protagonismo juvenil e formação humana no espaço escolar · unidade l – protagonismo ......

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Produção Didático-Pedagógica – Turma 2016

Título: Protagonismo Juvenil e Formação Humana no Espaço Escolar

Autor: Lucimara Farias Furtado

Disciplina/Área: Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Duque de Caxias / São Mateus do Sul

Município da escola: São Mateus do Sul

Núcleo Regional de Educação: União da Vitória

Professor Orientador: Nájela Tavares Ujiie

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Paraná -UNESPAR – Campus de

União da Vitória

Resumo:

Este caderno pedagógico organiza-se em quatro unidades,

integrando as atividades do PDE (Programa de

Desenvolvimento Educacional), ano de 2016. Apresenta-se

como referencial teórico/prático para a implementação do

projeto de intervenção pedagógica no Colégio Estadual

Duque de Caxias, a fim de instrumentalizar as oficinas que

serão realizadas com alunos do Ensino Médio. O material

apresenta possibilidades metodológicas para a realização de

atividades práticas amparadas por uma fundamentação teórica

simples e objetiva, que visa à formação humana e o incentivo

ao Protagonismo Juvenil. Espera-se que este caderno seja

utilizado por professores e pedagogos, como instrumento de

apoio à formação de alunos de outros colégios do Estado do

Paraná, tendo em vista que o mesmo será socializado com

professores participantes do GTR (Grupo de Trabalho em

Rede), e posteriormente publicado. Assim, todo educador

com interesse no tema poderá utilizá-lo em sua prática,

exercendo o papel de irradiador de saberes e de novas práticas,

tendo o compromisso com a formação crítica, a ordenação do

pensamentos, a criação de ideias autônomas e a descoberta do

novo.

Palavras-chave: Protagonismo Juvenil; Espaço Escolar; Práticas Pedagógicas;

Formação Humana.

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico

Público:

Alunos do Ensino Médio

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Lucimara Farias Furtado NRE União da Vitória-PR - PDE

Orientadora: Profa. Dda. NájelaTavares Ujiie UNESPAR/UVA

PROTAGONISMO JUVENIL E FORMAÇÃO HUMANA NO ESPAÇO ESCOLAR

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Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABW4QAG/a-educacao-que-produz-saude?part=2

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Sumário

Apresentação......................................................................................................................06

Asas e gaiolas.....................................................................................................................08

Unidade l – Protagonismo Juvenil; O que é isso? ........................................................09

1ª oficina /Objetivos............................................................................................................10

Atividade 1..........................................................................................................................11

Atividade 2..........................................................................................................................12

Atividade 3..........................................................................................................................13

Atividade 4..........................................................................................................................15

2ª oficina /Objetivos............................................................................................................16

Vamos falar de Protagonismo Juvenil................................................................................17

Atividade 1..........................................................................................................................19

Atividade 2..........................................................................................................................20

Unidade ll – Respeito é bom e eu gosto! .......................................................................22

3ª oficina /Objetivos............................................................................................................23

Falando de Respeito..........................................................................................................24

Atividade 1..........................................................................................................................26

Atividade 2..........................................................................................................................27

Atividade 3..........................................................................................................................27

Atividade 4..........................................................................................................................28

4ª oficina /Objetivos............................................................................................................29

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Atividade 1..........................................................................................................................31

Atividade 2..........................................................................................................................32

Atividade 3..........................................................................................................................33

Atividade 4..........................................................................................................................34

Unidade lll – Diversidade; Por todos e para todos........................................................35

5ª oficina /Objetivos............................................................................................................36

Falando de Diversidade......................................................................................................37

Atividade 1..........................................................................................................................46

Atividade 2..........................................................................................................................47

Atividade 3..........................................................................................................................48

Atividade 4..........................................................................................................................49

6ª oficina /Objetivos............................................................................................................50

Atividade 1..........................................................................................................................51

Atividade 2..........................................................................................................................52

Unidade lV – ÉTICA? Para que? ......................................................................................53

7ª oficina/objetivos..............................................................................................................54

Agora vamos falar de Ética.................................................................................................55

Atividade 1..........................................................................................................................58

Atividade 2..........................................................................................................................59

Atividade 3..........................................................................................................................60

Atividade 4..........................................................................................................................61

8ª Oficina/objetivos.............................................................................................................64

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Atividade 1.......................................................................................................................65

Referências........................................................................................................................68

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Caros professores (as);

Este Caderno Pedagógico faz parte das atividades previstas no Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE e se constitui como estratégia de ação do Projeto de

Intervenção Pedagógica a ser implementado no primeiro semestre de 2017.

Surgiu da necessidade de proporcionar aos alunos do Ensino Médio do Colégio

Estadual Duque de Caxias situado em São Mateus do Sul, núcleo regional de União da

Vitória, espaços e momentos onde estes possam, ter acesso a temas que possibilitem

formação humana ao passo que estimule de forma consciente o protagonismo juvenil.

Ao analisar o dia a dia da escola fica notório que os alunos têm pouca ou nenhuma

participação em assuntos relativos ao bem comum, existindo uma certa alienação em

relação aos problemas sociais e o desinteresse pela ação social transformadora.

Um dos fatores que contribui para isso é a falta de espaços e momentos, onde os

jovens possam ter uma participação ativa e efetiva nas situações e até mesmo problemas

que fazem parte da vida coletiva no espaço escolar. Ficando assim, eminente a

necessidade de se apontar encaminhamentos pedagógicos, para se fortalecer o papel da

escola na formação humana dos jovens tornando-os protagonistas de suas ações.

De maneira geral os documentos relacionados à educação corroboram com a

necessidade de se incorporar práticas pedagógicas que permitam a formação humana e a

participação dos jovens.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996 propõe a vinculação da

educação escolar ao trabalho e às práticas sociais (BRASIL, 1996). O Artigo 205 da

Constituição Federal (BRASIL, 1988), reafirma o fim maior da educação no pleno

desenvolvimento da pessoa: seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o

trabalho.

Conforme Saviani (2004), para quem a ação educativa tem seus objetivos

indicados pelas necessidades humanas, ou seja, pelas condições da sociedade, é

necessário, portanto, reestruturar o currículo escolar, reorganizar os tempos e espaços na

escola, buscando desenvolver a consciência individual e coletiva dos jovens que ali estão.

Apresentação

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Considerando urgente a necessidade de se ter um novo olhar para o espaço

escolar, tornando-o mais democrático e solidário elaboramos este documento, visando sua

utilização em oficinas dirigidas à formação de alunos.

A fim de corroborar as estratégias previstas no projeto de pesquisa, este será

o documento norteador para a realização de oito oficinas, cada uma com duas horas de

duração, sendo estas ofertadas para duas turmas do Ensino Médio do período matutino

somando um total de dezesseis horas de atividade em cada uma delas. Com este

documento e sua aplicação nas oficinas pretende-se demonstrar que a partir do momento

que oferecemos aos nossos jovens, espaços e formação, esses podem demonstrar que

tem interesse e capacidade para; perceber, analisar e propor ações para melhorar o espaço

escolar.

Este material constitui um conjunto de sugestões didático-pedagógicas, podendo

serem utilizadas por professores em sala de aula bem como por pedagogos na capacitação

de grupos de alunos. Procurou-se, para isso, apresentar textos e atividades factíveis aos

mais diversos contextos escolares, levando os participantes à reflexão e posteriormente à

uma ação.

O presente material contempla intervenções, através da proposição de oficinas

formativas e interventivas que possibilitem formação humana e protagonismo juvenil,

apresentadas em quatro unidades. Lembrando que o mesmo irá instrumentalizar a

construção do artigo final, última etapa do PDE.

UNIDADE 2 RESPEITO É BOM E EU GOSTO!

UNIDADE 3 DIVERSIDADE; POR TODOS E PARA TODOS.

UNIDADE 4 ÉTICA? PARA QUE ?

UNIDADE l PROTAGONISMO JUVENIL; O QUE É ISSO?

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Asas e gaiolas Rubem Alves1 “Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros

desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são

pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode

levá-los para onde quiser. Deixaram de ser pássaros.

Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são

asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam

são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros

coragem para voar. O voo não pode ser ensinado. Só

pode ser encorajado.

Fonte:http://professoratulyani.blogspot.com.br/2012/10/devocional-da-madrugada.html

1 Rubem Alves (1933-2014) foi teólogo, educador, tradutor e escritor brasileiro. Autor de livros de filosofia, teologia,

psicologia e de histórias infantis.

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UNIDADE I

PROTAGONISMO JUVENIL; O QUE É ISSO?

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Objetivos

Tempo

Acolher e integrar o grupo

Atividade 1

35 min

Apresentar de forma dialogada o projeto

Atividade 2

15 min

Aplicar questionário

Atividade 3

40 min

Despertar nos alunos a ideia de que o

jovem é capaz

Atividade 4

30 min

1ª Oficina

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Atividade 1

Acolher os estudantes em um ambiente previamente preparado com as cadeiras

organizadas em semicírculo. Entregar a cada aluno um cartão com o nome do projeto

e um bombom.

Proporcionar a integração dos participantes através da dinâmica: “Pegou

Apresentou”.2 Passos para realização da mesma;

1. Distribuir para cada participante uma ficha e um balão vazio.

2. Orientar que escrevam na ficha: o nome, série, turma e o que esperam ver nas

oficinas.

3. Pedir que enrolem o pedaço de papel e o coloquem dentro do balão, encham-no

de ar e o amarrem.

4. Quando todos estiverem com as etapas concluídas, solicitar que se dirijam ao

centro da sala. Com um fundo musical, orientar que comecem a bater os balões

aleatoriamente.

