prospecção geoquímica e geofisica

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1. Prospecção geoquímica 1.1. Noções Básicas 1.1.1. Serve para orientar a sondagem; 1.1.2. Princípio básico: comparar os teores médios de um elemento terrestre com teores encontrados numa dada região ( Background ). 1.1.3. Permite o reconhecimento dos teores dos elementos pesquisados em am de solo água sedimentos de corrente gases plantas ou em rochas. 1.1.4. !s anomalias se "ormam devido # tend$ncia que os elementos químico se dispersar na rocha encai%ante ou na super"ície. 1.1.5. Dispersão : 1.1.5.1.Primária está ligada a "en&menos primários de minerali'a ão ou # "orm da pr pria rocha. São "requentes as altera *es hidrotermais das rochas dos corpos minerali'ados (piriti'a ão turmalini'a ão...) 1.1.5.2.Secundária quando se "ormam devido # altera ão super"icial de um mine São produ'idas por processos mec+nicos químicos e bioquímicos. . Mecânico o mineral é desagregado e transportado por en%urradas corrente água ou pelo vento e depositado a certa dist+ncia. . Químico depende da capacidade de absor ão das águas super"iciais e subterr+neas que assimilam alguns elementos dos corpos minerali'ados. . Bioquímico "un ão da capacidade de absor ão dos vegetais que retiram elementos do solo através das raí'es e os "i%am nas "olhas caules ou na 1.1.!. ! e%tensão da 'ona an&malavai depender principalmente da mobilidade dos elementos. 1.1.". ! mobilidade dos elementos depende de alguns "atores como: clima velocidade de erosão p, etc. 1.1.#. -alelembrar que em um meio di"erente o comportamento dos elementos pode variar. 1.1.$. %&i'i(ação da prospecção geoquímica) 1.1.$.1. %ist$ncia de uma alta dispersão geoquímica. 1.1.$.2. Sensibilidade dos métodos de análise. 1.1.1*. Farejadores elementos m veis que ocorrem "requentemente associados ao elemento principal. São analisados por sua maior mobi por serem dosados através de métodos analíticos mais simples (/ bar sensível). 1.1.11. Prospecção es&ra&+gica serve para interpretar os dados geol gicos e identi"icar os tra os geol gicos da área. 0.0.00.0. 1ecomendada para a "ase de e%plora ão geol gica (reconheciment de grandes áreas). 0.0.00.2. 3mplantada em mapeamentos de escala 0: 45555 a 0: 245555. 0.0.02. Prospecção &á&ica tem por "inalidade o reconhecimento de hori'ontes "avoráveis acidentes tect&nicos com possibilidade de mi o prolongamento de um sistema de "il*es etc. 0.0.02.0. 6 empregada principalmente na "ase de prospec ão em super"ície 0.0.02.2. 3mplantada em escalas de 0: 2555 a 0: 05555. 0.0.07. ! prospec ão geoquímica nos dá um resultado de caráter quali tem "inalidade apenas de selecionar setores para detalhamento poste 0.0.08. ! ine%ist$ncia de anomalia geoquímica não implica na corpos minerali'ados uma ve' que basta o minério estar coberto por 1

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Resumo sobre os principio da prospecção geofisica e geoquimica

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1. Prospeco geoqumica1.1. Noes Bsicas1.1.1. Serve para orientar a sondagem;1.1.2. Princpio bsico: comparar os teores mdios de um elemento na crosta terrestre com teores encontrados numa dada regio (Background).1.1.3. Permite o reconhecimento dos teores dos elementos pesquisados em amostras de solo, gua, sedimentos de corrente, gases, plantas ou em rochas.1.1.4. As anomalias se formam devido tendncia que os elementos qumicos tm a se dispersar na rocha encaixante ou na superfcie.1.1.5. Disperso:1.1.5.1. Primria est ligada a fenmenos primrios de mineralizao ou formao da prpria rocha. So frequentes as alteraes hidrotermais das rochas encaixantes dos corpos mineralizados (piritizao, turmalinizao...)1.1.5.2. Secundria