prova clinico geral 24h fms

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  • PROVA ESCRITA OBJETIVA

    CARGO: CARGO: CARGO: CARGO: MDICO CLNICO GERAL-24h DATA: 11/09/2011 HORRIO: 8h30min s 12h30min (horrio do Piau)

    LEIA AS INSTRUES:

    1. Voc deve receber do fiscal o material abaixo: a) Este caderno com 50 questes objetivas sem repetio ou falha; b) Um CARTO-RESPOSTA destinado s respostas objetivas da prova.

    2. Para realizar sua prova, use apenas o material mencionado acima e em hiptese alguma, papis para rascunhos;

    3. Verifique se este material est completo, em ordem e se seus dados pessoais conferem com aqueles constantes do CARTO-RESPOSTA;

    4. Aps a conferncia, voc dever assinar seu nome completo, no espao prprio do CARTO-RESPOSTA utilizando caneta esferogrfica com tinta de cor preta ou azul;

    5. Escreva o seu nome nos espaos indicados na capa deste CADERNO DE QUESTES, observando as condies para tal (assinatura e letra de forma), bem como o preenchimento do campo reservado informao de seu nmero de inscrio;

    6. No CARTO-RESPOSTA, a marcao das letras correspondentes s respostas de sua opo, deve ser feita com o preenchimento de todo o espao do campo reservado para tal fim;

    7. Tenha muito cuidado com o CARTO-RESPOSTA, para no dobrar, amassar ou manchar, pois este personalizado e em hiptese alguma poder ser substitudo;

    8. Para cada uma das questes so apresentadas cinco alternativas classificadas com as letras (a), (b), (c), (d) e (e); somente uma responde adequadamente ao quesito proposto. Voc deve assinalar apenas uma alternativa para cada questo; a marcao em mais de uma alternativa anula a questo, mesmo que uma das respostas esteja correta; tambm sero nulas as marcaes rasuradas;

    9. As questes so identificadas pelo nmero que fica esquerda de seu enunciado; 10. Os fiscais no esto autorizados a emitir opinio nem a prestar esclarecimentos

    sobre o contedo da Prova. Cabe nica e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir a este respeito;

    11. Reserve os 30 (trinta) minutos finais do tempo de prova para marcar seu CARTO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcaes assinaladas no CADERNO DE QUESTES no sero levados em conta;

    12. Quando terminar sua Prova, assine a LISTA DE FREQUNCIA, entregue ao Fiscal o CADERNO DE QUESTES e o CARTO-RESPOSTA, que devero conter sua assinatura;

    13. O TEMPO DE DURAO PARA ESTA PROVA DE 4h; 14. Por motivos de segurana, voc somente poder ausentar-se da sala de prova

    depois de decorrida 2h do seu incio; 15. O rascunho ao lado no tem validade definitiva como marcao do Carto-

    Resposta, destina-se apenas conferncia do gabarito por parte do candidato.

    N DE INSCRIO

    ____________________________________________________________

    Assinatura

    ____________________________________________________________

    Nome do Candidato (letra de forma)

    Universidade Estadual do Piau

    RASCUNHO

    01 31

    02 32

    03 33

    04 34

    05 35

    06 36

    07 37

    08 38

    09 39

    10 40

    11 41

    12 42

    13 43

    14 44

    15 45

    16 46

    17 47

    18 48

    19 49

    20 50

    21

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    30

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    CONCURSO PBLICOCONCURSO PBLICOCONCURSO PBLICOCONCURSO PBLICO

    Fundao Municipal de Sade - FMS

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 2

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  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 3

    QUESTES DE LNGUA PORTUGUESA

    TEXTO I (Para as questes de 01 a 07).

    01 02 03 04

    05 06 07 08

    09 10 11

    12

    13 14

    15 16 17

    Decifrando cdigos Pessoas que j vivenciaram um terremoto costumam ter lembranas claras dessa experincia: o solo vibra, treme, fica abaulado e se desloca; o ar se enche de estrondos; abrem-se rachaduras; e vidros se estilhaam; armrios se abrem; livros, pratos e bugigangas caem das prateleiras. Esses episdios so lembrados com notvel clareza mesmo anos depois, porque nosso crebro evoluiu para fazer isto: extrair informao de eventos relevantes e tal conhecimento para guiar nossa resposta a situaes semelhantes no futuro. A capacidade de aprender com experincias anteriores permite a todos os animais se adaptar a um mundo que complexo e est em constante mutao.