5. Quando a música parar, cada participante deve pegar o balão que estiver mais

próximo e se dirigir ao seu lugar no semicírculo.

6. Orientar que um dos alunos (manifestação voluntária) se dirija a frente do

semicírculo, estoure o seu balão e chame o colega que irá apresentar, conforme a

ficha que encontrar.

7. O participante que foi apresentado fará o mesmo e assim sequencialmente.

8. Se a sequência for quebrada, de continuidade com outro estudante.

Fonte: https://gartic.com.br/regras

2 Dinâmica adaptada do Protagonismo juvenil: caderno de atividades/Ministério da Saúde, Secretaria de. Políticas de

Saúde, Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem .Disponível: http://bvsms.saude.gov.br/bvspublicacoes/cd06 13.pdf

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Atividade 2

Realizar a apresentação do Projeto de implementação através de uma roda de

conversa com os estudantes, ressaltando;

1. Como surgiu o projeto

2. Porque alunos do Ensino Médio participando do projeto

3. A importância do envolvimento de todos

4. O objetivo a ser alcançado

Em seguida reproduzir os vídeos; Daniela Mercury & Jovens Protagonistas "Rap

da Superação" disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FiNSth95cH4

e Ana Júlia assembleia legislativa do Paraná, disponível https://www.youtube.

com/watch?v=pUQLs9y_fx4

Ao final propor aos alunos que em uma folha de sulfite escrevam a palavra que

lhe chamou mais atenção nos vídeos, estas palavras serão expostas em uma

mural destinado somente ao projeto de intervenção.

O videoclipe do “Rap da Superação” foi

gravado em 2006 e contou com a

participação de protagonistas do Distrito

Federal, Santa Catarina e São Paulo. O

rap foi feito com o objetivo de levar ao

mundo a mensagem de que os jovens não

são problema, são solução! A letra mostra

o que é ser protagonista e vencer desafios

na transformação da escola e de si

mesmo. É um convite para o jovem

reconhecer suas forças, trabalhar em

time.

O vídeo; Ana Júlia assembleia

legislativa do Paraná, traz a

emocionante fala da aluna Ana Júlia,

de 16 anos, do Colégio Estadual

Manuel Alencar Guimarães, na

Assembleia Legislativa do Paraná,

representando as mais de 850 escolas

e institutos federais ocupados no

estado.

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Atividade 3

Neste momento será aplicado o questionário abaixo, com o intuito de se verificar

quais são as percepções que os alunos têm sobre; protagonismo juvenil e

formação humana no espaço escolar.

Este mesmo questionário será aplicado novamente nas mesmas pessoas ao final

da intervenção, com o objetivo de constatar se, balizado pelos estudos, discussões

e atividades realizadas nas oficinas houve a mudança no entendimento sobre o que

é ser protagonista e a importância da formação humana.

Fonte:https://outrarenda.com/pesquisas-pagas-aprenda-ganhar-dinheiro

O questionário, segundo Gil (1999, p.128), pode ser definido “como

a técnica de investigação composta por um número mais ou menos

elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo

por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos,

interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”.

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Pense e responda.

1) A escola é importante para você? Por quê?

_____________________________________________________________

2) Você se sente parte da escola?

______________________________________________________________

3) Para você, quem é que administra a escola?

______________________________________________________________

4) Quem você acha que toma as decisões na escola?

______________________________________________________________

5) Os alunos participam das tomadas de decisão da escola?

_____________________________________________________________

6) Você já participou de alguma atividade onde pudesse falar de situações

que te incomodam tendo possibilidade de propor mudanças para a

mesma?

______________________________________________________________

7) O que você sabe sobre Protagonismo Juvenil ?

_____________________________________________________________

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ATIVIDADE 4 Nesta atividade os alunos serão levados a perceber que tem poder e capacidade

para realizar ações transformadoras.

Para isso apresentaremos o texto; Veja lista de crianças que fizeram a diferença no

mundo. Disponível em http://g1.globo.com/dia-das-criancas/2013/noticia/2013/10/veja-lista-de-

criancas-que-fizeram-diferenca-no-mundo.html .

Os alunos serão distribuídos em 7 grupos e receberão uma cópia do texto, contendo

a história de uma criança/adolescente.

Depois de terem feito a leitura, deverão eleger um orador. Este deverá reproduzir a

história que recebeu para o grande grupo. Ao final da oficina cada aluno receberá a

mensagem abaixo com um chocolate.

“ Peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, crê que vocês não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. E tenham também a coragem de ser felizes!” Papa Francisco

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Objetivos

Duração

Trabalhar conceitos e características do

protagonismo juvenil.

Atividade 1

60 min

Reflexão sobre o papel da escola como

ambiente propiciador de oportunidades

para o desenvolvimento do protagonismo

juvenil; - Despertar nos estudantes o

interesse pela participação ativa na

comunidade escolar como agente de

mudança.

Atividade 2

60 min

2ª Oficina

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Vamos falar de Protagonismo

Juvenil3

Fonte:https://pt.dreamstime.com/ilustrao-stock-grupo-de-jovens-dos-desenhos-animados-image76008023

O Protagonismo Juvenil é um tipo de ação de intervenção no contexto social para

responder a problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal. É uma forma superior

de educação para a cidadania não pelo discurso das palavras, mas pelo curso dos

acontecimentos. É passar a mensagem da cidadania criando acontecimentos, onde o jovem

ocupa uma posição de centralidade.

Protagonismo Juvenil significa, tecnicamente, o jovem participar como ator principal

em ações que não dizem respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a problemas

relativos ao bem comum, na escola, na comunidade ou na sociedade mais ampla. Outro

3 Texto elaborado com base no livro de Antônio Carlos Gomes da Costa. Protagonismo Juvenil: adolescência, educação e

participação democrática. Salvador: Fundação Odebrecht, 2006.

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aspecto do protagonismo é a concepção do jovem como fonte de iniciativa, que é ação;

como fonte de liberdade, que é opção; e como fonte de compromissos, que é

responsabilidade.

Na raiz do protagonismo tem que haver uma opção livre do jovem, ele tem que

participar na decisão se vai ou não fazer a ação. O jovem tem que participar do

planejamento da ação. Depois tem que participar na execução da ação, na sua avaliação

e na apropriação dos resultados. Existem dois padrões de protagonismo juvenil: quando as

pessoas do mundo adulto fazem junto com os jovens e quando os jovens fazem de maneira

autônoma.

A palavra protagonismo é formada por duas raízes gregas: proto, que significa

"o primeiro, o principal"; agon, que significa "luta". Agonistes, por sua vez, significa "lutador".

Protagonista quer dizer, então, lutador principal, personagem principal, ator principal.Uma

ação é dita protagônica quando, na sua execução, o educando é o ator principal no

processo de seu desenvolvimento.

O centro da proposta é que, através da participação ativa, construtiva e solidária,

o adolescente possa envolver-se na solução de problemas reais na escola, na comunidade

e na sociedade.

No interior dessa concepção, o educando emerge como fonte de iniciativa (na

medida em que é dele que parte a ação), de liberdade (uma vez que na raiz de suas ações

está uma decisão consciente) e de compromisso (manifesto em sua disposição de

responder por seus atos).

Para saber mais; sobre Protagonismo Juvenil e Projetos que incentivam o mesmo, acesse

os sites:

.

http://portal.aprendiz.uol.com.br/2016/03/10/18-experiencias-que-apostam-na-

autonomia-e-protagonismo-estudantil-para-transformar-educacao/

http://www.promenino.org.br/servicos/biblioteca/o-que-e-protagonismo-juvenil

http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34696

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Atividade 1

Realizar leitura coletiva do texto Vamos Falar de Protagonismo. Em seguida propor

aos alunos que definam em uma palavra o que é ser protagonista, registrando a

mesma em uma folha de creative paper.

Terminada essa atividade preparar a sala para realização da seguinte atividade;

Dinâmica: Adolescência e protagonismo 4

Material; Folhas de papel para Kraft

Canetas coloridas.

Tesouras.

Revistas e jornais velhos.

Tubos de cola.

Papel lustro

Orientar o grupo para se subdividir em 4 grupos. 2 destes grupos deverão construir

um jovem protagonista e os outros 2 construirão uma jovem protagonista. Esta

construção poderá ser feita da maneira que eles acharem conveniente, lembrando

que depois cada grupo terá que apresentar este ou esta jovem para os demais grupos.

Pontos para discussão - O que é protagonismo?

Por que se costuma dizer que o/a adolescente tem uma autonomia relativa?

Qual é o papel da escola quando se trabalha com a perspectiva do jovem como

protagonista?

Como cada um percebe as possibilidades de ser protagonistas em sua escola.

4 Dinâmica adaptada do Protagonismo juvenil: caderno de atividades/Ministério da Saúde, Secretaria de. Políticas de

Saúde, Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem .Disponível: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ cd06_13.pdf

Os” jovens protagonistas” confeccionados

juntamente com as palavras elencadas na atividade

anterior irão compor o mural destinado a expor todas

as atividades realizadas durante implementação do

projeto.

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Atividade 2

Nesta atividade os alunos serão estimulados a refletir sobre o que eles pensam que

a escola devem lhes oferecer, como deve ser a escola para eles. Além disso, serão

estimulados a pensar como eles podem transformar a escola - com ideias e ações

num lugar agradável, onde eles poderão ter oportunidades de se desenvolverem e

se prepararem para os próximos passos de suas vidas.

