola o direito de estabelecer os princípios, finalidades e objetivos do Conselho de Classe, que desempenha um papel de: (A) avaliação para discutir o aluno de modo integral, e para

dar suporte aos professores apontando os insucessos dos alunos e acentuando os pontos negativos;

(B) avaliação dos alunos e de avaliação de práticas docentes, com o objetivo de diagnosticar a razão das dificuldades dos alunos e dos professores, e apontar as mudanças necessárias nos encaminhamentos pedagógicos;

(C) mecanismo democrático que possibilita uma gestão democrática, com a participação de todos os agentes educativos;

(D) lócus de observação para que os professores indiquem os alunos com dificuldades de aprendizagem e com problemas comportamentais, de assiduidade, de relacionamento, de agressividade e de concentração para serem discutidos entre os alunos e os docentes;

(E) instância de avaliação institucional onde a interação pedagógica ocorre devido a busca de solução de problemas dos discentes levantados num bimestre, trimestre ou semestre.

22 – A avaliação escolar apresenta as seguintes características, EXCETO: (A) reflexo da unidade objetivos-conteúdos-métodos; (B) possibilidade de revisão do plano de ensino; (C) ajuda para desenvolver capacidades e habilidades; (D) retorno para a atividade dos alunos; (E) restrição das verificações e provas no final de bimestres. 23 – A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Para tanto, o Poder Público: (A) promoverá a extensão, aberta à participação da população

adulta, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas em instituições públicas;

(B) incentivará o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura destinada a jovens e adultos;

(C) desenvolverá, em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, um ambiente de futuro trabalho para os jovens e adultos;

(D) manterá cursos e exames de madureza que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular;

(E) viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

Page 7: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

7Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

24 – A interdisciplinaridade questiona: (A) a segmentação entre os diferentes campos de

conhecimento produzida por um abordagem que não leva em conta a inter-relação e a influência entre eles;

(B) a visão compartimentada, integrada e disciplinar da realidade sobre a escola, tal como é conhecida e como se constituiu historicamente;

(C) os diversos campos de poder que envolvem a luta entre a gestão democrática, os docentes e os técnico-administrativos no espaço escolar;

(D) a falta de integração dos saberes extra-escolares com os da comunidade acadêmica com vistas a uma proposta de maior acesso aos membros sociais participarem das decisões da vida escolar;

(E) a necessidade de maior envolvimento de todos os participantes no processo de definição de trabalho pedagógico e das prioridades a serem eleitas.

25 – A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 3934/96, em seu Art. 4º, preconiza que o dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de, EXCETO: (A) ingresso no ensino fundamental, obrigatório e gratuito,

inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

(B) oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

(C) apoio educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;

(D) atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade, quando houver vaga disponível na rede municipal e estadual;

(E) acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.

26 – Dentre os desafios que a escola confronta para romper com o fracasso escolar incluem-se, dentre outros, os seguintes, EXCETO: (A) desenvolver uma pedagogia centrada na criança, capaz de

educar com êxito todas as crianças; (B) ajudar a mudar atitudes discriminatórias; (C) fomentar uma pedagogia inclusiva entre os sujeitos da

escola; (D) desenvolver todas as potencialidades de alunos com sérias

desvantagens e deficiências; (E) compreender que as deficiências e as dificuldades

escolares são da própria criança.

27 – As famílias podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pelas escolas de seus filhos. Candidatar-se a uma vaga no Conselho Escolar é uma boa maneira de acompanhar e auxiliar o trabalho dos gestores escolares. Avalie as seguintes afirmativas acerca do Conselho Escolar:

I - É constituído por representantes de pais, estudantes,

professores, demais funcionários, membros da comunidade local e o diretor da escola.

II - Destina-se a zelar pela manutenção da escola e participar da gestão administrativa, pedagógica e financeira.

III - É composto por docentes, estudantes, técnico-administrativos, familiares, membros da comunidade e diretor da escola.

IV - É responsável pelas funções deliberativas, consultivas, fiscais e mobilizadoras, para garantir a gestão democrática nas escolas públicas.

