protocolo tcp ip

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Falculdade Politécnica de Jundiaí Anhanguera Educacional Depto. de Engenharia Elétrica Protocolo TCP/IP Adomir Pedro de Araújo RA: 0620009 Arildo Teixeira de Lima RA: 0305193 Cássio Franca RA: XXXXXXX Cleberson Fumache RA:XXXXXXX Érik Villela RA: XXXXXXX Fernando Ricardo Ribeiro RA: 0301718 Eber da Silva Gomes RA: 0301717 Rogério Luques Trovijo RA:0300479 Willian Marques RA:XXXXXXX Disciplina: Telecomunicações I 7º Semestre Jundiaí Junho/2006

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Page 1: Protocolo TCP IP

Falculdade Politécnica de Jundiaí

Anhanguera Educacional

Depto. de Engenharia Elétrica

Protocolo TCP/IP

Adomir Pedro de Araújo RA: 0620009Arildo Teixeira de Lima RA: 0305193Cássio Franca RA: XXXXXXXCleberson Fumache RA:XXXXXXXÉrik Villela RA: XXXXXXXFernando Ricardo Ribeiro RA: 0301718Eber da Silva Gomes RA: 0301717Rogério Luques Trovijo RA:0300479Willian Marques RA:XXXXXXX

Disciplina: Telecomunicações I

7º Semestre

JundiaíJunho/2006

Page 2: Protocolo TCP IP

Introdução:

O TCP/IP é a sigla de Protocolo de Controle de Transmissão / Protocolo da Internet e se refere ao conjunto de protocolos utilizados na Internet. Ele inclui uma série de padrões que especificam como os computadores vão se comunicar e cria convenções para interconectar redes e para o roteamento por meio dessas conexões.

Os protocolos da Internet (TCP/IP) são os resultados de um projeto da DARPA (Defence Advanced Research Projects Agency – Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa) sobre a conectividade entre redes, no final dos anos 70. Ele foi utilizado em todas as redes de longa distância do sistema de Defesa dos EUA em 1983, mas não foi amplamente aceito até ser incorporado ao BSD (Berkeley Software Distribution) Unis 4.2. A popularidade do TCP/IP é baseada na estrutura cliente-servidor robusta. O TCP/IP é uma excelente plataforma cliente-servidor, especialmente em ambientes WAN (Wide Area Network – Rede de Grande Alcance).

Milhares de organizações militares, educacionais, científicas e comerciais compartilham dados, correio eletrônico e outros serviços na Internet usando o TCP/IP.

Tudo teve início quando o departamento de defesa americano, no final da década de 60, decidiu criar um software de comunicação entre computadores que permitisse que estes pudessem trocar entre si informações (como arquivos) independente de:- Serem os computadores locais ou remotos;- Utilizarem sistemas operacionais e aplicativos diferentes;- Utilização de equipamentos (hardware) diferentes.

Naquele momento, o DOD (Department Of Defense) patrocinou o desenvolvimento de um programa de comunicação que inicialmente foi utilizado apenas pelas instituições militares. Então, em desenvolvimento conjunto entre pesquisadores civis e militares, o DOD criou o TCP/IP, um conjunto de programas que padroniza um sistema de comunicação (protocolos).

O protocolo (programa de comunicações ou software de comunicação) TCP/IP permitiu, no final dos anos 70, que os computadores do sistema de defesa americano pudessem se comunicar, independente de serem locais ou remotos. Para termos uma idéia de como isso era importante, podemos analisar os navios e porta-aviões de guerra. Em cada embarcação existe um conjunto de computadores interligados, ou seja, uma rede de computadores que necessita trocar informações entre si, ou ainda, trocar informações com os computadores centrais do DOD.

Para que isso fosse possível, foi necessário criar um sistema de comunicação no qual a rede, como um todo, fosse dividida em “pequenas” redes independentes. Se um segmento da grande rede parasse, somente este segmento seria afetado pela falha. Então os roteadores entraram em cena para interligar uma rede a outra, permitindo a troca de dados entre computadores nos diversos segmentos da rede, porém isolando o tráfego.