Desenvolvimento da atividade:

1º momento, será distribuído dois pedaços de papel para cada estudante, em

seguida cada um escreverá em um pedaço de papel sua opinião sobre “A escola

que gostaria de ter”, e em outro pedaço responderão a pergunta: O que posso fazer

para minha escola ser melhor.

2º momento, discutir com o grupo como a escola que se tem pode se transformar

na escola que se gostaria de ter, e como cada um pode participar desta

transformação. Lembrando que a escola é um espaço privilegiado de participação

social e exercício de cidadania para os adolescentes. O ponto principal deste

trabalho é comprometê-los com o processo de transformação da escola que

frequentam. Discutindo e refletindo sobre as várias possibilidades de atuação dos

jovens, com o objetivo de melhorar as condições físicas, materiais, relacionais e

pedagógicas do seu ambiente escolar. Incentivando ações que possam ser

planejadas, executadas e avaliadas pelos próprios alunos. O jovem precisa

perceber que é capaz e responsável por tudo aquilo que vive, dando-se conta da

importância da sua ação, desde a manutenção da limpeza, conservação dos

materiais, cumprimento de tarefas escolares, atenção às aulas, convivência

solidária e respeitosa com os colegas

3º momento expor as perguntas e respostas no mural do projeto.

Page 23: Protagonismo Juvenil e Formação Humana no Espaço Escolar · Unidade l – Protagonismo ... relação aos problemas sociais e o desinteresse pela ação social transformadora. Um

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4º momento, a atividade será finalizada com a exibição do vídeo; A maior flor do

mundo de José Saramago5. Disponível https://www.youtube.com/watch?v=YUJ7c

DSuS1U

Fonte:http://derosepalace.blogspot.com.br/2010/07/maior-flor-do-mundo-jose-saramago_01.html

5 José de Sousa Saramago foi um escritor português. Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também

ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.

O vídeo “A Maior Flor do Mundo” elaborado por José Saramago narra a história de uma criança que faz a diferença. Ao se deparar com um lugar vazio e triste ele encontra uma flor já praticamente morta que ao seus olhos continua tão bela e viva como provavelmente foi um dia, mostrando que em uma criança a esperança nunca acaba. Ele então para tentar ajuda-la caminha por toda a floresta até o riacho a procura de água para sustenta-la, repetindo o percurso diversas vezes até perceber que a flor se encontra em um estado melhor e saudável, e esta, cresce como nunca uma flor cresceu antes, se tornando a maior flor do mundo.

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UNIDADE II

RESPEITO É BOM E EU GOSTO!

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Objetivos

Duração

Definir Respeito. Atividade 1

30 min

Refletir sobre a capacidade de se colocar no lugar do outo.

Atividade 2

40 min

Perceber a importância do respeito.

Atividade 3

20 min

Repensar o valor da escola.

Atividade 4

30 min

3ª Oficina

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Falando de respeito6

Fonte:https://www.linkedin.com/pulse/import%C3%A2ncia-do-fortalecimento-de-v%C3%ADnculo-familiar-na-escola-l-silva-

Respeito é um substantivo de origem latina respectus, significa a ação ou o efeito

de respeitar, consideração. Pode ser definido como uma admiração demonstrada ou

sentida por alguém que você confia e que admira. Seu significado original do latim quer

dizer "olhar outra vez", isso da à ideia de julgar algo de forma correta, quando isso merece

ser de fato reconhecido. Por essa razão, respeito também pode ser considerado como uma

forma de prestar culto, veneração, elogio, ou fazer um tributo a alguém, assim é como ouvir

a expressão:

O respeito não é propriamente um sentimento, mas uma atitude ou um

comportamento que a lei moral exige dos seres humanos a partir de suas relações uns com

os outros. Essa concepção de respeito é expressa na fórmula do imperativo categórico, o

qual exige que os seres racionais se tratem reciprocamente como fins em si mesmos.

Dentre os valores do ser humano, o respeito é um dos mais importantes para a

interação social. O respeito é o que impede que um indivíduo tenha atitudes condenáveis,

mesquinhas e também perigosas em relação ao seu semelhante.

6 Adaptado do texto: O que é respeito. Disponível em https://www.significadosbr.com.br/respeito. Consulta em

01/10/2016

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Respeito pode ser uma admiração pelas qualidades reais do outro. Quando uma

pessoa é rude isso é considerado como um desrespeito (antônimo de respeito), ao passo

que atitudes que honram alguma coisa são consideradas como respeitosas e belas.

O respeito também pode ser considerado como um sentimento positivo que leva

ao cumprimento e obediência de algumas normas, por exemplo, respeitar as leis do país.

Respeitar o próximo não significa que você concorda com ela em todos os

aspectos, mas sim que você sabe conviver de forma respeitosa, sem discriminar ou afrontá-

la, somente porque a mesma fez escolhas diferentes das suas.

O que é respeito mútuo

Respeito mútuo é uma locução que define a conexão de respeito entre dois ou

mais indivíduos, é o mesmo que respeito recíproco.

O respeito mútuo geralmente é construído no meio familiar e educacional, esses

têm o comprometimento de desenvolver nos "jovens cidadãos" a maneira solidária e

civilizada de agir e se comportar em ambientes sociais.

Ele é uma das bases da convivência humana que deve ser considerada

essencialmente para a constituição de uma sociedade civil, com justiça e educação, entre

os diferentes grupos econômicos, sociais, culturais, étnicos e econômicos.

O respeito pode funcionar como uma "barreira", traçando um limite dos atos de

um indivíduo para com outro. Implica reconhecimento de si e do outro como igual e

diferente, porque o outro é igualmente digno de respeito, porque humano,

independentemente da diferença de função, idade, raça, classe social etc., mas também

porque único, singular.

Fonte: http://pt.depositphotos.com/vector-images/girls-holding-hands.html

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ATIVIDADE 1

Após a leitura do texto (cada aluno terá uma cópia) os alunos receberão uma ficha

com o seguinte questionamento;

Em seguida pedir para que cada aluno apresente sua resposta para o grande

grupo, o professor irá anotar as palavras chaves no quadro negro.

A partir dessas palavras, elaborar uma definição coletiva para RESPEITO. Sendo

a mesma exposta no mural do projeto.

Fonte: http://tccendoeeducando.blogspot.com.br/2009/06/atividades-ludicas-em-lingua.html

Para você o que significa RESPEITO?

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ATIVIDADE 2

Neste momento desenvolver a dinâmica: "Feitiço contra o feiticeiro"7

Objetivo: Moral: Não deseje para os outros o que você não gostaria que fizessem

com você.

Pedir para que os alunos façam um grande círculo.

Entregar uma tira de papel para cada um.

Orientar para que cada um escreva algo que gostaria que o colega fizesse (mico

mesmo), lembrando que eles devem escrever para eles, nenhum colega poderá ver.

Após isto, recolhe-se os papéis e revela-se o que eles escreveram. O que eles

escreveram será o que eles próprios irão fazer no centro da roda.

Ressaltar a moral da dinâmica para com os alunos.

ATIVIDADE 3

Realizar a reprodução e análise do vídeo: Lição de vida, o mundo dá voltas.

Disponível em https://www.youtube.com/watch? v=uYIAqgigY1g

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=9tml9LDoIWI

Numa roda de conversa pedir aos alunos que respondam as seguintes perguntas:

7 Disponível em http://www.trabalhosfeitos.com/topicos/dinamica-de-grupo-o-feiti%C3%A7o-vira-contra-o-feiticeiro/0

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Em quais momentos você percebeu a relação de respeito?

Qual cena lhe chamou mais a atenção? Por que?

No seu dia a dia você observa tais atitudes? Onde? Como?

ATIVIDADE 4

Reproduzir o vídeo: A Escola, de Paulo Freire8, disponível pelo link: https: //

www.youtube.com/watch?v=aXRSU6OEvJM

Entregar uma folha com a reprodução do mesmo

Após questionar, se pra eles a escola é como diz o poema. Sim por que? Não por

que?

Para concluir essa reflexão cada aluno ira ilustrar com recortes de revista a folha

com o poema. Estas ilustrações irão compor o mural do projeto.

Fonte: http://informaticaeducativaparaospequenos.blogspot.com.br/2012/02/desenhos-para-colorir-e-se-divertir.html

8 Paulo Freire, Graduado pela Faculdade de Direito de Recife (Pernambuco). Foi professor de Língua Portuguesa do

Colégio Oswaldo Cruz e diretor do setor de Educação e Cultura do SESI (Serviço Social da Indústria) de 1947-1954 e superintendente do mesmo de 1954-1957. Ao lado de outros educadores e pessoas interessadas na educação escolarizada, fundou o Instituto Capibaribe. Ele foi quase tudo o que deve ser como educador, de professor de escola a criador de ideias e “métodos”.

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Objetivos

Duração

Identificar a moral de uma fábula.

Atividade 1

30 min

Elencar relações de respeito.

Atividade 2

30 min

Registrar situações de respeito e

desrespeito no espaço escolar.

Atividade 3

30 min

Elaborar um pacto.

Atividade 4

30 min

4ª Oficina

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O respeito mútuo não está sendo proposto como mera prescrição, mero dever ser, mas como algo que permeia, por princípio, as relações estabelecidas pelos sujeitos, em toda e qualquer situação. O respeito mútuo implica reconhecimento de si e do outro como igual e diferente, porque o outro é igualmente digno de respeito, porque humano, independentemente da diferença de função, idade, raça, classe social etc., mas também porque único, singular.9

Fonte:http://colegiometodista.g12.br/ie/noticias/mais-um-ano-se-iniciais

9 Retirado de Orientações gerais : educação em direitos humanos /nVlado Educação - Instituto Vladimir Herzog . --1. ed.

-- São Paulo : Instituto Vladimir Herzog, 2015. -- (Projeto respeitar é preciso!)