quando se formam devido alterao superficial de um mineral. So produzidas por processos mecnicos, qumicos e bioqumicos.I. Mecnico o mineral desagregado e transportado por enxurradas, correntes de gua ou pelo vento e depositado a certa distncia.II. Qumico depende da capacidade de absoro das guas superficiais e subterrneas, que assimilam alguns elementos dos corpos mineralizados.III. Bioqumico funo da capacidade de absoro dos vegetais, que retiram elementos do solo atravs das razes e os fixam nas folhas, caules, ou na prpria raiz.1.1.6. A extenso da zona anmala vai depender principalmente da mobilidade dos elementos.1.1.7. A mobilidade dos elementos depende de alguns fatores ambientais como: clima, velocidade de eroso, pH etc.1.1.8. Vale lembrar que em um meio diferente o comportamento dos elementos pode variar.1.1.9. Utilizao da prospeco geoqumica:1.1.9.1. Existncia de uma alta disperso geoqumica.1.1.9.2. Sensibilidade dos mtodos de anlise.1.1.10. Farejadores elementos mveis que ocorrem, frequentemente, associados ao elemento principal. So analisados por sua maior mobilidade e por serem dosados atravs de mtodos analticos mais simples (+ barato e + sensvel).1.1.11. Prospeco estratgica serve para interpretar os dados geolgicos e identificar os traos geolgicos da rea.1.1.11.1. Recomendada para a fase de explorao geolgica (reconhecimento de grandes reas).1.1.11.2. Implantada em mapeamentos de escala 1: 50000 a 1: 250000.1.1.12. Prospeco ttica tem por finalidade o reconhecimento de horizontes favorveis, acidentes tectnicos com possibilidade de mineralizao, o prolongamento de um sistema de files etc.1.1.12.1. empregada principalmente na fase de prospeco em superfcie.1.1.12.2. Implantada em escalas de 1: 2000 a 1: 10000.1.1.13. A prospeco geoqumica nos d um resultado de carter qualitativo e tem finalidade apenas de selecionar setores para detalhamento posterior.1.1.14. A inexistncia de anomalia geoqumica no implica na ausncia de corpos mineralizados, uma vez que basta o minrio estar coberto por uma camada que impea o deslocamento do on metlico rumo superfcie, para que o corpo no seja detectado.

1.2. Geoqumica em solos residuais1.2.1. Indicada para pequenas reas.1.2.2. Usada em locais onde a geofsica ou geoqumica de corrente indicam anomalia.1.2.3. Usada para determinar a possvel continuidade, de corpos conhecidos, em reas cobertas por sedimentos ou solo.1.2.3.1. Estes solos so produtos da rocha subjacente e refletem sua composio.1.2.4. As anomalias obtidas indicam fenmenos locais embora suas formas dependam:1.2.4.1. Topografia em terrenos inclinados os afloramentos do anomalias assimtricas se comparadas s obtidas em terrenos planos. Mostram, tambm, um deslocamento em relao localizao real do corpo, no sentido da inclinao.1.2.4.2. Correntes de gua facilita a disperso, afetando a forma das anomalias.1.2.4.3. Tipo de solo tem importncia na forma e intensidade das anomalias, pois estes apresentam uma sequncia de diferentes horizontes com caractersticas prprias quanto composio e capacidade de reteno dos elementos. Obs:. a coleta deve ser SEMPRE em um mesmo horizonte, caso contrrio resultar em valores distorcidos.I. Os horizontes superiores apresentam maior disperso dos elementos, dando anomalias mais extensas, diferindo dos horizontes profundos que tendem a fornecer anomalias mais restritas, porm com teores mais elevados.1.2.4.4. Espessura do solo Em solos pouco desenvolvidos, a disperso mecnica e os mximos das anomalias esto ligados diretamente aos corpos. Porm na medida em que a espessura aumenta a disperso aumenta e os picos das anomalias podem estra deslocados em relao aos corpos mineralizados.1.2.4.5. Relao angular do corpo com a topografia Pode ter grande