proposta de melhoria do portal do senac/al, utilizando técnicas de usabilidade e acessibilidade

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC Flávio Oscar Hahn Proposta de Melhoria do portal do Senac/AL, Utilizando Técnicas de Usabilidade e Acessibilidade. MACEIÓ/AL 2013.2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

Flávio Oscar Hahn

Proposta de Melhoria do portal do Senac/AL, Utilizando Técnicas de Usabilidade e

Acessibilidade.

MACEIÓ/AL

2013.2

1

Flávio Oscar Hahn

Proposta de Melhoria do portal do SENAC/AL, Utilizando Técnicas de Usabilidade e

Acessibilidade.

Trabalho Final de Graduação apresentado ao Curso de

Análise de Sistemas do Centro Universitário CESMAC,

como requisito final para obtenção do título de Bacharel

em Análise de Sistemas.

Orientador: Jalves Mendonça Nicácio

MACEIÓ/AL

2013.2

2

Flávio Oscar Hahn

Proposta de Melhoria do portal do SENAC/AL, Utilizando Técnicas de Usabilidade e

Acessibilidade.

Trabalho Final de Graduação apresentado ao Curso de

Análise de Sistemas do Centro Universitário CESMAC,

como requisito final para obtenção do título de Bacharel

em Análise de Sistemas.

Aprovada em:

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Prof.: Jalves Mendonça Nicácio

-Orientador-

_______________________________________

Profª. Me. Lívia Maria Omena da Silva

-Orientadora Metodológica-

3

"Você pode encarar um erro como uma besteira a

ser esquecida, ou como um resultado que aponta

uma nova direção". Steve Jobs

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por permitir que chegasse até aqui, e ter me

acompanhado durante está trajetória, tanto nos momentos bons quanto nos ruins.

A minha esposa Natália Hahn que me apoiou e incentivou desde o primeiro dia desta

jornada, agradeço pela paciência, o carinho e amor que sempre demonstrou mesmo nos

momentos mais difíceis.

A minha filha Maria Luísa que chegou para alegrar minha vida durante o

desenvolvimento desta obra.

Ao meu orientador Jalves Mendonça Nicácio, que desde o primeiro momento aceitou

orientar-me e sempre esteve disposto a ajudar.

A minha mãe e meus irão que mesmo longe sempre me apoiaram e incentivaram em

todos os momentos.

Ao meu sogro e minha sogra que me incentivam e me apoiam, além de estarem

sempre presentes em todos os momentos importantes de minha vida.

A professora Lívia Maria Omena da Silva, por ter paciência e ao mesmo tempo cobrar

mais empenho de minha parte, ao observar que o tempo estava “curto”.

Aos professores Jeyniglis de Gusmão Correia Matos e Gustavo Ferreira Accioli, pelo

aprendizado transmitido e a amizade que surgiu durante o curso.

A todos os professores que participaram desta jornada.

5

RESUMO

A intenção deste trabalho acadêmico é elaborar uma proposta de melhoria no portal do

Senac/AL, abordando padrões de usabilidade e técnicas de acessibilidade em um projeto de

interface centrado no usuário, onde o propósito principal é facilitar o acesso e a forma com

que o usuário final utiliza o portal.

O trabalho apresenta um protótipo desenvolvido através de um estudo de caso, com

diretrizes de usabilidade e técnicas de acessibilidade, validando sua interface com teste de

heurística, a fim de prover um portal limpo, de fácil acesso e voltado para o usuário.

Palavras-chave: Usabilidade, Acessibilidade, Interface.

6

ABSTRACT

The intent of this academic work is to develop a proposal for improving the portal

Senac\AL, addressing standards of usability and accessibility techniques on a project focused

on the user interface where the main purpose is to facilitate access and the way that the end

user uses the portal.

The paper presents a prototype developed through a case study with usability guidelines

and accessibility techniques, validating its interface with heuristic test in order to provide a

clean portal, easily accessible and facing the user.

Keywords: Usability, Accessibility, Interface.

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Tipos de portais relativamente ao contexto ............................................................. 17

Figura 2 - Interface gráfica do Universo Online (UOL) - 1996 ............................................... 18

Figura 3 – Interface gráfica do Universo Online (UOL) – 2013 .............................................. 19

Figura 4 - Estrutura de usabilidade ........................................................................................... 23

Figura 5 - Projeto centrado no usuário ..................................................................................... 24

Figura 6 - População com deficiência no Brasil ....................................................................... 26

Figura 7 – Layout atual do portal do Senac|AL ........................................................................ 33

Figura 8 – Layout principal do protótipo ................................................................................. 34

Figura 9 – topo do protótipo ..................................................................................................... 35

Figura 10 – Menu principal do protótipo ................................................................................. 35

Figura 11 – Menu selecionado do protótipo ............................................................................. 36

Figura 12 – Banner rotativo do protótipo ................................................................................. 36

Figura 13 – Rodapé do protótipo .............................................................................................. 37

Figura 14 – página institucional do protótipo ........................................................................... 38

Figura 15 – Página de cursos de informática do protótipo ....................................................... 38

Figura 16 – Exemplo de pergunta do questionário de satisfação ............................................. 40

Figura 17 – Avaliação com ASES ............................................................................................ 47

8

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Facha etária............................................................................................................ 40

Gráfico 2 - Grau de instrução ................................................................................................... 41

Gráfico 3 - Sexo ........................................................................................................................ 41

Gráfico 4 - Quanto tempo utiliza computador .......................................................................... 42

Gráfico 5 - Quantas horas por dia utiliza a internet .................................................................. 42

Gráfico 6 - Layout: sequencia, alinhamento, espaçamento e visualização dos campos na tela43

Gráfico 7 - Utilização: facilidade de navegação, agilidade e praticidade ................................ 43

Gráfico 8 - Conforto, cores, tamanho dos caracteres, entendimento dos comandos/funçõe .... 44

