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1 Proposta para organização do Orçamento Participativo Farroupilha/RS Março de 2013

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Proposta para organização do

Orçamento Participativo

Farroupilha/RS

Março de 2013

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1. Apresentação

Orçamento Participativo (OP) é um mecanismo governamental de democracia

participativa que permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre os orçamentos

públicos de investimentos do Município, através de processos da participação da

comunidade.

Organizar o processo político para que a população possa participar, opinar e

decidir sobre os investimentos públicos é a nossa tarefa neste governo. Defender os

valores da democracia direta e da soberania popular será a nossa missão. Implementar

um processo organizado, responsável e transparente é nosso objetivo. Criar os canais e

instrumentos para que todo cidadão, sem distinção, possa exercer a plenitude de seus

direitos é a nossa meta.

Desta forma, coerente com o compromisso do programa de governo apresentado

nas eleições de 2012 o governo democrático de Farroupilha inicia a implementação do

processo de participação popular na elaboração do orçamento municipal.

Pela primeira vez na história de Farroupilha a população terá um instrumento

eficaz para a participação direta. Todos os cidadãos, com sua participação ativa e

organizada poderão decidir e opinar na elaboração, acompanhamento e execução do

orçamento municipal.

O Orçamento Participativo é resultado da parceria entre o governo e a

sociedade, onde a prefeitura garante a transparência e as informações sobre as finanças

e equipamentos públicos, e a população passa a ter em suas mãos a possibilidade de

construir um futuro melhor para todas as pessoas, garantindo seus direitos sociais,

econômicos, políticos e culturais.

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Neste ano não há recursos disponíveis para cada região. No entanto, a partir de

2014 e nos próximos anos, dentro dos critérios estabelecidos, a população irá decidir os

investimentos da sua região. Para tanto levar-se-á em conta:

• índice de carência social;

• acesso aos equipamentos públicos de saúde;

• educação;

• acesso aos serviços públicos e de infraestrutura adequada;

• população; e,

• renda etc.

Dentro da realidade e capacidade de investimento do município, os recursos

serão estendidos e divididos para o conjunto das regiões do O.P. Cada região irá dispor

de um percentual do orçamento público para a realização de obras e serviços escolhidos

e definidos pela nossa população.

As pessoas não vivem no País ou no Estado. As pessoas vivem no município,

onde tem seu trabalho, sua família, suas relações sociais e onde projetam seus sonhos e

seu futuro. O governo de Farroupilha quer construir conjuntamente com os cidadãos e

cidadãs, moradores da parte urbana e do interior do nosso município, o Orçamento

Participativo. Desta forma construiremos uma cidade que se renova a cada dia,

melhorando a qualidade de vida e possibilitando a realização das aspirações de todos os

cidadãos.

Paulo Schneider

Coordenador do Orçamento

Participativo de Farroupilha

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2. O que é o Orçamento Participativo

Não existe uma definição única, já que o Orçamento Participativo se apresenta

de formas diferentes de um lugar para outro. Entretanto, em termos gerais, pode-se

definir Orçamento Participativo como:

“Um mecanismo (ou processo) através do qual a população opina, decide e

contribui, para a tomada de decisões sobre o destino dos recursos públicos disponíveis”.

Ubiratan de Souza, um dos principais responsáveis pelo Orçamento Participativo

em Porto Alegre (Brasil) propõe uma definição mais precisa e teórica, que pode ser

aplicada à maioria dos casos no Brasil:

“Orçamento Participativo é um processo democrático direto, voluntário e

universal, onde as pessoas discutem e decidem sobre orçamentos e políticas públicas. A

participação do cidadão não se limita ao ato de votar para eleger o poder executivo ou

legislativo, mas envolve também as prioridades para os gastos públicos e o controle da

administração e do governo. O orçamento participativo combina a democracia direta com

a democracia representativa, uma conquista que deve ser preservada e valorizada”

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3. Contextualização Histórica do OP

Desde a sua implementação pioneira, há 24 anos, na cidade de Porto Alegre o

Orçamento Participativo tornou-se uma referência para o mundo. Os resultados gerados

por esse modelo de gestão participativa conquistaram reconhecimento por parcela

expressiva da população gerando prospecção nacional e internacional.