Em princípio o DOD foi um dos principais compradores de sistemas de informática e de outras tecnologias que, a princípio, poderiam se utilizados em momentos de guerra. E como grande comprador, em dado momento emitiu um comunicado para os fabricantes de computadores e sistemas operacionais, informando que os novos equipamento e sistemas que viesse a comprar deveriam ter o sistema de comunicação TCP/IP portado e funcionando para os seus sistemas operacionais e equipamentos, caso contrário, não os compraria.

Embora tenha sido criado inicialmente por um órgão público, depois de um certo tempo, o TCP/IP se tornou de domínio público. Com isso foi possível conseguir a documentação das normas e, às vezes, o código fonte dos programas e aplicativos para o mesmo e portar para um determinado sistema operacional.

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Por este motivo e principalmente por causa da Internet, que surgiu também no início dos anos 70 e também por interesse do DOD que queria conectar seus computadores com os de universidades e outros centros de pesquisa para obter maior rapidez na troca de informações, atualmente todos os sistemas operacionais possuem uma versão do TCP/IP rodando. Isso permite, por exemplo, que um usuário, utilizando um PC com Windows 95, possa trocar informações, como arquivos e mensagens, com outro usuário usando um computador MAC no qual rode o sistema operacional Linux, como ilustra a figura 1.

Devemos ressaltar que o TCP/IP é apenas um sistema de comunicação de rede, sua função é fazer a transmissão dos dados (pacote de dados) para o computador de destino e verificar se este os recebeu e deve fazer isto em alto nível de entrada e saída das informações que devem ser enviadas ou recebidas.

Do exemplo da figura 1, notamos que o usuário necessita, além de um computador, do sistema operacional (como Windows XP, por exemplo), do TCP/IP e de um outro programa de conferência que utilizaria o TCP/IP para transmitir ou receber os seus dados para outro computador.

A Internet é hoje uma coleção de milhares de equipamentos que interligam milhões de computadores, como ilustra a figura 2.

Estes são utilizados por muitos milhões de usuários que compartilham entre eles um meio comum de interação para a troca de informações digitalizadas e todos os computadores recebem um código IP na conexão podendo ser este fixo como em computadores de provedores ou não, dependendo do grau de importância do mesmo na rede.

Esta rede cresce atualmente a uma taxa de 2% ao mês, e pode ser vista como um enorme espaço destinado à troca de informações. Os benefícios da Internet podem ser descritos, numa primeira aproximação, por meio dos seguintes itens:- Pode-se trocar informações de forma rápida e conveniente;- Pode-se ter acesso a peritos em milhares de especialidades;- Pode-se obter atualizações constantes sobre tópicos de interesse;- Pode-se ter acesso a várias formas de arquivos e repositórios de informações;- Pode-se traduzir e transferir dados entre máquinas localizadas em quaisquer locais;- Pode-se disponibilizar dados pessoais ou institucionais para uma enorme audiência;- Pode-se formar equipes para trabalhar em conjunto independentemente de distâncias geográficas.

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Enfim, inúmeras aplicações que não foram listadas acima fazem parte das facilidades que a Internet, através do TCP/IP, entre outras técnicas, nos trouxe nos últimos quinze anos e diariamente sabemos de novas técnicas que possibilitam novas prestações de serviços, com o objetivo de facilitar o dia a dia das pessoas físicas ou jurídicas.

Em suma, podemos dizer que todos os sistemas operacionais disponibilizados no mercado, compatibilizam-se com o TCP/IP, entre eles podemos citar o MS-DOS, Windows for Workgroups, Windows 95, 98, 2000, NT 4.0, 2003 e XP, NetWare 4.11, 5.0 e 6 entre outros e com isso percebemos a importância desta ferramenta de comunicação.

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Princípios Básicos do TCP/IP:

Para administrar uma rede de TCP/IP é importante o conhecimento mínimo sobre o formato e significado dos números observados nos endereços IP’s. No momento da instalação ou ativação do TCP/IP em um determinado equipamento, o sistema de configuração sempre solicitara os números que formam o endereço IP.

Este número tem a extensão de 4 bytes e deve ser único para cada computador da rede. Caso o administrador da rede TCP/IP desconheça as regras de funcionamento do endereço TCP/, provavelmente os computadores não se comunicarão.

Sendo assim, existem alguns conhecimentos mínimos para a instalação e configuração do TCP/IP nos sistemas operacionais citados anteriormente.