Gráfico 9 - Sexo dos usuários observados ................................................................................ 45

Gráfico 10 - Acesso a computador e internet dos usuários observados ................................... 46

9

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Conjunto integrador de critérios, princípios, regras e heurísticas de ergonomia. ... 21

Quadro 2 - Nível de conformidade entre propriedades. ........................................................... 28

10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ASES Avaliador e Simulador de Acessibilidade de Sítios

CSS Cascading Style Sheets

e-MAG Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico

e-PWG Padrões Web em Governo Eletrônico

HTML Hyper Text Markup Linguage

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IHC Interface Humano Computador

INRIA Instituto Nacional de Pesquisa em Automação e Informática da França

ISO International Organization for Standardization

MEC Ministério da Educação

NBR Norma Brasileira

PRONATEC Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

UOL Universo Online

W3C World Wide Web Consortium

WAI Web Accessibily Initiative

WCAG Web Contente Accessibility Guidelines

11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13

1.1 Problemática ....................................................................................................................... 13

1.2 Objetivos ............................................................................................................................. 14

1.3 Relevância da Pesquisa ....................................................................................................... 15

1.4 Metodologia da Pesquisa .................................................................................................... 15

1.5 Organização da Pesquisa .................................................................................................... 16

2 EMBASAMENTO TEÓRICO .............................................................................................. 17

2.1 Portal Web .......................................................................................................................... 17

2.2Interface ............................................................................................................................... 18

2.2.1 Padrões para interface humano computador - IHC ......................................................... 19

2.2.2 Ergonomia ....................................................................................................................... 20

2.3Usabilidade .......................................................................................................................... 21

2.3.1 Engenharia de Usabilidade .............................................................................................. 24

2.3.2 Diretrizes de Usabilidade................................................................................................. 25

2.3.3 Heurística de usabilidade ................................................................................................. 25

2.4 Acessibilidades Web........................................................................................................... 26

2.4.1 Níveis de prioridade e Conformidade .............................................................................. 27

2.4.2 Padrões Web de Acessibilidade ....................................................................................... 28

2.4.3 Diretrizes para acessibilidade Web.................................................................................. 29

3 METODOLOGIA .................................................................................................................. 30

3.1 Técnicas de analise contextual ........................................................................................... 30

3.1.1 Questionário de satisfação ............................................................................................... 31

3.1.2 Observação do usuário..................................................................................................... 31

3.1.3 Testes de acessibilidade ................................................................................................... 31

4 PROTÓTIPO ......................................................................................................................... 32

4.1 Ferramentas utilizadas ........................................................................................................ 32

4.2 Layout Principal ................................................................................................................. 32

4.2.1 Layout Original ............................................................................................................... 33

4.2.2 Layout Principal do Protótipo.......................................................................................... 34

4.2.3 Topo do site ..................................................................................................................... 35

4.2.4 Menus .............................................................................................................................. 35

4.2.5 Banner rotativo ................................................................................................................ 36

4.2.6 Imagens ............................................................................................................................ 37

12

4.2.7 Links ................................................................................................................................ 37

4.2.8 Rodapé ............................................................................................................................. 37

4.2.9 páginas internas ............................................................................................................... 37

4.2.10 Acessibilidade ................................................................................................................ 39

5 TESTES ................................................................................................................................. 39

5.1 Plano de teste ...................................................................................................................... 39

5.2 Questionários de satisfação ................................................................................................ 39

5.2.1 Perfil dos usuários ........................................................................................................... 40

5.2.3 Avaliação do usuário ....................................................................................................... 43

5.3 Observações do usuário ...................................................................................................... 44

5.3.1 Perfil do observador......................................................................................................... 45

5.3.2 Perfil dos usuários observados ........................................................................................ 45

5.3.3 Resultados observados no portal atual ............................................................................ 46

5.3.4 Resultados observados no protótipo ................................................................................ 47

5.4 Testes com ASES ............................................................................................................... 47

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 48

APÊNDICE ou ANEXO .......................................................................................................... 51

13

1 INTRODUÇÃO

Com o surgimento de novas tecnologias, nasce também à necessidade de empresas de

pequeno, médio e grande porte acompanharem essas tecnologias para que se mantenham

vivas no mercado. Tais mudanças tecnológicas como Smartphone, Tablets, redes sociais e o

custo do computador em queda, proporcionaram um aumento no uso de internet por diferentes

classes econômicas, deixando clara que a necessidade de interação com estas tecnologias está

cada vez mais presente em nossas vidas.

Pensando nisso, uma instituição de ensino profissionalizante como o Serviço Nacional

de Aprendizagem Comercial – (SENAC, 2012), com a missão “Educar para o trabalho em

atividades de Comércio de Bens, Serviços e Turismo, por meio de ações educacionais de

excelência, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da sociedade.”, tem a necessita

de trabalhar com ferramentas que proporcionem ao publico uma interação de forma acessível

e de fácil aprendizado.

A motivação para o desenvolvimento deste projeto encontra-se no substancial aumento

dos incentivos governamentais através de projetos voltados a educação profissional como o

“Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego” – (PRONATEC). Segundo o

Ministério da Educação - MEC (2012):

Além das iniciativas voltadas ao fortalecimento do trabalho das redes de educação

profissional e tecnológica existentes no país, o Pronatec criou a Bolsa-Formação,

por meio da qual serão oferecidos, gratuitamente, cursos técnicos para quem

concluiu o Ensino Médio e para estudantes matriculados no Ensino Médio e cursos

de formação inicial e continuada ou qualificação profissional.

Prevendo um aumento considerável por novos usuários, a necessidade de um projeto de

usabilidade torna-se concreta, de acordo com Nielsen e Loranger (2007), “Uma empresa pode

dobrar a “taxa de conversão” do seu Website (realizando uma venda ou obtendo uma

solicitação de informações sobre um produto por parte de um novo usuário) por meio de um

bom projeto de usabilidade. [...]”.