V - Constitui um espaço escolar para se discutir o projeto pedagógico com a direção da escola.

Estão corretas as afirmativas:

(A) I, II e IV; (B) I, II e V; (C) II, III e IV; (D) III, IV e V; (E) II, IV e V.

28 – Para elaborar um projeto político-pedagógico, o educador precisa conhecer os níveis a serem alcançados. O nível a seguir que NÃO está correto é: (A) executar um projeto, exemplo: abertura de um novo

curso; (B) executar um programa, exemplo: reorganização curricular

da escola; (C) executar o marco financeiro, exemplo: distribuir o

dinheiro da caixa escolar de que se dispõe; (D) elaborar e executar um plano de um setor, exemplo:

orientação pedagógica; (E) elaborar e executar um plano geral, exemplo: envolver

toda a escola.

Page 8: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

8Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

29 – Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:

I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;

III - piso salarial profissional. Estas propostas fazem parte: (A) do Plano Decenal de Educação; (B) da LDB nº 9394/96; (C) da Lei nº 10.639/03; (D) do Conselho Federal de Educação; (E) da Lei nº 11.645/08. 30 – A Constituição Brasileira/88 determina que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios, EXCETO: (A) igualdade de condições para o acesso e permanência na

escola; (B) liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o

pensamento, a arte e o saber; (C) progressiva democratização da rede pública da educação

básica; (D) pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e

coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; (E) gratuidade do ensino público em estabelecimentos

oficiais.

Page 9: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

9Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TEXTO I

O livro não morrerá (fragmento)

Jean-Claude Carrière: Na última cúpula de Davos, em 2008, a propósito dos fenômenos que irão abalar a humanidade nos próximos 15 anos, um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos quatro principais, que lhe pareciam inexoráveis. O primeiro é um barril de petróleo a 500 dólares. O segundo diz respeito à água, fadada a tornar-se um produto comercial de troca exatamente como o petróleo. Teremos cotação da água na Bolsa. A terceira previsão refere-se à África, que se tornará seguramente uma potência econômica nas próximas décadas, o que todos desejamos.

O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é o desaparecimento do livro.

Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez prevista da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.

Umberto Eco: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da Internet? Escrevi sobre o assunto na época, isto é, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais inédito do que o que foi publicado; e, depois, porque a opinião pública (ou pelo menos os jornalistas) tem sempre essa ideia fixa de que o livro vai desaparecer (ou então são esses jornalistas que acham que seus leitores têm essa ideia fixa) e cada um formula incansavelmente a mesma indagação.

Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutenberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador. Passe duas horas lendo um romance em seu computador, e seus olhos viram bolas de tênis. Tenho em casa óculos polaróides que protegem meus olhos contra os danos de uma leitura contínua na tela. A propósito, o computador depende da eletricidade e não pode ser lido numa banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.

Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez inventados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal, a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar do lado dos espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços.

O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.

(CARRIÈRE, Jean- Claude & ECO, Umberto. (trad. André Telles). Não contem com o

fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010. páginas 07-09.)

31 – A tese fundamental do texto em questão é a seguinte: (A) o livro será substituído por outro objeto cuja

tecnologia será mais apurada; (B) o livro só será substituído se o computador cair em

desuso; (C) o livro não será substituído a não ser por algum outro

similar suporte de leitura; (D) o livro não será substituído a não ser por um

computador mais arrojado; (E) o livro será substituído por um artefato que vier

salvaguardar certa pureza estética. 32 – As palavras abaixo em negrito podem ser substituídas, respectivamente, pelos seguintes sinônimos, sem prejuízo do sentido original que reside no texto: Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a humanidade, análogas às da escassez prevista da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível. (3º parágrafo) (A) parecidas; insensível. (B) parecidas; inatingível. (C) distintas; insensível. (D) distintas; inatingível. (E) parecidas; compreensível. 33 – No fragmento abaixo destacado, encontramos a seguinte figura de linguagem:

O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. (6º parágrafo)

(A) metonímia; (B) personificação; (C) metáfora; (D) símile; (E) antítese. 34 – Assinale o item em que se indica corretamente a função sintática do termo grifado em “Na realidade, há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.” (5º parágrafo) (A) sujeito; (B) objeto direto; (C) adjunto adnominal; (D) adjunto adverbial; (E) predicativo do sujeito.