A Conferência “Cúpula das Cidades” da ONU, realizada em 1996 em Istambul,

reconheceu o Orçamento Participativo como “Prática Bem Sucedida de Gestão Local”. A

ONU considera o orçamento participativo como, uma das 40 melhores práticas de gestão

pública no mundo. O Banco Mundial reconhece esse processo como exemplo bem

sucedido de ação conjunta entre Governo e Sociedade Civil.

Com o resultado dessa conferência, que tratou especificamente das cidades em

nível global, criou-se o programa: ONU - Habitat (Programa das Nações Unidades para o

Assentamento Humano) que incentiva as cidades e municípios a aplicarem boas práticas

de governança urbana, por meio de dois mecanismos complementares; a Campanha

Global pela Governança Urbana e o Programa de Gestão Urbana.

A partir da Cúpula das Cidades, o Orçamento Participativo ganhou ainda mais

projeção e dimensão internacional. O O.P é tido como uma prática que contribuí

fortemente para que a gestão das cidades sejam socialmente integradas, inclusivas,

acessíveis, democráticas, transparentes, participativas e responsáveis capazes de

assegurar um desenvolvimento sustentável.

Muitas prefeituras não só no Brasil como em outros países adotaram e vem

adotando o orçamento participativo, como mecanismo governamental que tem na

participação popular a base para a formulação de suas políticas públicas.

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É o caso, por exemplo, de cidades como:

Segundo pesquisa de 2011 do Fórum Nacional de Participação Popular, cerca de

300 municípios no Brasil e de 50 cidades na Europa haviam iniciado experiências de

implementação do O.P.

Outras cidades latino-americanas como Caracas, Cuenca, Buenos Aires e até

mesmo países como o Peru (Presidente Ollanta Humala em 2011), tem constituído suas

formas de Orçamento Participativo adaptando-o as suas respectivas realidades.

Os países da Região Andina: Peru, Equador e, mais recentemente, a Bolívia e a

Colômbia são a segunda maior fonte de experiências.

Também existem experiências com o orçamento participativo, em diferentes

níveis em outros países da América Latina e do Caribe como: Argentina, Paraguai,

Uruguai, Chile, República Dominicana, Nicarágua, El Salvador e México. Algumas

cidades europeias localizadas Espanha, Itália, Alemanha e França iniciaram processos

de orçamento participativo. Algumas cidades africanas, por exemplo, Camarões e

asiáticas, como Sri Lanka estão implementando seus próprios processos.

São realizados Orçamentos Participativos em cidades de todos os tamanhos,

desde cidades com menos de 20 mil habitantes: Icapuí/Ceará e Mundo Novo/MT no

Brasil; Acheen na Alemanha; Córdoba Espanha, até mega-cidades, como: Buenos Aires

(Argentina), ou São Paulo (Brasil). Ocorre também em municípios rurais ou semi-rurais

como: Governador Valadares/MG ou em municípios totalmente urbanizados como: Belo

Horizonte.

Ocorre também em municípios com poucos recursos públicos, como Villa El

Salvador no Peru com um orçamento anual de US$ 20 por habitante, ou em cidades

européias com recursos elevados com receita municipal de US$ 2.000 por habitante mês

ou mais.

Saint -Denis (França) , Rosário (Argentina), Montevidéu (Uruguai), Barcelona (Espanha), Córdoba (Espanha), Toronto (Canadá), Bruxelas (Bélgica), Belém (Pará), Santo André (São Paulo), Caxias do Sul (RS), Canoas (RS), Novo Hamburgo (RS), Blumenau (SC), Recife (PE), Olinda (PE), Belo Horizonte (MG), Atibaia (SP), Novo Mundo (MT) etc.