Por tanto, visando o crescente aumento na busca de informações sobre os cursos

oferecidos na instituição, este projeto apresenta uma proposta de melhoria do portal

al.senac.br, a fim de torná-lo mais funcional, aplicando técnicas de usabilidade e

acessibilidade.

1.1 Problemática

14

O acordo de gratuidade com os serviços nacionais de aprendizagem incentivam e

auxiliam a população a procurar por qualificação.

O Acordo de Gratuidade tem por objetivo ampliar, progressivamente, a aplicação

dos recursos do SENAI, do SENAC, do SESC e do SESI, recebidos da contribuição

compulsória, em cursos técnicos e de formação inicial e continuada ou de

qualificação profissional, em vagas gratuitas destinadas a pessoas de baixa renda,

com prioridade para estudantes e trabalhadores. (MEC, 2012)

Com isso, tornar acessível e de fácil compreensão o portal de uma instituição como o

Senac é de fundamental importância, pois, segundo pesquisa realizada em 2010 pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010), “23,9% da população brasileira ocupada,

apresentam algum tipo de deficiência, seja física, sensorial, intelectual e/ou múltipla”.

A acessibilidade ainda é pouco explorada. Sites desenvolvidos com padrões de

acessibilidade tornam-se insignificante perante os mais de três milhões de sites registrados no

Brasil. Segundo Nicácio (2010), “muitas vezes um determinado serviço ou página da Web

poderá estar inacessível a uma pessoa ou grupos de pessoas”. Considerando que atualmente a

sociedade prima pela informação, e faz da web seu principal meio de acesso, permitindo aos

usuários, portadores de necessidades especiais ou não, uma nova forma de se integrar e

participar da sociedade torna-se de primordial importância o desenvolvimento de um portal

limpo e acessível ao publico.

Mencionados os fatos, esta pesquisa aborda duas questões:

A usabilidade pode ajudar nos processos dentro do portal?

Por que desenvolver um portal com acessibilidade?

As hipóteses levantadas nesta pesquisa são:

O uso de avaliações heurísticas permite verificar o grau de usabilidade e auxilia

a criação de um portal de fácil aprendizagem e satisfação subjetiva.

Os padrões de acessibilidade na web possibilitam criar um portal acessível a

todos.

1.2 Objetivos

O objetivo geral deste trabalho é fundamentar a proposta de melhoria do portal

al.senac.br, a fim de definir padrões de usabilidade e acessibilidade tornando-o mais prático e

de fácil acesso.

15

Os objetivos específicos:

Apresentar os conceitos e diretrizes de usabilidade e acessibilidade em portais da

Web.

Realizar um teste inicial com usuários no portal atual, a fim de determinar o grau

de usabilidade e os principais problemas de navegação do portal.

Identificar padrões de desenvolvimento Web com acessibilidade visando à

construção de conteúdo acessível;

Desenvolver um protótipo do portal com padrões de acessibilidade e usabilidade

web a fim de tornar as informações mais perceptíveis.

Desenvolver avaliações heurísticas (testes com o usuário) com o intuito de

definir o grau de usabilidade do portal.

1.3 Relevância da Pesquisa

O perfil dos usuários na Web vem mudando com o passar dos anos, com isso, cresce a

responsabilidade de manter páginas onde usuários sejam capazes de utilizar e encontrar o que

necessitam. Nesse quesito, a usabilidade em Websites possibilita um melhor entendimento e

proporciona uma acessibilidade onde permite que usuários com algum tipo de deficiência

possa desfrutar das informações ali contidas.

Para o usuário comprar um produto é preciso encontra-lo, para Nielsen e Loranger

(2007, p.131, 16), “A capacidade de se movimentar em um Website é extremamente

importante para a usabilidade, mas os principais componentes Buscar e Localizar são

responsáveis por mais de um terço das dificuldades dos usuários que fazem isso”.

Segundo o mesmo autor, “a usabilidade é um atributo de qualidade relacionado à

facilidade do uso de algo”, esta facilidade no uso, sendo aplicada a Web, proporciona um fácil

entendimento dos recursos e processos a serem executados no Website.

A importância deste trabalho encontra-se no fato de que é relevante por permitir a

inclusão social através da acessibilidade e facilitar o uso do portal tornando-o de fácil

compreensão e aprendizagem, podendo ser inclusive aplicado a diversas empresas na área

comercial e/ou educacional.

1.4 Metodologia da Pesquisa

16

A análise de requisitos do protótipo será realizada através de pesquisas, questionários e

testes de usabilidade e testes de acessibilidade com ASES, para identificar as necessidades e o

publico alvo. Com base na análise feita será desenvolvido o fluxograma para a criação de

Storyboards do protótipo.

O protótipo funcionará na plataforma WEB e será desenvolvido com a linguagem de

marcação HTML, XHTML e CSS seguindo os padrões de acessibilidade da W3C e as

recomendações de usabilidade descritas por Nielsen e Cybis.

1.5 Organização da Pesquisa

Além desta introdução, este trabalho contém mais X capítulos, sendo estes:

Capítulo 2 – EMBASAMENTO TEÓRICO: Base técnica para a elaboração do projeto

de pesquisa;

Capítulo 3 – METODOLOGIA: Metodologia utilizada na elaboração do projeto de

pesquisa;

Capítulo 4 – PROTOTIPO: Desenvolvimento do protótipo;

Capítulo 5 – TESTES: Testes de usabilidade e acessibilidade;

Capítulo 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

17

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

Essa seção contém os conceitos que serão utilizados no projeto, como interface,

usabilidade e acessibilidade em portais Web, avaliações heurísticas e padrões de

desenvolvimento.

