proposta de método para a avaliação da eficiência ...cb3e.ufsc.br/sites/default/files/nova...

150
Proposta de método para a avaliação da eficiência energética com base em energia primária de edificações comerciais, de serviços e públicas Versão 03 Núcleo Comercial Florianópolis, agosto de 2017

Upload: docong

Post on 30-Jul-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Proposta de mtodo para a avaliao da eficincia energtica com base em energia primria de edificaes comerciais, de

    servios e pblicas

    Verso 03

    Ncleo Comercial

    Florianpolis, agosto de 2017

  • Proposta de mtodo para avaliao da eficincia energtica de edificaes

    comerciais, de servios e pblicas

    O texto a seguir apresenta uma proposta de mtodo para a avaliao da eficincia energtica

    de edificaes comerciais, de servios e pblicas. Os mtodos, bem como os textos, so frutos

    de resultados de pesquisas em andamento.

    A proposta baseia-se no consumo de energia primria, comparando as caractersticas de certa

    edificao real com condies de referncia que equivalem classe energtica D. Os sistemas

    avaliados envoltria, condicionamento de ar, iluminao e aquecimento de gua resultam

    em consumos de energia eltrica ou energia trmica, buscando aproximao com o consumo

    real da edificao analisada. As diferentes fontes de energia so convertidas para energia

    primria a fim de que possam ser somadas e avaliadas em conjunto. A proposta considera,

    ainda, o consumo estimado de equipamentos, o uso racional de gua, a gerao local de

    energia renovvel e as emisses de dixido de carbono (CO2).

    Os textos aqui apresentados no possuem valor legal e esto disponveis apenas para consulta

    pela comunidade cientfica e demais interessados. Equaes, fatores, escalas e demais

    contedos no so definitivos e podem sofrer alteraes no decorrer do desenvolvimento

    deste mtodo.

    Previamente apresentao do texto, so apresentadas imagens das propostas das novas

    ENCEs com o objetivo de facilitar a relao entre esse texto e as novas propostas. A ENCE,

    aqui denominada ENCE principal de edificao completa ser acompanhada de pginas

    complementares que trazem informaes quanto s classificaes parciais, consumos por uso

    final e as condies de avaliao. So apresentadas, na sequncia, a primeira pgina da

    proposta de ENCE parcial e de simulao; as demais pginas destas ltimas seguem o mesmo

    padro das pginas complementares da ENCE principal de edificao completa.

  • Figura 1. Primeira pgina da nova proposta de ENCE para avaliao completa

  • Figura 2. Segunda pgina da nova proposta de ENCE para avaliao completa

  • Figura 3. Terceira pgina da nova proposta de ENCE para avaliao completa

  • Figura 4. Primeira pgina da nova proposta de ENCE para avaliao parcial

  • Figura 5. Primeira pgina da nova proposta de ENCE para avaliao pelo mtodo de simulao

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Escopo: estabelecer os requisitos tcnicos e os mtodos para a classificao de edificaes comerciais, de servios e pblicas quanto a sua eficincia energtica, visando etiquetagem de edificaes. Estes requisitos aplicam-se a edifcios condicionados, parcialmente condicionados e no condicionados, e edifcios de uso misto. 1 SIGLAS CRESESB Centro de Referncia para Energia Solar e Elica Srgio Brito EAS Estabelecimentos assistenciais de sade ENCE Etiqueta Nacional de Conservao de Energia INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia IPHAN Instituto do Patrimnio Histrico Artstico Nacional PBE Programa Brasileiro de Etiquetagem

    2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Para fins deste RTQ so adotados os documentos complementares a seguir, complementados pelos documentos citados no RAC.

    BECKMAN, W.A.; KLEIN S. A.; DUFFIE, J.A. Solar Heating Design by the F-chart Method. New York: John Wiley & Sons, 1977.

    RACKES, A. Natural Comfort a new early stage design tool. Building Science and Engineering Group, Drexel University, 2016. bseg.cae.drexel.edu/natural-comfort-a-new-early-stage-design-tool/.

    RORIZ, R. Classificao de climas do Brasil verso 3.0. ANTAC: Associao Nacional de Tecnologia do Ambiente Construdo. Grupo de Trabalho sobre Conforto Ambiental e Eficincia Energtica de Edificaes. So Carlos, SP. Maro de 2014. http://cb3e.ufsc.br/sites/default/files/Roriz_2014.pdf

    10 CFR 431.82 Definitions concerning commercial packaged boilers. Code of Federal Regulations (CFR) Title 10, Energy, Part 431.82. Dec. 9, 2016.

    10 CFR 431.102

    Definitions concerning commercial water heaters, hot water supply boilers, unfired hot water storage tanks, and commercial heat pump water heaters. Code of Federal Regulations (CFR) Title 10, Energy, Part 431.102. Nov. 10, 2016.

    ABNT NBR 15220-2:2005 Desempenho trmico de edificaes - Parte 2: Mtodos de clculo da transmitncia trmica, da capacidade trmica, do atraso trmico e do fator solar de elementos e componentes de edificaes.

    ABNT NBR 15569:2008 Sistema de aquecimento solar de gua em circuito direto - Projeto e instalao. ABNT NBR 16401:2008 Instalaes de ar condicionado Sistemas centrais e unitrios.

    1

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    ABNT. NBR 6488:1980 Componentes de construo - Determinao da condutncia e da transmitncia trmica - Mtodo da caixa quente protegida. Rio de Janeiro.

    ABNT. NBR 7256:2005 Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de sade (EAS) - Requisitos para projeto e execuo das instalaes. AHRI 1160-2014 Performance Rating of Heat Pump Pool Heaters.

    AHRI 550/590-2011 Performance Rating of Water Chilling Packages Using the Vapor Compression Cycle. Arlington.

    ANSI/AHRI 1230-2010 Performance Rating of Variable Refrigerant Flow (VRF) Multi-Split Air-Conditioning and Heat Pump Equipment.

    ANSI/AHRI 460-2005 Performance Rating of Remote Mechanical Draft Air Cooled Refrigerant Condensers. ANSI/AHRI Standard 210/240 - 2008

    Performance Rating of Unitary air-conditioning and air source heat pump equipment.

    ANSI/AHRI Standard 340/360 2015

    Performance Rating of Commercial and industrial unitary air-conditioning and heat pump equipment.

    ANSI/AHRI Standard 560 2000

    Air-Conditioning, Heating, and Refrigeration Institute: Absorption Water Chilling and Water Heating Packages.

    ANSI/ARI/ASHRAE/:. ASHRAE Standard 74-1988

    Method of Measuring Solar Optical Properties of Materials.

    ANSI/ARI/ASHRAE/ISO Standard 13256-2:1998

    Water-source Heat Pumps Testing and Rating for Performance Part 2: Water-to-water and Brine-to-water Heat Pumps. Atlanta, 1998.

    ANSI/ASHRAE Standard 140-2004

    Standard Method of Test for the Evaluation of Building Energy Analysis Computer Programs.

    ANSI/ASHRAE Standard 140-2011

    Standard Method of Test for the Evaluation of Building Energy Analysis Computer Programs.

    ANSI/ASHRAE Standard 146-2011

    Method of Testing and Rating Pool Heaters.

    ANSI/ASHRAE/IESNA Standard 90.1-2013

    Energy Standard for Buildings Except Low-Rise Residential Buildings.

    ASHRAE Standard 55 - 2013 Thermal Environment Conditions for Human Occupancy.

    ASTM E1918-06:2015 Standard Test Method for Measuring Solar Reflectance of Horizontal and Low-Sloped Surfaces in the Field, West Conshohocken, PA.

    CTI ATC 105-2000 Acceptance Test Code for Water Cooling Towers. CTI ATC 105S-2011 Acceptance Test Code for Closed Circuit Cooling Towers.

    CTI Standard 201-2015 Standard for Certification of Water Cooling Tower Thermal Performance.

    2

    http://resourcecenter.ashrae.org/store/ashrae/newstore.cgi?itemid=23116&view=item&categoryid=311&categoryparent=311&page=1&loginid=6689068http://resourcecenter.ashrae.org/store/ashrae/newstore.cgi?itemid=23116&view=item&categoryid=311&categoryparent=311&page=1&loginid=6689068http://resourcecenter.ashrae.org/store/ashrae/newstore.cgi?itemid=23116&view=item&categoryid=311&categoryparent=311&page=1&loginid=6689068http://resourcecenter.ashrae.org/store/ashrae/newstore.cgi?itemid=23116&view=item&categoryid=311&categoryparent=311&page=1&loginid=6689068http://resourcecenter.ashrae.org/store/ashrae/newstore.cgi?itemid=23116&view=item&categoryid=311&categoryparent=311&page=1&loginid=6689068http://resourcecenter.ashrae.org/store/ashrae/newstore.cgi?itemid=23116&view=item&categoryid=311&categoryparent=311&page=1&loginid=6689068http://www.astm.org/Standards/E1918.htmhttp://www.astm.org/Standards/E1918.htm

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    ISO 15099:2003 Thermal performance of windows, doors and shading devices - Detailed calculations. Geneve, Switzerland.

    ISO 9050:2003 Glass in building - Determination of light transmittance, solar direct transmittance, total solar energy transmittance, ultraviolet transmittance and related glazing factors.

    ISO Standard 13256-1:1998 Water-source Heat Pumps Testing and Rating for Performance Part 1: Water-to-air and Brine-to-air Heat Pumps.

    NFRC 201:201 Procedure for Interim Standard Test Method for Measuring the Solar Heat Gain Coefficient of Fenestration Systems Using Calorimetry Hot Box Methods.

    3 DEFINIES Para fins deste RTQ, so adotadas as definies descritas abaixo. 3.1 Abertura Todas as reas da envoltria da edificao, com fechamento translcido ou transparente (que permite a entrada da luz), incluindo janelas, painis plsticos, claraboias, portas de vidro (com mais da metade da rea de vidro) e paredes de blocos de vidro. Excluem-se vos sem fechamentos, elementos vazados como cobogs e caixilhos. 3.2 Absortncia () Quociente da taxa de radiao solar absorvida por uma superfcie pela taxa de radiao solar incidente sobre esta mesma superfcie. A absortncia utilizada apenas para elementos opacos, com ou sem revestimento externo de vidro (exclui-se a absortncia das parcelas envidraadas das aberturas). 3.3 Ambiente Espao interno de uma edificao, fechado por superfcies slidas, tais como paredes ou divisrias, que se estendem do piso ao forro, e dispositivos operveis tais como janelas e portas. 3.4 Ambiente condicionado Ambiente fechado (incluindo fechamento por cortinas de ar) atendido por sistema de condicionamento de ar. 3.5 Ambiente de permanncia prolongada - APP Ambientes cuja ocupao contnua por longos perodos, incluindo escritrios, reas destinadas venda de mercadoria, salas de aulas, cozinhas, refeitrio, circulao de pblico em shoppings centers fechados, laboratrios, consultrios, sagues de entrada onde haja portaria ou recepo com ocupante, locais para prtica de esportes, etc. No so ambientes de permanncia prolongada: garagens e estacionamentos, depsitos, despensas, banheiros, reas de circulao em geral e reas tcnicas onde a ocupao no frequente. Os ambientes listados nesta definio no excluem outros no listados.