Page 10: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

10Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

35 – O fragmento do texto I em que foi assinalada a conjunção é: (A) “A terceira previsão refere-se à África...” (1º parágrafo) (B) “O quarto fenômeno, segundo esse profeta profissional, é

o desaparecimento do livro.” (2º parágrafo) (C) “O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da

Internet?” (4º parágrafo) (D) “Ninguém percebe isso, principalmente porque nada mais

inédito do que o que foi publicado...” (4º parágrafo) (E) “Você não pode fazer uma colher melhor que uma

colher.” (6º parágrafo)

36 – Observe o fragmento abaixo destacado:

Passe duas horas lendo um romance em seu computador, e seus olhos viram bolas de tênis. (5º parágrafo)

Em relação à expressão “bolas de tênis” é correto afirmar que: (A) foi empregada em sentido denotativo, sem qualquer uso

estilístico; (B) foi empregada em sentido conotativo, uma vez que foi

empregado o sentido figurado; (C) foi empregada em sentido denotativo; (D) foi empregada em sentido conotativo, ou seja, em seu

sentido próprio; (E) não foi empregada em nenhum sentido especial. 37 – O fragmento do texto I em que foi apenas assinalado numeral é: (A) “um futurólogo consultado propunha deter-se apenas nos

quatro principais...” (1º parágrafo) (B) “...e cada um formula incansavelmente a mesma

indagação.” (4º parágrafo) (C) “Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das

imagens...” (5º parágrafo) (D) “Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais

flexível.” (5º parágrafo) (E) “Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da

leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser...” (6º parágrafo)

38 – Se trocarmos o verbo haver pelo verbo ter em “... há muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.”, a correta concordância verbal é a seguinte: (A) têm muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. (B) tem muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. (C) tiveram muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. (D) terão muito pouca coisa a dizer sobre o assunto. (E) teriam tido muito pouca coisa a dizer sobre o assunto.

39 – A correta apreciação da concordância nominal efetuada em “Uma vez inventados, não podem ser aprimorados.” (6º parágrafo) é a seguinte: (A) o uso do masculino plural nos dois vocábulos se

justifica porque todos eles concordam com a sequência de substantivos mencionados anteriormente: a colher, o martelo, a roda ou a tesoura;

(B) o uso do masculino plural nos dois vocábulos não se justifica porque nem todos eles concordam com a sequência de substantivos mencionados anteriormente: a colher, o martelo, a roda ou a tesoura;

(C) o uso do masculino plural nos dois vocábulos se justifica apenas por ser uma tradição desse emprego mais generalizante da língua;

(D) o uso do masculino plural nos dois vocábulos não se justifica por nenhum aspecto, o autor cometeu um erro;

(E) também é lícito, nesse caso, fazer a concordância apenas no masculino singular.

40 – Ao final da leitura do texto I, é possível afirmar o seguinte sobre as ideias veiculadas por Umberto Eco: (A) ele toma uma posição confusa diante da questão do

debate sobre a possibilidade do desaparecimento do livro;

(B) ele toma uma posição clichê diante da questão do debate sobre a possibilidade do desaparecimento do livro;

(C) ele toma uma posição inesperada, incomum diante da questão do debate sobre a possibilidade do desaparecimento do livro;

(D) ele acaba por não tomar uma posição definitiva diante da questão do debate sobre a possibilidade do desaparecimento do livro;

(E) ele se contradiz frente aos próprios argumentos.

Page 11: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

11Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

TEXTO II

Sofrendo a Gramática (a matéria que ninguém aprende) (fragmento)

Mário A. Perini

Passei grande parte da vida estudando, discutindo e escre-vendo a respeito de gramática, e me preocupo bastante com a atitude que as pessoas têm para com essa disciplina. Muitas vezes, percebi um certo espanto diante da informação de que o estudo da gramática é a minha ocupação principal; já escutei resmungos no sentido de que eu "soube unir o inútil ao desagradável". Qual será o motivo desse alto índice de rejeição?