2.1 Portal Web

Para Figueiredo (2005, p.8) “A noção de portal leva à ideia de uma entrada principal

que dá acesso a algo. [...]. Na sua forma mais simples, um portal é usado para reunir, num

único endereço, uma quantidade enorme de serviços e informação.” Sobre o mesmo assunto

ressalta Gonsalves (2010, p.219) que: “O papel dos portais deveria ser o de organizar as

informações pertinentes a determinado tema”.

Para Figueiredo (2005, p.9), os portais como vistos na Figura 1 podem ser divididos em

dois tipos, portais públicos e portais corporativos. O mesmo autor ressalta ainda que:

Os portais ditos públicos são sítios Web com propósitos generalistas considerados

como pontos de entrada para outros sítios Web e que incluem inúmeros serviços, em

particular, motores de busca. Os portais corporativos, por sua vez, são sítios Web

internos que funcionam como pontos únicos de acesso e à infraestrutura de serviços

aplicacionais das organizações.

A figura a seguir demonstra num contexto relativo de como são divididos os portais

Web:

Figura 1 – Tipos de portais relativamente ao contexto

Fonte: Figueiredo (2005)

Diante da definição de portal e informações relacionadas à Figura 1, ter um portal

corporativo de fácil aprendizagem e que disponibiliza informações relevantes se de interesse

18

do usuário, capaz de proporcionar uma aproximação maior do publico com a empresa requer

uma interface atrativa e funcional.

2.2Interface

As definições de interface dependerão do seu contexto de uso, segundo o dicionário da

língua portuguesa, tais definições podem ser:

Superfície, plana ou não, que forma um limite comum de dois corpos ou

espaços. [...] Ponto no qual um sistema de computação termina e um outro

começa. [...] Parte de um programa que permite a transmissão de dados para um

outro programa. [...] interface entre um sistema operacional ou programa e o usuário.

Como utiliza gráficos ou ícones para representar funções ou arquivos, dispensa a

digitação dos comandos do sistema, facilitando o controle do software. [...].

Michaelis (1998 – 2009 apud UOL, 2009, grifo do autor)

Para Figueiredo (2005, p.35), “A interface é a camada responsável pela apresentação

dos serviços e conteúdos disponibilizados pelo portal aos utilizadores.”.

Segundo Krug (2008, p18), o principal objetivo em uma interface é que “[...] cada

página seja clara, de forma que apenas olhando-a o usuário comum saiba o que é e como usá-

la.”.

Em um comparativo de interfaces gráficas, a Figura 2 demonstra um exemplo de como

era a primeira interface do portal Universo Online (UOL) com o surgimento dos portais.

Figura 2 - Interface gráfica do Universo Online (UOL) - 1996

Fonte: UOL (2013)

A Figura 3 traz parte da interface gráfica do UOL atual:

19

Figura 3 – Interface gráfica do Universo Online (UOL) – 2013

Fonte: UOL (2013)

Analisando a Figura 2 e Figura 3, percebe-se uma extensa mudança em sua interface,

além do significativo aumento no conteúdo do portal, compreende-se que a estrutura e a

organização encontrada na Figura 3 possui uma interface limpa e de fácil compreensão.

Por fim, fica evidente que a interface é essencial para a comunicação com o usuário,

possibilitando o acesso e a interação com o portal.

2.2.1 Padrões para interface humano computador - IHC

Segundo Cybis (2010, p.104) tornou-se comum o trabalho com padrões, diz ainda que:

20

Trabalhar com padrões é uma prática frequente em muitas áreas das atividades

humanas. Padrões se referem aos problemas mais comuns e as boas soluções para

esses problemas, que são capturadas, compartilhadas e reutilizadas por profissionais

atuando no projeto de diversos tipos de produtos e serviços.

Sobre padrões de interface humano computador, o mesmo autor diz que “são os que

favorecem tanto aos desenvolvedores, proporcionando-lhes eficiência na programação, como

aos usuários, oferecendo-lhes usabilidade nas interações com o sistema”.

Para Heemann (1997, p.27) IHC pode ser definido como:

O estudo do individuo, da tecnologia computacional e os modos como se

influenciam mutuamente, exigindo um entendimento de pelo menos três coisas: a

tecnologia computacional, as pessoas que interagem e o significado de mais

“usável”. Contudo, existe um quarto aspecto que está implícito nessa definição

simples que é o entendimento do trabalho que o individuo tenta realizar usando a

tecnologia.

Portanto trabalhar com bons padrões de IHC possibilitará um bom projeto de interface,

podendo proporcionar um nível de entendimento e satisfação facilitando o uso do portal entre

usuário se aumentando o nível de usabilidade do portal.

2.2.2 Ergonomia

Segundo Gomes Filho (2003, p.17) o objetivo da ergonomia é “[...] sempre a melhor

adequação ou adaptação possível do objeto aos seres vivos em geral. Sobretudo no que diz

respeito à segurança, ao conforto e à eficácia de uso ou de operacionalidade dos objetos, mais

particularmente, nas atividades e tarefas humanas.”.

De acordo com Cybis (2010), desenvolver interfaces ergonômicas, requer conhecer o

usuário, seu jeito de pensar, agir e se comportar durante determinada tarefa. Segundo o

mesmo autor, “As mesmas entradas e saídas dos sistemas podem significar coisas diferentes

para diferentes pessoas [...]”. Desta forma a mesma interface pode ter significados diferentes

para usuários diferentes ou situações diferentes.

De acordo com Bastien e Scapin (1993 apud CYBIS, 2010), oito critérios ergonômicos

com dezoito subcritérios foram apresentados por dois pesquisadores do “Instituto Nacional de

pesquisa em Automação e Informática da França” (INRIA), Dominique Scapin e Christian

Bastien. Visando o aumento da sistematização dos critérios ergonômicos aplicados a

determinados softwares.

