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PROPOSTA DE NOVA REDAÇÃO DA NR 18 Revisão final - 04/11/2015 Página 1 Proposta de Nova Redação da Norma Regulamentadora Nº 18 do Ministério do Trabalho e da Previdência Social elaborada pelo Eng. José Carlos de Arruda Sampaio e orientada pela Bancada dos Empregadores no CPN com base no texto consolidado na reunião do CPN de 09/10/JUL/2015.

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PROPOSTA DE NOVA REDAÇÃO DA NR 18 Revisão final - 04/11/2015 Página 1

Proposta de Nova Redação da Norma Regulamentadora Nº 18 do Ministério do Trabalho e da Previdência Social elaborada pelo Eng. José

Carlos de Arruda Sampaio e orientada pela Bancada dos Empregadores no CPN com base no texto consolidado na reunião do CPN de 09/10/JUL/2015.

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ÍNDICE

18.1 OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO. ......................................................................................................................................... 3 18.2 DEFINIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................................... 3 18.3 COMUNICAÇÃO PRÉVIA ............................................................................................................................................................ 4 18.4 DISPOSIÇÕES GERAIS MÍNIMAS RELATIVAS AOS LOCAIS DE TRABALHO NO CANTEIRO DE OBRAS: ........................................ 4 18.5 DIMENSIONAMENTO E FUNCIONAMENTO DA CIPA ................................................................................................................. 6 18.6 PROGRAMA DAS CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO – PCMAT ............................................................................. 7 18.7 RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................................................................... 8 18.8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ........................................................................................................................................................... 9 18.9 ÁREAS DE VIVÊNCIA ................................................................................................................................................................ 11 18.10 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, VEÍCULOS E MANUTENÇÃO. ................................................................................................ 15 18.11 FERRAMENTAS ELÉTRICAS E MANUAIS. ................................................................................................................................ 26 18.12 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS ............................................................................................................... 27 18.13 DEMOLIÇÃO .......................................................................................................................................................................... 28 18.14 SOLDAGEM E CORTE A QUENTE ............................................................................................................................................ 28 18.15 ESCAVAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES. ........................................................................................................................ 30 18.16 DESMONTE DE ROCHA .......................................................................................................................................................... 31 18.17 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS (MATERIAIS DE ELEVAÇÃO, AMARRAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO). .......................................... 32 18.18 PERFURAÇÕES E FUNDAÇÕES ............................................................................................................................................... 33 18.19 PREPARAÇÃO DE FORMAS .................................................................................................................................................... 34 18.20 PREPARAÇÃO DE ARMADURAS ............................................................................................................................................. 35 18.21 ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS ........................................................................................................................................ 35 18.22 ESTRUTURAS E PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO. .................................................................................................................. 37 18.23 PROTENSÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ....................................................................................................................... 38 18.24 ESTRUTURAS METÁLICAS ...................................................................................................................................................... 38 18.25 ALVENARIA ESTRUTURAL ...................................................................................................................................................... 39 18.26 TRABALHOS SUBTERRÂNEOS E TÚNEIS ................................................................................................................................. 39 18.27 TERRAPLENAGEM E PAVIMENTAÇÃO ................................................................................................................................... 39 18.28 TRABALHO EM ALTURA ......................................................................................................................................................... 40 18.29 ANDAIMES ............................................................................................................................................................................. 43 18.30 SERVIÇOS DE VEDAÇÃO, REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS. ............................................................................................. 47 18.31 LOCAIS CONFINADOS ............................................................................................................................................................ 47 18.32 IMPERMEABILIZAÇÃO ........................................................................................................................................................... 47 18.33 CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS - EBTV. ....................................................................................................................... 48 18.34 TELHADOS E COBERTURAS. ................................................................................................................................................... 49 18.35 PAISAGISMO .......................................................................................................................................................................... 50 18.36 SERVIÇO EM PLATAFORMAS FLUTUANTES ........................................................................................................................... 51 18.37 NOVA TECNOLOGIAS E SOLUÇÕES ALTERNATIVAS ............................................................................................................... 51 18.38 COMITÊS PERMANENTES SOBRE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO .......... 52 18.39 GLOSSÁRIO ............................................................................................................................................................................ 52

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18.1 OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO.

18.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece as diretrizes de ordens técnica, administrativa e operacional, para a implantação de medidas de prevenção de acidentes e doenças nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. 18.1.1.1 Consideram-se atividades da Indústria da Construção as atividades econômicas específicas constantes do Quadro I da Norma Regulamentadora Nº 4 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e as atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo.

18.1.2 A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empreiteiros ou construtor principal, subempreiteiras ou subcontratados, do cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e ou municipal, e em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho, 18.1.3 Aplicam-se à indústria da construção as disposições constantes das demais Normas Regulamentadoras vigentes, desde que não conflitem com itens desta Norma. 18.1.4 Considerar de forma explícita nos editais públicos de obras municipais, estaduais e federal as recomendações estabelecidas nesta norma regulamentadora.

18.2 DEFINIÇÕES GERAIS

Obra de construção - é qualquer empreendimento, público ou privado, onde são executados trabalhos de construção ou de engenharia civil.

Dono da Obra (Consórcio, Sociedade com Propósito Específico - SPE, Sociedade Anônima ou Limitada, Incorporador e Condomínio) - qualquer pessoa jurídica por conta do qual se realize um empreendimento.

Projetista - o autor ou autores indicados pelo Dono da Obra para desenvolver a totalidade ou parte dos projetos da obra, devendo considerar na elaboração do projeto a segurança e saúde dos empregados envolvidos no processo.

Empreiteiro ou Construtor Principal - a pessoa jurídica que assume, contratualmente, ante ao Dono da Obra, o compromisso de executar a totalidade ou parte da obra, atendendo aos projetos e contrato.

Empregador - a pessoa jurídica que contrata o serviço do empregado e assume os riscos da atividade econômica, responsável pela aplicação das medidas de segurança e saúde aos empregados sob sua autoridade. Empregado -a pessoa física que presta serviço de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência deste, e que deve cumprir as recomendações de segurança e saúde no trabalho previstas nas normas regulamentadoras. Subempreiteiro ou Subcontratado - a pessoa jurídica que assume, contratualmente, ante ao empreiteiro ou construtor principal, o compromisso de realizar determinadas partes ou instalações da obra, atendendo ao projeto e ao processo construtivo determinado.

Engenheiro de Obra - o profissional responsável designado pelo Dono da Obra, construtor principal ou empreiteiro, para a execução do empreendimento e que deve garantir que as medidas de segurança e saúde sejam aplicadas na obra ou frentes de trabalho.

Profissional de Segurança e Saúde durante a Execução da Obra - o profissional habilitado designado pelo empreiteiro ou construtor principal ou subempreiteiro, conforme as condições previstas no SESMT da NR 04, para executar as tarefas e atividades preventivas de segurança.

Fornecedor - é toda pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, que comercializa produtos, materiais ou equipamentos, incluindo locação, garantindo o cumprimento da legislação de saúde e segurança do trabalho na fabricação de produtos, materiais, equipamentos, máquinas, ferramentas e na entrega ao cliente.

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18.3 COMUNICAÇÃO PRÉVIA

18.3.1 Antes do início das atividades é obrigatória a comunicação ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Previdência Social, pelo responsável da obra ou frente de trabalho,das seguintes informações: a) Nome da Empresa; b) Endereço completo da obra; c) Contratante, CEI, CNPJ ou CPF, endereço e telefone; d) Responsável Técnico; e) Tipo de Obra; f) Descrição da obra; g) Datas previstas do início e da conclusão da obra; h) Efetivo máximo previsto de empregados na obra; i) Previsão de existência de empregados alojados; j) Dia/mês/ano da comunicação; k) Assinatura.

18.4 DISPOSIÇÕES GERAIS MÍNIMAS RELATIVAS AOS LOCAIS DE TRABALHO NO CANTEIRO DE OBRAS:

18.4.1 Instalações e Distribuição de Energia Elétrica. 18.4.1.1 As instalações elétricas devem ser projetadas, executadas e utilizadas de maneira que não gerem riscos de incêndios ou explosão, de modo que as pessoas estejam devidamente protegidas contra os riscos de choque elétrico por contato direto ou indireto; 18.4.1.2 O projeto, a execução a escolha dos materiais e dos dispositivos de proteção devem considerar a o tipo, a potência da energia recebida, as condições dos fatores externos e a competência das pessoas que tenham acesso à instalação. 18.4.2 Vias de Circulação e Saídas de Emergências devem: a) Permanecer desimpedidas esinalizadas, proporcionar condições de evacuação de forma rápida às áreas seguras; b) Ser projetadas em função das necessidades,das dimensões, das características locais, de uso, dos equipamentos utilizados

e do número de pessoas presentes na obra; c) Portas e portões ao longo do trajeto de vias de emergência devem estar sinalizadas e abrir para fora; d) Garantir a separação de portões destinados essencialmente ao tráfego de veículos e ao de circulação de pedestres; e) Portas e os portões eletromecânicos devem ser operados também manualmente. 18.4.3 Preparação, Simulações, Combate a Incêndios e Resgate. 18.4.3.1 Os extintores de incêndio e os alarmes devem ser dimensionados em função de: a) Características da obra; b) Dimensões do local; c) Número de pessoas expostas. d) Equipamentos empregados; e) Características físicas e químicas das substâncias e materiais utilizados. 18.4.3.1.1 O dimensionamento deve atender, também, aos critérios do Código de Segurança Contra Incêndio e demais legislações pertinentes, quando existente. 18.4.3.2 Os extintores de combate a incêndio, alarme, etc., devem ser inspecionados periodicamente e mantidos em bom estado de conservação e manutenção. 18.4.3.3 Os extintores devem ser instalados em locais de fácil acesso e manipulação e mantidos devidamente sinalizados. 18.4.3.4 Deve ser estabelecido no canteiro um Plano de Atendimento a Emergências - PAE único, contemplando os seguintes requisitos: a) Níveis e procedimentos de atuação; b) Responsáveis pela implantação, operacionalização e resgate; c) Divulgação e treinamento periódico, com simulação das emergências definidas no PAE. 18.4.4 Ventilação e Iluminação 18.4.4.1 Os escritórios, áreas de vivência e locais de trabalho e vias de circulação devem ser ventilados e iluminados, de forma natural ou artificial, quando houver escassez de luz natural e o projeto deve seguir as normas técnicas nacionais vigentes;

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18.4.4.2 Os equipamentos que proporcionam ventilação e iluminação devem ser mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento; 18.4.4.3 As lâmpadas de iluminação portáteis devem ter proteções anti-choque. 18.4.5 Exposição a Riscos Físicos, Químicos, Biológicos, Mecânicos ou de Acidentes e Ergonômicos. 18.4.5.1 Evitar ou atenuar a exposição dos operários a níveis de ruído, radiação, gases, vapores e poeira; 18.4.5.2 A atmosfera confinada, que contenha substâncias tóxicas ou nocivas, ou não possua oxigênio em quantidade suficiente, ou seja inflamável, deve ser controlada, adotando as medidas preventivas para os riscos; 18.4.5.3 Proteger o empregado do contato com resíduos de saúde, água parada e contaminada, trabalhos em esgotos, animais no canteiro de obra, empregados doentes no canteiro ou no alojamento. 18.4.5.4 Adotar nos locais de trabalho as medidas necessárias para protegero empregado da exposição a riscos mecânicos ou de acidentes. 18.4.5.5 Adotaras medidas necessárias para evitar que o empregado se exponha a riscos ergonômicos provocados por esforço físico intenso. 18.4.5.6 Nos trabalhos a céu aberto e quando indicado na Análise de Risco, a vestimenta de trabalho deve ser de manga longa. 18.4.5.7 Nos trabalhos a céu aberto com exposição direta aos raios solares, o empregador deve fornecer protetor solar para proteção das partes do corpo expostas ao sol conforme especificado no PCMSO. 18.4.6 Carregamento e Descarregamento Manual de Caminhões 18.4.6.1 Antes de carregar ou descarregar o caminhão, tomar as seguintes medidas preventivas: a) Analisar os riscos do local de carga, descarga e de armazenamento; b) Sinalizar o local até a área de armazenagem; c) Estacionar o veículo de forma segura; d) Estabilizara patola do caminhão, quando houver, em pranchão de madeira ou outro material similar; e) Sempre que possível, providenciar equipamentos mecânicos para o transporte do material.

18.4.6.2É obrigatória a instalação de dispositivo tipo: pórtico, linha de vida ou qualquer outra medida de proteção, ligados à trava-quedas retráteis ou cinturão de segurança tipo paraquedistapara operações de carregamento e ou descarregamento de caminhões com carrocerias abertas, para proteção contra queda dos empregados envolvidos nessas atividades, quando a altura for superior a 2,00m (dois metros); 18.4.6.3 Manter a FISPQ do produto no local, no caso de descarregamento de produtos químicos ou perigosos e tomar as medidas ambientais cabíveis quanto ao isolamento da área, a manutenção de kit de emergência no local e o atendimento às medidas do Plano de Atendimento a Emergências. 18.4.7 Plataforma de Trabalho 18.4.7.1 A plataforma de trabalho deve ter, no mínimo, 0,60m (sessenta centímetros) x 0,60m (sessenta centímetros) para apoio dos pés do empregado na execução de serviços em altura, e devem ser considerados: o tipo de atividade, o equipamento e o material utilizado. 18.4.8 Proteções Coletivas 18.4.8.1 As proteções coletivas devem ser projetadas e calculadas por profissional habilitado. 18.4.9 Áreas de Vivência 18.4.9.1 Os canteiros de obras devem dispor de: a) Instalações sanitárias; b) Vestiário para troca de roupa dos empregados que não estejam alojados no canteiro; c) Local para refeições, quando necessário; d) Alojamento, nos casos em que houver empregados alojados. e) Cozinha, quando houver preparo para refeições; f) Lavanderia e área de lazer, quando houver empregados alojados; g) Local de primeiro atendimento e encaminhamento para primeiros socorros, quando se tratar de frentes de trabalho com

50 (cinquenta) ou mais empregados;

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h) Abrigos durante interrupções do trabalho provocadas pela intempérie, quando não for possível utilizar outras instalações para este fim;

i) Bancos ou cadeiras para descanso após o almoço. 18.4.9.2 As instalações sanitárias, vestiários, alojamento,devem ser separados por gênero, quando houver homens e mulheres trabalhando no local de trabalho. 18.4.9.3 As áreas de vivência e de apoio devem: a) Ser mantidas conservadas, higienizadas e limpas; b) Possuir pé direito mínimo de acordo com o Código de Obras do Município ou, na ausência, 2,40m (dois metros e quarenta

centímetros); c) Ter cobertura resistente, que proteja contra intempéries; d) Dispor de piso lavável ou higienizável e antiderrapante; e) Ser constituídas de paredes e estruturas divisórias em material resistente e lavável; f) Ter vias principais de circulação coletiva com largura mínima de1,00m (um metro)nos alojamentos construídos no canteiro

ou conforme legislação municipal. g) Fornecer água potável por meio de bebedouros ou outro sistema que ofereça as mesmas condições. 18.4.10 Resíduos 18.4.10.1 Os resíduos devem ser coletados e armazenados obedecendoà legislação ambiental vigente. 18.4.10.2 O ponto de descarga de calhas ou dutos deve possuir dispositivo de fechamento e ou ser isolado; 18.4.10.3 Não será permitida a queima de resíduos dentro do canteiro de obra. 18.4.11 Tapumes e Galerias 18.4.11.1 É obrigatória a colocação de tapumes em edificações prediais que se executarem atividades da indústria da construção em logradouros públicos ou vizinhos e barreiras em obras em vias públicas de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas aos serviços. 18.4.11.2 Os tapumes devem ser construídos e fixados de forma resistente, e ter altura mínima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) em relação ao nível do terreno. 18.4.11.3 Nas atividades da indústria da construção com mais de 2 (dois) pavimentos a partir do nível do meio-fio, executadas no alinhamento do logradouro, é obrigatória a construção de galerias sobre o passeio, com altura interna livre de no mínimo 3,00m (três metros). 18.4.11.3.1 Em caso de necessidade de realização de serviços sobre o passeio, a galeria deve ser executada na via pública, devendo neste caso ser sinalizada em toda sua extensão, por meio de sinais de alerta aos motoristas nos dois extremos e iluminação durante a noite, respeitando-se o Código de Obras Municipal e de trânsito em vigor. 18.4.11.3.2 As bordas da cobertura da galeria devem possuir tapumes fechados com altura mínima de 1,00m (um metro), com inclinação de aproximadamente 45º (quarenta e cinco graus). 18.4.11.3.3 As galerias devem ser mantidas sem sobrecargas que prejudiquem a estabilidade de suas estruturas. 18.4.11.4 Existindo risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas devem ser protegidas. 18.4.11.5 Em se tratando de prédio construído no alinhamento do terreno, a obra deve ser protegida, em toda a sua extensão, com fechamento por meio de tela. 18.4.11.6 Quando a distância do local da demolição ao alinhamento do terreno for inferior a 3,00m (três metros), deve ser feito um tapume no alinhamento do terreno, de acordo com o subitem 18.4.11.1.

18.5 DIMENSIONAMENTO E FUNCIONAMENTO DA CIPA

18.5.1 A empresa que possuir 1 (um) ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho com mais de50 empregados em cada estabelecimento, fica obrigada a organizar Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA por estabelecimento, atendendo ao estabelecido pela Norma Regulamentadora Nº 5 do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

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18.5.2 Para obras com prazo contratual até 180 (cento e oitenta) dias, desobriga-se a criação da CIPA, devendo a empresa designar o(s) responsável (eis) pelo cumprimento dos objetivos da Norma Regulamentadora Nº 5 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.5.2.1 Para o atendimento do disposto neste item, a empresa designará 1 (um) responsável para cada grupo de 50 (cinquenta) empregados, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, através de negociação coletiva. 18.5.3 Para fins de encerramento da CIPA, considera-se como término da obra o encerramento das atividades. 18.5.3.1 Para fins do encerramento das atividades do cipeiro considera-se o término de suas atividades quando não houverno estabelecimento, atividade que o utilize na mesma função. 18.5.4 Em caso de encerramento da obra até 90 dias após o término do mandato da CIPA, o mesmo poderá ser automaticamente prorrogado pelo período necessário, até este limite.

18.6 PROGRAMA DAS CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO – PCMAT

18.6.1 São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) empregados ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurança. 18.6.2 Integram o PCMAT: a) Comunicação prévia à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE; b) Identificação e dados sobre a obra; c) Características do empreendimento; d) Metodologia construtiva planejada; e) Avaliações ambientais dos riscos físicos, químicos e biológicos, definição dos grupos homogêneos de exposição, de acordo

com as exigências na Norma Regulamentadora Nº 9 do Ministério do Trabalho e Previdência Social; f) Análise de Risco das atividades e operações, g) Projeto e especificações das proteções coletivas em conformidade com cada etapa de execução da obra; h) Especificações dos equipamentos de proteção individual a serem utilizados; i) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em conformidade com as etapas de execução da

obra; j) Layout atualizado das instalações fixas do canteiro de obras ou frente de trabalho; k) Dimensionamento e especificação das áreas de vivência, com definição e localização das instalações temporárias fixas ou

móveis, se houver; l) Programa de treinamento e capacitação contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, com

sua carga horária; m) Projeto das instalações elétricas temporárias atendendo ao disposto na Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do

Trabalho e Emprego; n) Plano de Ações em Emergências - PAE.

18.6.3 O Plano de Ação em Emergências - PAE deve atender os requisitos do item 18.4.3.4 e, para os canteiros de obras acima de 100 empregados, deve: a) Identificação das potenciais emergências; b) Elaboração dos procedimentos de atuação; c) Determinação dos responsáveis pela implantação e operacionalização; d) Divulgação e treinamento das equipes de brigadistas de emergências; e) Elaboração de cronogramas de treinamentos de emergências e de simulados; f) Realização de simulados de emergências; g) Análise crítica dos resultados dos simulados; h) Propostas de ações de melhorias. 18.6.3.1 O Plano de Ação de Emergência para canteiros de obras até 100 empregados deve conter, no mínimo: a) Identificação das potenciais emergências; b) Relação de telefones e endereços de hospitais e outros locais para atendimento médico de emergência; c) Nome, função e telefone das pessoas que devem ser imediatamente comunicadas no caso de acidentes ou outras

situações de emergência; d) Relação de telefones de emergência (corpo de bombeiros, defesa civil, concessionárias e demais órgão de apoio a

emergências). 18.6.4 Quando uma empresa possuir subempreiteiros ou subcontratados no canteiro de obras ou frente de trabalho deve ser elaborado um PCMAT único contemplando todas as atividades que serão executadas na obra pela empresa principal e seus subempreiteiros ou subcontratados.

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18.6.5 Quando forem determinados os grupos homogêneos de exposição e realizadas as avaliações ambientais do ambiente de trabalho, de acordo com o que determina a Norma Regulamentadora Nº 9 do Ministério do Trabalho e Previdência Social, e esses dados inseridos na Análise de Riscos do PCMAT, não será necessária a elaboração do documento do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA. 18.6.6 O PCMAT deve: a) Ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do Ministério do Trabalho e Previdência Social. b) Ser elaborado por profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho. 18.6.7 A implantação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do empregador ou condomínio. 18.6.8 Quando exigida na análise de riscos, deve ser emitida Permissão de Trabalho - PT, devendo ser disponibilizada no local de execução da atividade. 18.6.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter: a) Os requisitos a serem atendidos para a execução dos trabalhos; b) As disposições e medidas de controle estabelecidas na análise de risco; c) A relação de todos os envolvidos na atividade.

18.6.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela PT nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho. 18.6.8.3 A Permissão de Trabalho perde a validade se no decorrer dos serviços houver alguma modificação no local e nas condições estabelecidas na liberação do serviço. Caso isso ocorra deve ser cancelada a permissão e elaborada uma nova liberação.

18.7 RECURSOS HUMANOS

18.7.1 Todos os empregados devem receber treinamento teórico e prático em segurança e saúde no trabalho na sua admissão, antes do início de suas atividades na obra, com duração de 6 (seis) horas, contemplando, no mínimo, os seguintes assuntos: a) Condições e meio ambiente de trabalho; b) Riscos inerentes a sua função; c) Sistemas de Proteção Coletiva - SPC; d) Equipamentos de proteção individual - EPI; e) Medidas de ordem administrativa e de organização do trabalho; f) Integração no canteiro de obras. 18.7.1.1 O treinamento admissional terá validade de dois anos,independente do número de empresas que tenha trabalhado neste período, quando promovido pelas entidades representativas de empregados ou de empregadores. 18.7.2 O treinamento periódico deve ser realizado para os empregados de canteiros de obras ou frentes de trabalho, quando ocorrer mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho ou evento que indique a necessidade de novo treinamento. 18.7.2.1 Os treinamentos devem ser realizados durante a jornada de trabalho, por profissional habilitado em segurança do trabalho. 18.7.2.2 A carga horária e o conteúdo programático do treinamento periódico ou eventual devem atender à situação que o motivou. 18.7.3 Ao término do treinamento, deve ser emitido certificado ou lista de presença contendo o nome do empregado, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores, identificação do empregador e assinaturas do instrutor e do empregado. 18.7.3.1 Em caso de emissão de certificado, o original deve ser entregue ao empregado, arquivando-se uma cópia na empresa. 18.7.3.2 O treinamento é válido para o grupo empresarial que o promoveu. 18.7.4 Para fins da aplicação desta NR, são considerados empregados habilitados aqueles que comprovem perante o empregador e a inspeção do trabalho uma das seguintes condições:

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a) Ter curso específico do sistema oficial de ensino; b) Ter curso especializado ministrado por centros de treinamento e reconhecido pelo sistema oficial de ensino. 18.7.5 Para fins da aplicação desta NR, são considerados empregados qualificados aqueles que comprovem perante o empregador e a inspeção do trabalho uma das seguintes condições: a) Ter treinamento na empresa; b) Ter curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde que conduzido por profissional habilitado; c) Ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 6 (seis) meses na função. 18.7.6 Para fins da aplicação desta NR, são considerados empregados capacitados nas atividades específicas previstas nesta NR aqueles que possam comprovar perante a inspeção do trabalho, capacitação realizada por profissional qualificado, sob a supervisão de profissional legalmente habilitado, que se responsabilizará pela adequação do conteúdo, forma, carga horária, qualificação dos instrutores e avaliação dos capacitados. 18.7.7 As capacitações, teórica e prática, para os operadores de máquinas e equipamentos deve ter carga horária definida, com base no conteúdo mínimo a seguir: a) Normas e regulamentos sobre segurança aplicáveis a máquinas e equipamentos; b) Análise de risco, condições impeditivas e medidas de proteção para operação de máquinas e equipamentos; c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho com máquinas e equipamentos; d) Sistemas de segurança de máquinas e equipamentos; e) Acidentes e doenças do trabalho com máquinas e equipamentos; f) Procedimentos e condutas em situações de emergência. 18.7.7.1 O capacitado deve realizar treinamento de reciclagem bienal, abrangendo o conteúdo referido no item 18.7.7. 18.7.7.2 Deve ser realizada capacitação para reciclagem do empregado sempre que ocorrerem modificações significativas nas instalações e na operação de máquinas e equipamentos. 18.7.7.3 Serão aceitas as capacitações, teórica e prática, de operadores de máquinas e equipamentos segundo os critérios da Norma Regulamentadora Nº 12 do Ministério do Trabalho e Previdência Social, quando realizada por instrutor do fabricante ou importador, mediante a apresentação do certificado emitido em conformidade com o estabelecido na referida norma. 18.7.7.4 Aos operadores de máquinas e equipamentos que possuírem experiência na função, comprovada em CTPS, anterior à publicação da NR, é dispensada a exigência da capacitação, mas devem realizar treinamento de reciclagem bienal, conforme item 18.10.7.1. 18.7.7.5 A capacitação dos empregados para operar máquinas e equipamentos deve ser ministrada por profissional que tenha: a) Recebido formação específica como instrutor pelo fabricante ou importador da máquina ou equipamento, com carga

horária e conteúdo programático definido pelo próprio fabricante; ou b) Experiência comprovada de 24 (vinte e quatro meses) como operador da máquina ou equipamento em que será instrutor. c) Supervisão de profissional legalmente habilitado que se responsabilizará pela adequação do conteúdo, forma, carga

horária, qualificação dos instrutores e avaliação dos capacitados. 18.7.7.6 Considera-se empregado capacitado para operar máquinas e equipamentos aquele que, cumulativamente: a) Possuir capacitação comprovada conforme item 18.7.7, específica para o tipo de equipamento a ser operado; b) Possuir treinamento em conformidade com os princípios básicos de segurança do trabalho; c) Portar autorização ou dispor no local de trabalho de autorização para operação da máquina ou equipamento, contendo

identificações do empregado, com nome, função e fotografia, e do empregador.

