protocolo de sustentabilidade para compras · subprodutos de animais silvestres ... e sobre...
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PROTOCOLO DE SUSTENTABILIDADE PARA COMPRAS
NO SETOR SUPERMERCADISTA
INTRODUÇÃO
O Protocolo Socioambiental consiste de uma ferramenta de avaliação de fornecedores e
prestadores de serviços quanto a aspectos e impactos socioambientais de sua área,
produção e operação, disponíveis em plataformas de consulta livre, que permitirão ao
supermercadista melhor avaliar seus parceiros comerciais também sob o aspecto da gestão
de riscos socioambientais.
Na melhor seleção de parceiros, o protocolo atinge seu segundo e maior objetivo, o de
promover a sustentabilidade em toda cadeia do abastecimento, ao incentivar as melhores
práticas socioambientais em todos os atores da cadeia.
Este Protocolo deve ser entendido como uma proposta de auto-regulamentação voluntária
do setor, com o objetivo de divulgar fontes de informações e estabelecer critérios comuns
para o monitoramento da cadeia e apoiar a evolução destes controles. Não objetiva ditar
regras, mas apenas apresentar um caminho para que os fornecedores do setor possam
voluntariamente evoluir em sua gestão de risco conforme seus compromissos e metas,
promovendo a sustentabilidade em toda cadeia.
O Protocolo foi inspirado no Protocolo Socioambiental da Cadeia da Carne da ABIEC -
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes - e dos protocolos específicos
das principais redes varejistas do pais, sendo ampliado para os diferentes segmentos
relacionados ao setor supermercadista. Não se encerra em si mesmo, mas reúne a base de
um trabalho permanente da Diretoria de Sustentabilidade da APAS que deverá evoluir e ser
ampliado a cada avanço alcançado nas cadeias específicas de abastecimento.
OBJETIVOS GERAIS
Os objetivos gerais do Protocolo Socioambiental são:
▪ Disponibilizar fontes de dados para pesquisa de aspectos socioambientais das
empresas;
▪ Promover a auto-regulação voluntária do setor para o desenvolvimento
socioambiental da cadeia do abastecimento;
▪ Padronizar os parâmetros e critérios de controle e monitoramento;
▪ Antecipar a tendência mundial de oferta consciente.
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RESUMO DA AVALIAÇÃO
Os critérios e as respectivas fontes de dados públicos/oficiais para consulta e análise
socioambiental são encontrados resumidamente na tabela abaixo, assim como os
parâmetros e regras de aplicação. Na sequência, apresentamos o passo a passo para
consulta de cada critério.
Nivel Critério Fonte Forma de consulta
I Relação com Áreas
Embargadas
IBAMA Consultar CNPJ na lista on
line
I Autuações ambientais CETESB Consultar nome na lista de
autuações aplicadas
anualmente
I Relação com trabalho
análogo ao escravo
MTE Consultar CNPJ na lista on
line
II Inscrição no Cadastro
Ambiental Rural (CAR)
SiCAR Consultar inscrição no CAR
II Exigências adicionais para
o comércio de produtos de
origem florestal
DOF Verificar que produtos devem
ter documentos de origem.
Solicitar do fornecedor que
venha acompanhando a NF.
Verificar validade do
documento nos sites
II Exigências adicionais para
o comércio de
subprodutos de animais
silvestres
SisFauna Verificar que produtos devem
ter registro. Verificar validade
do documento nos sites
II Certificado de
Regularidade junto ao
IBAMA
IBAMA/CTF Verificar lista de atividades
exigidas. Verificar validade no
site
II Licença ambiental da
CETESB (SP)
CETESB Verificar lista de atividades
exigidas. Verificar validade no
site
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II Registros MAPA /
ANVISA
Verificar lista de compulsórios.
Verificar validade no site
II Rótulos e Etiquetagem INMETRO Verificar lista de compulsórios.
Verificar validade no site
III Interação com Terra
Indígena
FUNAI Cruzar coordenadas das
propriedades e terras
indígenas
III Interação com Unidades
de Conservação
MMA/ICM-Bio Cruzar coordenadas das
propriedades e unidades de
conservação
III Interação com
Desmatamento Recente
PRODES/INPE Cruzar coordenadas / limites
com mapa vigente
III Interação com áreas
contaminadas (SP)
CETESB Consultar nome/endereço na
lista da CETESB
IMPLEMENTANDO A AVALIAÇÃO
O Protocolo Socioambiental divide os critérios em três níveis diferentes a partir dos critérios
a serem verificados pelo associado. A divisão está baseada na complexidade de acesso às
informações e hierarquização da ação contra o meio ambiente a às pessoas. A proposta é
aplicarmos a ferramenta no ritmo determinado pelo usuário, conferindo à gestão de riscos
socioambientais a melhoria contínua almejada.
NÍVEL 1
A aplicação dos critérios de nível 1 deste Protocolo Socioambiental permite ao usuário
considerar como critério de avaliação para compra, a inexistência de crimes contra o meio
ambiente e a não existência de trabalho análogo ao escravo, todos consultados de forma
simples e direta a partir de banco de dados sobre áreas embargadas pelo IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), sobre restrições junto a
CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e sobre existência de trabalho
análogo ao escravo do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
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1.1 Consulta à embargos e autos de infração junto ao IBAMA
As informações referentes ao critério de associação a áreas embargadas são
disponibilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Podem ser verificadas por meio da
identificação do CPF/CNPJ do fornecedor na lista de áreas embargadas divulgadas no site.