    Por dcadas, neurocientistas tentaram descobrir como o crebro produz lembranas. Agora, combinando um conjunto de novos experimentos a anlises matemticas poderosas e capacidade de gravar simultaneamente a atividade de 200 neurnios em camundongos despertos, meus colegas e eu descobrimos o que acreditamos ser o mecanismo bsico usado pelo crebro para extrair informao vital das experincias e transform-las em lembranas. As concluses s quais chegamos se somam a trabalhos cada vez mais numerosos e indicam que o fluxo linear de sinais de neurnio a neurnio no suficiente para explicar como o crebro representa percepes e reminiscncias. Essas representaes demandam atividade coordenada de grandes populaes de neurnios. (...)

    (Revista Mente Crebro Duetto Editorial - Nmero 27 Por Joe Z. Tsien, p. 30)

    01. Considerando-se as informaes apresentadas no texto, CORRETO afirmar que:

    a) as ligaes existentes entre os neurnios, por si s, tornam as lembranas possveis no crebro humano;

    b) os estudiosos, finalmente, acreditam ter desvendado os mecanismos cerebrais responsveis pela formao das lembranas na mente humana;

    c) a dificuldade encontrada pelos cientistas em relao a descobertas relacionadas s lembranas deve-se constante mutao do mundo;

    d) em suas pesquisas, os cientistas realizaram clculos matemticos que, por si ss, lhes permitiram extrair as informaes necessrias para que fosse revelada a maneira como se formam as lembranas no crebro humano;

    e) em suas pesquisas, os cientistas descobriram, somente por meio da observao da atividade de 200 neurnios em camundongos despertos, a maneira como se formam as lembranas na mente humana.

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 4

    02. As ideias apresentadas no texto nos permitem afirmar, CORRETAMENTE, que:

    a) o interesse dos cientistas em descobrir a maneira como o crebro produz lembranas uma preocupao muito recente;

    b) os animais adaptam-se ao mundo somente em virtude das experincias vividas anteriormente; c) os cientistas descobriram os mecanismos de formao das lembranas, na mente humana, em

    virtude da constante evoluo por que passa o nosso crebro; d) as descobertas relativas produo das lembranas no crebro humano s se tornaram

    possveis em virtude de um conjunto de experimentos conjugados; e) para os cientistas, as experincias vividas pelo homem no contam na formao das

    lembranas.

    03. Assinale a opo em que, no trecho apresentado, o destaque NO verifica qualquer referncia ideia de tempo.

    a) Esses episdios so lembrados com notvel clareza mesmo anos depois, (l. 04). b) ... para guiar nossa resposta a situaes semelhantes no futuro. (l. 05-06). c) Por dcadas, neurocientistas tentaram descobrir como o crebro produz lembranas. (l. 09). d) Agora, combinando um conjunto de novos experimentos ... (l. 10). e) ... para explicar como o crebro representa percepes e reminiscncias. (l. 15-16).

    Considere o trecho a seguir, para responder s questes 04, 05 e 06.

    Pessoas que j vivenciaram um terremoto costumam ter lembranas claras dessa experincia: o solo vibra, treme, fica abaulado e se desloca; o ar se enche de estrondos; abrem-se rachaduras; e vidros se estilhaam; armrios se abrem; livros, pratos e bugigangas caem das prateleiras (l. 01 - 04).

    04. Analise as opes abaixo e assinale aquela que contm uma informao INCORRETA, quanto ao emprego de palavras, expresses e estruturas lingusticas.

    a) Subentende-se a existncia da palavra solo, antes de treme, fica abaulado e se desloca. b) O sujeito gramatical de estilhaam o mesmo de caem. c) No segmento abrem-se rachaduras, a forma verbal encontra-se na voz passiva sinttica. d) Os dois pontos utilizados logo aps a palavra experincia indicam a explicao dos itens que

    so apresentados a seguir. e) abrem-se (primeira ocorrncia) e caem possuem sujeitos gramaticais distintos.

    05. Quanto ao sentido, textualmente, a palavra bugigangas equivale a:

    a) ornamentos; b) objetos de estimao; c) quinquilharias; d) objetos de decorao; e) objetos de valor sentimental.