influncia na localizao (deslocamento) e forma das anomalias, principalmente quando a amostragem geoqumica feita nos horizonte A e B.1.2.5. Prospeco orientativa:1.2.5.1. Define o horizonte a ser amostrado.1.2.5.2. Determina o espalhamento de amostragem.1.2.5.3. Pode ser utilizada, tambm, na determinao de elementos farejadores.1.2.6. A prospeco de solos residuais feita PREDOMINANTEMENTE na fase de prospeco ttica.1.2.6.1. OBS:. Quando a rea plana e as camadas sub-horizontais, os aluvies ou as guas no so importantes geoquimicamente falando, podendo recorrer prospeco pedogeoqumica estratgica (que pode ser usada no estudo de grandes reas, em regies crsticas etc.) 1.3. Geoqumica em solos no residuais1.3.1. Usada, APENAS, para elementos com boa mobilidade.1.3.2. Utilizada, principalmente em:1.3.2.1. Regies de encostas devido ao do lenol fretico sobre o corpo mineralizado, dissolvendo os elementos mais mveis que permanecem em soluo, chegando a deixa-los parcialmente retidos nos solos superficiais, quando diminui o nvel hidrosttico. A anomalia obtida a partir da chamada SEERPAGE.1.3.2.2. Identificao de elementos tectnicos favorveis, gerando anomalias por percolao ao longo da falha principal ou mascaramento da anomalia principal por faturamento transversal.1.3.3. OBS:. Nos solos residuais os teores so, normalmente, mais altos na superfcie para elementos com pouca solubilidade e apresentam uma distribuio irregular de teor com a profundidade para elementos solveis, graas a resistncia do corpo alterao. Entretanto, as anomalias SEERPAGE apresentam vrios picos e grande amplitude, graas a oscilaes do lenol fretico. 1.4. Geoqumica em guas superficiais1.4.1. Utilizada na pesquisa de grandes reas.1.4.2. Restritas a regies desrticas e semidesrticas, onde se tem guas fortemente mineralizadas e pequenas variaes climticas.1.4.3. Os teores so baixos em relao aos encontrados em rochas, solos ou vegetais devido ao da gua.1.4.4. Fatores que vo influenciar no teor: chuva ocasional, pH da gua, temperatura, hora em que se fez a amostragem, etc.1.4.5. Teor baixo; custo alto; preciso baixa.1.4.6. Sugere-se a coleta, preferencialmente, nas interseces das correntes de gua com contatos litolgicos importantes ou em reas de falha.1.5. Geoqumica em guas subterrneas1.5.1. Usada PRINCIPALMENTE na deteco de corpos mineralizados que no afloram. Principalmente em regies associadas a terrenos sedimentares e com uma boa quantidade de poos tubulares. 1.5.2. O aumento da concentrao de metais em guas subterrneas pode ser um indicador de corpos mineralizados.1.5.2.1. Alm disso, o aumento do on sulfato, baixo pH da gua, aumento da concentrao de flor e o aumento de metais acessrios podem indicar zonas com grande potencialidade mineira.1.5.3. As amostras so coletadas em cacimbas, poos artesianos e tubulares, estando estes quimicamente inativos.1.6. Geoqumica em vegetais1.6.1. Indicada para pequenas reas.1.6.2. Determina qual vegetal e qual parte dele que apresenta melhor concentrao (teor) do elemento pesquisado.1.6.3. Alguns vegetais absorvem certos elementos qumicos presentes no solo, enquanto outros apresentam modificaes na forma ou cor das folhas quando crescem em solos ricos em elementos txicos.1.6.4. Biogeoqumica analisa a capacidade de absoro dos elementos pelos vegetais, combinando diferentes partes da planta. Tem grande aplicao em zonas glaciais onde o solo est coberto por gelo.1.6.5. Geobotnica se relaciona identificao visual de vegetais e suas mutaes devido presena de elementos txicos. usada PRINCIPALMENTE na prospeco de elementos txicos aos vegetais como: Ag, Hg, Cu, Ni, etc.1.6.6. Determina-se a espcie vegetal com capacidade de absorver o metal pesquisado, e a parte mais interessante em acumulao e contraste escolhida para amostragem sistemtica. 