Outras disciplinas há que são tão ou mais difíceis, como por exemplo a matemática e a química e, para alguns, a história. Mas nenhuma suscita reações tão violentas como a gramática; parece fácil aceitar que alguém seja matemático, geógrafo, especialista em cogu-melos ou grande autoridade na fisiologia dos morcegos; mas um gramático é uma pessoa que todos consideram excêntrica ou coisa pior. Existe com certeza algum fator de repugnância associado a essa disciplina, e vale a pena especular um pouco a respeito. Vamos começar isolando alguns sintomas. Primeiro, alguns professores, alunos e pais de alunos advogam a supressão pura e simples do ensino gramatical. Outros reagem e, nessa discussão, os argumentos se radicalizam: uns sustentam que a gramática "não serve para nada"; outros, que "sem gramática não é possível aprender português". Não deve ser nem uma coisa nem outra. Mas é um sintoma de que há algo de errado no reino da gramá-tica. Não existem controvérsias como essa no que diz respeito à física, à biologia ou ao inglês.

Outro sintoma é o seguinte: ao chegar aí pelo segundo ano do segundo grau, os jovens já estão fazendo planos para sua vida futura. No caso de querer cursar a universidade, alguns pretendem ir para direito, outros gostariam de se dedicar à geologia ou à astro-física. Quantos sonham em se tornar gramáticos? Alguns, possi-velmente, mas nunca encontrei um sequer. Por ser difícil demais? Não pode ser; a gramática não tem por que ser mais difícil do que outros estudos científicos. Afinal, o que há de esquisito com essa tão odiada matéria?

O terceiro sintoma é de preocupar. Imaginemos um aluno de terceiro ano primário e um de terceiro colegial. O primeiro sabe um pouco de matemática — digamos, as quatro operações. Não vou afirmar que todo aluno de terceiro ano primário saiba as quatro operações; mas muitos sabem, e não é absurdo um professor entrar na sala esperando que todos saibam. Já o aluno de terceiro colegial tem de saber mais do que as quatro operações. Afinal, ele tem oito anos a mais de escolaridade; e, correspondentemente, o professor de matemática espera mais dele do que de um aluno de primário.

Mas com a gramática a situação é outra. O aluno de tercei-ro ano primário já está estudando as classes de palavras e a aná-lise sintática — e não sabe. Ao chegar ao terceiro colegial, con-tinua estudando a análise sintática e as classes de palavras — e continua não sabendo. Um professor de português, mesmo que de colegial, não pode entrar na sala esperando que os alunos domi-nem a análise sintática, ou que possam distinguir uma preposi-ção de um advérbio, sob pena de graves decepções. E eles estu-dam esse assunto há oito anos, às vezes mais! Decididamente, alguma coisa está muito errada. (PERINI, Mário A. Sofrendo a Gramática (a matéria que ninguém aprende).

In: Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 1997, pp.47-49.) 41 – Numa tentativa de busca de saídas para o impasse apresentado pelo fragmento acima no que diz respeito ao ensino/aprendizagem da gramática, é lícito apresentar a seguinte sugestão como a melhor forma de dissolução da questão apresentada: (A) efetuar a troca dos livros didáticos por materiais

alternativos produzidos para substituí-los; (B) abolir o ensino de gramática em todas as séries do Ensino

Fundamental; (C) abolir o ensino de gramática em todo Ensino Médio; (D) contrapor à prática tradicional do ensino de conteúdos

gramaticais uma prática baseada em textos como uma alternativa cujas preocupações fundamentais fossem as operações de construção de textos;

(E) sistematizar o conhecimento resultante da reflexão assistemática, circunstancial e fortemente marcada pela intuição de todo falante da língua.

