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Preço 2$50 Quinta feira 27 de Junho de 1957 Ano II - N,° 120 / < emauattc) RECREIO Proprietário, Administrador e fditor V. S. M O TTA PI N TO REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026 467 M O N T I J O COMPOSIÇÃO 0 IMPRESSÃO — TIPOGRAPIA «GRAFEX» — TELEF. 026 236 — MONTIJO D I R E C T O R Á L V A R O V A L E N T E Festas Populares de S. Pedro M A V E X P O S Ã O M U N D IA L D E A R T E F O T O G R Á F IC A O R G A N I Z A D A P E L A NITERÓI Com representações de: ALEMANHA - ANGOLA - ARGENTINA - AUSTRÁLIA - ÁUSTRIA - BÉLGICA - BRASIL - CANADÁ - CHECOSLOVÁQUIA - CHINA - DINAMARCA - ESTADOS UNI - DOS - ESPANHA - FILIPINAS - FRANÇA - FORMOSÂ - HUNGRIA - ÍNDIA - IRAQUE - IRLANDA - ISRAEL - ITÁLIA - MÉXICO - PORTUGAL - SUÉCIA - YUGOSLÁVIA. ESTADO D O RIO A FO TO G R A FIA MONTIJO À VISTA... do amador montijense e nosso distinto colaborador artístico sr. António Paracana, foi altamente classificada. 3 otografi BRASIL PARA SE AVALIAR DO VALOR ARTÍSTICO DE TAL EXPOSIÇÃO, BASTA CITAR OUE FORAM APRESENTADAS QUATRO MIL PROVAS FOTOGRÁFICAS DE AMADORES DE TODO O MUNDO, E APENAS 197 ME- RECERAM A HONRA DE SERJ7M EXPOS- TAS, E ENTRE ELAS A QUE PUBLICAMOS E QUE NOS FOI GENTILMENTE CEDIDA PARA ESTE NÚMERO ESPECIAL.

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Preço 2$50 Quinta feira 27 de Junho de 1957 Ano II - N ,° 120

/ <emauattc)

R E C R E I O

Proprietário, Administrador e fditor

V . S . M O T T A P I N T O

R E D A C Ç Ã O E A D M IN IS TR A Ç Ã O - AV. D. N U N O A L V A R E S PEREIRA - 18 - T E L E F . 026 467

M O N T I J O

COMPOSIÇÃO 0 IM PRESSÃO — T IP O G R A P IA «G R A F E X » — T E L E F . 026 236 — M O N T IJO

D I R E C T O R

Á L V A R O V A L E N T E

Festas Populares de S. Pedro

M A V E X P O S I Ç Ã O M U N D I A L D E A R T E F O T O G R Á F I C AO R G A N I Z A D A P E L A

N I T E R Ó IC o m r e p r e s e n t a ç õ e s d e :

ALEMANHA - A N GOLA - A RG EN TIN A - A U STR Á LIA - Á U STRIA - B É L G IC A - B R A S IL - CANADÁ - C H E C O SL O V Á Q U IA- CHINA - DINAMARCA - E S T A D O S UNI­D O S - ESPA N H A - FILIPINAS - FRA N ÇA - F O R M O SÂ - HUNGRIA - ÍNDIA - IRA Q U E - IRLANDA - ISR A E L - ITÁLIA - M É X IC O - P O R T U G A L - SU É C IA - YU G O SLÁ V IA .

— E S T A D O D O R I OA F O T O G R A F I A

M O N T I J O À V I S T A . . .do amador montijense e nosso distinto colaborador artístico

sr. António Paracana, foi altamente classificada.

3 otografiB R A S I L

PARA S E AVALIAR DO VA LO R A R T ÍS T IC O D E T A L E X P O S IÇ Ã O , B A S T A C IT A R OUE FO RA M A P R E S E N T A D A S Q U A T R O MIL PR O V A S F O T O G R Á F IC A S DE A M A D O R E S D E T O D O O MUNDO, E A PEN A S 197 M E ­R E C E R A M A HONRA D E SERJ7M E X P O S ­T A S , E EN TRE E L A S A QUE PU B L IC A M O S E Q UE N O S FOI G E N T IL M E N T E CEDIDA P A R A E S T E N Ú M E R O E S P E C I A L .

« c 4 . rP i ( W Í n ? i a » 2 7 -6 - 9 5 7

♦ FIAMBREI Z I D O R O

O preferido pelos bons apreciadores

P r e p a r a d o p o r

Jzi(ío?e J H . ífOLiaehu & ê .“( J z m ã o s )

F á b r i c a e m M O N T I J O

SED E EM L IS B O A :

R U A D O S F A N Q U E I R O S , 1 3 6

Telefones: 219 06 - 27 0 64 - 27 0 75

P O R T U G A L

S

I

I T e l e g r a m a s T E I X E I R A B R E U T e l e f o n e 4 1 0 9

C a s a d o s £ i n h o s

D E

T r a í r a I A t e m & í \ L i i

Premiados em Iodas as exposições a que concorrera

fabrico especial de panos de Linho de Guimarães

A to a lh a d o s - Panos de A l g o d ã o Len ço s de Linho e d e A lg o d ão C o lc h a s de Sed a e de A lg o d ão C o b e r to re s de A lg o d ão e d e Lã Enxovais — Bordados Regionais — ere.

G U I M A R Ã E S

M . f . Á f O N S O ,DA

F a b r i c a n t e s e E x p o r t a d o r e s

d e C o r t i ç a

T E L E

F O M E 0 2 6 0 1 6

I G R A M A S M a t o n s o

M O N T I J O

P O R T U G A L

♦ J| 0 M ELHOR M A TER IAL 00 SEU

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M O N T I J O

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E OUTRAS PEÇAS MOLDADAG

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Turi tico» ò RiGIÃO 005 IRÍS CASULOS P A R A E X C U R S Õ E S | j

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A T r a n s p o r t a d ora S e t u b a l e n s eDE João C ândido B e lo & Ca. Lda. — Vila fresca de Azei tão

—^ T E L E F O N E S ~

Alcácer do Sal Azeitão .

»Barreiri..Reja .Ren avente Cacilhas (Almada) Caslelo Rranco. Cer al <!o Alentejo E ivas........................

47028 0 29 02S 0 62 023 0 37

601 62

070 1 88 408

3555

Estremoz . .Evora . . . . Giãndolai.agos . . . . Mon tem or-o-Novo.

2822121

108233110

M ontijo .................................... 026 0 94Palm eia.................................... 020 0 78S e tú b a l.................................... 2868S i n e s . .................................... 68Vila Franca de Xira . . . 58 ♦

27-6-957 « i y < J ) i e 0 Ú i e i a * >

Nossas FestasNão é lisonja, nem su b ­

serviência. E ’ um dever de Consciência, é um acto de inteira justiça.

As Festas Populares de S . Pedro devem a sua gran­diosidade e o seu indiscutí­vel brilhantismo, antes de mais, ao patrocínio da C â ­mara Municipal e à pertiná­cia e aos e s f o r ç o s da Comissão.

E ’ certo que da parte do povo, do Comércio, da In­dústria, da Agricultura, das colectividades, — de t o d a s as «forças vivas» de Mon­tijo, enfim, tem havido sem­pre uma exemplar compreen­são e um decidido e pre­cioso auxílio impossíveis de igualar. Nunca serão su­ficientemente encomiásticas as palavras que possam de­dicar-se a esta demonstra­ção bairrista, a este fervo­roso acolhimento.

S r. J o s é d a S ilva Lcitt-, P ie s id í nte d a Cântara

c ip a l de Montijo

dignoMuni-

rizá-la, é concorrer para o seu progressivo desenvolvi­mento, para o seu futuro cada vez mais próspero.

E quem tornou possível esta formidável realização?

O povo, o Comércio, a Indústria, a Agricultura, as colectividades, - t o d a s as «forças vivas» de Montijo, enfim — ; m a s , acima de tudo, as duas citadas enti­d a d e s : a C â m a r a e a Comissão.

E tornand o-a possível, praticaram, e continuam pra­ticando, um gesto de pro­funda visão de que a vila aproveita e bem assim todos os seus habitantes.

É justa; pois, a simples homenagem desta página de «A Província», — do nosso m o d e s t o semanário q u e coloca sempre na primeira fila dos seus desígnios os melhoramentos de Montijo e

.1 Comissão das Fesias Populares de S. Pedro. No primeiro plano da es­querda para a direita, Augusto Mendes, Humberto de Sousa e Joaquim Gregório. No segundo plano, António Fanico, António Pereira Ribeiro, Amân­dio José Correia de Carvalho, Mário Vicente e Francisco Resina Garroa.

Não é menos certo, porém, que tudo seria infrucífero e de pouco relevo se não houvesse aquele patrocínio, aquela pertinácia e aqueles esforços.

Os factos falam bem alto; e, sempre em obediência à suprema Verdade, aqui o a f i r m a m o s publicamente, sem receio de interpretações malsãs ou de desmentidos erróneos.

Nunca é demais salientar, principalmente nas colunas dum jornal, como o nosso, que se fundou para servir Montijo e os seus superio­res interesses, a soma de prestígio que estas Festas Populares de S . Pedro têm

trazido ao nome da terra e à sua valorização.

Tudo redunda em benefí­cio de todos.

E tornar possível esta for­midável realização, é servir a terra, engrandecê-la, valo-

quem os serve, sem atender a minúsculas discrepâncias que nada valem.

E se agora ainda houver u m a voz discordante, no que não acreditamos, o Fu­turo falará por nós.

& a i L d a ç ã &

/ls Festas de S . P edro, em M ontijo, que vão de 27 de Junho a 2 de Ju lho, constituem presentemente, pela sua grandeza e beleza, atracção Javorita do povo do S u l de P ortugal.

L ia s são hoje, realm ente, na vida de M ontijo, factor da maior projecção, não apenas como elemento turístico de inapreciável valor, m ais ainda como herdeiras duma tradição que honra sobremaneira a nossa terra, ciosa dos seus pergam inhos, sim bolizados no trabalho, no progresso e na ordem.

E ' certo que pa ta o bom êxito destas festas há que ter em conta vários factores a que não são estranhos a boa. vontade e o sa crifício dos componentes da sua Comissão Organizadora \ a compreensão e 0 au xílio das autoridades lo c a is ; e 0 civism o e 0 concurso do próprio povo montijense.

E ‘ devido à boa conjugação destes elementos que. as Festas de S . P edro atingem, de ano para ano, maior brilhantism o e m aior número de admiradores, tudo concorrendo para as tornar mais populares e mais atraentes do povo português.

E de fa cto , na azáfam a do dia a dia, cujas horas se perdem na combinação e no ensaio de m il preparativos, as Festas vão atingindo 0 alto nível de beleza a que todos aspiramos, beleza já bem patenteada na decoração das ruas da vila, em que a graça e 0 colorido se casam a prim or com 0 poder de originalidade. E 0 povo vê isto com agrado e m anifesta exuberantemente o seu aplauso, honrando-nos com a sua presença, sempre querida e desejada.

J á alguém disse, e com ju stifica d a razão, que M on­tijo deve parte do seu progresso a empt eendimentos deste género, que colocam a terra num plano bem destacado de fo rm a a atrair as atenções gerais.

E ’ para não desmerecer desta e doutras afirm ações, que muito nobilitam os prom otores de tais iniciativas, que há a preocupação de elaborar, por esta altura, car­tazes aliciantes, dignos das tradições festiv a s de S . Pedro. E M ontijo sabe cum prir o prometido como também sabe ser f i e l à confiança que m ilhares de pessoas, vindas de todos os recantos de P ortugal, acorrem a esta terra, tipicamente ribatejana, para viverem algum as horas de incontido entusiasm o. . .

N este momento, em que a vila de M ontijo veste de novo as suas melhores galas para receber m ultidões adm iradoras das suas F estas , «A P ro vín cia » saúda entusiàsticamente todos aqueles que de algum modo con­tribuíram para 0 seu brilh a n tism o ; e fa z votos para que o povo forasteiro possa sentir o calor e a hospitalidade da nossa gente e viver de perto, na mesma comunhão fratern a, os dias inesquecíveis das solenidades de S . Pedro. A’lvaro Pereira

Concurso H o r a F e l » z

O relógio mágico deste con­curso, esta semana até contemplou um cartão que só tinha 8 semanas pagas, e pertencia, à sr.a D. Maria Irene Belo, rua José Joaquim Marques, 165, Montijo, que (inha as

l ó horas e 50 minutos hora em que se encontrava parado o relógio da grande Ourivesaria e Relojoaria Contramestre. Concorra também neste concurso da HORA FELIZ.

« fl Província» e as festas Populares de S. PedroDesde a primeira hora que o

nosso jornal, no justo cum pri­mento da que entende ser o seu dever, tem dado às Festas Popu­lares de S. Pedro toda a sua cola­boração e aplauso.

Jornal fundado em Montijo e muito para Montijo, faltaria à coe­rência da sua origem se o não fizesse.

Fá-lo, porém, com absoluta cons­ciência da sua actuação, na cer­teza de que defende a boa doutrina montijense e de que corrobora assim a divisa que pôs um dia à frente dos seus destinos jorna­lísticos.

Por um Montijo m elhor, —dissemos no princípio ; e de acordo com este pensamento, falsearía­mos a nossa missão se não désse­mos a essas Festas o no^so hu­milde impulso e a nossa modesta cooperação.

A soma de prestígio e de bene­fícios que Montijo tem recebido com as realizações dos anos ante­riores, é indiscutível. Paia qual­quer sentido que nos - voltemos, logo verificamos a confirmação desta verdade axiomática.

Montijo era quase uma terra desconhecida no seu valor. Aqui mesmo, à beira da capital, havia ainda muita gente que a não conhecia, ou que mal a conhecia. Muitos julgavam-na uma pequena aldeia, encrustada no Ribatejo do sul, e dela apenas sabiam que fa­bricava produtos p o rcin o s... e que abundava em moscas nas tar­des calmosas.

A sua importância industrial, os seus aspectos comerciais e agrí­colas, a vastidão das suas praças e avenidas, a beleza das suas cons­truções modernas, a lhaneza da sua população, os seus hábitos e costumes retintamente portugue­ses, a sua gloriosa odisseia de tra­balho e de ansiedade, essa onda impulsiva de progresso que a in ­vadiu e a levou às culminâncias que hoje disfruta, eram factos ignorados da grande maioria.

Foi preciso quebrar essa gélida indiferença a golpes de pertinácia, foi preciso lutar persistentemente pelas realidades para convencer, para persuadir, para trazer ao nosso convívio as grandes massas populares do país.

T errível cego é o que não quer ver; e difícil, muito difícil, é obri- gá-lo a reconhecer a grandeza do que a sua cegueira voluntariosa põe de parte e a sua descrença não [aceita. Só depois de muita energia dispendida, de muita pro­paganda teimosa, de muitos e her­cúleos esforços, foi possível con­vencer em definitivo!

Montijo é hoje uma terra que tem a simpatia e a admiração de quantos sabem das suas virtudes e das suas generosas qualidades.

E seria faltar à verdade incon­cussa se não atribuíssemos às Festas Populares de S. Pedro grande parte, se não a maior par­te, desse resultado.

De início com certo receio, de seguida com decidida convicção, as multidões desceram os seus olha­res sobre nós e acabaram par nos fazer aquela justiça pela qual há tanto tempo clamávamos.

E foram estas Festas, mais do que outro qualquer factor, que tiveram o condão de abrir os olhos e o raciocínio aos que nos desconheciam e aos refractários à luz que convence e deslumbra.

Eis porque «A Provincia» esteve desde'o primeiio minuto ao lado dos realizadores da majestosa obra, danJo-lhe o calor das suas pala­vras animosas e o entusiasmo do seu apoio incondicional.

E continuamos.Continuamos convictos de que

assim bem cumprimos a nossa obrigação, consciente e confiada, no desejo imperioso de que essa? Festas sigam o rumo progressivo do futuro, sempre nos mesmos desígnios e nas proveitosaí conse­quências que daí resultam.

Aqui estamos, pois, mais uma vez, a saudar quantos concorrem para que elas tenham o brilhan­tismo e as fulgurações da vontade geral, a saudar a Câmara e a Comissão, a saudar este povo in­comparável e cioso das mais belas tradições, a saudar os que vêm até os nossos muros, como visi­tantes, como amigos, como irmãos, oferecendo a todos o amplexo fra­ternal da nossa hospitalidade riba­tejana e a certeza da impressiva gratidão dos que colocam sempreo prestígio de Montijo acima das ninharias desvaliosas.

« c A rp t o t ú t i e i a » 2 7 - 6 - 9 5 7

JO SORTEIO11 de «Á Província» I

I

(Suudaçãôà i m p r e n s a e è R á d i o

Ao tempo que este núm ero de «A Província» ap arece em público, no in íc io das nossas Festas, devem estar em convívio am igo e fraterno os representantes da Im prensa e da Rádio com a Im prensa local, Com issão das Festas, autarquias, convidados etc.

Desta confratern ização , que é com o que a antecâm ara da inaug uração oficia l das 19 horas, resultam sem pre m om entos de indizível prazer esp iritual que ficam e que perduram dum ano ao o u tro ,-co m o um ram alhete de perpétuas am izades.

Tratando-se de cam arad as que vêm até n ó s ,-c a m a ­radas de idênticas actividades e de igual m o u re ja r-, para com partilhar dos nossos anseios e das nossas c o ­m em orações festivas, muito nos apraz saudá-los afec­tuosam ente e afirm ar-lhes a nossa íntegra so lidariedade.

Pela Im prensa e pela Rádio, presentes em Montijo neste instante sublim e, «A Província» ergue a sua voz

' m odesta em hom enaaem aa rad ec id a .

H a O B M M B B n B S

CARTA DE LO N G E...A P R O P Ó S I T O

Em hora feliz livemos esta in i­ciativa.

As Festas Populares de S. Pedro ficarão de memória a todos que acorreram ao nosso Sorteio.

Ao mesmo tempo que todos terão ocasião de observar o desen­volvimento comercial e industrial de Montijo, pelo volume de esta­belecimentos e firmas, pelas suas importâncias e valores, ficarão possuindo um objecto como recor­dação dessas Festas e do semaná­rio que promoveu o Sorteio.

Os nossos assinantes nem, se­quer, tèm necessidade de gastar um centavo, a não ser que queiram concorrer com mais dum cupão por cada anúncio.

Repetimos mais uma vez o que é preciso fazer para entrar neste Concurso:

— Certos anúncios publicados neste número especial trazem um cupão, inserto nos mesmos anún­cios. Basta escrever o nome e a morada dos concorrentes e entre­gar depois, esses cupões, devida­mente preenchidos, na nossa Re­dacção, ou remetê-los pelo correio.

Podem concorrer com qualquer número de cupões.

No número seguinte de «A Pro­víncia» será anunciado o dia do Sorteio, o qual se efectuará na nossa Redacção publicamente e com a assistência das autoridades.

Os prémios que saírem a con­templados de Montijo, serão entre­gues nesse mesmo dia aos signa­tários dos cupões. Os que saírem a concorrentes da província, isto é, a contemplados de fora de Mon­tijo, serão enviados pelo correio ou entregues a quem os concor­rentes determinarem.