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 5

    06. Assinale a opo em que o termo destacado desempenha a mesma funo sinttica da palavra que, no trecho: Pessoas que j vivenciaram um terremoto costumam ter lembranas claras dessa experincia: ....

    a) ... nosso crebro evoluiu para fazer isto: (l. 04-05). b) A capacidade de aprender com experincias anteriores permite a todos os animais se

    adaptar a um mundo que complexo ... (l. 06-07). c) ... como o crebro produz lembranas. (l. 09). d) ... e transform-las em lembranas. (l. 13). e) Essas representaes demandam atividade coordenada de grandes populaes de

    neurnios. (l. 16-17).

    Considere o trecho abaixo para responder questo 07.

    Esses episdios so lembrados com notvel clareza mesmo anos depois, porque nosso crebro evoluiu para fazer isto: extrair informao de eventos relevantes e tal conhecimento para guiar nossa resposta a situaes semelhantes no futuro. (l. 04-07).

    07. Assinale a opo na qual a orao porque nosso crebro evoluiu est reescrita sem que tenha havido alterao de sentido.

    a) embora o nosso crebro tenha evoludo. b) ainda que o nosso crebro tenha evoludo. c) conforme o nosso crebro tenha evoludo. d) se o nosso crebro evoluiu. e) j que nosso crebro evoluiu.

    TEXTO II (Para as questes de 08 a 10).

    01

    02 03

    04 05 06 07 08 09 10

    11

    12

    13 14

    15

    O lado mais triste da solido Quem pensa que a falta de vnculos sociais e afetivos um drama com repercusses restritas s emoes se engana. A cincia alerta, agora, que a solido pode at mesmo nos provocar doenas e no apenas psquicas. Uma leva de pesquisas recentes mostra que os avessos famlia e aos amigos tm tanta tendncia a ficar enfermos quanto os fumantes ou sedentrios convictos. H indcios tambm de que os solitrios estariam na linha de frente dos problemas de fundo inflamatrio, caso de artrite e doenas cardiovasculares. Segundo um estudo recm-concludo na Universidade da Califrnia, nos Estados Unidos, pessoas que se queixam de uma vida reclusa possuem genes menos ativos na proteo contra vrus. Os sociveis esto naturalmente mais propensos a contrair viroses porque esto em maior contato com outros indivduos, raciocina o psiclogo Steve Cole, que liderou o trabalho. J a turma que vive afastada do mundo, menos exposta a esse tipo de micrbio, acaba apresentando um sistema imune que no tem tanta necessidade de enfrent-lo. Em tudo na vida, porm, h uma compensao. Nessa gente, as defesas passam a se concentrar nas bactrias, o que gera uma reao inflamatria recorrente e nem sempre bem-vinda, j que inflamao demais abre alas a descompassos em diversas reas do corpo. (...)

    (Revista Sade Vital Editora Abril - Maio/2011 Nmero 337 Por Mariana Agunzi p. 69)

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 6

    08. CORRETO afirmar em relao s ideias apresentadas no texto.

    a) As pessoas mais sociveis dificilmente contraem doenas. b) Todo solitrio contrai doenas mais graves do que as pessoas que vivem rodeadas de gente. c) Os cientistas descobriram que os solitrios esto muito propensos a contrair doenas de fundo

    emocional, apenas. d) Os cientistas descobriram que os solitrios esto menos propensos a contrair vrus e mais

    sujeitos s reaes inflamatrias. e) A vida reclusa sempre uma escolha e, por isso, prejudicial sade de qualquer pessoa.

    Observe o trecho abaixo, para responder s questes 09 e 10.

    Segundo um estudo recm-concludo na Universidade da Califrnia, nos Estados Unidos, pessoas que se queixam de uma vida reclusa possuem genes menos ativos na proteo contra vrus. Os sociveis esto naturalmente mais propensos a contrair viroses porque esto em maior contato com outros indivduos, raciocina o psiclogo Steve Cole, que liderou o trabalho. (l. 07-11).

    09. Comparando-se o comportamento dos grupos pesquisados: pessoas que se queixam de uma vida reclusa... e Os sociveis..., CORRETO afirmar que entre eles constata-se uma relao de:

    a) oposio; b) excluso; c) incluso; d) causa e efeito; e) condio.

    10. Observe o trecho: ... pessoas que se queixam de uma vida reclusa possuem genes menos ativos na proteo contra vrus. Os sociveis esto naturalmente mais propensos a contrair viroses ....