42 – “Decididamente, alguma coisa está muito errada.” afirma Perini. A única alternativa abaixo que não localiza “erro” no ensino de gramática é a seguinte: (A) uso indiscriminado do livro didático; (B) ausência do uso de conhecimento linguístico nas práticas

de sala de aula; (C) as atividades de ensino dos conteúdos gramaticais

constituem, na prática escolar, a continuidade de reflexões epilinguísticas;

(D) a sequência irracional em que são trabalhados e distribuídos os conteúdos gramaticais ao longo dos anos, tanto no ensino fundamental como no médio;

(E) o ensino começa pela síntese, pelas definições, pelas generalizações, pelas regras abstratas.

Page 12: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

12Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

43 – O PCN anuncia que “No processo de ensino-aprendizagem dos diferentes ciclos do ensino fundamental, espera-se que o aluno amplie o domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas, sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.”

(Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998, p32-33.).

Nesse sentido, à luz de conhecimentos linguísticos, são esperadas do professor de português atividades que contemplem: (A) a homogeneização da heterogeneidade lingüística; (B) a prescrição da gramática normativa; (C) a fuga de estratégias que não desafiam nem animam os

alunos a ler e escrever com significados para as suas vidas;

(D) a análise e manipulação da organização estrutural da língua exclusivamente segundo a norma padrão;

(E) o tratamento exclusivo da língua escrita em detrimento da falada.

44 – A alternativa em que foram assinalados corretamente dois casos de alomorfia de morfemas é: (A) inútil / interessante; (B) inútil / infeliz; (C) inútil / investimento; (D) inútil / incêndio; (E) inútil / incidência. 45 – Com relação ao conceito de fonema, NÃO é correto afirmar o seguinte: (A) o número de fonemas de uma dada língua é ilimitado; (B) o fonema não possui significado por si só; (C) fonema é a menor unidade sonora distintiva de uma

língua; (D) os fonemas podem se classificar em vocálicos,

consonantais e semivocálicos; (E) nem todo som é fonema.

TEXTO III

PALAVRAS Manoel de Barros

Veio me dizer que eu desestruturo a linguagem. Eu

desestruturo a linguagem? Vejamos: eu estou bem sentado num lugar. Vem uma palavra e tira o lugar de debaixo de mim. Tira o lugar em que eu estava sentado. Eu não fazia nada para que a palavra me desalojasse daquele lugar. E eu nem atrapalhava a passagem de ninguém. Ao retirar de debaixo de mim o lugar, eu desaprumei. Ali só havia um grilo com a sua flauta de couro. O grilo feridava o silêncio. Os moradores do lugar se queixavam do grilo. Veio uma palavra e retirou o grilo da flauta. Agora eu pergunto: quem desestruturou a linguagem? Fui eu ou foram as palavras? E o lugar que retiraram de debaixo de mim? Não era para terem retirado a mim do lugar? Foram as palavras pois que desestruturaram a linguagem. E não eu. (BARROS, Manoel de. Ensaios fotográficos. Rio de Janeiro: Record,

2000.)

46 – Manoel de Barros revela uma perspectiva outra acerca dos limites expressivos da linguagem. Nesse sentido, no que diz respeito às propriedades semânticas da palavra, só NÃO é possível afirmar que: (A) semântica é o estudo do significado, isto é a ciência das

significações; (B) o estudo dos semantemas é difícil, pois são em número

infinito e sua significação fluída; (C) significado é o sentido da palavra que provoca na mente

do ouvinte ou do leitor uma imagem ou uma ideia; (D) semantema é a parte de um vocábulo que expressa um

conceito, uma ideia de caráter unicamente lexical; (E) todo semantema guarda uma relação interna com os

fonemas que o representam. 47 – A afirmação expressa na frase “Foram as palavras pois que desestruturaram a linguagem.” está melhor caracterizada pela seguinte palavra utilizada no texto III: (A) desestruturo; (B) desalojasse; (C) atrapalhava; (D) feridava; (E) queixavam. 48 – Em “Ao retirar de debaixo de mim o lugar, eu desaprumei.”, a oração assinalada possui o valor de um: (A) substantivo; (B) advérbio de lugar; (C) advérbio de tempo; (D) adjetivo; (E) advérbio de intensidade.