Reiteramos os nossos agradeci­mentos a todos os anunciantes que colaboraram nesta iniciativa e que tornaram possível a sua realização. » Publicamos hoje a lista completa desses prém ios:

Eis essa completa: 1Casa «S;'.m», de Manuel António

da Silva, uma mala para senhora; Relojoaria Contramestre, um es­tojo com uma calçadeira em prata; Tipografia Grafex, um cento de cartões de visita c uma caixa de papel de luxo, tim brado; J o sé Porfírio Èzequiel, um serviço de três peças em loiça, para criança; Afonso Monteiro, Foto Montijense, uma fotografia artística em 24x50; Jaime Laranjeira, ourivesaria, um relógio Despertador, marca regu­ladora R. 24 55/6 ; Casa das N ovi­dades, uma estatueta artística, em loiça; Sociedade Alentejana, Lda., em Montijo. uma lata com 5 quilos de banha; Manuel de Sousa, um garrafão com 5 litros de vinho especial, branco ou tinto ; Manuel Francisco Peres, 250 quilos de le ­nha para fogão; Ludgero Brito Soares, um par de suspensórios, marca Fred; Foto Filme, R. Bulhão P a t o , uma fotografia artística 18x24, com moldura ; Pensão Im­pério, uma garrafa de champanhe; «A Sibéria», de César da Silva, uma «Cassata» e uma garrafa de Vinho do Porto (Rainha Santa); Café Nacional do Ribatejo, uma garrafa de Vinho do Porto (marca Brizela); Café Imperial, de Carva­lheira & Santos, uma garrafa de Vinho do Porto (Santa Clara); Cosme Benito Sanchez, um jarro de vidro com pastilhas de m entol; Nelson Tavares Amaral, duas gar­rafas de Anis Escarchado ; Manuel Bento Vieira, uma lata com cinco quilos de chouriço de carn e; A n­tónio Ramos Dias, 4 frascos de «Picles», marca Cordeiro; Alfredo Sobral Dias, conserto numa má­quina de escrever do premiado ou de quem ele indicar ; Casa Victor, uma mesa de chá; Vergílio Marlins da Costa Júnior, um pulverizador marca «Caramba» ; Rogério Carlos Ferreira, um p a r de sandálias para criança; Francisco Pereira Cambolas, «Casa das Vergas», um cesto em verga, para escritório; «Montijóia», ourivesaria, um fio em prata ; «Casa Faz-Chuva», um par de sapatinhos para crian ça; Retiro dos Pescadores, de Carlos Leitão, um garrafão com licor,

marca «Reserva» ; Euzébio Anjos Peixinho, uma almofada de cetim ; Pereira & Mafra, Lda., um par de sandálias para criança; Saúl de Jesus Dias, uma garrafa «Termo», de meio litro, marca «Triunfo»; Drogaria Orienlal, um pincel, um tu b o de creme, e um sabonete para a barba; Casa de Mobílias «Brical», uma mesa de sala; José Cabrita, um cântaro em cobre, artisticamente trabalhado; Antó­nio Castanheira Guedes, um gar­rafão com cinco litros de vinho especial; Adriano José Lucas, 2 tubos de creme p a r a a barba, marca «Lanol»; Jorge da Costa Moreira, uma camisa de malha de sela, para criança; Café «Novo Dia», de Marcelino Martins Fer­nandes, uma garrafa dc champa­nhe, marca «Reserva»; Café Cen­tral, u m a caixa de bombons, marca «Regina»; Tabacaria Mo­derna, uma caixa de papel para cartas, marca «Rinhau»; José A n­tónio Quindera Miranda, Jardia - Montijo, — seu pai José Domingos Miranda oferece um garrafão de 10 litros de aguardente bagaceira, da sua produção; José Inácio de Almeida, psstelaria na Avenida Nuno A ’lvares Pereira, um pão de ló ; Casa Machado, de Mário Ma­chado, rua Alexandre Herculano, um almoço para uma pessoa; Luís Eduardo Neto, um jarro em faiança artística ; Adelino Antunes Veríssimo, uma lata com 5 quilos de chouriço de carne; Manuel Luís Barbosa António, rua Ale­xandre Herculano, 25 quilos de batatas; Casa Rosálita, rua Bulhão Pato — um casaco de malha, para b éb é; Augusto Gervásio Júnior, rua João Pedro Iça, 5 quilos de farinha de trigo em pacotes, da marca «Océlia», de sua produção ; Cerâmica José Salgado de Oliveira— Barreiras — uma talha vidrada; Farmácia Diogo, rua Cândido dos Reis, uma caixa com 12 sabonetes, marca «Palma e Coco»; Manuel Godinho, o Grande Barateiro, rua Bulhão Pato, uma écharpe em lã fina, com fios prateados; Au­gusto António Fernandes, vulgo «Augusto Marrão», uma bilha em folha para 5 litros de leite; Vidra­ria S a n to s , rua da Cruz, um licoreiro ; Mecânica Auto Indus­trial Montijense, Lda., — uma lata de óleo de 1/4 de galão, marca M obiloil; S o m o c o l, Sociedade Montijense de Construções, Lda., uma garrafa Term o; Silvério Ta­vares Henriques, estrada das Nas­centes, uma garrafa de anis, com seis decilitros e m eio ; Ernesto César Sineiro, uma dúzia de carros de linha de bordar, com a cor à escolha; Manuel da Silva Russo, vulgo «Manuel da Beira», uma saca com 50 quilos de batatas; Luís Costa, alfaiate, o feitio dum par de calças; Fernando Lourenço, alfaiate, o feitio dum par de calças; João Fernandes Nunes, rua José J. Marques - Montijo, um par de sapatos no valor de 100$00 esc., para senhora; Tiago Augusto A l­berto de Almeida & Filhos, Lda.

- rua José J. Marques, - uma lata com 5 quilos de chouriço; Tamarca, Lda. - um frasco de óleo marca Ree Jnoe; Repal, Representações, dois frascos de tinta «Além-mar»; Manuel Teixeira de Castro, Mer­cado Municipal, 2 latas de salsi­chas, marca «Tó-bom», e 2 latas de Lunchemite; A J. Ventura & F i­lho, Lda, - um fogão eléctrico SÍUL, no valor de 120$00 esc.; Elisiário Joaquim Carvalho, apea­deiro de Sarilhos, uma garrafa de licor; Casa Julmar, av. João de Deus, um par de meias de vidro, marca «Libélula»; Casa dos Cara­cóis, Manuel Aranha Fernandes, ura almoço ou um jantar à escolha do prem iado; C. Barrei as & Moura, Lda. - rua José J. Msrques, 177, ura queijo flamengo; Antó úo José de Sousa, rua Serpa Pinto, um cinzeiro em pedra mármore; Tobias, Cabeleireiro, av. J. ão de Deus, uma permanente com mine; Fernandez, oculista, Praça da Re­pública. um par de óculos à es­colha do premiado, no valor de 80$00 esc.; Manuel Faísca Semeão, bairro da Bela Vista, Montijo, meias solas nuns sapatos, à escolha do contemplado; António dos Reis, bairro da Bela Vista - Montijo, um garrafão de licor de ginja; Amé­rico de Oliveira, mesmo bairro, um garrafão com creme de ana­nás; José de Sousa Castanheira Júnior, uma lanterna à antiga portuguesa; Francisco dos Santos Simões, um quilo de amêndoas f nas; Rapec, um saco de l’enibê- doze, para alimentação de porcos e galinhas; Mobilãndia, um tapete da marca «Lince», para quarto; Café Pinto, Afonsoeiro, uma par­tida de bilhar, livre (par) e_ uma medalha ao vencedor; Domingos Augusto Baptista Correia, Casa de Mobílias - rua do Hospital, uma chapeleira moderna, em madeira; Irene da Silva, o «16» - Av. D. Nuno Alvares Pereira, 3 pudins da m a rca «Volman»; Farmácia União Mutualista N. S. da Concei­ção, 1 caixa com 12 sabonetes «Feno de Portugal», de Santa Clara; Alípio Marques Martins, av. D. Nuno Alvares Pereira, 120,1 cabeça de porco e 4 chispes; Manuel Domingos Taneco, rua João Pedro Iça, uma saca com 50 quilos de batatas; José Baptista Cardoso Júnior, um garrafão com5 litros de vinho tinto «especial»; Moagem e Trituração de Manuel Zacarias, moagem gratuita de 500 quilos de milho; Fernando Fer­reira & C.a Irmão, 3 latas de óleo Shell X 100, marca Vobiloil, 1/4 galão; João Carvalho Matias, rua J. J. Marques, um chapéu para homem; Dias & Marques, fábrica de Cerâmica - rua da Barrosa, um vaso vidrado; Café Portugal, 1 garrafa de licor de ginja; Comissão das F e s t a s de S. Pedro, dois objectos de arte; «A Província», assinatura gratuita do jornal, du­rante 2 anos, com desconto de 10°/o em qualquer anúncio do premiado.

S r. Director e A m igo

Tenho recebido o nosso jornal com toda a regulari­dade, e aproveito esta carta para lhe manifestar a minha grande satisfação pela ma­neira como tem vindo redi­gido.

Além dos artigos de sua autoria, gosto de toda a co­laboração, que bem se vê ser escolhida e valiosa.

Acima de tudo, porém, leio sempre com o maior in­teresse as noticias de Mon­tijo, pois sinto as maiores saudades quando a s leio e me recordo da minha terra e de todos os amigos que aí deixei.

Agora, por exemplo, nes­tes ú l t im o s n ú m e r o s de «A Província», ao le r a s no­tícias e a propaganda das Festas de S . Pedro, que ainda o ano passado a elas assisti, essas saudades são mais fundas e fazem-me so­frer.

V. não exagera em tudo quanto diz a tal respeito, pelo menos se elas forem como foram aquelas que eu vi em 1956, porque nunca vi nada que se lhes compare no n o s s o P o r t u g a l . Sei muito bem o que digo, visto que conheço, mais ou menos, as outras que por aí se rea­lizam.

É natural que haja invejas, desesperos; mas a verdade anda ao de cima da água como o azeite, e por isso,

q u e te n h a m p a c i ê n c i a .S e ainda são os mesmos

rapazes da Com issão, digo- -lhe, meu caro Director, que é difícil encontrar gente como essa , tão dedicada e tão di­ligente. E com gente assim, não é para admirar que cada ano sejam melhores as F e s ­tas de S . Pedro, que os nos­sos pescadores tanto adoram.

Não faz ideia das sauda­des que senti quando estava a ler da Batalha das Flores, da Marcha Luminosa, da Procissão, do fogo, dos Ran­chos, de tudo, enfim. Lem­brava-me do ano passado, de quando ia à Feira todas as noites, das iluminações, da nossa igreja toda iluminada, qae até parecia uma fogueira de lumes, dos arcos, da nossa Praça, que parecia um céu aberto, com aquelas fi­guras nas placas dos jardins, das músicas nos coretos , dos bazares, etc. etc..

Tenho muita pena de não poder estar lá este a n o ! Tudo me faz quase chorar r. .

Que hei-de eu fazer ? É o meu destino !

Para o ano, se Deus qui­ser, não hei-de faltar, pois conto estar de regresso.

E já sei que para o ano temos também corridas de toirros, o que é uma grande coisa para animar as Festas e a terra.

Diga à gente da minh i terra que tenha orgulho das nossas Festas e que esteja sempre unida para que elas não deixem de se fazer to­dos os anos. Cá fora é que se percebe melhor o amor que temos à terra que nos viu nascer e onde passámos a nossa mocidade, em com ­panhia de amigos e de sau- dosás recordações.

Para todos, a minha grande saudade.

E que Montijo se não arre­penda nunca do caminho que vai seguindo.

E para si, meu caro Direc­tor, os meus cumprimentos e desejos de o ver sempre na primeira linha em prol de Montijo, o que muito lhe a g ra d e ç o . . .

seu A. H.

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A ’ s 8 h o r a s — Salva de 21 tiros anunciando a abertura das Festas .

A ’ s 1 2 h o r a s — Recepção-à Imprensa e Rádio.

A ’ s 1 4 h o r a s — Almoço regional em honra dos visitantes.

A ' s 1 9 h o r a s — Inauguração oficial do Arraial e Feira Franca, seguindo-se

uma largada de 2 .0 0 0 pombos, sob o patrocínio da Sociedade

Columbófila de Montijo.

A ’ s 2 1 ,3 0 h o r a s — Concertos musicais pelas seguintes B andas:

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Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Sam o u q u en se ; e

Banda Democrática 2 de Janeiro, de Montijo.

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Sociedade Filarmónica Previdência, de A zeitão ;

Sociedade Filarmónica União S e ix a le n s e ; e

Sociedade Filarmónica Palmelense.

Após os concertos, exibir-se-á o Rancho Folclórico da C asa do Povo de Alte.

A S IM B O LQ G IA NA

Imagem de S. Pedro,A imagem de S. Pedro, que

8e venera na igreja matriz de Montijo, em altar privativo, è muito antiga, pois deve datar da instituição da «Corporação dos Pescadores da Aldeia Ga­lega» que tomou S. Pedro para seu padroeiro.

 Simbologia das vestes e outros ornam entos da im a­gem ê interessantíssim a e a sua interpretação da parte do povo montijense não é menos interessante. Neste nosso tra ­balho propom o-nos interpre­tar a erigem e significado li- túrgico da sua indum entária e técnicalinguistica. Antesdisso, querem os prevenir o leitor de que a Igreja prim itiva, para melhor e maior expansão do cristianism o entre os pagãos, principalmente entre oa do império rom ano, adoptou para a sua liturgia os objectos do culto, as vestes rom anas e as festas pagãs e. fórm ulas do ri­tual litúrgico do paganism o, cristianizando-os e santifican­do-os. Foi transigente. Assim os cristãos convertidos não estranharam o cerim onial do culto católico e adaptaraín-se fàcilmente à nova religião. E' claro que a Igreja na sua mis­são santificante tem , com o co rrer dos tempos, modificado a forma das vestes sagradas e outras a lfaiaslitú rgicas,con ­servando-lhes, porém , a téc­nica linguística. A im agem , de que nos vam os a ocupar, tem na cabeça a tia ra e segura na mão esquerda o bácu lo. E stá param entada de batina cardi­nalícia, cor de púrpura, com uma a lv a , que, devido à sua pequena dimensão, mais pa­rece um roquete ou sob rep e liz de mangas, sobre a qual tem a estola. Sobre estas vestes tem a ca p a d e a sp erg es . Na mão direita tem duas chaves.

Vamos, pois, explicar a ori­gem e significado de cada uma destas vestes e ornam entos à face da liturgia. Farem os um grande e s f o r ç o para uma inenor brevidade, pois com este assunto podíamos fazer um tratado de liturgia. Na qualidade de P o n t í f i c e da igreja Romana, a Imagem tem na cabeça a tia ra ou trirvegno, originária dos Medos e Persas, cujo* s o b e r a n o s a usavam como ornamento. E ’ form ada de três coroas ou diademas que lhe imprimem o poder sobre im peradores, reis e po­vos, e dá aos Pontífices a faculdade de expedir bulas seladas com o seu selo, que tem no verso as im agens de S. Pedro e S. Paulo, e no an ­verso o nome do Papa. A pri­m eira das coroas ou diademas representa o Papa com o «sa­crificador soberano», pois ele

é, entre todos os sacerdotes ofertantes dos sacrifícios, o que está acim a de todos. O segundo diadema dà-lhe o po­der de «juiz aupremo», isto é, depois dos bispos só o Papa decide a sentença a dar a qualquer m embro da Igreja que se encontre em erro. A

terceira coroa dà-lhe o poder de legislador exclusivo, pois ele é o único que pode criar e m odificar leis. Um caso hà para Portugal digno de nota, em que os P atriarcas de L is­boa, a pedido de D. João V à Santa Sé, têm a concessão de usar a tiara nas suas arm a» ou brasões. Ainda hoje os pa­triarcas o liss ip o n e n s e s têm. uma m itra que se assem elha á tiara papal. Dizem alguns, autores que as três co ro as significam a* tres m itras que o Papa usa como Pontífice, Cardeal e Bispo de Rom a, cujos cargos ele aéum ula. A tiara é fechada por um globo e este encimado por um a'cruz, como símbolo do poder em todo o mundo católico. O bá­culo da im agem dc S. Pedro* em rez da extrem idade supe­rio r ser curva conio a dos- bispos, é encimada pela cruz. papal. E ' também um dos sím­bolos da autoridade de pastor. A batina, cor de púrpura, sim­boliza a autoridade suprem a e deriva de uma túnica usada pelos rom anos. A a lv a deriva da toga a lb a , que era uma outra túnica usada pelos ro ­

m anos. A esto la é a sto la cjue as m atronas rom anas usavam no seu vestuário , em bora a sua forma jà difira daquela. Não difere porém o modo de08 sacerdotes a cruzarem so­bre o peito e de a apertarem com os cingulos, a exem plo dos rom anos. A ca p a da a sp er ­g es e a a b o lia dos rom anos, assim com o o Amito, deriva do Amictus rom ano, de que ainda conserva o nome. As chaves que a im agem tem na mão direita, são o símbolo do poder que a Igreja tem sobre o Céu e a T erra, que S. Pedro, e nele a todos os seus suces­sos, recebeu de Cristo quando lhe disse: «Todo o poder me foi dado na T erra e no Céu...» «Ide, pois, e ensinai todas as g e n te s ...» . «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha ig re ja .. .» Os papas, depois de eleitos, escolhem um nome. Também Cristo deu o nome de Pedro ao prim eiro Papa que se cham ava Simão. O prim eiro Papa foi escolhido entre pescadores. Por isso o Pontífice rom ano usa o «anel de pescador», mas de pescador de homens.

E ’ costum e antiquíssimo, em Montijo, quando, ao recolher da procissão, das Festas de S. Pedro, a i m a g e m deste A póstolo chega à porta da Igreja, a fazem voltar por três vezes para o largo fronteiro. Dizem que traduz uma sauda­ção de despedida. Não signifi­ca rá esta cerim ónia, sòmente montijense, as três vezes que Pedro renegou Cristo, e depois entra no Grémio da Igreja? Nòs assim o interpretam os.

MOHTIJO - Festa» de 5. Pedro de 1957.José M anual Landeiro

A G R A D E C I M E N T O«A Provincia'» apresenta os seus melhores agradeci­

mentos aos distintos 'colaboradores deste número especial, pela gentileza com que acederam em o ilu stra r com suas produções.

A o s nossos anunciantes e a todos que nos coadjuvaram nesta iniciativa, iguais agradecimentos.

A T E N Ç Ã O7 a l como tem sida hábito nos outros anos, também

este ano se não p u b lica o núm ero de «A P rovín cia», que devia sa ir em 4 de J u lh o ,

E m nada se p re ju d ica os nossos prezados assinantes, visto as assinaturas sertm por série e a numeração respec­tiva não ser alterada.

AS HSTAS P O P U IA R B

Df 5. PEDRO ¥ M ONTIJOA R e l i g i ã o d o P o v o

P O R A N Í B A L A N J O S

Podemos afirmar, sem re­ceio de desmentido, que as Fes tas Populares d e S . Pedro, realizadas anualmente em iMontijo, de 27 de Junho a 2 de Julho, marcam, não só um acontecimento religioso e regionalista de importância, sobre as outras festividades daquela pacata vila, corno se sobrepõem a muitas festas de vulto e do género que se realizam pelo ano fora, de norte a sul de Portugal.

Com uma afluência de cerca de 60 mil pessoas, fo­rasteiros vindos de todos os recantos do nosso país, os mais longínquos, as Festas Populares de S . Pedro, em Montijo, conseguem sobre­por-se, por vezes, às come­morações r e l i g i o s a s mais consagradas da nossa terra.

Fátima, nâo consegue tal­vez obter a concorrência que ao primeiro apóstolo de Jesu s Cristo é dispensada, em nú­mero, se bem que estas fes ­tas sejam mistas de religiosi­dade e paganismo popular, e nào sejam essencial e exclusivamente religiosas, como o são as da Cova da Iria.

De par com a Feira, o fogo de artificio e a Marcha Luminosa, a procissão e o culto ao Santo *pescador do peixe e de alm as» atingem uma grandiosidade da qual os montijenses se devem sentir orgulhosos.

E se bem qué, em mais terras de Portugal se preste homenagem acentuadamente religiosa a S . Pedro, nenhum há que suplante, de qualquer modo, a de Montijo. As «pensões» são tomadas de assalto com muitos meses de antecedência por ondas de forasteiros que, segundo informação recebida à data em que vos traço estas des- pretenciosas linhas, dedica­das ao número especial de «A PROVÍNCIA», já andam a marcar as suas posições quanto a alojamentos, com receio de serem apanhados desprevenidos quando as referidas Festas chegarem.

Devemos confessar que S. Pedro, que tendo negado a Cristo três vezes quando o Filho de Deus foi preso pelos fariseus, e sob um olhar terno deste se arre­pendeu sinceramente, tendo pedido perdão, devia ser mais venerado pelo nosso povo, nomeadamente o lis­boeta, que relegou tão ou­sado discípulo de Cristo a um plano inferior, conside- rando-o um santo popular, com Santo António e S . João, o que não devia ser.

S . Pedro só é verdadeira e devidamente venerado pe­los evangélicos que soube­ram colocar este santo no lugar de destaque a que tem jús, exactamente por ele ter sido um verdadeiro discípulo do Mestre, de cuja doutrina, após a crucificação e morte, ele foi o mais acérrimo de­fensor. S . Pedro é, na ver­dade, o continuador imediato da obra de Cristo e por tal facto merece mais evidência do que um santo popular. Para mais, S . Pedro, quando crucificado, pediu que o fizesserrl, colocando-o no madeiro de c a b e ç a para baixo, talvez para que o sofrimento da sua agonia fosse ainda mais doloroso, não para com isso suplantar o Mestre, mas como preito da sua admiração pelo M ár­tir do Gólgota.’

Todavia, o povo monti­jense se bem que, por diver­sas razões tenha enquadrado as suas Festas a S . Pedro num misto de paganismo e religião, fê-lo talvez para colocar e s t e s a n t o mais no coração ou na ideia do seu povo, sem, contudo, ter deixado de dar às festividades do seu santo padroeiro um cunho mais básica e essen ­cialmente religioso, na ver­dadeira acepção da palavra. Por outro lado, o paganismo destes feste jos talvez tenha em vista atrair desta sorte mais forasteiros, e por con­sequência mais futuros de­votos de S . Pedro.

Se ja como for, o que po­demos afirmar é que, apesar de tudo, de todos os povos de Portugal foi o de Montijoo que melhor soube com ­preender o papel que S . Pedro d e s e m p e n h o u ria defesa da palavra de Deus, através da doutrina de Cristo, e é por e s se motivo que o santo deve ser venerado com todo o respeito c cari­nho, que só a alma popular sabe dedicar-lhe.

E que são os foguetes, o fogo de artifício ou a marcha luminosa mais do que a sin­gela manifestação da vene­ração desse povo simples que é o de Montijo, pelo primeiro discípulo e apóstolo de Jesu s Cristo — S. P E ­D R O ? !

E assim a alma deste povo. Simultâneamente cren­te, religiosa e ingénua,— na boa acepção da palavra ■— que, venerando um Santo,o coloca no mais alto pedes­tal da sua Crença, contudo, emoldurado por estas mil e uma singelas manifestações de sim plicidade!

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A ' s 8 h o r a s — Salva de 21 tiros.

A ’ s 1 5 h o r a s — Concerto peia Sociedade Filarmónica Humanitária, de Palmeia.

A ’ s 1 6 ,3 0 h o r a s — 2 .a exibição do Rancho Folclórico de Alte.

A ' s 1 7 h o r a s — Encontro de Futebol de grande espectativa entre o Desportivo de Montijo e o grupo espanhol S . D. San Eloy U., de je r e z de la Frontera.Concertos pelas seguintes Bandas :Sociedade Filarmónica Humanitária, de Palm eia ; Sociedade Instrução Musical, Quinta do A n jo ; e Sociedade Filarmónica 1.° de Dezembro, de Montijo.Após os concertos fará a sua 3 .a e última exibição o Rancho Folclórico de Alte, finda a qual será apresentada uma deslum­brante S E S S Ã O DE F O G O DO AR.