18.8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

18.8.1 A execução das instalações elétricas temporárias e as instalações definitivas devem atender ao disposto na Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e nas normas técnicas nacionais vigentes. 18.8.2 As instalações elétricas temporárias ou provisórias devem ser executadas e mantidas conforme projeto elétrico assinado por profissional legalmente habilitado, em conformidade com o item 18.6.2 alínea “m”. 18.8.3 Os serviços em instalações elétricas devem ser realizados por empregados autorizados conforme Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.8.4 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece a Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

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18.8.5 Quando não for possível adotar as medidas previstas no item 18.8.4, o serviço somente poderá ser executado condicionado à prévia realização da Análise de Risco e liberação por meio de Permissão de Trabalho, garantindo a adoção de medidas de controle, proteção e segurança estabelecidas em procedimento de trabalho, tais como: colocação fora de alcance, isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação. 18.8.6 É proibida a existência de partes vivas expostas e acessíveis pelos empregados em instalações e equipamentos elétricos. 18.8.7 É obrigatória a elaboração de projetos das instalações elétricas, com especificações técnicas, memoriais descritivos, procedimentos de trabalho, de forma a garantir a segurança e a saúde dos empregados. 18.8.8 Dotar de proteção contra incêndio e explosão todas as áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos, conforme Norma Regulamentadora Nº 23 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e de sinalização de segurança, conforme a Norma Regulamentadora Nº 26 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.8.9 Inserir no Plano de Ações em Emergências - PAE as ações de emergências que envolvam as instalações elétricas ou serviços com eletricidade, inclusive os métodos de resgate. 18.8.10 Os condutores elétricos devem: a) Ser dispostos de maneira a não obstruir a circulação de pessoas e materiais; b) Estar protegidos contra impactos mecânicos e contra agentes capazes de danificar a isolação; c) Ser compatíveis com a capacidade dos circuitos elétricos aos quais se integram; d) Possuir isolação em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes; e) Possuir isolação dupla ou reforçada quando destinados à alimentação de máquinas e equipamentos elétricos móveis ou

portáteis 18.8.11 As conexões, emendas e derivações dos condutores elétricos devem possuir resistência mecânica, condutividade e isolação compatíveis com as condições de utilização. 18.8.12 As instalações elétricas devem possuir sistema de aterramento elétrico de proteção compatível e deve ser submetido a inspeções e medições elétricas periódicas, com emissão de respectivo laudo por profissional legalmente habilitado, em conformidade com o projeto das instalações elétricas temporárias e com as normas técnicas nacionais vigentes. 18.8.13 É obrigatória a utilização do Dispositivo Diferencial Residual - DR como medida de segurança adicional nas instalações elétricas na indústria da construção, nas situações previstas nas normas técnicas nacionais vigentes. 18.8.14 Os invólucros das instalações elétricas devem: a) Ser dimensionados com capacidade para instalar os componentes dos circuitos elétricos que o constituem; b) Ser constituídos de materiais resistentes ao calor gerado pelos componentes das instalações; c) Garantir que as partes vivas sejam mantidas inacessíveis; d) Ter acesso desobstruído; e) Ser instalados com espaço suficiente para a realização de serviços e operação; f) Estar identificados e sinalizados quanto ao risco elétrico. 18.8.15 É proibido o uso de invólucros de madeira, exceto quando revestidos internamente de materiais incombustíveis. 18.8.16 É vedada a guarda de quaisquer materiais ou objetos nos invólucros. 18.8.17 Os dispositivos de manobra, controle e comando dos circuitos elétricos devem: a) Ser compatíveis com os circuitos elétricos que operam; b) Ser identificados; c) Possuir condições para a instalação de bloqueio e sinalização de impedimento de ligação. 18.8.18 Em todos os ramais ou circuitos destinados à ligação de equipamentos elétricos, devem ser instalados dispositivos de seccionamento, independentes, que possam ser acionados com facilidade e segurança. 18.8.19 Máquinas e equipamentos móveis e ferramentas elétricas portáteis devem ser conectadas à rede de alimentação elétrica, por intermédio de conjunto de plugue e tomada, em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes. 18.8.20 Os invólucros, os dispositivos de manobra, controle e comando e os condutores elétricos, quando se tornarem inoperantes ou dispensáveis, devem ser eliminados da instalação elétrica.

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18.8.21 As partes condutoras das instalações elétricas, máquinas, equipamentos e ferramentas elétricas não pertencentes ao circuito elétrico, mas que possam ficar energizadas quando houver falha da isolação, devem estar conectadas ao sistema de aterramento elétrico de proteção. 18.8.22 O disposto no subitem 18.8.21 não se aplica às máquinas, equipamentos e ferramentas com isolação dupla ou reforçada. 18.8.23 Os circuitos com finalidades diferentes da distribuição elétrica em baixa tensão, tais como comunicação, sinalização, controle, tração elétrica, alta tensão, devem ser instalados de forma e por meios separados dos circuitos elétricos de baixa tensão. 18.8.24 Os locais de serviços elétricos, área de transformadores, salas elétricas de controle e comando devem ser segregados, sinalizados e protegidos contra o acesso de pessoas não autorizadas. 18.8.25 Os canteiros de obras devem estar protegidos por sistema de proteção contra descargas atmosféricas - SPDA, projetado, construído e mantido conforme normas técnicas nacionais vigentes. 18.8.26 O cumprimento do disposto no item 18.8.25 é dispensado nas situações previstas em normas técnicas nacionais vigentes, mediante laudo emitido por profissional legalmente habilitado. 18.8.27 O trabalho em proximidades de redes elétrica e energizadas internas ou externas ao canteiro de obra só é permitido quando protegidas contra contatos acidentais de empregados e equipamentos e contra o risco de indução. 18.8.28 Nas atividades de montagens metálicas, onde houver a possibilidade de acúmulo de energia estática, deverá ser realizado aterramento da estrutura desde o início da montagem.

18.9 ÁREAS DE VIVÊNCIA

18.9.1 As instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras e frentes de trabalho, desde que, cada módulo: a) Possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da área do piso, composta por, no mínimo,

duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilação interna; b) Garanta condições de conforto térmico; c) Possua pé direito mínimo de 2,35m(dois metros e trinta e cinco centímetros); d) Garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos nesta NR; e) Possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico. 18.9.1.1 Nas instalações móveis, inclusive contêineres, destinadas a alojamentos com camas duplas, tipo beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90m (noventa centímetros). 18.9.1.2 Tratando-se de adaptação de contêineres, originalmente utilizados no transporte ou acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo à ausência de riscos químicos, biológicos e físicos (especificamente para radiações) com a identificação da empresa responsável pela adaptação. 18.9.2 Instalações Sanitárias 18.9.2.1 A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, gabinete sanitário e mictório, na proporção de, no mínimo, um conjunto para cada grupo de vinte empregados ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de uma unidade para cada grupo de dez empregados ou fração e atender ao item 18.4.9. 18.9.2.2 As instalações sanitárias devem: a) Ter portas de acesso que impeçam o devassamento; b) Ser constituídas de estruturas divisórias em material resistente e lavável; c) Não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições; d) Dispor de água canalizada; e) Estar ligadas à rede de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos; f) Estar situadas em locais de acesso fácil e seguro, distando do empregado, no máximo, 15m (quinze metros) no plano

vertical, não sendo permitido um deslocamento superior a 150m (cento e cinquenta metros) no plano horizontal do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.

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18.9.2.3 Pode ser dispensado o atendimento do distanciamento no plano vertical entre o empregado e as instalações sanitárias previsto no item 18.9.2.2 alínea “f”, desde que, na obra de construção vertical, seja garantida a utilização de elevadores para o transporte de empregados entre os níveis dos locais de trabalho, a partir do 5º (quinto) pavimento ou altura equivalente e aqueles onde estão localizadas as instalações sanitárias. 18.9.2.4 Nas frentes de trabalho, devem ser garantidos lavatório, mictório e vaso sanitário, na proporção prevista no subitem 18.9.2.1, atendidos os requisitos do subitem 18.9.2.2. 18.9.2.5 Quando da utilização de banheiros móveis nos canteiros de obras ou nas frentes de trabalho, estes deverão atender aos seguintes requisitos: a) Ser dispostos na proporção de, no mínimo, uma unidade para cada grupo de vinte empregados ou fração; b) Dispor, no mínimo, de lavatório, vaso sanitário abastecido com água e material para lavagem e enxugo das mãos; c) Ser mantidos limpos e higienizados, com a retirada dos dejetos, que devem ter destino adequado, desinfecção e

desodorização das cabinas; d) Estar ligadas a rede de esgoto, fossa séptica ou sistema equivalente, no caso de contêiner sanitário; e) Quando possível, localizar os banheiros móveis evitando a sua exposição direta aos raios solares, de forma a garantir o

conforto térmico aos empregados, sobre superfícies estáveis e em locais de acesso fácil e seguro; f) Ter ventilação apropriada. 18.9.3 Lavatórios 18.9.3.1 Os lavatórios devem: a) Ser individuais ou coletivos do tipo calha; b) Ficar a uma altura acima de 0,80m (oitenta centímetros) do piso; c) Ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; d) Ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros), quando coletivos; e) Dispor de material para lavagem e enxugo das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas; f) Dispor de recipiente para coleta de lixo com tampa. 18.9.4 Gabinetes Sanitários 18.9.4.1 Os gabinetes sanitários devem: a) Ter área mínima de 1,00m² (um metro quadrado); b) Ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m (quinze centímetros) de altura; c) Ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros); d) Dispor de vaso sanitário sifonado equipado com caixa de descarga ou válvula automática, com assento e tampa ou do tipo

bacia turca; e) Ter recipiente com tampa para depósito de papéis servidos; f) Dispor de suporte e papel higiênico. 18.9.5 Mictórios 18.9.5.1 Os mictórios devem: a) Ser individuais, tipo cuba, ou coletivos, tipo calha; b) Ter revestimento interno e externo de material liso, impermeável e lavável; c) Ser providos de descarga provocada ou automática; d) Ter altura acima de 0,50 (cinquenta centímetros) do piso. 18.9.5.2 No mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) deve corresponder a um mictório tipo cuba. 18.9.6 Chuveiros 18.9.6.1 Os compartimentos destinados ao banho devem: a) Dispor de chuveiros localizados a, no mínimo, 2,10m (dois metros e dez centímetros) acima do piso; b) Ser dotados de divisórias e portas de acesso ou outro sistema de modo que impeça o devassamento com altura mínima de

1,80m (um metro e oitenta centímetros); c) Possuir ralos com sistema de escoamento que impeça a comunicação das águas servidas entre os compartimentos; d) Dispor de suporte para sabonete e cabide para toalha; e) Ter área mínima de 0,80m² (oitenta decímetros quadrados). 18.9.6.2 É proibido o uso de estrado de madeira nos compartimentos destinados ao banho.

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18.9.6.3 Os chuveiros devem dispor de água quente, podendo ser autorizada a instalação de parte dos chuveiros sem água quente, considerando as condições climáticas locais e hábitos regionais. 18.9.6.4 Os chuveiros elétricos devem ser aterrados. 18.9.7 Vestiários 18.9.7.1 Os vestiários devem: a) Ser adjacentes ou conjugados com chuveiros, sem ligação direta com o local destinado às refeições; b) Dispor de área mínima de 0,50m² (cinquenta decímetros quadrados) por empregado, considerando o maior efetivo dos

turnos de trabalho; c) Ter armários individuais com volume interno de, no mínimo, 0,08m³ (oitenta decímetros cúbicos), com separação interna,

dotados de fechadura ou dispositivo de trancamento fornecidos pelo empregador; d) Ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m (trinta centímetros) e altura

mínima de 0,40m (quarenta centímetros); e) Possuir local para secagem das toalhas. 18.9.7.2Os vestiários dos alojamentos poderão ser considerados na base de cálculo prevista no item 18.9.2.1, desde que próximos ao canteiro de obras ou frentes de trabalho e que o acesso desse vestiário ao alojamento seja por meio de passagem coberta. 18.9.8 Alojamentos 18.9.8.1 Os alojamentos devem: a) Ter área mínima de 3,00m² (três metros quadrados) por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação limitada a

acomodação a um número máximo de 6 (seis)empregados por dormitório; b) Ter disponibilizado no dormitório, no mínimo, um ponto de energia elétrica por empregado; c) Dispor de aberturas protegidas por telas de proteção contra ingresso de insetos e vetores transmissores de doenças,

quando situados em áreas endêmicas; d) Ser disponibilizado meio de comunicação para os empregados alojados que não residam na cidade ou região

metropolitana da obra, desde que disponível no local. 18.9.8.2 O alojamento poderá ser substituído por hotéis, pousadas ou similares, desde que atendidas as leis municipais para funcionamento. 18.9.8.3 É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical. 18.9.8.4A cama superior do beliche deve ter proteção lateral e escada fixa. 18.9.8.5O colchão deve ter densidade mínima 28 (vinte e oito) e espessura mínima de 0.10 m (dez centímetros). 18.9.8.6 As camas devem dispor de lençol, sobre lençol, fronha e travesseiro em condições de higiene, bem como cobertor, quando as condições climáticas assim o exigirem, fornecidos pelo empregador. 18.9.8.7 A higienização das roupas de cama é de responsabilidade do empregador. 18.9.8.8 Os alojamentos devem ter armários individuais com volume interno de, no mínimo, 0,20m³ (duzentos decímetros cúbicos), com separação interna, dotados de fechadura ou dispositivo de trancamento fornecido pelo empregador. 18.9.8.9 O responsável pela obra ou frente de trabalho deve garantir o cumprimento das seguintes regras de uso dos alojamentos: a) Retirada diária do lixo e deposição em local adequado; b) Vedação da permanência de pessoas com doenças infectocontagiosas; c) Proibição da instalação e uso de fogões, fogareiros, aquecedores elétricos e similares nos dormitórios. 18.9.9 Local para Refeições 18.9.9.1 O local para refeições deve e atender ao item 18.4.9 e: a) Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os empregados no horário das refeições, considerando o maior

efetivo dos turnos de trabalho ou das escalas de refeição, se houver; b) Ter lavatórios instalados externamente, adjacente à entrada, ou em seu interior;

Ter mesas com tampos lisos e laváveis;

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a) Ter assento com o mínimo de 0,60m (sessenta centímetros) de comprimento, por empregado, para o caso de utilização de banco coletivo;

b) Ter lixeira com tampa para detritos; c) Não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; d) Possuir utensílios que permitam o consumo dos alimentosde acordo com o número de empregados; e) Dispor de aberturas protegidas por telas de proteção contra o ingresso de insetos e vetores transmissores de doenças. f) Independentemente do número de empregados e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver

local exclusivo para refrigeração e o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento, salvo em caso de fornecimento de alimentação pela empresa;

g) É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos para refeições. 18.9.9.2 Em frentes de trabalho, é obrigatória a existência de locais para refeições nos moldes do subitem 18.9.9.1. 18.9.9.3 Em frentes de trabalho, na impossibilidade de atendimento do subitem 18.9.9.2é obrigatória a existência de local para refeições protegido contra intempéries, observadas condições de conforto e higiene ou disponibilizar transporte do empregado para local de refeição que atenda estes requisitos. 18.9.9.4 Nas situações em que for fornecido ticket refeição pela empresa ao empregado e o local para refeições ficar a menos de 600m (seiscentos metros) de distância do canteiro de obras, fica desobrigada a manutenção de local para refeições no canteiro. 18.9.9.5 Nas situações em que for fornecido ticket refeição pela empresa ao empregado e o local para refeições ficar a mais que 600m (seiscentos metros) de distância do canteiro de obras, só fica desobrigada a manutenção de local para refeições no canteiro se também for fornecido transporte seguro aos empregados. 18.9.10 Cozinha 18.9.10.1 Quando houver cozinha para preparação de alimentos, o responsável pela obra ou frente de trabalho deve adotar todas as medidas para garantir a higiene e a qualidade da alimentação produzida, de acordo com as Boas Práticas para Serviços de Alimentação da ANVISA. 18.9.10.2 A cozinha deve: a) Ter cobertura de material resistente ao fogo; b) Ter pia para lavar os alimentos e utensílios; c) Possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados de manipular

gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura; d) Dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo; e) Possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos; f) Dispor de aberturas protegidas por telas de proteção contra o ingresso de insetos e vetores transmissores de doenças; g) Quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização, em área permanentemente

ventilada e coberta. 18.9.10.3 Deve ser garantida a disposição dos resíduos gerados na cozinha de acordo com as normas sanitárias locais. 18.9.10.4É obrigatório o uso de calçados fechados, aventais e gorros pelos empregados da cozinha. 18.9.11 Lavanderia 18.9.11.1 As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que o empregado alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal. 18.9.11.2 Este local deve ser dotado de lavadoras ou tanques, na proporção de 1 (uma) unidade para cada 20 (vinte) empregados alojados. 18.9.11.3 A empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender ao disposto no subitem 18.9.11.1, desde que sem ônus para o empregado. 18.9.12 Área de Lazer 18.9.12.1 Nas áreas de vivência, devem ser previstos locais para recreação dos empregados alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para esse fim.

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18.9.13 Fornecimento de Água Potável 18.9.13.1 É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada efrescapara os empregados da obra, frentes de trabalhos e alojamento, em condições higiênicas, por meio de bebedouros de jato inclinado com guarda protetora ou outro sistema que ofereça as mesmas condições, na proporção de, no mínimo, um para cada grupo de 25 (vinte e cinco) empregados ou fração, garantindo-se a instalação de bebedouros no refeitório. 18.9.13.2 Nas atividades em que tecnicamente for inviável a instalação de bebedouro dentro dos limites referidos no subitem anterior, as empresas devem garantir, nos postos de trabalho, suprimento de água potável, filtrada efrescafornecida em recipientes portáteis hermeticamente fechados, confeccionados em material apropriado, protegidos contra contaminação, sendo proibido o uso de copos coletivos. 18.9.13.3 Os bebedouros devem ser instalados em locais de acesso fácil e seguro, distando do empregado, no máximo, 15m (quinze metros) no plano vertical, não sendo permitido um deslocamento superior a 150m (cento e cinquenta metros) no plano horizontal dos postos de trabalho aos bebedouros. 18.9.13.4 Os locais de fornecimento e armazenamento de água, poços e as fontes de água potável devem ser protegidos contra a contaminação. 18.9.13.5 Os reservatórios de armazenamento de água devem ser submetidos a processo de limpeza e higienização de forma garantir a potabilidade da água. 18.9.13.6 A água não potável para uso no local de trabalho deve ser armazenada em reservatório distinto da potável, com aviso de advertência da sua não potabilidade em todos os locais de sua utilização. 18.9.13.7 Devem ser previstos lava-botas na entrada das dependências das áreas de vivência e de apoio.

18.10 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, VEÍCULOS E MANUTENÇÃO.

18.10.1 Na fabricação, importação, locação e manutenção de máquinas e equipamentos destinados à indústria da construção, aplica-se o disposto na Norma Regulamentadora Nº 12 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.10.2 Na utilização de máquinas e equipamentos destinados à indústria da construção, aplica-se exclusivamente o disposto no item 18.10 e as recomendações do fabricante. 18.10.3 O responsável pela obra ou frente de trabalho deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos, com identificação por tipo emodelo. 18.10.4 As máquinas, equipamentos e ferramentas devem ser submetidos à inspeção e manutenção de acordo com as normas técnicas nacionais vigentes e recomendações do manual do fabricante e registradas em documentomantido no canteiro de obras constando:a data da inspeção, o tipo de máquina ou equipamento, itens inspecionados, as ocorrências observadas, as medidas corretivas adotadas, a re-inspeção e a indicação de técnico ou empresa que as realizou. 18.10.5 Deve ser mantido, no canteiro de obras, prontuário das máquinas e equipamentos atualizado, integralmente em português, e conter: a) Manual do fabricante ou Laudo de Reconstituição Técnica, elaborado por profissional legalmente habilitado; b) Identificação; c) Ano de fabricação; d) Plano de manutenção preventiva. 18.10.6 O Laudo de Reconstituição Técnica deve conter: a) Nome do fabricante, CNPJ e endereço do fabricante ou importador e locador, quando aplicável; b) Tipo, modelo e capacidade; c) Descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios; d) Diagramas elétricos; e) Riscos e medidas de segurança na sua utilização; f) Procedimentos e periodicidade para as inspeções e manutenção; g) Procedimentos a serem adotados em situações de emergência. 18.10.7 O registro de manutenção deve conter: o tipo de máquina ou equipamento, a data da manutenção, itens inspecionados, as ocorrências observadas, as intervenções realizadas e o visto do responsável que realizou a manutenção.