Para realizar a consulta:
1. Acessar os links:
http://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/areasembargadas/ConsultaPublicaAreasEmbargada
s.php
2. Navegar até [Pesquisa por Nome ou CPF/CNPJ]
3. Informar o documento no campo [CPF/CNPJ utilizando apenas números no campo]
4. Clicar em [Consultar]
Em caso positivo, ou seja, o CPF/CNPJ constar na lista de área embargada, o fornecedor
deve ser indicado como “não favorável” para este critério.
1.2 Consulta de crimes ambientais no estado de São Paulo - CETESB
As informações referentes ao critério de multas ambientais aplicadas no Estado de São
Paulo são disponibilizadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
E verificadas por meio da identificação do NOME/ENDEREÇO do fornecedor na lista de
autuações aplicadas.
Para realizar a consulta:
1. Acessar o link: http://www.cetesb.sp.gov.br/servicos/documentos-emitidos/autuacoes/
2. Fazer busca [Crt+F] por Nome ou endereço
Em caso positivo, ou seja, o fornecedor constar na lista de empresas autuadas, o
fornecedor deve ser indicado como “não favorável” para este critério.
1.3 Consulta sobre trabalho análogo ao escravo
O critério de associação ao trabalho análogo ao escravo é verificado por meio da
identificação do CPF/CNPJ do Fornecedor na lista de trabalho escravo divulgada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)¹.
Para realizar a consulta:
1. Acessar o link:
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http://trabalho.gov.br/portal-mte/acesso-a-informacao/institucional/
2. Fazer o download da lista
3. Pesquisar pelo CPF/CNPJ do fornecedor na lista
Em caso positivo, ou seja, o CPF/CNPJ constar na lista de área embargada, o fornecedor
deve ser indicado como “não favorável” para este critério.
1 Atualmente, as regras que regem a composição da “Lista Suja” estão descritas na Portaria
n°4 de 11/05/2016, sendo e relação é publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
com o apoio da Secretaria de Inspeção do Trabalho. Porém, o acesso a lista pode mudar.
Portanto, caso o link não dê mais acesso direto alista, consulte Lista Suja no site do TEM ou
acesse o site do Instituto Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo -
http://www.inpacto.org.br.
Até o final de 2014, a lista era divulgada no site do MTE, no entanto, por força da liminar
proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.209 Distrito Federal da lavra do Ministro
Presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, proposta pela Associação
Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) a mesma foi removida do site.
NÍVEL 2
Os critérios de nível 2 consideram a situação da propriedade e da empresa junto aos órgãos
ambientais, enquanto fontes e informações sobre impactos da atividade sobre o ambiente.
E nos permitem atestar os produtos com registros e rotulagens obrigatórias.
2.1 Análises das atividades rurais
2.1.1 Cadastro ambiental rural (CAR) e Ato declaratório ambiental (ADA)
Aplicável aos produtores rurais, a inscrição no CAR é o primeiro passo para obtenção da
regularidade ambiental do imóvel. Por meio dele podemos consultar informações como
informações georreferenciadas do perímetro do imóvel, das áreas de interesse social e das
áreas de utilidade pública, com a informação da localização dos remanescentes de
vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente, das áreas de Uso Restrito, das
áreas consolidadas e das Reservas Legais.
Para realizar a consulta:
1. Solicite de seu fornecedor o número de registro do CAR
2. Acessar o link: http://www.car.gov.br/publico/imoveis/index
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3. No menu lateral direito, clique em buscar e insira o número CAR (ou consulte por
município)
4. Clique em demonstrativo para ter acesso aos dados da propriedade consultada.
Pode-se considerar positivo o imóvel que estiver regular com o CAR.
O estado de São Paulo concentrou as informações no site
http://www.ambiente.sp.gov.br/sicar/ e disponibiliza as informações do CAR sobreposta a 30
indicadores, entre os ambientais, geológicos, geopolíticos e climáticos, disponíveis no site
http://datageo.ambiente.sp.gov.br/web/guest/inicio.
Uma alternativa ao CAR é o Ato Declaratório Ambiental – ADA - do IBAMA. Trata-se de um
instrumento que, além de beneficiar o contribuinte via redução da carga tributária, incentiva
a preservação e conservação das florestas e outras formas de vegetação nativa e a fauna
associada, assim como, a sua recuperação.
A opção pelo ADA, por parte do fornecedor, é um exercício de cidadania, oportunidade que
têm os proprietários rurais de economizar recursos financeiros e naturais – e de vislumbrar,
inclusive, a possibilidade de receber pagamento por serviços ambientais –, aliando-se à
causa ambiental via preservação, conservação e recuperação de florestas e vegetação
nativa em geral e da fauna associada.
Para realizar a consulta:
1. Solicite de seu fornecedor o número de registro ADA
2. Acessar o link: https://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/ada/autenticidade_recibo.php
3. Clique em verificar autenticidade.
Pode-se considerar positivo o imóvel que tiver o ADA regular.
