protagonismo juvenil: mapeando a arte e a cultura no estado de são paulo

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Protagonismo juvenil: mapeando a arte e a cultura no Estado de São Paulo

Relatório final – versão reduzida

Fevereiro 2010

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Realização: Coordenadoria Estadual de Juventude do Estado de São Paulo

Coordenação: Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP)

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Relato do Projeto

Sumário

• Metodologia• Banco de experiências do Estado de São Paulo• A típica experiência social com arte e cultura paulista• As experiências governamentais de São Paulo• Os projetos juvenis em São Paulo• Recomendações para políticas públicas • Principais Produtos• Equipe

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Metodologia

Quem são as experiências mapeadas

Iniciativas cujo trabalho principal é o desenvolvimento de atividades com jovens de comunidades de baixa renda, utilizando a arte e cultura em processos educativos, de fortalecimento de identidade e de inclusão social

Parcerias organizações locais: espaço, telefones, computadores e internet para a equipe de jovens: Cidade Escola Aprendiz (Vila Madalena, São Paulo) Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (Cachoeirinha, São

Paulo)

Prefeituras de Sorocaba, São Vicente, Ribeirão Preto e Sertãozinho

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Metodologia Fluxograma de trabalho

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A palavra dos jovens pesquisadores

“Acredito na transformação por meio da arte e da cultura. Meu destino seria diferente se eu não tivesse tido contato com esse tema. Minha própria vida é um exemplo dessa força de mudança. Durante a pesquisa, contei a minha história, conheci muitos grupos de jovens e procurei mostrar que existem outros trabalhos com arte e cultura transformando regiões.” Marcio José Moreno – equipe Aprendiz

“Convivi com jovens que pensam em um mundo melhor e diferente. Fico contente por poder fazer parte do grupo que se forma para mapear esse imenso Brasil, e que ligará todas as regiões em apenas um click! Eu também mudei com o mapeamento. O amadurecimento é natural, só depois nos damos conta da transformação que tivemos. Você muda, o mundo muda.” Rodrigo Vieira – equipe Aprendiz

“Na 7ª. série tive uma professora que pediu para eu escrever uma poesia. Anos depois entrei para o Grupo Literatura Suburbana e ganhei prêmio no concurso Mensageiro da Esperança . Achei o mapeamento bacana e quis participar. Descobri vários grupos de arte e cultura ótimos. Amadureci muito durante o processo porque precisei aprender a lidar com situações diversas, correr atrás para que as coisas acontecessem e também ter paciência.” Rodrigo Domenico Cezar, o Dodô – equipe CCJ

Metodologia Trabalho de Campo

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Evolução do trabalho de campo

Metodologia

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Os principais indicadores

• Quem são: categoria e áreas de atuação

• Onde estão e cobertura geográfica

• Situação legal e tempo de existência

• Pessoas envolvidas: perfil, cobertura e equipe

• Atividades: linguagens artísticas

• Financiamento: orçamentos, fontes de recursos

• Impactos gerados

• Principais necessidades

• Como se relacionam com as políticas públicas

Banco de experiências

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Banco de Experiências Sociais com Arte e Cultura do Estadode São Paulo

307 mapeados

56 organizaçõesgovernamentais

251 organizaçõesnão-governamentais

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Cobertura geográfica

• Quase totalidade (99%) atua na área urbana e apenas 16% atuam também na área rural

• apenas 3 projetos exclusivos do meio rural

46% região Metropolitana de São Paulo

35% do total na capital

Banco de experiênciasOnde Estão

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Cobertura geográfica (cont.)Os 307 mapeados têm sede em 105 municípios.

Há oferta de atividades em todos os municípios do Estado.

