prova de conhecimentos específicos - ciências humanas 2

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   A    s    s     i    n    a    t    u    r    a    d    o    c    a    n    d     i    d    a    t    o    V    E     S    T    I    B    U    L    A    R    2    0    1    4 VESTIBULAR 2014 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS E REDAÇÃO 15.12.2013 002. Ciências Humanas (Questões 01 – 12)  Confira seus dados impressos neste caderno.   Assine co m caneta de tinta azul ou pr eta apenas no loc al indi- cado. Qualquer identificação no corpo deste caderno acarreta- rá a atribuição de nota zero a esta prova.  Esta prova contém 12 questões discursivas e terá duração total de 4h30.   A pro va dev e ser feita com ca neta de tinta a zul ou p reta .   A resolução e a resposta de cada questão devem ser apre - sentadas no espaço correspondente. Não serão consideradas questões resolvidas fora do local indicado.  O candidato somente poderá entregar este caderno e sair do prédio depois de transcorridas 3h30, contadas a partir do início da prova.    P    R     O    V    A    D    E     C     O    N    H    E     C    I    M    E    N    T     O     S    E     S    P    E     C     Í    F    I     C     O     S    E    R    E    D    A     Ç     Ã     O    0    0    2  .     C     i     ê    n    c     i    a    s    H    u    m    a    n    a    s

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    VESTIBULAR 2014

    PRoVA dEConhECImEnToS ESPECfICoS

    E REdAo

    15.12.2013

    002. Cincias humanas(Questes 01 12)

    Confira seus dados impressos neste caderno.

    Assine com caneta de tinta azul ou preta apenas no local indi-cado. Qualquer identificao no corpo deste caderno acarreta-r a atribuio de nota zero a esta prova.

    Esta prova contm 12 questes discursivas e ter durao total de 4h30.

    A prova deve ser feita com caneta de tinta azul ou preta.

    A resoluo e a resposta de cada questo devem ser apre-sentadas no espao correspondente. No sero consideradas questes resolvidas fora do local indicado.

    O candidato somente poder entregar este caderno e sair do prdio depois de transcorridas 3h30, contadas a partir do incio da prova.

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    Assinaturas

  • 3 VNSP1308 | 002-CE-CieHumanas

    RESoLUo E RESPoSTA

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    RASCU

    NHO

    Questo 01 O incio foi o problema mais complexo que a colonizao do Brasil teve de enfrentar. Tornou-se tal e nisto que se

    distingue do caso norte-americano to citado em paralelo com o nosso pelo objetivo que se teve em vista: aproveitar o indgena na obra da colonizao. Nos atuais Estados Unidos, como no Canad, nunca se pensou em incorporar o ndio, fosse a que ttulo, na obra colonizadora do branco.

    O caso da colonizao lusitana foi outro.(Caio Prado Jnior. Formao do Brasil contemporneo, 1987. Adaptado.)

    Caracterize a relao entre colonos e indgenas na colonizao dos Estados Unidos e identifique duas formas de aproveita-mento do indgena na colonizao do Brasil.

  • 4VNSP1308 | 002-CE-CieHumanas

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    RESoLUo E RESPoSTA

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    Questo 02

    (As trs ordens, 1789. http://online-lernen.levrai.de)

    A charge ilustra as trs ordens sociais existentes na Frana antes da Revoluo de 1789. Identifique essas trs ordens e justifique o posicionamento dos personagens na charge.

  • 5 VNSP1308 | 002-CE-CieHumanas

    RESoLUo E RESPoSTA

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    Questo 03 1. Exigimos, baseando-nos no direito dos povos a disporem de si mesmos, a reunio de todos os alemes em uma Grande

    Alemanha.2. Exigimos a ab-rogao [revogao] dos Tratados de Versalhes e de Saint-Germain.3. Exigimos territrios para a alimentao de nosso povo e para o estabelecimento de seu excedente de populao.4. No pode ser cidado seno aquele que faz parte do povo. No pode fazer parte do povo seno aquele que tem sangue

    alemo, qualquer que seja sua confisso. Consequentemente, nenhum judeu pode fazer parte do povo.5. Aquele que no cidado no pode viver na Alemanha seno como hspede e deve ser submisso legislao aplicvel

    aos estrangeiros.(Programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemes, 1920. In: Ktia M. de Queirs Mattoso.

    Textos e documentos para o estudo da histria contempornea (1789-1963), 1977. Adaptado.)

    Explique as origens da exigncia contida no item 2 do Programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemes e cite duas aes, realizadas pelos nazistas aps sua chegada ao poder, que derivaram do que proposto nos itens 4 e 5 desse Programa.

  • 6VNSP1308 | 002-CE-CieHumanas

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    Questo 04 Nos primeiros anos da dcada de 1980, a Argentina e o Brasil trilharam, finalmente, o caminho da democracia. Naquele

    perodo, em um e outro pas, as manifestaes da sociedade vieram tona, em vrios nveis.(Boris Fausto e Fernando Devoto. Brasil e Argentina: um ensaio de histria comparada (1850-2002), 2004.)