Para mais informações acesse http://ibama.gov.br/imovel-rural/ato-declaratorio-ambiental-
ada/perguntas-frequentes
Outra alternativa é a apresentação da Declaração de Conformidade da Atividade
Agropecuária (DCAA), emitida pela CETESB em São Paulo.
Com o objetivo de facilitar o processo de adequação ambiental dos produtores rurais
paulistas, são passíveis de dispensa de licença ambiental os empreendimentos
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agropecuários de baixo potencial poluidor, mediante a emissão da Declaração de
Conformidade da Atividade Agropecuária (DCAA).
As atividades passiveis de dispensa são:
I. cultivo de espécies de interesse agrícola temporárias, semi-perenes e perenes;
II. criação de animais domésticos de interesse econômico, exceto as atividades de vicultura,
suinocultura, desde que estas não sejam de subsistência;
III. apicultura em geral;
IV. reforma e limpeza de pastagens quando a vegetação a ser removida seja constituída
apenas por estágio pioneiro de regeneração de acordo com a legislação vigente;
V. projetos de irrigação;
VI. aquicultura nos termos do decreto 60.582 de 27-06-2014;
A consulta da autenticidade do DCAA deve ser feita no portal
https://silis.cetesb.sp.gov.br/conaut.php
2.1.2 Exigências adicionais para o comércio de produtos de origem florestal
A. Documento de origem florestal – DOF - e o Cadmadeira
O Documento de Origem Florestal (DOF), instituído pela Portaria n° 253/06, do Ministério do
Meio Ambiente (MMA), constitui licença obrigatória para o transporte e armazenamento de
produtos florestais de origem nativa, inclusive o carvão vegetal nativo, contendo as
informações sobre a procedência desses produtos, nos termos da Lei nº 12.651/2012 (Lei
de Proteção da Vegetação Nativa).
Apesar de ser um documento para transporte e armazenamento, pode ser exigido pelo
varejista e cliente final, a fim de atestar a origem do produto. A emissão do documento é
realizada eletronicamente por meio do sistema DOF, disponibilizado via internet pelo Ibama,
sem ônus financeiro aos setores produtor e empresarial de base florestal. Portanto, não
haveria impedimento na obtenção do mesmo.
Os produtos florestais que estão sujeitos ao controle e, portanto, exigem a emissão de DOF
são:
Produto florestal bruto
Aquele que se encontra no seu estado bruto ou in natura, nas seguintes formas:
a) madeira em tora;
b) torete;
c) poste não imunizado;
d) escoramento;
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e) estaca e mourão;
f) acha e lasca nas fases de extração/fornecimento;
g) lenha;
h) palmito;
i) xaxim.
Produto florestal processado
Aquele que, tendo passado por atividade de processamento, obteve a seguinte forma:
a) madeira serrada devidamente classificada conforme IN Ibama nº 9/2016;
b) piso, forro (lambril) e porta lisa feitos de madeira maciça conforme IN Ibama nº 9/2016;
c) rodapé, portal ou batente, alisar, tacos e deck feitos de madeira maciça e de perfil reto, e
madeiras aplainadas em 2 ou 4 faces (S2S e S4S) conforme IN Ibama nº 9/2016;
d) lâmina torneada e lâmina faqueada;
e) madeira serrada curta classificada conforme Glossário do Anexo III da IN Ibama nº
9/2016, obtida por meio do aproveitamento de resíduos provenientes do processamento de
peças de madeira;
f) resíduos da indústria madeireira para fins energéticos ou para fins de aproveitamento
industrial, exceto serragem;
g) dormentes;
h) carvão de resíduos da indústria madeireira;
i) carvão vegetal nativo, inclusive o empacotado na fase de saída do local da exploração
florestal e/ou produção;
j) artefatos de xaxim na fase de saída da indústria;
k) cavacos em geral;
l) bolacha de madeira.
Mais informações podem ser consultadas em http://ibama.gov.br/flora-e-madeira/dof/o-que-
e-dof
Para realizar a consulta:
1. Peça o DOF dos produtos florestais que estão sujeitos ao controle (ver lista acima)
2. Acessar o link:
https://servicos.ibama.gov.br/ctf/modulos/dof/consulta_dof.php
3. Consultar a validade do DOF apresentado
Em caso negativo, ou seja, o DOF constar como inválido, o fornecedor deve ser indicado
como “não favorável” para este critério.
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Complementarmente, o Cadmadeira é um cadastro estadual das pessoas jurídicas que
comercializam, no Estado de São Paulo, produtos e subprodutos de origem nativa da flora
brasileira (Decreto Estadual nº 53.047/2008). Este projeto da Secretaria do Meio Ambiente
do Estado de São Paulo atua como um mecanismo fomentador de ações em favor do
comércio responsável, minimizando as pressões negativas sobre as florestas nativas devido
ao desmatamento ilegal.
O Cadmadeira disponibiliza uma lista das empresas cadastradas e detentoras do selo
Madeira Legal. Você pode sempre optar por empresas com situação válida, consultando o
link http://www.sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Default.aspx?idPagina=13852.