O que é o endereço IP:

Para que os computadores possam ser distinguidos na rede, é necessário que cada um, independente do sistema operacional ou hardware, possua um número único, e tal número (endereço) é aplicado em qualquer equipamento que use TCP/IP.

O número tem o tamanho de quatro bytes separados por três pontos. Como exemplo, temos o número 200.255.11.2, ou algo similar. Podemos observar na figura 3, que numa rede de quatro computadores, todos possuem o seu próprio endereço IP.

O número IP é assinalado no momento em que ativamos ou instalamos o TCP/IP no computador. O utilitário que será usado dependerá do sistema operacional que estivermos usando. Por exemplo, a configuração e instalação do TCP/IP nas versões do Windows , são feitas a partir do painel de controle, programa rede ou conexões de rede. Já no servidor de rede NetWare 4.11, é feita a partir do programa INETCFG.NLM; no Linux podemos utilizar o comando ifconfig ou o utilitário gráfico netconf, e assim sucessivamente.

A existência do número dentro do sistema de comunicação TCP/IP é necessária, pois é a única forma que um computador tem para diferenciar um dentre outros. Por exemplo, se em um computador desejarmos acessar os arquivos (FTP) de outro computador, será necessário saber o endereço do outro. Como podemos observar na figura 4 a seguir, uma estação de trabalho tenta fazer uma conexão FTP com o servidor cujo endereço é 200.255.171.1 e, para isso, o usuário digita o comando FTP 200.255.171.1

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Se no exemplo anterior tivéssemos um servidor WEB, necessitaríamos utilizar o programa Cliente WEB e no momento da conexão, digitaríamos o endereço IP do Servidor WEB, como podemos observar na fira 5 a seguir.

O protocolo utilizado no sistema de leitura de páginas WEB é o http. Sendo assim, foi digitada no programa Internet Explorer (IE) 4.0 a seguinte instrução: HTTP://200.255.171.1. Com isso orientamos o programa IE e o TCP/IP a fazer uma conexão com o computador que possui este endereço IP.

A implementação do endereçamento TCP/IP não é algo fácil de ser feito, mesmo para conhecedores do sistema, principalmente em redes remotas interligadas ou redes com centenas de computadores, pois existem regras para formação do endereço que será utilizado. Uma parte do número IP representa a rede e o outro representa o próprio computador (host – na terminologia usada na Internet), ou seja, o nó da rede.

Para entender no endereço IP o que representa a rede e o que representa o nó, é necessário primeiro entender como funcionam as classes de endereço. No total são 5 classes, que recebem a identificação A, B, C, D e E, que são relacionadas a seguir e suas regras.

-Classe A:

Um endereço é classificado como Classe A, quando o primeiro número (byte) do endereço estiver entre 1 e 127, como exemplo temos:10.15.14.1780.25.2.237.25.25.1

Podemos notar que os três endereços possuem como primeiro número (10, 80 e 37) que são valores compreendidos entre 1 e 127, sendo caracterizados como Classe A. No endereço Classe A, o primeiro número identifica a rede e ou outros três números identificam o próprio computador (nó). Em outras palavras, todos os computadores dente da mesma rede devem possuir o mesmo número de rede e, o número do próprio computador, diferenciado.

Na figura 6 podemos observar que foi instalada uma rede de computadores TCP/IP, utilizando o endereçamento IP de Classe A. O administrador desta rede utilizou os endereços iniciando com o numero 40, sendo assim um endereço IP de rede de Classe A. O primeiro número representa a rede, ou seja, deve ser igual em todos computadores, e ou outros três números representam o host e devem ser diferentes em cada computador.

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NOTA: Não podem existir dois computadores com o mesmo endereço IP na rede, especialmente se os computadores estiverem remotamente interligados, como no caso da Internet.

- Classe B:

Um endereço é classificado como classe B, quando o primeiro número (byte) do endereço estiver entre 128 e 191. Exemplos de endereços Classe B são:190.15.14.17130.25.2.2187.25.25.1

Notamos que os três endereços possuem como primeiro número (190, 130 e 187) valores compreendidos entre 128 e 191, sendo assim caracterizados como Classe B. Nos endereços de Classe B os dois primeiros números identificam a rede e os dois últimos números identificam o próprio computador (nó), ou seja, a metade do número representa a rde e a outra metade, o nó.