Page 13: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

13Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

49 – Na sequência “Vem uma palavra e tira o lugar de debaixo de mim. Tira o lugar em que eu estava sentado. Eu não fazia nada para que a palavra me desalojasse daquele lugar.”, observa-se primordialmente a seguinte figura de linguagem: (A) prosopopeia; (B) paradoxo; (C) hipérbole; (D) pleonasmo; (E) antítese.

TEXTO IV

Objetivos da leitura de textos da literatura infantil nos livros didáticos (fragmento)

Magda Soares

(...) ao ser transferido do livro de literatura infantil para o livro escolar, o texto literário deixa de ser um texto para emocionar, para divertir, para dar prazer, torna-se um texto para ser estudado. O "estudo" que se desenvolve sobre o tex-to literário, na escola, é uma atividade intrínseca ao processo de escolarização, como já foi dito, mas uma escolarização adequada da literatura será aquela que se fundamente em respostas também adequadas às perguntas: por que e para que "estudar" um texto literário? o que é que se deve "estudar" num texto literário? (...)

(SOARES, Magda. A escolarização da literatura infantil e

juvenil. In: A escolarização da leitura literária: o jogo do livro infantil e juvenil.

Organização: Aracy A M Evangelista, Heliana M. B. Brandão e Maria Zélia V. Machado. Belo Horizonte: Autêntica, 1999,

pp.43-44.)

50 – Considerando que os objetivos de leitura e estudo de um texto literário são específicos a este tipo de texto, em sala de aula, devem ser privilegiados os seguintes conhecimentos na prática de sala de aula: (A) estudo daquilo que é textual e literário; (B) estudo daquilo que é gramatical e literário; (C) estudo daquilo que é gramatical e textual; (D) estudo daquilo que é literário e lexical; (E) estudo daquilo que é literário e fonológico. 51 – No fragmento em questão, o uso das aspas nas palavras “estudo” e “estudar” visam essencialmente o efeito de: (A) enfatizar a atividade de estudar; (B) destacar a atividade de estudar; (C) confirmar a importância da atividade de estudar; (D) deslocar a força da atividade de estudar; (E) negar a importância da atividade de estudar.

52 – Geraldi afirma que “é preciso romper com o bloqueio de acesso ao poder, e a linguagem é um de seus caminhos. Se ela serve para bloquear — e disso ninguém dúvida —, também serve para romper o bloqueio” (GERALDI, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas, Mercado de Letras, 1996, p. 44). Dessa forma, o que o autor em questão preconiza basicamente é: (A) menosprezar as outras maneiras de falar que não se

articulam a partir do que determina a dita norma padrão-culta;

(B) dar a oportunidade aos alunos de aprenderem e dominarem uma outra forma de falar — no caso, o dialeto padrão — sem indicar qualquer tipo de depreciação à maneira de falar pertencente a eles, suas famílias e seus grupos sociais;

(C) dar ênfase às atividades de descrição gramatical e estudos de normas, regras, preceitos a se seguir;

(D) aplicar uma visão instrumental do ensino de língua, separando forma de conteúdo – com dois momentos: um primeiro em que se aprende a linguagem e um segundo em que se aprende o conteúdo transmitido por essa linguagem;

(E) distanciar-se da realidade linguística dos discentes. 53 – A discussão entre a questão da concepção de linguagem e a questão das variedades linguísticas deve partir do seguinte pressuposto: (A) a língua materna parte do suposto da existência de uma

língua pronta e acabada; (B) a reprodução de valores sociais está relacionada à

‘eficiência’ do próprio sistema; (C) a escola tem como papel recomendar os valores de uma

determinada classe sobre a outra; (D) a escrita deve ser usada como forma de ‘normatizar’ a

fala; (E) o ensino da unidade linguística deve se realizado

respeitando a diversidade linguístico-cultural.

Page 14: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

14Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

TEXTO V

Pronominais Oswald de Andrade

Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro.