F e s t i v i d a d e s r e l i g i o s a s d e s t e d i a e e m h o n r a d e S , P é d r o :

8 e 10 h o r a s — M isses na Igreja Paroquiai.

A ' s 1 2 h o r a s — M issa Solene cantada, com sermão por um distinto orador Sagrado.

A ' s 1 9 h o r a s — M ajestosa Procissão de S . Pedro e Bênção dos Barcos, com a colaboração da Sociedade Filarmónica Humanitária e Sociedade* Filarmónica 1.° de Dezembro, seguindo-se a bênção do S a n ­tíssimo Sacramento na Igreja Paroquial.

Para maior esplendor do cerimonial litúrgico a Parte Coral foi entregue ao categorizado Grupo «Stella Vitae», de Lisboa, composto por 25 elementos, acompanhado duma Orquestra formada por sete distintos professores de música.

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■ M issas na Igreja Paroquial.

Tradicional lavagem da C lasse Piscatória.

Visita às Obras da Nova Praça de Toiros, (ver programa

especial).

Almoço de confraternização dos Pescadores de Montijo.

Exibição do Rancho Folclórico da C asa do Povo de Casa

Branca (Sousel).

Arrematação e entrega de Bandeiras.

A 1 s 1 8 h o r a s — Cortejo Alegórico com Batalha de Flores, em que se incorpo­

ram Catros, Ranchos, etc.

Serão atribuídos Prémios aos carros melhor ornamentados.

A ’ s 2 1 h o r a s — Exibição do Rancho Folclórico da C asa do Povo de Samora

-4’s 21 ,3 0 h o r a s — Concerto pelas seguintes Bandas :

Sociedade Filarmónica D. Timbre S e ix a le n s e ;

Ateneu Artísíico Vilafranquense ; e

Sociedade Euterpe Alhandrense.

Após os concertos realizar-se-á uma importante Sa is io d# Foge Pre se.

Ás Festas de S. Pedro

S E R Á I S T Oque o Desporto precisa 1

Educação moral e desportiva :H i l l ! P O R R I B E I R O N U N E S | | l ! l l

P o r P e d r o d e F r e i t a s

Não oferece dúvidas nem con­testação, que a importante vila de Montijo, orgulho dos altos postos populacionais do ridente Ribatejo, fazendo reviver, de há anos para eá, as suas afamadas festas ao meu homónimo, abriu, no livro de ouro do Sul do Tejo, o melhor panegí­rico que se pode fazer às festivi­dades do Sul.

Estremoz, com as suas festas ai exaltação de Santa Cruz; Vila V i­çosa, com as suas típicas festas atrs Capuchinhos; Evora e Beja com as suas afamadas feiras, e, Loulé, com o seu colossal carnaval, etc.i de todas a que mais tem crescido na popularidade pela torrente de muitos e variados números, é de justiça dizê-lo: Montijo. Não se melindrem Moita e Barreiro, por­que, o «azeite» de Montijo anda bem ao cimo de água !

Nesta terra das cem fábricas, de toiros, música e bola, o seu bair­rismo e a generosidade da sua d i ­visa monetária, não são, como se vê, felizmente, letra morta.

O povo gosta de Festa, festa para desentorpecer o espírito das duras tarefas da vida, e festa mesmo, rija e substancial, fá-la para que todos, de casa e estranhos, possam passar alguns dias de euforia.

O clarim da «unidade» toca a reunir, e é ver e admirar, cá de longe, como todos os seus «solda­dos» correm a unir fileiras, for­mam na fila da disciplina, obede­cem à suprema e vibrante voz d is* comando, e, todos por um e um por todos, garbosos e aprumados, desfilam, depois, para a execução da grande ob ra: estupenda de calor, sacrifício, dedicação e vo­luntariedade. E só assim a colec­tividade pode dar às Festas de S. Pedro o esplendor e o brilho com que são executadas.

Estupenda Marcha Luminosa, Feira, Batalha de Flores, ilumina­ções de surpreendente efeito, vis­toso e fino arraial, «Zés Pereiras», Marchas Populares, e, a condi”

o d i a b omentar todo o festival em grau de superior relevo, de/.oito Bandas de Música, a difundirem música séria e ao agrado do povo que sabe apreciar e gosta de ouvir.

Luxo demasiado ? Não ! A mú­sica tem cambiantes que empol­gam os sentidos e leva sempre o rótulo de educação e é penetrante espairecimento do povo. Quanto mais variada, mais sentida e dese­jada.

.lá D. João V, sentindo a falta de música e querendo dar osten­tação ao seu predomínio, não cui­dou de saber se era caro ou d e­masiado luxuoso, e mandou vir de Itália, pagos a peso de oiro, os melhores músicos e os melhore» altistas para darem distinto colo­rido, com Os seus talentos, à corte

! portuguesa, então tão pobre na arte dos sons.

ê Como a ss im ...& Mais um ano Montijo vai viver. M decerto, uma semana de franca ^ ventura, vendo desfilar pelas suas S ruas muitíssimos milhares de fo- ifi rasteiros. Bem haja! f l Mão amiga manda-me um dos Ssj lindos programas das Festas. Só

por si atrai o leitor e fá-lo, instin- k ' tivamente, proclamar aos familia-

res e amigos as atraentes paradas que se hão-de efectivar nessa ben­dita terra ribatejana.

Quanto a mim, se a saúde e a disposição me autorizarem, de muito -bom agrado irei dar satis­fação ao meu espírito.

Oxalá, sòmente, que não se me repita o que há três anos, por aberração do destino, me sucedeu.

Corria em grande vibração po­pular a Marcha Luminosa. A volta à minha residência, Barreiro, im­punha-se-me E. para que fosse dos primeiros a tomar a camio­neta, pela uma hora e vinte minu­tos tomo posição junto a um poste: «Paragem». (E’ o que está no passeio esplanada, do Café, ao lado da velha sede da Sociedade 1.° de Dezembro).

t e c e - a s !Sem outra indicação para for­

mação da «bicha», eu fico radiante por ser o segundo indivíduo que chega junto desse poste — refe­rência. A «bicha» cresce, formada sempre atrás de mim, e, quando pelas duas horas da madrugada, com umas duzentas pessoas na «bicha», chega a única camioneta que fazia o trajecto Montijo-Bar- reiro, eu disponho-me, pelo direito de conquista, a ser o segundo a entrar nela.

Mas o azar persegue-m e!Um indivíduo alto, forte e gordo,

cara cheia e còrada, uniformizado de regulador de trânsito, aparecido á última hora, manda colocar, a seu livre arbítrio, a camioneta na cauda da «bicha». Assim, os últi­mos são os primeiros e os primei­ros são os últimos.

Há protestos. E entre eles eu peço ao homem que tudo ali man­dava, o respeito pela ordem com que se havia formado a longa «bi­cha». Sou recebido com desdém, e positivamente chuchado, ouço de si esta frase contundente: — «Você é sapateiro ? ! . . .»

Dirijo-me a um outro indivíduo, alto e seco, com ares de chefe, c peço-lhe providências. Olha para mim um tanto desconfiado e lim i­ta-se a pedir-me calma.

Arreliado, profundamente aba­tido pela doença, pelo frio e pelos nervos, o homem gordo toma-me á sua conta e, só na última car­reira, permite que eu embarque. Cheguei a casa eram cinco horas da manhã, quando devia chegar às duas e meia.

Jurei nunca mais ir às Festas de Montijo, Mas como é possível que o homem gordo já tenha recupe­rado a noção exacta das coisas justas,' lá irei, porque gosto de ir a essa vila. E assim espero assis­tir, mais uma vez, às deslumbran­tes Festas de S. Pedro.

— Que o mafarrico não torne a perseguir-me 1

O aperfeiçoamento moral e viril é a preocupação suprema dos di­rigentes do desporto. Neste as­pecto. há que atender aos seguin­tes princípios: 1.° — Despertar o interesse do indivíduo pela ver­dade, pelo bem, pelas acções no­bres; despertar nele o sentimento de cultivar as boas tendências c eliminar as más. 2.°— Desenvolver as suas energias e fazê-las conver­gir sempre para um fim nobre e moral. 3.° — Formar ou aperfei­çoar um carácter, acentuando for­temente a vontade de cada um. 4.° — Desenvolver a disciplina in­terior, que será um sustentáculo, mesmo quando se não esteja su­jeito à disciplina exterior.

Todos esses fins são conseguidos pela prática activa do verdadeiro desporto, sem paixões ou exageros.

«A mola mais real da nossa actividade é o espectáculo da acti­vidade de outrem». Não se pode tratar sòmente da actividade física, mas sobretudo da moral. Para que os conselhos e sugestões sejam aceites por alguém, é necessário um incentivo de quem recebe para quem dá.

— Em todas as competições deve entrar o maior número de agru­pamentos, porque a preocupação deve ser que todos se desenvolvam, e não ter apenas 1 ou 2 campeões. Não realizar um só desporto, a que muitos não interessa. E pre­ciso entreter o interesse pela va­riedade.

Neste capítulo faz-nos lembrar que, em determinados jogos, as provas finais não deveriam ser disputadas entre os vencedores, mas sim entre os úllimos, fazendo reviver nestes uma maior atenção, transformando assim os jogos de competição, por vezes sem beleza, em encontros de educação dos sentidos. Até os defeitos morais

são corrigidos: de um vaidoso, faz-se a figura principal dum jofío no qual ele seja fraco e esteja, por isso, sempre a perder; repetindo- -se algumas vezes a prova, o re­sultado é seguro: — corrige-se.

D 1 R E C T R 1 Z :

O que se precisa é corrigir uma parte dos nossos amadores do desporto, para que de futuro os defeitos da geração presente sejam banidos. Não se pretende fazer homens perfeitos, nem isso se en­contra ao nosso alcance; mas transformar o comodismo de hoje numa actividade perfeita, ou em obra mais eficaz e útil.

Não temos defeitos? Vejamos:1 . ° — Existe pouca disciplina,

tanto exterior como interior. 2.° — Luta-se por vezes com falta de lealdade. 3.° — Falta por vezes a noção do cumprimento do dever. 4.° — Receio de assumir responsa­bilidades. 5.° — P o s s u im o s um entusiasmo passageiro, sem tena­cidade, nem sequência de acção.

Fora o desporto, o papel dos clubes populares é nobre; forma o espírito, afeiçoa o coração, trans­forma a alma e o corpo, equilibra os nervos, robustece os músculos, aperfeiçoa também o cérebro, apura a inteligência, desenvolve a bon­dade, tal qual como se tira do car­vão negro o diamante e do petró­leo ascoroso, como afirmou Olavo Rilac, a luz radiante. Tudo isto, se consegue por intermédio das suas múltiplas actividades, a que neste artigo fizemos rápida refe­rência.

Que nesta altura de festas popu­lares, o bom S. Pedro olhe cá para baixo e veja quem assim não procede... E já sabe, quando chegar a hora derradeira, não abra a porta da eternidade a quem não o merecer!

À Mi nha TerraPor Eduarda Leite Ventura

E com grande pesar que es­tou afastada das grandiosas festa» que se vão realizar em Montijo, minha muito estim a­da te rra , onde passei a minha infância e que nunca poderei esquecer.

Costumam ser, as tradicio­nais festas, dedicadas aos pes­cadores. Realm ente, aão duma encantadora tra n sce n d ê n cia . Quem as iniciou, è digno do m aior reconhecim ento, por te­rem tão simpático fim. Os pes­cadores são, sem dúvida, gran­des hom ens e dos mais a rro ­jados. P ara ganharem a sua vida honradam ente, passam muitos sacrifícios. Arriscan- do-se a todos os perigos, lá andam dias e noites sobre as ondas dos m ares, m uitas ve­zes lutando com as tem pes­tades ; e se por acaso o m ar se m ostra calm o, de repente to r­na-se L íuvo e eles. —coitad os! — têm de su portar o que lhes está reservado. Quantas vezes vêm para te rra extenuados, sem nada terem conseguido, depois dum trabalho exaus­tiv o !

Estes festejos são exacta ­mente pára fazer desanuviar essas horas am arguradas e

incutir mais coragem nos es­píritos desses hom ens, que bem se podem cham ar heròlsl

Esses solenes dias festivos serão revestidos de grande im­ponência, como sem pre têm sido, a qual de ano para ano vai aum entando; pois a nossa terra está a engrandecer-se dc hora a hora, devido ao seu povo ser tão laborioso. As va­riadíssim as distracções, qua vão ser postas em prática, interessam a todas as classes e idados. As pessoas que là vão, vêm sempre tão bem im­pressionadas que têm von­tade de as gozar novam ente, no ano seguinte. E isto não só p e l o » inum eráveis diverti m entos tão aprazíveis, como pela maneira acolhedora coino são recebidos pelos meu» pa­trícios, que são pessoas de carácter elevado e muito obse- quiadoras para as visitas.

Bem haja a minha terra , que è bem digna de ser apreciada ! As festas dedicadas a S. Pedro, são das mais sublimes do sul do país, das mais im portante» do uosso P o rtu g a l!

Que Deus abençoe a minha terra com sua g raça diviu para sem pre. a,

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A ' s 1 7 h o r a s — Chegada do Grupo Artístico de Amadores do Sado, de A lcá­cer do Sai, que percorrerá as ruas da Vila.

1 9 h o r a s — Exibição deste Rancho.

A ’ s 2 1 ,3 0 h o r a s — Concertos pelas seguintes B an d as :Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, de, A zeitão ; Sociedade União Arrentalense, de Arrentela, e Banda do Grupo Desportivo da CUF, do Barreiro.

A ’ s 2 4 h o r a s — G R A N D IO SA M A RCH A LUM INOSA D E M O N T IJO , número sensacional das nossas Festas, e inédito no Sul do País.

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« c 4 ( ) r i > n í x e i u » 2 7 - 6 - 9 5 7

Toda a gente veio depor nesta espécie de inquérito, que é o nú­mero especial de «A Provincia», dizendo de sua justiça acerca das nossas Festas.

Uns em prosa, outros em verso, uns através dum prisma, outros consoante o seu diferente critério.

Porque' não hei-de eu também dt-por. — eu, pobre escriba vaga­bundo, escravo eterno do Dever e da Inspiração t'

Sinto-me impelido pelo Senti­mento do passado e pelo tempera­mento romântico que todo me afervora.

Ku era um estranho que saíra da terra natal em companhia dos meus, a caminho do destino ine­xorável, para longes e ignotas re­giões do meu cérebro infantil. Não conhecia o mundo, não conhecia a vida.

Aqui abordei como navegante de acaso, sorrindo aos barquitos do primeiro rio que atravessava, olhando pasmado as gaivotas que pairavam em volta do primeiro vapor dessa primeira travessia.

Tudo para mim era novidade, quadro movimentado das «Mil e uma noites» da minha fantasia iriada.

Saltei em terra como a criança que brinca, sem cuidados, sem preocupações, sem anseios. Para mim era tudn belo, para mim era tudo florido e perfumado.

Os meus dez anos mostravam- -me o azul sem anelos, o cor de rosa sem máculas, o verde risonho,— as cores diversas do arco iris do meu futuro, graciosas, puras, simples como as almas angélicas.

Eu sabia lá para onde vinha, eu sabia hl onde estava, eu sabia lá se em breve regressaria á terra natal ou teria de errar pelo mundo, amparado ao bordão da minha lina l

Ficámos, fiquei. Por aqui gasíeí os anos da minha mocidade em flor, aqui comecei meus estudos, daqui parti para a ilusória con­quista duma formatura barata.

E um dia voltei. Voltei para não mais partir, pata a s s e n ta r os arraiais das minhas aspirações,, para iniciar a troca ? marga das esperanças pela dura desilusão das realidades.

Nunca consegui vencer. Sois hoje o que fui então, serei amanhã» o que sou hoje.

A Sorte (com A maiúsculo) nunca me favoreceu para riquezas, e apenas alcancei um nome hon­rado que recebi dos meus e penso legar aos que de mim descendem.

Asiim mesmo, sinto-me bem. considero-me feliz, estou satisfeito, vivo de consciência tranquila e alta, julgo que a minha humildade se coaduna com a minha maneira de ser.

Sessenta anos se passaram dcsdt que desembarquei um dia nesta terra ribatejana.

Aqui casei, aqui me nasceram os filhos, aqui me morreram os avós e os pais, aqui amei e sofri, aqui tive as grandes alegrias e as maiores tristezas, e acostumei-me tanto a querer à terra que me re­cebeu-que nunca mais a soube

destrinçar daquela onde vi a luz do dia.

Que admirará, pois, que eu viva cora ela nas boas e nas más horas, que eu comungue sempre nos seus progressos, nas suas lutas, nas suas datas festivas ?

Eis p o r q u e , considerando-me ribatejano, aguardo com verda­deira ansiedade as Festas Popula­res de S. Pedro.

Eu sempre gostei muito de les-

♦ p o » Ií AL VARO VALEN TE |

tas. Não há como confessar aber­tamente os nossos pecados, os nossos defeitos. Parece que mais fàcilmente se consegue a desculpa e o perdão.. .

E como sempre gostei muito de festas, conto os dias um por um, olho o calendário a ver os meses que faltam, a desesperar-me do vagar das semanas.

•lá nos tempos idos de doidiva­nas moço, eu tinha a mesma pre­dilecção e não perdia pilada dos arraiais em redor, saltitando neste, namoricando naquele, vibrando de entusiasmo em todos, para satis­fação da minha gula eufórica; e pelas madrugadas perdidas regres­sava ao lar em plena lua de mel do meu delírio festivo, a sós com as recordações das aventuras vivi­das, já em princípio duma saudade dolorida que mais tarde seria a tirana dos meus cabelos brancos.

Como tudo vai longe e como tudo se esboroa nos pálidos hori­zontes desses tempos idos !

Essas festas, porém, estavam muito distantes das actuais em esplendor, em grandiosidade, em duração, em tudo. As actuais são das melhores que tenho visto pela vida fora, e eu conheço as da Sr.a da Agonia, as dos Tabuleiros (na minha terra), as da Sr.a da Saúde, as de Santa Eufêmia, as de S. .loão, etc., e t c ... . Cá para mim,— e gostos não se discutem — , nenhuma -e aproxima das nossas.

E agora, aqui estamos n elas! Vivo-as intensamente, ando nos ares como as balonas que sobem,

Obras de Álvaro Valente— «Eu», livro de soíietos,

esgotado; «Daqui. . . fala Ri­batejo», contos monográficos, HO escudos; «Pedaços desta Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto, 5 escudos; «Hino a Almada», em verso,10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravi­lhas», reportagem, 20 escudos.

Pedidos à Redacção de «A Província».

vejo amigos que não via há um ano, família, caras conhecidas, e parece-me que, tal como eu tanto o desejava, toda a gente se sente feliz, o que me traz uma doce é agradável ilusão.

Esquecem me as torturas do dia a dia, as canseiras de todas as ho­ras, e levo o programa de fio a pavio, seguindo-o número por nú­mero, não vá perder qualquer pormenor do meu agradoi qual­quer centelha da luz que irradia soberana pelas seis noites deste sonho de m aravilhas!

E julgo que assim vou pagando uma parte da dívida de gratidão que trago em aberto para com a terra que me abriu seus braços, quando certo dia apoitei, trazendo a sacola das fantasias a tiracolo das minhas ilusões, ao cais ruti­lante deste ribatejo do sul.

Eu sei que tudo isto passa e que amanhã voltarei ao ramerrão da vida pard»; mas, enquanto o sol dardeja forte, deixai-me viver aca­lentado pelas canções fantásticas da minha alegria passageira

Bendita a hora em que saltei nesta terra soalheira! Benditas as horas que estas Festas me dão !

O q u e no» fic a p a ra a lé m do b u líc io e d o e n tu sia sm o dum a fe s ta na a ld e ia , ainda m esm o q u a n d o ten h a a gra n d io sid a d e d a q u e la s q u e no M ontijo têm lu g a r to d o s os an o s, è a sim ­p lic id a d e e a p u reza das t r a ­d içõ e s d o p o v o .

O q u e v e rd a d e ira m e n te en ­c a n ta o o b s e r v a d o r a ten to , ma.s a lh e io , s im p le s fo ra s te iro co m o ta n to s o u tro s d o s m i­lh a re s q u e v ie ra m a tra íd o s p e la fam a e p e lo s n ú m ero s do p r o g ra m a , è o típ ico d o s fe s ­te jo s , a q u ilo q u e re p re se n ta a v e rd a d e ira a lm a do p o v o , a a fa b ilid a d e , a m a n eira fid a lg a de r e c e b e r e de tu d o p e n sa r p a ra q u e a sua a ld e ia , a sua v ila o u a su a cid ad e, m a rq u e lu g a r de d esta q u e p e lo s a tra c ­tiv o s e p e lo esm ero com que as fe s ta s fo ram em p re en d id a s e o r g a n iz a d a s . O q u e m ais te m o s q u e a d m ira r é o c a p r i­ch o q u e se p õ e na fu n çã o , a r iv a lid a d e q u e e x is te en tre as te r r a s e e n tre a s gen tes.

As b a u d a s de m ú sica, im p o ­n en tes n os se u s fa rd a m e n tc 8 v is to s o s , os ran ch o s fo lc ló ­r ic o s , os c a r r o s a le g ó r ic o s , o fo g o de a r t if íc io , tu d o, en fim , c o n s titu i um d e s lu m b ra m e n to e fo r te m o tiv o de d isp u ta p a ra q u e a s su a s fe s ta s , as su a s e x e c u ç õ e s , os seu s c a n ta re s e a* su a s d a n ç a s , a sua im p o ­n ên cia e im a g in a ç ã o , o s e u feérico e fe ito se ja o m aio r, o m a is g ra n d io so e belo.

R iv a lid a d e am ig a que op era

Não pode haver esquecimento aonde persiste amor:— Vives no meu pensamento como o aroma na flor.