Banco de experiênciasOnde Atuam

246 projetos: 1 município

53 projetos: 2 a 4 municípios



2 projetos: mais de 30 municípios -Projeto Guri: 293 municípios

- Oficinas Culturais do Estado: todos os municípios

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Situação Legalmaioria das ONGs é formalmente constituída (195 projetos) • quase todas da área social (152 projetos)• metade dos grupos do meio artístico (37 projetos)

• apenas 6 grupos juvenis; 4 em processo de formalização

Banco de experiênciasQuem São

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Tempo de existência maioria dos 307 mapeados tem mais de 5 anos (67%)

• 32% têm mais de 10 anos (99 projetos)• 35% têm entre 5 e 10 anos (106 projetos) • 33% têm menos de 5 anos (102 projetos)

Banco de experiênciasQuem São

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Cerca de 363 mil crianças, adolescentes, jovens e adultos envolvidos de forma direta nas ações de arte e cultura no último ano

• governamentais: 298 mil (82%) • não-governamentais: 65 mil (18%)

• faixa etária principal: crianças e jovens até 18 anos outras faixas: 64% de 19 a 24 anos (64%), 25 a 29 anos (47%)

Cerca de 10 mil pessoas envolvidas nas equipes• metade das pessoas envolvidas é remunerada e integra as equipes fixas• 6% das pessoas são remuneradas em equipes temporárias• 44% das pessoas são voluntárias

Banco de experiências Pessoas envolvidas

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Banco de experiências Atividades e Metodologias

As linguagens artísticas• Música apontada como principal linguagem utilizada (27%)

mistura de linguagens (19%); dança e teatro (14%); audiovisual (10%)

• Outras linguagens apontadas além da principal dança, teatro, música e artesanato são as mais apontadas

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Orçamentos• cerca de um terço dos projetos (88) contou com recursos até R$ 10 mil

reais no último ano (até R$ 830/mês)• cerca de um terço (89) entre R$ 10 mil e R$ 50 mil/ano (até R$ 4.166.00/mês)• a maioria (70% - 253 projetos) até R$ 100 mil/ano (até R$ 8.333/mês)

projetos governamentais: orçamentos maiores

projetos juvenis: orçamentos menores

Banco de experiências Financiamento

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As fontes de recursosPrincipal fonte no último ano

governo municipal :

principal fonte de recursos para 35% dos projetos

• entidades privadas nacionais (empresas, fundações e institutos), contribuições de pessoas físicas (comerciantes, pessoas da comunidade, etc) também se destacam como principal fonte de recursos (16% dos projetos)

• governo estadual como principal fonte de custeio para 19 projetos (15 na região Metropolitana de São Paulo; 7 projetos estaduais; 4 do mundo social e 4 do mundo artístico)


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Receitas próprias• pouco mais de 1/3 (105 projetos) gera receitas com as atividades de

arte e cultura• proporção é bem maior (67%) nos grupos artísticos que geram receitas

Incentivos fiscais• 11% (33 projetos) não sabem a respeito• 49% (151 projetos) conhecem mas não utilizam• 40% (123 projetos) utilizam algum tipo de incentivo: - Fundos CMDCA: 69 projetos (56%) - Lei Federal: 47 projetos (38%) - Lei Municipal: 33 projetos (27%) - Lei Estadual: 22 projetos (18%)


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Os resultados com a população diretamente envolvida

• resultados mais apontados são no campo dos

processos educativos

• Outros resultados:

desenvolvimento comunitário formação artística e capacitação inserção econômica

Banco de experiências Impactos Gerados

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Todos os grupos indicam formas de contribuição

com outras organizações:

• grande maioria: oficinas artísticas e repasse de metodologias e saberes (73% a 67%)

• capacitação de profissionais e cessão de espaços (32%)

• experiência na articulação com poder público (24%)

• estratégia de comunicação (17%)

• metodologia de formação de liderança (15%)

• fortalecimento institucional (10%)

• metodologia de geração de receitas próprias (8%)

Banco de experiências Oportunidades de Intercâmbios

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As principais necessidades estão relacionadas aos aspectos institucionais e de custeio

• 170 projetos (55%) indicam como principal demanda apoio para gestão e captação de recursos