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No Brasil o orçamento participativo existe principalmente nas cidades, mais

especificamente nos municípios e continua sendo o principal país onde ocorre o

orçamento participativo.

Com diferentes metodologias o orçamento participativo ao ser implementado em

cada município não pode se encaixar em um único modelo, já que possuí uma gama de

iniciativas com características próprias. O orçamento participativo além de ser uma

eficiente ferramenta de gestão, de planejamento e de execução do orçamento público

com a participação da comunidade tem como características adicionais:

• é um processo regulado pelo tempo (geralmente ciclos anuais);

• por território físico (normalmente bairros, regiões ou distritos);

• os atores principais são o governo local, poder executivo e a

sociedade civil.

Entre as inúmeras contribuições do orçamento participativo para otimização da

governança podemos destacar as seguintes:

• Maior transparência nos gastos públicos;

• Expansão e aprofundamento da participação popular com o

envolvimento dos cidadãos na tomada de decisões sobre os investimentos

públicos;

• Aumento da eficácia e eficiência nas políticas públicas;

• Sistema de prestação de contas qualitativamente diferente, maior

igualdade na distribuição dos recursos públicos;

• Contribuí para redirecionar o investimento municipal para a infra-

estrutura e serviços básicos em bairros pobres;

• Fortalece as relações sociais e de governança atuando na mediação

de conflitos entre os grupos que compõe a sociedade;

• Possibilita a inserção de segmentos marginalizados ao “dar vez e

voz” aos setores excluídos;

• Estabelece novas práticas entre governo e sociedade;

• Busca de soluções conjuntas para os diversos problemas,

dificuldades e necessidades encontradas pela população em cada região da

cidade

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• A população passa a ser protagonista e tem a possibilidade exercer

sua cidadania, de opinar, de decidir e de controlar para onde irão os recursos

públicos em benefício da coletividade.

O orçamento participativo não é apenas um processo que contribui positivamente

para a boa governança ou a gestão local. A sua característica mais importante é vincular

processos democráticos e participativos, com resultados concretos e perceptíveis no

curto prazo.

Implementar melhorias nas condições de vida, saúde, educação, habitação,

serviços públicos entre as pessoas que mais precisam, que são as contribuições mais

tangíveis, concretas e positivas do O.P em nível local.

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4. Justificativa

O município de Farroupilha está inovando a sistemática de gerir as finanças

adotando o Orçamento Participativo e Relações com a Comunidade – OPRC, como

forma de gestão pública, aliando participação popular na decisão dos investimentos

municipais com o planejamento da cidade.

A legitimidade do orçamento participativo se expressa na participação e no poder

popular, e sua credibilidade somente estará assegurada com o compromisso político do

conjunto do governo, nas suas diversas áreas administrativas, secretarias e órgãos que

compõe a administração pública.

O orçamento participativo é uma importante ferramenta governamental de gestão

para o fortalecimento de práticas cidadãs, que conta com o compromisso político e o

apoio do conjunto dos agentes políticos do governo, das secretarias, técnicos e órgãos

que compõe a administração local.

Implementar essa prática, e portanto, instituir a gestão compartilhada entre

governo e sociedade civil visando a alterar o modo de operar os processos de

planejamento e de gestão. Governar coletivamente, gerar transparência, inclusão social

e criar um novo conceito de bem viver, incorporando quatro atributos fundamentais:

prosperidade, qualidade de vida, cidadania e susten tabilidade.

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5. Objetivo Geral

Transformar o processo de participação popular numa prática de governo e de

cidadania, proporcionando à população a oportunidade de sanar suas demandas

históricas e mais urgentes.