Teus olhos, veludos escuros, são mais negros que ociume; Doiradas por sonhos puros, são carvões escondendo lume..

Se a vida è isto : sofrer, que a morte me dê guarida; Não me beijes, se eu morrer, qne posso voltar à vida 1

O amor as almas lavra Deixando sulcro profundo;— Esta pequena palavra Traz lá dentro inteiro o mundo'.

Há muita gente <[ue sonha a felicidade a seu jeito; como se o verbo sonhar não fosse um verbo imperfeito.,,

Os teus olhos de morena são estrelas no céu sem fim — A noite morreu de pena, por não ter olhos assim ...

l/m beijo dá-se por esmola. E um pedaço de pão que mata a fome. (E consola os próprios lábios que o dão. ..)

Telefone 026 57«

rJ)ata Iw ai Cfof& Qrajiat

F o t o M o n t i j e n s e

m ila g r e s e q u e o cu p a d u ra n te m ese* o s e le m e n to s a c t iv o s , la b o r io s o s e e s fo r ç a d o s !

S ã o fe s ta s sa d ia s , a le g re s , do p o v o e p a ra o p o v o , que p a ra e la s c o n v e r g e e n elas e n co n tra m o tiv o de sa tis fa çã o c a b e n e sse d a s c a n se ir a s d iá ­r ia s p a ra a o b te n ç ã o d o pão n e c e ssá rio à m a n u te n çã o da v id a .

A s fe s ta s tra ze m sem p re um n e c e ssá rio a fã co m ercia l. C o m ­p ra m -se e fa zem -se o s v e s tid o s e os fato» d o m in g u e iro s , que n e la s s e r ã o ex ib id o s para g á u d io p ró p rio e in v e ja d a s » m iga s ou d os a m ig o s . São os sa p a to s , o ch íipéu , a g r a v a ta , q u e se estre ia m . O s b o lo s e g u lo se im a » q u e se com p ram . O s d iv e rtim e n to s de fe ira , a lo iç a de b a r ro , o s tirinhos, o c a r ro c e l, t u d o , a fin a l, q u e c o n s titu i e c a r a c te r iz a o s fe s ­te jo s p o p u la r e s ,— d istra c ç ã o m a io r de q u e m v iv e d ista n te de L isb o a um a v id a tra n q u ila e sem g r a n d e s r a s g o s e nâo tem ao seu a lc a n c e os d iv e r ­tim en to s c o n s ta n te s d u m a g r a n d e c a p ita l.

Na in g e n u id a d e d o s feste jo s p ro v in c ia n o s p o d ere m o s en ­c o n tra r to d a a g a r r id ic e e a le ­g r ia , to d a a p u reza do p o vo q u e n ão e n c o n tra re m o s seg u ­ram en te n as fe s ta s p re p a ra d a s da c a p ita l. A qui, a lg u é m fa z <>s fe s te jo s p a ra o p o v o , là é o p o v o q u e os fa z p a ra si p ró ­prio . S im p le s , m a s p r o fu n d a ­m en te h u m a n o !

Moreninha. ,se tu fosses posta em cima dum altar, teus olhos meigos e doces faziam Jesus pecar . . .

.4 história do nosso amor em bem pouco se resume:O perfume duma flor, uma flor já sem perfum e,. .

Es liosa ; mas tua boca tem um aroma cruel.'lenho medo dos espinhos:— amo as rosas de papel. . .

O amor é uma doença que. não se cura senão quando perdemos a crença de ter o mundo na m ã o ...

Saudade, sorriso triste cinza que em lume ficou ...— Uma flor que sò existe no perfume que deixou . . .

Hà no vaso do meu peito um mangerico sozinho :— Meu amor, rega-o com geito ao luar do teu carinho. . .

Procurando o mel na flor a abelha o beijo inventou.— fíeija-me, pois, meu amor, que o doce nunca am argou...

B e l i s c õ e s

O ra vamos a descansar. H oje não há beliscões, Desses que ja ze m doer E nos ja ze m r ir também. H o je é só fo lg a r , fo lg a r Com as nossas diversões, Em seis dias de prazer Não se belisca ninguém !

Hei-de ir à F tir a fe ira r ,E brincar no carrocel,E comer duas * fa rtu ra s*,E talvez «dar um tirin ho». Hei-de pu la r e saltar.N o meto desse tropel,E entrar nas diversas luras E no pior escaninho.

Vou na M archa Lum inosa E levarei meu balão.E na B a ta lha fam osa H ei-de ir também num

|«carrão».

Hei-de ir ver queim ar os[jogos

E queim ar o tal batel.S ó não queto ver os «jogos», Posso f ic a r sem «papel» . . .

N ão hei-de perdei pitada D estas Festas sem igual. Quero toda a patuscada Desde o começo ao f i n a l !

H o je não há beliscões, D eix a i descansar a «tropa». S e me der essas tenções, H á-de ser numa cachopa. , .

Homem ao m ar

T e r ç a - t e / r ã , 2 d e J u l h o

A 1 $ 8 h o r a s — Salva de 21 tiros.

2 1 ,3 0 h o r a s — Concertos pelas seguintes B a n d a s :Academia de Instrução e Recreio Familiar A lm ad ense; S o c ie ­dade Filarmónica Incrível Almadense ; e Sociedade Filarmónica União Artística Piedense.

A ’ is 0 ,3 0 h o r a s — Deslumbrante S E S S À O DE F O G O DO AR, seguindo-se a tradicional e característica QUEIMA DO B A T E L , número que encerrará as F E S T A S D E S . P E D R O D E 1957.

0 ME U D E P O I M E M T O

C a n t i g a s p a r a a n o i t e d e

S. MarçalP o r J O R G E R A M O S

PIAS DE FESTA= Por José dos Saitos Marques =

2 7 - 6 - 9 5 8 « C Â '[)< P lSttU U U .»

A N O S S A

Praça de Toirose a s F e s t a s P o p u l a r e s d e 5 . P e d r o

Foi uma p e n a !Com mais um mês de

antecedência, no início da construção, tínhamos este ano corridas de toiros no programa das Festas.

Foi uma p e n a !As Festas ganhavam em

cor regional e a nossa terra animar-se-ia extraordinaria­mente nesses dias ribateja­nos.

Estamos a visionar o que seria Montijo nos dias dos festivais taurinos, com ruas, praças e Cafés e esplanadas regorgitando de aficionados, de gente alegre, ruidosa e álacre, trocando gracejos e piropos, todos impregnados do ambiente próprio e carac­terístico.

Estamos a Visionar a Vasta Praça, a transbordar, repleta de animação, de luz e cor, proporcionando o espectá­culo mais peninsular e mais português que pode ofere­cer-se aos nossos olhos.

Estamos a v i s i o n a r as «cortezias», o luzido cortejo dos lidadores, o ar festivo

do redondel, e desfile ao som das marchas entusiásti­cas, o . . .

Para quê, porém, irritar ainda mais o apetite e o desespero, se nada remedia­mos ?

Consola-nos apenas a cer­teza de que em 1958 tudo

ser quase fantástico, que causa assombros 1

A construção começou em1 de Abril do ano corrente e, com um pouco mais, e s ­tava pronta para as festas do ano presente

Foi uma pena; mas, para o ano, todos teremos a dita de ver no programa uns três

isso será uma realidade. As Festas Populares de S . P e ­dro terão, finalmente, a nota local que lhes tem faltado.

Essa certeza provém do facto incontroverso da co n s­trução em m a r c h a , num adiantamento que chega a

ou quatro festivais taurinos, que se realizarão na nossa Praça de Toiros, — uma das maiores de Portugal, com a lotação para 6 000 especta­dores.

E s e r á . , . «o fim do mun­do» !

S E S S Õ E S D E F O G OD ia 2 9 - F e s t iv a l d e f o g o d o a r

300 Foguetões dos mais variados e maravilhosos e f e i to s ; 30 Balonas coloridas, de i grande calibre ; 1500 Foguetes distribuídos em diferentes «bouquets» ; 60 Peças de grande aparato que dão o efeito de autêntico fogo aquático, terminando com uma Peça original intitulada «Combate Naval».

D ia 3 0 - S e s s ã o j j e f o g o p r e s o

10 sumptuosas Peças de inimitáveis transform ações; 21 Peças para queimar em três grupos; 3000 Foguetes para lançar em «bouquet» final.

D ia 2 - F e s t iv a l d a q u e im a d o b a te l

350 Foguetões, seleccionados com as mais altas fantasias da moderna p iro tecn ia ; 50 jBalonas coloridas, de grande c a l ib re : 3000 Foguetes distribuídos por diferentes «bouquets» dos mais lindos e variados efeitos ; Uma gigantesca Palmeira L u m in o sa ; Uma grandiosa peça intitulada Batalha de Flores, e simultaneamente Batalha de Fogos coloridos, lançados do b a te l ; Uma surpresa constituída por 7 Peças de Fogo Preso"^ e ainda outra surpresa que encerrará esta deslumbrante sessão .

(Fornecido por A. J. Fernandes & Filhos]- Lanhelas - Minho).

M o v i m e n t o A s s o e i a t i v o

— z = E d e M o n t i j o — —

O u l t u r a e D e s p o r t o sA ten eu P o p u la r de M o n tijo , C lu b e D e sp o rtiv o de

M on tijo , S o cied a d e C o lu m b ó fila , N acio n al F u teb o l C lu b e , C lu b e « P alm eiras» , V esp a C lu b e de M o n tijo , C lu b e «V asco da Gam a», E s tre la s d o M ar F u teb o l C lu b e , B a ir ­ro s U n idos F u te b o l C lu b e , e G ru p o D e sp o rtiv o d a s F aias.

-A - s s is tê n c ia , e O e n e f i c ê n c ia ,S an ta C a sa da M ise ricó rd ia , Sopa d o s P o b re s , O r fa ­

n ato D r. C é sa r F ern a n d e s V e n tu ra , A s ilo de S. José , A sso c ia çã o de S o c o rro s M ú tu o s N. S. da C o n ceiçã o , A sso c ia çã o H u m a n itá ria d o s B o m b e iro s V olu n tário .“ , C e n tro de A s s is tê n c ia S o cia l, H o sp ita l S u b re g io n a l, S er­v iç o s S o cia is d a s C a ix a s de P re v id ê n c ia , C en tro P a r o ­q u ia l de A ss is tê n c ia , e C o ló n ia B aln ear.

R e c r e i oS o cied ad e F ilarm ó n ia 1.° de D ezem b ro, B an da D em o ­

c rá tic a 2 de J an eiro , O r q u e s tra K ld orad o, G ru p o A rtís­tic o M ontijen se, C o n ju n to M u sica l «Os L eais» , « R o yal M elody», «Unidos d o Jazz», C o n ju n to M u sica i «Reis da A legria» , M u sica l C lu b e A lfre d o K eil, T e rtú lia T a u ro m à - q u ic a , C lu b e M on tijen se, S o cied ad e R e crea tiv a d o A lto d a s V in h as G ran d es, S o c ied ad e R e cre a tiv a P ro g re s s o A fo n so e ire n se , e C o n ju n to M usical «Os C an á rio s, da A tala ia» .

I > e C l a m e s e d i v e r s o sG rém io d o C o m é rcio , G rém io d a L a v o u ra , U n ião

P is c a tó r ia e P o sto da Ca»a do* P e sc a d o re s , C o o p e ra tiv a d os T ra b a lh a d o ra s R u rais , C o o p er. d os P e sc a d o re s , S in ­d ica to d os O p e rá r io s C o r tic e iro s , S in d ica to d;is O p e rá ­r ia s C h a c in e ira s , S in d ic a to d o s D e s c a rre g a d o re s de M ar e T erra , e L ig a cios C o m b a te n te s da G ran d e G u erra .

I n f o r m a ç õ e s ú t e i s

V a p ores d ir e c to s : Cais da R ibeira L isboaLisboa — P a rtida s para M ontijo :

Dias 27, 28, e 29, dc Junho 8.:i0 horas, 10,50, 15, e 18,45.

Dia 30 de Junho 9,50, 16 e 1 hora da madrugada.

Dias 1 e 2 de Julho 8,30, 10,50, 15, e 18,45.

M ontijo — P a riid a s para Lisboa'.Dias 27, 28, e 29, de Junho

7.40, 10, 13.15. 17,20 e 2 da madrugada.

Dia 30 de Junho8, 13,15, 18. e 2 da madrugada.

Dias i e 2 de Julho7.40, 10, 13,15, 17,20 e 2 da madrugada.

Haverá desdobram ento das carre iras quando o m evim ento o exig ir.

A U T O C A R R O SDe M ontijo para B arreiro e Lisboa'.4,45, 7,40, 9, 11,10, 12,25, 14,15, 17,10, 18.40, 19,30 e 22,05.

Do Barreiro para M ontijo :0 35, 7,45, 8.35, 9,55, 11,25, 15,05, 16,40, 18,10, 19,15 e 20,15.

De M ontijo para Alcochete'.9, 17,40 e 20,15.

De Alcochete para M ontijo'.6,55, 10,10 e 18,05.

Haverá ca rre ira s extrao rd inárias após os núm eros nocturnos das festas, para os arredores

de Montijo.

C O M B O I O S

Consultar os horários afixados nas Estações

De Montijo, nos dias 29, 30 de Junho, e 1, 2, 3 de Julho— à 1,45 hora — para Lisboa e Setúbal.

-------III-------

7 E L E F O N E SCâmara Municipal . . 026 1 09 Bumb. Voluntários . . 026 0 48Guarda Republicana. 026 001 Polícia Seg. Pública. 026 1 44 Polícia de 1'ràn sito.. 0261 15 Hospital Subregional 026 0 46 Posto de Socorros dr.Manuel da C ruz........ 026 1 36Posto de Socor. Caria 026 0 06

» » C. Prev. o26 1 98Autocar. Când. Belo. 026 0 94 Farmácia Giraldes .. 026 0 08

Farmácia D iogo........» M oderna..» Montepio .> Fer. (S. Grandes)

Táxis - P. da Repúb. » » »

Comissão das Festas. Est. Te. Po. (Cabina).. Ponte dos Vapores . .T r ib u n a l....................«Gazeta do Sul»........«A P rovín cia» ..........

026 0 32 026 1 56 026 0 35 026 9 43 026 0 25 026 4 79 026 2 12 026 1 41 026 4 25 026 0 34 026 1 26 026 4 67

« c A r( ) i 6 D Í n e i a » 2 7 - 6 - 9 5 7

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A T u a P á g in aC o l i g i d a p a r a a m u l h e r m o d e r n a , p o r O l g a

Querida am iga:

Quando pensei que a nova orien­tação desta página seria mais útil para ti e que passaria a agradar-te mais, não me enganei.

Felizmente posso verificar, com prazer, que soubeste também cor­responder à m i n h a espectativa, vindo trazer a tua valiosa colabora­ção. Ainda bem. Sei que poderei continuar a contar com ela e que 08 teus originais não serão apenas crónicas, contos ou poesias, mas também artigos versando assuntos

do mais alto interesse para todos nòs, sem te esqueceres dos problemas que nos assoberbam, das questões pedagógicas, da arte, da cultura, enfim, de que a mulher tanto carece.

Tenho fé na Mulher Portuguesa, sei que ela não se resume apenas nas aparências de futilidade que dia-a-dia surgem a nossos olhos. Ela é muito mais do que isso. Sabe ser a Mãe estremosa, a Esposa dedicada, a filha obediente e a Irmã devotada.

Que assim continues a ser pelos tempos fora são os desejos da

Tua boa amiga

O lga

D E C O R A Ç Ã O

M e d i t a n d -

8 8 > rfifâffr

Se teu marido é marinheiro ou tem predilecção por assun­tos náuticos, aproveita este modelo decorativo que lhe po­derá proporcionar o prazer de sentir que a esposa não o es­quece.

Cartas das LeitorasÂlsácia Fontes Machado, distinta poetisa e publicista,

espírito brilhante e inteligência viva, mandou-nos esta carta

Minha boa Amiga:

Embora tardiamente, venho tra­zer-te as minhas felicitações pela página que, em boa hora, resol­veste animàr com a tjia voz em «A Província». Desculpa a demora, minha Amiga, pois sabes como é o meu viver incerto e assoberbado de lutas e fadigas. E sabes, tam­bém, que estes parabéns são sin­ceros.

Sempre entendi que a mulher deve trabalhar para a felicidade e conforto do seu lar e que pode, simultàneamente, estender a sua acção benéfica até aos lares das suas irmãs, para neles disseminar os conhecimentos que tiver que adquirir e que, de algum modo, possam influir nos princípios e no conceito da felicidade humana. Crê, sem tergiversações, que a função da mulher nas Sociedades é grande, é básica, e por isso ela tem sido tão falsamente endeu­sada e tão zelosamente afastada

das actividades vitais das nações.Nas filosofias místicas dos povos

orientais, a mulher é apontada como um ser de eleição, expoente do princípio feminino universal em que assenta o equilíbrio e a harmonia dos Mundos, sem o qual nada do que existe em toda a Natureza poderia ser feito. A mu­lher é uma força, é um polo sen­sível e‘ imprescindível e, como tal, deve manifestar-se e actuar. Mas actuar inteligentemente, cons­cientemente, c o m o coração e com o cérebro, sem deixar medrar em si o escalracho do orgulho e do desejo de supremacia que vul­garmente corrompe o género hu­mano e desvirtua todas as leis da moral.

Espero, por isso, que a tua pá­gina de «A Província» não seja como todas as banais «páginas femininas» que por aí abundam, cheias de lugares-comuns e de sentimentalismos p ie g a s . Um coração de mulher bem orientado)

um cérebro de mulher bem escla- clarecido, uim alma de mulher bem constitnída — eis o objectivo que devia nortear todo o esforço para a formação e educação da mulher. Com mulheres bem tor- madas temos de ter homens bon«, e com homens bons tem de haver Sociedades boas. Napoleão, homem inteligente, que conheceu o poder e a glória do mundo, disse, um dia, que a educação do homem devia começar vinte anos antes dele nascer, com a educação de sua, mãe.

E uma grande verdade, Olga, grande como as concepçóes de estratégia do portentoso cabo de guerra, e nós ambas, que somos mães, sabemos bem quantas cur­vas e escaninhos há na alma dos filhos, que a nossa inteligência e a nossa firmeza, aliadas ao n sso amor, podem desvendar, aplainar e iluminar para o Bem e para o Futuro.

Aceita, pois, a reiteração das minhas felicitações e um grande abraço da tua amiga, sempre ao teu dispor.

Alsácia

Há em cada ser uma necessidade ainda indefinida de nos aproxi­marmos cada vez mais de tudo quanto é, na verdade, real e bom.

A certeza de que somos uma vibração unísona da particulari­dade ritmada de tudo quanto tem vida e agitação, não nos permite alhear dos reflexos de oiitrem, sem nos apercebermos das nossas próprias emoções.

Alguém diria, se passasse com relativa facilidade por uma cor­rente eléctrica, com a mesma pos­sibilidade com que ela se trans­forma, que tinha sentido em seu corpo físico um transportar-se a um plano não físico mas irreal, tal a impressão em seu corpo re­tida, que dificilmente lhe permi­tiria captar as sensações externas.

Tal coroo a sensação desse estado, nós somos no querer bem ou mal aos nossos semelhantes. Quando construimos noutro ser a razão única e ideal de nos aproximar­mos de tudo quanto é belo e ele­vado, esse objecto, ou pessoa, t ons- titui a suprema étapa das nossas aspirações, é também como se u n mundo irreal de beleza e perfei­ção nos fascinasse em cada segundo e tudo que nos rodeia perten­cesse, não a um plano huniaro, mas a um plano perfeitamente ascendente. Todas as correntes de pensamentos b e n ig n o s passam pela mente dessa pessoa, e numa constante v ib r a ç ã o se senlem atraídas.

Antes, se a decppção empolga o nosso sentir, não se registam ape­nas choques emotivos, mas a!é distúrbios psíquicos, tantas ve?<-s irremediáveis. Embora não seja totalmente aceitável, há que vis­lumbrar em cada ser, como nós humano e fraco, exposto às diver­sas transformações de estados e emoções, a realização parcial do nosso querer, aceitando-o com as suas próprias idealizações, uma vez que um ser, tal como nós, sente, quer e espera.

Ainda que pareça sem objectivi­dade. o homem e a mulher cami­nham, mesmo distanciados, sem­pre ligados, quanto mais não seja porque o pensamento os impele a dest-jarcm-se e a acompanharem-se jjtla vida fora.

Kazão máxima de tantos pro­curarem nas várias manifestações

Q U E M É E S T A

C O M P O S I T O R » ? Muitos são os artistas da nossa rádio que interpretam canções cuja música se deve a esta notável e inspirada compoiitora. A sua obra vastíssima ultrapassou já as nossas fronteiras e está documen­tada em várias gravações Ncomer- ciais.

Actualmente, dirige um con­junto musical, que actua num dos mais antigos e populares progra­mas publicitários da rádio.

Leitora, aguardamos a tua res­posta.

Entre as que acertarem sortea­remos um objecto de arte, carac­teristicamente montijense.

A distinta artista da cena por­tuguesa de que se publicou a foto­grafia na página anterior, é Amélia Rey Colaço.

Feito o sorteio entre as nume­ras leitoras que nos responderam, coube o prémio a Maria de Lour­des Martins Galego, rua Central, 26 — Montijo.

C A R T A PARA

J U N E A L L Y S O NVocê é uma rapariga estupenda!

Estou habituado a vê-la no seu ar ingénuo e simples ; no papel fami­liar da mulher para quem o lar tudo representa. Você é terna­mente formidável vista desse modo. Não quero, sequer, pensar que você seja completamente diferente daquilo que nos aparece na tela. Não creio nos rumores que ultima­mente circularam de que você ia divorciar-se. Seria pena, acredite. Você é tão bela assim : esposa amorosa e honesta.