A rede ilustrada na figura 7 mostra computadores utilizando TCP/IP com o endereçamento IP Classe B. Nesta rede são utilizados os endereços iniciando com o número 140, sendo assim uma rede de Classe B. Consequentemente, os dois primeiros números representam o endereço da rede – 140.255 – e devem ser iguais em todos computadores, enquanto os dois últimos números representam o nó – x.y – e devem ser diferentes em cada computador.

-Classe C:

Um endereçamento é classificado como Classe C, quando o primeiro número do endereço estiver entre 192 e 223. Como exemplo desta classe podemos citar:220.15.14.17

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221.25.2.2192.25.25.1

Nota-se que os três endereços possuem como primeiro número (220, 221 e 192) valores compreendidos entre 192 e 223, sendo assim caracterizados como Classe C.

Nos endereços de Classe C, os três primeiros números identificam a rede e o último número identifica o próprio computador (nó).

Observamos na figura 8, que foi instalada uma rede de computadores TCP/IP, utilizando o endereçamento IP de Classe C. O administrador desta rede utilizou os endereços iniciando com o número 220, tornando-a, assim, uma rede de Classe C. Os três primeiros números representam a rede – 220.255.11 – e devem ser iguais para todos; o último número representa o nó – X – e deve ser único para cada computador.

-Classe D:

A Classe D representa os endereços IP cujo primeiro número é superior a 224 e está reservado para criar agrupamentos de computadores para o uso de Multicast.

O sistema Multicast permite que um grupo de equipamentos utilize um ou mais endereços para enviar dados somente para aqueles que estejam configurados para receber por este endereço. Não podemos utilizar esta faixa de endereços para endereçar os computadores de usuários na rede TCP/IP.

-Classe E:

A Classe E é um endereço reservado e utilizado para testes e novas implementações e controles do TCP/IP. São endereços IP com valores iniciais acima de 240.0.0.0. Não podemos utilizar esta faixa de endereços para endereçar os computadores na rede TCP/IP.

-Conflitos de endereços IP:

Caso em uma mesma rede local existam endereços diferentes e incompatíveis entre os computadores, estes provavelmente não se comunicarão. Isso ocorre devido ao processo que cada computador adota para determinar se o pacote que tem para enviar destina-se a computadores que estão no mesmo segmento ou, em segmentos diferentes. Com base na sua mascar de sub-rede, o protocolo IP do computador de origem verifica se o endereço do computador de destino pertence, ou não ao seu segmento local. Caso positivo, basta então lançar o pacote no segmento que chegará ao computador ao qual é enviado.

Caso contrário, verifica se na sua configuração TCP/IP há o endereço de um Roteador padrão e, se for esse o caso, envia o pacote para o mesmo que, por sua vez, deverá providenciar o reenvio, por meio de uma dentre as rotas que eventualmente possua, na direção do destino final para alcançar o computador que se pretende. Ocorre que, pr erro de configuração no computador de origem, este fica, às vezes, fora do seu próprio segmento local, devido à máscara incorretamente especificada e, não havendo Roteador no segmento, não haverá como alcançar outros que participem do seu segmento.

Pare entender o que pode ocorrer, podemos analisar a figura 9, a seguir, em que uma rede de quatro computadores possui endereços IP conflitantes.

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Na figura 9, podemos observar que dois computadores possuem um endereço IP que os declara como estando na rede 200.255.11 e dois computadores cujo endereço IP os declara como pertencentes à rede 10. Nesse caso, os dois computadores da rede 10 se “enxergam” e trocam informações entre si, enquanto os dois computadores da rede 200.255.11 também se enxergam entre si.

Porém na figura 10 observamos que se os números forem totalmente conflitantes, nenhum computador poderá se comunicar na rede.

-Trabalhando em rede:

Em uma rede local e principalmente em redes remotas, é possível que a rede funcione como um todo, embora a mesma seja formada por um conjunto de “pequenas” redes ou segmento.