5.1 Objetivos específicos

� Assegurar a participação universal de todo cidadão e cidadã, acima

de 16 anos, no processo do orçamento participativo com caráter deliberativo;

� Implementar a auto-regulamentação do processo do orçamento

participativo;

� Promover a discussão de todo o orçamento e das políticas públicas;

� Prestar contas das ações de governo sobre tudo o que for decidido

no orçamento;

� Promover o planejamento democrático e a preservação do direito

das minorias

� Democratizar as relações sociais.

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6. Organização e regionalização do Orçamento Partic ipativo em Farroupilha

A coordenadoria do Orçamento Participativo compartilha o pensamento de que a

melhor forma de mobilizar e articular os moradores para a participação popular é dividir o

extenso território em áreas menores.

Essa divisão serve tanto para a organização social da participação das

comunidades, quanto, para definir escalas de abrangência dos equipamentos e serviços

prestados pelo município, como também para a distribuição dos investimentos e recursos

públicos.

Com base nessa idéia, propomos a divisão do município em 07 regiões e 03

distritos, conforme a distribuição dos bairros abaixo:

Bairros de cada região:

A divisão regional procurou obedecer aos seguintes critérios estabelecidos pela

coordenadoria do O.P em conjunto com a área técnica da prefeitura :

• Proximidade entre os bairros;

• Identidade social e cultural;

• População média por região não muita elevada ou muito reduzida;

• Facilidade para a mobilização e participação dos moradores nos

seus bairros e região.

Região 01 – Belvedere, Cinqüentenário, Bela Vista e Nova Vicenz a Região 02 – Cruzeiro, Santa Catarina, São Roque, Me dianeira, Centenário e Ipanema Região 03 – Vicentina, São Luiz, Planalto, Centro, Parque Região 04 – Industrial, Monte Pasqual, Alvorada Região 05 – São Francisco, São José, Imigrante Região 06 – Pio X, Volta Grande, Santo Antônio, Amé rica Região 07 – 1ª de Maio e Monte Verde 2º Distrito 3º Distrito

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6.1 Mapa com a proposta de regionalização: Área urb ana

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6.2 Mapa com a proposta de regionalização: Área Rur al

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7. Plano de Ação

7.1 Proposta para o ciclo do O.P e das etapas em Fa rroupilha

Promover um Seminário Municipal de Participação Popular antecedendo as

plenárias nos bairros, onde serão aprovados os calendário de reuniões do O.P, o

regimento interno entre outras.

7.1.1. Plenárias nos Bairros ou Preparatórias: 1ª etapa

As plenárias nos Bairros são reuniões abertas, em que participam todos os

moradores, para levantamento e indicação de demandas prioritárias, que ocorrerão em

todos os 27 bairros da cidade e nos Distritos com a seguinte proposta de pauta:

• Relato da situação em que se encontram as finanças do

Município, as perspectivas e projeções para o próximo o ano – 2014;

• Apresentação do O.P (O que é o O.P? Para que serve? Como

se faz?);

• Formato, funcionamento e método do processo e as regras

(regimento) aprovadas no seminário municipal;

• Levantamento e indicação de três demandas por obras e

serviços (de 03 áreas administrativas diferentes) no bairro;

• Organização das demandas (manutenção ou investimento)

debate e votação para classificação das demandas por ordem de

prioridade. (prioridade 01 = peso 3 – prioridade 2 = peso 2 – prioridade 3

peso 1)

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• Eleição dos delegados para representar as propostas e

prioridades do bairro na Plenária Regional do O.P (cada 10 participantes

elege 01 delegado)

7.1.2 Análise das demandas priorizadas: Fase interm ediária – 2ª Etapa

A análise das demandas ocorre em discussão entre o Governo juntamente com

os servidores do corpo técnico e o conselho do O.P onde será realizada a análise

técnica/financeira/jurídica das demandas hierarquizadas, priorizadas e votadas pelas

regionais do O.P. O resultado é apresentado através de uma proposta de Plano de

Investimento Anual viável para execução dentro do orçamento.