B. Palmito sustentável
O palmito pode ser extraído do caule de três espécies de palmeiras – juçara, pupunha e
açaí. A primeira é nativa da Mata Atlântica e as demais são originárias da Amazônia. A
diferença entre as palmeiras é que a espécie juçara nasce de uma semente constituindo um
único tronco, enquanto as demais formam touceiras. Assim, ao se extrair o palmito, a
palmeira juçara é sacrificada, enquanto a pupunha e o açaí possuem “filhotes” que brotam
do tronco principal. Outra diferença é que a juçara demora de 8 a 12 anos para produzir um
palmito de qualidade, enquanto o da pupunha pode ser extraído após 18 meses do plantio.
É por este motivo que a juçara encontra-se em risco de extinção. O varejista deve sempre
estar atento ao número de registro do produto no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária
– ANVISA, para garantir sua procedência de áreas de manejo e não de exploração irregular.
Para saber mais, acesse http://www3.ambiente.sp.gov.br/palmitosustentavel/
2.1.3 Exigências adicionais para o comércio de subprodutos de animais silvestres
A. Autorização para criação e comércio de fauna silvestre
O Sistema Nacional de Gestão da Fauna Silvestre (SisFauna) é um sistema eletrônico de
gestão e controle dos empreendimentos e atividades relacionadas ao uso e manejo da
fauna silvestre em cativeiro em território nacional.
A Instrução Normativa do Ibama 07/2015 indica que estabelecimentos que revendam carne
ou produtos alimentares de origem na fauna silvestre, assim como estabelecimentos que
vendam ou revendam artigos de vestuário, calçados e acessórios cujas peças contenham
no todo ou em parte couro ou penas de animais silvestres criados ou manejados para fins
de abate, estão dispensados de cadastro no SisFauna. Mas define que o comércio
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mantenha as notas fiscais que comprovem a sua aquisição legal, ou ainda, a partir de
importações devidamente registradas nos sistemas de controle do comércio exterior;
No âmbito do protocolo socioambiental cabe ao varejista exigir de seus fornecedores o
certificado de origem emitido pelo SisFauna, juntamente com a Nota Fiscal dos produtos.
Os empreendimentos sujeitos ao controle e cadastro no SisFauna estão previstos no Art. 3º
da Instrução Normativa Ibama 07/2015, entre os quais destacam-se:
• Atividade de criação e exploração econômica de fauna silvestre nativa e fauna
exótica – Comercialização de Partes, Produtos e Subprodutos (categoria 20.24);
• Atividade de criação e exploração econômica de fauna silvestre nativa e fauna
exótica - Criação Comercial (categoria 20.23);
• Matadouro, abatedouro e Frigorífico da Fauna Silvestre (categoria 16.15);
Para realizar a consulta:
1. Peça o Certificado de origem do SisFauna dos produtos de animais silvestres ou Número
de Registro da atividade.
2. Acessar o link:
https://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/fauna/aceite_at.php
3. Consultar a validade do documento
Mais informações http://ibama.gov.br/fauna-silvestre/empreendimentos-utilizadores-de-
fauna-silvestre/autorizacao-de-empreendimentos-utilizadores-de-fauna-silvestre
Até 2011, a análise de solicitações e emissão de autorizações de empreendimentos de
fauna silvestre era atribuição exclusiva do Ibama. Porém, a partir da publicação da Lei
Complementar 140/2011, tal atribuição foi repassada para os Estados.
Para saber mais consulte os sites
http://www.ambiente.sp.gov.br/fauna/servicos/autorizacao-para-manejo-de-fauna-silvestre-
em-cativeiro/ e http://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Default.aspx?idPagina=12244
B. Caranguejo-Uçá
Uma licença especial aplica-se aos pescadores profissionais, portadores de Licença de
pescador profissional emitida pelo órgão federal, residentes na APA Cananéia-Iguape-
Peruíbe que atuam na pesca do caranguejo-uçá (Ucides cordatus).
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Com a publicação da lista de fauna silvestre ameaçada de extinção do Estado de São Paulo
(Decreto Estadual 60133/2014), o caranguejo-uçá foi declarada como ameaçada de
extinção, tendo sua pesca proibida. No entanto, por meio da Resolução SMA 02/2015 , foi
possibilitada a captura, a manutenção, o transporte, o beneficiamento e a comercialização
de indivíduos dessa espécie, por meio de uma Autorização Especial, a ser emitida pela
Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Trata-se de uma situação
excepcional, que busca conciliar a conservação e a manutenção de populações locais e
tradicionais de pescadores, que obtém no caranguejo sua fonte de renda e alimento. Para
saber mais acesse:
http://www.ambiente.sp.gov.br/fauna/servicos/autorizacao-especial-para-a-pesca-do-
caranguejo-uca/
C. Pesca e aquicultura
O controle de trânsito do pescado desde a origem do produto foi regulamentado pelos
ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Pesca e Aquicultura
(MPA) por meio a Instrução Normativa Interministerial nº 4 /2014.
A normativa estabelece as informações necessárias que devem constar na nota fiscal do
pescado, como o número de inscrição regular no Registro Geral da Atividade Pesqueira
(RGP) na respectiva categoria, e a identificação do registro junto aos serviços de inspeção
federal (SIF), estadual (SIE) ou municipal (SIM) do estabelecimento de destino.