Na implementação de segmentos na rede, normalmente utilizamos o sistema de roteamento, a partir de equipamentos chamados de Roteadores (Routers). Um router funciona como uma ponte entre as redes, isolando o tráfego pesado nos devidos segmentos onde o mesmo está sendo gerado e, ao mesmo tempo, permitindo a comunicação entre os equipamentos dos dois (ou mais) segmentos de rede. Entretanto, é bom que fique claro que Roteador é mais que uma ponte, isto é, não será utilizado apenas para conectar segmentos, mas também, e principalmente, para permitir seleção entre rotas diferentes, quando há alternativas de caminhos disponíveis a escolher.

A rede pode ser segmentada local ou remotamente. A Internet seria um exemplo de rede segmentada, na qual diversas empresas e provedores se conectam a uma “única” rede, chamada Internet, ainda que a mesma seja formada por diversos segmentos, que seriam assim, redes das empresas, dos provedores e de outros. Assim um roteador analisa uma transmissão que esteja sendo gerada em determinado segmento físico da rede, e somente faz a retransmissão para o outro segmento se a mesma for destinada para um dos computadores do segundo segmento, pois ele possui um sistema de software de roteamento de pacote, por meio

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do qual é possível que redes de dois segmentos, mesmo utilizando tecnologias de rede diferentes, se comuniquem.

Na figura 11 podemos observar que dois segmentos foram interligados a partir de um Roteador:

Observamos que a estação cujo endereço IP é 200.255.171.3 tenta se comunicar com o servidor (200.255.171.1); porém, a transmissão de dados desta percorre todo o segmento físico. O Roteador, então, intercepta a transmissão e não envia para o outro lado, a não ser que a mesma seja para um dos computadores do outro segmento.

O software (protocolo) de um Roteador funciona de acordo com as características da Camada de Rede do Modelo OSI, isto é, este identifica os computadores na rede a partir do endereçamento do protocolo de rede que, na rede TCP/Ip, seria a partir do endereço IP dos computadores. Neste caso, dois segmentos físicos foram configurados para utilizar um endereço IP de rede diferentes entre si. Um segmento foi endereçado com endereços IP daa rede 200.255.171 e o outro segmento físico foi endereçado com o endereço IP de rede 135.25. Isso e obrigatório, pois é a partir deste endereço que o Roteador TCP/IP sabe quem é quem e onde estão instalados.

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Aplicações do TCP/IP:

Uma das aplicações práticas do TCP/IP está relacionada com redes de computadores corporativos “Intranet”, que utiliza a tecnologia padrão da Internet para controle e acesso de suas informações corporativas.

Diversas empresas se ligaram à Internet com o objetivo final de divulgar, a partir do Sistema WEB, seus produtos e serviços. Com o advento de linguagens e scripts de programação voltados para o desenvolvimento de aplicações para a Internet, como o Java, JavaScript, ColdFusion, SP, CGI, PERL. NET (C#. NET, ASP. NET e VB. NET), entre outros, foi possível fazer com que a WEB, não fosse apenas a saída de informações do servidor WEB para as estações de usuários conectados à grade de rede.

O princípio mais básico das Intranets seriam servidores WEB que permitem acesso a dados coorporativos, com as informações utilizadas na gestão e operação de uma empresa.

Aos pouco, as empresas estão desenvolvendo sistemas do tipo “IntranetWare”, com os quais um cliente WEB (Internet Explorer, por exemplo) pode acessar ou atualizar informações da empresa, como, por exemplo, as contas a pagar e a receber, faturamento, controle de estoque, entre outras. A seguir podemos observar um exemplo de aplicação WEB de cadastros de pessoas.

A grande vantagem de portar as aplicações para dentro dos padrões e da Internet é permitir que:

O aplicativo, rode dentro de qualquer cliente WEB, não importando se o usuário utiliza Linux, FreeBSD ou Windows, uma vez que os clientes WEB normalmente são 99% compatíveis entre si, ou seja, seguem e suportam os mesmos protocolos.

Os usuários que normalmente trabalham na rua ou em viagens (como um diretor ou a equipe de venda) possam acessar e fazer manutenção (alterar dados) da empresa a partir de qualquer computador ligado à Internet, incluindo, por exemplo, um CyberCafé (lojas nas quais é possível acessar a internet e pagar pelo tempo de uso).

Como a aplicação passa a rodar em qualquer sistema operacional, uma empresa possa, no futuro, trocar o sistema de um fabricante para outro, sem ter que gastar tempo (e normalmente muito dinheiro) na conversão do sistema.