(ANDRADE, Oswald de. Poesias Reunidas. 5ª ed. São Paulo: Civilização Brasileira,1971.p.125)

54 – A transcrição da língua falada é um recurso cada vez mais explorado pela literatura graças à vivacidade que confere ao texto. Do poema acima, a partir desse emprego é possível destacar o seguinte aspecto gramatical que ocupa grande espaço das aulas de português: (A) flexão verbal; (B) concordância nominal; (C) colocação pronominal; (D) regência nominal; (E) derivação nominal. 55 – Para uma abordagem do texto oral visando à sua aplicação em sala de aula, é preciso que sejam tratadas as especificidades desse texto, como se instaura o seu processo de produção e de qual (ou quais) unidade(s) de análise se pode fazer uso para um estudo eficaz. Nessa perspectiva, buscar-se-á examinar os seguintes itens, EXCETO: (A) como se efetiva uma atividade de produção oral; (B) quais as diferenças e semelhanças em relação à escrita; (C) quais os elementos que a compõem; (D) como se articulam, visando ao estabelecimento de um

trabalho de integração entre as duas modalidades da língua;

(E) a supremacia e eficácia da língua escrita em detrimento da língua falada.

56 – A superação da noção de língua como objeto homogêneo vem sendo evidenciada e sustentada nas últimas décadas pelas pesquisas de cientistas da linguagem, particularmente linguistas e sociolinguistas. No entanto, práticas ainda defasadas são realizadas em sala de aula, como as abaixo descritas, EXCETO:

(A) utilização do conceito de uso certo ou errado; (B) práticas de recepção e de produção de textos que

considerem a variedade mais importantes do português; (C) mostra dos diferentes registros, que, necessariamente,

determinam a finalidade e o interlocutor do texto; (D) ideia de padrão fixo de língua; (E) não reconhecimento do fenômeno da variação linguística.

57 – Ler é produzir sentido; ensinar a ler é contextualizar textos. É possível desenvolver o que vem expresso nesse período, por intermédio de outras palavras, mantendo a ideia original, exceto na seguinte alternativa: (A) o leitor atribui ao texto que tem diante de si o sentido que lhe é

acessível; (B) ensinar a ler é levar o aluno a reconhecer a necessidade de

aprender a ler tudo o que já foi escrito; (C) ensinar leituras fundamentais para a sua sobrevivência e

orientação numa civilização construída a partir da língua escrita;

(D) ler é qualificar e expandir os limites de seus sentimentos que vão organizar sua relação com a complexidade da vida social;

(E) ensinar a ler é dar acesso aos meios expressivos necessários para que o aluno leia apenas os seus contemporâneos.

TEXTO VI

Além do Bastidor Marina Colasanti

Começou com linha verde. Não sabia o que bordar, mas tinha certeza do verde, verde brilhante.

Capim. Foi isso que apareceu depois dos primeiros pontos. Um capim alto, com as pontas dobradas como se olhasse para alguma coisa.

Olha para as flores, pensou ela, e escolheu uma meada vermelAssim, aos poucos, sem risco, um jardim foi

aparecendo no bastidor. Obedecia às suas mãos, obedecia ao seu próprio jeito, e surgia como se no orvalho da noite se fizesse a brotação.

Toda manhã a menina corria para o bastidor, olhava, sorria, e acrescentava mais um pássaro, uma abelha, um grilo escondido atrás de uma haste.

O sol brilhava no bordado da menina. E era tão lindo o jardim que ela começou a gostar dele

mais do que de qualquer outra coisa. Foi no dia da árvore. A árvore estava pronta, parecia

não faltar nada. Mas a menina sabia que tinha chegado a hora de acrescentar os frutos. Bordou uma fruta roxa, brilhante, como ela mesma nunca tinha visto. E outra, e outra, até a árvore ficar carregada, até a árvore ficar rica, e sua boca se encher do desejo daquela fruta nunca provada.

A menina não soube como aconteceu. Quando viu, já estava a cavalo do galho mais alto da árvore, catando as frutas e limpando o caldo que lhe escorria da boca.

Na certa tinha sido pela linha, pensou na hora de voltar para casa. Olhou, a última fruta ainda não estava pronta, tocou no ponto que acabava em fio. E lá estava ela, de volta na sua casa.