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ATIVIDADE 1

Iniciaremos esta oficina propondo aos alunos a leitura da fábula do Porco Espinho.

Os alunos farão leitura em duplas, e deverão destacar em que momento percebem o

respeito ou falta dele.

Compartilhar com os demais o que perceberão.

Cada dupla deverá produzir a sua própria moral da história, estas serão expostas no

mural.

PARÁBOLA DO PORCO ESPINHO10

Durante uma era glacial, quando o globo terrestre esteve coberto por grossas

camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, por não

se adaptarem ao clima gelado.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se

proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se um pertinho do outro. Assim, um

podia aquecer o que estivesse mais próximo. E todos juntos, bem unidos, aqueciam-

se, enfrentando por mais tempo aquele inverno rigoroso.

Porém, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais

próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, calor vital, questão de

vida ou morte. Na dor das “espinhadas”, afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.

Dispersaram-se por não suportar os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito.

Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer

congelados. Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito,

com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância

do outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar,

sem causar danos recíprocos. Assim, aprendendo a amar, resistiram ao gelo.

Sobreviveram.

Fonte:http://virtudesaqui.blogspot.com.br/2016/06/a-fabula-do-porco-espinho.html

10 Adaptado de Recanto das Letras, disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/mensagensdeamizade/3768663

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ATIVIDADADE 2

Neste momento serão entregue à cada aluno um cartão (conforme modelo abaixo)

e canetas coloridas.

Orientar os alunos que copiem e respondam os seguintes questionamentos que

estarão no cartão.

Ao terminar de preencher o cartões os alunos deverão colocá-los no mural do

projeto.

Quem eu respeito ..... Por que eu respeito ..... Quem me respeita .... Por que me respeita ...

Fonte;http://www.caranguejo.org.br/almanaque-ambiental-01/

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ATIVIDADADE 3

Dando continuidade a oficina número 2, realizaremos o exercício de; individualmente

recuperar experiências vividas11 e refletir sobre elas. A ideia é resgatar situações

em que alguém tenha sido desrespeitado e também se perceber como ator de

desrespeito, observando que isso acontece com todos destacando quais sentimentos

surgiram nessas situações.

Lembrar e registrar:

- Uma situação na escola em que você foi desrespeitado por alguém. Como

se sentiu. Como reagiu.

- Uma situação na escola em que você foi respeitado por alguém. Como se

sentiu. Como reagiu.

- Uma situação na escola em que você respeitou alguém. Como se sentiu.

Como reagiu.

- Uma situação na escola em que você desrespeitou alguém. Como se sentiu.

Como reagiu.

O registro desta atividade precisa ser breve, utilizando palavras representativas e

focadas em cada situação, nos sentimentos mobilizados e na sua reação. Esse

registro será utilizado em um mapeamento que será feito posteriormente, como ponto

de partida para pensar a elaboração de um projeto. Para isso, esses registros

precisam ser reunidos e guardados por um integrante do grupo.

Terminada as anotações, deve se iniciar o momento de compartilhar lembrar os

alunos de que estamos falando de algo que acontece de fato e que não devemos ter

receio de externar isso.

11 Adaptado do; educação em direitos humanos /nVlado Educação - Instituto Vladimir Herzog . --1. ed. -- São Paulo :

Instituto Vladimir Herzog, 2015. -- (Projeto respeitar é preciso!)

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Atividade 4

Finalizando a unidade 2, será proposto aos alunos a elaboração de um pacto.

Os alunos devem enumerar aquelas regras e direitos que realmente consideram

importantes para que respeitem e sejam respeitados.

Como estamos trabalhando o protagonismo não caberá ao professor avaliar ou

atribuir importância maior ou menor diante do que foi proposto pelos alunos.

Essas regras ficarão expostas na sala de aula.

Para saber mais; o livro Disciplina e Convivência na Instituição Escolar oferece

importante contribuição para a convivência saudável em nossas escolas:

Aquino (2000) aponta a necessidade do contrato pedagógico como balizador da convivência em sala de aula, o qual deve ser flexível, não devendo ser tomado como algo pronto e acabado, mas em constante construção e/ou reconstrução.

ANTÚNEZ, Serafim et. al. Disciplina e Convivência na Instituição Escolar. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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UNIDADE III

DIVERSIDADE; POR TODOS E PARA TODOS.

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Objetivos

Duração

Ampliar conceito de diversidade.

Atividade 1 e 2

45 min

Assimilar as variações de diversidade no

espaço escolar.

Atividade 3

45 min

Perceber a diversidade em uma obra de arte.

Atividade 4

30 min

5ª Oficina

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Falando de Diversidade12

O encontro diário com as singularidades de cada um é, antes de tudo, uma

condição para oferecer a todos uma formação que não se limita à aprendizagem de

conceitos e procedimentos, mas que promove a construção de um olhar questionador para

a sociedade atual, em que a busca pela formação individual e a competição são cada vez

mais valorizadas, em detrimento de valores coletivos. Conviver com todos (com ou sem

deficiência) é condição para enfrentar a vida fora da escola. Portanto, as diferenças

compõem todo e qualquer grupo humano. Assim, a diversidade não pode ser tomada como

adjetivo, qualidade ou defeito, mas, sim, como matéria-prima da condição humana.

. É na complementaridade dos diferentes que nos fazemos humanos. Ou seja, não

existe sociedade sem diversidade. Mais que isso, diversidade é a condição para atribuir a

qualquer organização humana o status de grupo. Mais que um espaço permeado por

diferenças, a escola é onde a discriminação e o desrespeito pelas diferenças podem e

devem ser tratados desde os primeiros anos de vida dos alunos. Terreno fértil de relações,

conflitos, vínculos e encontros, a escola apresenta-se como um espaço onde a intervenção

educativa pode desencadear um processo de formação ética e de construção de um olhar

para o outro, voltado para a justiça, a diversidade e a igualdade.

População negra

A população brasileira, apesar de contar com uma maioria de negros (composta

de pretos e pardos, na identificação dos censos demográficos), ainda os discrimina,

inclusive nos espaços escolares. Não são poucos os programas de enfrentamento do

preconceito e de valorização da cultura afro-brasileira. Mas persistem as manifestações de

racismo dentro da escola, reflexo da forma como a população negra é vista e tratada. Se a

escola cumpre o papel de espaço de formação e construção de valores, é na ação educativa

do dia a dia escolar que surgem as melhores oportunidades de lidar com essa questão.

Muitas vezes, a discriminação pode estar presente até mesmo no currículo, na

forma como determinada questão é tratada nos livros didáticos. Por exemplo: em

12

Adaptado de; igualdade e discriminação : caderno temático / Vlado Educação - Instituto Vladimir Herzog . --1. ed. --

São Paulo : Instituto Vladimir Herzog,n2015. -- (Projeto respeitar é preciso)

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ilustrações estereotipadas que apresentam a pessoa negra em situações de inferioridade,

em papéis subalternos ou desvalorizados, quando não em situações ligadas à

contravenção e à criminalidade. Dificilmente encontramos uma ilustração em que o negro

se encontra em posição igual ou superior à do branco.

Cargos de poder e prestígio, exemplos de sucesso profissional, modelos de

famílias são, na maioria das vezes, representados por pessoas de pele clara. De outro lado,

encontramos também casos nos quais a população negra cumpre um papel de vítima,

convocando os alunos para uma atitude “tolerante”.

É possível encontrar reflexos dessa situação nos corredores da escola e nas salas

de aula quando alunos negros são alvo de diversas formas de discriminação, como apelidos

preconceituosos.

Mulheres

A forma como as alunas são consideradas merece mais atenção por parte dos

educadores. A desvalorização intelectual e a desigualdade salarial das mulheres ainda são

constantes em nosso país, mesmo com uma mulher tendo sido eleita Presidente da

República. Na escola, essa situação é evidente desde muito cedo, começando pelos papéis

atribuídos às meninas nas brincadeiras de faz de conta, quando os “pais” saem para

trabalhar e as “mães” ficam em casa. Diferentemente do que ocorre com os meninos, as

meninas são muitas vezes incentivadas a participar de brincadeiras “mais tranquilas”

deixando para os meninos, os jogos mais ativos e competitivos.

Em livros didáticos ou outros materiais, a discriminação fica evidente quando as

ilustrações mostram as mulheres desempenhando papéis secundários, deixando para os

homens os cargos considerados mais importantes. São os meninos também os mais

valorizados quando se trata de estudo e profissionalização, restando às mulheres a

possibilidade de se dedicar à família, em vez de construir uma carreira profissional. Outro

aspecto dessa questão é a valorização dos atributos físicos das meninas, em detrimento

de outras características, como uma espécie de “passaporte” para que sejam aceitas.

Situações como dirigir às meninas palavras desrespeitosas, olhar de forma constrangedora

ou ofendê-las de diversas maneiras são situações muito frequentes nos corredores das

escolas, mas pouco observadas e tratadas pelos adultos.

Num país ainda marcado pelo machismo e pelo sexismo, essas situações

continuam sendo vistas como normais, mais que isso, não é raro atribuir às meninas a

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responsabilidade pelas agressões que sofreram, sob a justificativa de agir de forma

provocativa em relação aos meninos.

LGBTs ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros)

Conhecer o conceito de gênero nos possibilita um olhar mais atento para

determinados processos que consolidam diferenças de valor entre o masculino e o feminino

e que geram desigualdades no espaço escolar e consequentemente na sociedade.