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O surgimento das Intranets veio da necessidade de as empresa unificarem os seus sistemas de manipulação da base de dados. Para entender melhor essa questão, imagine uma empresa que venda pela Internet e use um sistema de banco de dados baseado em DBF (o mesmo do Clipper). A empresa desenvolver um sistema de vendas em Clipper para ser utilizado pelos usuários de Intranet da empresa e um outro sistema para se ter acesso diretamente pela Internet, escrito em HTLM, JavaScript ou CGI, por exemplo.

A empresa agora possui dois sistemas de vendas, um feito em Clipper e outro desenvolvido para a Internet. Essa empresa não pode abandonar o sistema compatível com a Internet, porém, ela pode abandonar o sistema feito em Clipper, fazendo com que os usuários da empresa utilizem “o mesmo” sistema de vendas que as pessoas, via Internet, utilizam para fazer os seus pedidos.

Neste momento criou-se uma Intranet, a empresa então converte totalmente ou parcialmente os seus sistemas ou as suas informações para o mesmo padrão de tecnologia que é armazenado na Internet. OS: Uma empresa pode criar uma Intranet sem necessariamente interligá-la a Internet.

Sistemas operacionais que suportam o TCP/IP

Poderíamos dizer que, em suma, todos os sistemas operacionais atualmente disponíveis para venda no mercado suportam o TCP/IP.

Entre eles estão:- MS-DOS,- Windows for Workgroups, Windows 95, Windows XP, Windows 98, Windows 2000,

Windows NT 4.0, Windows 2003.- NetWare 4.11/5.0/6, - MAC System 7.x,- IBM OS/2,- Linux,- Free BSD, entre outros incluindo vídeo games como o X-Box e o Playstation 2.O TCP/IP também pode ser encontrado em um equipamento que não seja

necessariamente um computador pessoal, como televisores WEB, Roteadores de comunicação, entre outros. Quem sabe no futuro as batedeiras de bolo também não venham com TCP/IP, permitindo-nos acessar e controlar a mesma diretamente do nosso escritório?

Exemplo de aplicações que rodam com o TCP/IP.

Observe que o TCP/IP é apenas o sistema de troca de dados interequipamentos, não aparecendo para o usuário, pois trabalha diretamente em seu computador.

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Quando o TCP/IP é instalado em um computador, você apenas ativa um sistema que lhe permite ver e se comunicar com outros computadores na rede, porém este não define o que o usuário pode fazer.

A seguir, podemos observar uma tela do Windows num computador onde ativamos (instalamos) o TCP/IP.

Após instalar o protocolo (conjunto de programas) TCP/IP em um computador, este não fará nada inicialmente, pois é necessário utilizar um outro tipo de programa que faça a interação com o usuário e que determine o que o usuário poderá fazer.

Para podermos entender, devemos voltar ao princípio da criação do TCP/IP. Quando este foi criado, inicialmente, seria utilizado para assuntos de guerra. Depois da criação do sistema de comunicação, os computadores até já estavam aptos a trocar bits e bytes, ou seja, informações; porém o que trocar e como trocar ainda não tinha sido definido. Nesse caso, foi necessário desenvolver as aplicações.

Uma aplicação baseada em TCP/IP exige que no computador em que ele irá rodar, exista o TCP/IP instalado e ativo, pois, quando iniciamos a aplicação no computador, esta procura pelo TCP/IP.

Resumo de aplicações utilizadas com o TCP/IP

As aplicações, no modelo TCP/IP, não possuem uma padronização comum. Cada uma possui um RFC próprio.

O endereçamento das aplicações é feito através de ports (chamadas padronizadas a serviços dos protocolos TCP e UDP), por onde são passadas as mensagens. A seguir estão alguns serviços de rede baseados no protocolo TCP/IP, resumidamente.

TELNET (Terminal Virtual)

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É um protocolo que permite a operação em um sistema remoto através de uma sessão de terminal. Com isso, a aplicação servidora recebe as teclas acionadas no terminam remoto como se fosse local. Utiliza o port 23 do TCP.

Telnet oferece três serviços: Definição de um terminal virtual de rede, Negociação de opções (modo de operação, eco, etc.) e Transferência de dados.