Cabe ao supermercadista checar se as informações constam na Nota Fiscal, atestando o
controle de origem e licenças de pesca válidas.
Para saber mais acesse http://www.agricultura.gov.br/assuntos/pesca-e-aquicultura
2.2 Análises das atividades industriais
2.2.1 Atividades em que o fornecedor deve possuir o Certificado de Regularidade
junto ao IBAMA
O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais (CTF/APP) é o registro obrigatório de pessoas físicas e jurídicas que
realizam atividades passíveis de controle ambiental conforme Instrução Normativa 6/2013.
No âmbito do Protocolo Socioambiental, orienta-se exigir de seus fornecedores o Certificado
de Regularidade da empresa, que possui validade de 3 meses, a fim de atestar a
conformidade com o órgão ambiental. As principais atividades com registro obrigatório,
relacionadas ao setor supermercadista encontra-se listada abaixo:
• Indústria de Madeira
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• Indústria de Papel e Celulose
• Indústria de Borracha
• Indústria de Couros e Peles
• Indústria Têxtil, de Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos
• Indústria de Produtos de Matéria Plástica
• Indústria do Fumo
• Indústria Química
• Produção de óleos, gorduras, ceras, vegetais e animais, óleos essenciais, vegetais e
produtos similares, da destilação da madeira
• Fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos
• Fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas,
germicidas e fungicidas
• Fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e
secantes
• Fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários
• Fabricação de sabões, detergentes e velas
• Fabricação de perfumarias e cosméticos
• Produção de álcool etílico, metanol e similares
• Fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas,
germicidas e fungicidas - saneantes de uso domissanitário
• Beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares
• Matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal
• Fabricação de conservas
• Preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados
• Beneficiamento e industrialização de leite e derivados
• Fabricação e refinação de açúcar
• Refino e preparação de óleo e gorduras vegetais
• Produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação
• Fabricação de fermentos e leveduras
• Fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais
• Fabricação de vinhos e vinagre
• Fabricação de cervejas, chopes e maltes
• Fabricação de bebidas não-alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação e
águas minerais
• Fabricação de bebidas alcoólicas
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• Matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal -
fauna silvestre
• Atividade de criação e exploração econômica de fauna exótica e de fauna silvestre -
comércio de partes, produtos e subprodutos
A lista completa de atividade com registro obrigatório, pode ser acessada pelo link
http://ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/atividades_poluidoras/tabela_de_atividade
s_do_ctf_app_set-2015.pdf
Para realizar a consulta:
1. Acessar o link:
https://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/certificado_regularidade_consulta.php
2. Com o CNPJ consulte a situação da empresa junto ao Ibama
3. Caso seja uma atividade listada acima como de registro obrigatório, a empresa deverá
aparecer como cadastrada e regular no sistema.
2.2.2 Atividades em que o fornecedor deve possuir licença ambiental da CETESB
(empresas instaladas no Estado de São Paulo)
As atividades licenciáveis pela CETESB encontram-se elencadas na Lei n.997/76, aprovado
pelo Decreto n.8.468/76 e alterado pelo Decreto n.47.397 de 04 de Dezembro de 2002. No
cadastramento da empresa fornecedora, deve-se exigir o licenciamento válido da atividade,
o Certificado de Dispensa de Licença – CDL - ou ainda a Declaração de Atividade Isenta de
Licenciamento – DAIL.
A consulta de validade do documento apresentado pode ser realizada no site
https://silis.cetesb.sp.gov.br/conaut.php
As principais atividades licenciáveis são listadas abaixo:
Extração e/ou beneficiamento de carvão mineral, petróleo e gás natural
Extração de minerais para fabricação de adubos, fertilizantes e produtos químicos
Extração de sal marinho
Fabricação de produtos alimentícios de origem animal
Processamento, preservação e produção de conservas de frutas, legumes e outros vegetais
Produção de sucos de frutas e de legumes
Produção de óleos e gorduras vegetais e animais
Produção de laticínios
Beneficiamento e fabricação de produtos de arroz
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Moagem de trigo e fabricação de derivados
Produção de farinha de mandioca e derivados
Fabricação de fubá, farinha e outros derivados de milho - exclusive óleo
Fabricação de amidos e féculas de vegetais e fabricação de óleos de milho
Fabricação de rações balanceadas para animais
Fabricação e refino de açúcar e álcool
Torrefação e moagem de café
Fabricação de outros produtos alimentícios
Fabricação de bebidas
Fabricação de produtos têxteis
Fabricação de produtos do fumo
Fabricação de calçados
Fabricação de produtos de madeira, cortiça e material trançado - exclusive móveis
Fabricação de celulose, papel, papelão liso, cartolina e cartão
Edição; edição e impressão
Fabricação de cloro e álcalis
Fabricação de produtos farmacêuticos
Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza e artigos de perfumaria
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas, solventes e produtos afins
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos
Fabricação de eletrodomésticos
Fabricação de pilhas, baterias e acumuladores elétricos
Fabricação de lâmpadas e equipamentos de iluminação
Fabricação de brinquedos e de outros jogos recreativos
Reciclagem de sucatas
A lista completa de atividades licenciáveis pode ser consultada em
http://licenciamento.cetesb.sp.gov.br/cetesb/anexo5.asp
2.2.3 Verificação de registros obrigatórios de produtos
2.2.3.1 ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
De acordo com o Decreto-Lei 986/1969, “As instalações e o funcionamento dos
estabelecimentos industriais ou comerciais, onde se fabrique, prepare, beneficie,
acondicione, transporte, venda ou deposite alimentos ficam submetidos às exigências deste
Decreto-Lei e de seus Regulamentos. [...] e somente poderão ser exposto à venda
alimentos, matérias primas alimentares, alimentos in natura, aditivos para alimentos,
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materiais, artigos e utensílios destinados a entrar em contato com alimentos, matérias
primas alimentares e alimentos in natura, que tenham sido previamente registrados no
órgão competente do Ministério da Saúde e [...] que tenham sido rotulados segundo as
disposições deste Decreto-Lei e de seus Regulamentos.”