1.7. Geoqumica em sedimentos de corrente1.7.1. Usados principalmente na pesquisa de grandes reas.1.7.2. Utilizados para selecionamento de alvos a serem reestudados por outros mtodos.1.7.3. Vantagens da amostragem de aluvies comparada s amostras de guas superficiais: 1.7.3.1. Os teores so mais elevados na maioria dos elementos.1.7.3.2. As variaes climticas no exercem tanta influncia.1.7.3.3. As misturas podem ser feitas aps longo tempo da coleta.1.7.3.4. Permite o estudo de uma maior quantidade de elementos.1.7.4. Desvantagem a heterogeneidade dos aluvies, necessitando de uma amostragem delicada e uma interpretao de carter qualitativo.1.7.5. Normalmente os materiais escolhidos para amostragem tem granulao inferior a 80 mesh.1.7.6. As amostras devem ser colhidas no leito vivo do rio, em aluvies recentes ou nos colvios que cobrem os aluvies.1.7.7. Na prospeco estratgica a coleta deve ser feita no canal ativo de escoamento de gua e no nas margens, evitando zonas de concentrao natural.1.7.8. Na prospeco ttica, de maior detalhe, a tcnica de amostragem dever conter, em cada estao, uma amostra tripla: uma representativa do canal ativo do rio, uma colhida no solo consolidado sobre o aluvio e uma amostra com colvio.1.7.9. A experincia em trabalhos deste tipo comprova que os resultados mais positivos de corpos mdios so obtidos em malhas com densidade superior a 1 amostra/ 5km.1.8. Geoqumica em gases1.8.1. Feita para procura de mercrio e de minerais radioativos.1.8.2. Utilizada ainda:1.8.2.1. Na determinao da radioatividade gama, para pesquisa de U, Th, K e Be.1.8.2.2. Determinao de emanaes gasosas na atmosfera, para pesquisa de elementos volteis como Hg, I e Ra.1.8.2.3. Determinao de todos os elementos qumicos presentes na poeira atmosfrica.1.8.2.4. Na determinao dos vapores dissolvidos em guas subterrneas.1.8.3. Esta tcnica baseada no fato de que sobre os corpos mineralizados, ocorre modificao nas caractersticas dos solos superficiais e tambm na atmosfera prxima ao solo.1.8.4. Desvantagem uma pequena cobertura de solo argiloso rico em hmus ou ligeiramente saturado em gua pode ser suficiente para mascarar a presena de uma forte mineralizao.1.9. Geoqumica em rochas1.9.1. Tem por objetivo definir a gnese do depsito.1.9.2. Determinar os setores mais ricos do corpo e na rocha encaixante os teores.1.9.3. Mostram manchas ultrabsica e intruses cidas (teores de elementos).1.9.4. Vantagem o mximo da anomalia geralmente se situa sobre o corpo mineralizado. Por isso esta geoqumica usada PRINCIPALMENTE em trabalhos de detalhe, para definir a posio exata do nvel mineralizado sobre uma unidade petrogrfica ou estratigrfica.1.9.5. Pode ser usada, em alguns casos, no reconhecimento estratgico de formaes favorveis, como a presena de batlitos.1.9.6. Ex:. Berilo, nibio e tntalo, cromo, cobalto e platina.2. Prospeco geofsica2.1. Introduo2.1.1. Baseado nos contrastes, de propriedades fsicas, existentes entre diferentes tipos de rochas.2.1.2. Utilizada na prospeco de petrleo e gs natural, ajudando na deteco de armadilhas favorveis a acumulao destes recursos.2.1.3. Empregada na prospeco de minerais radioativos, aquferos e de qualquer minrio que apresente caractersticas nitidamente diferentes das rochas encaixantes.2.1.4. As propriedades utilizadas para este fim so: densidade, magnetismo, elasticidade, caractersticas eltricas e radioativas.2.2. Caractersticas:2.2.1. Estudo da terra usando ensaios fsicos tomados na superfcie.2.2.2. Estudo das partes profundas da terra, medindo suas propriedades fsicas com instrumentos adequados (a partir da superfcie).2.2.3. Interpretao dos dados para se obter informaes teis sobre estrutura e composio de