    3

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    3.6 ngulos de sombreamento ngulos formados pela obstruo radiao solar gerada por protees solares existentes nas aberturas ou prximas a edificao. No RTQ so utilizados trs ngulos: ngulo vertical de sombreamento (AVS referente s protees horizontais), ngulo horizontal de sombreamento (AHS referente s protees verticais) e ngulo de obstruo vertical (AOV referente a proteo gerada por edificaes vizinhas). 3.7 ngulo horizontal de sombreamento AHS () ngulo de sombreamento formado entre a abertura e a proteo solar vertical instalada. 3.8 ngulo vertical de sombreamento AVS () ngulo de sombreamento formado entre a abertura e a proteo solar horizontal instalada. 3.9 ngulo de obstruo vertical AOV () ngulo de sombreamento formado pela obstruo vertical devido edificaes vizinhas localizadas paralelas fachada. 3.10 rea da envoltria - Aenv (m2) Soma das reas das fachadas, empenas e cobertura, incluindo as aberturas. 3.11 rea de permanncia transitria APT (m2) rea til dos ambientes de permanncia transitria (ou seja, rea til ambientes que no so de permanncia prolongada), desde que no condicionados. Garagens e estacionamentos no entram no clculo da APT. 3.12 rea iluminada AI (m2) rea til dos ambientes internos que so iluminados artificialmente. 3.13 rea til AU (m2) rea disponvel para ocupao, medida a partir dos limites internos das paredes do ambiente. 3.14 Atividade Aes especficas que uma pessoa, ou um grupo de pessoas, realiza em uma edificao para que sejam produzidas as entregas s quais esta se dispe. 3.15 Caixilho Moldura onde so fixados os vidros de janelas, portas e painis. 3.16 Capacidade trmica CT (kJ/mK) Quantidade de calor necessria para variar em uma unidade a temperatura de um sistema. 3.17 Carga trmica (W) Quantidade de calor a ser retirada ou fornecida ao ar para manter, em um ambiente, as condies desejadas.

    4

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    3.18 Classe de Eficincia Energtica Indica a classificao de eficincia energtica alcanada pela edificao e/ou sistema avaliado, variando de A (mais eficiente) at E (menos eficiente). 3.19 Classe de Eficincia Energtica dos Condicionadores de Ar - CEE Corresponde a classificao de eficincia energtica adotada pelo INMETRO aos equipamentos de condicionamento de ar etiquetados. 3.20 Condutividade trmica (W/m.K) Caracterstica especfica de cada material que quantifica a facilidade deste em conduzir calor, dependendo da temperatura, da pureza e das propriedades geomtricas do material. o inverso da resistividade trmica. 3.21 Coeficiente de performance COP (W/W) a relao entre a capacidade do resfriamento do sistema de condicionamento de ar e a potncia absorvida pelos motores dos seus equipamentos em plena carga. 3.22 Coeficiente integrado de performance ICOP (W/W) Grandeza que expressa o COP (coeficiente de performance) de refrigerao em carga parcial para unidades de condicionamento de ar unitrias, ponderando a eficincia do equipamento quando este opera em diferentes capacidades de carga. 3.23 Coeficiente sazonal de performance SCOP (W/W) Valor referente relao entre o consumo de energia anual e a eficincia no uso tpico do dia-a-dia. Em longo prazo, esta grandeza expressa as flutuaes de temperatura e os perodos em standby para indicar a eficincia energtica tpica durante toda uma estao de resfriamento ou de aquecimento. 3.24 Coletor solar Dispositivo que absorve a radiao solar incidente, transferindo-a para um fluido de trabalho, sob a forma de energia trmica. 3.25 Condio de referncia Representam as caractersticas construtivas tpicas de determinada tipologia arquitetnica em funo de diferentes usos. A condio de referncia possui a mesma forma, orientao solar e p-direito da edificao avaliada, porm, as demais caractersticas construtivas da condio de referncia so prefixadas em funo do uso. 3.26 Consumo (kWh/ano) o valor consumido em quilo-watt hora pela edificao durante um ano e/ou ms, em energia eltrica, trmica e primria. 3.27 Densidade de carga interna DCI (W/m2) Densidade proporcionada pela ocupao dos ambientes ou da edificao e pelo uso de equipamentos e de iluminao. 3.28 Ocupao (m/pessoa) Indica a quantidade de rea por pessoa na edificao.

    5

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    3.29 Densidade de potncia de iluminao DPI (W/m2) Razo entre o somatrio da potncia de lmpadas e reatores instalados e a rea de um ambiente ou zona trmica. 3.30 Densidade de potncia de equipamentos DPE (W/m2) Razo entre o somatrio da potncia de equipamentos instalados e a rea de um ambiente ou zona trmica. 3.31 Densidade de potncia de iluminao limite - DPIL Limite mximo aceitvel de DPI. 3.32 Dias de Ocupao - Nano o nmero de dias no ano que a edificao est em uso. 3.33 Edifcios comerciais, de servios e pblicos Edificaes pblicas e/ou privadas utilizadas para outros fins que no o residencial ou industrial. So consideradas edificaes comerciais, de servios e pblicas: escolas; instituies ou associaes de diversos tipos, incluindo aquelas para a prtica de esportes, tratamento de sade de animais ou humanos (hospitais, postos de sade e clnicas); edificaes para a venda de mercadorias em geral, prestao de servios, bancos, preparao e venda de alimentos; edifcios de escritrios e empresariais, de uso de entidades, instituies ou organizaes pblicas municipais, estaduais e federais, incluindo sedes de empresas ou indstrias, desde que no haja a atividade de produo nesta ltima; meios de hospedagem. As atividades listadas nesta definio no excluem outras no listadas. 3.34 Eficincia da combusto Medida que equivale ao valor relacionado energia de entrada de combustvel que convertida em calor til na combusto de uma caldeira comercial. calculada em funo do percentual de perdas devido ao gs de combusto seco, ao gs de combusto incompleta e umidade formada pela combusto do hidrognio, presentes nos procedimentos de ensaio do documento 10 CFR 431.82. 3.35 Eficincia trmica Relao entre o calor transferido para a gua (que flui atravs do aquecedor) e a quantidade de energia consumida pelo mesmo, medida durante o teste de eficincia trmica com base no documento 10 CFR 431.102. Este aquecedor pode ser do tipo instantneo, um aquecedor de gua de armazenamento ou uma caldeira de fornecimento de gua quente. 3.36 ENCE geral Etiqueta Nacional de Conservao de Energia fornecida para edificaes, ou parcela das edificaes, que foram submetidas avaliao dos quatro sistemas (envoltria, iluminao, condicionamento de ar e aquecimento de gua). 3.37 ENCE parcial Etiqueta Nacional de Conservao de Energia fornecida para edificaes com avaliao de uma ou mais combinaes entre os seguintes sistemas: envoltria, dos sistemas de iluminao, condicionamento de ar e aquecimento de gua.

    6

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    3.38 Energia primria Forma de energia disponvel na natureza que no foi submetida a qualquer processo de converso ou transformao. a energia contida nos combustveis ainda brutos (primrios), podendo ser proveniente de fontes renovveis ou no renovveis. Quando no utilizada diretamente, pode ser transformada em fontes de energia secundrias como eletricidade e calor. 3.39 Envoltria - Env Planos que separam o ambiente interno do ambiente externo. 3.40 Fachada Superfcies externas verticais ou com inclinao superior a 60o em relao horizontal. Incluem as superfcies opacas, paredes translcidas, transparentes e vazadas, como cobogs e vos de entrada. 3.41 Fator de Forma - FF o ndice que representa as propores da edificao, sendo calculado atravs da razo entre rea da envoltria pelo volume total da edificao. 3.42 Fator solar - FS Razo entre o ganho de calor que entra em um ambiente atravs de uma abertura e a radiao solar incidente nesta mesma abertura. Inclui o calor radiante transmitido pelo vidro e a radiao solar absorvida, que transmitida, por conduo ou conveco, ao ambiente. O fator solar considerado ser relativo a uma incidncia de radiao solar ortogonal abertura. 3.43 Frao solar Parcela de energia requerida para aquecimento da gua que suprida pela energia solar. 3.44 Gerao Local de Energia Renovvel Compreende qualquer tipo de gerao de energia renovvel instalada no mesmo lote da edificao. 3.45 Grupo climtico - GCL Agrupamento de cidades que possuem realidades climticas prximas quanto aos elementos climticos que interferem nas relaes do ambiente construdo. Os critrios estabelecidos referentes ao arquivo climtico da cidade para a definio destes agrupamentos foram: temperatura mdia anual, desvio padro da mdia mensal das temperaturas mdias dirias, amplitude mdia anual, desvio padro da amplitude mdia mensal e a altitude das cidades. 3.46 Heating Seasonal Performance Factor - HSPF Segundo a norma ASHRAE 90.1, a razo entre o calor fornecido por uma bomba de calor durante o perodo em uso ao longo de um ano e a energia eltrica total durante o mesmo perodo. 3.47 Horas de ocupao Nmero de horas em que um determinado ambiente ocupado por pessoas, considerando a dinmica de uso da edificao ao longo do ano (dias de semana e final de semana). 3.48 Hora no atendida de conforto Hora na qual a temperatura de uma ou mais zonas trmicas condicionadas artificialmente no atingem o valor do seu respectivo setpoint 0,2C, durante o processo de simulao. O valor pode ser fracionrio de acordo com o intervalo de tempo empregado na simulao.