A responsabilidade desta regulação é da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, e cabe às empresas estarem licenciada pela autoridade sanitária do Estado, DF
ou Município, e obedecer aos procedimentos básicos para o registro e dispensa da
obrigatoriedade de registro de produtos pertinentes à área de alimentos.
Cabe ao supermercadista estar ciente dos produtos de registro obrigatório, antes de sua
disponibilização ao consumidor. De acordo com as normas estabelecidas:
Estão desobrigados ao registrado na ANVISA (Anexo I, Resolução 23, de 15/03/2000), os
seguintes produtos:
• Açúcares
• Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar
• Alimentos congelados
• Amidos e féculas
• Aditivos aromatizantes / Aromas
• Balas, bombons e similares
• Biscoitos
• Cafés
• Cereais e derivados
• Chás
• Coloríficos
• Cremes vegetais
• Composto de erva-mate
• Condimentos preparados
• Conservas vegetais (exceto palmito)
• Doces
• Embalagem
• Erva-mate
• Especiarias / Tempero
• Farinhas
• Farinhas de trigo e/ou milho fortificadas com ferro [2]
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• Frutas (descascadas e ou liofilizadas)
• Frutas em conserva
• Gelados comestíveis
• Geléia de mocotó
• Geléias (frutas)
• Massas
• Pós ou misturas para o preparo de alimentos e bebidas
• Óleos e gorduras vegetais
• Pães
• Pastas e patês vegetais
• Polpa de frutas
• Polpa de vegetais
• Preparações e produtos para tempero a base de sal
• Produtos de cacau / chocolate
• Produtos de côco
• Produtos de confeitaria
• Produtos de frutas, cereais e legumes para uso em iogurtes e similares
• Produtos de soja
• Produtos de tomate
• Salgadinhos
• Sementes oleaginosas
• Sobremesas e pós para sobremesa
• Sopas desidratadas
• Vegetais (descascados e ou liofilizados)
Estão obrigados ao registrado na ANVISA (Anexo II, Resolução 23, de 15/03/2000), os
seguintes produtos:
• Aditivos (formulados)
• Aditivos (substância única)
• Adoçantes
• Água mineral
• Água natural
• Águas purificadas adicionadas de sais
• Alimentos adicionados de nutrientes essenciais
• Alimentos com alegações de propriedades funcionais e ou de saúde
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• Alimentos infantis
• Alimentos para controle de peso
• Alimentos para dietas com restrição de nutrientes
• Alimentos para dietas com ingestão controlada de açúcares
• Alimentos para dietas enterais
• Alimentos para gestantes e nutrizes
• Alimentos para idosos
• Alimentos para praticantes de atividade física
• Alimentos de origem animal [3]
• Bebidas não alcoólicas [3]
• Coadjuvantes de tecnologia
• Composto líquido pronto para consumo
• Embalagens recicladas
• Gelo
• Novos alimentos ou novos ingredientes
• Sal
• Sal hipossódico / Sucedâneos de sal
• Suplemento vitamínico e ou mineral
• Vegetais em conserva (palmito)
Para realizar a consulta:
1. Acessar o link:
https://consultas.anvisa.gov.br/#/alimentos/
2. A consulta pode ser feita a partir do:
Nome do produto;
Marca;
Número de registro ou;
CNPJ
3. Os registros têm validade de 5 anos.
4. Considera-se positivo o fornecedor cuja situação cadastral de seu estabelecimento e
produto especifico esteja regular.
No site http://portal.anvisa.gov.br/consulta-alimentos há atualização quanto aos alimentos
dispensados e períodos de registro obrigatório.
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Para outros produtos regulados pela ANVISA, como cosméticos, saneantes, produtos para
saúde e medicamentos, consultar registro via site http://portal.anvisa.gov.br/consulta-
produtos-registrados.
2.2.3.2 Mapa - Registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Tratando-se de bebidas e de produtos de origem animal, além da empresa precisar estar
regularmente inscrita e cadastrada na ANVISA, o registro do produto deverá ser processado
junto ao MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o qual também
dispõe de regulamentação própria para fins de registro e fiscalização de produtos
alimentícios. O Ministério da Agricultura não integra o Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária, contudo, atua em conjunto com a ANVISA em toda a cadeia de alimentação
humana por meio de sua Secretaria de Defesa Agropecuária e Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal (SIF).