    Alterando-se a forma verbal queixam para queixassem, a correo gramatical estar mantida se alterarmos, tambm, as formas verbais possuem e esto.

    Assinale a alternativa em que a alterao dessas formas verbais garante essa correo.

    a) possuam estavam; b) possuiriam estavam; c) possuiriam estariam; d) possuram estiveram; e) possuram estariam.

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 7

    QUESTES DE LEGISLAO DO SUS

    11. A VIII Conferncia Nacional de Sade, realizada em 1986, foi um acontecimento importante que influenciou a criao do SUS. Em relao ao Movimento pela Reforma Sanitria Brasileira, marque a alternativa CORRETA.

    a) A VIII Conferncia Nacional de Sade diferiu das demais porque impulsionou a realizao de Conferncias Estaduais e Municipais.

    b) O movimento pela Reforma Sanitria Brasileira teve grande participao popular e do movimento sindical, mas no houve apoio poltico.

    c) O movimento da Reforma Sanitria Brasileira criou o SUS e impulsionou a elaborao de uma nova Constituio Federal.

    d) A VIII Conferncia Nacional de Sade diferiu das demais pelo seu carter democrtico e pela sua dinmica processual.

    e) O SUS foi criado atravs da Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990.

    12. A reforma sanitria foi o principal movimento na construo do SUS vigente no Brasil. O marco referencial definitivo na institucionalizao das propostas desse movimento foi:

    a) a VIII Conferncia Nacional de Sade/86; b) a IX Conferncia Nacional de Sade/93; c) a Conferncia Internacional de Alma Ata/78; d) a poltica das aes integradas de sade/80; e) a Assemblia Nacional Constituinte/88.

    13. O planejamento no campo dos servios pblicos dever ser feito no sentido de identificar problemas e potencialidades, reconhecer interesses divergentes e buscar consensos e contratos que viabilizem modificaes na sociedade. Desse modo:

    a) o planejamento consiste na definio primria de objetivos, para em seguida executar as aes;

    b) um protocolo planejado pode ser aplicado a diferentes realidades territoriais, j que as aes de sade so uniformes para todos os territrios;

    c) no planejamento das aes em sade, o primeiro passo o diagnstico da situao, para em seguida definir objetivos e planejar aes estratgicas;

    d) o planejamento normativo baseado nos recursos existentes e nas necessidades reais dos usurios dos servios;

    e) no planejamento estratgico situacional, os sujeitos so atores e agentes.

    14. As aes das equipes de sade da famlia devem ser norteadas dentro da lgica da:

    a) vigilncia epidemiolgica; b) vigilncia sade; c) vigilncia sanitria; d) vigilncia da prevalncia e incidncia de doenas; e) vigilncia ambiental.

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 8

    15. A vacinao contra hepatite B, segundo a Portaria n 3.318/GM/MS, de 28 de outubro de 2010, deve ser oferecida a grupos vulnerveis no vacinados, com ou sem comprovao anterior (manicures, pedicures e podlogos; populaes de assentamentos e acampamentos; potenciais receptores de mltiplas transfuses de sangue ou politransfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usurios de drogas injetveis, inalveis e pipadas; portadores de DST). Uma profissional manicure procura a UBS e relata no ter tomado as trs doses da vacina da Hepatite B. Consta, no carto de vacina, que foi aplicada apenas uma dose h mais de 8 meses. A conduta CORRETA em relao a esse paciente :

    a) orientar que ele complete o esquema vacinal, tomando imediatamente a segunda dose e seis meses depois tomar a terceira dose;

    b) comear novamente o esquema, tomando as trs doses, conforme recomendado pelo Ministrio da Sade;

    c) tomar primeira dose; aps 1 ms tomar a segunda dose e aps seis meses da primeira dose, tomar a terceira dose, completando o esquema com um reforo aps 10 anos;

    d) tomar apenas um reforo, por se tratar de um paciente adulto; e) completar o esquema vacinal, tomando a segunda e a terceira doses, com um intervalo de

    tempo de 2 meses entre as doses.

    16. Pelo parmetro DALE (expectativa de vida corrigida segundo a incapacidade) considera-se:

    a) o perodo at os 60 anos; b) o perodo vivido com sade; c) a idade com que as pessoas morrem; d) o perodo acima dos 60 anos; e) o perodo passado em leitos de internao.