Baseado nos critérios ergonômicos de Bastien e Scapin, integrando qualidades definidas

por outros autores, Cybis (2010) define no Quadro 1 os seguintes critérios:

21

Quadro 1- Conjunto integrador de critérios, princípios, regras e heurísticas de ergonomia.

Critérios Ergonomicos Subcritérios Ergonomicos

Condução Qualidade da ajuda e da documentação

Adequação ao aprendizado

Apresentação do estado do sistema

Convite

Agrupamento e distinção por localização

Agrupamento e distinção por formato

Feedback imediato

Carga de trabalho Legibilidade

Brevidade das entradas individuais

Concisão das apresentações individuais

Ações mínimas

Design minimalista e estético

Controle Ações explicitas

Controle do usuário

Adaptabilidade Flaxibilidade

Personalização

Consideração da experiência do usuário

Gestão de erros Proteção de erros

Tolerância aos erros

Qualidade das menssagens de erros

Correção dos erros

Coerência Homogeneidade interna a uma aplicação

Homogeinidade externa a plataforma

Significado dos códigos e

denominações

-

Compatibilidade Compatibilidade com o usuário

Compatibilidade coma atarefa dos

usuários

Compatibilidade coma cultura dos

usuários Fonte: Quadro adaptado de Cybis (2010).

Os critérios ergonômicos apresentados no Quadro 1 descrevem as necessidades em

termo de usabilidade para sítios Web, quanto mais critérios satisfeitos maior será o grau de

usabilidade do portal.

Portanto, é de grande importância definir padrões ergonômicos tornando o sítio de fácil

compreensão e de satisfação subjetiva.

2.3Usabilidade

Tornar um produto eficaz e ao mesmo tempo eficiente garantindo a satisfação do

usuário é, em outras palavras, definir padrões de usabilidade para tal produto. A norma

“International Organization for Standardization” ISO 9241 (ABNT, 2000), define usabilidade

22

como “medida na qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar

objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.”.

Segundo o mesmo autor, define como:

Eficácia: Grau de exatidão com o qual os usuários alcançam objetivos

específicos.

Eficiência: Capacidade de realizar ou desenvolver algo demonstrando eficácia;

Satisfação: Atitudes positivas com ausência de desconforto ao utilizar um

produto.

Para Krug (2008, p.5) o verdadeiro significado de usabilidade é “assegurar-se de que

algo funcione bem: que uma pessoa com habilidade e experiência comuns (ou até menos)

possa usar algo [...] para seu propósito desejado sem ficar frustrado com isso.”. Segundo o

mesmo autor ““ Nada importante deve estar a mais de dois cliques de distância” ou “Fale a

língua do usuário” ou mesmo “Seja consistente”.”.

Segundo Cybis (2010, p.16), “Pode-se dizer que a ergonomia está na origem da

usabilidade, pois ela visa proporcionar eficácia e eficiência, além do bem-estar e saúde do

usuário, por meio da adaptação do trabalho ao homem.”. Segundo o mesmo autor “a

usabilidade é a qualidade que caracteriza o uso dos programas e aplicações.”. Desta forma

devemos definir padrões de interface ergonômica em aplicações Web, facilitando seu uso e

trazendo uma maior satisfação e conforto para o usuário.

Nielsen e Loranger (2007, p.16) define usabilidade como:

A usabilidade é um atributo de qualidade relacionado à facilidade do uso de algo.

Mais especificamente refere-se à rapidez com que os usuários podem aprender a

usar alguma coisa, a eficiência deles ao usa-la, o quanto lembram daquilo, seu grau

de propensão a erros e o quanto gostaram de utiliza-la.

Diante disso, a (ABNT, 2000) define um relacionamento entre os objetivos, a eficácia,

eficiência, satisfação e os componentes do contexto de uso, ilustrados na Figura 4.

De acordo com o mesmo autor “uma descrição dos componentes do contexto de uso

incluindo usuários, tarefas, equipamento e ambientes. Esta pode ser uma descrição de um

contexto existente ou uma especificação dos contextos pretendidos.”.

23

Figura 4 - Estrutura de usabilidade

Fonte: ABNT (2000)

De acordo com a Figura 4, os objetivos pretendidos pelo usuário, serão satisfeitos

através do contexto de uso, se obter eficácia, o resultado foi satisfeito, a eficiência e a

satisfação dependerão da facilidade e das atitudes que levou o usuário a atingir seu objetivo.

Para Nielsen (1993), usabilidade pode ser dividida em cinco critérios Básicos:

Intuitividade – O usuário deve produzir algum trabalho de forma satisfatória

mesmo sem experiência, o usuário apresentará facilidade no uso do sistema.

Eficiência – O sistema deve apresentar um nível de produtividade alto e

eficiente.

Memorização – As telas devem ser de fácil memorização mesmo para

usuários ocasionais.

Erro – Os erros devem ser os mais reduzidos possíveis, devem apresentar

soluções simples e erros graves ou sem solução não podem ocorrer;

Satisfação – O sistema deve agradar ao usuário, sejam eles iniciantes ou

avançados, permitindo uma interação agradável.

Portanto, a usabilidade é definida pela facilidade com que o usuário utiliza determinada

ferramenta e a satisfação proporcionada ao atingir objetivos. Para auxiliar a criação de

projetos, a usabilidade conta com a engenharia de usabilidade, diretrizes e heurísticas, que

auxiliam e ajudam a definir o grau de usabilidade de uma ferramenta.

24

2.3.1 Engenharia de Usabilidade

De acordo com Cybis (2010), na criação de um programa ou uma aplicação, o

desenvolvimento de um software se beneficia da engenharia de software, e a interface dispõe

da engenharia de usabilidade. Segundo o mesmo autor, “A engenharia de usabilidade surge

como esforços sistemáticos das empresas e organizações para desenvolver programas de

software interativo com usabilidade.”.