Tenho-a visto muitas vezes na tela e habituei-me a decorar o seu nome. Não queira agora vir des­truir toda esta auréola de prestígio com a qual cingi a sua fronte.

Só poderei s u p o r t á - la conti­nuando a ser a esposa amantíssima e compreensiva, sedutoramente in­

da arte, tais como a música, a poesia, a pintura, etc., o ideal mais perfeito das suas concepções espi­rituais, e depois de tanta reafir­mação, e procura, ainda a mulher constitui um ser acessível aos seus interesses, mas, nunca, preen­chendo a necessidade total do seu espírito.

Apesar de tudo isto, a verda­deira beleza consiste no nosso pensamento que transforma em belo, ou não, as visões porque po­dem passar os nossos sentimentos.

M inda Pires

génua, mas prendada e amiga do lar, que sempre tem representado nos seus papéis.

De maneira alguma concebo que você seja diferente. Sei perfeita­mente que nem todos os homens merecem a mulher que têm. A vida da mulher, contudo, como você própria a tem representado, é uma vida de sacrifícios e de ab­negação. Há, portanto, que espe­rar de si todas as heroicidades para manter o seu lar. Seja a mãe idolatrada de seus filhos.

Creia que continuo a guardar em mim a bela recordação da sua imagem simples e simpática, que o meu espírito não esquece fàcil­mente e que o meu íntimo se ha­bituou a admirar.

Seu muito dedicadoJo ié

Se vais ser madrinha do bebé ou teu filho está para nascer, encontrarás nestes mo­delos interessantes babetes dc fino gosto.

Podes c o nf e c c i o ná - l o s de cambraia ou de piquéte,!£>orcZa- dos a branco, rosa ou azul pálido, j y

Q a & í B a p t i s t a

@ a z d o i a Q a n i o t

Com estabelecim ento de V I N H O S E T A B A C O S

Av. João de Deus, 26 M O N T I J O

Some.................. ............................

Morado e locolidode

>ar»'#?:]

A UM T R O N C OSob a abóbada azul, em plena luz, alétn, naquele cômoro escalvado, contorce para o céu os braços nus um tronco seco, velho, abandonado . . .

Pobre tronco! Foi árvore algum d ia l a sua extensa ram a verdejante tinha flo res e Jrutos, e estendia benigna sombra ao lasso caminhante.

Quando tombava o céu no horizonte, dava guarida aos bandos de p a r d a is; e às horas em que as moças vão à jo n te era docel de amantes joviais,

T alvez algum poeta de estro fro u x o lhe con fiasse seus íntim os segredos, traduzidos depois em verso coxo e na linguagem própria dos M à n jred o s . . .

Q uantas vezes gemeu canções de amor, quando a brisa nas jra n ça s a beijava!Quantas vezes também rugiu de dor, lutando contra a tempestade brava !

Envelheceu, se co u ... e desde então, ramos, f lo re s e fru to s a deixaram ; as moças e os pardais cantando vão . . . ali, porém, as vozes se calatam !

E agora, tronco seco, abandonado, sob a abóbada azul, em plena lu z , além, naquele cômoro escalvado, contorce para o céu os braços n u s !

C alado N u n e s (montijense)

r()aetas da (Biaiil

V aga lum esR I T A D E L A R A

Dentro da noite, ignoto vagalumepassa, revoando, em plena escuridão,

todo ufano e feliz, porque presume domar as trevas com o seu clarão.

Supõe o parvo que o fulgor resume deste orbe imenso — louca presunção

de um pobre ser que desconhece o lume das alvoradas rubras, de verão.

Vislumbrasse do sol a aurifulgência e, então, veria o triste a nulidade

da sua humilde e vã fosforescência.

De censuras, porém, jamais o crivem.Porque, na noite da vulgaridade,

quantos humanos vagalumes vivem !

MEU RIBATEJOMeu Ribatejo encantador, d ivino! Terra de gente nobre e portuguesa!Onde escrevi meu norte e meu destino E hei-de acabar a vida, com certeza !

Eu te saúdo, neste pobre hino Que a minha lira, em sua singeleza, Te canta,— como um santo peregrino A cantar, em louvor da Natureza!

Olhai suas campinas verdejantes; Vede o fulgor, a luz, a sua voz Forte e admirável que não tem igual!

É verde-rubra, — as cores dominantes Do símbolo que cobre a todos n ó s . . .— Tal a bandeira do meu Portugal!

Á lv a ro V a len te

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M M M V V

ã a H S1 ■ > • t ! V i

T L i w m I w m m

IR Ç U E T f lf DO P f l L A C I O 'D f l \ 7 U í T \ Ç f f ,£t .\v > -v-j-ir

Cinco realidades que constituem a provaTrês, - já terminadas ou quase findas: - a Cadeia Comai Duas, - em construção: 0 Palácio da Justiça e a Praça de

C a n t i g a s p a r a a

S . Pedro, perdendo a chave da porta do Paraíso, fez um m ilagre suave :— A graça do teu sorriso.

E m troca da quadra louca que vou fa zer , só desejo o cravo da tua boca para o v r s o do meu beijo . . .

Saltou sempre bem ligeira m inha alma, jo sse o que fosse. M as quis sa ltar a fogueira dos teus olhos — e queimou-se.

A diamantes, teus olhos Comparei por fascinantes]— Esqueci-me que há jóias i im itando os diam antes . . .

A ’ rosa te c11 r° um poeta, 1( E ' que ttuW p nos espinh® h

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UM POVO EM

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tARCHAlM O N T I J O !

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(Qravura gentilm ente cedida pela Ex."" Comissão das Festas Populares de 5 . P edro)

ivincente do progressivo caminho montijense.o Cinema Teatro loaquim de Almeida, e o Mercado Municipal.íros. Um povo que vai, confiante, aos seus destinos.

í o i t e d e S . Z t e d r o

P O R - J O R G E R A M O S

>o«

*nimosa;'picouhá na rosa.)b• perto que o A m o r tem asas, N voa, desaparece.'Penas f ic a m . . . as penas, 'ninho que nunca o esquece.

D igam à M ulher que escolha entre o A mor e D in h e ir o ;— E la escolherá os dois pra abandonar o p rim eiro . . .

Ilusão, espuma de sonho no m ar inquieto da V id a ;— O nda de esperança que morre pra nascer outra em seguida!

H á sempre um lu a r divino num hum ilde altar de r u a ;— 5\ Pedro, quando menino, h incou com o balão da lu a ..

DESUMANIDADEP O E M A

A ’ Judite Rosado, ao seu espírito eleito de artista, à sua alma cristã de mulher.

Paira/sobre este mundo jo espectro doutra guerra, Visão bem tenebrosa quê a Vida entristece.Há nações evadidas que combatem na terra,No anseio da Liberdade que as almas engrandece.

tiue monstro horrível a guerra Por tanto mal derramar !Quantos fugidos da Terra Onde foi berço o seu Lar!Quantos sem ter um conforto Dum ente amado, um carinho,Almas sem ter o seu porto De abrigo, no seu caminho... 'Almas errantes, perdidas.Qual bordão de vagabundo,Arrastando as suas vidas Pelos escombros do m undo...— A Guerra.Que monstro destruidor,Faminto de crueldade TE quantas crianças, Senhor !Que deixa na orfandade 1

A Orfandade I? ... Sabeis de- a in .i niai,-. (ri#:e Neste calvário do mundo ?Como é que um ente resiste íA um pesar tão profu n d o?!...Sem ter mãe e sem ter pai,Nem o abrigo dum lar:Ê como um barco que vai Ao sopro da ventania Entre os rochedos do mar Sem timoneiro que o g u ia ...Ê ter flores em seus braços E nâo sentir o perfu m e...É■ ser ave e nâo ter asas Para voar pios espaços. . .É ter lareira com brasas Sem a quentura do lume. . .Olhar o sol criador E só ver escuridão...A saudade ser a dor A sangrar no coração. . .

Gente da minha Terra, amada e extremosa,Que a Vida lhes sorri, tranquila, bonançosa;Olhai, ao longe, o quadro aterradorDum mundo de «amanhã», negro, ameaçador...E vede : nações destruídas, escravizadas Pio bárbaro invasor;Cidades incendiadas,Morticínio.. . crim e.. , p a vor ...Por almas por Deus há muito excomungadas

Se pela Lei Divina O Homem è nosso irmão,Aquele que mata e assassina É Fratricida,E nâo merece o perdão.

Senhor! Nesta luta pela vida,Que é batalha sem fim.Multiplica o Abel e extingue o Caim ...Nobilita no Bem qualquer alma peidida,Que ele é Bom quando quer... mas tem contradições : Perde noites sem conta pra salvar uma vida.Sonha inventos de guerra e destiòi multidões.Senhor! Porque destes ao Homem O direito de matar,Na ânsia do Dominio, na chama da Ambição?Se fizestes santos que se adoram num altar,E almas que em cilicios as vidas se consomem.Porque destes a outros tanta maldição ?

Olhai, a visão pavorosa, desoladora.Dalguns pedaços do mundol Quanta alma sofredora Se arrasta sob o tormento profundo Da pesada cruz de viver.Na desventura sem par De na Vida não ter nada De tudo no mundo perder ;Familia.. . Riqueza.. . Pátria... L a r...Olhai, almas condoidas,Pra tanta pobre criança Neste mundo abandonada}...Vede aquela que tem fome,Semi-nua, esfarrapada,Pelo frio a tiritar...Sem um sopro de bonança No seu calvário.. . a penar I . ..Tanta miséria con som el...Pèzitos roxos de feridas,De tantas léguas andadas Sobre a aridez dos cam inhos...— Que almas tão malfadadas Por cruciantes esp in h os]...

Aquela que ali vês, tão pobrezinha,i Já teve um lar, onde ria alegremente.

Se a Vida era calma. . . como à noitinha O brilho do luar nas águas da corrente....São milhares assim, que existem pelo mundo, Arrastando a pesada cr fiz do seu viver. . ...Pelo crime dos homens duma ambição sem fundo.De ao seu poder feroz a tudo submeter.Oh 1 minha Pátria querida, por Deus abençoada! Bendita sejas tu, pia Paz em que vivem os.'Do fundo da alma grito, mas de alma ajoelhada ;

Bendita seja sempre a Tcvra em qué na*Í'émo» I

Manuel Giraldes da Silva (ihoiitijeflSt)

« c /l rP t a a u i t i a » j 27-6-957V I D A -

PROFISSIONAL J f o t í c i a s d a n o s s a t e r r a

MédicosDr. ávelino Rocho Barbosa

Das 15 às 20 h. R. Almirante Reis, 68, 1.° Telef. 026245— MONTIJO

Consultas em Sarilhos Grandes, ás 9 horas, todos os dias, excepto às sextas feiras.

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Ex-estagiária das Maternidades de Paris e de Strasbourg.

De dia - R. Almirante Reis, 72 Telef. 026038

De noite - R. Machado Santos, 28 MONTIJO

Organizações = = ProgressoOiçam todas as 3.08 feiras às 13 horas, através do Clube Radiofónico de P ortu gal, o programa « REVISTA DES­PORTIVA», uma produção de Fernando de Sousa, com o

patrocínio deste jornal.

REVISTA DESPORTIVA15 minutos em que se fala do desporto e a favor do desporto. Brevemente no ar o programa TOUROS, TOUREI ROS, E TOURADAS — um programa em que se diz a verdade sobre Festa Brava. Para a sua publi­cidade consulte

Organizações ProgressoTrav. da Bica ao* Anjos,527-1.° Telef. 731315 L I S B Ò a

Vendem-se— Carroçai de*mão, e para gar-

rano, ch arretes , em estado novo.Trata, Manuel Fernandes Ale­

gria - Montijo.

$. fx.° o sr. Dr. Miguel Rodrigues Bastos—ilustre Governador Civil do Distrito — digna-se proce­

der à inauguração das nossas festas.Como facto inédito, temos este

ano a presença do sr. Governador Civil a inaugurar as Festas Popu­lares de S. Pedro, além de comps- recer e assistir a outros números do progama.

Sinceramente cumprimentamos S. Ex.a, pela prova de estima que nos dispensa e pela distinção que nos confere.

Seja benvindo 1

S. Ex.* sabe bem que Montijo é uma terra ordeira, cheia de fé nos seus destinos, e que é sempre grata aos que a distinguem com afectos e gentilezas.

«A Província», interpretando o sentir de todo o povo montijense, endereça-lhe, pois, o seu reconhe­cimento e faz sinceros votos para que possa sempre inaugurar as nossas Festas com sua presença amiga e dignificante.

Ateneu Popular de MontijoExposição de Arte

A exemplo do ano anterior, ten­ciona a direcção do Ateneu Popu­lar de Montijo levar a efeito no final deste mês e princípio do próximo uma exposição de arte com a colaboração de destacados artistas das nossas actividades plás­ticas.

Em princípio a exposição deve constar de 3 salas — pintura (óleos, aguarelas, etc.), cerâmica e fotogra­fia, um conjunto de vários traba­lhos representativos das mais con­ceituadas c o r r e n t e s artísticas. Está igualmente prevista a edição dum catálogo de carácter cultural, que de certo irá merecer o melhor acolhimento dos visitantes.

Bem merece o Ateneu o carinho dos montijenses, pela tenacidade com que procura vencer a inércia e apatia do nosso meio pelas ma­nifestações de natureza educativa.

Estamos certos de que esta ini­ciativa, à semelhança das anterio-

C O M A R C A DE M O N T I J O

A n ú n c i o2.* publicação

No dia 15 do próxim o mê» de Julho, pelas 10 horas, no Tribunal desta com arca, na execução sum ária que Maria do R osário, viúva, proprietá­ria e filhos, residentes na fre­guesia de Palhais, concelho do Barreiro, movem contra M a n u e l da Costa Murilhas Júnior, residente no sitio do Quadrado - Moita, viúvo, apo­sentado da Guarda Fiscal, e outros, será posto em praça, pela prim eira vez, para «er arrem atado ao m aior lanço o f e r e c i d o acim a do valor adiante indicado, o seguinte p réd io :

— Prédio que se compõe de te rra de sem eadura, vinha e árv o res de fruto, casas de habitação e adega, sito no Quadrado, ou Fonte do Feto, freguesia d e Alhos Vedros, c o n c e l h o da Moita, desta c o m a r c a , confrontando do Norte com António da Costa Murilhas, Sul com Manuel Mar­ques Rolo, Nascente com João Saldanha de Oliveira e Poente com estrada, descrito na Con­servatória do Registo Predial desta com arca sob o n.° 11.100, a fls. 96 v.° do L° B 30 e ins­crito na matriz predial urbana sob o art.° 296 e na m atriz predial rústica sob o art.° 273, da freguesia de Alhos Vedros.

V ai à p raça no v alo r de 60.000Í00.

Montijo, 13 de Junho de 1957 O Chefe da 3.a Secção

A lfred o Maria Pereira Ribeiro Verifiquei:

O Juiz de Direito Oetávio Dias Garcia

res, será mais um êxito para a popular colectividade. Daqui lhe endereçamos o nosso estímulo para qu? leve por diante, sem desfale­cimentos, o seu programa cultu­ral, na certeza de que os frutos da profícua actividade, embora tardia­mente, hão-de surgir em toda a sua grandeza.

«O Jornal de Cambra» e as

nossas FesiasEste prezado Colega, com o

qual gostosam ente perm uta­m os, publicou no »eu número de 15 do corrente uma larga referência è 8 Festas Populares de S. Pedro, em Montijo, ter- minando-a com palavras de m uito afecto e exaltação pelo e*forço que elas representam e pelo prestigio que originam .

Em nome da nossa T erra, muito e muito obrigado pela gentileza.

Publicação RecebidaDo sr. Nuno de Menezes rece­

bemos um exemplar do seu fo­lheto «Aqui, Montijo», dedicado às Festas Populares de S. Pedro.

Muito ilustrado e abordando várias facetas montijenses, o fo- lheto-programa em referência é mais um documento para propa­ganda da nossa terra e dessas Festas.

Agradecemos a g e n t i le z a do exemplar que nos enviou.

D E S A S T R ENo dia 8 do corrente, quando

regressava a sua casa, o nosso es­timado assinante sr. Manuel Fran­cisco Peres fixou mal o pé no pe­dal ao montar e caiu desastrosa­mente.

Observado no nosso Hospital, verificou-se que sofrera fractura da perna direita.

Desejamos-lhe rápido restabele­cimento e lamentamos a infelici­dade que o vitimou.

B A S Q U E T E B O L

Teremos a visita dum clube espanhol ?Há dias em conversa amena com

o sr. João Garcia Nunes, o infati­gável Secretário - permanente doC. D. Montijo, fomos inforirados por este sr. que o Clube espanholS. D. San Eloy de Jerez de la Frontera (como está anunciado vem defrontar a l.a categoria de Futebol do C. I). M. no dia 29 de Junho corrente) traz na comitiva também a sua equipa de Basque­tebol.

Ventilou-nos aquele sr. a possi­bilidade de se efectuar um encon­tro da modalidade entre as duas equipas.

Esclarecemos os nossos prezados leitores, no que julgamos opor­tuno, que o sr. Garcia Nunes é dos elementos d i r e c t iv o s doC. D. M. que mais interesse mos­tra (sem menosprezo para os res­tantes) pela solução de problemas da Secção de Basquetebol.

Agradecemos ao nosso informa­dor aquela agradável notícia e detivemo-nos, ambos, numa série de «prós e contras» acerca da v i­sita.

Chegámos a uma conclusão de acordo mútuo em que os «prós» levaram nítida vantagem e, con­forme nos disse também, se a comissão de Basquetebol já está devidamente notificada do facto, nós propusemo-nos para o dar ao conhecimento de todos.

Trata-se de uma oportunidade maravilhosa para cimentar mais a propaganda do Basquetebol em Montijo, pois se a visita de um clube espanhol é já um atractivo, a lg u m a p r o v e ita m e n to seria colhido dada a cotação do Basque­tebol espanhol no meio desportivo europeu, além de que seria mais uma jornada com fundo de receita para a construção do novo campo.

Resta à Comissão pôr mãos à obra, envidar todos os esforços para que se concretize a ideia, que não é nossa, frize-se, e se alguma coisa for resolvido favoràvelmente, começar os treinos quanto antes para podermos dar a réplica acon­selhável.

Aguardemos, entretanto.Luciano M ccho

C O L U M B O F I L I ACastelo Branco - Montijo - 18© K m .

Vencedor: Amândio José CarapinhaTínhamos necessidade de ouvir

Amândio José Carapinha, acerca da sua excelente vitória do con­curso de Castelo Branco I, porque se trata de um columbófilo que, embora dos mais novos, tem mar­cado posição de relevo dentro deste desporto.

Oiçamo-lo, portanto:— Voo as minhas aves ao natu­

ral, misturo machos e fêmeas no seu voo diário, muito embora não descreia da viuvez, mas não a pra­tico em virtude do meu pombal não reunir as condições necessá­rias.

— Costuma drogar as suas aves?— Não ! e acho que esta minha

afirmação serve para desmentir todos aqueles que dizem que as minhas aves são drogadas.

— Qual a alimentação que dá ?— Apenas um lote por mim ex­

perimentado, mas com umas certas instruções do grande amador que foi, Rosendo Samoreno l A este senhor devo alguns êxitos do meu pombal.

— D iga-m e: qual foi a ave que venceu ?

— O vencedor desta prova foi oferta do meu amigo José Carabi­neiro ; esta ave tem descendência «Fartan».

— Outra coisa: qual o adversá­rio que mais admira P

Perdeu-se— RODA completa, jante 600-16,

trajecto Montijo a Evora. Pede-se o favor a quem a encontrou de telefonar para o 026155. Montijo.

Dão-se alvíssaras.

— José Correia Leite e Benja­mim N. Silva.

— Quer dizer mais alguma coisa?— Sim ! Desejar a todos os meus

colegas um resto de campanha bastante feliz.

— Pronto ! Estávamos satisfeitos por registarmos as palavras de Amândio José Carapinha, um ama­dor de que há muito a esperar.

Fernando Gouveia Carabineiro

C ír io N o v o d a A t a la ia

Não quis o Círio Novo da Ata­laia faltar na hora presente, mani­festando no número especial das Festas Populares de S. Pedro o seu bairrismo e a sua nunca des­mentida dedicação a tudo o que se destine ao progresso e ao pres­tígio de Montijo.

A grandeza e o valor deste Cirio,

S n r s . A u t o m o b i l i s t a s

PROTEJAMU S A N D O

A VOSSA VIDA OS F A M O S O S

P N E U S F I R E S T O N E= = MÁXIMA SEGURANÇA B CONFORTO

A G E N T E S

E X C L U S I V O S :M A R P A L , L . DA

Teiefs. { 0 2 6 4 5 5 0 2 6 5 4 5 M O N T I J O

— características próprias da sua organização, sobejamente conhe­cidas, impõem-no à estima e ao respeito de todos, pelo que a sua presença neste número de «A Pro­víncia» o completa.

Com os nossos cumprimentos para a E x.ma Direcção e compo­nentes, endereçamos-lhe veemen­tes desejos das maiores prosperi­dades.

Este núm ero de «A Pro­víncia» foi visado pela

C E N S U R A

27-6-957 « A rP t ú o i t t e i a . »

SIMAO PEDROO H O M E M E O S A N T O

Associando-nos em espí­rito e verdade, aos deslum­brantes feste jos, plenos de gáudio e folgança, apoteò- ticamente vividos em Terras gloriosas e benditas de Mon­tijo, electrizando Portugal de lés a lés, a f i g u r a - s e - n o s curial focar, ainda que em bosquejo, a figura incompa­rável Daquele que o nobre e hospitaleiro Povo Montijense elegeu para Orago e P a­droeiro.