    7

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    3.49 Iluminao decorativa Iluminao que puramente ornamental e instalada para efeito esttico. 3.50 Iluminao de emergncia Iluminao obrigatria destinada a uso em ocasies de emergncia. 3.51 Iluminao de tarefa Fontes de luz direcionadas a uma superfcie ou rea especfica, que proporciona o nvel de iluminamento adequado e sem ofuscamento para realizao de tarefas visuais especficas. A iluminao de tarefa diferenciada da iluminao geral por no abranger todas as superfcies, devendo ter controle independente. 3.52 Iluminao geral Iluminao geral produz um nvel uniforme de iluminao ao longo de uma rea. A iluminao geral no inclui a iluminao decorativa, de tarefa ou de emergncia. 3.53 Inrcia trmica Capacidade de um material de reduzir a transferncia de calor entre ambientes por meio do acmulo ou restituio deste pouco a pouco. 3.54 Integrated part-load value - IPLV Valor que expressa a eficincia de um chiller considerando no apenas o seu desempenho em 100% de carga, mas tambm a mdia ponderada de acordo com a sua operao em cargas parciais ao longo do ano. 3.55 Mdulo fotovoltaico Unidade bsica formada por um conjunto de dispositivos fotovoltaicos, interligados eletricamente, especificamente desenvolvida para realizar a converso direta de energia solar em energia eltrica. 3.56 Paredes externas Superfcies opacas que delimitam o ambiente interno do ambiente externo da edificao. Esta definio exclui as aberturas. 3.57 P-direito (m) Distncia vertical entre o piso e a parte inferior do teto ou forro de um ambiente. 3.58 Percentual de abertura zenital Percentual de rea de abertura zenital na cobertura. Refere-se exclusivamente s aberturas em superfcies com inclinao igual ou inferior a 60 em relao ao plano horizontal. Deve-se calcular a projeo horizontal da abertura considerando a rea de projeo da cobertura. Acima desta inclinao, adotar o percentual de rea de abertura na fachada total. 3.59 Percentual de rea de abertura na fachada total - PAFT (%) Calculado por meio da razo entre a soma das reas de abertura envidraada, ou com fechamento transparente ou translcido, de cada fachada e a rea total de fachada da edificao. Refere-se

    8

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    exclusivamente a aberturas com inclinao superior a 60 em relao ao plano horizontal, tais como janelas tradicionais, portas de vidro ou sheds, mesmo sendo estes ltimos localizados na cobertura. Exclui rea externa de caixa dgua na determinao da rea de fachada, mas inclui a rea da caixa de escada at o ponto mais alto da cobertura (cumeeira). Adota-se o valor na forma adimensional (exemplo: 30% = 0,30). 3.60 Percentual de horas ocupadas em conforto trmico quando ventilada naturalmente PHOCT (%) Razo entre as horas ocupadas que comprovadamente atendem aos requisitos de conforto trmico quando ventiladas naturalmente e o total de horas ocupadas da edificao. 3.61 Potncia instalada total - PIT o somatrio de todas as potncias instaladas de iluminao. Considera-se somente a parcela da iluminao geral. 3.62 System part-load value - SPLV Assim como o IPLV, o SPLV um indicador numrico de desempenho do resfriador. No entanto, trata-se especificamente de uma mdia ponderada da eficincia energtica dos chillers operando em cargas parciais ao longo do ano, em uma instalao real, com vrios resfriadores e perfil operacional especfico (definidos em projeto) e dos horrios de funcionamento do sistema em uma determinada localidade, com suas condies climticas prprias ao longo do ano. 3.63 Sistema de condicionamento de ar Processo de tratamento de ar destinado a controlar simultaneamente a temperatura, a umidade, a pureza e a distribuio de ar de um ambiente. 3.64 Sistema de fluxo de refrigerante varivel - VRF Sistema de condicionamento de ar do tipo expanso direta com mltiplas unidades evaporadoras, no qual pelo menos um compressor possui capacidade varivel, que distribui gs refrigerante atravs de uma rede de tubulaes para as diversas unidades evaporadoras com capacidade de controlar a temperatura individual da zona trmica por meio de dispositivos de controle de temperatura e de uma rede de comunicao comum. 3.65 Situao da Cobertura Indica se a cobertura da zona trmica est em contato com o exterior da edificao, ou em contato com o piso de outra zona trmica. 3.66 Situao do Piso Indica se o piso da zona trmica est em contato com o solo ou sobre pilotis. 3.67 Temperatura setpoint (C) a temperatura que um sistema de controle automtico, tentar alcanar. 3.68 Tarefas visuais Designa as atividades que necessitam identificar detalhes e objetos para o desenvolvimento de certa atividade, o que inclui o entorno imediato destes detalhes ou objetos.

    9

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    3.69 Tipologia da Edificao Corresponde a principal atividade desenvolvida na edificao avaliada. 3.70 Transmitncia trmica U (W/mK) Transmisso de calor em unidade de tempo e atravs de uma rea unitria de um elemento ou componente construtivo, neste caso, de componentes opacos das fachadas (paredes externas) ou coberturas, incluindo as resistncias superficiais interna e externa, induzida pela diferena de temperatura entre dois ambientes. A transmitncia trmica deve ser calculada utilizando o mtodo de clculo da NBR 15220 Parte 2, ou determinada pelo mtodo da caixa quente protegida da NBR 6488. 3.71 Volume Total da Edificao - Vtot (m3) Volume delimitado pelos fechamentos externos da edificao (fachadas e cobertura), com exceo dos ptios externos descobertos. 3.72 Zona de conforto trmico Zona onde existe satisfao psicofisiolgica de um grupo de indivduos em relao s condies trmicas do ambiente. Para especificar a hiptese de conforto adotada, utilizar a norma ASHRAE Standard 55 (2013). 3.73 Zona trmica Espao ou grupo de espaos dentro de um edifcio condicionado que so suficientemente similares, onde as condies desejadas (temperatura) podem ser controladas usando um nico sensor (termostato ou sensor de temperatura).

    10

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    4 PROCEDIMENTOS PARA A DETERMINAO DO CONSUMO ENERGTICO DOS SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DA EDIFICAO Esta seo descreve os procedimentos para a determinao do consumo energtico dos diversos sistemas da edificao, que podem ser provenientes da avaliao a partir do mtodo simplificado e/ou de simulao. Inicialmente, so apresentados os procedimentos para a determinao do consumo energtico do sistema de condicionamento de ar, e na sequncia para a determinao do consumo energtico do sistema de iluminao, do consumo do sistema de aquecimento de gua e do consumo de equipamentos. A avaliao da envoltria resulta no valor de carga trmica anual para resfriamento, utilizado para o clculo do consumo energtico do sistema de condicionamento de ar. O Anexo A define os valores dos parmetros da edificao para a composio da condio de referncia para diferentes tipologias comerciais, de servios e pblicas. A avaliao do consumo energtico deve ser realizada por meio do mtodo simplificado (Anexo B), ou por meio do mtodo de simulao (Anexo C). O mtodo de simulao (Anexo C) recomendado para os casos no compreendidos pelos limites de aplicao do mtodo simplificado (Anexo B). O mtodo simplificado abrange grande parte das solues arquitetnicas mais difundidas, porm a avaliao da envoltria da edificao pelo mtodo simplificado deve respeitar os limites de aplicao descritos a seguir: edificaes condicionadas artificialmente ou parcelas da edificao condicionadas

    artificialmente: o mtodo simplificado descrito no Anexo B atende apenas as edificaes que tenham os seus parmetros construtivos compreendidos entre os intervalos utilizados na proposio do mtodo, conforme a Tabela 4.1.

    edificaes ventiladas naturalmente ou com sistemas de condicionamento hbridos: o mtodo simplificado descrito no Anexo B atende apenas as edificaes que tenham parmetros climticos, construtivos e de ventilao compreendidos entre os intervalos utilizados na proposio do mtodo, conforme o item B.I.2.2 do Anexo B.

    Para demais edificaes com formas complexas, que possuam aberturas zenitais, dispositivos de sombreamentos mveis, ambientes de elevada gerao de carga interna, vidros com comportamento dinmico, a exemplo dos eletrocrmicos ou solues de desempenho inovadoras, recomenda-se utilizar o mtodo de simulao (Anexo C).

    A gerao local de energia renovvel deve ser realizada por meio do mtodo descrito no Anexo D. Outras duas vertentes, de carter informativo, so contempladas na etiquetagem: o uso racional de gua em edificaes (Anexo E), e as emisses de dixido de carbono (Anexo F). Por ser apenas informativo, o desempenho destes sistemas no influencia na classificao energtica final da edificao avaliada. O Anexo G informa o grupo climtico (GCL) de 154 municpios brasileiros.

    11

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 4.1. Limites dos parmetros da edificao atendidos pelo mtodo simplificado

    Limites1

    Parmetros Valor mnimo Valor mximo Absortncia solar da cobertura () 0,2 0,8 Absortncia solar da parede () 0,2 0,8 ngulo de obstruo vizinha (AOV) 0 80 ngulo horizontal de sombreamento (AHS) 0 80 ngulo vertical de sombreamento (AVS) 0 90 Capacidade Trmica da cobertura (CTcob) 0,22 kJ/mK 450 kJ/mK Capacidade Trmica da parede (CTpar) 0,22 kJ/mK 450 kJ/mK

    Contato com o solo Sem contato (ex.: sobre pilotis ou em balano) Em contato

    Densidade de Potncia de equipamentos (DPE) 4 W/m 40 W/m Densidade de Potncia de iluminao (DPI) 4 W/m 40 W/m Fator solar do vidro (FS) 0,21 0,87 Percentual de abertura zenital 0% 3% P-direito (PD) 2,6 m 6,6 m Percentual de abertura da fachada (PAF) 0% 80% Piso com isolamento No, se isolamento < 5 mm Sim, se isolamento > 5 mm Transmitncia trmica da cobertura (Ucob) 0,51 W/mK 5,07 W/mK Transmitncia trmica da parede externa (Upar) 0,50 W/mK 4,40 W/mK Transmitncia trmica do vidro (Uvid) 1,9 W/m 5,7 W/m 4.1 Determinao do consumo energtico do sistema de condicionamento de ar A partir deste mtodo, o sistema de condicionamento de ar avaliado sob duas condies: condio real, utilizando as caractersticas reais do sistema, e a condio de referncia D (mtodo de clculo apresentado no Anexo B.II). A classe de eficincia energtica definida a partir do valor do consumo total de energia do sistema de condicionamento de ar na sua condio real (CCAPREAL) e na sua condio de referncia (CCAPREF, ou seja, classe D), que deve ser calculado de acordo com os valores da carga trmica total anual (CgTT), conforme o item B.I Envoltria. O consumo de energia eltrica ou trmica do sistema de condicionamento de ar (CCA(E ou T)) determinado pela diviso entre a carga trmica total anual da edificao proveniente da envoltria (CgTT) e a eficincia energtica do sistema condicionamento de ar (SPLV), conforme ilustrado na Equao 4.1.

    ( ) =

    Equao 4.1

    Onde: CCA(E ou T) o consumo de energia eltrica (E) ou trmica (T) do sistema de condicionamento de ar (kWh/ano); CgTT a carga trmica total anual da edificao (kWh/ano); SPLV a eficincia energtica do sistema de condicionamento de ar.

    12

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Para sistemas com diferentes tipos de equipamentos, o consumo energtico deve ser determinado separadamente para cada um dos sistemas (cada qual com sua eficincia). Os valores de consumo devem ser calculados separadamente (trmico e eltrico), somando-se os sistemas de acordo com a energia empregada (Equao 4.2).