    17. A proteo especfica contra a malria fornecida por:

    a) imunizao passiva; b) repelente contra insetos; c) profilaxia antimicrobiana; d) suplementao de vitamina A; e) vacinao e imunizao ativa.

    18. Para que uma doena infecciosa ocorra, deve haver interao entre:

    a) o agente e o hospedeiro; b) o agente e o vetor; c) fatores comportamentais e fatores genticos; d) o vetor e o hospedeiro; e) o vetor e o meio ambiente.

    19. Um dos princpios organizativos do SUS o da descentralizao, que entendida como uma redistribuio das responsabilidades quanto s aes e aos servios de sade entre os vrios nveis de governo (BRASIL, 1990). Analise as proposies e aponte a INCORRETA.

    a) Existem quatro graus de descentralizao: delegao, desconcentrao, privatizao e devoluo.

    b) A devoluo facilita a integrao vertical e aumenta a participao no planejamento das aes. c) A desconcentrao consiste em delegar responsabilidades a nveis hierarquicamente inferiores

    sem, contudo, delegar poder. d) A delegao estabelece uma relao entre Estado e sociedade civil, transferindo

    responsabilidades entre o Estado e as organizaes no governamentais. e) A devoluo feita pela transferncia de poder decisrio e, portanto, poltico, de uma

    instituio governamental para outra de menor nvel hierrquico.

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 9

    20. Assinale a alternativa INCORRETA em relao aos princpios ou diretrizes do SUS, definidas pela Lei Orgnica da Sade.

    a) Descentralizao dos servios para os municpios com direo nica em cada esfera do governo.

    b) Integralidade da assistncia sade, incorporando aes individuais e coletivas, preventivas e curativas.

    c) Liberdade de iniciativa para prestar assistncia tcnica sade. d) Universalidade do acesso ao sistema, com atendimento preferencial populao de baixa

    renda. e) Sade como direito de todos e dever do Estado.

    QUESTES DE CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    21. A respeito da febre reumtica (FR), CORRETO afirmar que:

    a) o diagnstico de recorrncia em paciente sem doena cardaca reumtica estabelecida pode ser realizado se constatados dois critrios maiores ou um maior e dois menores, mesmo sem evidncia de infeco estreptoccica anterior.

    b) a coreia de Sydenham (CS) ocorre predominantemente em adultos do sexo feminino, sendo rara antes dos 20 anos de idade.

    c) a profilaxia primria em pacientes com mais de 20Kg pode ser realizada com penicilina G benzatina na dose de 1.200.000UI, em dose nica.

    d) a profilaxia secundria no paciente submetido a troca valvar deve ser mantida por dez anos aps o ltimo surto.

    e) o padro ouro para diagnstico da infeco estreptoccica aguda da orofaringe a elevao da antiesterptolisina O (ASLO) em associao durao da antidesoxirribonuclease B (anti DNase).

    22. No tratamento da gestante portadora de insuficincia cardaca crnica, qual medicamento est contraindicado, por ser comprovadamente teratognico?

    a) Valsartan. b) Furosemida. c) Carvedilol. d) Hidralazina. e) Digital.

    23. A utilizao dos inibidores da enzima de converso da angiotensina (IECA) no tratamento da insuficincia cardaca crnica est indicada em qual das situaes?

    a) Potssio srico maior que 5,5mEq/L. b) Estenose de artria renal bilateral. c) Histria de angioedema documentado com o uso prvio de IECA. d) Estenose artica severa. e) Hipotenso arterial sistmica persistente, assintomtica, com PAS de 80mmHg.

    24. Qual a medida teraputica que NO beneficiar no atendimento pr-hospitalar do paciente portador de infarto agudo do miocrdio com supra-ST?

    a) Administrar oxignio por via nasal (3L/min). b) Controlar a dor com sulfato de morfina. c) Administrar cido acetilsaliclico (AAS) 160 a 325mg mastigvel. d) Associar ramipril (IECA) com clopidogrel. e) Administrar enoxaparina (heparina de baixo peso molecular) SC.