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18.10.7.1 É proibido manter a sustentação de equipamentos e máquinas somente pelos cilindros hidráulicos, quando em manutenção. 18.10.7.2 Quando em manutenção as máquinas e equipamentos devem ter suas fontes de energia perigosas controladas conforme disposto nesta Norma Regulamentadora. 18.10.8 O operador de máquinas e equipamentos deve ser capacitado e autorizado, portar crachá de identificação e possuir carteira nacional de habilitação, quando dirigir veículos ou máquinas auto propelido sem vias públicas, exceto no caso de plataformas de trabalho aéreo. 18.10.9 As máquinas e equipamentos devem possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu acionamento por pessoa não autorizada. 18.10.10 Todos os componentes elétricos ou eletrônicos que fiquem expostos ao tempo devem ter proteção contra intempéries. 18.10.11 Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas e equipamentos devem ser projetados, selecionados e instalados de modo a que, no que couber: a) Sejam individualizados, para máquinas estacionárias; b) Sejam acionados ou desligados pelo operador na sua posição de trabalho; c) Não se localizem em suas zonas perigosas; d) Possam ser acionados ou desligados, em caso de emergência, por outra pessoa que não seja o operador, exceto nas

máquinas e equipamentos autopropelidos; e) Impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental; f) Não acarretem riscos adicionais; g) Não possam ser neutralizados ou alterados; h) Não possam ser propositadamente tornados inoperantes. 18.10.11.1 As máquinas e equipamentos estacionários devem dispor de dispositivo de parada de emergência em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes, não se aplicando a máquinas e equipamentos auto propelidos e ferramentas manuais. 18.10.11.2 Os comandos de partida ou acionamento das máquinas e equipamentos estacionários devem possuir dispositivos que impeçam o religar automático ao serem energizadas. 18.10.11.3 Todos os comandos, dispositivos de partida e parada devem ser identificados em língua portuguesa ou conter pictogramas compreensíveis pelo empregado. 18.10.12 A operação de máquinas e equipamentos, quando o operador tiver a visão dificultada por obstáculos, deve ser orientada por empregado capacitado por meio de comunicação ou visualização. 18.10.13 As operações de abastecimento de combustível ou recarga das baterias devem ser realizadas em área ventilada, onde não haja risco de incêndio ou explosão. 18.10.14 Nas atividades em que houver possibilidade de capotamento, tombamento ou queda de objetos sobre a cabine das máquinas autopropelidas, em conformidade com a Análise de Risco, devem ser equipadas com sistema de proteção contra capotamento, ou queda de objetos. 18.10.14.1 Excluem-se da exigência de proteção contra capotamento as escavadeiras hidráulicas. 18.10.14.2 Quando for empregado sistema de proteção contra capotamento, é obrigatória a utilização de cinto de segurança. 18.10.14.3 O prazo para o cumprimento das exigências de proteção contra capotamento, tombamento e proteção contra queda de objetos para as máquinas e equipamentos novos é de 36 meses, a partir da data da publicação desta NR. 18.10.15 Nas operações com máquinas e equipamentos devem ser observadas as seguintes medidas de segurança: a) Não devem ser operadas em posição que comprometa sua estabilidade, observadas as recomendações do fabricante; b) O transporte de acessórios e materiais por içamento em conformidade com a Análise de Risco priorizando o isolamento de

área; a) Devem ser tomadas precauções especiais quando da movimentação próximos a redes elétricas;

18.10.15.1 Na operação de máquinas autopropelidas devem ser observadas as seguintes medidas de segurança:

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a) Impedir que a movimentação da máquina exponha empregados ou terceiros a risco de queda, prensagem ou atropelamento;

b) Possuir alarme sonoro para a marcha à ré acoplado ao sistema de câmbio e retrovisores; c) Adotar precauções relativas à ocorrência de explosões ou incêndios em caso de superaquecimento de pneus e sistema de

freio; d) Adotar dispositivos e procedimentos relativos ao enchimento ou esvaziamento de pneus, visando à proteção do

empregado em caso de explosão do pneu ou desprendimento do aro de fixação da roda; 18.10.16 Excluem-se da exigência de cabine para qualquer massa de operação as vibro-acabadoras e fresadoras de asfalto. 18.10.17Máquinas e Equipamentos para Transporte de Materiais e Pessoas 18.10.17.1 É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar não projetado para este fim, observado o disposto no Anexo XII da Norma Regulamentadora Nº 12 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.10.17.2 As disposições deste item aplicam-se à instalação, montagem, telescopagem, desmontagem, operação, teste, manutenção e reparos em máquinas e equipamentos utilizados para transporte de materiais ou de pessoas em canteiros de obras ou frentes de trabalho. 18.10.17.3 Toda empresa fabricante, locadora ou prestadora de serviços em instalação, montagem, desmontagem e manutenção, seja da máquina ou equipamento em seu conjunto ou de parte dele, deve ser registrada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA e estar sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado, com atribuição técnica compatível. 18.10.17.4 Nas obras com altura igual ou superior a 12m (doze metros) é obrigatória a instalação de equipamento de transporte vertical motorizado mecanizado de materiais. 18.10.17.5 Devem ser observados os seguintes requisitos de segurança durante a execução dos serviços de montagem, desmontagem e manutenção de máquinas e equipamentos utilizados para transporte de materiais ou de pessoas: a) Isolamento da área de trabalho; b) Proibição da execução de outras atividades em toda a prumada onde os serviços estejam sendo executados; c) Proibição de execução do serviço em condições meteorológicas não favoráveis em conformidade com a análise de risco; d) Execução dos serviços somente por profissionais qualificados e sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. 18.10.17.6 No transporte de materiais em equipamentos de guindar devem-se adotar medidas preventivas: a) Quando da movimentação de materiais, máquinas e equipamentos próximos às redes elétricas; b) Quanto à sinalização e isolamento da área de movimentação da carga; c) Que garantam a estabilidade na movimentação e transporte de vergalhões, estruturas metálicas e de concreto pré-

moldados, bem como cargas em geral; d) Para garantir o içamento da carga na vertical. 18.10.17.6.1 É proibido: a) A circulação ou permanência de pessoas não envolvidas na operação sob a área de movimentação da carga; b) O transporte do material sem estar acondicionado, amarrado ou contido; 18.10.17.7 As máquinas e equipamentos utilizados para transporte de materiais ou de pessoas devem ser vistoriados diariamente, antes do inicio dos serviços, pelo operador, atendidas as recomendações do manual do fabricante, devendo ser registrada a vistoria. 18.10.17.8 As máquinas ou equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas devem ser operados por empregado capacitado. 18.10.17.9 Os veículos automotores modificados para o transporte de empregados devem atender às seguintes condições mínimas de segurança: a) Registro e licenciamento junto ao Departamento de Trânsito - DETRAN; b) Cabine fechada para transporte de empregados, com altura livre mínima de 1,60m (um metro e sessenta centímetros),

resistência estrutural que evite o esmagamento e que não permita a projeção de pessoas em caso de colisão e ou tombamento do veículo;

c) Assentos com encosto individuais, estofados, com dimensões mínimas de 0,45m (quarenta e cinco centímetros) de largura por 0,35m (trinta e cinco centímetros) de profundidade;

d) Cintos de segurança tipo 3 (três) pontos disponíveis a todos os empregados; e) Barras de apoio para as mãos a 0,10m (dez centímetros) no mínimo da cobertura e para os braços entre os assentos;

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f) Corredor de passagem de pelo menos 0,80m (oitenta centímetros) de largura; g) Transporte de materiais, ferramentas e equipamentos separado da cabine para transporte de empregados; h) Escada com apoio para as mãos para acesso à cabine; i) Sistemas de ventilação que garantam as condições de conforto térmico dos empregados; j) Sistema que permita a comunicação entre os empregados na cabine e o condutor do veículo; k) Saída de emergência.

18.10.18 Elevadores 18.10.18.1 Os elevadores de transporte vertical de material ou de pessoas devem atender às normas técnicas nacionais vigentes e, na sua falta, às normas técnicas internacionais vigentes. 18.10.18.1.1 O disposto no item 18.10.18.1 não se aplica aos elevadores tracionados com um único cabo para transporte exclusivo de material, que devem ser projetados, dimensionados e especificados tecnicamente por profissional legalmente habilitado. 18.10.18.2 As edificações com mais de 27m (vinte e sete metros) de altura a partir do térreo devem possuir elevadores de passageiros, devendo seu percurso alcançar toda a extensão vertical da obra e deve ser instalado a partir da conclusão da laje de piso do quinto pavimento contado a partir do térreo. 18.10.18.2.1 No caso de haver um único elevador para materiais e passageiros, este deverá ser instalado a partir do pavimento térreo e o transporte de passageiros deverá ter prioridade em relação ao de materiais. 18.10.18.3 Os elevadores devem estar de acordo com projeto específico para a construção em que forem instalados contemplando os seguintes requisitos: a) Especificações técnicas da base na qual será montada a torre do elevador, das rampas de acesso aos pavimentos e da

estrutura da torre; b) Quantidade e tipos de ancoragem, em conformidade com especificações do fabricante ou do profissional legalmente

habilitado responsável pelo equipamento. 18.10.18.3.1 Os elevadores devem dispor no mínimo dos seguintes itens de segurança: a) Placa no interior da cabina, contendo a indicação de carga máxima e, caso seja de material, a proibição de transporte de

pessoas; b) Cabine fechada; c) Intertravamento das proteções, monitorado por interface de segurança, atuando por chave com ruptura positiva, que

impeça a movimentação da cabine quando qualquer uma das seguintes condições ocorrer: I. A porta de acesso da cabine não estiver fechada;

II. A rampa de acesso à cabine não estiver recolhida no elevador do tipo cremalheira; III. A porta da cancela de qualquer um dos pavimentos ou do recinto de proteção da base estiver aberta; IV. O alçapão de acesso à parte superior da cabine estiver aberto.

d) Dispositivo eletromecânico de emergência, monitorado por interface de segurança, atuando por chave com ruptura positiva que impeça a queda livre da cabine, interrompendo automática e simultaneamente a movimentação da cabine, de forma a freá-la quando ultrapassar a velocidade de descida nominal;

e) Chave de segurança monitorado por interface de segurança, atuando por chave com ruptura positiva, que impeça que a cabine ultrapasse a ultima parada superior e inferior;

f) Amortecedores de impacto na base caso o mesmo ultrapasse os limites de parada final; g) Sistema, monitorado por interface de segurança, que impeça a movimentação do equipamento quando a carga

ultrapassar a capacidade permitida e que dê um sinal na cabine; h) Inversor de frequência; i) Lacre ou dispositivo no freio de emergência, como controle da intervenção por pessoas autorizadas. 18.10.18.3.2 Quando for utilizada para transporte de passageiros, a cabina deverá possuir: a) Iluminação e ventilação natural durante o uso; b) Indicação do número máximo de passageiros; c) Todas as portas com abertura comandadas somente pelo operador. 18.10.18.3.3 As cabinas, freio de emergência e máquinas de tração dos elevadores devem possuir identificação de forma indelével pelo fabricante, importador ou locador, para garantir a rastreabilidade. 18.10.18.4 É proibido: a) Utilizar elevadores com torre de elevador ou cabine de madeira; b) Utilizar chave do tipo comutadora ou reversora para comando elétrico de subida, descida ou parada;

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c) Transportar simultaneamente pessoas e materiais nos elevadores, com exceção dos elevadores do tipo cremalheira, nos quais somente o operador pode subir junto com a carga, desde que dela esteja fisicamente isolado em toda altura da cabina, mantendo livre a área de acesso ao posto de trabalho;

d) Instalar equipamento ou dispositivo para içamento de materiais em qualquer parte da cabina ou da torre do elevador, salvo nas atividades de montagem, manutenção e desmontagem, de acordo com manual do fabricante.

e) Transportar materiais com dimensões maiores que as da cabine; f) Transportar materiais apoiados nas portas da cabine; 18.10.18.4.1 As torres do elevador de material e do elevador de passageiros devem ser equipadas com chaves de segurança com ruptura positiva que dificulte alterações e impeça a abertura da barreira (cancela), quando o elevador não estiver no nível do pavimento. 18.10.18.4.1.1 O disposto no item 18.10.18.4.1 não se aplica aos elevadores tracionados com um único cabo para transporte exclusivo de material, instalados até 10/5/2015.

18.10.18.4.1.2 Neste caso, a torre do elevador deve ser equipada com dispositivo de segurança que impeça a abertura da barreira (cancela), quando o elevador não estiver no nível do pavimento. 18.10.18.4.1.3 Só será permitida a instalação de elevadores tracionados com um único cabo, para transporte exclusivo de materiais, em edificações com até treze pavimentos, a partir do térreo, ou altura equivalente, até 10/05/2017. 18.10.18.4.1.4 Podem ser utilizados até o término da edificação os elevadores tracionados com um único cabo para transporte exclusivo de materiais, sem limitação de altura, desde que tenham sido instalados até 10/5/2015. 18.10.18.4.1.5 É proibida a instalação de elevadores tracionados com um único cabo para transporte exclusivo de materiais em edificações, a partir de 10/5/2017. 18.10.18.4.2 As torres dos elevadores devem observar os seguintes requisitos: a) Possuir, em todos os seus acessos e na base, barreira de, no mínimo, 1,80m (um metro e oitenta centímetros) de altura,

impedindo que pessoas exponham alguma parte de seu corpo no interior da mesma; b) Intertravamento das proteções, monitorado por interface de segurança, atuando por chave com ruptura positiva, que

impeça a abertura da barreira (cancela), quando o elevador não estiver no nível do pavimento no caso de elevador a cabo para materiais.

18.10.18.4.3 As rampas de acesso à torre de elevador devem: a) Ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé com tela, dimensionado de acordo com item 18.28.5; b) Ter pisos de material resistente, sem apresentar aberturas; c) Não ter inclinação descendente no sentido da torre; d) Possuir altura livre de no mínimo 2,00m (dois metros). 18.10.18.5Deve existir em cada pavimento dispositivo que informe ao operador o local de onde foi realizada a chamada. 18.10.18.6 Devem ser realizados testes dos freios de emergência dos elevadores: a) Na entrega para início de operação; b) A cada 90 (noventa) dias. 18.10.18.6.1 Nas intervenções no sistema de frenagem de emergência deve ser instalado dispositivo para garantir a sustentação, que impeça a queda da cabine. 18.10.18.6.2 Para cada teste deve ser emitido laudo técnico, que deve ser mantido junto com o prontuário do equipamento, contendo: a) Identificação do equipamento testado com informações que permitam a rastreabilidade; b) Métodos e procedimentos empregados no teste; c) Resultado do teste, com informação da distância percorrida até a parada; d) Data do teste; e) Identificação e assinatura do responsável técnico. 18.10.18.6.3 Para cada intervenção deve ser emitido Termo de Entrega Técnica, que deve ser mantido junto com o prontuário do equipamento, contendo: a) Descrição da intervenção realizada; b) Conformidade de funcionamento dos dispositivos de segurança do equipamento; c) Data, identificação e assinatura do responsável pela intervenção;

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d) Identificação e assinatura de recebimento do equipamento pelo responsável pela obra ou seu designado 18.10.19 Elevador a Cabo 18.10.19.1 Os elevadores de tração a cabo para materiais devem dispor de: a) Sistema de trava de segurança para mantê-lo parado em altura, além do freio do motor, quando se tratar de elevadores de

materiais; b) Dispositivo de tração na subida e descida, de modo a impedir a descida da cabina em queda livre (banguela); c) Identificação dos eixos do motor, de saída do redutor e do tambor, de maneira a permitir sua rastreabilidade; d) Sistema de guias nas cabinas, de modo a dispensar a utilização de graxa nos tubos-guias da torre do elevador; e) Sistema que permita a visualização do interior da cabina pelo operador. 18.10.19.1.1 Nos elevadores tracionados a cabo, devem ser observados os seguintes requisitos mínimos de segurança: a) Em qualquer posição da cabina do elevador, o cabo de tração deve dispor de, no mínimo, 6 (seis) voltas enroladas no

tambor; b) No caso de elevadores para carga e passageiros o sistema deve atender aos requisitos das normas técnicas nacionais

vigentes; c) Garantir que a distância entre a roldana livre e o tambor do guincho do elevador esteja compreendida entre 2,5m (dois

metros e cinquenta centímetros) e 3,0m (três metros) de eixo a eixo; d) Instalar proteção resistente desde a roldana livre até o tambor do guincho, de forma a evitar o contato acidental com suas

partes móveis; e) Manter isolada a área no entorno do guincho até roldana livre por anteparos rígidos de modo a impedir a circulação de

empregados; f) Garantir que o trecho da torre do elevador, acima da última laje, seja mantido estaiado pelos montantes posteriores, de

modo a evitar o tombamento da torre no sentido contrário à edificação; g) A altura livre da torre não deve ultrapassar seis metros da última parada do elevador. 18.10.19.2 É proibido o uso de frenagem da cabina por sistema que utilize como princípio de acionamento o monitoramento da tensão do cabo de aço de tração. 18.10.19.3 O elevador de passageiros tracionado a cabo deve ter, além do sistema de frenagem automático, freio manual situado na cabina, interligado ao interruptor de corrente que quando acionado desligue simultaneamente o motor. 18.10.19.4 Os elevadores a cabo para transporte de materiais deve ter comando externo. 18.10.19.5 O posto de trabalho do operador de elevador de materiais deve ser isolado, dispor de proteção contra queda de materiais, e os assentos utilizados devem atender ao disposto na Norma Regulamentadora Nº 17 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.10.19.6 Devem ser realizados ensaios não destrutivos, por ultrassom e partículas magnéticas, dos eixos de saída do redutor e do tambor a cada montagem, respeitados os prazos determinados pelo fabricante ou por no máximo a cada três anos, o que ocorrer primeiro. 18.10.19.6.1 Para os ensaios não destrutivos deve ser emitido laudo técnico, que deve ser mantido no canteiro, contendo: a) Identificação do eixo, de forma a permitir a rastreabilidade; b) Métodos, referências às normas de ensaio; c) Resultado dos ensaios; d) Data, identificação e assinatura do inspetor e responsável técnico pela realização do ensaio. 18.10.20 Elevador de Cremalheira 18.10.20.1 Em relação aos elevadores de cremalheira, deverão ser observados os seguintes requisitos: a) Garantir que trecho da torre do elevador acima da última laje seja mantido estaiado conforme especificações do

fabricante, em função do tipo de torre e seus acessórios de amarração; b) Dispor de elemento sem cremalheira no último elemento da torre, de modo a evitar o tracionamento da cabina,

identificado com coloração diferente dos demais; c) Ser dotado de dispositivo mecânico, que impeça que a cabine se desprenda acidentalmente da torre do elevador; d) Ter, no mínimo, dois conjuntos de freio-motor, sendo que cada um deverá ter capacidade de sustentar individualmente,

em caso de emergência; e) Garantir a utilização somente quando observadas as recomendações do fabricante quanto à folga entre o pinhão e a

cremalheira.

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18.10.20.2 Todo equipamento deve ser inspecionado diariamente, principalmente, quanto às folgas entre pinhão e cremalheira, atendidas as recomendações do fabricante. 18.10.21 Equipamentos de Guindar 18.10.21.1 Os equipamentos de guindar devem dispor dos seguintes itens de segurança, de acordo com as especificidades de cada equipamento: a) Limitador de momento máximo; b) Limitador de carga máxima; c) Limitador de altura que permita a frenagem do moitão na elevação e, quando necessário, também na descida; d) Alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta; e) Alarme sonoro com acionamento automático, quando o limitador de carga ou momento estiver atuando; f) Trava de segurança no gancho do moitão; g) Anemômetro com sistema indicativo da velocidade do vento no interior da cabine do operador, quando se tratar de

guindastes e gruas, com altura acima de 35m (trinta e cinco metros) do nível do solo; h) Dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço; i) Limitadores de curso para o movimento de translação, quando instaladas sobre trilhos; j) Dispositivo de segurança para evitar o indevido cancelamento dos limitadores de carga e momento; k) Indicador de nível da base do equipamento; l) Limitador de inclinação.

18.10.21.2 É proibida a colocação de placas de publicidade na estrutura do equipamento de guindar, salvo quando especificado pelo fabricante, locador ou responsável técnico do equipamento. 18.10.21.3 Os dispositivos auxiliares de içamento devem atender aos seguintes requisitos: a) Dispor de forma indelével a identificação do fabricante, o número de ativo ou de série que permita sua rastreabilidade e a

capacidade de carga para o qual foi projetado; b) Ser inspecionado pelo sinaleiro ou amarrador de cargas, antes de entrar em uso; c) Ser certificados ou dispor de projeto elaborado por profissional legalmente habilitado com especificação do dispositivo e

descrição das características mecânicas básicas do equipamento. 18.10.21.3.1 As atividades de movimentação de cargas suspensas devem ser precedidas de análise de risco e devem estar previstas em procedimento operacional. 18.10.21.4 A operação de equipamentos de guindar deve ser precedida de inspeção de acordo com lista de verificação, atendidas as recomendações do fabricante ou locador. 18.10.21.4.1 As inspeções devem ser realizadas diariamente pelo: a) Operador do equipamento; b) Sinaleiro ou amarrador para os acessórios de movimentação de carga; 18.10.21.4.2 Os andaimes ou plataformas em balanço, utilizados para recepção das cargas, devem ser inspecionados diariamente, por empregado autorizado, 18.10.21.5É proibida a movimentação de cargas: a) Com peso desconhecido; b) Em ações de arraste, içamento inclinado ou em diagonal, exceto os equipamentos projetados com esta finalidade, como

draglines, eletroímãs e clamshells; c) Que não estiverem totalmente desprendidas de qualquer ponto da edificação, do solo ou de qualquer outra estrutura ou

objeto que ofereça resistência ao movimento. 18.10.21.6 A cabine de operação do equipamento de guindar deve dispor de: a) Assento ergonômico; b) Proteção contra incidência de raios solares e intempéries, que não comprometa a visibilidade nas operações noturnas; c) Tabela de cargas máxima em todas as condições de uso, escrita em língua portuguesa, disponibilizada no interior da cabine

e de fácil visualização pelo operador. 18.10.21.7 Os controles para operação de equipamentos comandados por controle remoto devem: a) Conter identificação correspondente ao equipamento; b) Possuir orientação do sentido correto de funcionamento.

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18.10.21.8 Na impossibilidade da visualização da carga, em todo o seu percurso, pelo operador, a movimentação por equipamento de guindar deve ser orientada por sinaleiro ou amarrador, que deve usar vestimenta de alta visibilidade em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes.

18.10.21.9 Ooperador, sinaleiro ou amarrador devem: a) Receber treinamento com carga horária mínima de 16 (dezesseis horas); b) Realizar treinamento periódico, a cada dois anos, carga horária mínima de 16 (dezesseis horas) conforme conteúdo

programático definido pelo empregador. 18.10.21.10 Os equipamentos tipo gruas de pequeno porte de coluna ou similar (tipo "Velox") devem ser providas de dispositivo próprios para sua fixação e o tambor deve estar nivelado para garantir o enrolamento adequado do cabo. 18.10.22 Gruas. 18.10.22.1 A grua deve dispor dos seguintes itens de segurança: a) Limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades; b) Sistema de controle de carga admissível ao longo da lança ou placas indicativas de carga admissível ao longo da lança,

conforme especificado pelo fabricante; c) Luz de obstáculo no ponto mais alto da grua; d) Cabo de segurança para conexão do equipamento de proteção individual para o acesso à torre, lança e contra lança; e) Limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico; f) Guarda corpo na transposição entre a escada de acesso e o posto de trabalho do operador e na contra lança, conforme

item 18.28.5; g) Escadas fixas conforme disposto no item 18.21; h) Limitadores de movimento para lanças retráteis ou basculantes; i) Dispositivo automático com alarme sonoro que indique a ocorrência de ventos superiores a 42Km/h (quarenta e dois

quilômetros por hora).

18.10.22.2 O trabalho sob condições de ventos com velocidade acima de 42km/h (quarenta e dois quilômetros por hora) deve ser precedido de Análise de Risco específica e autorizado mediante Permissão de Trabalho. 18.10.22.2.1 Sob nenhuma condição é permitida a operação com gruas quando da ocorrência de ventos com velocidade superior a 72 km/h (setenta e dois quilômetros por hora). 18.10.22.3 O Prontuário da Grua, além do disposto no item 18.10.5, deve conter, quando aplicável: a) Dados completos da obra contendo:

I. Localização; II. Tipo de obra;

III. Duração prevista de utilização do equipamento na obra; b) Registro no CREA do fabricante ou locador e da empresa que realiza a manutenção e montagem da grua; c) Alturas inicial e final de montagem; d) Tipo e raio de abrangência da lança; e) Capacidade máxima de ponta, indicando o número de tramos; f) Se provida ou não de coletor elétrico; g) Planilha de esforços sobre a base e na estrutura e croqui contendo as localizações de posicionamento de estais e

ancoragens tanto no solo como na construção; h) Projeto da base da grua, inclusive se for grua móvel sobre trilhos; i) Projetos para a passarela de acesso à torre da grua; k) Cópia dos certificados de treinamentos dos operadores de grua e sinaleiros ou amarradores de carga; a) Termos de liberação e uso, conforme item 18.10.22.4; b) Análise de risco para as atividades de montagem, desmontagem e telescopagem da grua. c) Croqui de localização da grua; d) Laudo de aterramento elétrico elaborado por profissional legalmente habilitado, realizado no mínimo a cada seis meses. 18.10.22.4 É obrigatória a emissão de Termo de Entrega Técnica e Liberação para Uso, assinada por profissional legalmente habilitado,que deve ser entregue mediante recibo no término da montagem inicial e após qualquer intervenção de inspeção ou manutenção da grua, contendo, no mínimo: a) Descrição de todas as ações executadas; b) Resultados dos testes de carga e sobrecarga, se efetuados;

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c) Data, identificação e respectivas assinaturas do responsável pelo trabalho executado e por quem o aceita como bem realizado;

d) A explícita afirmação impressa ou carimbada no documento de que “todos os dispositivos e elementos de segurança do equipamento estão plenamente regulados e atuantes para a sua operacionalização segura”.