FTP (File Transfer Protocol)

Provê serviços de transferência, renomeação e eliminação de arquivos, além da criação, modificação e exclusão de diretórios. Para sua operação, são mantidas duas conexões: uma de dados e outra de controle. Não implementa segurança, o que deixa para o TCP, exceto as requisições de senhas de acesso e determinados arquivos (ou servidores FTP).

As transferências de arquivos podem ser no modo TEXTO, no qual há conversões de codificação para o sistema destinatário, e no modo BINÁRIO, no qual não na nenhuma conversão e todos os bytes são transferidos como estão.

SNMP (Simple Network Mangement Protocol)

É utilizado para trafegar as informações de controle de rede. De acordo, com o sistema de gerenciamento da arquitetura TCP/IP, existem o agente e o gerente que coletam e processam, respectivamente, dados sobre erros, problemas, violação de protocolos, dentre outros.

Na rede existem uma base de dados denominada MIB (Management Information Base), onde são guardadas as informações sobres hosts, gatways, interfaces individuais de rede, tradução de endereços e softwares relativos ao IP, ICMP, TCP, UDP, etc. Por meio de SNMP pode-se acessar os valores dessas varáveis, receber informações sobre problemas na rede, armazenar valores, todos através do MIB.

DSN (Domain Name System)

O DSN é um mecanismo para gerenciamento de domínios em forma de árvore. Tudo começa com a padronização da nomenclatura onde cada nó da árvore tem um nome em formato hierárquico, cujos componentes são separados por pontos. No nível mais alto podemos ter: COM para organizações comerciais, EDU para instituições educacionais, GOV para instituições governamentais, MIL para grupos militares, ORG para outras organizações.

O DSN possui um algoritmo confiável e eficiente para tradução (mapeamento) de nomes para endereços.

SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)

Implementa o sistema de correio eletrônico da internet, operando não orientado à conexão, provê serviços de envio e recepção de mensagens para e do usuário. Tais mensagens são armazenadas num servidor de correio eletrônico onde o usuário destinatário está cadastrado, até que este o solicite, quando são apagadas da área de transferência do sistema original.

O SMTP divide a mensagem em duas partes: corpo e cabeçalho, as quais são separadas por uma linha em branco. No cabeçalho existe uma seqüência de linhas que identificam o emissor, o destinatário, o assunto e algumas outras informações opcionais.

RPC (Remote Procedure Call)

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Implementa mecanismos de procedimentos de chamada remota, úteis no desenvolvimento de aplicações cliente-servidor com um nível maior de abstração.

Uma aplicação utiliza o RPC para fazer interface das suas funções. Assim, as funções chamadas pelas aplicações são repassadas ao RPC que monta uma mensagem correspondente e envia para processamento remoto. O servidor então processa as mensagens, executa a rotina e devolve os resultados para o RPC da estação, que reestrutura os dados e repassa à aplicação. Tudo implementa uma função virtualmente local, transparente para a aplicação.

NFS (Network File System)

O NFS supre uma deficiência, do FTP que não efetua acesso on-line aos arquivos da rede. Desenvolvido pela SUN Microsystems, tem acesso através do port 2049 do UDP.

O NFS cria uma extensão do sistema de arquivo local, transparente para o usuário e possibilita várias funções como as seguintes:

- Criação e modificação de atributos dos arquivos;- Criação, leitura, gravação, renomeação e eliminação de arquivos;- Criação, leitura e eliminação de diretórios;- Pesquisa de arquivos em diretórios;- Leitura dos atributos do sistema de arquivos.Um dos problemas do NSF é que não suporta acesso compartilhado aos arquivos,

portanto, tais preocupações devem estar a cargo da aplicação.O NFS utiliza o UDP, portanto, tem embutidas várias rotinas de segurança para suprir

a deficiência do protocolo.

-Bibliografia: Autor Gorki Starlin Conceitos, protocolos e uso TCP/IP – Redes de computadores e comunicações de dados.

Editora: Alta Books

O TCP/IP é a sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol ( Protocolo de Controle de Transmissão / Protocolo da Internet) e se refere ao conjunto de protocolos utilizados na Internet. Ele inclui uma série de padrões que especificam como os computadores vão se comunicar e cria convenções para interconectar redes e para o roteamento por meio dessas conexões.

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