partes profundas da terra (subsolo).2.3. Prospeco geofsica, quanto ao local de aplicao:2.3.1. Aerogeofsica quando os aparelhos so colocados em avies a baixas altitudes (20 - 1500 m), executando perfis transversais s grandes estruturas.2.3.1.1. Indicado para selecionamento de grandes reas para o selecionamento de faixas a serem posteriormente detalhadas.2.3.1.2. um mtodo rpido e de baixo custo.2.3.2. Geofsica terrestre completa os trabalhos de mapeamento geolgico e orienta as sondagens. o mtodo mais utilizado do mundo.2.3.2.1. Pode ser usado tanto no reconhecimento de grandes reas como no detalhamento de uma ocorrncia mineral (definindo contatos, extenso e profundidade do corpo). 2.3.3. Perfilagem geofsica de furos de sonda (perfilagem de poos) determina com preciso a posio de contatos atravessados, detecta camadas petrolferas, gasferas, aquferas, etc.2.3.3.1. Por esse mtodo chega-se a avaliar quantitativamente a porosidade e saturao das camadas atravessadas.2.3.3.2. Objetivo principal: determinar a profundidade e a estimativa do volume destes depsitos.2.3.4. Nestes trabalhos so utilizados sensores (eltricos, nucleares e acsticos) acoplados a aparelhos eletrnicos sofisticados. Estes sensores nos informam sobre:2.3.4.1. Resistividade das rochas (permitindo identifica-las).2.3.4.2. Intensidade de radioatividade das rochas e dos fluidos em seus poros (inferindo sobre a composio mineralgica delas).2.3.4.3. Atravs de emisses ultrassnicas (infere-se sobre as composies mineralgicas das rochas atravessadas, determinando-se suas profundidades).2.4. Geofsica, quanto s propriedades utilizadas:2.4.1. Gravimetria2.4.1.1. Aproveita as perturbaes locais do campo gravitacional terrestre, devido existncia de tipos litolgicos de diferentes densidades no subsolo.2.4.1.2. Acima de rochas densas, a atrao gravitacional maior do que sobre rochas de baixa densidade.2.4.1.3. Se as rochas densas so deslocadas para cima por falhamentos, no setor equivalente ao bloco que subiu, a fora de gravidade ser maior, caindo bruscamente ao longo da linha de falha, permitindo a definio de estruturas.2.4.1.4. A gravimetria utilizada no reconhecimento de reas inexploradas, visando definio de grandes traos geolgicos regionais como: localizao de falhas, anticlinais, traps, determinao de intruses, domos de sal, etc.2.4.1.5. Na prospeco de minerais a gravimetria tem dado bons resultados quando o contraste de densidades entre o minrio e a encaixante superior a 0,25 g/cm, como ocorre com domos de sal encaixados em depsitos sedimentares argilo-arenosos, com cromititos associados piroxenitos etc.2.4.1.6. Nos dados encontrados algumas correes so necessrias, principalmente quanto :I. Altitude;II. Latitude;III. Efeitos topogrficos (sendo este mais complexo, pois a gravimetria reduz seus efeitos em regies montanhosas ou em locais onde o minrio ocorre fazendo partes de serras de grande porte);IV. Efeito das mars.2.4.1.7. A gravimetria pode ser utilizada no reconhecimento preliminar de certos depsitos minerais, por ser um processo rpido e barato. Porm outros levantamentos geofsicos devem ser implantados para um detalhamento da rea estudada.2.4.1.8. O clculo das profundidades de topo e base de corpos mineralizados s possvel quando estes se relacionam com uma forma geomtrica conhecida (esfera, cilindro, etc.), mesmo assim sem muita segurana.2.4.1.9. Os mtodos gravimtricos so predominantemente terrestres, pois a acelerao das aeronaves interfere no campo gravitacional.2.4.2. Magnetometria (susceptibilidade magntica)2.4.2.1. Baseia-se na medio das variaes do campo magntico terrestre, devido existncia de rochas, no subsolo, contendo minerais com forte susceptibilidade magntica, como magnetita, ilmenita, titanomagnetita