A engenharia de usabilidade nos mostra um caminho em que o usuário é o principal

envolvido como visto na Figura 5. Segundo Cybis (2010, p.20), “Seu ciclo foi definido como

essencialmente evolutivo, interativo e baseado no envolvimento do usuário”.

O ciclo demonstra o desenvolvimento do projeto centrado no usuário.

Figura 5 - Projeto centrado no usuário

Fonte: Figura adaptada de Cybis (2010).

Como apresentado na Figura 5, para traçar um caminho a percorrer em projetos

centrados no usuário, primeiro devem-se identificar as necessidades do projeto, depois de

25

identificadas, deverá ser feita analisar e especificação do contexto de operações, terminando

esta analise será especificada as exigências dos usuários, será produzido soluções de projeto e

avaliações do projeto contra as exigências. Se o sistema satisfaz as exigências dos usuários e

da organização o projeto teve êxito caso contrario o ciclo irá recomeçar até que todas as

exigências tenham sido satisfeitas.

Por fim, de acordo com Cybis (2010) o usuário é quem mais conhece o sistema no

contexto de seu trabalho, sendo fundamental sua integração como membro da equipe do

projeto, tendo um envolvimento informativo, consultivo ou participativo.

2.3.2 Diretrizes de Usabilidade

De acordo com o documento “Padrões Web em Governo Eletrônico” (e-PWG)

(BRASIL, 2010, p.12) “Diretrizes são orientações para o desenvolvimento do sítio tendo

como foco o cidadão.”. Segundo o mesmo autor, “Diretrizes devem ser tomadas como ponto

de partida no desenvolvimento e teste de sítios, nunca como uma receita ou lista de itens a

serem seguidos. Contexto e bom-senso são fundamentais no desenvolvimento de sítios.”.

Segundo Brasil (2010), sete diretrizes foram desenvolvidas para páginas de instituições

públicas no Brasil: Contexto e navegação, Carga de informação, Autonomia, Erros, Desenho,

Redação e Consistência e Familiaridade.

O conceito de cada diretriz assim como suas recomendações pode ser encontrado no

endereço: <http://epwg.governoeletronico.gov.br/cartilha-usabilidade#s2.1>

2.3.3 Heurística de usabilidade

Para Puchkin (1976), atividade heurística é o pensamento criador de uma nova

estratégia, para resolver um problema, que não foi obtida unicamente através de um raciocino

lógico.

Segundo uma nota da W3C (2005), “Heurística é o processo de comparar resultados de

avaliações com resultados esperados”.

Em seu livro, “Usability engineering”, Nielsen (1994 apud CYBIS, 2010) propõe “um

conjunto de dez qualidades de base para qualquer interface, qualidades estas que ele chamou

de heurística de usabilidade”.

As heurísticas de usabilidade determinadas por Nielsen (1993) são: Visibilidade do

estado do sistema, Mapeamento entre o sistema e o mundo real, Liberdade e controle ao

26

usuário, Consistência e padrões, Prevenção de erros, Reconhecer em vez de relembrar,

Flexibilidade e eficiência de uso, Design estático e minimalista, Suporte para o usuário

reconhecer, diagnosticar e recuperar erros e Ajuda e documentação;

Portanto, a usabilidade aplicada em portais possibilita um maior entendimento das

informações contidas na interface, proporcionando a eficácia na execução de uma tarefa com

eficiência e satisfação por parte do usuário.

2.4 Acessibilidades Web

De acordo com a “Cartilha do Censo 2010”, 23,9% dos brasileiros possui algum tipo de

deficiência:

A deficiência é um tema dos direitos humanos e como tal obedece ao principio de

que todo ser humano tem o direito de desfrutar de todas as condições necessárias

para o desenvolvimento de seus talentos e aspirações, sem ser submetido a qualquer

tipo de discriminação (OLIVEIRA, 2012).

A Figura 6 demostra como é feita a divisão dos 23,9% dos brasileiros que possuem

algum tipo de deficiência.

Figura 6 - População com deficiência no Brasil

Fonte: Oliveira (2012).

Promover o acesso ao portal para toda ou ao menos parte dessas pessoas é em outras

palavras possibilitar a inclusão deste publico na sociedade;

Segundo Brasil (2010), a acessibilidade é promover a integração social de pessoal que

demonstrem algum tipo de deficiência. Para definir de uma forma mais aberta acessibilidade,

27

segundo este mesmo autor, “Acessibilidade significa permitir que pessoas com deficiências

ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e

informação, além de permitir o uso destes por todas as parcelas da população”.

De acordo com a ABNT (2004, p.2), através da “Norma Brasileira” - NBR 9050,

acessibilidade é: “Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a

utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano

e elementos.”.

O deficiente visual e autor de diversas publicações, considerado um dos maiores nomes

no Brasil em acessibilidade Web, Queiroz (2006) afirma que:

[...] o conceito de acessibilidade assumiu dimensão mais ampla. Qualquer tipo de

barreira para qualquer pessoa, mesmo sem deficiências ou apenas com limitações

temporárias, passou a ser relacionado à acessibilidade. [...]. Hoje, na prática,

acessibilidade diz respeito à qualidade ou falta de qualidade de vida para todas as

pessoas.

Segundo o mesmo autor, “Acessibilidade nas páginas da Web significa, antes de mais

nada, termos um acesso regular a essas páginas.”.

De acordo com o W3C, fundado por Tim Berners-Lee, em 1994, que teve como

objetivo estabelecer padrões para a criação e interpretação de conteúdos para a Web. Em maio

de 1999, através de um grupo de trabalho chamado Web Accessibility Initiative (WAI), foi

lançada a primeira versão do documento chamado Web Content Accessibility Guidelines

(WCAG) que descreve padrões e boas práticas no desenvolvimento de conteúdos em sítios na

Internet, tornando-os mais acessível.