Gênero é o conjunto das representações sociais e culturais construídas a partir da

diferença biológica dos sexos. Já o sexo diz respeito ao atributo anatômico, no conceito de

gênero toma-se o desenvolvimento das noções de ‘masculino’ e ‘feminino’ como construção

social. Dessa forma, gênero seria a construção social do sexo anatômico demarcando que

homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia dos

seus corpos. Relacionado ao gênero temos a identidade de gênero, esta corresponde à

experiência de cada um, que pode ou não corresponder ao sexo do nascimento, seria a

maneira como alguém se sente e se apresenta para si ou para os outros na condição de

homem ou de mulher, ou de ambos, sem que isso tenha necessariamente uma relação

direta com o sexo biológico. Cabe enfatizar que a identidade de gênero trata-se da forma

que nos vemos e queremos ser vistos, reconhecidos e respeitados, como homens ou

mulheres, e não pode ser confundida com a orientação sexual (atração sexual e afetiva

pelo outro sexo, pelo mesmo sexo ou por ambos).

Não é difícil encontrar pelos corredores da escola, e até mesmo dentro das salas de

aula, meninos e meninas vivendo situação de isolamento por parte dos colegas ou sendo

alvo de ofensas, agressões físicas, morais e psicossociais que causam constrangimentos

ao demonstrar uma orientação sexual e afetiva em desacordo com uma visão mais

tradicional, incorporada pela maioria nos grupos sociais. Além de ter sua vida social e seus

processos de aprendizagem bastante comprometidos ao longo de toda a escolaridade,

muitos acabam por renegar parte importante de sua constituição psíquica, o que pode

prejudicar o seu desenvolvimento como pessoa.

Viver e lidar com a própria sexualidade de forma diferente daquilo que é

considerado “normal” não pode ser considerado “falha na educação recebida da família”,

“fraqueza de caráter”, “doença” ou “bizarrice”, como afirmam os homofóbicos. Não cabe a

nós investigar as “causas”, uma vez que não se trata de um problema, mas, sim, da

característica de algumas pessoas. No contexto da Educação em Direitos Humanos, cabe

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aos educadores manter o respeito por todos, independentemente de suas singularidades.

Uma criança ou um jovem que encontra na escola um ambiente hostil em relação à sua

sexualidade terá seu desenvolvimento pessoal, social e psicológico comprometido e

marcado pelo sofrimento, o que, em termos escolares, pode resultar em mau desempenho

escolar ou evasão. A escola não deve permitir nem se omitir diante desse tipo discriminação

mais frequente do que muitos pensam.

Dicas de filmes;

Billy Elliot (Inglaterra, 2000) – um filme sobre um menino que enfrenta muitas

dificuldades por ter o balé como sonho de vida.

Cartão vermelho (Brasil, 1994, 14 min) – Fernanda gosta de jogar futebol com

os meninos e joga bem. Mas para essa “moleca” de 12 anos o apogeu de sua intimidade

com a bola é fazê-la voar reta, direta, até o saco dos meninos. Para assistir esse curta-

metragem, acesse o site Porta Curtas Petrobras http://www.

portacurtas.com.br/index.asp

Acorda Raimundo... Acorda! (Brasil, de Alfredo Alves, Ibase, 1990, 15 min) – E

se as mulheres saíssem para o trabalho enquanto os homens cuidam dos afazeres

domésticos? Esta é a história de Marta e Raimundo, uma família operária, seus

conflitos, a violência familiar e o machismo vividos em um mundo onde tudo acontece

ao contrário.

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Religiões

Em muitos contextos, inclusive escolares, a religião tem sido motivo de

discriminação, desde religiões praticadas por muitos, como as religiões de matrizes

africanas, até daquelas que têm menos adeptos no país, como o budismo. O caso das

religiões afro-brasileiras, a discriminação pode estar relacionada ao fato de essas religiões

serem seguidas, em sua grande maioria, pela população negra, historicamente marcada

pelo estigma da escravidão. Crianças e jovens que, na família, cultuam divindades de

origem africana, além da desvalorização de sua cultura familiar, são alvo de ofensas, sendo

denominados de “macumbeiros” ou “preto velho”, o que os coloca numa situação bastante

conflituosa.

Outro exemplo de grupo por vezes discriminado são os protestantes evangélicos,

mesmo que façam parte de comunidades hegemônicas. Assim, é importante que a escola

construa um espaço de diálogo, respeito ecumênico e de convivência, em que as crenças

das pessoas possam existir sem ferir os Direitos Humanos e a obrigatória laicidade da

escola pública. Trata-se de garantir a liberdade de religião – e de não ter religião –, assim

como colocado na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Indígenas

As crianças e os jovens pertencentes a comunidades indígenas também sofrem

discriminação étnica. O fato de ter características físicas e culturais singulares, como a

alimentação, a língua falada, canções e crenças em suas divindades e mitos, faz com elas

que se tornem alvo de exclusão, tendo de suportar o preconceito presente nas brincadeiras,

nos apelidos e no distanciamento das outras crianças.

Contudo, não se pode deixar de considerar aqui a imagem que ainda hoje é

predominante no caso dos povos indígenas, o que contribui muito para que sejam

discriminados.

Diferentemente do que ocorre na realidade, os povos indígenas continuam a ser

representados pela figura do homem nu, ornado de cocares coloridos e pronunciando

palavras incompreensíveis, ou portando armas, configurando um sujeito exótico

potencialmente agressivo, o que acaba por afastá-lo da condição de sujeito de direito ou

cidadão, assim como todos. Ocorre também de serem considerados “desajustados”, que

se entregaram à bebida por conta da aproximação da “civilização”. Assim, o desafio é

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reconstruir essa imagem, considerando-os sujeitos de direito, dotados de capacidades

como todos, dignos do direito de viver em qualquer lugar do país, autônomos em seus

costumes, assim como o restante da população.

Nesses casos, não se pode deixar de considerar que, muitas vezes, essas são

famílias nativas da região que tiveram suas terras ocupadas por um processo de

crescimento desordenado das cidades, decorrente da expulsão de moradores dos centros

para as áreas periféricas, onde hoje se encontram aglomerados em favelas. É importante

que os colegas desses alunos não os considerem “vindos de outro lugar”, muito menos “de

uma floresta longínqua”, pois são habitantes da cidade desapropriados de suas terras e

tradições.

Os considerados “maus alunos”

Toda sala de aula é composta por alunos com diferentes perfis, como: aqueles

que apresentam facilidade para enfrentar os desafios da aprendizagem; os que, mesmo

com alguma dificuldade, dão conta de encarar com relativo sucesso as tarefas propostas

nas aulas; aqueles que não se envolvem da forma como se espera na vida escolar e na

rotina da sala de aula. Os motivos que explicam essa situação podem ser muitos: ritmos

diferentes (sabemos que os tempos de aprendizagem são distintos de um aluno para outro);

defasagens no processo de aprendizagem causada por uma escolaridade irregular;

dificuldades para lidar com os conteúdos de uma ou mais disciplinas; situação

desconfortável no grupo de colegas; entre outros.

Ao longo de sua vida escolar, esses meninos e essas meninas correm o risco de

ter suas imagens construídas de forma bastante negativa e descrente, passando, aos

poucos, a ocupar na comunidade escolar o espaço dos “alunos que não têm jeito”, “não

nasceram para estudar”, “atrapalham as aulas” etc. No entanto, não se pode perder de vista

que, antes de tudo, eles são alunos, assim como os demais, e o fato de não conseguirem,

por exemplo, ler um texto ou realizar uma operação matemática deve ser encarado como

característica da vida escolar e não como marca definitiva.

Com o tempo, depois de uma sucessão de “fracassos” impregnados na sua

escolaridade, esses alunos deixam de contar com o apoio e a preocupação dos adultos,

sobretudo dos professores, cristalizando uma descrença quanto às suas potencialidades,

o que compromete o seu desenvolvimento e dificulta a formação necessária para que

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tenham uma vida adulta produtiva e autônoma. Desacreditados, esses alunos muitas vezes

passam a ser discriminados e ficam à margem da comunidade.

Na verdade, esses são os alunos que mais necessitam da atenção e do

investimento, tanto do professor quanto dos outros agentes da comunidade. Não existem

alunos fadados ao fracasso a priori, mas, sim, aqueles que, em algum momento de sua

vida escolar, enfrentaram dificuldades de ordem pessoal, familiar ou, muitas vezes,

advindas da própria escola que se tornaram obstáculos aparentemente intransponíveis.

Talvez a ausência da crença na reversibilidade desse tipo de situação e a

ausência de intervenções que tirem esses alunos desse lugar sejam as situações mais

flagrantes e nocivas de discriminação dentro da escola. A valorização de seus potenciais é

um dever dos educadores.

. Alunos com deficiência

A presença de alunos que se encontram em situação de “desvantagem” nas

mesmas escolas que a grande maioria das crianças vem sendo debatida, já há muito

tempo. Esse debate teve início com a discussão acerca da pertinência da presença desses

alunos nas escolas, mas hoje, vencida essa etapa, o foco é a busca de inclusão e da melhor

maneira de atender à necessidade de cada um deles, tendo em vista as modalidades de

deficiência (física, visual, auditiva ou intelectual).

Sujeitos de direito, assim como todos os seus colegas, as crianças que

apresentam qualquer tipo de deficiência contam com um espaço cada vez maior nas

escolas, conquista que pode ser atribuída a diversos fatores, como: a presença de

professores de apoio; a possibilidade de fazer adaptações que viabilizam o acesso de

todos, não só à escola, mas também aos conteúdos; salas de recursos multifuncionais;

programas de formação de professores.