• 145 projetos (47%) apontam como prioridade o custeio das atividades• 80 projetos (26%) têm necessidades de infraestrutura física, material

e de recursos humanos

• 197 projetos (64%) já descontinuaram as ações por algum motivo: - mais da metade indicou falta de recursos financeiros (54%) - cerca de 18% apontaram falta de espaço físico e de apoios

não-financeiros

Banco de experiências Necessidades

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Contribuição

A grande maioria considera estar contribuindo comas políticas públicas (80%)

• as principais áreas de contribuição são Cultura (87%), Educação (64%) e Juventude (53%)

• 187 projetos (61%) têm representação em algum conselho

Apenas 20% declaram não ter como objetivo contribuir para as políticas públicas

Banco de experiências Políticas Públicas

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A típica experiência social com arte e cultura

• organização do mundo social , formalizada, com mais de 5 anos de existência, atuando no meio urbano, em especial na região metropolitana, e tendo a arte e a cultura como sua principal área de atuação. Trabalha com metodologia própria, mas não tem metodologia publicada

• trabalha com até R$ 100 mil/ano (R$ 8.333,00/mês) e tem como principal financiador o governo municipal; não gera receitas e utiliza incentivos fiscais

• tem baixa articulação com governo estadual em termos de apoio financeiro e outras parcerias; participa de algum conselho, em especial Direitos da Criança e do Adolescente, Cultura e Assistência Social; considera estar contribuindo com as políticas públicas

• desenvolve as atividades em sede própria, se apresenta na sua comunidade e no seu município e se articula com redes da própria comunidade

• aponta como principal necessidade gestão e captação de recursos e custeio das atividades


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56 programas e projetos governamentais mapeados 49 municipais e 7 projetos da esfera estadual

projetos governamentais predominam

em 5 das 15 regiões administrativas (43% a 57% dos mapeados na região): Araçatuba / Barretos / Central / Ribeirão Preto / São José do Rio Preto 3 regiões sem ações governamentais identificadas: Marília / Presidente Prudente / Registro

• maioria atua na área urbana; 7 projetos também atuam na área rural (2 de forma exclusiva)

• quase 100% dos projetos se restringem a apenas 1 municípioProjeto Guri (Secretaria Estadual de Cultura) têm pólos em 293 municípiosOficinas Culturais (Secretaria Estadual de Cultura ) ofertam atividades em todos os municípios

Banco de experiências As experiências governamentais

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21 grupos juvenis mapeados com 363 jovens envolvidos

• 6 grupos formais e 4 em processo de formalização• maioria com menos de 5 anos de existência• arte e cultura como principais áreas de atuação (2 em educação)• teatro e áudio visual como linguagens artísticas principais• maioria atua na área urbana (4 também em áreas rurais) e em apenas um município; 1/3 atua em

mais de um município• maioria tem até 20 integrantes na faixa etária de 15 a 29 anos, na sua maior parte oriundos de famílias

de baixa renda; 48% também têm pessoas oriundas de classes sociais mais favorecidas; 24% de afro-descendentes

• escolaridade (maioria): ensino médio completo; ensino superior (incompleto e completo)• envolvem diretamente 1.384 pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos • mobilizam 415 pessoas em suas equipes e 43% têm equipe fixa com profissional remunerado; grande

maioria tem voluntários• maioria (15 projetos) com orçamento até R$ 10 mil/ano (até R$ 833,00/mês)

- 11 projetos até R$ 5 mil/ano (até R$ 417/mês)

- 4 projetos de R$ 5 mil a R$ 10 mil/ano

- 6 projetos de R$ 10 mil a R$ 25 mil/ano

Banco de experiências Os projetos juvenis

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Parcerias público-privadas

• potencial da rede existente de 251 organizações sociais que trabalham com arte e cultura:

- foco no público jovem - foco na temática de juventude - processos educativos, desenvolvimento comunitário,

formação artística, capacitação e inserção econômica - dinamismo X maturidade

• oportunidade para desenvolvimento de programas governamentais: criação de espaços de escuta, diálogo e construção conjunta e implementação de políticas públicas