18.10.22.5 A ponta da lança e o cabo de aço de levantamento da carga devem ficar: a) No mínimo, a 3m (três metros) de qualquer obstáculo; b) Afastados da rede elétrica conforme orientação da concessionária local. 18.10.22.5.1 Para distanciamentos inferiores a 3m (três metros) de qualquer obstáculo a interferência deverá ser objeto de análise técnica, por profissional legalmente habilitado, dentro do Plano de Cargas. 18.10.22.6 O posicionamento das ancoragens e estais devem obedecer as especificações do fabricante, locador ou empresa responsável pela montagem do equipamento. 18.10.22.7 As gruas ascensionais só poderão ser utilizadas quando suas escadas de sustentação dispuserem de sistema de fixação ou quadro-guia que garantam seu paralelismo. 18.10.22.8 Para operações de telescopagem, montagem e desmontagem de gruas ascensionais, o sistema hidráulico deve ser operado fora da torre, não sendo permitida a presença de pessoas no interior do equipamento quando em movimento. 18.10.22.8.1 Em casos previstos pelo fabricante, é permitida a presença de pessoas para inspeção e verificação do acionamento do sistema hidráulico, mediante supervisão presencial do profissional legalmente habilitado com a elaboração de Análise de Risco específica para a operação.

18.10.22.9 Deve ser elaborado laudo estrutural e operacional quanto à integridade estrutural e eletromecânica sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado nas seguintes situações: a) Grua que não dispuser de identificação do fabricante, não possuir fabricante ou importador estabelecido; b) Conforme periodicidade estabelecida pelo fabricante ou no máximo a cada 20 anos; c) A cada dois anos, para equipamentos com mais de 20 anos de uso; d) Quando ocorrer algum evento que possa comprometer a sua integridade estrutural e eletromecânica, a critério de

profissional legalmente habilitado 18.10.22.10 As travas de segurança para bloqueio da movimentação de giro da lança da grua, quando fora de serviço, somente podem ser utilizadas, mediante projeto específico atendidas às recomendações do fabricante. 18.10.22.11 As atividades de movimentação de cargas suspensas com o uso de gruas devem ser planejadas, com previsão no Plano de Movimentação de Cargas Suspensas. 18.10.22.11.1 O Plano de Movimentação de Cargas Suspensas deve: a) Ser elaborado para cada equipamento de movimentação; b) Ser elaborado por profissional legalmente habilitado em conformidade com a Análise de Risco; c) Ser implantado sob responsabilidade do responsável técnico da obra; d) Considerar a planilha de esforços na base e na estrutura do equipamento; e) Considerar a análise prévia do solo ou piso que suportará o equipamento; f) Considerar a área de cobertura do equipamento de guindar, bem como interferências com áreas além do limite da obra;

18.10.22.11.2 O Plano de Movimentação de Cargas Suspensas deve conter: a) Identificação do equipamento; b) Croqui dos locais de movimentação de cargas suspensas e operação do equipamento; c) Análise de Risco da operação de movimentação; d) Procedimentos Operacionais, quando se tratar de operações rotineiras de movimentação de cargas; e) Permissão de Trabalho, quando se tratar de operações não rotineiras de movimentação de cargas; f) Listas de verificação do equipamento e dos dispositivos de movimentação de cargas. g) Medidas preventivas complementares quando da existência de outro equipamento de guindar com risco de interferência

entre seus movimentos. 18.10.23 Grua de Pequeno Porte 18.10.23.1 São considerados gruas de pequeno porte,os equipamentos que atendam simultaneamente às seguintes características: a) Raio máximo de alcance da lança de 6m (seis metros); b) Capacidade de carga máxima não superior a 500 kg (quinhentos quilogramas);

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c) Altura máxima da torre de 6m (seis metros) acima da laje em construção. 18.10.23.1.1 As gruas de pequeno porte devem atender às mesmas exigências previstas para equipamentos de guindar e gruas, exceto para os seguintes itens: a) Subitem 18.10.21.1, exceto as alíneas “g", “i” e “j”;

b) Subitem18.10.22.1, exceto as alíneas “a”, “b”, “c”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i” e “j”

18.10.23.1.2 Somente poderá ocorrer trabalho sob condições de ventos com velocidade acima de 42km/h (quarenta e dois quilômetros por hora) mediante operação assistida.

18.10.23.1.2.1 Sob nenhuma condição é permitida a operação com gruas de pequeno porte quando da ocorrência de ventos com velocidade superior a 72Km/h (setenta e dois quilômetros por hora).

18.10.23.1.3 As gruas ascensionais só poderão ser utilizadas quando suas escadas de sustentação dispuserem de sistema de fixação ou quadro-guia que garantam seu paralelismo.

18.10.23.1.4 As gruas de pequeno porte devem possuir: a) Comando elétrico por botoeira ou manipulador a cabo, respeitando voltagem máxima de 24 V (vinte e quatro volts); b) Botão para parada de emergência. 18.10.23.1.5 É proibido o uso de grua de pequeno porte: a) Com giro da lança inferior a 180°; b) Com movimento de giro da lança manual. 18.10.24 Plataformas de Trabalho Aéreo 18.10.24.1 Plataforma de Trabalho Aéreo - PTA é o equipamento móvel, autopropelido ou não, dotado de uma estação de trabalho (cesto) com controles de operação e sustentado em sua base por haste metálica (lança, mastro ou tesoura), capaz de erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado. 18.10.24.1.1 Ficam excluídas deste item as plataformas de trabalho com sistema de movimentação vertical em pinhão e cremalheira e plataformas hidráulicas não propelidas. 18.10.24.2 A PTA deve atender às especificações técnicas do fabricante quanto a aplicação, operação, manutenção e inspeções periódicas. 18.10.24.3 A PTA deve possuir: a) Dispositivo mecânico e ou hidráulico que permita o nivelamento do cesto, evite seu basculamento e assegure que o nível

do cesto não oscile além do especificado pelo fabricante em relação ao plano horizontal durante os movimentos do braço móvel;

b) Indicador de nível do chassi; c) Alarme sonoro e luminoso que indique que o chassi está além da inclinação indicada pelo fabricante; d) Dispositivo que impede o deslocamento da plataforma quando atingida a inclinação máxima do chassi, caso a lança esteja

elevada; e) Ponto de ancoragem no cesto para fixação de cinto de segurança; f) Alça de apoio interno para as mãos; g) Guarda-corpo que atenda ao disposto no item 18.28.5; h) Painel de comando, no cesto e no chassi, com botão de parada de emergência; i) Dispositivo de emergência, no chassi, que possibilite baixar o empregado e a plataforma até o solo em caso de pane

elétrica, hidráulica ou mecânica; j) Sistema de sinalização sonora acionado automaticamente durante a subida e a descida. 18.10.24.3.1 É dispensado o disposto na alínea “f” nos equipamentos que realizam progressão vertical somente no plano do chassi. 18.10.24.4 Em relação à PTA, é proibido: a) A utilização para o transporte de pessoas e materiais não vinculados aos serviços em execução; b) A realização de alterações que não estejam conforme as recomendações do fabricante; c) O posicionamento ou fixação em qualquer outro objeto que tenha por finalidade lhe dar equilíbrio; d) A operação do equipamento em situações que contrariem as recomendações do fabricante. 18.10.24.5 Considera-se empregado capacitado para operar PTA aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de 8h (oito horas), em conformidade com o item 18.7.5.

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18.10.24.6 Antes do uso da PTA deve: a) Inspecionar o local de trabalho; b) Inspecionar o equipamento, verificando o seu funcionamento, em conformidade com recomendações do fabricante; c) Isolar e sinalizar o entorno do local de trabalho; 18.10.24.7 Quando fora de serviço, a PTA deve permanecer recolhida em sua base desligada e protegida contra acionamento não autorizado. 18.10.25 Serra Circular de Bancada 18.10.25.1 A máquina de serra circular de bancada deve atender às disposições a seguir: a) Ser dotada de estrutura metálica estável; b) Ter sistema de aterramento; c) O disco deve ser adequado ao tipo de material a ser cortado, mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando

apresentar trincas, dentes quebrados, empenamentos ou qualquer outra condição determinada pelo fabricante; d) As transmissões de força mecânica e a face inferior do disco devem estar protegidas obrigatoriamente por anteparos fixos

e resistentes; e) Possuir coifa protetora resistente à projeção de partes metálicas, automaticamente ajustável ao disco e à peça que está

sendo cortada; f) Ser dotada de dispositivo que possibilite a regulagem da altura do disco; g) Possuir dispositivo que impeça o retrocesso da madeira; h) Possuir dispositivo coletor de serragem; i) Ser dotada de guia de alinhamento; j) Possuir dispositivo empurrador acoplado ao equipamento; k) Possuir dispositivo que impeça o funcionamento do equipamento na substituição do disco; 18.10.25.2 Não utilizar serras de bancada com discos de grandes diâmetros e altas rotações para o corte de pequenas peças, como cunhas, marcadores etc. 18.10.25.3 Antes e iniciar o corte, analisar a natureza da madeira, as condições do disco, do cutelo divisor, da coifa protetora, da proteção do sistema de transmissão, dos dispositivos auxiliares (empurradores, guia de alinhamento e suportes). 18.10.26 Máquinas de Movimentação de Terra 18.10.26.1 Nos serviço com máquinas de movimentação de terra: a) Estacionar a máquina em piso firme; b) Antes do início da utilização do equipamento deve ser verificada a interferência com linhas subterrâneas ou cabos

energizados na área de operação do equipamento; c) Proibir a permanência de pessoas na zona de trabalho da máquina; d) Sinalizar o localsobre os perigos da movimentação da máquina; e) Realizar a manutenção e conservação periódica da máquina; f) Proibir o transporte de pessoas na máquina; g) Não devem ser realizadas manutenção, com a máquina funcionando; h) O condutor não deve abandonar a máquina sem parar o motor e acionar o freio de estacionamento; i) Realizar o trabalho em bordas de taludes e em solos instáveis, conforme distâncias recomendadas pelo projetista; 18.10.26.1.1 Nos serviços com retroescavadeira e escavadeira: a) Ao finalizar o trabalho da máquina a caçamba deve ficar apoiada no solo; b) Retirar a chave geral; c) Durante a escavação do terreno, a máquina deve estar apoiada sobre os estabilizadores. 18.10.26.2 Nos serviços com caminhões basculantes: a) Estacionar o caminhão em piso nivelado e firme; b) Não será permitida a colocação em marcha quando a caçamba estiver levantada; c) Quando da descarga de material em proximidades das valas e taludes, deve-se aproximar a uma distância mínima da

borda, equivalente à metade da profundidade da vala. d) Usar calços nas rodas do caminhão para evitar que ele se movimente quando parado. 18.10.26.3 Nos serviços com caminhões betoneira: a) Assegurar que, antes de sua operação, estes estejam freados e com suas rodas travadas, implantando medidas adicionais

no caso de pisos inclinados ou irregulares.

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b) Ao lavar o concreto incrustado no funil e na calha o empregado necessita verificar a necessidade de utilização de cinturão de segurança tipo paraquedista, quando a altura for superior a 2,00m (dois metros).

18.10.26.4 Nos serviços com caminhões pipa: a) Só será permitida a subida do empregado sobre o caminhão se houver escada e guarda corposinstalados sobre o tanque

do caminhão; b) Nunca direcionar o jato de água em fios elétricos, transformadores, etc.

18.10.26.5 Nos serviços com caminhões munck (guindauto): a) Estacionar o caminhão em piso nivelado e firme; b) Apoiar as patolas em pranchas de madeiras o outro material resistente, para evitar o seu afundamento e movimentação

do caminhão; c) Sinalizar e isolar o raio de ação da lança e manter livre de quaisquer obstáculos; d) É obrigatória a existência da trava de segurança no gancho; e) O operador nunca deve abandonar o munck com a carga suspensa; f) Não arrastar cargas e nunca movimentar o veículo com a carga suspensa;

18.10.26.6 Nos serviços com caminhões comboio: a) Estacionar o caminhão em piso nivelado e firme; b) É proibido abastecer o veículo com o motor em funcionamento efumar quando o veículo estiver sendo abastecido ou

quando estiver sendo realizado algum serviço de manutenção que envolva produto inflamável; 18.10.26.7 Os serviços com bomba de argamassa (argamassadeira) só poderão ser iniciados se as partes com risco de agarramento (correias, polias) estiverem devidamente isoladas e a grelha da argamassadeira possuir dispositivo que impeça a prensagem dos dedos quando aberta. 18.10.26.8 Em serviços com bomba de recalque para fluidos: a) A alça da bomba deve ser revestida com material isolante; b) O cabo elétrico da bomba deve possuir três fases e um terra; c) Na inexistência da fase terra, deve ser providenciado um fio-terra ligado à carcaça da bomba e outra no terminal terra do

painel de distribuição; 18.10.26.9 Nos serviços com Empilhadeiras a) Não levantar a carga com a empilhadeira em movimento; b) Transitar sempre com os garfos acima do chão, entre 0,15m (quinze centímetros) a 0,20m (vinte centímetros), observando

os obstáculos; c) Somente transportar líquidos inflamáveis ou corrosivos em recipientes especiais; d) Transportar cilindros de gases em gaiolas especiais e bem amarrados com correntes.

18.11 FERRAMENTAS ELÉTRICAS E MANUAIS.

18.11.1 Os empregados devem ser capacitados para a utilização segura das ferramentas. 18.11.1.1 Os empregados que fazem uso de ferramentas elétricas, pneumáticas e de fixação à pólvora devem ser capacitados e autorizados. 18.11.1.2 As ferramentas devem ser submetidos à inspeção e manutenção de acordo com as normas técnicas nacionais vigentes. 18.11.1.3 As ferramentas manuais que possuam gume ou ponta devem ser protegidas com bainha de couro ou outro material de resistência e durabilidade equivalentes. 18.11.1.4 Quanto às ferramentas pneumáticas devem ser observados os seguintes requisitos: a) A válvula de ar da ferramenta manual deve fechar-se automaticamente, quando cessar a pressão da mão do operador

sobre os dispositivos de partida; b) As mangueiras e conexões de alimentação das ferramentas pneumáticas devem:

I. Resistir às pressões de serviço, permanecendo firmemente presas aos tubos de saída; II. Estar afastadas das vias de circulação ou protegidas ;

III. Ser dotadas de dispositivo auxiliar, que garanta a contenção da mangueira, evitando o chicoteamento em caso de desprendimento acidental.

c) O suprimento de ar para as mangueiras deve ser desligado e aliviada a pressão, quando a ferramenta pneumática não estiver em uso;

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d) Devem possuir dispositivo de partida instalado de modo a reduzir ao mínimo a possibilidade de funcionamento acidental. 18.11.1.5 Em relação às ferramentas, são proibidos: a) O uso em atividades distintas da finalidade para a qual foram projetadas; b) O uso quando defeituosas ou danificadas; c) O porte em bolsos e outros locais não destinados a essa finalidade; d) Que sejam deixadas sobre passagens, escadas, andaimes e outras superfícies de trabalho ou de circulação, devendo ser

guardadas em locais apropriados, quando não estiverem em uso; e) A utilização de ferramentas elétricas manuais sem duplo isolamento. 18.11.1.6 Quando utilizadas ferramentas de fixação de pinos devem-se observar as seguintes disposições: a) Antes da fixação de pinos por ferramenta de fixação devem ser verificados o tipo e a espessura da superfície de aplicação,

o tipo de pino e finca-pino mais adequados; b) A região oposta à superfície de aplicação deve ser previamente inspecionada e isolada; d) Devem ser transportadas ou guardadas descarregadas (sem o pino e o finca-pino). 18.11.1.7Quando utilizadas lixadeira, esmerilhadeira, policorte devem ser observados os seguintes requisitos: a) O equipamento deve possuir todas as proteções previstas pelo fabricante; b) Deve ser utilizado o disco abrasivo adequado para a atividade a ser realizada;

18.12 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS

18.12.1 O armazenamento de materiais deve ser feito observando-se os seguintes requisitos: a) Garantir que a carga armazenada não supere a carga prevista no dimensionamento dos apoios; b) Não prejudicar a circulação de materiais e o trânsito de veículos e de pessoas; c) Não obstruir as rotas de fuga e o acesso aos equipamentos de combate a incêndio; d) Utilizar dispositivos de apoio quando os materiais forem movimentados por equipamentos de guindar. 18.12.2 Quando organizado em camadas ou pilhas, o armazenamento deve observar adicionalmente os seguintes requisitos: a) Estabilidade das camadas ou pilhas de materiais, considerando inclusive a sequência planejada para a retirada dos

materiais; b) Organização dos materiais de grande comprimento ou dimensão em camadas, com espaçadores e peças de retenção; c) Afastamento do material empilhado das estruturas laterais da edificação a uma distância de, no mínimo, 0,50m (cinquenta

centímetros); d) Afastamento da borda do piso equivalente à altura da pilha sempre que os materiais forem empilhados sobre pisos

elevados, exceto quando houver elementos protetores dimensionados. 18.12.2.1 É proibido apoiar a pilha de materiais diretamente sobre piso instável, úmido ou desnivelado. 18.12.3 O armazenamento de materiais tóxicos, corrosivos e inflamáveis deve observar, adicionalmente: a) Substâncias perigosas devem ser mantidas embaladas, sinalizadas e rotuladas; b) Acesso às áreas de armazenamento deve ser permitido somente a pessoas autorizadas pela empresa; c) Adoção de medidas de proteção contra incêndio e explosões no local de operação, incluindo proibição de fumar, o

controle de qualquer fonte de ignição ou de calor e os aterramentos elétricos necessários; d) Utilização de instalações e equipamentos adequados aos níveis de proteção e certificados, quando em área classificada; e) Manter disponível as FISPQ no local de armazenamento; f) As condições de incompatibilidade de materiais; g) A ventilação do local de armazenamento; h) Utilização de dispositivos de contenção, quando do armazenamento de materiais líquidos. 18.12.4 O armazenamento das lâminas de vidro e peças de pedras naturais deve observar o disposto nas normas técnicas nacionais vigentes, além das seguintes medidas: a) Proteger as arestas das contra contatos acidentais; b) Armazenar em cavaletes dimensionados em relação às cargas a serem suportadas e aos impactos acidentais e revestidos

com material que não danifiquem as bordas; c) Armazenar as peças em cavaletes inclinados; d) Vedar o armazenamento de lâminas de vidro com diferentes características de tipo, espessura, dureza e acabamento em

um mesmo cavalete; e) Dotar de calços de apoio quando do armazenamento horizontal.

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18.13 DEMOLIÇÃO

18.13.1 Toda demolição deve ser precedida de plano de demolição elaborado, implantado e acompanhado por profissional legalmente habilitado. 18.13.1.1 O Plano de Demolição deve ser parte integrante do PCMAT e deve contemplar: a) Descrição da estrutura a ser demolida; b) Plano de ataque com a sequência executiva de demolição; c) Processo a ser utilizado na demolição; d) Máquinas e equipamentos a serem utilizados; e) Análise de riscos e procedimentos relativos a cada etapa do processo de demolição; f) Medidas de proteção coletivas previstas. 18.13.2 Antes de iniciar a demolição, devem ser adotadas as seguintes medidas: a) Desligar e retirar as linhas de utilidades, tais como energia elétrica, água, inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos,

substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de escoamento de água, respeitadas as normas técnicasnacionaisvigentes; b) Remover caixilhos, vidros, forros e outros elementos frágeis; c) Retirar as substâncias tóxicas, líquidos e gases inflamáveis, quando presentes na estrutura a ser demolida ou nos objetos

removidos e proceder a descontaminação do ambiente; d) Fechar todas as aberturas existentes no piso e paredes, salvo as que forem utilizadas para escoamento de materiais; e) Instalar as plataformas de retenção de entulho e redes, quando a altura for superior 12m (doze metros); f) Isolar a área de risco no entorno da estrutura a ser demolida; g) Escorar as lajes abaixo da demolição quando previstas em projeto, elaborado por profissional legalmente habilitado;

18.13.2.1. Nas atividades em que for tecnicamente inviável o disposto no subitem 18.13.2, alínea “a”, devem ser adotados procedimentos de controle de energias perigosas, conforme item 18.33. 18.13.2.2 Durante a execução da demolição, devem ser adotadas as seguintes medidas: a) Manter as escadas desimpedidas e livres para a circulação de emergência, as quais somente serão demolidas na medida

em que forem retirados os materiais dos pavimentos superiores; b) Remover objetos pesados ou volumosos somente mediante o emprego de dispositivos mecânicos; c) Dispor os elementos construtivos provenientes da demolição em conformidade com o subitem 18.12.1; d) Assegurar o controle dos agentes químicos, físicos e biológicos que possam causar dano à saúde do empregado; e) Manter umedecidos os materiais que possam liberar poeira durante a demolição e remoção ou adotar outras medidas

para controlar a exposição dos empregados e vizinhos à poeira, quando indicado pela análise de risco; f) Adotar medidas técnicas para evitar a queda e projeção de materiais. 18.13.2.3 No caso de demolição de edifícios, devem ser instaladas plataformas de retenção de entulhos a, no máximo, 2 (dois) pavimentos abaixo do que será demolido, com dimensão mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e inclinação de 45° (quarenta e cinco graus), em todo o perímetro da obra, salvo se a Análise de Risco dispuser de modo diferente. 18.13.2.4 Ficam proibidos: a) A permanência de pessoas nos pavimentos que possam ter sua estabilidade comprometida no processo de demolição; b) O lançamento em queda livre de materiais em locais abertos ou sem proteções laterais; c) O abandono dos elementos da construção em demolição em posição que torne possível o seu desabamento.

18.14 SOLDAGEM E CORTE A QUENTE

18.14.1 Todo trabalho de soldagem e corte a quente deve ser executado por profissional qualificado. 18.14.2 Nos locais onde se realizam trabalhos de soldagem e corte a quente, deve ser efetuada inspeção preliminar, de modo a assegurar que o local de trabalho e áreas adjacentes: a) Estejam limpos, secos e isentos de agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes; b) Sejam liberados após constatação da ausência de atividades incompatíveis com o trabalho de soldagem e corte a quente. 18.14.3Devem ser tomadas as seguintes medidas de proteção contra incêndio nos locais onde se realizam trabalhos de soldagem e corte a quente: a) Eliminar ou manter sob controle possíveis riscos de incêndios; b) Instalar proteção física adequada contra fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras, de modo a evitar o contato com

materiais combustíveis ou inflamáveis, bem como interferir em atividades paralelas ou na circulação de pessoas; c) Manter sistema de combate a incêndio desimpedido e próximo à área de trabalho;

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d) Inspecionar, ao término do trabalho, o local e as áreas adjacentes, a fim de evitar princípios de incêndio. 18.14.4 Para o controle de fumos e contaminantes decorrentes dos trabalhos de soldagem e corte a quente, devem ser implantadas as seguintes medidas: a) Limpar adequadamente a superfície e remover os produtos de limpeza utilizados antes de realizar qualquer operação; b) Providenciar renovação de ar a fim de eliminar gases, vapores e fumos empregados ou gerados durante os trabalhos de

soldagem e corte a quente, quando realizado em locais fechados. 18.14.5 Sempre que ocorrer mudança nas condições ambientais estabelecidas, as atividades devem ser interrompidas, avaliando-se as condições ambientais e adotando-se as medidas necessárias para adequar a renovação de ar. 18.14.6 Nos trabalhos de soldagem e corte a quente, que utilizem gases devem ser adotadas as seguintes medidas: a) Utilizar somente gases adequados à aplicação, de acordo com as informações do fabricante; b) Seguir as determinações indicadas na ficha de informação de segurança de produtos químicos - FISPQ; c) Utilizar reguladores de pressão e manômetros e em conformidade com o gás empregado; d) Utilizar acendedores apropriados, que produzam somente centelhas e não possuam reservatório de combustível, para o

acendimento de chama do maçarico; e) Impedir o contato de oxigênio a alta pressão com matérias orgânicas, tais como óleos e graxas. 18.14.6.1 É proibida a instalação de adaptadores entre o cilindro e o regulador de pressão. 18.14.6.2 No caso de equipamento de oxiacetileno, deve ser utilizado dispositivo contra retrocesso de chama nas alimentações da mangueira e do maçarico. 18.14.6.3 Somente é permitido emendar mangueiras por meio do uso de conector, em conformidade com as especificações técnicas do fabricante. 18.14.6.4 Os cilindros de gás devem ser: a) Mantidos em posição vertical e devidamente fixados; b) Afastados de chamas, de fontes de centelhamento e de calor e de produtos inflamáveis; c) Instalados de forma a não se tornar parte de circuito elétrico, mesmo que acidentalmente; d) Transportados na posição vertical, com capacete rosqueado, por meio de equipamentos apropriados, devidamente

fixados, evitando-se colisões; e) Mantidos com as válvulas fechadas e guardados com o protetor de válvulas (capacete rosqueado), quando inoperantes ou

vazios. 18.14.6.5 Sempre que o serviço for interrompido, devem ser fechadas as válvulas dos cilindros, dos maçaricos e dos distribuidores de gases. 18.14.6.6 Os equipamentos e as mangueiras inoperantes ou que não estejam sendo utilizados devem ser mantidos fora dos espaços confinados. 18.14.6.7 É proibida a instalação, utilização e armazenamento de cilindros de gases em ambientes confinados. 18.14.7 A Análise de Risco prevista no item 18.6.2 “f” para trabalhos a soldagem e corte a quente deve incluir: a) O estabelecimento das medidas de controle e seu raio de abrangência; b) A necessidade de isolamento e sinalização da área; c) A necessidade de vigilância especial contra incêndios (observador). 18.14.7.1 Quando definido na Análise de Risco, o observador deve permanecer no local, em contato permanente com as frentes de trabalho, até a conclusão do serviço. 18.14.7.2 O observador deve receber treinamento ministrado por empregado capacitado em prevenção e combate a incêndio, com carga horária mínima de 8 (oito) horas e conteúdo programático mínimo contemplando: a) Classes de fogo; b) Métodos de extinção; c) Tipos de equipamentos de combate a incêndio; d) Sistemas de alarme e comunicação; e) Rotas de fuga; f) Equipamentos de proteção individual e coletiva; g) Práticas de prevenção e combate a incêndio.