Entretanto, para isso, foi determinante o fato de as crianças ingressarem nas

escolas explicitando aos professores e aos outros educadores os verdadeiros problemas a

serem enfrentados, suas (muitas) possibilidades de aprendizagem, as singularidades na

forma de aprender e as necessidades específicas de cada uma, dando início a um rico

processo de formação em ação dos professores. Hoje, num grande número de escolas, é

possível encontrar alunos que apresentam diferentes formas de “desvantagem” e que

usufruem do direito de estar onde todas as crianças estão: na escola.

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O grande desafio para os educadores é fazer da escola um espaço inclusivo e

diverso, onde a presença da diversidade seja o reflexo da comunidade, considerando as

diferenças um dos fatores que contribui com o processo formativo e humano.

Contudo, não há outra possibilidade de construir esse olhar a não ser por meio

da prática escolar diária e da reflexão continuada a respeito das questões inesperadas que

essa nova realidade traz.

A escola tem como função proporcionar condições de aprendizagem para todos

os alunos, incluindo aqueles que se encontram em situação de desvantagem intelectual e

têm direito de aprender os conteúdos escolares, almejando uma crescente autonomia

intelectual. Trata-se de uma tarefa bastante complexa, mas possível, se consideradas

algumas ideias.

A primeira delas diz respeito à crença nas possibilidades de aprendizagem

desses alunos: é certo que são capazes de aprender, ainda que não o façam da mesma

maneira, ao mesmo tempo, e com os mesmos recursos e intervenções dispensados à

maioria, carecendo de atendimento e acompanhamento especializados.

A segunda ideia que deve ser considerada é a necessidade de lançar para esses

alunos um olhar focado nas suas potencialidades, e não naquilo que lhes falta. Saber que

uma criança é portadora de alguma síndrome ou que traz consigo alguma outra

característica que pode gerar dificuldades significativas de aprendizagem talvez seja

apenas um primeiro passo (mas não o mais importante) para conhecê-la.

Entretanto, mais do que isso, é essencial conhecer suas possibilidades de

aprender com base no que já sabe, identificar os recursos necessários e planejar meios de

viabilizar as aprendizagens.

Assim, é necessário trabalhar com a criança e pensar nela sempre do ponto de

vista de sua positividade, ou seja, daquilo que nelas foi preservado e que oferece ao

professor a possibilidade de intervir e gerar crescimento. De outro modo, focar o olhar na

negatividade, considerando apenas as faltas que apresentam, significa desprezar aquilo

que de fato poderá determinar algum avanço no processo de aprendizagem dessas

crianças.

Uma questão do atendimento dirigido às crianças que apresentam deficiências é

a forma como elas devem ser tratadas. Certamente, a grande maioria delas demandará do

professor e dos outros adultos algumas intervenções de caráter individual, que não podem

ser confundidas com privilégios, sobretudo pelos colegas. A atenção e a prioridade no

atendimento em algumas situações devem acontecer apenas quando necessitam

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verdadeiramente. Dispensar a elas atenção e proteção especiais a todo momento, além de

fixá-las no papel de “incapazes”, roubará delas as oportunidades de colocar suas

capacidades em jogo, de se perceberem competentes para tomar iniciativas e de se

aproximarem de seus colegas.

Por outro lado, alguns alunos podem se mostrar desconfortáveis na presença de

colegas com deficiência. Isso acontece por causa da falta de familiaridade e convivência,

pois ainda é muito recente a presença deles nas escolas. Nesse sentido, mais que insistir

num discurso de tolerância e compreensão, é importante oferecer oportunidades de

conviver com os colegas com deficiência justamente em situações em que eles têm

sucesso e não são marcadas pela impossibilidade e pela necessidade de ajuda,

compartilhando momentos de aprendizagem e de brincadeiras, estabelecendo, desde

muito cedo, relações e laços de afeto legítimos e crescendo ao lado dos seus verdadeiros

pares, que são os colegas da mesma idade.

Para saber mais; ao acessar os sites abaixo é possível encontrar importantes

materiais que abordam a questão da diversidade.

Fonte:http://meuamigoespecia.blogspot.com.br/2015/05/inclusao-socialeducacao-e-diversidade.ht

file:///C:/Users/Usuario/Downloads/caderno%201%20respeito.pdf

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=658-vol2antirac-pdf&category_slug=documentos-pdf&Itemid=30192 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=639-vol10feministas-pdf&category_slug=documentos-pdf&Itemid=30192 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=635-vol-27-ed1-juventudes-pdf&category_slug=documentos-pdf&Itemid=30192

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Atividade 1

Iniciaremos a oficina propondo a realização da dinâmica; Pensar no outro.

Esta dinâmica vem nos mostrar que antes de qualquer atitude a ser tomada, é

importante perceber que pequenas atitudes podem trazer grandes diferenças no

convívio com o ser humano, a fim de que possamos caminhar para um mundo mais

justo, mais igual, mesmo sendo diferentes.

Nesta dinâmica, o grupo formará um círculo, sentados em suas cadeiras e irá ficar

cada um numa posição. Ninguém poderá sentar igual ao outro. Com um breve

momento de observação, cada componente do grupo irá olhar o todo.

Ao comando do aplicador, devem focar numa pessoa, trocar de lugar com ela e

sentar-se igual. Feitas as trocas, o aplicador colherá as impressões de cada um, quanto

às facilidades e/ou dificuldades para se colocar exatamente no lugar do outro.

Em seguida os alunos farão registro no papel; suas impressões sobre a dinâmica

apresentada. Que relação ela tem com a diversidade cultural?

Fonte:https://wecmechanical.wordpress.com/discussion/

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ATIVIDADE 2

Após a realização da dinâmica reproduzir o vídeo Diversidade, construído a partir do

livro "Diversidade" da Tatiana Belinky13. Disponível em

https://www.youtube.com/watch?v=2zmQ0NunQDs

Fonte: https://3.bp.blogspot.com/-OudLtpp2KZs/VGSzTkG_mAI/AAAAAAAAGWg/Jp6NGIFvR5w/s1600/diversidade%2B(20).jpg

Após visualização do vídeo realizar uma mesa redonda com os seguintes

questionamentos:

Mas para que falar de diversidade?

Porque é importante saber que sou diferente?

O que podemos aprender com a diversidade? No vídeo acima é valorizada a

diferença entre as pessoas?

E você o que acha da diversidade?

Realizados os questionamentos pedir para que cada aluno reproduza através de

desenho a parte do vídeo que mais lhe chamou atenção. Todos deverão apresentar seu

desenho, justificando o porque de ter escolhido esta ou aquela imagem. Esta atividade

irá fazer parte do mural do projeto.

13 Tatiana Belinky (1919-2013) foi uma escritora de literatura infanto-juvenil, foi roteirista e tradutora de

grandes obras russas e a responsável pela primeira adaptação para a televisão de O Sítio do Pica-pau Amarelo.

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ATIVIDADE 3

Para essa atividade ser realizada os alunos deverão ler o texto que está no início

desta unidade “Falando de Diversidade”.

Em seguida todos serão levados ao laboratório de informática.

Divididos em duplas deverão procurar notícias a respeito do preconceito em torno

dos subtítulos do texto, cada dupla ficará com um; (exemplo dupla 1 população

negra, dupla 2 religiões)

Objetivo é que os alunos consigam visualizar a existência dessa diversidade

relacionando-as com sua escola.

Terminada a pesquisa retornarão para a sala de aula onde socializarão a mesma.

Sugestões de leitura:

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao/diversidade.htm http://www.espacoacademico.com.br/042/42wlap.htm

.

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ATIVIDADE 4

Apresentar aos alunos a obra Operários, de Tarsila do Amaral14. Disponível no

endereço http://tarsiladoamaral.com.br/obras/social-1933/.

Salientar que a diversidade serviu de inspiração para várias obras de arte, em

diferentes épocas. Em seguida levantar os seguintes questionamentos;

O que vocês percebem na imagem?

Qual relação tem com a diversidade?

Vocês já imaginaram como seria o mundo se todos nós fossemos iguais?

Em seguida entregar aos alunos papel, cola, tesoura e canetas coloridas.

Propor que em duplas façam uma releitura da obra. Esta atividade também será

exposta no mural do projeto.

14 Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista.

Releitura entende‐se aqui a tradução da

significação do objeto como fundamento

para uma nova construção, buscando‐ se

nessa ação a re‐significação do mesmo

objeto: re‐ler para aprofundar significados

re‐semantizando‐os. Dessa forma, consi

dera‐ se que toda nova produção oriunda

de uma imagem referente é construção de

um novo texto, no qual o sujeito produtor

elabora uma interpretação, podendo até

mesmo partir para uma criação. (BUORO,

2002, p. 23)

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Objetivos

Duração

Proporcionar aprofundamento em torno do

tema diversidade.

Atividade 1

80 min

Organizar varal da diversidade.

Atividade 2

40 min

6ª Oficina

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ATIVIDADE 1

Neste momento os alunos terão a oportunidade de aprofundar os seus

conhecimentos em torno do tema diversidade, a luz de uma especialista. Para isso

contaremos com a colaboração da professora orientadora Dda. Nájela Tavares Ujiie.

Na ocasião convidaremos o grupo Muzenza para estar fazendo uma apresentação

e abertura da palestra.

Os alunos deverão fazer anotações sobre a palestra.

Curriculum Palestrante

Nájela Tavares Ujiie

Pedagoga. Especialista em Educação Infantil e Psicopedagogia Clínica e Institucional.