Piedosamente, a turba, ao invocar o intrépido Apóstolo, fantasia ou viviona um trô­pego e inerte ancião, pejado de grandes e venerandas barbas brancas — arrimado a nodoso bordão, coroado de luzidia calva, enorme e re­donda como lua cheia, ver­gado ao peso avassalador dos respeitáveis chavões da mansão celestial.

Para tal anomalia, concor­rem, indubitavelmente, com pingue e chorudo contributo, muitos santeiros estrábicos e mercenários, pois raros são a q u e l e s que moldam pelo espírito, tocados pela fímbra da túnica do Senhor. $SgNão obstante, a exemplo do Divino Mestre, envere­demos pelos indulgentes ca ­minhos da misericórdia e do perdão :

— E, naquele tempo, era célebre nos mares dá Gali- leia um tal Simão, arrais de pescaria, varão arrojado e têmpera férrea, oriundo do minguado lugarejo de Beth- saida, filho de Jon as , da tribo de Simeon.

Recebera por esposa uma filha de Aristóbulo, irmão de Bernabé, apóstolo, e dela houve uma cachopa e um cachopo.

Seu irmão André, livre de mulher e pesadelos ineren­tes, seguira o piedoso e en ­cantador Rabi de Nazaré, que um dia vira caminhar suavemente pelas margens do mar da Galileia, cingido de túnica alvíssima e manto cor do céu.

Simão ficara. Ouerrva-o obrigação de casa. Moire- java o pão de cada dia par i prover ao sustento da com­panheira e respectiva prole. Rasava, então, as quarenta invernas. Sádio e robusto e destemido, criou ascendente sobre os camaradas peia força do braço, galhardia de carácter e sabença daquelas

\ em erosas lides.Era valente e leal, audaz

e generoso. O rude labutar, as intempéries, as chibata­das dos mares encapelados tisnaram-lhe o corpo, mas não lhe obumbrararn a alma, nem l h e impederniram o coração. T o d a v i a , sendo homem em toda a acepção da palavra, estava infalivel­mente sujeito aos imponde­ráveis da fragilidade humana •— misto de grandezas e bai­xios.

M as je s u s amara-o desde toda a eternidade.

E, volvidos dias, o M e s ­tre, vendo Simão no Lago de Genesaré, pediu-lhe que se f izesse áo largo e lan­çasse redes. Obtemperou- -Ihe o arrais que não valia a pena, tanto mais que toda a noite tinham estado a traba­lhar sem qualquer resultado. No entanto, não quis des­

gostar o Rabi. fi foi-se pu­silânime, sem fé nem con­vicção.

Encheram-se de tal arte as redes que quase se rompiam e as barcas adornavam ao peso da fartança. Simão, tocado pela graça divina, arrojou-se aos pés do M es­tre, clamando : «Afasta-tede mim, Senhor, pois eu sou um grande pecador».

— Vem após mim — retor­quiu-lhe o Rabi — de ora em diante íar-te-ei pescador de homens.

Certo dia, entrou Jesu s na casa de Simão e con­doeu-se da sogra que jazia no leito ardendo em írebre. Tomou-a pela mão e a febie sumiu-se. Ela levantou-se, de pronto, fresquinha como alface, e pôs-se a servi-los.

É, porém, vário, ingrato e desmesuradamente infiel o coração humano. Logo de­pois da profissão de fé e da miraculosa cura, subsistiram a dúvida e a descrença.

Na quarta vigília da noite, veio Jesu s ter com Simão, caminhando sobre o mar. Perturbou-se, e com ele os companheitos : Julgaram-no um fantasma e cheios de medo começaram a gritar. — Não temais — tranquilizou-os o M estre .— Tendo confiança, sou eu. Mas Simão, incré­dulo, astuto e desconfiado, alvitrou: «Senhor, se sois Vós, mandai-me ir por cima das águas até onde estais».— Vem — respondeu-lhe J e ­sus. Simão desceu da barca e arrepiado, transido de des­c o n f i a n ç a , calcorriou de passo incerto até o Mestre. M as, sentindo soprar forte a ventania, intimidou-se e, ao notar que se afundava, bra­d o u : «Senhor, salvai-me!» No mesmo instante Jesus estende e lhe dá a mão, di­z e n d o - l h e : « H o m e m de pouca fé, porque duvidaste?»

Julgou-se Pedro com di­reitos adquiridos e, certo dia, anunciando Jesu s a sua Paixão, Morte e Ressurrei­ção, tomou de parte o M es­tre e começou a repreendê- - lo . N ã o lh e poupou o Senhor a ousadia, e, 'fran­zindo o semblante adorável, r e p l i c o u - l h e severamente : «Retira-te da minha frente, satanás, pois teus pensa­mentos não são conformes aos de Deus, mas aos dos homens».

Mas o Senhor, misericor­

dioso e dulcíssimo, continuou a amá-lo etn extremo. Algum temp:i depois, escolheu-o para o acompanhar ao alto Monte de Tabor e ali trans­figurou-se. O seu rosto bri­lhava como o sol e os seu vestidos tornaram-se brancos como a luz. E Pedro, sus­pirando por ficar ali eterna­mente, disse a Je su s : « S e ­nhor, que agradável é estar­mos neste lugar. 1 S e quereis, farei aqui três tendas : uma para Vós, uma para Moisés e outra para Elias».

Mais tarde, o Bom Mestre verberou o procedimento da­quele jovem riquíssimo que, querendo alcançar a vida eterna, não tivera coragem para vender tudo quanto ti­nha, reparti-lo pelos pobres e depois segui-lo, dando-lhe em troca um tesouro incor­ruptível no céu. Pedro, não conseguindo dominar o seu egoismo, atreveu-se a per­guntar ao Divino Rabi : «Que recompensa teremos nós que deixámos tudo e te segui­mos ?»

Dirigiu-se d e p o is Jesu s para um lug ir chamado Get- sémani ou Monte das Olivei­ras. Tendo chegado ali, disse aos apóstolos que o acom­panhavam : «Orai para que não entreis em tentação». Afastou-se um tiro de pedra e, a joe lhando-se , o r a v a . Antevendo o que ia sofrer nor amor rios homens, entrou èm agonia e suava grossas gotas de sangue que desli­zavam peio seu corpo até ao chão. Voltando, encontrou os discípulos dormindo. Só fez reparo a Pedro, jrorque o havia instituído Príncipe dos Apóstolos : «Então, Pe­dro, nem só uma hora pu­deste vigiar comigo?»

Passados instantes, depois de Judas, com o beijo hipó­crita da traição, ter entregue por trinta dinheiros o Diyino Mestre, Pedro, v indo que lhe lançavam a mão, sacou da espada e cortou a orelha direita a Maico, servo do surno sacerdote. E Jesu s tocando-lha, curou-o.

Entrementes, prenderam o uoce Rabi da Galileia. Le­varam-no para C asa de Cai- fás. Pedro se g u iu --0 de longe, até ao palácio do pontífice e, entrando no pátio, sentou-se junto dos criados para ver no que ia dar aquilo. Estava frio. O s servos do pontífice e os guardas tinham prepa­rado uma fogueira e nela se aqueciam. Pedro estava tam­bém entre eles a aquecer-se.

No mesmo instante o galo cantou e Pedro, lembrando- -sé da predição do Mestre, saiu e chorou amargamente. Jam ais se haviam de extin­guir aquelas lágrimas de ar­rependimento sincero que, segundo a tradição, lhe abri­ram s u l c o s profundos no rosto.

Mataram o Mestre e. com f ie parecia ter morrido para sempre a derradeira espe­

rança de todos aqueles que tinham fome e sede de jus­tiça.

* * * ■

E encontrando-se t o d o s reunidos no Cenáculo, des­ceu sobre eles o Espírito Santo, em formas de. línguas de fogo, e encheu-os de sa ­bedoria e virtude.

Começou então Pedro, o primeiro Vigário de Cristo na Terra, o seu fervoroso e ardente apostolado, sentindo sempre no mais fundo da alma a imensa amargura de ter negado por três vezes o seu bem amado Mestre.

Iniciou a sua prègação em Jerusalém, onde os Judeus pasmavam de o ouvir fal ir, em diversas línguas, sobre a grandeza e os prodígios do Altíssimo,

— Homens da J udeia e vós todos que habitais em Je r u ­sa lém — clamava P e d r o — vós crucificastes, por mãos de iníquos. Je su s Nazareno que o mesmo Deus acreditou entre vós por meio das suas virtudes e milagres, e O ma­tastes. Mas Ele ressuscitou, de que nós todos somos tes ­temunhas. Saiba, pois, toda a C asa de Israel, com imu­tável c e r te z a : Deus consti­tuiu Senhor e Cristo a este Jesu s que vós crucificastes.

E converteram-se à fé do Nazareno três mil homens.

Indo com Jo ão Evangelista ao templo, ao transporem a porta denominada a «Espe­ciosa», um coxo de n asci­mento, que ali se encontrava, com mais de 40 anos de id a d e , pediu-lhes esmola. Mas Pedro d is se : «Não te ­nho prata nem ouro, mas dou-te o que tenho : Em nome de Je su s Cristo Nazkreno, levanta-te e anda!» Levan- tou-se subitamente e, ligeiro como gamo, entrou com eles no templo e louvou o Eterno.

Perante o milagre do após- lo, secundado pela sua exor­tação, converteram-se à fé do Redentor mais cinco mil homens.

A multidão dos crentes aumentava assustadoramen­te ; mas entre todos existia apenas um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seus os bens que possuia, mas tudo entre eles e r a comum. Não havia indigen­tes porque todos os que pos­suíam haveres vendiam-nos e depositavam o dinheiro aos pés dos apóstolos para s e r distribuído equitativa­mente, consoante a carestia de cada um.

Pedro deu saúde a muitos enfermos e ressuscitou mui­tos mortos. Em Lida, s ó ’ com uma palavra, c u r o u Eneias, paralítico há 8 anos. Em Jope , ressuscitou a cristã Tabita, que por outro nome se chamava Dorcas, a qual fazia tesouro dos seus have­res na mão dos pobres e dos famintos.

A Cornélio, centurião, que era gentio, converteu-o à fé com toda a sua família.

Foi depois preso e encar­cerado, com fortes grilhetas e farta vigilância, por ordem de Herodes A grippa; mas um anjo do Senhor, envol- vendo-o no seu manto de luz, libertou-o.

Por causa de Simão Mago, homem diabólico, c o r r e u Pedro todas as cidades de

Celesíria, P o n to , Ásia e Galácia.

Após longas e aturadas controvérsias em que Pedro saía sempre vencedor, não sabendo o Mago mais o que fazer, coroou-se com uma capela de loiros e trepou a um altar, onde se instalou como um nababo. Daquelas alturas ameaçava os Roma­nos, d izendo: «Se seguirdes a Pedro mandarei aos meus anjos que me tomem nas mãos e me levem a meu pa­dre ao céu e de lá vos c a s ­tigarei com tormentos mor­tais». E se bem o disse melhor começou por dar e x e ­cução ao seu ardil. E vai de subir, subir entre farta fuma­raça como balão incendiado. Os romanos estavam boquia­bertos e arrepanhavam-se. de terror.

Vencido, porém, estrondo­samente o filho de satã, Pedro consagra-se, de alma e cora­ção, às sagrações episcopais:

Em Roma ordena bispo Lino. Vem a Terracina em cuja cidade fez bispo a Epa- frodito. Passa a Sírmio, c i­dade da Espanha, onde or­dena bispo a Epeneto. D e s­loca-se a Cartago e faz ali bispo Crescêncio . Tran sit i ao 'Egito e ordena bispos aos fiéis que creram na dou­trina imortal do S e n h o r : a Refo em T ebas e em A le­xandra a Marcos evangelista.

Volta a Jerusalém , por c e ­lestial revelação, a fim de estar presente ao trânsito d í Virgem Puríssima, M ãe de Je su s eRainha dos Apóstolos.

Torna ao Egito e, p o r Africa, passa outra vez a Roma e daí a Milão e a Fo- cisse. Dali veio à Bretanha, onde numa angélica visão lhe foi anunciado: «Pedro, chega-se o tempo da tua morte e é necessário que voltes a Roma». Aí chegou aos 12 anos do Império de Nero — o maior tirano de to­dos os tempos.

A c t i v a v a fundamente o seu apostolado e mulheres nobilíssimas se convertiam ao Cristianismo. Entre elas, receberam a fé duas mulhe­res do Imperador.

E elas determinando-se a viver castamente, exacerba­ram os fígados viperinos do luxuriosíssimo e torpíssimo e canibalíssimo Nero.

Enfureceu-se então como um demónio contra os cris­tãos e mormente contra P e ­dro, Príncipe dos Apóstolos, que fora a causa primordial das suas duas mais adoradas mulheres crerem e se darem de alma e coração a Cristo.

Mandou crucificar Pedro no ano 25.° do seu romano pontificado. O apóstolo im­pôs apenas ao carrasco a condição de ser crucificado de cabeça para baixo com a finalidade de ficar com e la no preciso local em que o Salvador tivera os seus pie­dosos pés que passaram pela terra semeando o bem.

Foi crucificado no Janículo, aquém do Tibre, e expirou a 29 de Junho do ano 67 depois de J . C . .

O seu santo e martirizado corpo e está enterrado na colina do Vaticano, onde hoje se ergue a monumental e imponente Basílica de S. Pedro — cibório da Fé e flâ­mula ardente e eterna de toda a Cristandade.

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As freguesias montijenses: Ca­nha e Sarilhos Grandes, — bem merecem estas referências no nú­mero especial das Festas Populares de S. IJedro, de 1957.

A par e passo que a sede do Concelho se vai desenvolvendo e progredindo, vão as freguesias en­voltas no mesmo ritmo, também a caminho de melhor futuro.

«A Província» ufana-se de ter por elas a maior simpatia, demons­trada através da sua existência e sempre que a oportunidade se ofe­rece.

Saudando-as, cumprimos apenas um dever que se impõe:

— Por C anha!— Por Sarilhos Grandes !

S A R I H O S G R AN D ESA progressiva Freguesia tem o

seu lugar marcado no coração montijense, com o qual vive dia­riamente, paredes meias.

Não dispomos de espaço suficien­te para e s c r e v e r m o s quanto tínhamos para escrever a este res­peito. No entanto, não queremos

evocação merecida, dirigimo-nos ao povo dessa terra nossa amiga desejando-lhe, e às uas institui­ções locais, as maiores prosperi­dades e venturas.

Aqui fica o nosso preito e a ex­pressão sentida de todo o nosso afecto indefectível.

SARILHOS GRANDES — Largo principal

de forma alguma, na página dedi­cada às nossas freguesias, deixar de parte aquela que connosco comunga nas horas boas e nas ho­ras más.

Cumprimentamos, pois, e, nesla

Sarilhos Grandes sabe que conta sempre com «A Provincia».

«A Província» sabe que Sarilhos Grandes é uma freguesia laboriosa, ordeira, disciplinada, e sente o maior prazer nesta saudação!

C A N H AO passado, o presente, e o futuro

A Vila de Canha é uma das lo­calidades mais antigas do País. Segundo a opinião de alguns dos seus filhos mais ilustres, a sua fun­dação não vai muito além do século XIII. Foi-lhe dado foral por um dos reis mais ilustres, e esse documento encontra-se arquivado na Câmara Municipal de Montijo. Reformas posteriores agregaram- -na ao concelho de Setúbal, e hoje pertence ao concelho de Montijo.

Possui julgado de Paz, Junta de Freguesia e Hospital da Misericór­dia, dirigido presentemente pelo ilustre médico Dr. Manuel Maurí­cio.

A sua população é ordeira e trabalhadora. Pelo senso de 1930 a freguesia não atingia ainda três mil habitantes e hoje ultrapassa muito o número de quatro mil, não só porque o clima é saudável e, por isso. propenso ao desenvol­vimento infantil, como também pela vinda de colónias de agrários exóticos que, nos últimos 25 anos, têm invadido ascharnecas incultas, contribuindo para o aumento no­tável da população.

Canha é das terras do País onde o povo é, por índole e por tradi­ção, mais obediente, generoso e respeitador.

Possui Estação Postal com expe­dição de valores declarados e ser­viço de encomendas postais, e tam­bém telefone público, ligado à rede telefónica geral. Territorialmente, a freguesia de Canha não está li­gada à sede do concelho, tendo a separá-la os concelhos de Palmeia e de Alcochete.

Em tempos idos estudou-se a construção da estrada directa Mon- tijo-Canha, e apenas se construiu de Montijo até Monte Laranjo — depois das Rilvas, e por ali ficou, apesar das diversas representações dirigidas aos governos até 1930.

Canha possuiu em remotos tem­pos o seu Castelo sobranceiro, de

que os nossos antepassados fala­vam vagamente, e teve no século XVII, a incutir respeito à Lei, a Forca e o Pelourinho. As Igrejas locais são templos majestosos de valor e recheio histórico de grande valia, que no seu passado tiveram a ampará-las numerosas Irmanda- des religiosas, as quais acabaram devido a reformas sucessivas que esses assuntos sofreram depois de 1820.

Intelectualmente, teve no seu passado n o t a b i l id a d e s valiosas como: José Torcato, Manuel José Salgueiro, João Tomás Piteira, Pedro Dias. João de Deus Costa, João Cândido Ferreira. D. Gui­lhermina Pieira, Mário Salgueiro, o nosso querido ptofessor António Boleto Ferreira de Mira, seu filho Dr. Matias Boleto Ferreira de Mira, e seu neto Dr. Manuel Vas­salo Ferreira de Mira, Padre Pe­dro Felício Ferreira Tobias que, por disposição testamentaria, dei­xou à Misericórdia de Canha o legado de Esc. 100.000$0(), para auxiliar a construção do novo Hospital, na parte que se refere à Enfermaria de Crianças e que tem o nome de Sua Mãe — D. Edvir- ges Felícia Ferreira Tobias. E ainda nasceram na nossa lerra ,— João Ferreira Barros, farmacêu­tico, — Lino Tomás Piteira — pro­fessor que foi em Setúbal, e D. Virgínia Cosia professora que foi em Vendas Novas.

Conta presentemente como dos seus mais dilectos filhos, o ilustre médico Dr. Fernando Piteira de Barros. em serviço no Hospital de Palhavã, Jacinto Mendes Ferreira, Regente Técnico de Engenharia, e seu irmão Joaquim Mendes Fer­reira, — Director da Banda da Carris.

O Comércio e a Indústria resu­mem-se nalguns estabelecimentos comerciais de categoria, 3 Cafés, 4 lagares de azeite, 3 moagens de

farinha, e alguns moinhos e aze­nhas com que se abastece uma grande parte da população da vila e arredores.

A sua principal fonte de riqueza é a agricultura. Produz enorme quantidade de cortiça, azeite, ar­roz e trigo. O seu azeite é dos mais finos da península ; as suas frutas, principalmente maçãs, são deliciosas, rivalizando com o que de melhor há no estrangeiro ; e os seus vinhos, muito alcoólicos, são a todos os títulos notáveis.

As suas charnecas eram mata­gais infindos; mas hoje, com o desenvolvimento dos latifúndios, conseguem-se anualmente alguns milhares de toneladas de trigo, centeio, cevada, milho e arroz, sendo considerada esta região como um dos principais cenlros produtores de Portugal.

A Freguesia de Canha, que tem cerca de 20 léguas de circunferên­cia, conta lavradores impoitantes com o: D. Jaime de Cadava', A n­tónio Branco Teixeira, Fundação da Casa de Bragança, João Tomás Piteira, Eng.0 António Oiivcira Soares, Manuel da Silva Victorino, João Nepomuceno Relógio, Ma­nuel Varela Cid, José Nunes Sol­dado, Dr. Armando Santana Leite & Irmãos, e outros, que abaste­cem o mercado de comércio de carnes e de trabalho: — gado bovino, cavalar, ovino, suino e caprino.

E servida por 4 esíações de ca­minho de Ferro: Pegões, Canha, Bombel e Vidigal, e por uma rede de e s t r a d a s , — C a n h a - Vendas Novas, Canha - Evora, — Canha - Montijo, — Canha - Setúbal e Ca­nha - Vila Franca de Xira.

A Vila de Canha não tem tido por vezes a ampará-la o carinho de muitos dos seus filhos. No seu passado nada tem digno de nota. Pretendeu-se que o caminho de ferro que parte do Barreiro par­tisse de Montijo e que passasse por esta vila ; mas os proprietártos de Canha e Montijo opuseram-se, alegando que lhes desvalorizavam as propriedades. Canha não soube resistir e sofreu o desastre do seu eterno isolamento.

Sobre o ponto de vista turístico, Canha tem muito que admirar. Situada numa colina verdejante e luxuriosa, é banhada pelo Rio Almansor e a sua estrada, por en­tre sobreiros arrogantes e sober­bos, é ladeada por uma paisagem encantadora que traz ao turista um bem estar enebriante.

Canha contribui para o Estado e Corpos Administrativos, para cumprimento de leis e regulamen­tos fiscais, com uma quantia anual de mais de mil e quinhentos con­tos.

Melhoramentos, no seu passado, poucos teve. Áparte o relógio da torre da Matriz, mandado colocar pelo falecido Padre Manuel Pedro de Mira em 1906, e alguns melho­ramentos de certa categoria, leva­dos a efeito pelas diversas verea­ções que se sucederam de 1909 a 1926, como a estrada da Fonte, o calcetamento e arranjo da Rua do Castelo, Rua Dire:ta, Rua dos Ca­valeiros, Rua d» Estalagem e as reparações nos Paços do Concelho, melhoramentos em que intervie­ram Mário Salgueiro, José Teodó- sio da Silva, An.tónio Morais da Costa Jácome e Alvaro T. Mora, e também José Vaz de Barros no calcetamento da Rua da Misericór­dia, — nada mais se fez.