Consulta de registos
Para consultar a relação de produtos registrados, cadastrados, suspensos e cancelados
utilize o Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos - SIPE
Para realizar a consulta:
1. Acessar o link: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/registro-de-produtos-e-
estabelecimentos/consulta-de-registros
2. A consulta é feita por preenchimento dos seguintes campos:
Situação (Cadastrado; Registrado; Suspenso; Cancelado ou Licenciado)
UF / Município / Ano
Área (Produto de origem animal, vegetal, entre outros)
3. Caso o produto ou estabelecimento esteja listada nas situações Suspenso, Cancelado ou
inexistente, consulte o fornecedor para maiores esclarecimentos.
Para produto de origem animal, pode-se ainda realizar a conferencia de seu registro no
Ministério da Agricultura, por meio do número do Serviço de Inspeção Federal (SIF),
impresso na embalagem:
1. Acessar o link http://extranet.agricultura.gov.br/sigsif_cons/!ap_estabelec_nacional_cons
2. A consulta é feita por preenchimento dos seguintes campos:
SIF
Razão Social
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CNPJ
3. Considera-se positivo o fornecedor / produto que não tiver pendencias indicadas na
busca.
2.2.3.3 Importações
Relativamente a produtos alimentícios importados, perante a ANVISA e o MAPA, para efeito
de registro e dispensa da obrigatoriedade de registro desses produtos, devem ser
obedecidos os mesmos trâmites e procedimentos para os alimentos produzidos
nacionalmente, sendo certo que os produtos importados na embalagem original e prontos
para oferta ao consumidor são registrados de acordo com a legislação específica.
2.2.4 Verificação de rotulagem/etiquetagem obrigatória
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro - é uma autarquia
federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que
atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do
Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro).
O INMETRO tem como objetivo:
• Executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade;
• Verificar a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades
de medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de medição
e produtos pré-medidos;
• Manter e conservar os padrões das unidades de medida, assim como implantar e
manter a cadeia de rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no País, de
forma a torná-las harmônicas internamente e compatíveis no plano internacional,
visando, em nível primário, à sua aceitação universal e, em nível secundário, à sua
utilização como suporte ao setor produtivo, com vistas à qualidade de bens e
serviços;
• Planejar e executar as atividades de acreditação de laboratórios de calibração e de
ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de certificação, de
inspeção, de treinamento e de outros, necessários ao desenvolvimento da infra-
estrutura de serviços tecnológicos no País; e
• Desenvolvimento, no âmbito do Sinmetro, de programas de avaliação da
conformidade , nas áreas de produtos, processos, serviços e pessoal, compulsórios
ou voluntários, que envolvem a aprovação de regulamentos.
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Os produtos sujeitos à etiquetagem compulsória e anuência do Inmetro são definidos pela
Lei n° 10.295, de 17/10/2001 e Decreto n° 4.059, DE 19/12/2001. Os principais itens
relacionados a atividade supermercadista são listados abaixo:
• Artigos escolares
• Artigos para festas
• Berços infantis, cadeiras de alimentação para crianças, carrinhos para crianças
• Condicionador de ar
• Copos plásticos descartáveis
• Equipamento de consumo de água
• Fogões e Fornos a Gás de Uso Doméstico, Fornos de micro-ondas, Refrigeradores
e Assemelhados, Máquinas de lavar
• Lâmpadas fluorescentes compactas com reator integrado à base, Lâmpadas LED
com Dispositivo Integrado à Base
• Televisores
A relação completa de produtos sujeitos à etiquetagem compulsória, pode ser consultada no
link http://www.inmetro.gov.br/qualidade/anuencia_Inmetro.asp?iacao=imprimir
Para realizar a consulta:
1. Acessar o link: http://www.inmetro.gov.br/prodcert/Produtos/busca.asp
2. A consulta pode ser feita por:
Produto
Empresa (nome ou CNPJ)
Número do certificado
3. Considera-se positivo o fornecedor cujo produto encontra-se dentro dos padrões
verificados.
NÍVEL 3
Para as empresas que possuem base de cadastro comercial com localização geográfica, é
possível verificar a conformidade socioambiental da propriedade de origem da produção em
relação sobreposição com áreas protegidas (Terras Indígenas e Unidades de
Conservação). Este requer um esforço bem maior por parte do supermercadista na
obtenção dos dados e avaliação. Mas já existem empresas especializadas na realização
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desta análise, especialmente desenvolvida para a cadeia da carne mas com potencial de
ampliação para outras áreas.
Controle territorial por coordenada geográfica
Esta etapa de Controle Territorial é feita identificando uma coordenada geográfica dentro
dos limites da propriedade e determinando uma superfície por meio de um raio. Esse
formato circular tem o propósito de gerar uma área para a propriedade possa ser analisada.
Por meio do controle territorial é possível verificar se existem áreas de sobreposição entres
as propriedades e as áreas protegidas, como Terras Indígenas e Unidades de
Conservação.