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18.14.7.2.1 Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente, tanque ou similar que envolvam geração de gases, é obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para eliminar riscos de explosão e intoxicação do empregado. 18.14.8 Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados. 18.14.8.1 Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem devem ser mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes.

18.15 ESCAVAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES.

18.15.1As escavações com mais de 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos empregados. 18.15.1.1 As dimensões mínimas para trabalho no interior das escavações devem ser de: a) 0,50 (cinquenta centímetros) de largura para cava de fundação; b) 0,80 (oitenta centímetros) de largura para valas; c) 0,80 (oitenta centímetros)de diâmetro para tubulões. 18.15.2 É proibido o trabalho: a) Em escavações com profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) que não tenham sua

estabilidade garantida; b) Em proximidades de taludes que não tenham sua estabilidade garantida. 18.15.3 Os serviços de escavação devem ser precedidos de projeto e estar sob responsabilidade e supervisão de profissional legalmente habilitado, observadas as condições exigidas nas normas técnicas nacionais vigentes. 18.15.3.1 Os serviços de escavação devem ser precedidos de Análise de Risco e contemplados no PCMAT. 18.15.3.2 O Plano de Segurança é aplicável à escavação quando for identificado o risco de soterramento na Análise de Risco ou quando a profundidade for superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros). 18.15.3.2.1 O Plano de Segurança deve ser baseado no projeto e prever: a) Descrição do local; b) Processo de execução; c) Análise de risco; d) Medidas de proteção coletivas e individuais; e) Distância da deposição dos materiais retirados em relação à área de trabalho; f) Distância do isolamento no entorno da área de trabalho; g) Distância de movimentação de equipamentos e veículos em relação à área de trabalho; h) Sinalização de advertência, inclusive noturna, quando aplicável; i) Condições impeditivas de execução. 18.15.3.2.2 O Plano de Segurança nas atividades de escavação deve: a) Ser baseado em laudo geotécnico da obra; b) Elaborado por profissionais habilitados responsáveis pelo projeto, pela execução e pela segurança do trabalho; c) Prever que a área de trabalho esteja ventilada e monitorada, quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de

gás. 18.15.4 Todo serviço de escavação deve ser executado por empregado capacitado. 18.15.5 O acesso às áreas de escavação deve ser sinalizado e somente é permitido a pessoas envolvidas na atividade. 18.15.6 As atividades de escavação devem ser realizadas por processos umidificados ou que evitem a dispersão da poeira no ambiente de trabalho. 18.15.7 Quando não estabelecida no Plano de Segurança, os materiais retirados devem ser depositados a uma distância mínima da borda da área de trabalho igual à profundidade e de 2,00 (dois metros), quando se tratar de tubulões. 18.15.8 Quando houver linhas de utilidades, devem ser adotadas as seguintes medidas: a) Desligar e retirar as linhas de utilidades, tais como energia elétrica, água, inflamáveis líquidos e gasosos, substâncias

tóxicas, canalizações de esgoto e de escoamento de água, respeitadas as normas técnicas nacionais vigentes;

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b) Retirar as substâncias tóxicas, quando houver, presentes na área de trabalho; c) Proceder à descontaminação do ambiente, quando presentes agentes químicos, físicos ou biológicos que possam causar

dano à saúde do empregado; d) Identificar e sinalizar a localização das tubulações. 18.15.8.1 Nas atividades em que for tecnicamente inviável o disposto no item 18.15.8, alínea “a”, devem ser adotados procedimentos de controle de energias perigosas, conforme disposto no item 18.33. 18.15.9Quando for necessária a circulação de empregados sobre as aberturas, devem ser construídas passarelas em conformidade com o item 18.21. 18.15.9.1 A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços. 18.15.10Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela movimentação de terra ou desmonte de rocha devem ser escorados. 18.15.11Quando o Laudo Geotécnico do Plano de Segurança indicar,devem ser adotados procedimentos técnicos de forma a controlar a estabilidade nos processos de movimentação de terra, incluindo: a) Monitoramento e controle das bancadas e taludes das áreas de movimentação de terra; b) Verificação da presença de fatores condicionantes de instabilidade dos maciços, em especial, água, gases, rochas

alteradas, falhas e fraturas. 18.15.11.1Os escoramentos devem ser inspecionados de acordo com o estabelecido no Plano de Segurança. 18.15.11.2Quando se verificarem situações potenciais de instabilidade deve-se: a) Paralisar imediatamente as atividades; a) Afastar os empregados da área de risco; b) Adotar as medidas corretivas adicionais necessárias. 18.15.11.3 É obrigatória a elaboração, por profissional legalmente habilitado, de laudo geotécnico que ateste a estabilidade dos taludes, quando o ângulo de inclinação for superior a 45º. O laudo geotécnico deve permanecer no local de trabalho à disposição da auditoria fiscal do trabalho. 18.15.11.3.1 No caso de taludes instáveis, é obrigatória a elaboração e implantação de projeto de estabilização dos taludes, elaborado por profissional legalmente habilitado.

18.16 DESMONTE DE ROCHA

18.16.1 Os serviços de desmonte de rocha devem ser precedidos de projeto e estar sob responsabilidade e supervisão de profissional legalmente habilitado, observadas as condições exigidas nas normas técnicas nacionais vigentes. 18.16.2 Os serviços de desmonte de rocha devem ser precedidos de Análise de Risco e autorizados por Permissão de Trabalho. 18.16.3A utilização de explosivos e acessórios para desmonte de rochas deve observar as disposições da NR-19, as recomendações de segurança do fabricante e as normas do Ministério da Defesa. 18.16.4 Entende-se como utilização de explosivos e acessórios o manuseio, operação, transporte, armazenamento, limpeza, inspeção, desativação e descarte de explosivos e acessórios. 18.16.5 O desmonte de rochas com explosivos deve ser precedido de Plano de Fogo elaborado por profissional legalmente habilitado e executado por empregado capacitado e autorizado. 18.16.5.1 O Plano de Fogo deve ser baseado no projeto e prever: a) Disposição e profundidade dos furos; b) Quantidade de explosivos; c) Tipo de explosivos e acessórios utilizados; d) Sequência das detonações; e) Razão de carregamento; f) Volume desmontado; g) Tempo mínimo de retorno após a detonação;

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h) Indicação do responsável pela área; i) Medidas de segurança adicionais relativas aos empregados envolvidos na operação. 18.16.5.2 A execução do Plano de Fogo e atividades correlatas devem estar sob supervisão do “blaster” e sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. 18.16.5.2.1 Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, as atividades de escorva e queima, devem ser executadas pelo “blaster”, responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada das que não explodiram, destinação adequada das sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários às detonações. 18.16.5.3 As seguintes atividades somente poderão ser realizadas por empregados autorizados: a) Utilização de explosivos e acessórios; b) Acesso às áreas de carregamento e detonação; c) Abatimento de choco e blocos instáveis; d) Perfuração manual.

18.16.5.4 O desmonte de rochas com uso de explosivos deve obedecer às seguintes condições: a) Ser precedido de acionamento de sirene; b) Área de risco deve ser evacuada e possuir controle de acesso; c) Horários de fogo devem ser previamente definidos e consignados em placas visíveis na entrada de acesso à obra. 18.16.6 O acesso às áreas de desmonte de rocha deve ser sinalizado e somente é permitido a pessoas autorizadas. 18.16.7 Devem ser adotados procedimentos técnicos de forma a controlar a estabilidade nos processos desmonte de rocha. 18.16.8 O retorno à frente detonada só será permitido com autorização do responsável pela área e após constatação das seguintes condições: a) Dissipação dos gases e poeiras, observando-se o tempo mínimo determinado pelo plano de fogo; b) Confirmação das condições de estabilidade da área; c) Marcação e eliminação de fogos falhados. 18.16.9 A retirada de fogos falhados só poderá ser executada pelo “blaster” ou, sob sua orientação, por pessoal treinado. 18.16.9.1 A retomada dos trabalhos só poderá ser realizada após a liberação pelo “blaster”. 18.16.9.2 É proibido o reaproveitamento de furos falhados. 18.16.9.3 No carregamento de furos e limpeza de fogo falhado, é permitido somente o uso de dispositivos que não gerem centelhamento. 18.16.10 Os instrumentos e equipamentos utilizados para detonação elétrica devem ser inspecionados e calibrados de acordo com as normas técnicas nacionaisvigentes e recomendações do fabricante, mantendo-se o registro da última inspeção. 18.16.10.1 Nas operações de beneficiamento de rochas, aplica-se o disposto na Norma Regulamentadora Nº 22 do Ministério do Trabalho. 18.16.11 A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando expuser a risco empregados e terceiros. 18.16.12 Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro.

18.17 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS (MATERIAIS DE ELEVAÇÃO, AMARRAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO).

18.17.1 É obrigatória a observância das condições de utilização, dimensionamento e conservação dos cabos de aço, cintas, cordas e acessórios utilizados em obras de construção, conforme o disposto em normas técnicasnacionais vigentes. 18.17.2 É proibido o uso de cordas de fibras naturais e cabos de aço de uso geral não certificados. 18.17.3 Os cabos de aço, as cintas, cordas e os acessórios devem ser submetidos à inspeção inicial, diária e periódica por empregado capacitado, de acordo com requisitos estabelecidos em normas técnicas nacionais vigentes. 18.17.3.1 A inspeção inicial deve ser realizada antes do primeiro uso.

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18.17.3.2 A inspeção diária visual deve ser registrada e realizada antes do uso nos seguintes casos: a) Em andaimes suspensos; b) Em elevadores a cabo; c) Em bate-estacas; d) Em cabo de segurança para conexão de equipamentos de proteção individual; e) Em outras situações previstas no PCMAT. 18.17.3.3 A inspeção periódica deve ser realizada de acordo com intervalos estabelecidos pelo fabricante ou por profissional legalmente habilitado. 18.17.3.4 As inspeções iniciais e periódicas devem ser registradas e os registros mantidos à disposição da inspeção do trabalho no estabelecimento. 18.17.4 Os cabos de aço, cordas, as cintas e os acessórios devem ser substituídos quando apresentarem condições que comprometam a sua integridade em face da utilização a que estiverem submetidos. 18.17.5As cordas e os cabos de aço utilizados para sustentação de cadeira suspensa ou como cabo de segurança para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo paraquedista devem ser compatíveis com o sistema trava-quedas e cadeira suspensa, conforme a especificação do fabricante. 18.17.6 As cordas utilizadas para sustentação de cadeira suspensa ou como cabo de segurança para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo paraquedista devem atender às especificações da norma técnica para cordas Tipo A. 18.17.6.1 As cordas devem ser construídas por capa e alma e adicionalmente atender os seguintes requisitos: a) Resistência estática mínima de 22 kN (vinte e dois quilonewtons); b) Diâmetro mínimo de 0,011m (onze milímetros); c) Marcação de acordo com norma técnica oficial vigente; d) Nome comercial do fabricante ou CNPJ; e) Número e ano da Norma de referência e o tipo de corda (A ou B); f) Ano de fabricação, data de fabricação ou outra forma que permita a rastreabilidade; g) Especificação do material de fabricação da corda. 18.17.7 Os cabos de aço e cordas utilizados em sistema de proteção contra quedas que sofrerem impactos de queda devem ser retirados de uso.

18.18 PERFURAÇÕES E FUNDAÇÕES

18.18.1 Na execução de perfurações e fundações em centros urbanos e indústria ou outras áreas já ocupadas anteriormente, tomar precauções adicionias quanto as interferências, devendo ser utilizado, quando houver, o levantamento do cadastro do local; 18.18.2 Os equipamentos utilizados para construção fundações devem estar com manutenção adequada e inspecionadas periodicamente ou conforme recomendações do fabricante. 18.18.2.1 As partes móveis dos equipamentos devem estar protegidas. 18.18.3 A colocação de armaduras, injeção da argamassa ou concretagem de estacas devem seguir as recomedaçõe do item 18.25. 18.18.4É proibida a permanência de empregados próximos do içamento e a queda livre do martelo ao conjunto de hastes e amostrador na execução de sondagens a percussão. 18.18.5 Não permitir num raio de 12m do bate-estacas em funcionamento, a presença de qualquer pessoa que não seja da equipe de cravação; 18.18.6 Na execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições constantes na Norma Regulamentadora Nº 33 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e o disposto nas normas técnicasnacionais vigentes. 18.18.6.1 Os serviços realizados em tubulões a céu aberto devem observar os seguintes requisitos: a) Garantir que todos os tubulões sejam encamisados, exceto quando o projeto elaborado por profissional legalmente

habilitado dispense o encamisamento;

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b) Ter permissão de trabalho específica para cada etapa, abertura do fuste e alargamento da base, autorizada pelo profissional legalmente habilitado responsável pela execução.

18.18.6.2 Nos serviços realizados em tubulões a céu aberto, é proibido o trabalho simultâneo em tubulões adjacentes, seja quanto à abertura do fuste, ao alargamento da base ou à concretagem. 18.18.6.2.1 A execução de tubulões a céu aberto deve atender, com relação a trabalho em altura, além das exigências previstas na Norma Regulamentadora Nº 35 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e as seguintes disposições: a) Os equipamentos de descida e içamento de empregados devem ser independentes dos utilizados para movimentação de

materiais e atender as normas técnicas nacionais vigentes; b) Os equipamentos de retirada de materiais devem ser projetados por profissional legalmente habilitado e, devem ser

dotados de sistema de segurança com travamento, composto por dupla trava no sarilho; c) Quando do uso da corda de fibra sintética ou de cabo de aço para movimentação de pessoas e de materiais, deve atender

as recomendações do item 18.17; d) A corda de sustentação do balde deve ter comprimento para que haja, em qualquer posição de trabalho, no mínimo de 6

(seis) voltas sobre o tambor; e) Possuir gancho com trava de segurança para conexão do balde; f) Possuir sistema de sarilho fixado no terreno, fabricado em material resistente, dimensionado conforme a carga aplicável,

com rodapé de 0,20m (vinte centímetros) em sua base, e apoiado com no mínimo 0,50m (cinquenta centímetros) de afastamento em relação à borda do tubulão;

g) Dispor de cobertura para proteção da radiação solar; h) Possuir sistema de iluminação, em conformidade com o plano de segurança; i) Isolar, sinalizar e fechar os poços nos intervalos e término da jornada de trabalho; j) Paralisação das atividades de escavação dos tubulões quando da existência de condições meteorológicas adversas. 18.18.6.2.2 Na execução de tubulões sob ar comprimido, deve ser obedecido o disposto no Anexo nº 6 da Norma Regulamentadora Nº 15 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.18.6.2.3 As campânulas e câmara de trabalho devem possuir laudo de verificação estrutural atualizado a cada 5 (cinco) anos, em que constem todas as suas características, incluindo pressão máxima de trabalho e teste hidrostático. 18.18.6.2.3.1 Todo trabalho com uso de tubulões com pressão hiperbárica deverá ter: a) Análise de risco; b) Permissão de trabalho; c) Comunicação entre os empregados do lado interno e externo da campânula pelo sistema de telefonia ou similar; d) Previsão de sistema de resgate e emergência. 18.18.6.2.3.2 A campânula deverá ter: a) Laudo de verificação estrutural atualizado a cada 5 anos (cinco), incluindo a pressão máxima de trabalho e do teste

hidrostático e de outros ensaios não destrutivos que se fizerem necessários; b) Instrumento que indique a pressão de trabalho; c) Sistema de ventilação artificial projetado por profissional legalmente habilitado e previsto no PCMAT; d) Aterramento elétrico. 18.18.6.2.3.3 Os empregados que adentrarem e ficarem expostos a pressões hiperbáricas deverão: a) Ter treinamentos inerentes as Normas Regulamentadoras Nº 33 e Nº 35 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. b) Ter exames médicos atualizados e de acordo com a Norma Regulamentadora Nº 07 do Ministério do Trabalho e

Previdência Social e em conformidade com a Norma Regulamentadora Nº 15 do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

18.19 PREPARAÇÃO DE FORMAS

18.19.1 A área de carpintaria destinada a construção ou montagem de formas de madeira deverá: a) Ser construída a partir de layout específico, com isolamento da área de trabalho, contemplado no PCMAT; b) Ter piso resistente, nivelado e antiderrapante; c) Possuir cobertura capaz de proteger contra intempéries e queda de materiais,constituída de pé-direito que permita ao

empregado a movimentação segura dos materiais; d) Possuir lâmpadas protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas; e) Ter coletados e removidos, diariamente, os resíduos de serragem; f) Ser dotada de ventilação que impeça o acúmulo de poeiras em suspensão.

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18.20 PREPARAÇÃO DE ARMADURAS

18.20.1 Medidas de segurança devem ser tomadas no descarregamento, estocagem, transporte, corte, dobra e montagem de armadura. 18.20.2 As áreas de trabalho onde são realizadas as atividades de corte e dobra de vergalhões e montagem de armações de aço devem: a) Ser construídas a partir de layout específico; b) Ter piso resistente, nivelado e antiderrapante; c) Possuir cobertura capaz de proteger contra intempéries e queda de objetos,constituído de pé direito que permita a

movimentação segura do empregado e dos materiais; d) Ter lâmpadas protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões, caso o nível de

iluminamento exija; e) Ter bancadas ou plataformas estáveis, niveladas e não escorregadias; f) Ser afastadas da área de circulação de empregados. 18.20.2.1 Nas atividades de montagem e instalação das armações nas estruturas definitivas devem ser previstas ações no PCMAT para a proteção do empregado. 18.20.3 A área de movimentação de vergalhões de aço deve ser isolada para evitar a circulação de pessoas não envolvidas na atividade. 18.20.3.1 Os feixes de vergalhões de aço que forem deslocados por guinchos, guindastes ou gruas devem ser amarrados de modo a evitar escorregamento, sendo proibido o içamento pela própria amarração dos feixes. 18.20.4 As armações de pilares, vigas e outras estruturas devem ser apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento. 18.20.5 É obrigatória a colocação de pranchas de material resistente, firmemente apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de empregados. 18.20.6 As extremidades de vergalhões que ofereçam risco para os empregados devem ser protegidas.

18.21ESCADAS,RAMPAS E PASSARELAS

18.21.1 É obrigatória a instalação de superfícies de passagens provisórias tipo escadas e rampas para transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) e passarelas que conectam planos situados no mesmo nível, como meio de circulação de empregados. 18.21.1.1 As escadas, rampas e passarelas deverão ser dimensionadas e construídas em função das cargas a que estarão submetidas. 18.21.1.2 Na utilização de escadas, rampas e passarelasdevemser observados os seguintes ângulos de inclinação: a) Passarelas(sem inclinação); b) Rampas: ângulos inferiores a 20° (vinte graus); ideal 15° (quinze graus); c) Escadas de uso coletivo:entre 24° (vinte e quatro graus) e 38° (trinta e oito graus); d) Escadas móveis: entre 65° (sessenta e cinco graus) e 80° (oitenta graus); ideal 75° (setenta e cinco graus); e) Escadas fixas tipo marinheiro: entre 75° (setenta e cinco graus) e 90° (noventa graus). 18.21.1.3 É obrigatória a instalação de passarelas quando for necessário o trânsito sobre vãos com risco de queda de altura. 18.21.1.4 A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa qualidade, sem nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições. 18.21.1.4.1 As escadas de mão portáteis e corrimão de madeira não devem apresentar farpas, saliências ou emendas. 18.21.1.5 As escadas fixas de uso coletivo, rampas e passarelas deverão: a) Ser dimensionadas em função do fluxo de empregados e cargas; b) Ser dotadas de sistema de guarda-corpo e rodapé, de acordo com oitem 18.28.5; c) Ter largura mínima de 0,80m (oitenta centímetros); d) Ter piso com forração completa e antiderrapante;

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e) Ser firmemente fixadas em suas extremidadese patamares. 18.21.1.5.1 As escadas fixas de uso coletivo deverão: a) Ter altura dos degraus uniforme entre 0,15m e 0,25m (vinte e cinco centímetros); b) Ter patamar intermediário no máximo a cada 3,00m (três metros) de altura, com largura e comprimento iguais,no

mínimo,à largura da escada; c) Possuir corrimão intermediário quando a largura for igual ou superior a 2m (dois metros). 18.21.1.6As escadas fixas do tipo marinheiro deverão possuir: a) Corrimão ou continuação dos montantes da escada ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior de 1,10m

(um metro e dez centímetros) a 1,20m (um metro e vinte centímetros); b) Largura entre 0,40m (quarenta centímetros) e 0,60m (sessenta centímetros); c) Altura total máxima de 10,00m (dez metros), se for de um único lance; d) Altura máxima de 6,00m (seis metros) entre duas plataformas de descanso, se for de múltiplos lances; e) Plataforma de descanso com dimensões mínimas de 0,60m x 0,60m (sessenta centímetros por sessenta centímetros) e

dotada de sistema de guarda corpo e rodapé, conforme o item 18.28.5; f) Espaçamento uniforme entre os degraus de 0,25m (vinte e cinco centímetros) e0,30m (trinta centímetros); g) Fixação na base a cada 3,00m (três metros) e na parte superior. h) Espaçamento mínimo entre o piso e a primeira barra de 0,25m (vinte e cinco centímetros) e máximo de 0,40m (quarenta

centímetros. i) Distância em relação à estrutura que é fixada de, no mínimo, 0,15m (quinze centímetros). 18.21.1.6.1 Em escadas fixas tipo marinheiro é obrigatória a instalação de linha de vida vertical, composta de cabo de segurança para conexão de trava quedas outrilho fixado na própria escada, quando a altura entre o piso e topo da escada for superior 3,5m (três metros e cinquenta centímetros). 18.21.1.7 As escadas portáteis deverão: a) Ter espaçamento uniforme entre os degraus entre 0,25m (vinte e cinco centímetros) e 0,30m (trinta centímetros); b) Ser dotadas de degraus antiderrapantes; c) Ser apoiadas em piso resistente; d) Ser fixadas em seus apoios ou possuir dispositivo que impeça seu escorregamento. 18.21.1.7.1 No caso do uso de escadas portáteis em proximidades de portas ou áreas de circulação, a área no entorno dos serviços deve ser isolada e sinalizada. 18.21.1.7.2 Nas atividades realizadas em proximidades de aberturas e vãos, deve ser observada a distância mínima correspondente à altura da escada entre o local de trabalho e a abertura ou vão. 18.21.1.7.3 Nas situações em que não puder ser respeitada a distância prevista no item anterior, deverão ser adotadas medidas de proteção contra quedas com diferença de nível. 18.21.1.7.4 A escada de mão deve ter seu uso restrito para serviços de pequeno porte e acessos temporários e devem: a) Possuir, no máximo, 7,00m (sete metros) de extensão; b) Ultrapassar, em pelo menos, 1,00m (um metro) o piso superior; c) Possuir degraus fixados aos montantes por meios que garantam sua rigidez. d) Estar fora do alcance de redes e equipamentos elétricos energizadosdesprotegidos, principalmentequando metálicas. 18.21.1.7.4.1 É proibido o uso de escada de mão de madeira com montante único. 18.21.1.7.5 As escadas duplas (cavalete ou de abrir) deverão: a) Possuir, no máximo, 6,00m (seis metros) de comprimento quando fechada; b) Ser providas de dispositivos que mantenham a abertura constante, sendo vedado o uso de limitadores da abertura

improvisados. 18.21.1.7.6 As escadas extensíveis devem ter: a) Sapata antiderrapante de segurança; b) Duas catracas nos montantes; c) Dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vão a contar da catraca; d) Uma sobreposição de, no mínimo, 1,00m (um metro), quando estendida, caso não haja limitador de curso; e) Sistema de travamento (tirante ou vareta de segurança), quando maior que 7,00m (sete metros) de comprimento, para

impedir que os montantes fiquem soltos e prejudiquem a estabilidade.