Agora que já tinha aprendido o caminho, todo dia a menina descia para o bordado. Escolhia primeiro aquilo que gostaria de ver, uma borboleta, um louva-deus. Bordava com cuidado, depois descia pela linha para as costas do inseto, e voava com ele, e pousava nas flores, e ria e brincava e deitava na grama.

O bordado já estava quase pronto. Pouco pano se via entre os fios coloridos. Breve, estaria terminado.

Page 15: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

POR03

15Organização: BIORIO Concursos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Faltava uma garça, pensou ela. E escolheu uma meada branca matizada de rosa. Teceu seus pontos com cuidado, sabendo, enquanto lançava a agulha, como seriam macias as penas e doce o bico. Depois desceu ao encontro da nova amiga.

Foi assim, de pé ao lado da garça, acariciando-lhe o pescoço, que a irmã mais velha a viu ao debruçar-se sobre o bastidor. Era só o que não estava bordado. E o risco era tão bonito, que a irmã pegou a agulha, a cesta de linhas, e começou a bordar.

Bordou os cabelos, e o vento não mexeu mais neles. Bordou a saia, e as pregas se fixaram. Bordou as mãos, para sempre paradas no pescoço da garça. Quis bordar os pés mas estavam escondidos pela grama. Quis bordar o rosto mas estava escondido pela sombra. Então bordou a fita dos cabelos, arrematou o ponto, e com muito cuidado cortou a linha.

(COLASANTI, Marina. “Além do bastidor”. In: Uma idéia toda

azul. 22ª ed. São Paulo: Global, 2003. p. 14-17)

58 – Laura Sandroni afirma que “Uma idéia toda azul não é um livro apenas para crianças. Como os contos de Grimm ou Andersen, em suas versões integrais, tem intenções profundas que só serão apreendidas por adolescentes e adultos. Mas nem por isso a criança deve ser privada de sua leitura.” (Parecer 1 do PNBE - FUNDAÇÃO NACIONAL DO LIVRO INFANTIL E JUVENIL) Partindo dessa observação, é correto afirmar que: (A) fala de um mundo interior que permanece, fala de

aspectos básicos para a formação da personalidade das crianças, não importa o passar dos tempos ou o aprimoramento da tecnologia.;

(B) cria a partir do conhecido e usual conto de fadas, sem muitas novidades a acrescentar;

(C) trata-se de um conto de terror, que deve ser evitado por crianças que se impressionam;

(D) traz o debate eterno do amor e da união entre irmãos; (E) sua linguagem não flui de forma espontânea. 59 – Pode-se afirmar que o texto constrói-se a cada leitura, não trazendo em si um sentido preestabelecido pelo seu autor, mas uma demarcação para os sentidos possíveis. Dessa forma, seria possível planejar uma aula para a 2ª etapa do Ensino Fundamental, utilizando o conto de Marina Colasanti, com o objetivo de explorar suas perspectivas linguísticas, não cabendo nesse universo apenas o seguinte: (A) discussão dos processos estruturais de coordenação; (B) discussão dos processos estruturais de subordinação; (C) discussão das relações da coerência textual; (D) discussão do estabelecimento de recursos coesivos; (E) discussão dos elementos do realismo fantástico presentes

no texto.

60 – A busca pela inserção no mundo se faz a partir da confrontação de diferentes horizontes de significado. Nesse sentido, é lícito inferir a seguinte interpretação do conto de M. Colasanti: (A) trata apenas do universo feminino; (B) mostra-nos a entrega total de uma artista à sua obra; (C) o conto proporciona tão somente um misto de

identificação e horror; (D) solidão e busca são os únicos sentimentos veiculados no

conto; (E) a angústia da infância é o tema essencialmente proposto

pela narrativa.

Page 16: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - …concursos.biorio.org.br/Teresopolis2011/arquivos/prova/POR03-G1.pdf · GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I LÍNGUA PORTUGUESA

Av. Carlos Chagas Filho, 791 - Cidade Universitária - Ilha do Fundão – RJ

Central de Atendimento: (21) 3525-2480 Internet: http://concursos.biorio.org.br

E-mail: [email protected]

BIORIO CONCURSOS