Recomendações paraPolíticas Públicas

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Parcerias público-privadas (cont)

• agenda de promoção e apoio a grupos juvenis: - grande dinamismo X baixos recursos 11 grupos com mais de 5 anos• construção de agenda com empresas que

utilizam mecanismos de incentivos fiscais federais e estaduais: pactuação de critérios de escolha de projetos a serem apoiados convergentes com os objetivos das políticas públicas


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Articulações governamentais

• aproveitamento da capilaridade já existente no Estado pela atuação de projetos do Governo do Estado (Projeto Guri e Oficinas Culturais)

• importância de trabalhar em articulação com outras áreas do governo estadual e das prefeituras: maioria dos projetos aponta arte e cultura como área principal; assistência e promoção social e educação também aparecem

• criação de canais ágeis de comunicação com as prefeituras: baixo retorno ao mapeamento; apenas 49 iniciativas responderam ao questionário

• potencial de integração com agenda das prefeituras : 49 projetos municipais (área de cultura) e governo municipal como importante financiador e parceiro não financeiro dos grupos e organizações

• oportunidades das políticas públicas federais, em especial Programa Cultura Viva: estimular e apoiar as organizações para que possam fazer parte da rede de pontos de cultura


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Agenda de fortalecimento institucionalGestão, captação de recursos, circulação e intercâmbios

• desenvolvimento de ações que permitam atingir conjuntos de projetos com foco na juventude

• formação de redes regionais (grupos mais maduros e grupos novos)• apoio a sistematização de metodologias de trabalho

• eventos, mostras e festivais: promoção e apoio para participação

• parceria com organização especializada para o desenvolvimento de ferramentas de gestão para os grupos juvenis

• estratégias de capacitação que favoreçam o aproveitamento de oportunidades existentes: Programa Cultura Viva, utilização de incentivos fiscais para captação de recursos, participação em editais, concursos, etc.


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Agenda de conhecimento

• Banco de experiências:

- divulgação e debate sobre os principais achados da pesquisa

- expansão dos grupos juvenis no banco de dados (Portal da Juventude)

• fundos de intercâmbios para circulação de conhecimento e boas práticas


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Principais produtos • Banco de dados com as 81 informações constantes dos

questionários para os 307 grupos e organizações • Tabelas estatísticas de todas as informações constantes

do banco de dados para o conjunto dos 307 grupos• Revista “Mapa da Mina” com os resultados do

mapeamento e depoimentos diversos (5 mil unidades)• Folder com resumo dos resultados (5 mil unidades)• Lista de contatos de 307 grupos e organizações

Banco de dados disponível ao público no sitewww.juventudearte.org.br com acesso através de diferentesfiltros, por município, categoria e linguagem artística (mar/2010)

O mapeamentoem São Paulo

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Equipe responsávelCEPPCoordenação geral Angela Nogueira e Beatriz AzeredoAssistente de pesquisa Juliana Pamplona e Pedro ModestoAdministrativo Marivalda KleinBanco de dados Dirceu BarquetteComunicação Carolina Trevisan e Cristiana Candal Design gráfico Clarissa Teixeira

Fotos Carol Quintanilha e Bob Paulino

O mapeamentoem São Paulo

Coordenação local Marla Santos e Wilq VicenteJovens pesquisadores Adriana dos Santos Ferreira Greicy Karla Faria Hebert Alves Senna Israel Francisco do Nascimento Neto Jean Tadeu de Mello Silva Karen Rego Leandro Gomes de Paula Luciano Frontelle de Paula Filho Marcio José Moreno Rimenna Procópio Preto Rodrigo Domenico Cezar Rodrigo Felipe Costa e Oliveira Vieira Talita Leôncio Tiago Araújo Chaves Vanice Deise

protagonismo juvenil: mapeando a arte e a cultura no estado de são paulo

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