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18.21.1.8 Apassarela quando apoiada no solo deve ter os apoios fixados e suas extremidades ultrapassando, no mínimo, ¼ (um quarto) do comprimento a passarela. 18.21.1.9 As rampas provisórias com inclinação superior a 15° (quinze graus) em realação ao plano horizontal devem possuir peças transversais fixadas de modo seguro, para impedir o escorregamento, espaçadas entre si 0,40m (quarenta centímetros), em toda sua extensão, quando o piso não for antiderrapante.

18.22ESTRUTURAS E PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO.

18.22.1 Entende-se como etapas de construção de estruturas de concreto o cimbramento, montagem das formas, colocação de armaduras, a concretagem e a desforma. 18.22.2 O cimbramento utilizado para transferir com segurança todas as solicitações atuantes para o solo ou para outra estrutura de apoio deve: a) Ser projetado por profissional legalmente habilitado e o projeto deve indicar a sequência de retirada das escoras; b) Suportar as cargas originadas pelas formas, armaduras, concreto, movimentação operacional, equipamentos e agentes

naturais; c) Quando o cimbramento for de madeira, não utilizar peças que contenham fendas ou rachaduras; d) Ser verificado quanto a corrosão ou grau de deterioração do material, quando do tipo tubular convencional

18.22.3 As fôrmas devem: a) Ser projetadas por profissional legalmente habilitado e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço; b) Ser içadas respeitando a carga máxima do equipamento de guindar; 18.22.3.1 Na utilização de formas deslizantes devem ser analisados os riscos dos processos de construção das plataformas de trabalho, de manobras de mudança do conjunto ou troca de posição e da comunicação entre as plataformas, devendo ser supervisionada por profissional legalmente habilitado. 18.22.3.2 Na utilização de formas trepantes devem ser analisados os riscos relativos a capacidade da carga, ancoragem na estrutura, montagem e desmontagem da forma, reposicionamento e montagem da plataforma de trabalho. devendo ser supervisionada por profissional legalmente habilitado. 18.22.4 Na execução de armaduras: a) Usar pranchas de madeira ou material similar, apoiadas sobre as armaduras, para o trânsito das pessoas; b) Proteger as pontas de vergalhões.

18.22.4.1 As armações de pilares devem ser estaiadas ou escoradas antes do cimbramento. 18.22.5 Na preparação do concreto manualmente, manter as mãos, pés e pele protegidas do contato com o cimento. 18.22.6 Nas operações de concretagem, devem ser observadas as seguintes medidas: a) Ser supervisionada por empregado capacitado; b) Inspecionar os equipamentos e os sistemas de alimentação de energia por empregado capacitado antesda execução dos

serviços; c) Dotar os sistemas de alimentação de energia dos equipamentos de proteção contra cortes e choques mecânicos; d) Inspecionar as peças e máquinas do sistema transportador de concreto por empregado capacitado antes e durante a

execução dos serviços; e) Inspecionar o escoramento e a resistência das fôrmas por empregado capacitado antes e durante a execução dos serviços; f) Manter as conexões e dutos transportadores de concreto apoiados, escorados e fixados, livres de movimentos; g) Manter a conexões fixadas por dispositivos de segurança para impedir a separação das partes, quando o sistema estiver

sob pressão; h) Isolar e sinalizar o local onde se executa a concretagem, permitindo somente a permanência da equipe indispensável à

execução dessa tarefa; i) Quando utilizados vibradores elétricos, garantir a proteção do operador contra correntes de fuga, de acordo o item 18.8; j) Dotar as caçambas transportadoras de concreto de dispositivos de segurança que impeçam o seu descarregamento

acidental. 18.22.7 Nos serviços de desforma: a) É obrigatória a amarração das fôrmas e dos escoramentos para impedir a queda livre das peças. b) O armazenamento provisório das peças deve ficar a, pelo menos, 1m (um metro) de distância das beiradas de lajes e em

local que não dificulte a circulação de pessoas; c) Os pregos das peças de madeira devem ser rebatidos ou retirados antes de serem transportados para outro pavimento.

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18.22.8A montagem de elementos pré-fabricados de concreto como: pilares, vigas, lajes, escadas, paredes, telhas, banheiros prontos, deverão obedecer a um Plano de Montagem que contemple, também, a armazenagem e o transporte dos elementos. 18.22.8.1 Devem ser previstos sistemas de ancoragem para proteção contra queda de empregados e os meios de acessos à estrutura.

18.23 PROTENSÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO

18.23.1 As operações de protensão devem ser supervisionadas por profissional habilitado. 18.23.2 Durante as operações de protensão de cabos: a) Não será permitida a permanência de pessoas atrás dos macacos hidráulicos ou sobre estes e outros equipamentos de

protensão; b) A área no entorno da atividade deve ser isolada e sinalizada, considerando-se a área de projeção dos cabos em caso de

ruptura. c) Todos os dispositivos e equipamentos utilizados em protensão de cabos devem ser inspecionados periodicamente,

conforme as recomendações dos fabricantes, por técnicos habilitados, principalmente antes de serem utilizados; d) Os macacos e outros equipamentos de protensão devem possuir dispositivos de trancamento, que assegurem a

permanência das tensões em caso de falha de energia ou defeito do equipamento; e) Devem-se manter roscas, cunhas ou outras ancoragens apertadas contra os pratos ou cones, quando for aplicada tensão

aos cabos; f) Deve haver controle rigoroso das tensões aplicadas e deformações; g) Em caso de ruptura de cabos ou qualquer evento inesperado, o profissional responsável deve tomar conhecimento

imediato e os trabalhos devem ser suspensos até que o reinicio seja por ele autorizado.

18.23.3 As peças protendidas devem ser estocadas em local nivelado, empilhadas e escoradas de maneira a não haver possibilidade de queda.

18.24 ESTRUTURAS METÁLICAS

18.24.1 O projeto, fabricação, montagem de estrutura metálica deve estar sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. 18.24.2 Os sistemas de ancoragem da proteção contra queda e os meios de acessos dos empregados à estrutura devem estar previstos, conforme determina o item 18.28.5. 18.24.3 Nas operações de montagem de estruturas metálicas devem ser observadas as seguintes medidas: a) Toda estrutura metálica deve conter a inscriçãode seu peso; b) O içamento deve ser efetuado na posição em que a peça será montada ou descarregada; c) Inspecionar as ancoragens de movimentação dos elementos estruturais e verificar se os acessórios de elevação são

adequados à carga a elevar; d) Manter à disposição do empregado, em seu posto de trabalho, recipiente adequado para ferramentas e materiais

necessários; e) Travar as peças antes de serem soldadas, rebitadas, parafusadas ou encaixadas; f) A colocação de pilares e vigas deve ser feita de maneira que, ainda suspensos pelo equipamento de guindar, se executem

a prumagem, marcação e fixação das peças. 18.24.4 A remoção dos acessórios de elevação de cargas só pode ser executada quando o elemento estrutural estiver perfeitamente estabilizado. 18.24.5 Quando forem necessárias a montagem e a manutenção próximas às redes elétricas energizadas, as atividades somente devem ser iniciadas após adotadas todas as medidas determinadas pela concessionária local, quando houver, e atendido o disposto na Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.24.6 A montagem da estrutura metálica deve obedecer a um Plano de Montagem que contemple: a) Processo de Montagem (detalhando a sequência de montagem e os seus ciclos); b) Plano de “Rigging” para grandes estruturas eiçamentos críticos, elaborado na forma de procedimentos e representações

gráficas com o intuito de garantir a segurança da operação por meio do detalhamento da movimentação vertical das peças, desde o local da armazenagem até a sua posição final na estrutura.

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c) Equipamentos: (especificar e dimensionar os equipamentos principais como gruas e guindastes e equipamentos auxiliares como máquinas de solda, guinchos, geradores de energia e compressores).

d) Mão-de-Obra (prever o dimensionamento das equipes básicas, o organograma do canteiro, as qualificações e certificações necessárias a cada especialidade;

e) Ferramentas e consumíveis (lista completa de ferramentas e seus consumíveis: ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas; balancins, roldanas, cabos de aço, manilhas, estropos, vigas equalizadoras e espaçadoras; quantificar consumíveis de soldagem e corte, EPI’s e gases industriais;

f) Segurança (indicação dos pontos de instalação de linhas de vida, redes de segurança, escadas e acessos,

18.25 ALVENARIA ESTRUTURAL

18.25.1 Analisar os riscos dos processos de descarregamento, o armazenamento, o transporte e o assentamento da alvenaria estrutural, considerando que: a) Durante a execução da alvenaria da periferia, as proteções coletivas estejam dispostas de tal forma, que apenas os

empregados que executarão as atividades tenham acesso a área; b) Estejam instalados os guarda-corpos em toda periferia da laje e aberturas internas, ficando dispensado o uso de

plataformas secundárias. 18.25.2 Manter as áreas de circulação livres e desimpedidas para passagem dos carrinhos de argamassa.

18.26 TRABALHOS SUBTERRÂNEOS E TÚNEIS

18.26.1Em trabalhos subterrâneos e na execução de túneis devem ser projetados sistemas de iluminação e ventilação por profissional habilitado, prevendo: a) A iluminação de todos os locais de trabalho e acessos, a instalação de iluminação especial nos locais perigosos, a utilização

de luzes intermitentes de perigo junto aos locais mais perigosos ou de risco e iluminação de emergência. b) A proteção de todas as lâmpadas e projetores de luz da entrada de água e projeção de objetos; c) O controle, manutenção e limpeza das instalações elétricas regularmente; d) O monitoramento periódico da qualidade do ar no interior do túnel, utilizando dispositivos de medição calibrados, para

medir as concentrações de poeira, gases e de oxigênio; e) A instalação de dutos de ventilação de ar fresco, preso na parede superior do anel (teto), por meio de uma arruela dupla

de pressão, cuidando de repará-lo, imediatamente após a verificação de anomalias (fugas de ar); f) Instalar sistema de controle de poeiras, por meio de um sistema de aspersão de água; g) Garantir a renovação de ar e o conforto térmico. 18.26.2 Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa a Vida ou à Saúde - Atmosfera IPVS, o túnel somente pode ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar de escape. 18.26.3 Todas as instalações elétricas devem ser montadas, modificadas e reparadas apenas por eletricistas qualificados e conforme os requisitos da Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.26.4Definir o Plano de Atendimento a Emergências e dar instruções regulares aos empregados para situações de emergência e primeiros socorros e estabelecer, juntamente com os bombeiros da localidade, os procedimentos de evacuação. 18.26.4.1 Deve existir uma linha telefônica operacional para emergências. 18.26.5 Definir as áreas de circulação de pessoas e de veículos e instalar guarda-corpos de proteção ao longo do caminho separando essas áreas. 18.26.5.1 Em túneis longos usar veículos adequados para o transporte de pessoal. 18.26.6Ao utilizar a PTA, adotar as recomendações do item 18.10, mantendo-a em boas condições de uso. 18.26.7 Deverá ser instalado um sistema de alarme dentro do túnel, interligado com a área externa, para o caso de emergências, instalado e mantido a uma distância segura da frente de escavação.

18.27 TERRAPLENAGEM E PAVIMENTAÇÃO

18.27.1 Entende-se por terraplenagem a regularização do terreno natural para a construção de uma estrada de rodagem, ferrovia ou aeroporto, a edificação de uma fábrica ou de usina hidrelétrica, ou mesmo, de um conjunto residencial.

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18.27.2 Realizar a Análise de Riscos nos serviços de preparação do terreno, anterior a movimentação de terra, tais como: topografia, desmatamento, destocamento, limpeza e decapagem e nas atividades de corte e aterro do terreno. 18.27.3 Elaborar projeto por profissional qualificado de sinalização da obra, situações de emergências e de desvios temporários para garantir a segurança dos empregados, terceiros e da população, conforme o Manual de Sinalização da Concessionária de Rodovias, exceto em pavimentação interna de empreendimentos. 18.27.4 Antes de iniciar os serviços de terraplenagem: a) A área deve estar limpa e as árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza devem ser retirados

ou escorados; b) Os cabos subterrâneos de energia elétrica em proximidades das escavações estejam desligados; c) Implantar sinalização com placas ou outros dispositivos adequados de advertência para alertar os empregados sobre os

riscos existentes na área de trabalho; d) Dispor de abrigos para a proteção dos empregados contra intempéries; 18.27.5 Interromper os serviços de terraplenagem em locais descampados quando houver a possibilidade de queda de raios e tempestades. 18.27.6 Antes de reiniciar o trabalho depois de interrupções prolongadas de trabalho verificar as condições da escavação, independentemente do tipo de vala, poço, taludes e escoramentos. 18.27.7 Em serviços de pavimentação deve ser realizada a análise de riscos, considerando, principalmente, os perigos provocados pela inalação de produtos químicos, contato com a pele, contato com os olhos e ingestão. 18.27.8 Quando da aplicação do manuseio de produto aquecido adotar as medidas de proteção coletiva, individual e demais proteções que impeçam o contato do produto com a pele ou qualquer parte do corpo e evitar queimaduras. 18.27.8.1 Evitar o uso de lentes de contato enquanto manuseia o produto asfáltico. 18.27.9 Nos serviços de pavimentação asfáltica: a) A colocação dos cones ou lamelas deve ser feita no sentido do fluxo do trânsito e a retirada deve ser executada no sentido

contrário; b) Descarregar máquinas e equipamentos somente quando a carreta estiver nivelada; c) Quando da imprimação da área a ser pavimentada por mangueirista, com a utilização de caminhão espargidor, o motorista

deve ter curso de MOPP - Movimentação e Operação de Produtos Perigosos; d) Os empregados que não estiverem envolvidos com a realização da atividade de imprimação não devem permanecer na

área de trabalho; e) O caminhão que transporta a concreto asfáltico deve ser dotado de sinalizador de ré, acionado através de alavanca de

câmbio; f) Os empregados devem permanecer fora da área de trabalho dos equipamentos. 18.27.10 As características gerais da sinalização de obras, para garantir os seus objetivos, deve: a) Estar limpa e em bom estado; b) Manter inalteradas formas e cores tanto no período diurno quanto noturno; c) Apresentar dimensões e elementos gráficos padronizados; d) Ser colocada sempre de forma a favorecer a sua visualização; e) Ser implantada de acordo com critérios uniformes e de forma a induzir o correto comportamento do usuário; f) Ser implantada antes do início da intervenção na via; g) Ser totalmente retirada quando da conclusão da etapa de obra que não tenha relação com a seguinte; h) Ser totalmente retirada quando a obra ou etapa a que ela se refere for concluída.

18.27.11 Toda obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, somente poderá ser iniciada com prévia autorização do órgão ou entidade executivo de trânsito com circunscrição sobre a via, cabendo ao responsável pela execução ou manutenção da obra a obrigação de sinalizar.

18.28TRABALHO EM ALTURA

18.28.1 As aberturas no piso devem: a) ter fechamento provisório constituído de material resistente e travado na estrutura; ou b) ser protegidas com sistema de guarda-corpo e rodapé, em conformidade com o subitem18.28.5.

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18.28.1.1 As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais ou equipamentos, devem ser protegidas por sistema de guarda-corpo e rodapé e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar no ponto de entrada e saída de material. 18.28.2 Além do disposto neste subitem, independentemente do processo construtivo e do tipo de construção, as medidas de proteção contra queda de altura devem atender o disposto na Norma Regulamentadora Nº 35 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e nas normas técnicasnacionais vigentes. 18.28.3 As atividades que exponham o empregado ao risco de queda de altura devem ter suas medidas de proteção previstas no PCMAT. 18.28.3.1 As medidas de proteção previstas no PCMAT para prevenção de quedas de altura de empregados devem considerar a seguinte hierarquia. a) Evitar o trabalho em altura, quando existir meio alternativo de execução ou minimizar o número de horas em exposição; b) Eliminaro risco de queda dos empregados, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma; c) Minimizar as consequências da queda, quando o risco não puder ser eliminado. 18.28.4 Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de toda a abertura constituído de material resistente fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas. 18.28.4.1 O fechamento deve garantir a circulação de ar e iluminação durante as atividades no interior das caixas dos elevadores. 18.28.5 A proteção contra quedas, quando em sistema de guarda-corpo, deve atender aos seguintes requisitos: a) Ser construída com altura mínima de 1,20m (um metro e vinte); b) Ter travessão superior que resista à carga horizontal de 90kgf (noventa quilogramas-força); c) Quando vazado, ter travessão intermediário no meio do vão, que resista a uma carga horizontal de 66kgf (sessenta e seis

quilogramas-força); d) Quando houver risco de queda de materiais sobre a passagem ou trabalho de pessoas:

I. Possuirrodapé com altura mínima de 0,15m (quinze centímetros), e que resista a uma carga horizontal de 22kgf (vinte e dois quilogramas-força)

II. Ser preenchidos com tela, plástica ou metálica ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura, com abertura máxima de 0,02m (dois centímetros) e que resista a carga horizontal de 66kgf (sessenta e seis quilogramas-força);

e) Os testes de carga em guarda-corpos, rodapé e tela devem ser realizados com a carga aplicada no seu ponto mais desfavorável, sem deformação permanente, assim como nos pontos de fixação da estrutura no vão.

18.28.5.1 Pode ser implementada solução alternativa ao sistema de guarda-corpo e rodapé, nos termos do item 18.37.1. 18.28.6 Em todo perímetro da construção de edifícioscom mais de 12,00m (doze metros) de altura, em que haja risco de queda de materiais, equipamentos e ferramentas sobre pessoas e veículos, é obrigatória a instalação de medidas de proteção coletiva, que atendam aos seguintes requisitos: a) Projetadas e construídas de forma a resistir aos impactos das quedas de materiais, equipamentos e ferramentas; b) Mantidas em adequado estado de conservação; c) Mantidas sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura. 18.28.6.1 É dispensada a instalação de medidas de proteção coletiva para retenção de materiais, equipamentos e ferramentas quando indicado na Análise de Risco, que deve prever medidas de proteção alternativas. 18.28.6.2 Quando utilizados andaimes fachadeiros, estes devem: a) Atender o disposto no item 18.29.6; b) Ter os postos de trabalho e os locais de acesso dos empregados protegidos contra a queda de materiais. 18.28.6.3 Quando utilizadas plataformas de proteção, devem ser instaladas: a) Plataforma principal de proteção na primeira laje da estrutura com, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta

centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45° (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade;

b) Plataformas secundárias de proteção de 3 (três) em 3 (três) lajes, a partir da plataforma principal de proteção, acima e abaixo, com 1,40m (um metro e quarenta centímetros) e complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45° (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade.

18.28.6.3.1 A plataforma principal deve ser instalada logo após a retirada do escoramento principal da laje superior e retirada quando a fachada acima dessa plataforma estiver concluída.

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18.28.6.3.2 Cada plataforma secundária deve ser instalada logo após a retirada do escoramento principal da laje superior e retirada quando a vedação da periferia acima dessa plataforma estiver concluída até altura de, no mínimo, 1,00m (um metro). 18.28.6.3.3 Pode ser dispensada a utilização de plataformas secundárias: a) Nos processos construtivos por alvenaria estrutural; b) Quando for implementada solução alternativa, nos termos do item 18.37.1; c) Quando indicado na análise de risco, que deve estabelecer medidas de proteção. 18.28.6.4 Em construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, deve ser considerada a primeira laje do corpo recuado para a instalação de plataforma principal de proteção e aplicar o disposto nos subitens 18.28.6.3. 18.28.7 Quando existir o risco de queda de materiais nas edificações vizinhas ou no passeio, devem ser adotadas medidas de controle do risco. 18.28.8O projetista de estruturas deve garantir que nas edificações com no mínimo quatro pavimentos ou altura equivalente de 12,00m (doze metros) a partir do nível do térreo da edificação devem ser estabelecidos no projeto os pontos de ancoragem definitivas destinados à sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas. 18.28.8.1Os pontos de ancoragem definitivos de equipamentos e dos cabos de segurança devem ser independentes e inspecionados antes do uso. 18.28.8.2 Os pontos de ancoragem definitivos para uso de proteção individuale aqueles para uso de equipamentos devem: a) Constar do projeto estrutural da edificação; b) Ser constituídos de material resistente às intempéries; c) Estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação; d) Suportar uma carga pontual mínima de 1.500kgf (mil e quinhentos quilogramas-força), quando utilizado para suportar um

empregado; e) Conter inscrição, de forma indelével,aa carga máxima que poderá sustentar, quando se tratar de ancoragem para uso

individual, para andaimes suspensos, para linhas de vida, etc. quando se tratar de dispositivos instalados. 18.28.8.3 O item 18.28.8desta NR não se aplica às edificações que possuírem projetos específicos para instalação de equipamentos definitivos ou soluções alternativas para limpeza, manutenção e restauração de fachadas. 18.28.8.4 Quando utilizado dispositivo de ancoragem instalado, este deve apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis: a) Razão social do fabricante e o seu CNPJ; b) Indicação da carga máxima que poderá sustentar; c) Número de lote ou de série. 18.28.9 O Sistema Limitador de Quedas de Altura por Redes constitui uma solução alternativa que deve ser projetada por profissional legalmente habilitado. 18.28.9.1 O projeto com detalhamento técnico descritivo das fases de montagem, deslocamento do sistema durante a evolução da obra e desmontagem é parte integrante do PCMAT. 18.28.9.2 O Sistema Limitador de Queda de Altura por Redes deve vir acompanhado de um Manual de Instruções, em português, contendo as seguintes informações: a) Carga necessária para ancoragem; b) Altura máxima de queda; c) Largura mínima de captura; d) União da panagem; f) Distância mínima a ser observada abaixo da rede; g) Armazenamento; h) Inspeção; i) Manutenção; j) Substituição; k) Distância entre as ancoragens da rede.

18.28.9.3 O Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura por Rede deve ser submetido a inspeção periódica, de acordo com critérios estabelecidos pelo profissional legalmente habilitado e registrada, para verificação das condições de todos os seus elementos e pontos de fixação.

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18.28.9.3.1 Devem ser retirados os materiais eventualmente depositados na rede, de forma a não comprometer a sua estrutura. 18.28.9.4 As emendas na panagem da rede, quando necessárias, devem: a) Ser confeccionadas de acordo com as especificações do projeto; b) Possuir características semelhantes às da rede original, com relação à resistência à tração, à deformação e à durabilidade. 18.28.9.5 É facultada a colocação de outros materiais, como: tela fina, tecidos, etc., sobre a rede, de forma a impedir a queda de pequenos objetos, poeira e líquidos, desde que prevista no projeto do Sistema Limitador de Quedas de Altura por Redes. 18.28.9.6 A montagem, deslocamento, manutenção e desmontagem do sistema devem ser realizados por empregado capacitado e sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

18.29 ANDAIMES

18.29.1 Os andaimes devem atender aos seguintes requisitos: a) Ser projetados por profissional legalmente habilitado; b) Ser fabricados por empresas regularmente inscritas no CREA; c) Ser acompanhados de manuais de instrução fornecidos pelos fabricantes; d) Possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, conforme item 18.28.5; e) Possuir piso com forração completa, antiderrapante, nivelado e fixado com travamento que não permita seu

deslocamento ou desencaixe; f) Apoiados em sapatas sobre base rígida e nivelada capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas,

com ajustes que permitam o nivelamento; g) Possuir sistema de acesso ao andaime e aos postos de trabalho de maneira segura, quando superiores a um metro de

altura. 18.29.1.1 Não se aplicam aos andaimes simplesmente apoiados em cavaletes as alíneas “a”, “b”, “c” e“d”. 18.29.1.2 Os manuais de instrução fornecidos pelo fabricante devem conter: a) Especificação de materiais, dimensões, posições de ancoragens, estais e estroncamentos; b) Detalhes dos procedimentos sequenciais para as operações de montagem edesmontagem. 18.29.1.3 As atividades de montagem e desmontagem de andaimes devem ser realizadas: a) Em conformidade com o projeto de montagem e sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado nos andaimes

fachadeiros, suspensos e em balanço; b) Por empregados capacitados, que recebam treinamento específico para o tipo de andaime; c) Por empregados utilizando cinto de segurança tipo paraquedista, dotados de duplo talabarte ou talabarte em “y”, com

ganchos de abertura mínima de 0,050m (cinquenta milímetros) e dupla trava; d) Com isolamento da área e sinalização da situação de liberação. 18.29.1.4 Os andaimes devem possuir registro formal de liberação de uso assinado por profissional qualificado em segurança do trabalho ou pelo responsável da frente de trabalho ou obra. 18.29.2 É proibido: a) Utilizar andaimes construídos com estrutura de madeiracom altura superior a 9,00m (nove metros), exceto quando da

impossibilidade técnica de utilização de andaimes metálicos; b) Retirar ou anular qualquer dispositivo de segurança dos andaimes metálicos; c) Utilizar escadas e outros meios para se atingirem lugares mais altos sobre o piso de trabalho de andaimes; d) Trabalhar em andaimes simplesmente apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a 1,50m (um metro e

cinquenta centímetros) ou largura inferior a 0,90m (noventa centímetros). e) Utilizar sistema de içamento fixado à estrutura do andaime que comprometa a sua estabilidade e segurança; f) Trabalhar em andaimes ou cadeiras suspensas com cabos de aço ou cabos de fibra sintética apoiadas em superfícies

abrasivas, em cantos vivos e em contato com produtos químicos que comprometem a integridade física dos cabos. 18.29.3 A madeira a ser usada para construção de andaimes deve ser de boa qualidade, sem nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições. 18.29.4 Os andaimes tubulares devem possuir montantes e painéis fixados com travamento contra o desencaixe acidental.