    Compare os processos de democratizao ocorridos no Brasil e na Argentina nos anos 1980, a partir de dois aspectos: situao econmica interna; punio aos responsveis por violncias praticadas durante os respectivos regimes militares.

  • 7 VNSP1308 | 002-CE-CieHumanas

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    Questo 05 Analise o grfico.

    Evoluo da temperatura mdia do globo

    (Jurandyr L. Sanches Ross (org). Geografia do Brasil, 2001. Adaptado.)

    Considerando as relaes existentes entre condies climticas, dinmica hidrolgica e distribuio dos biomas no planeta, faa uma comparao do nvel mdio dos oceanos e da distribuio das florestas tropicais e equatoriais nos momentos em que a temperatura mdia do planeta alcanou um ponto de mnimo e de mximo no perodo destacado pelo grfico.

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    Questo 06 Nos trs primeiros meses de 2013, entraram no territrio brasileiro cerca de trs mil pessoas vindas do Haiti. O aumento

    substancial no fluxo de entrada de haitianos no pas se deu principalmente pelo pequeno municpio de Brasileia, no Estado do Acre. A cidade, com cerca de 20 mil habitantes, faz fronteira com a Bolvia e o Peru, e, de janeiro ao final de maro, viu chegar um nmero estimado de 2 mil imigrantes haitianos.

    (http://brazilianpost.co.uk. Adaptado.)

    Aponte dois motivos que expliquem o aumento recente da migrao de haitianos para o Brasil. Explique a diferena entre esse fluxo migratrio de haitianos para o Brasil e a maioria dos fluxos migratrios instalados no mundo na segunda metade do sculo XX.

  • 9 VNSP1308 | 002-CE-CieHumanas

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    Questo 07 ONU: desastres naturais atingem 7,5 milhes de pessoas no Brasil

    A ideia de um pas abenoado por Deus e sem desastres naturais dificilmente resistiria s provas dos nmeros apresenta-dos na segunda-feira [24.01.2011] pela Organizao das Naes Unidas (ONU). De acordo com o relatrio da ONU, entre 2000 e 2010, o Brasil foi atingido por 60 catstrofes naturais, que deixaram 1,2 mil mortos.

    (http://ultimosegundo.ig.com.br. Adaptado.)

    Indique dois tipos de desastres naturais frequentes no Brasil e aponte duas medidas que podem ser tomadas pelo poder pblico para reduzir o nmero de mortes relacionadas a eles.

  • 10VNSP1308 | 002-CE-CieHumanas

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    Questo 08 Analise o mapa.

    Comrcio mundial (em bilhes de dlares, em 2006)

    (Guia do estudante. Atualidades, 2009. Adaptado.)

    Explique o volume de capital mobilizado nos fluxos comerciais realizados entre Sudeste Asitico/Oceania, Europa Ocidental e Amrica do Norte. Indique diferenas em relao forma de insero da Europa Ocidental e da Amrica do Sul/Caribe no comrcio mundial.

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    Questo 09 TexTo 1

    A Comisso de Direitos Humanos (CDH) da Cmara dos Deputados conseguiu aprovar nesta tera-feira [18.06.2013] o projeto de decreto legislativo que trata da cura gay. O deputado Anderson Ferreira, relator da matria na CDH, alegou que a suspenso da resoluo ter efeito somente at que haja uma deciso judicial que determine se psiclogos devem ou no ajudar pacientes a deixarem a homossexualidade. Em resposta, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) afirmou que os psiclogos esto proibidos de tratar a homossexualidade como doena. A proposta altera uma resoluo do CFP e suspen-de a vigncia desse documento, que probe psiclogos de atuar para mudar a orientao sexual de pacientes e de considerar a homossexualidade como doena. H quase 30 anos a homossexualidade foi excluda da Classificao Internacional das Doenas.

    (Luciana Cobucci. Com poucos manifestantes, CDH aprova projeto da cura gay. http://noticias.terra.com.br. Adaptado.)

    TexTo 2

    Comportamento homossexual tem sido descrito em rpteis, pssaros e mamferos, animais que na evoluo divergiram h mais de 100 milhes de anos. Uma parte dos machos e fmeas de todas as espcies de aves estudadas tem relaes sexuais com indivduos do mesmo sexo. Em muitas ocasies, essas prticas terminam em orgasmo de apenas um ou dois dos parcei-ros. Certamente, j existiam homindeos homo e bissexuais 5 a 7 milhes de anos atrs, quando nossos ancestrais resolveram descer das rvores nas savanas da frica. Sempre houve e haver mulheres e homens que desejam pessoas do mesmo sexo, porque essa uma caracterstica inerente condio humana.