    ( ) = 1 + 2 +

    Equao 4.2

    Onde: CCAT(E ou T) o consumo de energia eltrica (E) ou trmica (T) total dos sistemas de condicionamento de ar somados (kWh/ano); S1 o sistema de condicionamento de ar eltrico ou trmico 1; S2 o sistema de condicionamento de ar eltrico ou trmico 2; e assim sucessivamente. 4.2 Determinao do consumo energtico do sistema de iluminao O consumo de energia eltrica do sistema de iluminao determinado pela multiplicao entre a potncia total instalada (mtodo de clculo apresentado no Anexo B.III) e tempo de uso da edificao (valor de acordo com a tipologia de referncia do Anexo A), conforme ilustrado na Equao 4.3.

    = . (.) Equao 4.3

    Onde: CIL o consumo do sistema de iluminao (kW/ano); PIT a potncia instalada total (kW.ano); h so as horas de uso da edificao (horas); dias de ocupao ao ano (dias). 4.3 Determinao do consumo energtico do sistema de aquecimento de gua Para a determinao do consumo energtico do sistema de aquecimento de gua deve-se calcular separadamente o consumo referente energia eltrica (CAAe) e energia trmica (CAAt). Estes consumos variam de acordo com os equipamentos adotados e a fonte de energia utilizada (Anexo B.IV). O consumo anual de energia eltrica necessria para o aquecimento de gua expresso pela Equao 4.4.

    = ,_ + ,, + ,, + ,

    Equao 4.4

    Onde: CAAE o consumo de energia eltrica para aquecimento de gua (kWh/ano); Nano o nmero de dias de ocupao ao ano de acordo com a tipologia da edificao; EAA a energia requerida para o atendimento da demanda de gua quente (kWh/dia);

    13

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    EAA,rec,sol a energia para aquecimento de gua proveniente de sistemas que recuperam calor ou energia solar trmica, quando existentes (kWh/dia); EAA,per,tub a energia consumida para suprir perdas trmicas de distribuio, quando existentes, sem contar o sistema de recirculao (kWh/dia); EAA,per,rec a energia consumida para suprir perdas trmicas de sistemas de recirculao, quando existentes (kWh/dia); EAA,res a energia consumida para suprir perdas trmicas devido ao armazenamento de gua quente em reservatrios, quando existentes (kWh/dia); raq o coeficiente rendimento do equipamento aquecedor de gua eltrico. O consumo anual de energia trmica necessria para o aquecimento de gua expresso pela Equao 4.5.

    = ,, + ,, + ,, + ,

    Equao 4.5

    Onde: CAAT o consumo de energia trmica para aquecimento de gua (kWh/ano); Nano o nmero de dias de ocupao ao ano de acordo com a tipologia da edificao; EAA a energia requerida para o atendimento da demanda de gua quente (kWh/dia); EAA,rec,sol a energia para aquecimento de gua proveniente de sistemas que recuperam calor ou energia solar trmica, quando existentes (kWh/dia); EAA,per,tub a energia consumida para suprir perdas trmicas de distribuio, quando existentes, sem contar o sistema de recirculao (kWh/dia); EAA,per,rec a energia consumida para suprir perdas trmicas de sistemas de recirculao, quando existentes (kWh/dia); EAA,res oa energia consumida para suprir perdas trmicas devido ao armazenamento de gua quente em reservatrios, quando existentes (kWh/dia); raq a rendimento do equipamento aquecedor de gua trmico. 4.4 Determinao do consumo energtico de equipamentos O consumo de energia eltrica de equipamentos determinado pela multiplicao da potncia instalada do equipamento e o tempo de uso da edificao (Equao 4.6). Deve-se adotar os valores estabelecidos para as tipologias de referncia descritas no Anexo A.

    = . (.) Equao 4.6

    Onde: CEQ o consumo de energia eltrica de equipamentos (kWh/ano); Pi a potncia instalada do equipamento (W); h so as horas de uso da edificao (horas); dias de ocupao ao ano.

    14

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    5 PROCEDIMENTO PARA A DETERMINAO DA CLASSE DE EFICINCIA ENERGTICA DA EDIFICAO A eficincia energtica das edificaes deve ser avaliada por meio do seu desempenho quanto ao consumo estimado de energia primria resultante da soma das energias eltrica e trmica (que devem ser devidamente transformadas a partir de seus fatores de converso), bem como pelo seu potencial de gerao local de energia renovvel. O consumo de energia primria da edificao avaliada (CEP) deve ser comparado com o consumo de energia primria da edificao em sua condio de referncia (CEPR). A classe de eficincia da edificao real definida de acordo com o percentual de economia desta em relao mesma edificao na sua condio de referncia, de acordo com a escala apresentadas na Figura 5.1.

    Figura 5.1. Escala para a determinao da classe de eficincia da edificao avaliada

    Nota: na figura acima, o valor X% refere-se ao percentual de reduo encontrado a partir da aplicao do item 5.1. A Etiqueta Nacional de Conservao de Energia (ENCE) pode ser obtida para todos os sistemas em conjunto (ENCE geral), ou para diferentes combinaes entre os sistemas ou somente para a envoltria da edificao (ENCE parcial). A ENCE geral somente pode ser obtida por meio da avaliao de todos os sistemas parciais aplicveis edificao (gua quente pode no ser aplicvel em algumas tipologias, ver tabelas do Anexo A). Alm da edificao completa, parcelas de edificaes (pavimento ou conjunto de ambientes) podem ser avaliadas. Para a classificao parcial da edificao, os sistemas parciais avaliados devem compreender as mesmas parcelas da edificao para que possam fazer parte da mesma ENCE.

    A classificao parcial da eficincia energtica da edificao possvel para os sistemas abaixo.

    Envoltria; envoltria e sistema de condicionamento de ar; envoltria e sistema de iluminao; e envoltria e sistema de aquecimento de gua.

    15

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    possvel que os sistemas de uma mesma edificao sejam avaliados pelo mtodo simplificado e/ou pelo mtodo de simulao. A possibilidade de combinaes entre os mtodos simplificado e de simulao so apresentados na Tabela 5.1.

    Tabela 5.1. Mtodos disponveis para a etiquetagem de edificaes comerciais, de servios e pblicas.

    Envoltria Sistema de iluminao

    artificial

    Sistema de condicionamento

    de ar

    Sistema de aquecimento

    de gua Edificaes condicionadas

    Edificaes naturalmente

    ventiladas

    Edificaes naturalmente

    iluminadas Mtodo

    Simplificado Mtodo

    Simplificado - Mtodo

    Simplificado Mtodo

    Simplificado Mtodo

    Simplificado Mtodo de Simulao

    Mtodo de Simulao

    Mtodo de Simulao

    Mtodo de Simulao Mtodo Simulao -

    A condio de referncia deve ser adotada conforme a tipologia da edificao, e as suas respectivas caractersticas, descritas no Anexo A. Os percentuais de economia de uma classe para a outra variam conforme a tipologia da edificao e seu local de implantao. Para a verificao da influncia do clima, este regulamento adota a classificao de climas proposta por Roriz (2014)1 que divide o territrio brasileiro em 24 grupos climticos (GCL). O Anexo G abrange uma lista simplificada de todos os 24 GCL e suas principais cidades. A lista completa com todas as 5.564 cidades do territrio brasileiro e seus respectivos grupos climticos pode ser acessada em: http://cb3e.ufsc.br/sites/default/files/Cidades%20e%20GCL.csv. 5.1 Escala para a determinao da classe de eficincia energtica geral da edificao A classificao da eficincia das edificaes dividida em quatro sistemas principais: envoltria; sistema de condicionamento de ar; sistema de iluminao e sistema de gua quente. O consumo em energia primria (CEP) da edificao em sua condio real (CEPREAL) e de referncia (CEPREF), determinado a partir da Equao 5.1, definido pela soma do consumo estimado de energia eltrica (CTEE, Equao 5.2) e trmica (CTET, Equao 5.3), multiplicados por seus respectivos fatores de converso. Os fatores de converso da energia eltrica e trmica em energia primria esto descritos na Tabela 5.2.

    = ( .) + ( .)

    Equao 5.1

    Onde:

    CEP o consumo de energia primria da edificao avaliada (kWh/ano); CTEE o consumo total de energia eltrica da edificao avaliada (kWh/ano); CTET o consumo total de energia trmica da edificao avaliada (kWh/ano); fcE o fator de converso de energia eltrica em energia primria; fcT o fator de converso de energia trmica em energia primria.

    1 O relatrio que esclarece os critrios utilizados para a determinao dos grupos climticos empregados com base na proposta de Roriz (2014) est disponvel no link: http://cb3e.ufsc.br/sites/default/files/Relatorio_GruposClimaticos.pdf.

    16

    http://cb3e.ufsc.br/sites/default/files/Cidades%20e%20GCL.csv

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.2. Fatores de converso de energia eltrica e trmica em energia primria

    Fonte de energia Fator de converso

    Energia eltrica fcE 1,6

    Energia trmica - Gs Natural (GN) fcT 1,1

    Energia trmica Gs Liquefeito de Petrleo (GLP) fcT 1,1 Devem ser apresentados os consumos por fonte de energia. O consumo de energia eltrica deve ser expresso em kWh/ano e em kWh/ms, dividindo o resultado anual por 12 meses. O consumo de energia trmica para aquecimento de gua (CAAT) deve ser convertido de kWh/ano para m/ano ou kg/ano, a fim de facilitar o entendimento por parte dos consumidores finais. Para a converso, deve-se considerar que:

    a) para GLP (gs liquefeito de petrleo) em seu estado gasoso, tem-se que 12,91 kWh equivalem a 1,00 kg de GLP;

    b) para GN (gs natural) em seu estado gasoso, tem-se que 10,23 kWh equivalem a 1,00 m de GN.

    Deve-se tambm expressar o consumo mensal de energia trmica em m/ms ou kg/ms, dividindo o consumo anual por 12 meses. A apresentao destes consumos tem carter informativo, e visa facilitar o entendimento dos itens da ENCE pelos usurios. Estes consumos devem ser expressos sem a ponderao por coeficientes de converso para energia primria.

    = + + + Equao 5.2

    Onde:

    CTEE o consumo total de energia eltrica (kWh/ano); CIL o consumo do sistema de iluminao (kWh/ano); CCAE o consumo de energia eltrica do sistema de condicionamento de ar (kWh/ano); CAAE o consumo do sistema de aquecimento de gua - energia eltrica (kWh/ano); CEQ o consumo de equipamentos/tomadas (kWh/ano); GEE a gerao local de energia eltrica renovvel (kWh/ano).