Mestre em Educação, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Doutoranda do

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Tecnologia, da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Docente lotada no Colegiado de Pedagogia, da

Universidade Estadual do Paraná, Campus de União da Vitória (UNESPAR/UV). Líder do

Grupo de Estudos e Pesquisa “Práxis Educativa Infantil: Saberes e Fazeres da/na Educação

Infantil” (GEPPEI) e líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação: teoria e prática

(GEPE), ambos vinculados ao CNPq.

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ATIVIDADE 2 Após a palestra, os alunos serão levados a uma discussão para um aprofundamento

teórico sobre a questão da diversidade, para isso realizaremos um painel integrado;

Cada aluno colocará em uma folha de papel sulfite sem identificação, qual

impressão teve da palestra e do tema em si;

Em seguida entregarão a mesma para o professor (ar), que irá ler uma de cada vez,

após a leitura os alunos poderão fazer suas considerações em torno do que o colega

escreveu e suas impressões.

A fim de subsidiar a elaboração do projeto na oficina 8, em grupos irão registrar se

já presenciaram, uma cena de discriminação no espaço escolar e em seguida

deverão descreve-lá, estas serão compartilhadas com o grande grupo.

Com o objetivo de finalizar o tema, iremos organizar o varal da diversidade, este será

colocado no hall de entrada do colégio, nele cada aluno irá pendurar uma foto, figura,

desenho, frase ou letra de música que esteja relacionada a diversidade.

Fonte; http://www.wikiwand.com/pt/Prendedor_de_roupas

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UNIDADE IV

ÉTICA? PARA QUE ?

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Objetivos

Duração

Definir Ética

Atividade 1

30 min

Contextualizar ética

Atividade 2

30 min

Encontrar soluções éticas para problemas reais.

Atividade 3

40 min

Selecionar situações problema dentro do espaço escolar.

Atividade 4

20 min

7ª Oficina

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Agora vamos falar de ÉTICA15

Disponível:https://cafepoesiaeideias.wordpress.com/page/6/

O ser humano vive em sociedade, convive com outros seres humanos e, portanto,

cabe-lhe pensar e responder à seguinte pergunta: "Como devo agir perante os outros?".

Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é

a questão central da Moral e da Ética. Moral e ética, às vezes, são palavras empregadas

como sinônimos: conjunto de princípios ou padrões de conduta. Ética pode também

significar Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as

normas que regem as condutas humanas. Em outro sentido, ética pode referir-se a um

conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício profissional

(por exemplo, os códigos de ética dos médicos, dos advogados, dos psicólogos, etc). Em

outro sentido, ainda, pode referir-se a uma distinção entre princípios que dão rumo ao

pensar sem, de antemão, prescrever formas precisas de conduta (ética) e regras precisas

e fechadas (moral).

Finalmente, deve-se chamar a atenção para o fato de a palavra "moral" ter, para

muitos, adquirido sentido pejorativo, associado a "moralismo". Assim, muitos preferem

associar à palavra ética os valores e regras que prezam, querendo assim marcar diferenças

com os "moralistas". Como o objetivo deste trabalho é o de propor atividades que levem o

aluno a pensar sobre sua conduta e a dos outros a partir de princípios, e não de receitas

prontas, batizou-se o tema de Ética, embora frequentemente se assuma, aqui, a sinonímia

15 Adaptado do caderno: Ética e cidadania: construindo valores na escola e na sociedade/coordenadora-geral: Lucia

Helena Lodi. - Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos: Ministério da Educação, SEIF, SEMTEC, SEED,

2003. Módulo 1.

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entre as palavras ética e moral e se empregue a expressão clássica na área de educação

de "educação moral". Parte-se do pressuposto de que é preciso possuir critérios, valores,

e, mais ainda, estabelecer relações e hierarquias entre esses valores para nortear as ações

em sociedade.

Situações de temáticas da vida colocam claramente essa necessidade. Por

exemplo, é ou não ético roubar um remédio, cujo preço é inacessível, para salvar alguém

que, sem ele, morreria? Colocado de outra forma: deve-se privilegiar o valor "vida" (salvar

alguém da morte) ou o valor "propriedade privada" (no sentido de não roubar)? Seria um

erro pensar que, desde sempre, os seres humanos têm as mesmas respostas para

questões desse tipo.

Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os seres

humanos que as compõem. Na Grécia antiga, por exemplo, a existência de escravos era

perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas

não terem liberdade era considerado normal. Outro exemplo: até pouco tempo atrás, as

mulheres eram consideradas seres inferiores aos seres humanos, e, portanto, não

merecedoras de direitos iguais (deviam obedecer a seus maridos). Outro exemplo ainda:

na Idade Média, a tortura era considerada prática legítima, seja para a extorsão de

confissões, seja como castigo. Hoje, tal prática indigna a maioria das pessoas e é

considerada imoral.

A ética é um eterno pensar, refletir, construir. E a escola deve educar seus alunos

para que possam tomar parte nessa construção, ser livres e autônomos para pensarem e

julgarem. Mas será que cabe à escola empenhar-se nessa formação? Na história

educacional brasileira, a resposta foi, em várias épocas, positiva. Em 1826, o primeiro

projeto de ensino público apresentado à Câmara dos Deputados previa que o aluno deveria

ter "conhecimentos morais, cívicos e econômicos". Não se tratava de conteúdos, pois não

havia ainda um currículo nacional com elenco de matérias. Quando tal elenco foi criado (em

1909), a educação moral não apareceu como conteúdo, mas havia essa preocupação

quando se tratou das finalidades do ensino.

Em 1942, a Lei Orgânica do Ensino Secundário falava em "formação da

personalidade integral do adolescente" e em acentuação e elevação da "formação

espiritual, consciência patriótica e consciência humanista" do aluno. Em 1961, a Lei de

Diretrizes e Bases do Ensino Nacional colocava entre suas normas a "formação moral e

cívica do aluno". Em 1971, pela Lei n. 5.692/71, institui-se a Educação Moral e Cívica como

área da educação escolar no Brasil, a LDB 9394/96 apresenta como uma das finalidades

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do Ensino Médio, o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

Porém, o fato de, historicamente, verificar-se a presença da preocupação com a formação

moral do aluno ainda não é argumento bastante forte.

É preciso deixar claro que a escola não deve ser considerada onipotente, única

instituição social capaz de educar moralmente as novas gerações. Também não se pode

pensar que a escola garanta total sucesso em seu trabalho de formação. Na verdade, seu

poder é limitado. Todavia, tal diagnóstico não justifica uma deserção. Mesmo com

limitações, a escola participa da formação integral de seus alunos.

Devendo propor o pleno desenvolvimento do aluno, levando- o a discutir valores,

dialogando com a realidade, política, cultural e econômica do aluno. Assim o professor não

deve se furtar a discutir as temáticas pertinentes à interpretação da realidade na qual os

alunos estão inseridos, deve sim estimular seus alunos a se manifestarem de todas as

maneiras éticas e democráticas no espaço público, pois a partir do momento que o aluno

participa de debates e manifestações democráticas fica evidente que se sente apto e capaz

de mudar a realidade, uma capacidade essencial na sua preparação para o exercício de

uma cidadania ética e ativa.

Valores e regras são transmitidos pelo professores, pelos livros didáticos, pela

organização institucional, pelas formas de avaliação, pelos comportamentos dos próprios

alunos, e assim por diante.

Então, ao invés de deixá-las ocultas, é melhor que tais questões recebam tratamento

explícito. Isso significa que essas questões devem ser objeto de reflexão da escola como

um todo, ao invés de cada professor tomar isoladamente suas decisões.

Acrescente-se ainda que, se as finalidades que subjazem aos ideais da LDB não

forem intimamente legitimados pelos indivíduos que compõem o espaço escolar, a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico

serão seriamente prejudicados, para não dizer, impossível. É tarefa de todos fazer com que

essas finalidades sejam desenvolvidas. Lembrando sempre que, nenhum cidadão brasileiro

em qualquer situação deve ser privado da sua liberdade de expressão

Fonte,http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O-que-esta-por-tras-do-Escola-Sem-Partido-/4/364

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ATIVIDADE 1

Nesta oficina, estaremos lendo, assistindo, dramatizando e discutindo ética.

Para ajudar os alunos a conceituar o tema, começaremos exibindo o vídeos;

Filosofia explica o que é Ética com Mario Sérgio Cortella. Disponível em: https://

www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU

O que é Ética? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5AdCKaqhaLg

Após assistirem os vídeos, e observarem a imagem os alunos irão definir em uma

folha de papel, em até três palavras o que entendem por ÉTICA, em seguida

ilustrarão a mesma com recortes de revista.

As respostas serão apresentadas para o grande grupo.

Fonte:http://desordemnotribunal.blogspot.com.br/

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ATIVIDADE 2

Com base nas definições de Ética criadas pelos alunos, cada aluno irá preencher

sem se identificar a seguinte ficha:

Quero, devo, posso.

Devo mas não posso.

Posso mas não devo.

Ao terminar de serem preenchidas, estas serão embaralhadas, cada aluno deverá

pegar uma e apresentar aos demais.

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ATIVIDADE 3 A proposta desta atividade é que os participantes, em grupos, escrevam e

representem situações em que envolvam questões antiéticas no espaço escolar.

Parte-se da encenação de uma situação real.

Passos para iniciar e conduzir a atividade:

Criar uma história breve que estabeleça um conflito de direitos cuja solução seja

difícil, obrigando o grupo a refletir sobre princípios para determinar as opções de

ação.

O dilema precisa estar bem claro.