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 10

    25. A hipertenso arterial resistente (HAR), definida como presso arterial acima dos nveis de presso arterial-alvo, a despeito do uso otimizado de trs agentes anti-hipertensivos de classes diferentes, ou quando atinge a presso-alvo com quatro ou mais agentes, constitui-se em um desafio para o clnico e o mdico de famlia. Sobre isso, INCORRETO afirmar que:

    a) a mudana do estilo de vida fundamental, com incentivo perda de peso, diminuio do sal na dieta, reduo ou cessao da ingesto alcolica, dieta saudvel, com alta porcentagem de fibras e reduo da gordura e, principalmente, estmulo atividade fsica.

    b) devem-se afastar causas secundrias, principalmente a apneia obstrutiva do sono, estenose de artria renal e aldosteronismo primrio.

    c) em virtude da alta prevalncia de aldosteronismo primrio nos pacientes com HAR, os diurticos de ala antagonistas dos receptores mineralocorticoides produzem importante efeito anti-hipertensivo.

    d) medicamentos como anti-inflamatrios no hormonais, antidepressivos tricclicos, drogas simpaticomimticas, anti-inflamatrios e anticoncepcionais devem ser evitados.

    e) o MAPA um exame fundamental para afastar diagnstico de hipertenso de jaleco branco.

    26. Qual fator considerado predisponente leve ou fraco do tromboembolismo pulmonar?

    a) Obesidade. b) Leso medular. c) Quimioterapia. d) Politraumatismo. e) Trombofilia.

    27. Sobre os filtros de veia cava utilizados na preveno de tromboembolismo pulmonar, INCORRETO afirmar que:

    a) esto associados com complicaes crnicas como a trombose venoso profunda recorrente e a sndrome ps-trombtica.

    b) pode ocorrer trombose aguda no local de acesso venoso. c) a ocluso da cava inferior uma complicao tardia que pode ocorrer mesmo em pacientes

    anticoagulados. d) o uso do filtro de veia cava provisrio pode ser indicado em gestantes prximas ao parto e que

    desenvolveram trombose venosa profunda extensa. e) o seu uso est formalmente indicado em paciente com trombose venosa profunda proximal e

    com trombo flutuante em uso de anticoagulante.

    28. A respeito da sndrome metablica, CORRETO afirmar que:

    a) caracterizada por sobrepeso, aumento da circunferncia abdominal, resistncia insulnica, elevao do colesterol LDL, reduo do colesterol HDL e VLDL.

    b) a utilizao de fibrato na sndrome metablica sem dislipidemia tem reduzido o risco de eventos cardiovasculares.

    c) nas clulas do endotlio, os fibratos atuam nos receptores PPAR e inibem a inflamao na aterognese.

    d) a associao de estatina com fibrato diminui o risco de rabdomilise induzida pela estatina. e) a elevao do fibrinognio pode ocorrer com uso de fibratos.

    29. Em relao nefropatia diabtica, assinale a alternativa CORRETO.

    a) So fatores de risco para aparecimento de microalbuminria no paciente diabtico: controle inadequado da hemoglobina glicada, hipertenso arterial e diabetes mellitus tipo 1.

    b) A microalbuminuria um preditor importante e fidedigno de doena renal no paciente diabtico e, aps 10 anos, 90% destes apresentam nefropatia diabtica manifesta.

    c) A biopsia renal nos pacientes diabticos e portadores de retinopatia diabtica demonstra gromerulonefrite rapidamente progressiva.

    d) A restrio proteica pode retardar o desenvolvimento da nefropatia diabtica em insuficincia renal.

    e) O controle da presso arterial adequada, com presso arterial diastlica (PAD) < 80 e presso arterial sistlica (PAS) < 135, quando realizado pelos inibidores de IECA, apresenta-se mais efetivo do que os beta-bloqueadores na preveno e na progresso da nefropatia diabtica.

  • Concurso Pblico Fundao Municipal de Sade MDICO CLNICO GERAL 11

    30. A ressonncia nuclear magntica considerada mtodo de escolha quando comparada com a tomografia computadorizada, para o diagnstico de:

    a) traumatismo craniano, na fase aguda. b) pancreatite aguda. c) embolia pulmonar. d) hemorragia subaracnoidea. e) hrnia discal.

    31. O diagnstico diferencial da leso pulmonar cavitria NO inclui:

    a) embolia pulmonar. b) neoplasia. c) tuberculose. d) doena autoimune. e) trauma.

    32. Qual o diagnstico de alterao eletrocardiogrfica da figura abaixo?

    a) Fibrilao atrial. b) Bloqueio AV do 2 grau Mobitz tipo I. c) Bloqueio sino-atrial. d) Ritmo juncional. e) BAV total.