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18.29.4.1 O acesso aos andaimes tubulares deve ser feito por meio de escadas e observar uma das seguintes alternativas: a) Escada de mão, incorporada ou acoplada aos painéis com largura mínima de 0,40m (quarenta centímetros) e distância

uniforme entre os degraus compreendida entre 0,25m (vinte e cinco centímetros) e 0,30m (trinta centímetros); b) Escada para uso coletivo, incorporada interna ou externamente ao andaime, com largura mínima de 0,80m (oitenta

centímetros) e com corrimãos e degraus antiderrapantes. 18.29.4.1.1 O uso de escadas pode ser dispensado caso seja possível o acesso seguro pelo pavimento ao piso de trabalho do andaime. 18.29.5 Andaimes Simplesmente Apoiados 18.29.5.1 Os andaimes simplesmente apoiados devem ser fixados à estrutura da construção, edificação ou instalação por meio de amarração de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito. 18.29.5.2 Pode ser dispensada a fixação de andaimes simplesmente apoiados quando a altura não exceder em quatro vezes a menor dimensão da base de apoio. 18.29.6 Andaimes Fachadeiros 18.29.6.1 Os andaimes fachadeiros devemser externamente revestidos por tela com abertura máxima de 0,02m (dois centímetros) e que resista a carga horizontal de 66kgf (sessenta e seis quilogramas-força) aplicada no seu ponto mais desfavorável, de modo a impedir a projeção e queda de materiais. 18.29.26.1.1As amarrações na fachada podem ser feitas por meio de tubos e braçadeiras, cabos e clipes e seguir os seguintes critérios: a) Executar travamentos entre os quadros verticais ou horizontais e a fachada; b) Em torres isoladas executar as amarrações a cada 10m², independentemente da altura; c) Em torres contínuas (base maior que 2,5m) executar as amarrações a cada:

I. 30m² (trinta metros quadrados) para alturas até 10m (dez metros); II. 20m² (vinte metros quadrados) para alturas de 10m (dez metros) a 30m (trinta metros);

III. 10m² (dez metros quadrados) para alturas maiores que 30m (trinta metros). 18.29.7 Andaimes Móveis 18.29.7.1 Os andaimes móveis devem: a) Ser utilizados somente sobre superfície horizontal plana, que permita a sua segura movimentação; b) Possuir rodízios providos de travas, de modo a evitar deslocamentos acidentais. 18.29.7.1.1 É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes móveis com empregados sobre eles. 18.29.8 Andaimes em Balanço 18.29.8.1 Os andaimes em balanço devem possuir: a) Sistema de fixação à estrutura da edificação capaz de suportar três vezes os esforços solicitantes; b) Estrutura contraventada e ancorada, de modo a evitar oscilações. 18.29.8.1.1 Não é permitido que a parte interna do andaime seja sustentada por meio de contrapesos. 18.29.9 Andaimes Suspensos 18.29.9.1 Os andaimes suspensos devem: a) Possuir placa de identificação; b) Ter sua estabilidade garantida na posição de trabalho; c) Dispor de sistema de fixação para o cinto de segurança em estrutura independente da estrutura do andaime; d) Dispor de sistemas de fixação, sustentação e estruturas de apoio precedidos de projeto elaborado por profissional

legalmente habilitado; e) Ter largura útil da plataforma de trabalho de, no mínimo, 0,65m (sessenta e cinco centímetros); f) Ter largura útil da plataforma de trabalho de, no máximo, 0,90m (noventa centímetros), quando utilizado apenas um

guincho em cada armação. 18.29.9.1.1 A placa de identificação dos andaimes suspensos deve ser fixada em local de fácil visualização e conter, no mínimo, as seguintes informações:

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a) Identificação do fabricante; b) Capacidade de carga em peso e número de ocupantes. 18.29.9.2 É permitida a utilização de andaimes suspensos por dois pontos de sustentação independentes, desde que cada ponto possua cabo de aço de segurança adicional ligado a dispositivo de bloqueio mecânico automático. 18.29.9.3 Os andaimes suspensos manuais tipo catraca deverão possuir estrados com comprimento máximo de 8,00m (oito metros). 18.29.9.4 Em relação aos andaimes suspensos, é proibido: a) Utilizar trechos em balanço ou interligar suas estruturas; b) Utilizá-los para transporte de pessoas ou materiais que não estejam vinculados aos serviços em execução. 18.29.9.5 O sistema de contrapeso, quando utilizado como forma de fixação da estrutura de sustentação dos andaimes suspensos, deve: a) Ser projetado e fabricado sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado; b) Ser invariável quanto à forma e peso especificados no projeto; c) Possuir peso conhecido e marcado de forma indelével em cada peça; d) Ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes; e) Possuir contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal. 18.29.9.6 O sistema de suspensão dos andaimes deve: a) Ser feito por cabos de aço; b) Garantir o nivelamento do andaime; c) Ser verificado diariamente pelos usuários e pelo responsável pela obra, antes deiniciarem os trabalhos. 18.29.9.6.1 Os responsáveis pela verificação prevista na alínea “c”, do item anterior, devem ser capacitados e receber manual de procedimentos para a rotina de verificação diária. 18.29.9.6.2 Os cabos de aço utilizados na sustentação dos andaimes suspensos devem: a) Ter comprimento tal que, para a posição mais baixa do estrado, restem pelo menos seis voltas sobre cada tambor; b) Passar livremente na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom estado de limpeza e conservação. 18.29.9.7 Os guinchos de elevação com acionamento manual devem observar os seguintes requisitos: a) Ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor para catraca; b) Ser acionado por meio de alavancas, manivelas ou automaticamente, na subida e na descida do andaime; c) Possuir segunda trava de segurança para catraca; d) Ser dotado de capa de proteção da catraca. 18.29.9.7.1 É vedada a utilização de andaimes suspensos com acionamento manual por catraca em construções acima de 15m(quinze metros) de altura. 18.29.10 Andaimes Suspensos Motorizados 18.29.10.1 Os andaimes suspensos motorizados devem: a) Dispor de limitador de fim de curso; a) Ser dotados de dispositivos que impeçam sua movimentação, quando sua inclinação for superior a 15° (quinze graus). 18.29.10.1.1 O conjunto motor deve ser equipado com dispositivo mecânico de emergência, que deve observar os seguintes requisitos: a) Ser acionado automaticamente em caso de pane elétrica, de forma a manter a plataforma de trabalho parada; b) Permitir o acionamento manual para a descida segura.

18.29.11 Plataformas de Trabalho de Cremalheira para uso em Fachadas 18.29.11.1 As plataformas de trabalho devem ser montadas, operadas, mantidas, desmontadas e inspecionadas por empregado capacitado, de acordo com recomendações do fabricante e sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. 18.29.11.2 Os fabricantes devem fornecer manual em língua portuguesa, que deverá ser mantido no canteiro de obras, contendo: a) Especificações técnicas do equipamento; c) Instruções de montagem e desmontagem;

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d) Recomendações de manutenção e inspeção do equipamento. 18.29.11.3 As plataformas de trabalho devem: a) Possuir capacidade de carga mínima no piso de trabalho de 150kgf/m² (cento ecinquenta quilogramas-força por metro

quadrado); b) Quando utilizadas extensões telescópicas, estas devem oferecer a mesma resistência do piso da plataforma; c) Possuir sistema de sinalização sonora acionado automaticamente durante a subida e descida do equipamento; d) Possuir botão de parada de emergência no painel de comando; e) Ser dotado de dispositivos de segurança que garantam o perfeito nivelamento da plataforma no ponto de trabalho, não

podendo exceder a inclinação máxima indicada pelo fabricante; f) Possuir sistema que, em caso de pane elétrica, mantenha a plataforma na sua posição e permita o alívio manual por parte

do operador para descida segura da mesma até sua base; g) Possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, conforme item 18.28.5, com exceção do lado da face de

trabalho; h) Possuir chave ou bloqueio que impeça o acionamento por pessoas não autorizadas; i) Possuir acessos dotados de dispositivos eletroeletrônicos que impeçam sua movimentação quando abertos; j) Possuir placa de identificação do fabricante. 18.29.11.4 No caso de utilização de plataforma com chassi móvel, este deve ficar devidamente nivelado, patolado ou travado no início de montagem das torres verticais de sustentação da plataforma, permanecendo dessa forma durante seu uso e desmontagem. 18.29.11.5 A montagem da torre deve ser realizada de forma que o último elemento superior da torre seja cego, não podendo possuir engrenagens de cremalheira, para garantir que os roletes permaneçam em contato com as guias. 18.29.11.6 Os elementos de fixação utilizados no travamento das plataformas devem ser dimensionados para suportar os esforços indicados em projeto. 18.29.11.7 As ancoragens ou estroncamentos devem obedecer às especificações do fabricante e serem indicadas no projeto. 18.29.11.8 É proibida a improvisação na montagem de trechos em balanço e a interligação de plataformas. 18.29.11.9 A operação das plataformas deve obedecer aos seguintes requisitos: a) Todos os empregados usuários de plataformas devem receber orientação quanto ao carregamento e posicionamento dos

materiais na plataforma; b) Todos os empregados devem utilizar cinto de segurança tipo paraquedista ligado a um cabo guia fixado em estrutura

independente do equipamento ou ponto de ancoragem indicado pelo fabricante; c) O equipamento deve estar afastado das redes elétricas de acordo com as normas da concessionária local, quando houver,

e atendido o disposto na Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do Trabalho e Previdência Social; d) A área sob a plataforma de trabalho deve ser sinalizada e o acesso controlado; e) No percurso vertical da plataforma, não pode haver interferências que obstruam o seu deslocamento. 18.29.11.10 É proibido: d) Realizar qualquer trabalho sob condições meteorológicas adversas; b) Utilizar as plataformas de trabalho para o transporte de pessoas e materiais não vinculados aos serviços em execução. 18.29.11.11 A plataforma deve ser submetida à inspeção diária das condições de uso do equipamento de acordo com as recomendações do fabricante. 18.29.11.12 As plataformas por cremalheira devem dispor dos seguintes dispositivos: a) Cabos de alimentação de dupla isolação; b) Plugues e tomadas blindadas; c) Aterramento elétrico; d) Dispositivo diferencial residual (DR); e) Limites elétricos de percurso superior e inferior; f) Motofreio; g) Freio automático de segurança; h) Botoeira de comando de operação com atuação por pressão contínua. 18.29.12 Cadeira Suspensa 18.29.12.1 O sistema de sustentação da cadeira suspensa deve ser precedido de projeto elaborado por profissional legalmente

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habilitado. 18.29.12.2A cadeira suspensa deve atender os requisitos de normas técnicas nacionaisvigentes, sendo proibida sua improvisação. 18.29.12.3A cadeira suspensa deve apresentar, em sua estrutura eem caracteres indeléveis e bem visíveis, a razão social do fabricante e o respectivonúmero de registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ. 18.29.12.4 O empregado deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao trava-quedas em cabo de segurança independente.

18.30 SERVIÇOS DE VEDAÇÃO, REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS.

18.30.1 Um profissional habilitado deve fazer análise dos projetos de estrutura da edificação e determinar a necessidade de escoramento, quando do armazenamento de blocos ou tijolos, sacos de argamassa ou cimento, instalação de argamassadeira, caixas d’água, gesso acartonado e perfis metálicos para a execução de vedação e revestimentos, assim como de pedras, pisos, lata de tintas, etc., quando da execução do revestimento e acabamentos. 18.30.2 Utilizar cinto de segurança tipo paraquedista acoplado a linha de vida, quando da execução da marcação e elevação da alvenaria na beirada de lajes e aberturas. 18.30.3 Os materiais a serem utilizados para a execução de alvenaria devem ser distribuídos homogeneamente sobre os andaimes no sentido de distribuir o seu peso e facilitar a circulação de pessoas. 18.30.4 Não deve ser permitida a presença de pessoas abaixo e acima de lajes e de trás das paredes quando da fixação das guias metálicas no piso e teto e montantes nas paredes, utilizando pistola finca pino. 18.30.5 O empregado só poderá utilizar pernas mecânicas, com no máximo 1m (um metro) de altura, para o acabamento das paredes de gesso acartonado, se tiver realizado os exames médicos previstos na Norma Regulamentadora Nº 35 do Ministério do Trabalho e Previdência Social, para trabalho em altura. 18.30.6 Os locais situados sob as áreas de colocação de vidros devem ser isolados, interditados e sinalizados ou protegidos contra queda do material. 18.30.7 Os vidros instalados devem ser sinalizados com marcas visíveis.

18.31 LOCAIS CONFINADOS

18.31.1 A gestão de segurança em locais confinados deve incluir medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em locais confinados, conforme determina a Norma Regulamentadora Nº 33 do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 18.31.2 Devem se previstas medidas especiais de proteção nos locais da construção, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio, tais como: em trabalhos em poços, valas, trincheiras, redes de esgotos, tubulões, escavações, caixas d’água, reservatórios, shafts (passa-dutos), forros, condutos e espaços reduzidos onde a movimentação é realizada, muitas vezes, por rastejamento e em operações de salvamento e resgate.

18.32 IMPERMEABILIZAÇÃO

18.32.1 Os serviços de aquecimento, transporte e aplicação de impermeabilizante devem atender às normas técnicas nacionais vigentes. 18.32.2 As atividades de impermeabilização devem ser executadas por empregado treinado e autorizado com a supervisão e inspeção de profissional qualificado. 18.32.3 O equipamento para aquecimento deve possuir: a) Nome e CNPJ da empresa fabricante ou importadora em caracteres indeléveis; b) Manual técnico de operação, em português, disponível aos empregados; c) Tampa com respiradouro de segurança; d) Medidor e controle de temperatura.

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18.32.4 O equipamento para aquecimento deve estar instalado em local que atenda aos seguintes requisitos: a) Possuir ventilação natural ou forçada; c) Ter piso nivelado e incombustível; d) Ter isolamento e sinalização de advertência; e) Ser mantido limpo e organizado. 18.32.5 Os produtos utilizados nas operações de impermeabilização, inclusive os cilindros de gás, devem ser armazenados em local isolado, sinalizado, ventilado e protegido contra risco de incêndio, distinto do local de instalação dos equipamentos de aquecimento. 18.32.6 Os sistemas de aquecimento a gás devem atender aos seguintes requisitos: a) Cilindros devem ter capacidade de, no mínimo, 8kg (oito quilos); b) Cilindros devem ser instalados a, no mínimo, 3m (três metros) do equipamento de aquecimento; c) Cilindros com capacidade superior a 20kg (vinte quilos) devem estar sobre rodas; d) Devem ser utilizados tubos ou mangueiras flexíveis previstos nas normas técnicas nacionais vigentes de, no mínimo, 5m

(cinco metros). e) Manter a tampa do aquecedor fechada depois de colocar o asfalto no recipiente durante o funcionamento. 18.32.6.1 O sistema de aquecimento a gás deve ser inspecionado quanto à existência de vazamentos a cada intervenção. 18.32.6.2 A limpeza e a manutenção do equipamento de aquecimento devem seguir as recomendações do fabricante. 18.32.7São proibidas: a) A utilização de aquecimento direto com combustíveis sólidos ou líquidos; b) A movimentação do equipamento de aquecimento com a tampa destravada. 18.32.8Os empregados envolvidos na atividade devem possuir treinamento anual, com carga horária mínima de 4h (quatro horas), cujo conteúdo programático deve incluir, no mínimo: a) Acidentes típicos nos trabalhos de impermeabilização; b) Riscos potenciais inerentes ao trabalho e medidas de prevenção e controle; d) Operação do equipamento para aquecimento com segurança; e) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e primeiros socorros,principalmente no

caso de queimaduras; f) Isolamento da área e sinalização de advertência. 18.32.9 No caso de trabalho em espaços confinados, devem ser atendidos adicionalmente os requisitos previstos na Norma Regulamentadora Nº 33 do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

18.33 CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS - EBTV.

18.33.1 Para fins de aplicação nesta desta NR serão consideradas energia perigosa a energia: elétrica, pneumática e hidráulica ou combinação dessas energias, que, se liberada em face da realização de serviço, apresenta probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde do empregado em decorrência da ausência de medidas de controle. 18.33.1.1 Deve ser estabelecida uma sistemática para o Etiquetamento, Bloqueio, Teste e Verificação (EBTV), a ser utilizada em fontes únicas ou complexas de energia potencialmente perigosas, assegurando que máquinas, equipamentos e processos sejam mantidos em “Estado de Energia Zero”, antes da realização de atividades da Construção, Pré-operação, Comissionamento, Reparo ou Manutenção e quaisquer atividades não rotineira. 18.33.2 Nas situações indicadas na Análise de Risco ou previstas nesta NR deve ser implantado o controle de energias perigosas por meio das seguintes etapas: a) Preparação e comunicação a todos os empregados envolvidos sobre o desligamento do equipamento ou sistema; b) Desligamento ou neutralização dos equipamentos ou sistemas que possam intervir na atividade; c) Isolamento ou desenergização das fontes de energia do equipamento ou sistema; d) Bloqueio; e) Etiquetagem; f) Liberar ou controlar as energias armazenadas; g) Verificar o isolamento ou a desenergização do equipamento ou sistema; h) Liberação para o início da atividade; i) Retirada de empregados, ferramentas e resíduos após o término da atividade; j) Comunicação, após encerramento da atividade, sobre a retirada dos dispositivos de bloqueio e etiquetagem, a

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reenergização e o religamento do equipamento ou sistema; k) Retirada dos bloqueios e das etiquetas após a execução da atividade; l) Reenergizar ou retirar os dispositivos de isolamento do equipamento ou sistema; m) Liberação para a retomada da operação.

18.33.2.1O procedimento de bloqueio deve assegurar que: a) Cada empregado que execute intervenções nos equipamentos ou sistemas possua dispositivo de bloqueio individual

independente; b) Os dispositivos de bloqueio possibilitem o uso de etiquetas individuais, afixadas nos pontos de bloqueio e preenchidas

pelos empregados que o executaram, contendo o serviço executado, nome do empregado, data e hora de realização do bloqueio;

c) As etiquetas não possam ser removidas involuntariamente ou sob a ação das intempéries; d) Os dispositivos de bloqueio e etiquetas sejam substituídos em caso de trocas de turnos ou alteração na equipe de

trabalho. 18.33.2.1.1 É proibida a retirada ou substituição de dispositivo de bloqueio ou etiquetas por pessoas não autorizadas. 18.33.2.1.2 É proibido efetuar a neutralização da energia interrompendo somente o circuito de controle do equipamento ou sistema por meio de sistemas de comando ou de emergência. 18.33.2.2 Os serviços envolvendo energias perigosas só podem ser iniciados após a liberação por Permissão de Trabalho, que estabelecerá os requisitos para verificação e acompanhamento da neutralização ou controle de energias perigosas. 18.33.3 O controle de energias perigosas deve ser objeto de treinamento e reciclagens periódicas aos empregados. 18.33.4 A liberação para retomada da operação só pode ocorrer após atender cumulativamente e nesta ordem os seguintes requisitos: a) O serviço tenha sido concluído; b) A área esteja limpa e não existam empregados, ferramentas ou materiais em proximidades das zonas perigosas; c) Os controles estejam na posição desligada ou neutra; d) As proteções estejam afixadas nos equipamentos; e) Todas as pessoas envolvidas no serviço sejam comunicadas de que o equipamento ou sistema será liberado para

operação; f) Os dispositivos de bloqueio sejam removidos por pessoa autorizada; g) Seja comunicado ao responsável da área e da operação do equipamento que este se encontra liberado para uso. 18.33.5 Os procedimentos de controle de energias perigosas deverão ser auditados periodicamente, para garantir que estão atualizados e sendo aplicados adequadamente. 18.33.6 Para o controle de energias perigosas devem ser utilizadas etiquetas ou outra sinalização similar para informar que: a) Um equipamento ou sistema não pode ser operado; b) Há pessoas trabalhando no equipamento ou no sistema; c) Há mais de uma pessoa (grupo) trabalhando no equipamento ou no sistema; d) Não deverá ser iniciada a atividade sem antes realizar ou testemunhar o teste de energia zero; e) A área está isolada e somente a pessoa que colocou a etiqueta poderá autorizar a entrada ao local. 18.33.7 É obrigatório a elaboração de procedimentos de controle de energia feito por profissional legalmente habilitado.

18.33.8 Nas atividades de manutenção, onde os equipamentos possuam dispositivos de isolamento de energia onde não é possível implantar os procedimentos de bloqueio ou que em razão do tipo de atividade o equipamento deva permanecer fora do estado de energia zero, deve obrigatoriamente existir um procedimento de segurança específico que detalhe as ações e salvaguardas necessárias para assegurar a segurança dos empregados. 18.33.9 Quaisquer tarefas que necessitem de etiquetamento, bloqueio, teste e verificação, deverão ter um plano de controle de energia que consiste na identificação dos pontos a serem etiquetados, bloqueados, raqueteados, drenados e etc.; e os testes que asseguram estado de energia zero. Este plano deverá estar incluso no procedimento operacional ou Análise de Risco.

18.34 TELHADOS E COBERTURAS.

18.34.1 O trabalho em telhados e coberturas deve atender os requisitos da Norma Regulamentadora Nº 35 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e ser antecedido de Análise de Risco, que estabelecerá:

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a) Os meios de acesso do empregado ao posto de trabalho; b) O sistema de movimentação do empregado na superfície de trabalho; c) Os equipamentos de proteção individual; d) Os sistemas de proteção coletiva. 18.34.1.1 Nos trabalhos sobre fornos ou equipamentos com emanação de gases, caso haja impossibilidade de desligamento do equipamento, a Análise de Risco deve considerar, além de outros fatores, a exposição dos empregados aos gases gerados no processo. 18.34.1.2 A Análise de Risco deve considerar a capacidade de carga da superfície e apoios em que serão realizados os trabalhos. 18.34.1.3 Para trabalhos em telhados e coberturas, devem ser utilizados sistemas ou dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado que atendam às normas técnicasnacionaisvigentes e que permitam a movimentação segura dos empregados. 18.34.1.4 Quanto à especificação e ao dimensionamento do sistema de ancoragem,devem ser tomadas as seguintes providências: a) Ser realizado por profissional legalmente habilitado; b) Ter resistência para suportar a carga máxima aplicável; c) Ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização. 18.34.2 Os serviços de execução, manutenção, ampliação e reforma em telhados ou coberturas devem ser precedidos de inspeção e de emissão de Permissões para o Trabalho. 18.34.3 Quando houver risco de quedas de materiais sob os locais onde se desenvolvam atividades, devem ser adotadas as seguintes medidas: a) Instalação de proteção coletiva para controlar o risco; b) Isolamentoe sinalização da área no entorno quando asproteções forem insuficientes. 18.34.4 É proibida a realização de trabalhos ou atividades em telhados ou coberturas: a) Sobre superfícies instáveis; b) Com aplicação de cargas acima da capacidade de carga da superfície e dos apoios; c) Sobre superfícies escorregadias; d) Sob condições climáticas adversas. 18.34.5 Os empregados que trabalham em telhados e coberturas devem receber treinamento prévio conforme a Norma Regulamentadora Nº 35 do Ministério do Trabalho e Previdência Social, independentemente de seus conhecimentos profissionais.

18.35 PAISAGISMO

18.35.1 Antes de iniciar as atividades deve ser realizado o reconhecimento prévio do terreno e da área verificando possíveis obstáculos (tocos, pedras, cercas, arames, parafusos, vergalhões, instalações elétricas, etc.).