e pirrotita.2.4.2.2. Utilizado principalmente na prospeco de petrleo e minerais magnticos.2.4.2.3. Na pesquisa de petrleo serve para determinar a espessura de sedimentos e detectar traos estruturais do embasamento que podem influenciar sobre os sedimentos sobrepostos.2.4.2.4. A magnetometria pode indicar variaes sofridas pelo topo do embasamento e assim so reconhecidas falhas, grabens, host, etc.I. Estas estruturas podem indicar a presena de armadilhas favorveis acumulao de petrleo e gs.II. Em geologia de petrleo, os processos magnticos so considerados qualitativos, devendo as anomalias detectadas ser testadas por processos ssmicos.2.4.2.5. Na pesquisa de minerais metlicos, a magnetometria tem sido usada na procura de qualquer minrio contendo minerais magnticos, encaixados em rochas praticamente sem magnetismo.2.4.2.6. Vantagens as anomalias magnticas so pouco influenciadas pela topografia, e assim, os trabalhos de detalhe podem ser realizados em reas onde o minrio aflora de maneira destacada topograficamente. 2.4.2.7. Os processos magnticos podem ser terrestres ou areos. Na prospeco preliminar de grandes reas e na prospeco de petrleo o segundo mtodo mais indicado pela rapidez, custos mais baixos e pela possibilidade de medies em reas de difcil acesso. No reconhecimento de pequenas reas com ocorrncias localizadas, a prospeco aeromagntica tem custo alto e baixa preciso.I. Nos mtodos areos as leituras so feitas segundo linhas espaadas de no mnimo 250m, j na terrestre so espaadas de 5 a 7m.II. Este mtodo tem a vantagem de no sofrer influncia de efeitos magnticos superficiais como linhas frreas, linhas eltricas, cercas de arame, etc.2.4.3. Ssmica2.4.3.1. Aqui, exploram-se as velocidades de propagao das ondas elsticas, nas diferentes unidades litolgicas.2.4.3.2. Quando as ondas so geradas, podem ser captados por receptores, regularmente espaados no terreno.2.4.3.3. Sendo conhecida a distancia entre os geofones e a fonte geradora de vibrao, pode-se calcular a velocidade de propagao, desde que sejam registrados os tempos gastos entre a exploso e a chegada das diferentes ondas nos receptores.2.4.3.4. Entre as ondas geradas pela fonte:I. Umas so refletidas ao longo do plano de contato entre diferentes camadas que atuam como espelho;II. Outras so refratadas e seguem durante algum tempo ao longo do contato, voltando depois superfcie;III. E o terceiro grupo ultrapassa a superfcie de separao entre duas camadas. Estas sofrem novos processos de reflexo e refrao no contato inferior da segunda camada, e assim por diante, de modo que as diferentes camadas de um pacote sedimentar podem ser reconhecidas.2.4.3.5. O processo de refrao utilizado, principalmente, na determinao de espessuras de solos, aluvies e placers que repousam diretamente sobre o embasamento.2.4.3.6. O processo ssmico de reflexo aplicado, principalmente, na prospeco de petrleo e na pesquisa de minerais metlicos.I. A ssmica de reflexo o mtodo mais preciso em reas de mergulho suave. Onde se calcula, com boa preciso, a espessura das camadas, a profundidade de um horizonte produtor, discordncias de eroso e falhas.II. Na prospeco de petrleo a reflexo utilizada para o reconhecimento e detalhamento das anomalias gravimtricas ou magnetomtricas reveladas anteriormente.2.4.3.7. Vantagens a preciso obtida aproximadamente a mesma nos horizontes superficiais e profundos, ao contrrio dos outros mtodos. Em locais onde no se conhece a geologia em profundidade, a geometria das formaes pode ser definida pela ssmica.2.4.3.8. A velocidade de propagao das ondas depende, fundamentalmente, da rigidez e compressibilidade das rochas. Assim, as rochas de maior rigidez e compressibilidade tm maior velocidade de propagao.