    = + Equao 5.3

    Onde:

    CTET o consumo total de energia trmica (kWh/ano); CCAT o consumo de energia trmica do sistema de condicionamento de ar (kWh/ano); o consumo de energia trmica do sistema de aquecimento de gua (kWh/ano). Aps o clculo do consumo de energia primria (CEP) da condio real e da condio de referncia (CEPREF), deve-se seguir os passos abaixo descritos:

    17

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Primeiro passo: calcular o percentual de reduo do consumo de energia primria (PRCEPREAL-D) da edificao em sua condio real (CEP), para a condio de referncia (CEPREF), por meio da Equao 5.4.

    = 1

    100 Equao 5.4

    Onde: PRCEPREAL-D o percentual de reduo do consumo de energia primria da edificao em sua condio real; CEP o consumo de energia primria da edificao em sua condio real (kWh/ano); CEPREF o consumo de energia primria da edificao em sua condio de referncia (kWh/ano). Segundo passo: calcular o fator de forma (FF) da edificao por meio da Equao 5.5.

    =

    Equao 5.5

    Onde: FF o fator de forma da edificao (m2/m3); Aenv a rea da envoltria (m); Vtot a volume total construda da edificao (m). Terceiro passo: obter o coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A) por meio das Tabela 5.4 a Tabela 5.11. Quarto passo: definir o intervalo dentro do qual a edificao proposta ser classificada (Equao 5.6), que ser ainda subdividido em 3 partes a partir do coeficiente i, (ver Tabela 5.3); cada parte se refere a uma classe da escala de desempenho, que varia de A at D. Caso a condio real da edificao apresente consumo energtico de energia primria superior condio de referncia, sua classificao final ser E.

    = ( .)

    3 Equao 5.6

    Onde: i o coeficiente que representa os intervalos entre as classes; CEPREF o consumo de energia primria da edificao em sua condio de referncia (kWh/ano); PRCEPD-A o coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A. Quinto passo: preencher a Tabela 5.3 a seguir:

    18

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.3. Intervalos relativos a cada uma das classes de eficincia energtica

    Classe de eficincia A B C D E

    Limite superior > CEPREF - 3i > CEPREF - 2i > CEPREF - i > CEPREF

    Limite Inferior < CEPREF - 3i CEPREF - 2i CEPREF - i CEPREF

    Sexto passo: comparar o consumo de energia primria da edificao (CEPREAL-D) encontrado por meio da aos limites da Tabela 5.3, identificando a classe de eficincia da edificao em avaliao. Tabela 5.4 Edificaes de escritrios: coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para

    a classe A (PRCEPD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 0,40 < FF 0,50 FF > 0,50

    GCL 1- A 0,30 0,33 0,35 0,36 0,36 GCL 1- B 0,30 0,32 0,34 0,35 0,36 GCL 2

    0,30 0,32 0,34 0,35 0,35 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,29 0,32 0,34 0,35 0,35 GCL 6 GCL 7

    0,29 0,32 0,33 0,34 0,35 GCL 8 GCL 9 0,30 0,33 0,35 0,36 0,36 GCL 10 0,31 0,34 0,36 0,37 0,38 GCL 11

    0,30

    0,33

    0,35

    0,36

    0,36 GCL 12 GCL 13 0,30 0,32 0,35 0,36 0,36 GCL 14 GCL 15 0,29 0,31 0,33 0,34 0,35 GCL 16 GCL 17 0,28 0,30 0,32 0,33 0,33 GCL 18 0,28 0,30 0,32 0,33 0,33 GCL 19

    0,28 0,31 0,33 0,34 0,34 GCL 20 GCL 21

    0,29 0,32 0,34 0,35 0,36 GCL 22 GCL 23

    0,29 0,31 0,33 0,34 0,35 GCL 24

    19

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.5. Edificaes educacionais: coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para

    a classe A (CRCEPD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 FF > 0,40

    GCL 1- A 0,33 0,34 0,31 0,30 GCL 1- B 0,31 0,32 0,30 0,29 GCL 2

    0,33 0,34 0,31 0,29 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,31 0,32 0,29 0,27 GCL 6 GCL 7

    0,31 0,32 0,29 0,28 GCL 8 GCL 9 0,31 0,33 0,31 0,29 GCL 10 0,32 0,34 0,31 0,30 GCL 11 0,31 0,32 0,30 0,28 GCL 12 GCL 13 0,30 0,31 0,29 0,28 GCL 14 GCL 15 0,30 0,31 0,29 0,27 GCL 16 GCL 17 0,27 0,28 0,27 0,25 GCL 18 0,27 0,29 0,27 0,25 GCL 19

    0,28 0,29 0,27 0,26 GCL 20 GCL 21

    0,28 0,30 0,28 0,27 GCL 22 GCL 23

    0,28 0,30 0,28 0,26 GCL 24

    20

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.6 Edificaes de hospedagem: coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D

    para a classe A (CRCEPD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 FF > 0,40

    GCL 1- A 0,36 0,35 0,34 0,34 GCL 1- B 0,36 0,34 0,34 0,34 GCL 2

    0,37 0,35 0,34 0,34 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,36 0,34 0,33 0,33 GCL 6 GCL 7

    0,36 0,34 0,34 0,33 GCL 8 GCL 9 0,36 0,34 0,34 0,34 GCL 10 0,36 0,35 0,35 0,34 GCL 11 0,36 0,34 0,34 0,34 GCL 12 GCL 13 0,36 0,34 0,34 0,34 GCL 14 GCL 15 0,35 0,34 0,33 0,33 GCL 16 GCL 17 0,34 0,32 0,32 0,32 GCL 18 0,34 0,32 0,32 0,32 GCL 19

    0,34 0,32 0,32 0,33 GCL 20 GCL 21

    0,35 0,33 0,33 0,33 GCL 22 GCL 23

    0,34 0,33 0,33 0,33 GCL 24

    21

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.7 Edificaes hospitalares: coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a

    classe A (CRCEPD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 FF > 0,40

    GCL 1- A 0,18 0,16 0,16 0,16 GCL 1- B 0,18 0,17 0,16 0,16 GCL 2

    0,18 0,16 0,15 0,15 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,18 0,16 0,15 0,15 GCL 6 GCL 7

    0,18 0,16 0,15 0,15 GCL 8 GCL 9 0,18 0,17 0,17 0,17 GCL 10 0,18 0,18 0,17 0,18 GCL 11

    0,18

    0,18

    0,18

    0,18 GCL 12 GCL 13 0,18 0,17 0,17 0,18 GCL 14 GCL 15 0,18 0,17 0,17 0,17 GCL 16 GCL 17 0,18 0,18 0,19 0,19 GCL 18 0,18 0,18 0,19 0,19 GCL 19

    0,18 0,19 0,19 0,19 GCL 20 GCL 21

    0,18 0,19 0,19 0,19 GCL 22 GCL 23

    0,18 0,18 0,18 0,19 GCL 24

    22

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.8. Edificaes de varejo comrcio: coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe

    D para a classe A (CRCEPD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 0,40 < FF 0,50 FF > 0,50

    GCL 1- A 0,30 0,30 0,31 0,32 0,37 GCL 1- B 0,30 0,30 0,31 0,32 0,36 GCL 2

    0,30 0,30 0,31 0,32 0,36 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,29 0,29 0,30 0,31 0,34 GCL 6 GCL 7

    0,29 0,29 0,30 0,31 0,35 GCL 8 GCL 9 0,30 0,30 0,31 0,32 0,36 GCL 10 0,31 0,31 0,32 0,33 0,36 GCL 11

    0,30

    0,30

    0,31

    0,32

    0,34 GCL 12 GCL 13 0,29 0,30 0,31 0,32 0,34 GCL 14 GCL 15 0,29 0,29 0,30 0,31 0,33 GCL 16 GCL 17 0,28 0,28 0,29 0,30 0,31 GCL 18 0,28 0,28 0,29 0,30 0,31 GCL 19

    0,28 0,28 0,30 0,30 0,31 GCL 20 GCL 21

    0,29 0,29 0,30 0,31 0,32 GCL 22 GCL 23

    0,29 0,29 0,30 0,30 0,32 GCL 24

    23

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.9. Edificaes de varejo mercado: coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe

    D para a classe A (CRCEPD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 0,40 < FF 0,50 FF > 0,50

    GCL 1- A 0,28 0,28 0,28 0,28 0,29 GCL 1- B 0,27 0,27 0,27 0,27 0,28 GCL 2

    0,28 0,28 0,28 0,28 0,29 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,28 0,28 0,27 0,27 0,29 GCL 6 GCL 7

    0,28 0,27 0,27 0,27 0,28 GCL 8 GCL 9 0,27 0,27 0,27 0,27 0,28 GCL 10 0,28 0,28 0,27 0,27 0,28 GCL 11

    0,28

    0,27

    0,27

    0,27

    0,28 GCL 12 GCL 13 0,27 0,27 0,26 0,26 0,28 GCL 14 GCL 15 0,27 0,27 0,27 0,27 0,28 GCL 16 GCL 17 0,26 0,26 0,25 0,25 0,26 GCL 18 0,26 0,26 0,25 0,25 0,26 GCL 19

    0,27 0,26 0,26 0,26 0,27 GCL 20 GCL 21

    0,27 0,27 0,26 0,26 0,27 GCL 22 GCL 23

    0,27 0,26 0,26 0,26 0,28 GCL 24

    24

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.10. Edificaes de alimentao: coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D

    para a classe A (CRCEPD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A)

    FF 0,30 0,30 < FF 0,40 0,40 < FF 0,50 0,50 < FF 0,60 FF > 0,60

    GCL 1- A 0,23 0,23 0,22 0,22 0,23 GCL 1- B 0,23 0,23 0,22 0,22 0,23 GCL 2

    0,22 0,22 0,22 0,22 0,23 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,23 0,22 0,22 0,21 0,22 GCL 6 GCL 7

    0,22 0,22 0,22 0,21 0,23 GCL 8 GCL 9 0,23 0,23 0,22 0,22 0,23 GCL 10 0,24 0,23 0,23 0,22 0,24 GCL 11

    0,24

    0,23

    0,23

    0,22

    0,23 GCL 12 GCL 13 0,23 0,23 0,22 0,22 0,23 GCL 14 GCL 15 0,23 0,22 0,22 0,22 0,23 GCL 16 GCL 17 0,23 0,23 0,22 0,22 0,23 GCL 18 0,23 0,23 0,22 0,22 0,23 GCL 19

    0,23 0,23 0,22 0,22 0,23 GCL 20 GCL 21

    0,24 0,23 0,23 0,22 0,23 GCL 22 GCL 23

    0,23 0,23 0,22 0,22 0,23 GCL 24

    25

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.11. Edificaes que possuem tipologia no descrita anteriormente: coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico

    correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo do consumo de energia primria da classe D para a classe A (CRCEPD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 FF > 0,40