A época de verdadeiro progresso iniciou-se com a promulgação do Estatuto do Trabalho Nacional, que constituiu a revolução máxima a favor das classes laboriosas, se­guindo-se com base nessa Lei a criação das Casas do Povo e toda a Organização Corporativa.

D e p o is , fez-se em Canha o grande edifício escolar com 5 salas, nesse tempo considerado pela En­genharia o melhor edifício escolar primário do Distrito, e onde estão instaladas 4 aulas de ambos os sexos; fez-se o calcetamento e arranjo da Praça da República, considerada hoje a nossa sala de visitas; as grandes reparações nas estradas Vendas Novas - Canha e Pegões - Canha, e a construção da estrada Montijo - Vendas Novas, em q u e bastante se empenhou Carlos Loureiro que, na Câmara

Municipal de Montijo, de que era presidente, patrocinou também a instalação do telefone. Tudo isto foi seguido de novos melhora­mentos de grande projecção local com o: o calcetamento das Ruas António Boleto, do Forno, do Hos­pital, de Santo António, seguidos logo das mais notáveis realizações: — o abastecimento de águas, com lindos fontenários e água canali­zada aos domicílios, e a instalação da luz eléctrica, construção duma escola em Pegões, do matadouro municipal, da criação de Postos de ensino escolar no Cruzamento, Mat-í do Duque, Escatelar, Abe­goaria, Taipadas e ultimamente' na Graveira Sul. Fizeram-se as grandes reparações de restauro da I g r e ja Matriz, empreendimento levado a efeito pelo pároco desta freguesia — Rev.° António Bastos Homem, com donativos que tota­lizaram cerca de 85.000$00, ofere­cidos p e lo s proprietários desta terra.

Construiu-se a bela estrada para Vila Franca de Xira com a Ponte Marechal Carmona, e para breve temos a construção das pontes da Ribeira do Lavre e do Rio Alman­sor, que servirão a estrada já há anos terraplanada e q u e ligará Canha a Coruche, — velha aspira­ção de longos anos em que sempre têm andado empenhados, junto dos Ministérios, os Governadores Civis de Setúbal e de Santarém e as Câmaras Municipais de Coruche e Montijo, assistidos pelos Gré­mios da Lavoura dos dois conce­lhos e das respectivas Casas do Povo. Tudo isto se tem feito por Canha e para Canha.

Acrescente-se a isto a constru­ção do belo edifício da Sopa dos Pobres em 1938, que nestes 17 anos distribuiu pelos pobres 104 mil refeições e cuja primeira pe­dra foi colocada pelo m é d ic o

225.837$50; Subsídios por morte’ 15.450$00; Subsídios por invalidez, 212.400$00; Subsídios por nasci­mento de filhos, 17.410100; Subsí­dios por c a sa m e n to , 6.800$00; Subsídios por transporte de doen­tes, 18.872$70; M e d ic a m e n to s , 25.781$40; Colónias de Férias na praia da Foz do Arelho a filhos de s ó c io s efectivos, 40.820$80; Diversos subsídios (roupas, ali­mentos e auxílios eventuais a doentes e outros), 49.837|70; e Assistência às crianças do Infan­tário da Sagrada Família, de Julho a Dezembro do ano findo, 9.550$90; o que dá o total dispendido de 916.825$70. Tudo para bem dos pobres e dos que precisam. A cres­cente-se ainda que a Casa do Povo. construiu a sua sede, a qual fo1 inaugurada em 1950 e que impor­tou em 257 074$ 10, com instalações modelares — salão de festas para reuniões, cinemas e educação e recreio dos sócios, gabinete da Direcção, Secretaria, Posto Clínico e Museu, e na rectaguarda um Campo de Patinagem e de exer­cícios da Mocidade Portuguesa, que serve de esplanada para diver­timentos vários. Também se cons­truiu com donativos de ricos e pobres, — um lindo edifício, que custou cerca de 100.000$00, desti­nado ao Infantário d a Sagrada Família, onde os filhos dos sócios pobres, cujas mães se tenham de ausentar do lar durante o dia para trabalhar nos campos, ali deixam os filhos todos os dias de manhã e os vão buscar à noite, sendo ali recebidos e tratados por senhoras preparadas para esse fim, dando-se alimentação e vestuário e vigilân­cia permanente.

Como corolário final, diremos que Canha e os filhos da sua fre­guesia ambicionam : ter um mer­cado municipal, a estação regional, a conclusão da estrada de Canha

WÊÊÊKKÊHÈÊHHHM

Aspecto parcial de Canha

Dr. Manuel Maurício, quando era provedor José Emídio. A sua Mesa Administrativa restaurou a Capela da Misericórdia, fez as obras de reparação dos anexos do edifício e também o muro da vedação, com gradeamento em ferro, e que hoje constitui um lindo jardim. Antes, no Hospital da Misericórdia fize­ram-se grandes reparações n a s enfermarias e sala de pequenas operações, como homenagem ao médico já falecido Dr. Manuel Vassalo Ferreira de Mira, e tam­bém a en ferm aria de crianças «D. Edvirges F e l íc ia Tobias», melhoramentos levados a efeito pelo Provedor Dr. Celestino Go­mes, distinto médico e grande amigo desta terra, q u e teve a acompanhá-lo a dedicação do T e ­soureiro José Ribeiro Santana.

Acrescentemos nesta já longa exposição de benefícios que Canha tem recebido, — a construção da Cantina Escolar Dr. Oliveira Sala­zar, onde se distribuíram já cerca de 12.000 refeições a alunos filhos de rurais pobres, e também a fun­dação da Casa do Povo, em 21 de Março de 1934, q u e depois da reforma de 1940 teve o seguinte movimento assistencial a fa v o r dos seus 1.159 associados, traba­lhadores rurais, e de suas famílias pobres:

— Assistência Médica, salários e deslocações pagos ao médico, 239.369$00; Subsídios por doença,

às Faias, a rede de esgotos na vila, o cemitério no lugar de Pegões, abastecimento de água e instalação da luz eléctrica em Cruzamento e Pegões, a conclusão da estrada para Coruche, um bairro de casas para moradias de renda acessível ao nível de vida do trabalhador rural, a construção dos edifícios escolares do Cruzamento, Taipa­das e Craveira Sul, e também a estrada junto à linha férrea — Pegões.

Terminamo3, dizendo bem alto:

AQUI É MONTIJO!

Artur Jesus O live ira

«A Província»ASSINATURAS

P ag am an to a d ia n ta d o10 números — 9S90 20 números 20SOO 52 números — 50S00 (um ano) Províncias Ultramarinas e Estran­geiro acresce o porte de correio.

Telefone 026 576

'P ata boat (Juftagzaflai

F o t o M o n t i j e n s e

27-6-57 «cf (Jhôaiitcia*

R E P R E S E N T A Ç Õ E S

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P o ssu i para e n tre g a im e d ia ta :

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Recordando o passado...E M 1 9 5 7

Não há para estabelecer comparações como recordar os tempos idos.

S e relancearmos esta pá­gina e observarmos detida- niente as íotogravuras que a ornamentam, os que tudo viram recordarão com sau­dade, quanto mais não seja pelas i d a d e s que aumen­taram, as Festas dos anos anteriores.

A Praça da República, a Igreja Matriz, a Avenida D. N uno Á l v a r e s P e r e i r a , d e c o r a d a s , ornamentadas, iluminadas, dão bem a im­pressão presente do que houve de grandioso de há quatro anos a esta parte, nas Festas P o p u l a r e s de S . Pedro.

O s que viram e assisti-

Orna- mentaçâo e ilumi­

nação da Av. D.

Nuno Al­vares Pe­reira, nas / ‘'estas de

19 5 ti

o esplendor que sempre têm caracterizado as nossas F e s ­tas.

Todavia, não há como vir até Montijo para ver, o b ser­var, certificar-se de vis» do

objectivos que a Comissão promotora não descura : — Melhorar, sempre m elhorar!

E devemos confessar aber­tamente que o tem co n s e ­guido, com aquela tenacida-

P ED R O ,O P E S C A D OR

P o r - A m a r a l F r a z ã o P '

Cristo escolheu os seus discípulos ou companheiros de propaganda, nas classes mais humildes.

Sim ão, a quem o Mestre crismou de Pedro e a igreja católica sancionou, era pes­cador. Pescadores eram o u ­tros que o foram seguindo a seu convite.

O ra Pedro ou Sim ão, como q u e i r a m , foi o primeiro apóstolo ou discípulo d e Cristo e, até, o primeiro papa, segundo reza a lenda.

Mas Pedro negou três ve­zes o M estre e filho de Deus, como se intitulava.

Por medo ? Por prudên­c ia ? V alores entendidos? Não sei, nem a B íb lia o diz.

Pois a formosa e progres­siva v ila de Montijo, onde eu habitei um certo tempo, ainda ela se cham ava Aldeia G alega do R ibate jo , afei­çoou-se ao humilde pesca­dor Sim ão, ou Pedro, por s e tratar, provávelmente, dum pescador,dum humilde. E acho que não errou na escolha do seu patrono.

Pedro ou Simão, tanto faz, era um velhote simpático, em bora tivesse mentido por três vezes, se nâo foram mais. E ’ s im bolicam ente o porteiro do reino dos céus,

também um certo «gosto amargo dos infelizes».

Para o ano, se lá chegar­mos, a recordação será mais dilatada, visto incluir mais um programa de realizações inolvidáveis, e e sse «gosto amargo» sentir-se-á em maior profundidade, e o «delicioso pungir de acerbo espinho» aumentará a sua t ir a n ia . . .

Para o ano, se vivermos, a comparação trará novos motivos de orgulho e de bair­rismo, e desta maneira ire­mos acompanhando o pro­gresso das nossas Festas Populares de S . Pedro com

onde recebe com todas as honras, e diariamente, os que vão para lá. E poucos hão-de deixar de ir, desde que confessem a si ou aos outros os pecados que com e­teram na terra e se arrepen­dam deles.-

Pedro ou S im ão manda en trar na mansão celestial todos os que batem à porta, que ele guarda com firmeza devota. Identifica os aspi­rantes à eternidade suave e risonha, pergunta o q u e q u e re m . . . e pronto. Entram mesmo. Foram patifes na terra, mas deixaram de o ser para entrar no céu.

Por tudo isto e mais a l ­guma coisa, acho muito bem que Montijo, na preferência pelo pescador Pedro, andou com inteiro juízo. H om ena­geá-lo com festas em que o povo colabora, é obra sem ­pre meritória.

E ’ que o povo carece, em boa verdade, de esquecer canseiras e t r i s t e z a s , ao menos uma vez por outra. A vida do pobre é dura, monótona, difícil , áspera. T e m , portanto, de v irar de vez em quando a folha do livro da sua precária ex is­tência e ren o v ara paisagem. Se n te necessidade de aliviar, ao menos transitoriam ente , as mágoas, a tortura do seu triste viver.

«a mágoa, sem remédio, de perder-te»...pelo passado que não volta.

Para o ano, se vivermos, reproduziremos pormenores do ano presente, e será sempre agradável recordar o que em 1957 se fez e pre­senciámos.

E como se fôssemos for­mando um álbum de relíquias, a que o nosso pensamento emprestará as cores rele­vantes duma recordação a fec ­tiva, como certificado autên­tico do passado saudoso.

Recordando o passado . .Vivendo o p re s e n te !

1956 — Um aspecto da

Praça da República nas

Festas P. de S. Pedro

de e aquela persistência do primeiro momento, sem um desânimo, sem o menor des­falecimento.

Um exemplo assim, é di­fícil de encontrar, principal­mente na época que decorre, onde a indiferença é quase geral e a descrença sua com­panheira.

Os visitantes, os forastei­ros que nos honram com sua presença, terão ocasião de concluir que não há qualquer exagero em quanto dizemos e afirmamos, pois os factos se encarregarão de o provar com a maior exuberância.

De resto, este nosso artigo é mais destinado aos que vêm e s t a b e l e c e n d o essa comparação desde o início, ao passo que a respectiva «recordação do passado» vai consequentemente a u m e n ­tando.

Dizem que «recordar é v iv e r» ; e nunca, como neste caso, o aforismo teve melhor adaptação. Recordando, pa­rece que mais se vive, ainda que, no fundo, se produza

ram, gostarão de relembrar ; os que não viram, nem a s ­sistiram, formarão seu juizo.

E evidente que, de ano para ano, tudo vai melho­rando : ornamentações, ilu­minações, aspectos, progra­mas ; no entanto, e justa­mente porquê o podemos certificar pelos documentos, esta página, assim ilustrada, comprova a grandiosidade e

que se proclama e se anun­cia, e mesmo para comparar com as nossas estampas dos anos anteriores, agora publicadas.

Quem, como nós, as tem acompanhado desde o pri­meiro ano, notará a extraor­dinária diferença dumas para as outras, sempre no sentido da maior perfeição.

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Igreja

A là tr iz

c m 1056

Um aspecto da Igreja Matriz nas Festas Popularesde S. Pedro em 1955

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Afirmar-se que Montijo é hoje, sem sombra de dúvida, uma das mais progressivas vilas do sul do país, não constitui surpresa para nin­guém, tão evidentes são os sinais do seu extraordinário desenvolvimento comercial, agrícola e, muito especial­mente, industrial.

Este velho burgo, despido de monumentos e marcos que nos falem do seu pas­sado, tem hoje uma popula­ção que se avalia em cerca de 2 5 .0 0 0 almas, as quais, vindas de todos os pontos, aqui têm encontrado aprumo e ambiente propício à sua fixação.

Quando, em 1533, por de­terminação do C-orreio-Mor, Luís Afonso, a velha Aldeia Galega do Ribatejo foi e s ­colhida para termo da «Posta», a afluência de estranhos fez- -se logo sentir e de povoa­ção simples e desconhecida passou desde logo a centro de intercâmbio c o m e rc ia l , ponto de passagem obriga­tório dos que vinham do Sul ou para lá se encaminhavam, entroncamento d a rodovia dos tempos de antanho.

As estalagens nasceram, tornaram-se famosas e parte da população ribeirinha, que da pesca vivia, passou a dedicar-se a outras activida­des de maior rendimento.

Assim se iniciou a marcha triunfal que havia de condu­zir esta terra ao momento actual, cujos reflexos num próximo futuro se deixam adivinhar, se as iniciativas particulares forem bem com­preendidas e estimuladas no melhor sentido.

Nem o advento do cami­nho de ferro do Barreiro, em 1858, conseguiu deitar por terra o prestígio de que go­zava então o nosso comércio e a nossa agricultura, não obstante a deserção que se verificou de grande número de indivíduos que julgaram ver, naquela zona, um novo «Eldorado».

Com o ramal do Pinhal N ovo-A ldeia Galega, inau­gurado em 1908, maior in­cremento se verificou, pois dada a localização d e s t a terra, muitos industriais aqui vieram montar as suas fábri­cas e dar a Montijo o aspecto de urbe fabril que hoje se verifica.

A indústria corticeira en­controu aqui o melhor local para o seu desenvolvimento, dada a proximidade dos cen­tros produtores de matéria prima e, também, do porto de embarque dos produtos manufacturados.

Montijo é hoje um dos maiores centros transforma­dores de cortiça, em todo o País, sendo esse facto a

causa principal do aumento sempre crescente da sua população, dado que por aqui aparecem, em cada ano, de­zenas e dezetYas de operá­rios em busca do pão de cada dia.

Outra indústria que pelas mesmas razões se desenvol­veu extraordinariamente, foi a de chacinaria, a qual não tem rival, querem qualidade, quer em quantidade produ­zida.

Actualmente, o movimento de cais ultrapassa 500 mil toneladas anuais em merca­d o r i a s e n v i a d a s para o comércio interno e externo, pelo que se, pode afirmar ser Montijo a c t u a l m e n t e uma força no sistema económico português.

É evidente que para tanto m o v im e n to os meios de comunicação não satisfazem o tráfego enorme que hoje se verifica ; mas espera-se que os governantes se aper­c e b a m da n e c e s s i d a d e urgente de dotar esta terra com o apetrechamento marí- timo-terrestre à altura do seu valor industrial, comercial e agrícola.

A par deste urgente pro­blema outros mais se cria­ram devido ao aumento quase vertiginoso da população ; mas esperamos que tudo venha a resolver-se para prestígio de quem governa e tem sobre os seus ombros a grave responsabilidade de proporcionar aos que traba­lham o mínimo de conforto e bem estar de que são me­recedores.

Montijo caminha na van­guarda no sector económico- -industrial, mas deixou-se ficar na rectaguarda no que respeita à questão urbano- -social.

Precisamos, pois, de rea­lizar uma grande tarefa por­tas adentro, com vista a elevar-se o nível sanitário e cultural duma população que ordeira e sossegadamente labuta dia após dia para manter o equilíbrio necessá­rio à estabilidade da família.

Proporcione-se aos mon­tijenses aquilo a que têm jus e teremos alcançado a craveira atingida pelo ciclo indústria — comércio — agri­cultura, de cuja importância tanto nos orgulhamos. P mostramos então a quem nos visita algo de mais alto do que as chaminés fuma- rentas, indício de progresso material, mas nem sempre de prosperidades físico-espiri- tuais.

 INDUSTRIA, 0 COMÉRCIO, £ A AGRICULTORA ti MONTIJO

Podíamos lançar mão do velho expediente da entrevista, indo ouvir este, aquele e aqueloutro nos respectivos meios, transla­dando para aqui meia dúzia de

por perto de 600 estabelecimentos, alguns rivalizando com os melho­res de qualquer grande meio.

Quem percorrer as principais aitérias da nossa vila, rápidamente

Tiragem de cortiça

Esíe núm ero de «Á Pro­víncia» foi visado pela

C E N S U R A

opiniões que, afinal, não passariam de depoimentos singulares sem o alcance que ambicionamos.

Preferimos dizer de nossa jus­tiça, baseados em elementos esta­tísticos e oficiais, realçando o valor da nossa terra e da nossa região naqueles sectores e pondo de parte o processo habitual e trivial da reportagem sediça.

Interessam-nos mais, e certa­mente aos nossos leitores, o volume das transacções e as condições actuais do trabalho do que as par­ticularidades d os entrevistados, suas maneiras de receber o jorna­lista, apetrechos dos seus escritó­rios, frases proferidas e que a maior parte das vezes mais per­tencem ao próprio jornalista do que a esses entrevistados.

— A Indústria montijense atinge altitudes raramente igualadas. K fácil até causar incredulidades.

Quando há 3 anos, justamente por ocasião das nossas Festas, dis­semos a um jornalista da capital o número de fábricas em laboração, ele sorriu-se e comentou: — Não vale exagerar!

E só se convenceu em face de documentos o fic ia is.. .

E o mais interessante foi que ainda havia mais duas fábricas além do número em referência!

O número actual anda à volta de 156, sendo 98 de preparação de cortiça, 32 da indústria porcina, 4 de cerâmica, e 22 diversas!

Entre todas, avultam a indústria coi ticeira e a porcina.

Nestas duas empregam-se 4.400 operários, com salários que sobem a mais de 24.000 contos por an o!

Nas outras, empregam-se 1.100 operários, com um volume de sa­lários que vaia 5.700 contos anuais!

Estes são os números, — os me­lhores argumentos, embora nos convençamos de que a tealidade os sobrepassa.

— O Comércio está representado

aquilatará do valor comercial de Montijo.

E, sem estultas vaidades mas em obediência à Verdade, podemos também a f ir m a r que a nossa «praça» é das mais reputadas, pela

se deslocam na sua missão : — O que nos vale, é Montijo.

Chegamos aqui desanimados e logo criamos coragem e alegria. Sempre fazemos negócio !

Esta «força viva» em coligação com a parte industrial, fazem desta terra um verdadeiro empório de trabalho e riqueza.

— A Agricultura, a butra «força viva», vale pelos seus produtos e pelos milhares de braços que em­prega. Em conjunto com o Comér­cio e com a Indústria faz da região uma fonte perene de fartura, — fonte de engrandecimento e de nobilitante esforço.

Os seus vinhos têm fa m a... e proveito. São conhecidos em toda a p a r te , mais acentuadamente ainda nas outras regiões, onde levam força e cor.

As suas batatas, os seus legumes, as suas fruías, disputam primazias nos mercados.

Saudándo, pois, estas três moda­lidades locais no número especial das Festas Populares de S. Pedro, cumprimos o sagrado dever de homenagear as origens do pro­gresso em que vivemos.

A Indústria, ao Comércio, à Agricultura, — ao Trabalho, enfim,

- -*• -ír* ” »-v *

' -*• /

Fragatas carregadas

honestidade dos comerciantes, pelo volume certo das transacções, pelo movimento excepcional daqueles estabelecimentos.

Bastas vezes temos ouvido a caixeiros viajantes que a Montijo

— devemos o que somos e o que valemos.

Não fazemos, pois, favor algum em pôr num relevante plano as três «forças vivas» desta terra exemplar !

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s

Oi núiiai @oaeutioiNo Concurso da nossa última

página, publicada no N.° 108 de «A Província», a gravura era da Igreja de S. Domingos, em Viana do Castelo.

Acertaram 27 concorrentes. Rea­lizado o sorteio na nossa Redacção, coube o prémio a Josefina Rodri­gues Jorge, de Vila do Conde.

Nos problemas a prémio, coube o prémio a José da Silva Vascon­celos, do Sabugal.

** *

No Questionário nenhum con- corjente aceitou, nos termos ex­postos.

E n t r e v is taHoje, como é quinta íeira

e dia das grandes reporta­gens, resolvemos entrevistar para a nossa página o Dr. Rtuvesxicorf, aíamado astró­nomo das arábias. Depois duma rápida apresentação e de lhe d i z e r m o s ao que íamos, o famoso sábio retor­quiu :

— Para «A Província» e s ­tou sempre ao dispor. Então que d ese ja?