    33. A respeito da sndrome do anticorpo antifosfolipdeo, INCORRETO afirmar que:

    a) pode-se manifestar por abortamento de repetio. b) pode cursar com trombose venosa: renal ou retiana. c) pode cursar com trombose arterial: acidente vascular cerebral e infarto do miocrdio. d) pode ocasionar gangrena em pele. e) no hemograma, constata-se anemia hemoltica, trombocitose e neutropenia.

    34. Sobre o tratamento de hemorragia digestiva varicosa do paciente hepatopata, CORRETO afirmar que:

    a) hepatopatas Child A no necessitam de rastreamento endoscpico de varizes esofagianas. b) antes da passagem do balo de Sensgasten-Blakemore deve ser realizada a proteo das vias

    areas com entubao orotraqueal. c) a ressuscitao durante o sangramento agudo visa restaurar a normovolemia com PAM entre

    90-100mmHg. d) pacientes com varizes de fino calibre devem fazer profilaxia primria do sangramento com

    betabloqueadores cardiosseletivos. e) o controle do sangramento pode ser realizado com a administrao de vasopressina,

    somatostatina e terlipressina.

    35. O Escore de Mallampati utilizado para avaliar:

    a) gravidade de trauma cervical. b) dificuldade de entubao orotraqueal. c) sndrome de desconforto respiratrio ps-trauma. d) ressonncia magntica em pancreatite aguda. e) prognstico em pacientes ressuscitados.

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    36. A anemia caracterizada por volume corpuscular mdio (VCM) baixo ocorre em:

    a) hipotireoidismo. b) perda sangunea aguda. c) deficincia de ferro. d) deficincia de cido flico. e) deficincia de vitamina B12.

    37. A respeito da sncope, correlacione a coluna da direita (quadro clnico) com a coluna da esquerda (etiologia).

    1) Mulher de 34 anos com dor de cabea severa e sincope.

    ( ) Sndrome Vasovagal 2) Homem de17 anos com episdio de

    sncope durante jogo de futebol. ( ) Arritmia cardaca

    3) Homem de 75 anos portador de insuficincia cardaca com episdio de sncope.

    ( ) Miocardiopatia hipertrfica

    4) Mulher de 70 anos, com cncer de tero.

    ( ) Embolia pulmonar

    5) Mulher de 30 anos com sncope precedida por calor, sudorese e nuseas.

    ( ) Hemorragia subaracnidea

    A sequncia CORRETA, de cima para baixo, : a) 5, 3, 2, 4, 1. b) 5, 2, 3, 4, 1. c) 5, 3, 2, 1, 4. d) 1, 3, 2, 4, 5. e) 1, 2, 3, 5, 4.

    38. Paciente com 30 anos de idade, portador de HIV, no fumante, com antecedente de infeco fngica pulmonar, realiza RX de trax, no qual observada a presena de ndulo pulmonar de 1,5cm com calcificao perifrica e irregular no tero inferior do hemitrax direito. Qual dos dados abaixo sugere malignidade?

    a) Idade. b) Calcificao. c) Tamanho. d) Imunodeficincia. e) Infeco fngica.

    39. Sobre a artrite reumatoide, CORRETO afirmar que:

    a) para controle evolutivo da doena, o fator reumatoide deve ser realizado a cada 6 meses. b) o diagnstico clnico deve ser suspeitado em presena de rigidez matinal e artrite simtrica

    com durao maior que 7 dias. c) so considerados critrios de mau prognstico: ndulos reumatoides e PCR elevada

    persistentemente. d) o tratamento com cloroquina e metotrexate requer monitoramento por meio de exame

    oftalmolgico peridico. e) o uso de metotrexate deve ser mantido enquanto forem observados sinais inflamatrios ou o

    paciente apresentar dor articular.

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    40. Considerando o tratamento farmacolgico do diabetes tipo 2, CORRETO afirmar que:

    a) a metformina pode reduzir as complicaes vasculares ao longo do tempo. b) a clorpropamida o agente de escolha no diabtico idoso. c) em presena de sobrepeso, a melhor indicao a glimepirida. d) a metformina pode induzir acidose lctica dose independente. e) o acarbose a droga de escolha no diabtico com sinais clnicos de insuficincia insulnica.