    GCL 1- A 0,21 0,24 0,25 0,27 GCL 1- B 0,21 0,24 0,25 0,27 GCL 2

    0,20 0,23 0,24 0,25 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,21 0,23 0,24 0,26 GCL 6 GCL 7

    0,20 0,23 0,24 0,26 GCL 8 GCL 9 0,22 0,25 0,26 0,28 GCL 10 0,23 0,26 0,27 0,29 GCL 11

    0,22

    0,25

    0,27

    0,29 GCL 12 GCL 13 0,22 0,25 0,27 0,28 GCL 14 GCL 15 0,21 0,24 0,25 0,27 GCL 16 GCL 17 0,22 0,25 0,26 0,28 GCL 18 0,22 0,25 0,26 0,28 GCL 19

    0,22 0,25 0,26 0,28 GCL 20 GCL 21

    0,23 0,26 0,27 0,29 GCL 22 GCL 23

    0,22 0,25 0,26 0,28 GCL 24

    26

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    5.2 Escala para a determinao da classe de eficincia energtica parcial da edificao 5.2.1 Procedimento para a determinao das escalas e classe de eficincia da envoltria A envoltria da edificao avaliada sob duas condies: condio real, utilizando as caractersticas reais da edificao; e a condio de referncia (classe D), utilizando as caractersticas das condies de referncia da tipologia de acordo com o Anexo A. Para elaborar a escala relativa classe de eficincia energtica da envoltria da edificao, devem ser consideradas a carga trmica total anual da edificao na condio real (CgTTREAL) e de referncia (CgTTREF). Depois de calculada a carga trmica total anual da envoltria nas condies real e de referncia, necessrio seguir os seguintes passos: Primeiro passo: determinar o fator de forma (FF) da edificao por meio da Equao 5.7.

    =

    Equao 5.7

    Onde: FF o fator de forma da edificao (m2/m3); Aenv a rea da envoltria (m); Vtot a volume total construda da edificao (m). Segundo passo: obter o coeficiente de reduo de carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A) conforme o fator de forma (FF) da edificao e o grupo climtico (GCL) no qual a edificao est inserida. Este coeficiente de reduo difere para cada tipologia, e deve ser obtido por meio da Tabela 5.13 a Tabela 5.20. Terceiro passo: o coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe A para a classe D (CRCTD-A) deve ser utilizado para definir o intervalo dentro do qual a edificao proposta ser classificada (Equao 5.8), que ser ainda subdividido em 3 partes (i) conforme a Tabela 5.13 a Tabela 5.20; cada parte se refere a uma classe da escala de eficincia, que varia de A at D. Caso a condio real da edificao apresente carga trmica total anual superior condio de referncia, sua classificao final ser E.

    = ( .)

    3 Equao 5.8

    Onde: CgTTREF a carga trmica total da edificao em sua condio de referncia (kWh/ano); CRCgTD-A o coeficiente de reduo de carga trmica anual da classe D para a classe A. Quarto passo: a partir do valor calculado (i), deve-se preencher a Tabela 5.12.

    27

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.12. Limites dos intervalos das classes de eficincia energtica da Envoltria da edificao

    Classe de eficincia A B C D E

    Limite superior > CgTTREF 3i > CgTTREF 2i > CgTTREF i > CgTTREF

    Limite inferior < CgTTREF - 3i CgTTREF - 2i CgTTREF - 2i CgTTREF

    Quinto passo: comparar a carga trmica total anual da edificao em sua condio real (CgTTREAL) obtida com os limites da Tabela 5.12, identificando a classe de eficincia da edificao em questo. Tabela 5.13. Edificaes de escritrios: coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe D para a classe

    A (CRCgTD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo da carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 0,40 < FF 0,50 FF > 0,50

    GCL 1- A 0,28 0,31 0,32 0,33 0,33 GCL 1- B 0,23 0,25 0,27 0,27 0,27 GCL 2

    0,32 0,34 0,36 0,36 0,36 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,22 0,25 0,26 0,27 0,27 GCL 6 GLC 7

    0,23 0,26 0,27 0,28 0,28 GCL 8 GCL 9 0,22 0,25 0,26 0,27 0,27 GCL 10 0,23 0,26 0,27 0,28 0,28 GCL 11 0,19 0,21 0,23 0,23 0,23 GCL 12 GCL 13 0,19 0,21 0,22 0,23 0,23 GCL 14 GCL 15 0,18 0,20 0,21 0,22 0,22 GCL 16 GCL 17 0,12 0,14 0,15 0,15 0,15 GCL 18 0,12 0,13 0,14 0,15 0,15 GCL 19

    0,12 0,14 0,15 0,15 0,16 GCL 20 GCL 21

    0,14 0,17 0,18 0,18 0,18 GCL 22 GCL 23

    0,13 0,15 0,16 0,17 0,17 GCL 24

    28

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.14. Edificaes educacionais: coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe D para a classe

    A (CRCTD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo da carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 0,40 < FF 0,50 FF > 0,50

    GCL 1- A 0,19 0,19 0,22 0,25 0,27 GCL 1- B 0,14 0,15 0,17 0,18 0,19 GCL 2

    0,19 0,20 0,26 0,35 0,41 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,15 0,15 0,17 0,18 0,19 GCL 6 GLC 7

    0,14 0,15 0,18 0,23 0,27 GCL 8 GCL 9 0,14 0,15 0,17 0,19 0,21 GCL 10 0,15 0,16 0,18 0,18 0,19 GCL 11 0,12 0,13 0,14 0,14 0,14 GCL 12 GCL 13 0,11 0,12 0,13 0,14 0,14 GCL 14 GCL 15 0,11 0,11 0,13 0,12 0,12 GCL 16 GCL 17 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 GCL 18 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 GCL 19

    0,07 0,07 0,08 0,07 0,07 GCL 20 GCL 21

    0,08 0,09 0,09 0,09 0,09 GCL 22 GCL 23

    0,08 0,08 0,09 0,08 0,08 GCL 24

    29

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.15. Edificaes de hospedagem: coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe D para a

    classe A (CRCgTD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo da carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 FF > 0,40

    GCL 1- A 0,41 0,41 0,42 0,44 GCL 1- B 0,34 0,35 0,36 0,37 GCL 2

    0,45 0,46 0,48 0,49 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,34 0,34 0,36 0,38 GCL 6 GLC 7

    0,35 0,35 0,37 0,38 GCL 8 GCL 9 0,33 0,34 0,35 0,36 GCL 10 0,34 0,35 0,37 0,39 GCL 11 0,29 0,29 0,31 0,33 GCL 12 GCL 13 0,29 0,29 0,30 0,31 GCL 14 GCL 15 0,27 0,27 0,28 0,29 GCL 16 GCL 17 0,19 0,19 0,20 0,20 GCL 18 0,18 0,19 0,19 0,20 GCL 19

    0,18 0,19 0,20 0,21 GCL 20 GCL 21

    0,22 0,22 0,23 0,24 GCL 22 GCL 23

    0,20 0,21 0,21 0,22 GCL 24

    30

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.16. Edificaes hospitalares: coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe D para a classe A

    (CRCgTD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo da carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 FF > 0,40

    GCL 1- A 0,28 0,25 0,23 0,21 GCL 1- B 0,24 0,21 0,18 0,17 GCL 2

    0,17 0,16 0,16 0,14 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,25 0,23 0,21 0,2 GCL 6 GLC 7

    0,26 0,19 0,15 0,14 GCL 8 GCL 9 0,22 0,2 0,18 0,17 GCL 10 0,24 0,21 0,19 0,17 GCL 11 0,20 0,18 0,16 0,14 GCL 12 GCL 13 0,20 0,17 0,14 0,13 GCL 14 GCL 15 0,20 0,17 0,15 0,14 GCL 16 GCL 17 0,14 0,11 0,10 0,09 GCL 18 0,14 0,11 0,10 0,09 GCL 19

    0,14 0,12 0,10 0,09 GCL 20 GCL 21

    0,16 0,13 0,11 0,10 GCL 22 GCL 23

    0,15 0,13 0,11 0,10 GCL 24

    31

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.17. Edificaes de varejo comrcio: coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe D para a

    classe A (CRCgTD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo da carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 0,40 < FF 0,50 FF > 0,50

    GCL 1- A 0,27 0,27 0,29 0,28 0,25 GCL 1- B 0,21 0,21 0,22 0,20 0,17 GCL 2

    0,24 0,24 0,25 0,28 0,31 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,22 0,22 0,24 0,22 0,18 GCL 6 GLC 7

    0,18 0,19 0,20 0,22 0,22 GCL 8 GCL 9 0,21 0,21 0,22 0,21 0,18 GCL 10 0,23 0,23 0,24 0,21 0,16 GCL 11 0,18 0,18 0,18 0,16 0,11 GCL 12 GCL 13 0,17 0,17 0,17 0,15 0,12 GCL 14 GCL 15 0,16 0,16 0,16 0,14 0,11 GCL 16 GCL 17 0,11 0,11 0,11 0,09 0,06 GCL 18 0,11 0,11 0,11 0,09 0,05 GCL 19

    0,12 0,12 0,11 0,09 0,05 GCL 20 GCL 21

    0,14 0,14 0,13 0,11 0,07 GCL 22 GCL 23

    0,12 0,12 0,12 0,10 0,06 GCL 24

    32

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.18. Edificaes de varejo mercado: coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe D para a

    classe A (CRCgTD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo da carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 FF > 0,40

    GCL 1- A 0,31 0,29 0,28 0,28 GCL 1- B 0,25 0,22 0,21 0,21 GCL 2

    0,24 0,27 0,34 0,39 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,27 0,26 0,24 0,24 GCL 6 GLC 7

    0,22 0,23 0,24 0,25 GCL 8 GCL 9 0,24 0,22 0,20 0,20 GCL 10 0,25 0,21 0,19 0,19 GCL 11 0,21 0,17 0,14 0,14 GCL 12 GCL 13 0,20 0,16 0,14 0,14 GCL 14 GCL 15 0,20 0,17 0,15 0,15 GCL 16 GCL 17 0,13 0,09 0,07 0,07 GCL 18 0,13 0,09 0,07 0,07 GCL 19

    0,14 0,10 0,07 0,07 GCL 20 GCL 21

    0,15 0,11 0,09 0,09 GCL 22 GCL 23

    0,15 0,11 0,09 0,09 GCL 24

    33

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.19. Edificaes de alimentao: coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe D para a

    classe A (CRCgTD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo da carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 0,40 < FF 0,50 FF > 0,50

    GCL 1- A 0,35 0,34 0,32 0,30 0,30 GCL 1- B 0,29 0,28 0,26 0,23 0,23 GCL 2

    0,33 0,33 0,35 0,38 0,42 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,32 0,31 0,30 0,29 0,29 GCL 6 GLC 7