7.1.3 Plenárias Regionais e Distritais: 3ª etapa

As plenárias regionais e distritais são reuniões abertas de rodada única nas

regiões e distritos do O.P onde participam os delegados eleitos nos bairros, cidadãos

interessados, prefeito, secretários e técnicos do governo, com a seguinte proposta de

pauta:

• Apresentação sistematizada, organizada e classificada das

demandas levantadas, indicadas e priorizadas pelos bairros;

• Hierarquização, definição e votação de 03 obras ou serviços

(que contemplem as prioridades de cada bairro) por regional;

• Eleição dos conselheiros da região que irão compor o

Conselho Municipal do Orçamento Participativo (2 titulares e 02 suplentes

por região);

• Eleições dos Sub-Prefeitos dos Distritos.

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7.1.4 Plenária Municipal: 4ª Etapa

A plenária municipal é uma reunião ampla, aberta a toda cidade, com os

delegados eleitos nos bairros e conselheiros eleitos nas plenárias regionais e distritais,

com a seguinte proposta de pauta:

• Prefeito e secretários apresentam a população o resultado da

participação popular nas plenárias do O.P, materializada e concretizada no

Plano de Investimento Anual, para plenária municipal;

• Posse dos Conselheiros (mandato de 01 ou 02 anos?) –

Prefeito aproveita a solenidade de anuncio do Plano de Investimentos

Anual e empossa os conselheiros do O.P;

• Caravana do Orçamento Participativo – Momento em que os

conselheiros farão uma visita para conhecimento técnico em todas as

regiões, bairros e comunidades que tenham obras e serviços contemplados

no Plano de Investimentos Anual.

7.1.5 Fóruns regionais de delegados:

Os fóruns regionais e delegados são reuniões realizadas entre delegados e

conselheiros para a continuidade e verificação da viabilidade de outras propostas que

não foram contempladas nas etapas do O.P. Também articula as próximas demandas

locais dentro das prioridades regionais já indicadas.

7.1.6 Formação dos conselheiros, delegados e Carava nas do O.P

A formação dos conselheiros , delegados do OP são momentos de formação

técnico/política e de qualificação dos conselheiros e delegados, para domínio dos

mecanismos que fazem parte do processo administrativo, e para o qual, devem estar

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permanentemente preparados e atualizados. Essa formação tem por finalidade

instrumentalizá-los para todas as etapas e informações viabilizando o correto

encaminhamento das decisões e demandas da região a qual representam.

As Caravanas são o momento em que os conselheiros farão uma visita, para

conhecimento de todas as regiões, bairros e comunidades que tenham obras e serviços

contemplados no Plano de Investimentos Anual.

(A coordenadoria irá propor um calendário e conteúdo para esta etapa)

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8. Proposta de estrutura do Orçamento Participativ o

8.1 Organograma Interno:

8.2 Organograma Externo:

Gabinete do Prefeito

GT da Prefeitura (um representante de cada

secretaria)

Conselho do O.P (conselheiros eleitos e

representantes do governo sem voto)

Comunidade e Delegados (as)

Secretarias que compõe o Governo

Secretaria de Planejamento

Coordenadoria do O.P

Comunidade

(Plenária dos bairros (Plenárias regionais)

Fóruns Regionais de Delegados (as)

Conselho do Orçamento

Participativo

Fóruns Regionais de Delegados (as )

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9. Método

Como já descrito o O.P tem quatro etapas principais, dentro de um ciclo

anual organizado em reuniões eletivas e deliberativas.

9.1 Plenárias dos Bairros

É uma instância eletiva com o propósito de diagnóstico. Nestas plenárias os

participantes podem apontar e indicar demandas para todas as áreas administrativas.

Após organizadas, estas demandas serão classificadas dentro de critérios (a

serem fixados) e somente então serão encaminhadas para decisão nas plenárias

regionais.