2.4.4. Mtodos eltricos2.4.4.1. Utilizam as diferentes propriedades eltricas das rochas para identificar tipos litolgicos.2.4.4.2. So os principais processos aplicados prospeco mineira, embora de pouca utilidade na prospeco de petrleo, j que a preciso diminui bastante com a profundidade e abaixo dos 500m os dados obtidos no so confiveis.2.4.4.3. As propriedades bsicas utilizadas neste mtodo so:I. Resistividade que controla a quantidade de corrente eltrica que atravessa uma camada, ao se aplicar uma diferena de potencial;II. Constante dieltrica que define a capacidade de armazenamento de cargas eltricas geradas pela introduo, no subsolo, de correntes alternadas de alta frequncia;III. Atividade eletroqumica da rocha responsvel pelo aparecimento de correntes eltricas geradas naturalmente, sem qualquer influncia de campos eltricos artificiais. 2.4.4.4. Na prospeco convencional, utilizam-se os seguintes mtodos eltricos:I. Mtodo autopotencial (SP): Mede as correntes eletroqumicas geradas naturalmente pelos corpos mineralizados. Utilizam-se dois eletrodos no polarizados que so enterrados no terreno e esto conectados a um voltmetro sensvel, que acusa a diferena de potencial e, assim, a intensidade de corrente entre os dois pontos. Em reas estreis a voltagem atinge, no mximo, algumas dezenas de milivolts, enquanto que acima de corpos contendo sulfetos os valores so bem mais altos, variando entre 100 e 1000 mV (1 V). Os minrios detectveis so os que contem pirita, calcopirita, pirrotita e grafite (alm de depsitos de pirolusita, psilomelano, Magnesita e carvo). Desvantagens: a) Impossibilidade de precisar se as anomalias so causadas por sulfetos, xidos ou grafite;b) Resultados meramente qualitativos, onde inclusive as fortes anomalias negativas so interpretadas como sendo supostas mineralizaes;c) No so to uteis quando se trata de minrios horizontais ou sub-horizontais.II. Mtodo eletromagntico (EM) Mede o campo eletromagntico provocado por ondas eletromagnticas introduzidas no terreno por ao de fontes transmissoras. Quando esto presentes minerais condutores, o campo eletromagntico primrio, ao se propagar no subsolo, gera campos eletromagnticos secundrios. Os corpos prospectados por este mtodo so, normalmente, os que possuem grafite, pirrotita, pirita, calcopirita, galena e magnetita (alm de hematita, blenda, cromita e braunita se estiverem associados aos anteriores). Os mtodos mais utilizados em prospeco so os aerotransportados (INPUT) e os de induo terrestre.a) O aerotransportado utilizado em grandes reas, visando o selecionamento de faixas anmalas, para detalhamento posterior. Os dois mtodos nos permitem quantificar a profundidade dos corpos mineralizados, at a ordem de grandeza das reservas, principalmente em reas onde j foram desenvolvidos trabalhos e chegou-se a determinar o contedo aproximado de minerais condutores. Desvantagens:a) Impossibilidade de determinar o mineral causador da anomalia;b) Em minrios disseminados de baixo teor os resultados no so precisos e apenas qualitativos.III. Mtodo da resistividade Determina a resistividade das rochas do subsolo pela introduo de uma corrente eltrica que captada por um voltmetro. A profundidade alcanada pela corrente depende da sua frequncia, que quanto menor, maior a profundidade atingida. Assim, no local onde