E desta bonita maneira iniciámos a nossa entrevista :

— Sr. doutor. Gostaríamos de saber se existem ratos em Marte.

— Porque me faz tal pei- gunta ?

— É porque, se existem ratos, deve haver também q u e i jo . . .

— E que tem isso para o caso ?

— É porque, se há queijo, deve haver l e i t e . . .

— Continuamos na mesma, E depois ?

— S e há leite é porque há vacas e, se há vacas, há com certeza b o i s . . .

— E então?— E se há bois é porque

há v id a ! Era onde eu queria c h e g a r . . .

— O que queria, portanto, saber de mim ?

— Queria saber qual a sua opinião.

— Olhe : A última vez que vi pelo meu telescópio esse surpreendente planeta, notei, na verdade, que qualquer coisa brilhava à luz forte do so l; e, afirmando-me melhor, consegui descobrir o que era.

— E pode dizer-nos o que descobriu ?

— Posso, mas há-de guar­dar s e g r e d o . . .

— Absolutamente, doutor.— Pois descobri que eram

ovos de caracol, ora aqui tem.

— E depois a que conclu­são chegou ?

— Cheguei à conclusão de que, se os caracóis ali põem ovos, é porque há quem os coma e, portanto, há vida em M a r te !

— Estamos, pois, os dois de acordo. . .

— Absolutamente.— E nesse caso está resol­

vido o problema e achada a incógnita?

— Absolutamente.— As nossas felicitações,

doutor. Acaba de dar um largo passo na ciência mun­dial !

— Nem por isso. Qualquer pessoa diria o mesmo, se tivesse um telescópio como o meu.

— E posso vê-lo ?— Com todo o gosto. En­

tremos no meu gabinete de estudo e trabalho.

Penetrámos e aguardámos. O sábio preparava o apare­lho e graduava-o.

— Ora veja agora. Está mesmo preparado para Marte e fàcilmente se vêem os ca­racóis e os ovos.

Espreitei, tornei a esprei­tar e nada vi.

— Não vejo nada, doutor.— Ora e s s a !E depois de se pôr a

observar, tornou :— Faz favor. Fixe bem a

vista. Lá e s t ã o !Voltei a e s p r e i ta r . . . e

nada.— Continuo a não ver,

doutor.Então o sábio, percorrendo

com a vista todo o aparelho, exclamou exasperado :

— Pois como havia de ver se me esqueci de destapar as lentes de recepção ?

Agradecemos e voltámos convictos de que o grande sábio tinha carradas de ra z ã o :

— Há vida em M a r t e . Assim o dizia o telescópio do dr. Rtuvesxicorf.

António il. Ramos Dias

Curiosidades= O chá foi introduzido na Eu­

ropa, pelo» holandeses, em 1610.= Só precisamos de quatro gra­

mas de sal por dia. O abuso do sal é prejudicial à saúde.

= Misturando 60 gramas de mel num quilo de manteiga, dá-se-lhe um sabor muito agradável e evi­ta-se o ranço.

= Um homem preguiçoso é um relógio sem corda.

= Foi a 27 de Setembro de 1825 que se inaugurou, na Inglaterra, o primeiro caminho de ferro.

E NN ó s e a s

Cftstns r{). de S . apedroAi estão, mais uma vez e mais

um ano, as nossas Festas 1A mocidade tem estado sempre

presente e estará. Ela bem sabe que essas Festas não lhe são dedi­cadas, mas sim a S. P ed ro ...

Mas, — que nos perdoe o sanlo — ,a mocidade também quer que uma parte lhe diga respeito.

Nós gostamos de todo o pro­grama, da Batalha, da Marcha Lu­minosa, das iluminações, do «fogo de artifício», etc.. O que mais uos agrada, porém, acima de tudo, são os Cabeçudos e Gigantones, a lar­gada dos pombos, os r a n c h o s cheios de alegria, e a Feira.

A Feira, principalmente. Os car­rocéis, os automóveis, todos os divertimentos, enfim, são os maio­res atractivos das almas novas, das almas em flor!

Lá estaremos e connosco toda a mocidade montijense e não monti­jense.

Quisemos a q u i acentuar, na nossa página, a muita simpaúa desta mocidade pelas nossas Fas­tas porque ela é uni facto sem contestação.

Lá estaremos todos, não é ver­dade camaradas ?

À cor doslcabelosna temperamento

4at mulheresLoiros — muito afectuosas.Ruivos — injustas e teri í-

veis.Castanhos escuros — amá­

veis, sensíveis e virtuosas.Negros — apaixonadas.Abundantes — inteligentes

e capazes de deixar viver um homem sem preocupações.

Fracos — modestas, recata­das.

Brilhantes e forles — sedu­toras e de compreensão fácil.

Baços — fortes, intratáveis, altivas.

Ondas largas e mal vincadas — falsas e aduladoras.

Encaracolados— Santo Deus! E fugir delas enquan to é tempo!

A D I V I N H AEu ando sempre nos ai es E esperam-me sobre a lerra; A trovoada me encerra E os lelàmpagos lefulgem .

No verão eu estou líquida,No inverno, empedernida.Sou uma bela bebida Em todas a* estações. (J.)

J o s é A l v a r o

1.°Respostas aoQuestionário

1.“ — Cachopo (concelho de Al­coutim).

2.* — Chaves.3.“ Moura.4.a— Caminha.5.* — Laigle.6.a — 8,41 e 6,24.7.a — O s lo , Iiaque, Eliòpia, e

Estambul.

P agam entos..................... Í86$'i0Entrou no cofre . . . 174$60

Saiu da I a quantia 311$>90Ficou no c o fre ................. 6õ8$i)0

Havia no cofre 970$tO2 a

E’ o número 9 nesía disposição: 9 9 9 9

9 9 9 9 9

______9

1 1 .1 0 6

t I

P E Q L• * 8 6

I N O S Vamos agora ao concurso <ie hoje:— Como se chama

o castelo ?— Onde fica situa­

do ?Será em Tomar, em

Palmeia, em Guima­rães, em Estremoz, em Tavira, em Lei­ria ?

Entre os que acer­tarem será sorteado um lindo jogo fami­liar, com caixa apro­priada.

Tornamos a pedir aos premiados q u e nos comuniquem a recepção dos prémios, para nosso descanso. Já nâo queremos que no-los agrade­

çam ; mas, ao menos, q u e nos d ig a m num postal: — «Cá re­cebi».

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«A Provincia» — N.° 120 27/6/1957

SO EIRO & G U E R R E IR O , L im iT fiD flPor escritura de 17 do corrente

mês, lavrada a fls. 17 e seguintes do respectivo livro n.° 5 B. do Cartório Notarial de Montijo, a cargo do Notário Bacharel Luciano Pereira, entre Alfredo Marques Soeiro e Sesinando Brito Guer­reiro, foi constituída uma Socie­dade Comercial por cotas de res­ponsabilidade, limitada, será regida sob as cláusulas e condições cons­tantes dos artigos seguintes:

1.° — A sociedade adopta a firma «Soeiro & Guerreiro, Limitada», tem a sua sede nesta vila, a sua duração é por tempo indetermi­nado, contando-se o seu começo desde hoje;

2.° — O seu objecto principal é o da indústria de cortiça ou o de qualquer outro ramo, que a Socie­dade resolva explorar, e que seja permitido por le i ;

3.° — O c a p i t a l social é de 100.000$00, integralmente reali­zado, e corresponde à soma de duas cotas de 50.000$00, cada uma, pertencente a cada um dos sócios;

4.° — Qualquer dos sócios poderá fazer à Caixa Social os suprimentos que forem necessários, nas condi­ções que prèviamente forem com­binadas, e constarem da respectiva acta;

5.° — 03 sócios não poderão ce­der a estranhos toda ou parte da sua cota, sem prévia autorização por escrito da sociedade, à qual fica reservado o direito de amor­tização da cota alienada, pagando-a pelo valor que tiver o balanço a que, para esse fim, se procederá;

6.° — O sócio que quiser alienar a sua cota, assim o comunicará à sociedade, por carta registada com aviso de recepção, indicando o nome do adquirente, e, se, dentro do prazo de 30 dias não receber qualquer resposta, poderá realizar, livremente, a indicada alienação;

7.° — A gerência da sociedade e a sua representação em juízo e fora dele, activa e passivamente, é exercida por ambos os sócios, que não são obrigados a prestar caução, sendo necessário para que a sociedade fique obrigada que os respectivos actos e documentos sejam assinados em conjunto pelos dois gerentes;

_§ 1.° — Em actos de mero expe­diente, bastará a assinatura de um só dos gerentes;

§ 2.® — A sociedade não poderá ser obrigada em fianças, avales, abonações, letras de favor, ou quaisquer outros documentos es­tranhos aos negócios sociais;

8.° — O balanço anual será dado com referência a 31 de Dezembro de cada ano, e os lucros líquidos ap urados, depois de deduzidos 5 °/0, para fundo de reserva legal, serão divididos pelos sócios na propo-- ção das suas cotas, e, na mesma proporção s e r ã o suportadas as perdas;

9.° — No caso de morte ou in­terdição de qualquer dos sócios, os seus herdeiros ou representan­tes continuarão na sociedade, con­servando-se a respectiva cota in­divisa: e devendo nomear dentre eles um que a todos represente na sociedade;

10.° — Nenhum sócio poderá em seu nome individual, associado com outrem, ou por interposta pessoa, por conta alheia, ou como assalariado de terceiros, exercer indústria igual ou semelhante ao que a sociedade explore ;

11.° — Em todo o omisso regu­larão as disposições legais aplicá­veis.

Montijo, 20 de Maio de 1957.

O Ajudante do Cartório,(Manuel Cipriano Rodr. Futre)

«Bairros Unidos futebolClube

Gabriel da fonseca MimosoA G R A D E C I M E N T OSua mulher, seus filhos, noras,

cunhados emais família,agradecem reconhecidamente a todas a» pes­soas que se interessaram pela sua longa doença, visitando-o ou sa­bendo do seu estado, e igualmente a quantos lhes dirigiram manifes­tações de pesar.

Também publicamente se con­fessam gratos à Corporação dos Bombeiros Voluntários desta vila pela colaboração prestada, quando do funeral, e ainda aos jornais «Gazeta do Sul». «A Província», «Bepública» e «Notícias da Covi­lh ã ', pelas palavras com que ex­pressaram o triste desenlace.

A todos, a sua gratidão.

»

No próximo dia 1 de Julho comemora o seu 3.° aniversário este popular Clube de Montijo.

As comemorações assumem este ano grande elevação.

Proceder - s e -á à inauguração dum estandarte e haverá um jan­tar de confraternização entre a massa associativa.

Haverá também um encontro de futebol, como era natural num clube de desporto.

Uesta maneira, o «Bairros Uni­dos Futebol Clube» festeja o seu3.° aniversário condignamente, de de forma que ficarão memoráveis as festividades e se prestigiará a agremiação.

Felicitamos o clube montijense por este acontecimento e deseja­mos-lhe as maiores prosperidades no presente e no futuro.

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£ u u d th q x ú t - TRI UNFA!No dia de S . Jo ã o reali-

zou-se em Alcácer do Sal um festival taurino, a tavor da Sociedade «Matos Ga- lamba», em que tomou parte o Aspirante a novilheiro Luís Alegria, da nossa terra.

E s t e artista montijense alcançou um grande êxito n e s s e festival, com sua grande faena, dando duas voltas à arena e sendo muito ovacionado.

Não nos podem ser indife­rentes os êxitos dum filho de Montijo, pelo que noti­ciamos o facto e felicitamos Luís Alegria pela sua actua­ção em Alcácer. Fazemos

também votos para que seja igualmente muito feliz em Espanha, para onde se des­loca em breve.

Montijo conta com mais um to u re iro !

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UMA VOLTApela Feira...

R E P O R T A G E N SQuando desci à Feira era

já noite alta. Entretivera-me a ver as iluminações, a ou­vir os concertos musicais e, quando me resolvi a essa visita, passava da meia noite.

A entrada foi de certo modo difícil. Uma multidão agitada, frenética, barulhava e enxameava na curta gar­ganta.

Com vinte encontrões e outras tantas pisadelas, lá fui no alto dos vagalhões, sem tocar com os pés no chão, levado nas asas pesa­das dos vizinhos aviadores...

Fura daqui, empurra dali, lá consegui penetrar a pouco e pouco, enquanto à minha roda os episódios se suce­diam e as imprecações humo­rísticas estalavam.

Encostei-me a uma barracc. e deixei passar «o grosso da coluna». E olhando desse esconderijo a levada tumul­tuosa, tive a impressão de que pela rua acima se d es­locava uma enxurrada que forças incógnitas impulsio­navam.

■Aproveitei o momento e analisei o local.

A barraca era de quinqui­lharias, daquelas que trazem bugigangas várias, estatue­tas pobres de pobre inspira­ção, plásticos inundando as prateleiras, jóias decácárácá, argolas de puxar e sair, bi­lhetes de rifas baratas, — coisas q u e já conheciam dezenas de feiras e espera­vam pacientemente o piegas pimpão que as comprasse.

Em volta, na mexidela costumada, grupos indisci­plinados apreçavam, diziam graçolas às moças vende- deiras, assopravam nos pífa­ros e nas cornetas de barro, e seguiam depois a caminho doutras «investigações».

— Então, menina, que tal de negócio ? — pergunto a uma guapa moçoila de truz que mais próximo se en­contra.

A rapariga, um pouco des­confiada, r e s p o n d e u com evasivas :

— Assim, a s s i m . Muita gente a mexer e pouca a comprar.

Do lado, porém, salta-me uma espécie de ferrabrás de pacotinha, tirano vigilante para os abusos, que logo me e s c la r e c e :

— Deixe falar. Não há feira alguma em Portugal, e eu conheço-as todas, onde se faça mais negócio. N es­tes dias das Festas é o assalto em forma, tudo a mexer, tudo a experimentar, tudo á d esarru m ar.. . mas sempre se vai vendendo. Nos dias depois das Festas não há mãos a medir. Vêm os pacatos e as pacatas, e então sim, então é que o negócio t re p a !

E logo gritando à direita e à esqu erd a : — Vinte mil r é i s ; dez escudos, trinta e

cinco mil r é i s ; vamos lá a ver menino, aí não se mexe, o paliteiro é barato, não puxe a argola com tanta fo rça . . .

— Olhe, o ano passado trouxe dezoito caixotes de mercadoria e levei apenas três. O resto vendeu-se que foi «canja».

E a moçoila no virote, acode a este lado, acode ao outro, não pára no reboliço!

C o m o h o u v e s s e uma «aberta» na enxurrada, avan­cei, deslizei suave e meigo pela estreita passagem e continuei na lenta peregri­nação.

Junto a outra barraca de «comes-e-bebes», havia um movimento de invasão que tudo levava de vencida !

Gente tasquinhando, be- berricando, gozando a tran­quilidade passageira p o r um lugar de p a ta c o ; à porta o fogão esbraseado fritando as «farturas» loiras, perfu­mando o ambiente com azeite rançoso e óleo mascavado, cozinheiro r u b ic u n d o , de alto boné claro, virando-as de longo garfo em p unho; circulando e furando pelos interstícios, criados de libré de pano cru, mangas arrega­çadas, lápis atrás da orelha e colarinhos esgargalados.

Aproximo-me do balcão e digo à matrona que dirige as s a íd a s :

— Então, que tal de ne­gócio ?

— Isto vai «na grande». Olhe que só em chocos já vai quase em quinhentos quilos 1

E, em b o a verdade, o cheiro a choco assado e a polvo era de empanturrar!

Procurei a fastar-m e de­pressa, em virtude das ago­nias que os pitéus provoca­v a m . . .

Rua acima, em direcção aos carrocéis quegrazinavam na parte central da Feira, sempre o mesmo «perfume», em nuvens de «incenso» que sufocavam o espectador.

Andava no ar uma poalha cinzenta, misto de fumos e pó, misto de acroleínas e terra em suspensão, que tor­nava a respiração opressa.

O frémito era de entonte­cer, o tumulto de ap avorar!

— Senhores e senhoras! Vai andar, vai andar. Mais uma viagem neste carrocel delicioso. Minha menina de blusa azul, porque espera?

— A vida de Cristo, vinde ver esta maravilha!

— Teatro dç. mariouettes. O e s p e c t á c u l o vai princi­piar. Tomem os seus lugares. À bilheteira, à bilheteira!

O s automóveis giram nas pistas; os carrocéis gritam discos deslavados, com s é ­culos de «atribuladas ex is­tências»; das portas fazem- -se propagandas diabólicas para atrair; e o frenesi é me­

donho, massacrante, infer­nal !

Não é possível trocar im­pressões com semelhantes «em pregados»..- T o d o o tempo é pouco para atender a tamanha concorrência!

Volto a esquina e vou pela rua do tiro ao alvo. «Vá um tirinho, meu senhor?» Os basbaques pululam. Delam­bidos trocam r e b u s c a d a s pantominas . .

Também não é possível a pergunta sacramental. O mo­vimento é espantoso, causa nervóticas p e r t u r b a ç õ e s . Vou-me esgueirando como posso e como me deixam...

Passo agora na rua das loiças.

De alto a baixo, está tudo cheio, tudo «à cunha». Gente que bate nos tachos e nas panelas, a provar as quali­dades, que mexe e remexe sem parança, que discute e quer «de graça».

Digo a um pobre velho que respira fundo, a escorrer suor: Que tal de negócio?

- - Isto é formidável! Já mandei vir mais quatro re­messas e estou a ver que ainda não chegam. Só des­t e s , - e mostra-me um pe­queno objecto que pode ser­vir de recordação-, já ' se venderam para cima de cinco m il!

Uma onda revolta me ro­deia. São cataratas de gente que empurra, que encontroa, que zabumba no parceiro, que há-de passar dê lá por onde d e r . . .

Tenho que fugir para as avenidas, senão vai-se a in­tegridade esquelética!

Respiro também fundo, como o homem dos tachos e das panelas, quando me apa­nho em liberdade relativa, a braços com as levas contí­nuas q u e ro d o p ia m rua abaixo, rua acima.

— Vejo um olhar descrente e um sorriso espertalhão:- Hum! Não será tanto a s ­sim. . .

Pois experimentem. Vão até lá e depois digam se fa­lei ou não a verdade.

E quanto a negócio: É perguntar, é perguntar.

A Feira das Festas Popu­lares de S . Pedro, em Mon­tijo, é a primeira do mundo: em negócio, em poeira, em perfum es. •.

C . B .

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Domingos — E-cola dominical, às 10 horas, para crianças, jovens e adultos. Culto divino, às 11 u 21 horas.

Quarías-feira8 — Culto abre­viado com ensaio de cânticos reli­giosos, às 21,30 horas.

Sextas-feira» — Reunião de Oração, às 21,30 horas.

No segunde domingo de cada mês, celebração da Ceia do Senhor, mais vulgarmente conhecida por Eucarista ou Sagrada Comunhão.

O Algarve e o Ribatejo, de mãos e corações entrela­çados, colaboram este ano no brilhantismo exuberante das nossas Festas.

Trazem-lhe aquele colorido popular que fica de acordo com a designação, esmal­tando na sua alegria e viva­cidade o quadro bem signi­ficativo d e s t e espectáculo muito nosso.

O Algarve, perfumado pe­las a m e n d o e i r a s floridas desse rincão a b e n ç o a d o , onde há litanias emocionan­tes e evocações moiriscas, surgindo pela vez primeira com suas exibições nas F e s­tas Populares de S . Pedro, há-de certamente empres­tar-lhes muito do seu eflúvio característico.

Montijo, que neste mo­mento simboliza o ribatejo do sul, vai rejubilar e rece­berá o Rancho da C asa do Povo de Alte com a costu­mada galhardia e lhaneza.

O Algarve vive connosco há longos anos, na labuta diária duma comunhão labo­riosa que é toda a história de duas regiões fra tern as ; e a essa colónia deve Mon­tijo, sem discussão, grande parte do seu progresso e do seu actual desenvolvimento.

É, pois, benvinda à nossa terra essa embaixada.

Todos saberemos acolhê- -la e demonstrar-lhe a nossa simpatia, cumprindo assim um dever moral e exteriori­zando, sem favor, a alegria dessa fraternização.

O Ribatejo faz-se repre­sentar pelo Grupo Artístico de Amadores do Sado (Al­cácer do Sal) e pelo Rancho Folclórico da C asa do Povo de Samora Correia.

O s dois valiosos agrupa­mentos conjugar-se-ão para que a sua presença e as respectivas exibições se tor­nem memoráveis e honreriij as tradições de que vêm precedidos.

De igual forma os recebe-' remos, como irmãos e como amigos.

Montijo sente a vibração j desses grupos ribatejanos, porque é ribatejano também, porque lhe gira nas veias o m e s m o impulso regional, i

As nossas «boas vindas» ; afectuosas.

Finalmente, por delibera­ção espontânea e gentilez i digna do maior elogio, com­parece também o Rancho dc S . F ra n c is co ,— pequena lo­calidade a poucos passos, tão perto que as almas se tocam na mesma palpitação.

Não sendo do nosso C o n ­celho, a gente de S . Fran­cisco acorre num gesto dn incomparável beleza e cola­bora no conjunto com a su t simplicidade altamente nobi- litante.

E desta forma, os quatro ; Ranchos trazem às nossas Festas a faceta popular tanto do agrado geral.

O nosso jornal cumpri­menta - os indistintamente, como intérprete dos senti mentos montijenses, ende­reçando-lhes as mais efu si­vas saudações e augurando- -lhes os maiores êxitos.

Como porta-voz do povo de Montijo, envia-lhes a e x ­pressão sincera do seu afecto, entregando-lhes, como é da praxe protocolar, as chaves dos seus muros e dos seus I coráções agradecidos.

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