As coordenadas geográficas devem seguir os seguintes modelos:
Graus, minutos e segundos
Latitude: 23⁰ 11' 30” Sul
Longitude: 45⁰ 53' 8” Oeste
Datum: WGS84
Graus decimais
Latitude: -23.19166667
Longitude: -45.885556
Datum: WGS84
UTM
Latitude: 7434977.84793 metros Norte
Longitude: 409372.720424 metros Oeste
Fuso: 23 Sul
Datum: WGS84
As coordenadas geográficas podem ser extraídas de:
✓ Ato_Declaratorio_Ambiental
✓ Cadastro_Ambiental_Rural
✓ Calculo_Analitico_Area_Azimutes_Lados_Coordenadas_Geograficas_UTM
✓ Comunicado_Limpeza_Pastagem
✓ Contrato_Arrendamento_Imovel_Rural
✓ Contrato_Arrendamento_Pasto
✓ Contrato_Comodato
✓ Contrato_Compromisso_Compra_Venda_Imovel_Rural
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✓ Croquis_Acesso_Propriedade
✓ Documento_Procuracao_Propriedade
✓ Escritura_Publica_Compra_Venda
✓ Escritura_Publica_Compra_Venda_Espolio
✓ Imagem_Queima_Controlada
✓ Licenca_Ambiental_Rural
✓ Licenca_Ambiental_Unica
✓ Mapa_Digital_Propriedade
✓ Matricula_Imovel
✓ Memorial_Descritivo_Propriedade
✓ Pedido_Queima_Controlada
✓ Processo_Requerimento_Cadastro_Ambiental_Rural
✓ Processo_Requerimento_Licenca_Ambiental_Rural
✓ Processo_Requerimento_Licenca_Ambiental_Unica
✓ Solicitacao_Queima_Controlada
✓ Termo_Ajustamento_Conduta_Ambiental
O Brasil tem o maior sistema de monitoramento de desmatamento de florestas do mundo,
voltado para a Amazônia. As informações deste sistema estão disponíveis em dois canais
oficiais: em relatórios trimestrais sobre desmatamento (o DETER - Sistema de Detecção de
Desmatamento em Tempo Real) e em um consolidado anual, que revela as áreas
devastadas com alto grau de precisão (o Prodes – Programa de Monitoramento da Floresta
Amazônica Brasileira por Satélite).
3.1 Terras indígenas
O critério de associação a interação com Terras Indígenas é verificado por meio de
sobreposição entre a superfície (área) da propriedade com a área delimitada como Terra
Indígena pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio).
Para realizar a consulta:
1. Acessar os links:
http://www.funai.gov.br/index.php/2013-11-06-16-17-07
http://www.funai.gov.br/index.php/servicos/geoprocessamento
2. No menu lateral, fazer o download do tipo de arquivo de interesse
Shapefile – AutoCAD, ArcGIS, QGIS, KML – Google Earth
3. Verificar se há sobreposição entre a área da fazenda e as Terras Indígenas
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Em caso positivo, ou seja, se houve sobreposição entre a área produtiva e as Terras
Indígenas, o fornecedor deve ser indicado como “não favorável” para este critério
.
3.2 Unidades de conservação
O critério de associação a interação com Unidades de Conservação é verificado por meio
de
sobreposição entre a superfície (área) da propriedade com a área delimitada como Unidade
de Conservação pelo MMA-ICMBio (Ministério do Meio Ambiente - Instituto Chico Mendes
de
Conservação da Biodiversidade).
Para realizar a consulta:
1. Acessar o link: http://mapas.mma.gov.br/i3geo/datadownload.htm
2. Fazer o download dos arquivos em formato que preferir
3. Verificar se há sobreposição entre a área da fazenda e as Unidades de Conservação
Em caso positivo, ou seja, se houve sobreposição entre a área produtiva e as Unidades de
Conservação, o fornecedor deve ser indicado como “não favorável” para este critério.
3.3 Desmatamento recente – Prodes
O projeto PRODES realiza o monitoramento por satélites do desmatamento por corte raso
na
Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que
são usadas pelo governo brasileiro para o estabelecimento de políticas públicas.
O critério de associação a interação com polígonos de desmatamento do PRODES é
verificado por meio de sobreposição entre a superfície (área) da propriedade inscrita no
CAR com a área delimitada pelos polígonos do PRODES.
Para realizar a consulta:
1. Acessar o link: http://www.obt.inpe.br/prodesdigital/cadastro.php
2. Realizar o Cadastro
3. Realizar o download dos polígonos para o período e região
4. Verificar se há sobreposição entre o CAR e os polígonos do PRODES
Em caso positivo, ou seja, se houve sobreposição entre o CAR e os polígonos de
desmatamento, o fornecedor deve ser indicado como “não favorável” para este critério.
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3.4 Consulta de áreas contaminadas (para empresas no Estado de São Paulo)
http://areascontaminadas.cetesb.sp.gov.br/relacao-de-areas-contaminadas/
Em maio de 2002, a CETESB divulgou pela primeira vez a lista de áreas contaminadas,
registrando a existência de 255 áreas contaminadas no Estado de São Paulo. O registro
das áreas contaminadas é frequentemente atualizado e, após a última atualização, ocorrida
em dezembro de 2015, foram totalizados 5.376 registros no Cadastro de Áreas
Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo.
A APAS disponibiliza à seus associados o serviço gratuito de consultoria de gestão,
direcionando suas dúvidas a um time de especialistas capaz de melhor orienta-lo sobre
quaisquer dúvidas na área de sustentabilidade para o varejo.
Entre em contato com nossa central de relacionamento ou nos escreva