Poderão ser apresentadas propostas nas áreas de competência da

administração, que incidam sobre investimentos de âmbito coletivo, designadamente:

• Obras, trânsito e mobilidade;

• Saúde;

• Educação, cultura e desporto;

• Desenvolvimento econômico e turismo;

• Assistência social e cidadania;

• Agricultura;

• Meio Ambiente;

• Habitação...etc

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9.2 Análise Técnica das Propostas

Nesta etapa são analisadas as propostas aprovadas nas plenárias dos bairros

por uma comissão técnica, que analisará os requisitos necessários para a

implementação de uma obra ou serviço, que não poderão ultrapassar os valores

espectáveis, contrariar leis e competências municipais, estaduais ou federais, ou mesmo

colocar em causa o superior interesse municipal.

No período de análise técnica o Conselho Municipal do O.P acompanhará todo o

processo, e ao fim será apresentado o Plano de Investimentos Anual o qual será

aprovado definitivamente na Plenária Municipal do O.P.

9.3 Plenárias Regionais e Distritais

São instâncias deliberativas. É o espaço onde se dará efetivamente a

hierarquização, votação e definição das demandas levantadas e classificadas nas

plenárias dos bairros. Resulta desta etapa uma lista provisória de obras e serviços. As

propostas aqui aprovadas e hierarquizadas, irão novamente para análise técnica antes

de integrarem o plano anual de investimentos e antes de irem a apresentação definitiva

na Plenária Municipal do O.P.

9.4 Plenária Municipal da Participação Popular

É uma reunião ampla, aberta a toda cidade, com os delegados eleitos nos

bairros e conselheiros eleitos nas plenárias regionais e distritais onde o Prefeito e seu

Secretaria apresentam o Plano Anula de Investimentos que será ratificado pela

comunidade.

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9.5 Proposta de Calendário do ciclo do O.P para 201 3

• Até 08 Março – Apresentação para Prefeito e Secretário de Planejam ento

• Até 15 Março – Apresentação da proposta para o secretariado, técni cos e convidados

• 15 de Março até 25 de Abril (01 mês) – Preparação do encontro ou Seminário

Municipal do O.P

⇒ 27 de Abril – Sábado – Seminário ou Encontro Municipal de Part icipação Popular

• 15 de Abril até 30 de Abril (15 dias) – Preparação e mobilização para as plenárias

nos Bairros

⇒ 06 de Maio até 18 de Junho (01 mês) – Realização das Plenárias nos Bairros (27 urbanos e 3 distritos rurais)

⇒ 19 de Junho até 19 de Julho (30 dias) – Sistematização das propostas dos

bairros Análise Técnica/Financeira/Jurídica por par te do GT da Prefeitura das obras e serviços indicados. Preparação/divulgaç ão/mobilização para as plenárias regionais

⇒ 23 de Julho até 02 de Agosto(10 dias ) – Realização das plenárias regionais

e distritais

• – Sistematização das prioridades, cadastro dos delega dos e conselheiros etc...

• 05 de Agosto até 30 de Agosto (01 mês) – Análise técnica/Financeira/Jurídica por parte do GT da Prefeitura das obras votados nas ple nárias Regionais em conjunto com o COP (Conselho do Orçamento Participativo)

• 15 de Setembro até 01 de Outubro (30 dias) - Caravana do O.P com os

conselheiros e delegados pelas obras indicadas e Fo rmação dos Conselheiros e delegados

⇒ Até 30 de Outubro – Plenária Municipal do O.P– Apresentação e aprovação

do Plano de investimentos municipal – Posse dos con selheiros – Caravana do O.P

• Novembro/2013 – Conselho acompanha o trâmite PPA – LDO e LOAs

• Dezembro/2013 – Ajustes no regimento e no funcionamento do O.P e preparação

do processo para 2014

• Janeiro/2014- Recesso