Segundo a W3C (1999, p.2) o documento declarado com WCAG diz que:

[...] faz parte de uma série de diretivas de acessibilidade, publicadas pela Iniciativa

para a acessibilidade da Web. Dessa série fazem parte as diretivas para a

acessibilidade de agentes do utilizador [...] e as diretivas para a acessibilidade de

ferramentas de criação de conteúdo [...].

2.4.1 Níveis de prioridade e Conformidade

De acordo com a W3C (1999) prioridade são pontos que os criadores de conteúdo Web

têm, devem ou podem satisfazer por completo, para isso foram definidos três níveis de

prioridade. A conformidade é definida pelo numero de prioridades que foram satisfeitos.

Segundo o mesmo autor, “A satisfação deste tipo de ponto irá melhorar o acesso a

documentos sediados na Web.”.

28

Segundo a W3C (2002), são definidos critérios de sucesso utilizados em testes de

conformidade onde são definidos três níveis de conformidade1, sendo o primeiro “A”, o

segundo “AA” e o terceiro “AAA”. O Quadro 2 demonstra como é feita a divisão por níveis

de conformidade.

Quadro 2 - Nível de conformidade entre propriedades.

Níveis de Conformidade

Nível de conformidade Requisitos para conformidade

“A” Foram satisfeitos todos os requisitos de

verificação de prioridade 1;

“AA” Foram satisfeitos todos os requisitos de

verificação de prioridades 1 e 2;

“AAA” Foram satisfeitos todos os requisitos de

verificação de prioridades 1, 2 e 3; Fonte: Adaptado de W3C (1999).

Desta forma, se faz necessário satisfazer os três níveis de prioridade para alcançar o

nível de conformidade “AAA” determinado pelo W3C (2002).

Segundo Brasil (2011), através do documento intitulado “Modelo de Acessibilidade em

Governos Eletrônicos” - (e-MAG), para desenvolvermos sítios da web com acessibilidade é

necessário seguir três passos: padrões Web, diretrizes ou recomendações de acessibilidade e

realizar a avaliação de acessibilidade.

2.4.2 Padrões Web de Acessibilidade

Segundo Queiroz (2009) “Os Padrões web sempre estão associados ao código da página

web e às recomendações do W3C especificadas para ele.”.

De acordo com Brasil (2011) “Para se criar um ambiente online efetivamente acessível

é necessário, primeiramente, que o código esteja dentro dos padrões Web internacional

definido pelo W3C.”.

Segundo especificações do W3C (1999), definir padrões web, é garantir qualidades

técnicas e editorias, padronizando e obtendo apoio de desenvolvedores através de um

processo projetado para maximizar o uso da linguagem “Hyper Text Markup Linguage”

(HTML) e “Cascading Style Sheets” (CSS), promovendo acessibilidade.

1

Os requisitos para atender os níveis de conformidade podem ser encontrados em:

29

De acordo com Brasil (2011) pode-se conhecer as boas praticas para o desenvolvimento

dos padrões adotados pelo governo brasileiro, através da cartilha e-MAG de codificação

disponível em: <http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-MAG >.

2.4.3 Diretrizes para acessibilidade Web

De acordo com o W3C (1999), as diretrizes de acessibilidade são normas e boas

praticas adotadas por desenvolvedores para o desenvolvimento de sítios eletrônico. De forma

mais especifica, Brasil (2011) diz ainda que “As diretrizes ou recomendações de

acessibilidade explicam como tornar o conteúdo Web acessível a todas as pessoas,

destinando-se aos criadores de conteúdo Web [...] e aos programadores de ferramentas para

criação de conteúdo. [...].”.

Segundo o mesmo autor, “Em nível nacional, o e-MAG é o documento que contém as

diretrizes ou recomendações que norteiam o desenvolvimento de sítios e portais acessíveis.”.

A classificação das recomendações2 de acessibilidade sem determinar prioridades entre elas,

pois todas devem ser seguidas, são: Marcação, Comportamento (DOM),

Conteúdo/Informação, Apresentação/Design, Multimídia, Formulário.

De acordo com o W3C (1999), dentro da WCAG 1.0 foi definido quatorze diretrizes

3para padronizar o conteúdo acessível em sítios da web. As diretrizes determinadas pela W3C

(1999) são: Fornecer alternativas equivalentes ao conteúdo sonoro e visual, Não recorrer

apenas à cor, Utilizar corretamente anotações e folhas de estilo, Indicar claramente qual a

língua utilizada, Criar tabelas passíveis de transformação harmoniosa, Assegurar que as

páginas dotadas de novas tecnologias sejam transformadas harmoniosamente, Assegurar o

controle do utilizador sobre as alterações temporais do conteúdo, Assegurar a acessibilidade

direta de interfaces do utilizador integradas, Pautar a concepção pela independência face a

dispositivos, Utilizar soluções de transição, Utilizar as tecnologias e as diretrizes do W3C,

Fornecer contexto e orientações, Fornecer mecanismos de navegação claros, Assegurar a

clareza e a simplicidade dos documentos.

2

Tais recomendações encontram-se detalhadas no portal: <http://epwg.governoeletronico.gov.br/cartilha-

codificacao#s3>.

3 A definição completa das diretrizes pode ser encontrada no endereço:

<http://www.w3.org/TR/WCAG10/#Guidelines>.

30

Portanto, seguir os padrões Web definidos pela W3C é de fundamental importância para

tornar o portal acessível em diferentes plataformas.

Segundo Nielsen e Loranger (2007) “Para Websites, compatibilidade com varias

plataformas significa a capacidade de trabalhar em diferentes navegadores, não apenas em

diferentes computadores.”.

De acordo com o mesmo autor, a solução para tal problema é a utilização de Layout

Fluido que é definido por ele como “[...] uma página da Web em que janelas são expandidas e

contraídas de modo que essa página sempre tenha exatamente a mesma largura do navegador,

nem mais nem menos.”.