18.35.2 Interromper os trabalhos de paisagismo em presença de chuvas e ventos fortes, especialmente em taludes inclinados e escorregadios. 18.35.3 As máquinas e ferramentas de corte ou perfuração só podem ser trasportadas se as zonas de contato estiverem protegidas. 18.35.4 Proteger todas as partes do corpos quando do trabalho com produtos intoxicantes, alérgicos e que provocam distúrbios respiratórios e alterações no sistema nervoso central. 18.35.5 Instalar sinalização, conforme legislação, vigente quando a atividade for realizada em local onde haja trânsito de veículos. 18.35.6 Na execução das atividades de poda, corte ou na aplicação de jato d’água, manter todas as pessoas afastadas do local, utilizando rede de proteção para evitar projeção de partículas. 18.35.7 É proibido: a) O manuseio de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins que não estejam registrados e autorizados pelos órgãos

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governamentais competentes e em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula, previstos em legislação vigente.

b) A permanência de gestante nas atividades com exposição direta ou indireta a agrotóxicos imediatamente após ser informado da gestação.

18.35.8 Os resíduos gerados dos processos devem ser segregados e retirados dos locais de trabalho, segundo métodos e procedimentos adequados que não provoquem contaminação ambiental.

18.35.9 As árvores de grande porte devem ser mantidas escoradas para evitar o tombamento provocado pela acomodação do

substrato, por ventos ou chuva excessiva.

18.36 SERVIÇO EM PLATAFORMAS FLUTUANTES

18.36.1 As embarcações utilizadas nos serviços de apoio à indústria da construção devem atender às Normas da Autoridade Marítima - NORMAM vigentes. 18.36.2 Todas as embarcações devem informar, em lugar visível e em língua portuguesa, a carga máxima permitida e a lotação máxima. 18.36.3 Na periferia das embarcações, deve haver guarda-corpo de proteção contra quedas de empregados (balaustrada), exceto nos casos previstos na NORMAM 2. 18.36.4 As superfícies dos postos de trabalho e das áreas de circulação dos emrpegados nas embarcações, bem como dos locais de embarque, devem ser antiderrapantes. 18.36.5 Deve haver, nas embarcações, equipamentos de segurança, combate a incêndio e salvatagem, em conformidade com a NORMAM-02/DPC. 18.36.6 Na execução de trabalhos com risco de queda na água, devem ser utilizados coletes salva-vidas classe IV, homologados pela Diretoria de Portos e Costas. 18.36.6.1 Quando da execução de trabalhos a quente com risco de queda na água, deve-se utilizar colete salva-vidas classe IV retardante de chamas. 18.36.6.2 Os coletes salva-vidas devem ser em número mínimo igual ao de pessoas a bordo. 18.36.7 É obrigatório o uso de botas com elástico lateral nas atividades em embarcações plataformas flutuantes e frentes de trabalho no mar ou sobre água. 18.36.8 Deve haver, nas embarcações, iluminação de segurança estanque ao tempo, quando da realização de atividades noturnas. 18.36.9 Os materiais e ferramentas sobre as embarcações devem ser acondicionados de modo que não haja deslocamentos que acarretem riscos aos embarcados. 18.36.10 Nas embarcações, deve haver um sistema de comunicação eficiente entre terra e bordo para apoio em situações de emergência.

18.37 NOVA TECNOLOGIASE SOLUÇÕES ALTERNATIVAS

18.37.1 É facultada às empresas, sob responsabilidade profissional, em situações especiais não previstas nesta NR, mediante cumprimento dos requisitos previstos nos subitens seguintes, a adoção de soluções alternativas referentes às medidas de proteção coletiva, às técnicas de trabalho e ao uso de equipamentos, tecnologias e outros dispositivos que: a) Propiciem avanço tecnológico em segurança e saúde dos empregados; b) Objetivem a implementação de medidas de controle e de sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições

e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção; c) Garantam a realização das tarefas e atividades de modo seguro e saudável. 18.37.2 As tarefas a serem executadas mediante a adoção de soluções alternativas devem estar previstas em procedimentos de segurança do trabalho, nos quais devem constar: a) Os riscos aos quais os empregados estarão expostos;

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b) A descrição dos sistemas e das medidas de proteção coletiva a serem implementadas; c) A especificação técnica dos EPI’s a serem utilizados; d) Instruções quanto ao uso dos sistemas de proteção coletiva e EPI’s, conforme as etapas das tarefas a serem realizadas; e) Ações de prevenção a serem observadas durante a execução dos serviços. 18.37.3 A implementação de soluções alternativas deve ser precedida de Análise de Risco e Permissão de Trabalho. 18.37.4 A documentação relativa à adoção de soluções alternativas integra o PCMAT, devendo ser mantida no canteiro de obras ou frente de trabalho, acompanhada das respectivas memórias de cálculo, especificações técnicas e procedimentos de trabalho, e ser disponibilizada para conhecimento dos empregados, do Sindicato da categoria e do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

18.38 COMITÊS PERMANENTES SOBRE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

18.38.1 O Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção – CPN e os Comitês Permanentes Regionais sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção – CPR por Unidade da Federação constituem-se como comissões tripartites, paritárias e permanentes e têm seu funcionamento conforme o disposto nesta NR, sem prejuízo de outras Portarias a respeito expedidas pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social e do regimento interno de cada Comitê. 18.38.2 O CPN e o CPR será composto de 3 (três) a 5 (cinco) representantes titulares do governo, dos empregadores e dos empregados, sendo facultada a convocação de representantes de entidades técnico-científicas ou de profissionais especializados, sempre que necessário. 18.38.3 A coordenação do CPN e o CPR será exercida em sistema de rodízio entre as bancadas de Governo, Empregadores e Empregados, sendo o mandato de cada bancada, de 2 (dois) anos. 18.38.4 O Coordenador e o Vice-Coordenador do CPN e CPR serão indicados pela respectiva bancada, dentre os seus membros titulares por um período de um ano, podendo ser reconduzidos para um segundo período de mais um ano. 18.38.5 São atribuições do CPN: a) Deliberar a respeito das propostas apresentadas pelos CPR, ouvidos os demais CPR; b) Justificar aos CPR a não aprovação das propostas apresentadas; e) Elaborar propostas, encaminhando cópia aos CPR; f) Validar as alterações da Norma Regulamentadora Nº 18 do Ministério do Trabalhoe e da Previdência Social. 18.38.6 As propostas aprovadas pelo CPN serão encaminhadas àComissão Tripartite Paritária Permanente - CTPP, que decidirá sobre às propostas. 18.38.7 São atribuições dos Comitês Regionais - CPR: a) Estudar e propor medidas para o controle e a melhoria das condições e dos ambientes de trabalho na indústria da

construção; b) Implementar a coleta de dados sobre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais na indústria da construção, visando

estimular iniciativas de aperfeiçoamento técnico de processos construtivos, de máquinas, equipamentos, ferramentas e procedimentos nas atividades da indústria da construção;

c) Participar e propor campanhas de prevenção de acidentes para a indústria da construção; d) Incentivar estudos e debates visando ao aperfeiçoamento permanente das normas técnicas, regulamentadoras e de

procedimentos na indústria da construção; e) Encaminhar o resultado de suas propostas ao CPN; f) Apreciar propostas encaminhadas pelo CPN, sejam elas oriundas do próprio CPN ou de outro CPR; g) Negociar cronograma para gradativa implementação de itens da norma que não impliquem em grave e iminente risco,

atendendo as peculiaridades e dificuldades regionais, desde que sejam aprovadas por consenso e homologados pelo CPN. 18.38.8 As propostas resultantes de negociações do CPR, conduzidas na forma do disposto na alínea "g" do item 18.38.7, serão encaminhadas à autoridade regional competente do Ministério do Trabalho e da Previdência Social, que dará garantias ao seu cumprimento por meio de dispositivos legais pertinentes. 18.38.9 O CPN e os CPR funcionarão na forma que dispuserem os seus regimentos internos.

18.39 GLOSSÁRIO

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Alta-Tensão - tensão superior a 1000 Volts em corrente alternada ou 1500 Volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Amarras - cordas, correntes e cabos de aço que se destinam a amarrar ou prender equipamentos à estrutura. Análise de Risco - avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de controle. Ancorada (ancorar) - ato de fixar por meio de cordas, cabos de aço e vergalhões, propiciando segurança e estabilidade. Ancoragem - peça ou conjunto destinado à fixação de equipamentos, torres ou estruturas. Ancoragem Definitiva - peça ou conjunto de utilização em edifícios ou estruturas para ser utilizado por empregados na manutenção, restauração e pintura de fachadas, proporcionando estabilidade e segurança para o trabalho. Ancoragem Provisória - peça ou conjunto de utilização em edifícios ou estruturas para ser utilizado por empregados na execução da obra, proporcionando estabilidade e segurança para o trabalho. Andaime -plataforma para trabalhos em alturas elevadas por estrutura provisória ou dispositivo de sustentação. Andaime em Balanço - andaime fixo, suportado por vigamento em balanço. Andaime Fachadeiro - andaime metálico simplesmente apoiado, fixado à estrutura na extensão da fachada. Andaime Simplesmente Apoiado - é aquele cujo estrado está simplesmente apoiado, podendo ser fixo ou deslocar-se no sentido horizontal. Andaime Suspenso Mecânico - é aquele cujo estrado de trabalho é sustentado por travessas suspensas por cabos de aço e movimentado por meio de guinchos. Anteparo - designação genérica das peças (tabiques, biombos, guarda-corpos, para-lamas etc.) que servem para proteger ou resguardar alguém ou alguma coisa. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica. Atividades Rotineiras -atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do processo de trabalho. Áreas de Vivência - áreas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer, convivência e ambulatória, devendo ficar fisicamente separadas das áreas laborais. Armação de Aço - conjunto de barras de aço, moldadas conforme sua utilização e parte integrante do concreto armado. ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, segundo as normas vigentes no sistema CONFEA/CREA. Aterramento Elétrico - ligação à terra que assegura a fuga das correntes elétricas indesejáveis. Atmosfera Perigosa - presença de gases tóxicos, inflamáveis e explosivos no ambiente de trabalho. Autopropelida - máquina ou equipamento que possui movimento próprio. Baixa Tensão - tensão superior a 50 Volts em corrente alternada ou 120 Volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 Volts em corrente alternada ou 1500 Volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Bancada - mesa de trabalho. Banguela - queda livre do elevador, pela liberação proposital do freio do tambor. Barreira - dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas. Bate-Estacas - equipamento de cravação de estacas por percussão. Blaster - profissional habilitado para a atividade e operação com explosivos.

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Botoeira - dispositivo de partida e parada de máquinas. Braçadeira - correia, faixa ou peça metálica utilizada para reforçar ou prender. Cabo Guia ou de Segurança - cabo ancorado à estrutura, onde são fixadas as ligações dos cintos de segurança. Cabos de Suspensão - cabo de aço destinado à elevação (içamento) de materiais e equipamentos. Cabos de Tração - cabos de aço destinados à movimentação de pesos. Caçamba - recipiente metálico para conter ou transportar materiais. Cadeira Suspensa (balancim) - é o equipamento cuja estrutura e dimensões permitem a utilização por apenas uma pessoa e o material necessário para realizar o serviço. Calha - duto destinado a retirar materiais por gravidade. Calço de Apoio - acessório utilizado para nivelamento de equipamentos e máquinas em superfície irregular. Calço nas Rodas - acessório para as rodas de caminhão, que serve como terceiro freio para calçar o veículo com segurança em situações taiscomo: encostar na doca, troca de pneu, estacionar em desnível, betoneiras com motor ligado e outras. Canteiro de Obra - área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Caracteres Indeléveis - qualquer dígito numérico, letra do alfabeto ou um símbolo especial, que não se dissipa, indestrutível. CEI - Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, referente à obra. Cimbramento - escoramento e fixação das fôrmas para concreto armado. Cinto de Segurança Tipo Paraquedista - é o que possui tiras de tórax e pernas, com ajuste e presilhas; nas costas possui uma argola para fixação de corda de sustentação. Chave Blindada - chave elétrica protegida por uma caixa metálica, isolando as partes condutoras de contatos elétricos. Chave de Segurança - componente associado a uma proteção utilizado para interromper o movimento de perigo e manter a máquina parada enquanto a proteção ou porta estiver aberta, com contato mecânico - físico, como as eletromecânicas, ou sem contato, como as ópticas e magnéticas. Chave Elétrica de Bloqueio - é a chave interruptora de corrente. Chave Magnética - dispositivo com dois circuitos básicos, de comando e de força, destinados a ligar e desligar quaisquer circuitos elétricos, com comando local ou a distância (controle remoto). Cinto de Segurança Abdominal - cinto de segurança com fixação apenas na cintura, utilizado para limitar a movimentação do empregado. Circuito de Derivação - circuito secundário de distribuição. Coifa - dispositivo destinado a confinar o disco da serra circular. Coletor de Serragem - dispositivo destinado a recolher e lançar em local adequado a serragem proveniente do corte de madeira. Coletor Elétrico - Dispositivo responsável pela transmissão da alimentação elétrica da grua da parte fixa (torre) à parte rotativa. Condições Impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do empregado. Condutor Habilitado - condutor de veículos portador de carteira de habilitação expedida pelo órgão competente. Conexão de Autofixação - conexão que se adapta firmemente à válvula dos pneus dos equipamentos para a insuflação de ar.

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Contrapino - pequena cavilha de ferro; de duas pernas, que se atravessa na ponta de um eixo ou parafuso para manter no lugar porcas e arruelas. Contraventamento - sistema de ligação entre elementos principais de uma estrutura para aumentar a rigidez do conjunto. Contraventos - elemento que interliga peças estruturais das torres dos elevadores. Corda Perimétrica - corda que passa através de cada malha nas bordas de uma rede e que determina as dimensões de uma rede de segurança. Cordas de Sustentação ou de Amarração – cordas utilizadas para atar a corda perimétrica a um suporte adequado. CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. CPF - Cadastro de Pessoa Física. CPN - Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção. CPR - Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (Unidade(s) da Federação). Cutelo Divisor - lâmina de aço que compõe o conjunto de serra circular que mantém separadas as partes serradas da madeira. Desmonte de Rocha a Fogo - detonação de explosivos para efetuar o desmonte da rocha. O fogacho é a detonação complementar ao fogo principal. Dispositivo Limitador de Curso - dispositivo destinado a permitir uma sobreposição segura dos montantes da escada extensível. Doenças Ocupacionais - são aquelas decorrentes de exposição a substâncias ou condições perigosas inerentes a processos e atividades profissionais ou ocupacionais. Dutos Transportadores de Concreto - tubulações destinadas ao transporte de concreto sob pressão. Elementos Estruturais - elementos componentes de estrutura (pilares, vigas, lajes, etc.). Elevador de Materiais - cabine para transporte vertical de materiais. Elevador de Passageiros - cabine fechada para transporte vertical de pessoas, com sistema de comando automático. Em Balanço - sem apoio além da prumada. Empurrador - dispositivo de madeira utilizado pelo empregado na operação de corte de pequenos pedaços de madeira na serra circular. EPI - Equipamento de Proteção Individual - todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do empregado. Equipamento de Guindar - equipamentos utilizados no transporte vertical de materiais (grua, guincho, guindaste). Escada de Abrir - escada de mão constituída de duas peças articuladas na parte superior. Escada de Mão - escada com montantes interligados por peças transversais. Escadas de sustentação (Gruas ascensionais) - Estrutura metálica com a função de apoiar a torre da grua na operação de telescopagem de gruas ascensionais. Escada Extensível - escada portátil que pode ser estendida em mais de um lance com segurança. Escada Fixa (tipo marinheiro) - escada de mão fixada em uma estrutura dotada de gaiola de proteção. Escora - peça de madeira ou metálica empregada no escoramento. Espaço confinado - qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de

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entrada e saída, com ventilação insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Estabelecimento - cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes. Estabilidade Garantida - a característica relativa a estruturas, taludes, valas e escoramentos ou outros elementos que não ofereçam risco de colapso ou desabamento, seja por estarem garantidos por meio de estruturas dimensionadas para tal fim ou porque apresentem rigidez decorrente da própria formação (rochas). A estabilidade garantida de uma estrutura será sempre objeto de responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado. Estanque - propriedade do sistema de vedação que não permita a entrada ou saída de líquido. Estaiamento - utilização de tirantes sob determinado ângulo, para fixar os montantes da torre. Estrado - estrutura plana, em geral de madeira, colocada sobre o andaime. Estroncamento - peça de esbarro ou escoramento com encosto destinado a impedir deslocamento. Estrutura de Sustentação - estrutura a qual as redes estão conectadas e que contribuem para absorção da energia cinética em caso de ações dinâmicas. Explosivo - produto que sob certas condições de temperatura, choque mecânico ou ação química se decompõe rapidamente para libertar grandes volumes de gases ou calor intenso. Ferramenta - utensílio empregado pelo empregado para realização de tarefas. Ferramenta de Fixação - ferramenta utilizada como meio de fixação de pinos acionada a pólvora. Ferramenta Pneumática - ferramenta acionada por ar comprimido. Freio Automático - dispositivo mecânico que realiza o acionamento de parada brusca do equipamento. Frente de Trabalho - área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Fumos - vapores provenientes da combustão incompleta de metais. Galeria - corredor coberto que permite o trânsito de pedestres com segurança. Gancho do Moitão - acessório para equipamentos de guindar e transportar utilizados para içar cargas. Garfo - Dispositivo auxiliar de içamento utilizado para se transportar "pallets" com blocos de concreto e outros materiais paletizados. Guia de Alinhamento - dispositivo fixado na bancada da serra circular, destinado a orientar a direção e a largura do corte na madeira. Guincho - equipamento utilizado no transporte vertical de cargas ou pessoas, mediante o enrolamento do cabo de tração no tambor. Guindaste - veículo provido de uma lança metálica de dimensão variada e motor com potência capaz de levantar e transportar cargas pesadas. Grua - equipamento pesado utilizado no transporte horizontal e vertical de materiais. Gruas Ascensionais - Tipo de grua onde a torre da mesma está apoiada na estrutura da edificação. No processo de telescopagem a grua é apoiada na parte superior da edificação e telescopagem para o mesmo. Gruas Automontantes - Tipo de gruas que possuem um sistema de montagem automática sem a necessidade de guindaste auxiliar. Grua de Pequeno Porte - tipo "Velox" - guincho fixado em poste ou coluna, destinado ao içamento de pequenas cargas.

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Içamento Crítico - quando o risco geral de um içamento é considerado significativo por qualquer razão – o peso da carga, a dificuldade, a complexidade, o uso de mais de um guindaste e a área restrita. Incombustível - material que não se inflama. Instalação Elétrica - conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico. Instalações Móveis - contêineres, utilizados como: alojamento, instalações sanitárias e escritórios. Insuflação de Ar - transferência de ar através de tubo de um recipiente para outro, por diferença de pressão. Intempéries - os rigores das variações atmosféricas (temperatura, chuva, ventos e umidade). Invólucro - envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com partes internas. Isolantes - são materiais que não conduzem corrente elétrica, ou seja, oferecem alta resistência elétrica. Lança - Parte da grua por onde percorre o carro de translação da carga. Laudo de Reconstituição Técnica (Máquinas e Equipamentos) - laudo necessário quando não há evidência do Manual do Fabricante da Máquina ou Equipamento. Laudo estrutural - Laudo emitido por profissional ou entidade legalmente habilitada referente às condições estruturais no que diz respeito à resistência e integridade da estrutura em questão. Locais Confinados - qualquer espaço com a abertura limitada de entrada e saída da ventilação natural. Malha - distância medida entre duas sequências de nós, estando o fio entre estes pontos estendidos. Máquina - aparelho próprio para transmitir movimento ou para utilizar e pôr em ação uma fonte natural de energia. Momento máximo - Indicação do máximo esforço de momento aplicado na estrutura da grua. Montante - peça estrutural vertical de andaime, torres e escadas. Nó - cada um dos vértices dos polígonos que formam a malha. NR - Norma Regulamentadora. Obstáculo - elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por ação deliberada. Operação Assistida - atividade realizada sob supervisão permanente de profissional com conhecimentos para avaliar os riscos nas atividades e implantar medidas para controlar, minimizar ou neutralizar tais riscos. Panagem - tecido da rede. Passarela - ligação entre dois ambientes de trabalho no mesmo nível, para movimentação de empregados e materiais, construída solidamente, com piso completo, rodapé e guarda-corpo. Patamar - plataforma entre dois lances de uma escada. Perigo - situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle. PCMAT - Programa das Condições e Meio Ambiente do Trabalho. Perímetro da Obra - linha que delimita o contorno da obra. Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle visando o desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate. Piso Resistente - piso capaz de resistir sem deformação ou ruptura aos esforços submetidos. Plataforma de Proteção - plataforma instalada no perímetro da edificação destinada a aparar materiais em queda livre.

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Plataforma de Trabalho - plataforma onde ficam os empregados e materiais necessários à execução dos serviços. Plataforma Principal - plataforma de proteção instalada na primeira laje. Plataforma Secundária - plataforma de proteção instalada de 3 (três) em 3 (três) lajes, a partir da plataforma principal e acima desta. Ponto de ancoragem - ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de dispositivos de segurança, tais como cordas, cabos de aço, trava-queda e talabartes. Ponto de Energia - são tomadas de uso geralque servem para ligar aparelhos como: TV, CD Player, aparelho de som, abajur, celular, etc., e que podem ser substituídas por uma régua de extensão elétrica. Uma regra básica para saber quantas tomadas deve conter num cômodo é de uma tomada para cada 5m (cinco metros) do perímetro do cômodo, arredondada para cima. PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; Prancha - peça de madeira com largura maior que 0,20m (vinte centímetros) e espessura entre 0,04m (quatro centímetros) e 0,07m (sete centímetros). Pranchão - peça de madeira com largura e espessura superiores às de uma prancha. Procedimento - sequência de operações a serem desenvolvidas para realização de um determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e circunstâncias que impossibilitem sua 9 realização. Prontuário - sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações pertinentes às instalações e aos empregados. Protensão de Cabos - operação de aplicar tensão nos cabos ou fios de aço usados no concreto protendido. Prumagem - colocação de peças no sentido vertical (linha de prumo). Rampa - ligação entre 2 (dois) ambientes de trabalho com diferença de nível, para movimentação de empregados e materiais, construída solidamente com piso completo, rodapé e guarda-corpo. Rampa de Acesso - plano inclinado que interliga dois ambientes de trabalho. Rede de Proteção - rede de material resistente e elástico com a finalidade de amortecer o choque da queda do empregado. Rede de Segurança - rede suportada por uma corda perimetral e outros elementos de sustentação. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas. Riscos Adicionais - todos os demais grupos ou fatores de risco, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho. Roldana - disco com borda canelada que gira em torno de um eixo central. Shaft - abertura na laje destinada a passagem de tubulações de hidráulicas, elétrica, etc. Sinaleiro - pessoa responsável pela sinalização, emitindo ordens por meio de sinais visuais e ou sonoros. Sinalização - procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e advertir. Sistema Elétrico - circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a atingir um determinado objetivo. Sistemas de Ancoragem - componentes definitivos ou temporários, dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o empregado possa conectar seu Equipamento de Proteção Individual, diretamente ou através de outro dispositivo, de modo a que permaneça conectado em caso de perda de equilíbrio, desfalecimento ou queda. Sobrecarga - excesso de carga (peso) considerada ou não no cálculo estrutural. Soldagem - operações de unir ou remendar peças metálicas com solda.

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SPDA- Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas SRTE - Superintendência Regional de Trabalho e Emprego. Talabarte - dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar eou limitar a movimentação do empregado. Talude - inclinação ou declive nas paredes de uma escavação. Tambor do Guincho - dispositivo utilizado para enrolar e desenrolar o cabo de aço de sustentação do elevador. Tapume - divisória de isolamento. Tensão de Segurança -tensão originada em uma fonte de segurança. Tinta - produto de mistura de pigmento inorgânico com tíner, terebintina e outros diluentes. Inflamável e geralmente tóxica. Tirante - cabo de aço tracionado. Torre de Elevador - sistema metálico responsável pela sustentação do elevador. Trabalho em Proximidade - trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule. Trava de Segurança - sistema de segurança de travamento de máquinas e elevadores. Trava-Queda - dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas. Travamento - ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada. Vergalhões de Aço - barras de aço de diferentes diâmetros e resistências, utilizadas como parte integrante do concreto armado. Vestimenta - roupa adequada para a atividade desenvolvida pelo empregado. Vias de Circulação - locais destinados à movimentação de veículos, equipamentos e ou pedestres. Zona Controlada - entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.