    0,28 0,28 0,29 0,30 0,30 GCL 8 GCL 9 0,29 0,27 0,25 0,23 0,23 GCL 10 0,30 0,28 0,25 0,22 0,22 GCL 11 0,26 0,24 0,21 0,17 0,17 GCL 12 GCL 13 0,24 0,23 0,20 0,17 0,17 GCL 14 GCL 15 0,25 0,23 0,20 0,18 0,18 GCL 16 GCL 17 0,17 0,15 0,13 0,10 0,10 GCL 18 0,17 0,15 0,13 0,10 0,10 GCL 19

    0,18 0,16 0,13 0,10 0,10 GCL 20 GCL 21

    0,20 0,18 0,15 0,12 0,12 GCL 22 GCL 23

    0,19 0,17 0,15 0,12 0,12 GCL 24

    34

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.20. Edificaes no descritas anteriormente: coeficiente de reduo da carga trmica anual da classe D

    para a classe A (CRCgTD-A) com base no fator de forma (FF) e grupo climtico correspondente

    Grupo Climtico

    Coeficiente de reduo da carga trmica total anual da classe D para a classe A (CRCTD-A)

    FF 0,20 0,20 < FF 0,30 0,30 < FF 0,40 FF > 0,40

    GCL 1- A 0,38 0,40 0,41 0,43 GCL 1- B 0,31 0,34 0,35 0,36 GCL 2

    0,40 0,41 0,41 0,42 GCL 3 GCL 4 GCL 5

    0,31 0,33 0,35 0,36 GCL 6 GLC 7

    0,32 0,35 0,36 0,38 GCL 8 GCL 9 0,31 0,33 0,34 0,36 GCL 10 0,32 0,35 0,36 0,37 GCL 11 0,26 0,29 0,30 0,31 GCL 12 GCL 13 0,26 0,28 0,29 0,31 GCL 14 GCL 15 0,25 0,27 0,28 0,29 GCL 16 GCL 17 0,17 0,19 0,19 0,20 GCL 18 0,17 0,18 0,19 0,20 GCL 19

    0,17 0,19 0,20 0,21 GCL 20 GCL 21

    0,20 0,22 0,23 0,24 GCL 22 GCL 23

    0,19 0,21 0,22 0,23 GCL 24

    35

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    5.2.2 Procedimento para a determinao da classe de eficincia do sistema de condicionamento

    de ar Este procedimento refere-se aos sistemas de condicionamento de ar no etiquetados pelo Inmetro. Para os sistemas etiquetados pelo Inmetro, deve-se seguir o procedimento descrito no item B.II.1 do Anexo B. O consumo total trmico ou eltrico deve ser convertido em energia primria (Equao 5.9) com base nos fatores de converso da Tabela 5.2. Este procedimento deve ser realizado para a condio real (CCAPREAL), e para a condio de referncia (CCAPREF).

    = ( .) + ( .)

    Equao 5.9

    Onde: CCAP o consumo total de energia primria proveniente dos sistemas de condicionamento de ar somados (kWh/ano); CCATE o consumo energia eltrica total dos sistemas de condicionamento de ar somados (kWh/ano); CCATT o consumo energia trmica total dos sistemas de condicionamento de ar somados (kWh/ano); fc o fator de converso de energia eltrica (fcE) ou trmica (fcT) em energia primria de acordo com o tipo de energia utilizada. A determinao da classe de eficincia energtica do sistema de condicionamento de ar deve ser realizada a partir da comparao entre o consumo de energia primria em suas condies real (CCAPREAL) e de referncia (CCAPREF). A classificao da edificao real obtida por meio do percentual de economia de energia primria em relao condio de referncia (obrigatoriamente fixa na classe D). Os valores de percentual de economia devem ser obtidos por meio da Tabela 5.21.

    36

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela 5.21. Percentual de economia em relao classe D para sistemas com equipamentos no

    etiquetados pelo Inmetro.

    Capacidade Total do Sistema (kW)

    Percentual de economia em relao classe D

    Classe C Classe B Classe A

    < 40 15 20 30 40 e < 70 20 25 30

    70 e < 150 20 25 30 150 < 264 20 25 30 264 < 528 25 30 35 528 < 1055 30 35 40

    1055 < 1407 35 40 50 1407 < 2110 40 45 60 2110 < 2815 45 50 70 2815 < 4220 45 50 70

    4220 45 50 70

    5.2.3 Procedimento para a determinao das escalas e classe de eficincia do sistema de iluminao

    Este procedimento estabelece o limite de potncia de iluminao para a rea iluminada das edificaes. Os nveis de eficincia para a potncia de iluminao variam de A (mais eficiente) a E (menos eficiente). O sistema de iluminao artificial da edificao avaliado sob duas condies: condio real, utilizando as caractersticas reais da edificao; e a condio de referncia (classe D), conforme o mtodo de avaliao escolhido pelo solicitante da etiqueta. A classe de eficincia energtica do sistema de iluminao artificial da edificao definida a partir do valor resultante da potncia instalada total, considerando os sistemas de controle da edificao em sua condio real (PIT). A potncia instalada total da condio de referncia D (PITREF), e da condio que determina a classe A (PITA) da escala final devem ser calculadas com base nos valores tabelados do mtodo selecionado para avaliar o desempenho do sistema de iluminao artificial de ambientes internos (Anexo B.III). O intervalo entre as classes deve ser dividido em trs partes (i); cada parte se refere a uma classe da escala de desempenho que varia de A a D. Caso a condio real da edificao apresente potncia total instalada maior que a condio de referncia, sua classificao final ser E. A subdiviso i do intervalo calculada por meio da Equao 5.11.

    37

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    = ( )

    3 Equao 5.10

    Onde: i o coeficiente que representa os intervalos entre classes; PITREF a potncia instalada total considerando-se a condio de referncia D do mtodo escolhido; PITA a potncia instalada total considerando-se a classe A do mtodo escolhido. A partir do valor calculado de i, deve-se preencher a Tabela 5.22.

    Tabela 5.22. Intervalos relativos a cada uma das classes de eficincia energtica do sistema de iluminao artificial

    Classe de eficincia A B C D E

    Limite superior > PITREF - 3i > PITREF - 2i > PITREF - i > PITREF

    Limite inferior < PITREF - 3i PITREF - 2i PITREF - i PITREF

    Aps a definio dos intervalos da Tabela 5.21, o valor da potncia instalada total, considerando-se sistemas de controle da edificao em sua condio real (PIT), deve ser avaliado identificando a classe de eficincia do sistema para a edificao em avaliao. A potncia instalada deve considerar a potncia referente a todos os conjuntos de luminrias instalados, incluindo as lmpadas, reatores, transformadores e sistemas de controles. Nota: se existirem dois ou mais sistemas de iluminao independentes para atender as atividades de um mesmo espao, equipados de sistema de controle que evite o uso simultneo destes sistemas, a avaliao da potncia instalada deste espao deve considerar a potncia instalada do sistema de maior potncia. Para conjuntos de luminrias que tenham o seu funcionamento otimizado por algum tipo de controle podem aplicar fatores de ajuste de potncia (FAP) ao valor da potncia instalada controlada pelo respectivo dispositivo de controle. Os valores dos fatores de ajuste de potncia (FAP), conforme o tipo de controle das luminrias, devem ser adotados segundo a Tabela 5.23, e somente podero ser utilizados se os controles atenderem aos requisitos para o uso de cada tipo de controle.

    Tabela 5.23. Fatores de ajuste da potncia instalada em funo do tipo de controle das luminrias

    Tipo de controle Fator de ajuste de potncia (FAP) Controle sensvel luz natural - por passos ou dimerizvel 1 0,1 Controle com sensor de ocupao dimerizvel com desligamento automtico 0,2

    Controle dimerizvel com programao e desligamento automtico 0,05 38

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    1 Restrito s reas e respectivas densidades de potncia instaladas com comprovao de projeto/ instalao de sistema de controle que permita o aproveitamento da iluminao natural. A potncia total instalada do ambiente da condio real ser o resultado do somatrio da potncia de cada circuito controlado independentemente, multiplicada pelo fator de ajuste de potncia (FAP), quando aplicvel, conforme a Equao 5.12.

    = (.) Equao 5.11

    Onde: PIT a potncia instalada no ambiente (kW); PC a potncia controlada (kW); FAP o fator de ajuste de potncia conforme o tipo de controle. 5.2.4 Procedimento para a determinao da classe de eficincia do sistema de aquecimento de

    gua O consumo total de energia primria do sistema de aquecimento de gua deve ser determinado por meio da Equao 5.13.

    , = ( ) + ( ) Equao 5.12

    Onde: EAA,tot o consumo total de energia primria para aquecimento de gua da edificao em sua condio real (EAA,tot,real kWh/ano) e em sua condio de referencia (EAA,tot,ref - kWh/ano); fcE o fator de converso de energia eltrica para energia primria conforme a Tabela 5.2; CAAE o consumo total para aquecimento de gua proveniente de fontes de energia eltrica (kWh/ano); fcT o fator de converso de energia trmica para energia primria conforme a Tabela 5.2; CAAT o consumo total para aquecimento de gua proveniente de fontes de energia trmica (kWh/ano) A determinao da classe de eficincia energtica do sistema de aquecimento de gua dependente do tipo de sistema empregado - com acumulao, Figura 5.2, e sem acumulao, Figura 5.3 - devendo ser realizada a partir da comparao entre o consumo de energia primria necessrio para atender a demanda de gua quente da edificao em suas condies real (EAA,tot,real) e a de referncia (EAA,tot,ref). A classificao da edificao real obtida por meio do percentual de economia de energia primria em relao condio de referncia (obrigatoriamente fixa na classe D), conforme os valores indicados na Figura 5.2.

    39

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Figura 5.2. Escala para a definio da classe de eficincia do sistema de aquecimento de gua com

    acumulao

    Figura 5.3. Escala para a definio da classe de eficincia do sistema de aquecimento de gua sem acumulao

    Nota: nas figuras 5.2 e 5.3, o valor XX% refere-se ao percentual de reduo encontrado entre a condio de referncia e a condio real.