Em grupo, o dilema colocado é discutido coletivamente, cada um dizendo como

se colocaria na situação, quais as questões que consideraria e que ação tomaria.

Podem se explicitar discordâncias e se chegar, coletivamente, a uma proposta

de ação comum, sem que necessariamente todos concordarem.

.

Fonte:http://escolasabatinacomatiamalu.blogspot.com.br/2009/10/programas-para-culto-infantil.html

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ATIVIDADE 4

Esta atividade será realizada com base na atividade anterior.

Os alunos selecionarão de comum acordo situações no ambiente escolar que

demonstrem comportamentos antiéticos.

Essas situações serão anotadas, e servirão de base para a próxima oficina.

Finalizando a oficina realizaremos a dinâmica CAIXA DE BOMBOM.16

Embrulhar uma caixa de bombom, entregar para um aluno. Este deve ouvir a

seguinte instrução e segui-la.

1. Parabéns! Você foi escolhido para começar a brincadeira. Não fique com o presente.

Ofereça o presente para uma pessoa ALEGRE.

2. O que seria de nós sem alegria? Continue animando a todos para que, embora nos

momentos difíceis a vida se torne bela. Dê este presente a uma pessoa mais SÉRIA da

sala.

3. Séria hein? Eu sei. Mas seriedade também é muito importante. Tenha firmeza em suas

atitudes e persistência em seu ideal. Tente descobrir agora alguém que você

considere REVOLUCIONÁRIO.

4. Tenha coragem de mudar o que pode ser mudado e de aceitar o que não pode ser

mudado. Dê este presente para uma pessoa muito CORAJOSA.

16 Adaptado de: http://www.fesofap.com.br/para-o-trabalho/dinamica-da-caixa-de-presente/

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5. Feliz é quem sabe enfrentar sem medo a verdade, porque assim estará construindo um

mundo mais autêntico. Você agora tem uma missão "difícil", encontrar alguém que goste

de FALAR BASTANTE.

6. Feliz é quem tem o dom da palavra certa na hora certa. Presenteie agora alguém que

você considere OTIMISTA.

7. Enfrente os problemas da vida com otimismo, porque as soluções são encontradas por

aqueles que buscam a verdade. Será que você consegue encontrar aqui

alguém TIMIDO?

8. Colega, timidez não é defeito. Às vezes é preciso nos recolhermos em nós mesmos

para que Deus fortaleça nosso espírito. Ofereça este presente para pessoa SENSíVEL.

9. O sensível se envolve com facilidade. Vai fundo e sofre muito. Esteja sempre alerta.

Sua participação é muito importante nas grandes decisões devido a sua sensibilidade.

Boa dica de decisão: decida-se a dar este presente para uma pessoa CRIATIVA.

10. Que bom que você foi considerado criativo. Isso facilita muitas vezes a resolução de

problemas de forma inédita, quebrando os paradigmas. Mostre essa sua qualidade dando

esse presente a uma pessoa PONDERADA

11. A ponderação reflete equilíbrio. E num grupo, é sempre necessário a presença de

alguém equilibrado. Por isso continue bem vindo entre nós e, equilibrado como você é,

passará este presente a uma pessoa PRESTATIVA

12. Você que é uma pessoa prestativa, dê este presente para uma pessoa BIRRENTA e

tente convencê-la que isto não leva a nada.

13. Você foi considerada uma pessoa birrenta, precisa mudar este jeito. Para isso

acontecer comece dando este presente para uma pessoa TEIMOSA.

14. Esta sua teimosia não leva a nada. Não implique com as coisas que a vida lhe dá.

Passe este presente para uma pessoa SORRIDENTE.

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15. Este teu sorriso encanta todo mundo, principalmente quando a pessoa está triste. Dê

este presente para uma pessoa ESTUDIOSA.

16. Muito bem, são poucas as pessoas que gostam de estudar. Continue sempre

estudando. Mas por enquanto dê este presente para uma pessoa INTELIGENTE.

17. Você deverá usar sua inteligência para a felicidade dos outros. Dê este presente para

uma pessoa AGRADÁVEL.

18. Agradável, você foi escolhido. Sua companhia agrada muita gente. Dê este presente

para uma pessoa ORGULHOSA.

19. Cuidado para não tropeçar no seu orgulho, porque você pode acabar se machucando.

Dê este presente para uma pessoa NAMORADEIRA.

20. Quem muito quer nada tem. Escolha apenas uma pessoa para ficar com você. Enquanto

essa pessoa não chegar dê este presente para uma pessoa BONDOSA.

21. É tão bom que se descobre o valor de estar a serviço. Mas cuidado, nem sempre o

outro entende seu proposta e, às vezes, se desencadeia o processo de exploração. Como

aqui não é o caso, preste-se a doar este presente para uma pessoa ÉTICA.

22. Parabéns a você que foi considerada uma pessoa ética.

Neste momento o colega que entregou a caixa irá justificar a sua escolha. Ficando o

professor responsável por finalizar a dinâmica, lembrando que quem é ético pensa no

próximo acima de tudo, sendo assim terá que dividir o presente com os colegas.

Fonte:https://pt.dreamstime.com/imagens-de-stock-desenhos-animados-da-criana-e-do-presente-image270201

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Objetivos

Duração

Elaborar um projeto, tendo como princípio o Protagonismo Juvenil.

Atividade 1

1h45min

8ª Oficina

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ATIVIDADE 1 Esta oficina será balizadora de todo o trabalho de pesquisa, este será momento dos

jovens colocarem no papel juntamente com o Grêmio Estudantil , um projeto. Projeto

este deverá vir de encontro as necessidades; relatadas, discutidas, analisadas,

dramatizadas e elencadas por eles durantes as oficinas anteriores. Onde o foco

principal foi a formação humana e incentivo ao protagonismo juvenil.

Como o objetivo de incentivar o protagonismo o projeto será elaborado por alunos e

para alunos.

Para isso primeiramente iremos reproduzir um vídeo motivacional, disponível em

https://www.youtube.com/watch?v=0qWDp0gnVBg, com a intenção de demonstrar

que podemos fazer a diferença mesmo que com pequenas atitudes.

Dando continuidade iremos pedir aos alunos que relembrem os problemas

elencados por eles;

Unidade 2 - 4ª oficina; Registrar situações de respeito e desrespeito no espaço

escolar. Atividade 3

Unidade 3 – 6ª oficina; Levantar situações de discriminação no espaço escolar.

Atividade 2

Unidade 4 – 7ª oficina; Selecionar situações problema dentro do espaço escolar.

Atividade 4

Com os problemas elencados e expostos no quadro negro, o professor irá propor

para que de comum acordo selecionem aquele que precisa ser visto com mais

urgência.

Partindo dessa seleção os alunos deverão pensar e escrever no quadro

possibilidades ou maneiras para resolver ou amenizar o problema.

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Em seguida o professor deverá expor o modelo(abaixo) do projeto, explicando cada

uma das fases.

Com essa etapa concluída passarão para a escrita propriamente dita do projeto,

lembrando que este será elaborado de forma coletiva e colaborativa pelos alunos,

sem perder o foco do protagonismo juvenil. Cada uma das turmas participantes terá

um projeto. Sendo assim o colégio contará com duas novas possibilidades no seu

dia a dia.

Este projeto será entregue a equipe diretiva e Grêmio Estudantil, de onde se espera

receber apoio para que seja posto em prática durante o ano letivo de 2017 e quem

sabe se tornar permanente no colégio.

Os alunos receberão novamente o questionário apresentado na oficina 1. Este

deverá se respondido novamente a fim de que possamos analisar se os objetivos

propostos pelo Projeto PDE – Protagonismo Juvenil e Formação Humana no

Espaço Escolar foram alcançados.

Fonte: http://historiaecon.blogspot.com

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Modelo Projeto17

Introdução

Visão geral do problema, da localidade, do público-alvo, dos objetivos, metodologia e

justificativa.

Objetivo Geral

Significa o ponto aonde se quer chegar através da execução do projeto. Deve-se

estabelecer apenas um.

Objetivo Específico

São operacionais e correspondem ao que se pretende pôr em prática através do projeto;

definem as ações que serão executadas para se chegar ao objetivo geral. Pode-se traçar

vários objetivos específicos. São construídos (assim como o objetivo geral) com frases

que começam com verbos no infinitivo.

Definição de atividades (o quê?)

As atividades são as tarefas, as ações que devem ser desenvolvidas para se alcançar os

objetivos

específicos. São, na verdade, as providências que precisam ser tomadas para que

o projeto seja executado. Pode-se escrevê-las em um quadro, ao lado de cada

objetivo específico.

Metodologia (como?)

Considerando o diagnóstico como ponto de partida e os objetivos como ponto d

e chegada, a metodologia é justamente o caminho que se percorre para unir estes dois

pontos e a forma de andar neste caminho, incluindo o referencial teórico, as concepções

teóricas que orienta a prática, ou seja, a escolha do conjunto de estratégias a ser ilizado.

Estas estratégias representam as maneiras utilizadas para fazer com que os objetivos

aconteçam. Embora se confundam com as atividades, diferem porque as atividad

es têm um cunho administrativo e a metodologia envolve visões de mundo

(concepções teóricas .

17 Adaptado de: ETAPAS DE UM PROJETO, disponível em https://valberlucio.com/modelagem-de-projetos-o-que-e-um-

projeto/modelagem-de-projetos-a-arvore-de-problemas-e-arvore-de-objetivos/modelagem-de-projetos_-etapas-de-projeto.

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REFERÊNCIAS

Ana Júlia assembleia legislativa do Paraná, disponível em https://www. You

tube.com/watch?v=pUQLs9y_fx4

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