    41. Poliartrite simtrica observada em:

    a) artrite gonoccica. b) sndrome de Lyme. c) prpura de Henoch-Schnlein. d) sndrome de Reiter. e) lupus eritemaso sistmico.

    42. induzida pela toxina do Staphylococcus aureus:

    a) sndome da pele escaldada. b) prpura fulminante. c) pneumonia necrotizante. d) sndrome de Waterhouse-Friderichsen. e) pneumonia ps-viral.

    43. Em qual das situaes abaixo h maior possibilidade de converter contato para infeco do bacilo de tuberculose em tuberculose ativa?

    a) Hemodilise. b) Desnutrio. c) Alcoolismo. d) Infeco pelo HIV. e) Tratamento com drogas imunossupressoras.

    44. Sobre a asma brnquica, INCORRETO afirmar que:

    a) so indicadores associados com alta mortalidade na asma: mais de duas internaes hospitalares num perodo de um ano, necessidade de entubao e baixo nvel social.

    b) queda do peak flow maior que 50% do valor basal do paciente indica obstruo severa. c) a gravidade e o prognstico da asma esto relacionados queda da oximetria de pulso. d) a gasimetria importante para monitorizao dos nveis de PaCO2 e diagnstico da

    hipoventilao/fadiga. e) o corticoide oral to efetivo quanto o venoso, no controle da asma.

    45. A respeito da encefalopatia hipertensiva, assinale a alternativa CORRETA.

    a) Ocorre nos pacientes com hipertenso crnica que apresentam cefaleia e presso arterial diastlica superior a 140.

    b) O achado caracterstico na fundoscopia a hemorragia retiana aguda. c) A ausncia do tratamento adequado da encefalopatia pode ocasionar coma e, posteriormente,

    morte do paciente. d) A presso arterial deve ser reduzida nos primeiros 10 minutos do tratamento a nveis

    diastlicos inferiores a 85mmHg. e) Em decorrncia das alteraes de vasorregulao, ocorre vasodilatao dos vasos cerebrais e,

    posteriormente, reas de hemorragia.

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    46. Paciente d entrada na Emergncia com quadro de dor retroesternal tpica. ECG mostra supradesnivelamento de ST em D2, D3 e AVF. Se este paciente precisa de medicao de emergncia para ser transferido, qual das condutas abaixo NO deve ser adotada?

    a) Administrao de heparina de baixo peso molecular. b) Administrao de ticlopidina, caso o paciente tenha hipersensibilidade ao AAS. c) Administrao de nitratos, caso paciente apresente PAS > 90mmHg. d) Administrao de atenolol IV, caso o paciente no tenha contraindicao de beta-

    bloqueadores. e) Administrao de amiodarona intravenoso, para preveno da fibrilao ventricular.

    47. As patologias abaixo fazem parte do diagnstico diferencial da asma brnquica, EXCETO:

    a) pneumotrax. b) tamponamento cardaco. c) infeco respiratria. d) insuficincia cardaca congestiva. e) embolia pulmonar.

    48. Paciente vtima de acidente automobilstico admitido na Emergncia com quadro de choque hipovolmico severo, com diagnstico de politraumatismo. No apresentava sangramentos evidentes na admisso; tinha escoriaes discretas em membros e foi submetido a investigao com tomografia de trax e abdmen, que no demonstrou hemotrax, hemoperitnio ou roturas de vsceras ocas. Como causa do choque hemorrgico, foi aventada a possibilidade de fratura ssea. Qual das fraturas abaixo relacionadas poderia desencadear o choque do paciente por sangramento oculto?

    a) de pelve. b) de fmur. c) de mero. d) de tbia e pernio. e) de rdio e cbito.

    49. A respeito da sndrome compartimental (isquemia resultante de aumento da presso em espao fechado), INCORRETO afirmar que:

    a) pode cursar com palidez, diminuio de pulsos arteriais e parestesia. b) o principal fator etiolgico a fratura de fmur. c) pode ocasionar aumento de tenso das panturrilhas. d) na rabdomilise, ocorre elevao da CPK. e) a extenso passiva do membro ou articulao produz dor no membro afetado.

    50. Qual das alteraes abaixo relacionadas NO esperada no paciente politransfundido?

    a) Hipocalemia. b) Hipotermia. c) Coagulopatia dilucional. d) Sndrome da angstia respiratria aguda. e) Acidose metablica.