se est pesquisando, aumenta-se gradativamente a distncia entre o par de eletrodos, fazendo uma medida em cada distncia. Dessa forma possvel identificar as diferentes resistividades das camadas atravessadas, obtendo-se um corte geolgico ao longo do perfil estudado. A determinao das profundidades de contatos, de mergulhos em camadas horizontais a sub-horizontais e de corpos com fortes mergulhos depende do contraste entre camadas ou entre minrios e rochas encaixantes. A resistividade dos minrios depende da quantidade de minerais condutores. Assim, macios que contenham pirita, pirolusita, psilomelano e grafite podem ser prospectados por este mtodo, enquanto os materiais metlicos, disseminados e de baixo teor, por ter alta resistividade, devem ser estudados pelo mtodo IP. Desvantagens:a) Precariedade dos resultados em reas de materiais metlicos disseminados;b) Sofre influncia da topografia;c) Dificuldade de utilizao e interpretao em reas cobertas por solos espessos.IV. Processo de polarizao induzida (IP) Baseado na capacidade das rochas armazenarem energia. Dessa forma, ao se desligar uma corrente eltrica introduzida no terreno, a voltagem medida no chega imediatamente zero, diminuindo gradativamente. A velocidade de queda varia de rocha para rocha. Os resultados obtidos geralmente coincidem com os de resistividade e, assim, quase sempre so utilizados simultaneamente. Vantagens:a) Este mtodo mais sensvel deteco de minerais metlicos disseminados (sulfetos) no acusados pelo mtodo da resistividade.b) No afetado por variaes topogrficas ou pela presena de solos espessos. Quando o IP e a resistividade so utilizados em conjunto possvel distinguir o mineral causador da anomalia. a) Assim os resultados obtidos so quantitativos e permitem determinar contatos, reservas, mergulhos etc.b) Podem ser utilizados para: pesquisa de sulfetos disseminados ou macios, em todas as direes; determinao da espessura de mantos de intemperismo, aluvies ou placers; na determinao de mergulhos e espessuras de camadas sedimentares horizontais ou inclinadas; prospeco de guas subterrneas, etc.2.4.5. Mtodo radioativo2.4.5.1. Baseia-se na desintegrao espontnea de certos elementos que promovem a emisso de radiaes detectveis atravs de cintilmetros ou contadores Geiger-Muller.2.4.5.2. Os elementos naturais que se desintegram com facilidade so urnio e trio, por isso esse processo mais usado na prospeco desses minerais ou de minrios que estejam associados a eles (como potssio, nibio, zircnio, berlio e terras raras).2.4.5.3. Pode ser executado atravs de levantamentos areos e terrestres. O primeiro indicado para p reconhecimento de grandes reas. As anomalias detectadas so posteriormente detalhadas em campo, em malhas espaadas de 3, 6 ou 12 metros.2.4.5.4. Desvantagens: No pode ser utilizado em reas com manto de intemperismo espesso, uma vez que 60 cm de rocha intemperizada j so capazes de absorver quase toda radiao emitida. No possvel distinguir as anomalias causadas por trio ou urnio com aparelhos convencionais. Impossvel de determinar, sem trabalhos posteriores de prospeco, a profundidade dos corpos a partir das anomalias. Resultados essencialmente qualitativos. Os avies tm de voar a pequenas alturas, cerca de 60m acima do terreno, tornando o processo invivel para reas com topografia acidentada.1