    (Drauzio Varella. Gays e heterossexuais incurveis. Folha de S.Paulo, 29.06.2013. Adaptado.)

    Comente as diferenas entre o projeto de decreto legislativo e o texto do mdico Drauzio Varella em suas respectivas preten-ses de fundamentao cientfica da relao entre comportamentos normais e patolgicos no campo da sexualidade.

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    Questo 10 Entre a populao brasileira, 39% acham que a desigualdade social alimenta a criminalidade, mas 58% acreditam que a

    maldade das pessoas a sua principal causa. Esse contraste entre posies liberais e conservadoras uma marca da socieda-de brasileira, de acordo com pesquisa nacional feita pelo Datafolha. Foram realizadas 2 588 entrevistas em 160 municpios. Inspirado por uma metodologia adotada por institutos de pesquisa estrangeiros, o Datafolha submeteu os entrevistados a uma bateria de perguntas sobre assuntos polmicos para verificar a inclinao das pessoas por valores liberais e conservadores.

    (Tendncia conservadora forte no pas. Folha de S.Paulo, 25.12.2012. Adaptado.)

    Relacione a diferena entre as opinies de liberais e conservadores sobre as causas da violncia s concepes de natureza humana no pensamento de Jean-Jacques Rousseau [1712-1778] e Thomas Hobbes [1588-1679].

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    Questo 11 TexTo 1

    O problema do pensamento politicamente correto que ele nada tem de correto. Pior: na nsia de impedir qualquer ofensa a grupos ou minorias, ele converte-se na mais grotesca ofensa que existe para esses grupos ou minorias. A revista alem Der Spiegel relata um caso que merece partilha: a Universidade Livre de Berlim decidiu publicar um guia interno para que os alunos de famlias proletrias possam ser mais facilmente integrados na vida acadmica. Para os autores do guia, os alunos proletrios so como certas espcies zoolgicas que necessrio proteger em hbitat adequado. E isso implica no os assustar e, logicamente, no os alimentar com doses arcaicas de conhecimento burgus e reacionrio. A universidade no uma universidade, com a misso de corrigir erros e procurar algum conhecimento vlido para todos. A universidade uma grande encenao ou, melhor ainda, uma sesso coletiva de terapia onde ningum est certo (ou errado) porque todos esto certos (ou errados). O que o pensamento politicamente correto produz no difcil de imaginar: a perpetuao do estigma de alunos proletrios e a impossibilidade de eles aprenderem alguma coisa (na universidade) para ascenderem social e economicamente (na vida profissional).

    (Joo Pereira Coutinho. Amestrando proletrios. Folha de S.Paulo, 02.07.2013. Adaptado.)

    TexTo 2

    No existe razo para que tenhamos preconceito com relao a qualquer variedade lingustica diferente da nossa. Pre-conceito lingustico o julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro ou da prpria fala. O problema maior que as variedades mais sujeitas a esse tipo de preconceito so, normalmente, as com caractersticas associadas a grupos de menos prestgio na escala social ou a comunidades da rea rural ou do interior. His-toricamente, isso ocorre pelo sentimento e pelo comportamento de superioridade dos grupos vistos como mais privilegiados, econmica e socialmente.

    (Marta Scherre. O preconceito lingustico deveria ser crime. http://revistagalileu.globo.com)

    Comente as diferenas entre os dois textos no que se refere ao pensamento politicamente correto.

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    Questo 12 TexTo 1

    Um dos elementos centrais do pensamento mtico e de sua forma de explicar a realidade o apelo ao sobrenatural, ao mistrio, ao sagrado, magia. As causas dos fenmenos naturais, aquilo que acontece aos homens, tudo governado por uma realidade exterior ao mundo humano e natural, a qual s os sacerdotes, os magos, os iniciados so capazes de interpre-tar. Os sacerdotes, os rituais religiosos, os orculos servem como intermedirios, pontes entre o mundo humano e o mundo divino. Os cultos e os sacrifcios religiosos encontrados nessas sociedades so, assim, formas de se agradecer esses favores ou de se aplacar a ira dos deuses.

    (Danilo Marcondes. Iniciao histria da filosofia, 2001. Adaptado.)

    TexTo 2

    Ao longo da histria, a corrente filosfica do Empirismo foi associada s seguintes caractersticas: 1. Negao de qual-quer conhecimento ou princpio inato, que deva ser necessariamente reconhecido como vlido, sem nenhuma confirmao ou verificao. 2. Negao do suprassensvel, entendido como qualquer realidade no passvel de verificao e aferio de qualquer tipo. 3. nfase na importncia da realidade atual ou imediatamente presente aos rgos de verificao e comprova-o, ou seja, no fato: essa nfase consequncia do recurso evidncia sensvel.

    (Nicola Abbagnano. Dicionrio de filosofia, 2007. Adaptado.)

    Com base nos textos apresentados, comente a oposio entre o pensamento mtico e a corrente filosfica do empirismo.

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