    40

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    ANEXO A TABELAS PARA A CONDIO DE REFERNCIA DE EDIFICAES

    Escopo: o presente anexo define os valores dos parmetros da edificao para a composio da condio de referncia de diferentes tipologias. A.1 Condies de referncia A Tabela A.1 Tabela A.7 apresentam as condies de referncia conforme as diferentes tipologias de edificaes comerciais:

    a) Edificaes de escritrio (ver Tabela A.1); b) Edificaes educacionais: ensino mdio, fundamental e superior (ver Tabela A.2); c) Edificaes de hospedagem: pequenas, mdias e grandes (ver Tabela A.3); d) Edificaes hospitalares: clnicas e hospitais (ver Tabela A.4); e) Edificaes de varejo: lojas, lojas de departamento e shopping center (ver Tabela A.5); f) Edificaes de varejo: mercados (ver Tabela A.6); g) Edificaes de alimentao: restaurantes e praas de alimentao (ver Tabela A.7);

    Nota 1: caso a tipologia a ser avaliada no se encontre nas descries acima, deve-se adotar os parmetros descritos na Tabela A.8. Deve-se assumir esta tabela como referncia e justific-la para posterior anlise e aprovao pelo OIA. Nota 2: Caso exista mais de uma tipologia em uma mesma edificao (edificaes mistas), a avaliao deve ser feita separadamente para cada uma delas, considerando seus valores de referncia conforme as tabelas apresentadas. A.2 Elementos construtivos das paredes externas e cobertura A Tabela A.10 apresenta os elementos construtivos e suas respectivas caractersticas adotadas nas paredes e cobertura das condies de referncia.

    41

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela A.1.Valores de referncia para edificaes de escritrio

    * A utilizao do ngulo de obstruo vertical (AOV) opcional e deve seguir as diretrizes do RAC. ** Caso a avaliao seja realizada somente para a envoltria, deve-se adotar na condio real a mesma densidade de potncia de iluminao (DPI) da condio de referncia. *** Adotar este valor para a avaliao parcial da envoltria e para a utilizao do mtodo do edifcio completo (Item C.II.2). Para o mtodo da atividade dos edifcios e o mtodo da potncia ajustada, devem ser adotados os valores de potncia de iluminao limite (DPIL) para a classe D. **** Os dias de ocupao desta tipologia foram calculados com base na mdia de dias de semana por ano, excluindo-se os fins de semana. ***** Tipologia com consumo de gua quente no significativo para a avaliao do sistema.

    Uso tpico Edificaes de escritrios Condio real Condio de referncia Geometria Forma Condio real Orientao solar () Condio real P-direito (piso a teto) (m) Condio real Aberturas PAF - Percentual de abertura da fachada (%) Condio real 50 PAZ - Percentual de abertura zenital (%) Condio real 0 Componentes construtivos

    Parede Condio real Argamassa interna (2,5 cm),

    bloco cermico furado (9 cm), argamassa externa (2,5 cm)

    Upar - Transmitncia da parede externa (W/mK) Condio real 2,39 PAR - Absortncia da parede (adimensional) Condio real 0,5 CTpar - Capacidade trmica da parede (kJ/mK) Condio real 150

    Cobertura Condio real Telha de fibrocimento, cmara de

    ar (>5 cm) e laje macia de concreto (10 cm)

    Ucob - Transmitncia da cobertura (W/mK) Condio real 2,06 COB - Absortncia da cobertura (adimensional) Condio real 0,8 CTcob - Capacidade trmica da cobertura (kJ/mK) Condio real 233 Vidro Condio real Vidro simples incolor 6mm FS Fator solar do vidro (adimensional) Condio real 0,82 Uvid - Transmitncia do vidro (W/mK) Condio real 5,7 AHS - ngulo horizontal de sombreamento () Condio real 0 AVS - ngulo vertical de sombreamento () Condio real 0 AOV - ngulo de obstruo vertical () * Condio real Condio real Iluminao e ganhos DPI - Densidade de potncia de iluminao (W/m) ** Condio real 14,1*** Ocupao (m/pessoa) 10,0 10,0 DPE - Densidade de potncia de equipamentos (W/m) 9,7 9,7 Horas de ocupao (horas) 10 Dias de ocupao (Nano)**** 260 Condio do piso Condio real Condio da cobertura Condio real Isolamento do piso Condio real Sem isolamento Condicionamento de ar (refrigerao) COP - Coeficiente de performance (W/W) Condio real 2,60 Temperatura setpoint (C) 24,0 Aquecimento de gua***** -

    42

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela A.2. Valores de referncia para edificaes educacionais

    Uso tpico

    Edificaes educacionais

    Condio real

    Condio de referncia

    Educao infantil

    Ensino fundamental e

    mdio

    Ensino superior

    Geometria Forma Condio real Orientao solar () Condio real P-direito (piso a teto) (m) Condio real Aberturas PAF - Percentual de abertura da fachada (%) Condio real 40 PAZ - Percentual de abertura zenital (%) Condio real 0 Componentes construtivos

    Parede Condio real Argamassa interna (2,5 cm), bloco cermico furado (9 cm), argamassa externa (2,5 cm) Upar - Transmitncia da parede externa (W/mK) Condio real 2,39 PAR - Absortncia da parede (adimensional) Condio real 0,5 CTpar - Capacidade trmica da parede (kJ/mK) Condio real 150

    Cobertura Condio real Telha de fibrocimento, cmara de ar (>5 cm) e laje macia de concreto (10 cm) Ucob - Transmitncia da cobertura (W/mK) Condio real 2,06 COB - Absortncia da cobertura (adimensional) Condio real 0,8 CTcob - Capacidade trmica da cobertura (kJ/mK) Condio real 233

    Vidro Condio real Vidro simples incolor 6mm FS Fator solar do vidro (adimensional) Condio real 0,82 Uvid - Transmitncia do vidro (W/mK) Condio real 5,7 AHS - ngulo horizontal de sombreamento () Condio real 0 AVS - ngulo vertical de sombreamento () Condio real 0 AOV - ngulo de obstruo vertical () * Condio real Condio real Iluminao e ganhos DPI - Densidade de potncia de iluminao (W/m) ** Condio real 15,5***

    Ocupao (m/pessoa) Condio de referncia 2,5 1,5 1,5

    DPE - Densidade de potncia de equipamentos (W/m)

    Condio de referncia 15,0 9,7 9,7

    Horas de ocupao (horas) 8 Dias de ocupao (Nano)**** 200 Condio do piso Condio real Condio da cobertura Condio real Isolamento do piso Condio real Sem isolamento

    43

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    * A utilizao do ngulo de obstruo vertical (AOV) opcional e deve seguir as diretrizes do RAC. ** Caso a avaliao seja realizada somente para a envoltria, deve-se adotar na condio real a mesma densidade de potncia de iluminao (DPI) da condio de referncia. *** Adotar este valor para a avaliao parcial da envoltria e para a utilizao do mtodo do edifcio completo (Item C.II.2). Para o mtodo da atividade dos edifcios e o mtodo da potncia ajustada, devem ser adotados os valores de potncia de iluminao limite (DPIL) para a classe D. **** Os dias de ocupao desta tipologia foram calculados com base na mdia de dias teis por ano, excluindo-se os meses de frias, feriados nacionais e fins de semana. ***** Tipologia com consumo de gua quente no significativo para a avaliao do sistema. .

    Tabela A.2.Continuao

    Uso tpico

    Edificaes educacionais

    Condio real

    Condio de referncia

    Educao Infantil

    Ensino Fundamental

    e Mdio

    Ensino Superior

    Condicionamento de ar (refrigerao) COP - Coeficiente de performance (W/W) Condio real 2,60 Temperatura setpoint (C) 24,0 Aquecimento de gua*****

    44

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Tabela A.3. Valores de referncia para edificaes de hospedagem

    Uso tpico

    Edificaes de hospedagem

    Condio real Condio de referncia

    Pequenos Mdios e grandes Geometria Forma Condio real Orientao solar () Condio real P-direito (piso a teto) (m) Condio real Aberturas PAF - Percentual de abertura da fachada (%) Condio real 45 PAZ - Percentual de abertura zenital (%) Condio real 0 Componentes construtivos

    Parede Condio real Argamassa interna (2,5 cm), bloco

    cermico furado (9,0 cm), argamassa externa (2,5 cm)

    Upar - Transmitncia da parede externa (W/mK) Condio real 2,39 PAR - Absortncia da parede (adimensional) Condio real 0,5 CTpar - Capacidade trmica da parede (kJ/mK) Condio real 150

    Cobertura Condio real Telha de fibrocimento, cmara de ar

    (>5 cm) e laje macia de concreto (10 cm)

    Ucob - Transmitncia da cobertura (W/mK) Condio real 2,06 COB - Absortncia da cobertura (adimensional) Condio real 0,8 CTcob - Capacidade trmica da cobertura (kJ/mK) Condio real 233 Vidro Condio real Vidro simples incolor 6mm FS Fator solar do vidro (adimensional) Condio real 0,82 Uvid - Transmitncia do vidro (W/mK) Condio real 5,7 AHS - ngulo horizontal de sombreamento () Condio real 0 AVS - ngulo vertical de sombreamento () Condio real 0 AOV - ngulo de obstruo vertical () * Condio real Condio real Iluminao e ganhos DPI - Densidade de potncia de iluminao (W/m) ** Condio real 15,7***

    Ocupao (m/pessoa) Condio de referncia 16,1 20,0

    DPE - Densidade de potncia de equipamentos (W/m) 12,5 12,5

    Horas de ocupao (horas) 24 24 Dias de ocupao (Nano) **** 365 365 Condio do piso Condio real Condio da cobertura Condio real Isolamento do piso Condio real Sem isolamento Condicionamento de ar (refrigerao) COP - Coeficiente de performance (W/W) Condio real 2,60 Temperatura setpoint (C) 24,0 24,0 Aquecimento de gua Eficincia do sistema de aquecimento de gua sem acumulaoa Condio real 0,95

    Eficincia do sistema de aquecimento de gua com acumulaob Condio real 0,85

    45

  • CB3E - Centro Brasileiro de Eficincia Energtica em Edificaes www.cb3e.ufsc.br

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Dep. de Engenharia Civil www.ecv.ufsc.br

    Temperatura de armazenamento 60 C

    Temperatura de uso de gua quente 38 C (norte e nordeste)

    40 C (demais regies) Temperatura de uso de gua fria (C) Condio real Perdas na tubulao sistema sem acumulao Condio real 0 Perdas de armazenamento sistema sem acumulao Condio real 0 Perdas da recirculao sistema sem acumulao Condio real 0 Perdas na tubulao sistema com acumulao Condio real Isolamento de 5 mm Perdas de armazenamento sistema com acumulao Condio real

    Perdas da recirculao sistema com acumulao Condio real

    * A utilizao do ngulo de obstruo vertical (AOV) opcional e deve seguir as diretrizes do RAC. ** Caso a avaliao seja realizada somente para a envoltria, deve-se adotar na condio real a mesma densidade de potncia de iluminao (DPI) da condio de referncia. *** Adotar este valor para a avaliao parcial da envoltria e para a utilizao do Mtodo do edifcio completo (Item C.II.2). Para o mtodo da atividade dos edifcios e o mtodo da potncia ajustada, devem ser adotados os valores de potncia de iluminao limite (DPIL) para a classe D. **** Os dias de ocupao desta tipologia foram calculados com base no total de dias d