3 METODOLOGIA

Essa seção contem informações acerca da metodologia utilizada para a realização de

técnicas de analise contextual, assim como, o desenvolvimento e a aplicação das avaliações de

acessibilidade e usabilidade, que determinará o publico alvo do portal, e quais pontos

relacionados à usabilidade necessitam de melhorias.

3.1 Técnicas de analise contextual

Para a realização dessa pesquisa serão utilizadas técnicas para definir o grau de

usabilidade e acessibilidade do portal, com o intuito de sugerir melhorias significativas que

agregarão valores aos produtos e serviços fornecidos pelo portal.

Segundo Nielsen (2007), “Algumas questões são tão especificas do seu site que não são

abrangidas em nenhum relatório. Essa é a razão pela qual você sempre precisa conduzir testes

com seus próprios usuários.”.

Entre as diversas técnicas desenvolvidas por pesquisadores de grande prestigio na área

de usabilidade, será utilizado para está pesquisa algumas das técnicas descritas por Cybis

(2010) em seu livro “Ergonomia e Usabilidade”. Sendo: Questionário de satisfação e

Observação do usuário, duas das técnicas apresentadas que serão utilizadas nesta pesquisa.

Para a avaliação de acessibilidade será realizado testes com o software ASES, e em

seguida realizado um teste manual para verificar se o portal está em conformidade com o

checklist disponibilizado pelo portal do governo eletrônico.

31

3.1.1 Questionário de satisfação

Segundo Cybis (2010) este questionário é definido com perguntas e respostas

predefinidas, permitindo um resultado quantitativo acerca das respostas obtidas. A aplicação

de questionários de satisfação aplica-se principalmente em locais com usuários experientes,

formando assim um conjunto de informações relevantes sobre aspectos satisfatórios e

insatisfatórios.

A recomendação definida por Cybis (2010) é a padronização de um questionário que

possibilita a comparação entre sistemas diferentes e/ou versões diferentes de um mesmo

software. Entre os questionários de satisfação mais conhecidos, destaca-se o questionário

ISONORM 9241:104, em alternativa, Medeiros (1999) desenvolveu a versão em português do

questionário.

O questionário será aplicado a funcionários da instituição que utilizam constantemente o

portal, será realizado um levantamento do grau de experiência do usuário para com a internet

e um levantamento dos pontos positivos e negativos do portal, que possuir relevância para

com o projeto.

Para esta pesquisa foi desenvolvido um questionário baseado na versão apresentada por

Medeiros (1999) da ISONORM 9241:10.

3.1.2 Observação do usuário

A técnica de observação do usuário constitui de um pesquisador observando e tomando

notas enquanto o usuário trabalha. É de grande importância o usuário saber que não está

sendo avaliado, pois, a má compreensão poderá interferir no fluxo de seu trabalho e nos

resultados do teste.

O teste será realizado com pessoas que desconhecem ou pouco conhece o portal, através

de tarefas apresentadas em fichas ou cartões. Um observador analisando os processos

realizados pelo usuário e tomando notas de suas ações.

3.1.3 Testes de acessibilidade

Segundo (BRASIL, 2011) “Após a construção do ambiente online de acordo com os

padrões Web e as diretrizes de acessibilidade, é necessário testá-lo para garantir sua

4 Disponível em <http://www.ergo-

online.de/site.aspx?url=html/software/verfahren_zur_beurteilung_der/fragebogen_isonorm_online.htm>

32

acessibilidade. No caso dos padrões Web, há um validador automático disponibilizado pelo

próprio W3C”.

De acordo com a WCAG há a necessidade de avaliar a acessibilidade através de

softwares validadores, de forma mais clara declara que:

A validação da acessibilidade deve ser feita por meio de ferramentas automáticas e

da revisão direta. Os métodos automáticos são geralmente rápidos, mas não são

capazes de identificar todas as vertentes da acessibilidade. A avaliação humana pode

ajudar a garantir a clareza da linguagem e a facilidade da navegação. (W3C, 1999,

p.19)

Segundo o Brasil (2011) o “Avaliador e Simulador de Acessibilidade de Sítios” -

(ASES), uma ferramenta para avaliar acessibilidade através de simulações, torna possível o

uso de acessibilidade em sítios governamentais.

Segundo o mesmo autor “A validação manual é necessária porque nem todos os

problemas de acessibilidade em um sítio são detectados mecanicamente pelos validadores.”.

Para isso utilizamos o Checklist5do “Manual de Acessibilidade – Desenvolvedores”.

Portanto, para garantir a acessibilidade de um produto, a avaliação deverá ser realizada

através de software, para avaliar o código, e manual, para certificar que todos os critérios

foram satisfeitos.

4 PROTÓTIPO

Essa seção contem informações acerca do desenvolvimento do protótipo, ferramentas e

técnicas utilizadas em sua criação.

4.1 Ferramentas utilizadas

Para o desenvolvimento do protótipo foi utilizado o software Adobe Dreanweaver com

as linguagens HTML, XHTML, CSS e JavaScript ;

4.2 Layout Principal

O Layout principal foi desenvolvido baseando-se no Layout original do portal, seguindo

padrões e técnicas de Usabilidade proporcionando um nível de acessibilidade aceito pelos

padrões do e-MAG.

5

O Checklist pode ser encontrado no endereço: <http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-

projetos/e-MAG/material-de-apoio>.

33

4.2.1 Layout Original

O Layout original possui uma largura fixa de 960px, imagem de topo inteira, dois

menus sendo um vertical e outro horizontal, um banner rotativo desenvolvido em Flash,

campo de noticias e um conjunto de imagens com links para páginas que não são encontradas

nos menus principais. No rodapé encontra-se apenas o ano de desenvolvimento do portal e a

quem pertence os direitos da página, como pode ser visto na Figura 7;

Figura 7 – Layout atual do portal do Senac/AL

Fonte: Senac – Departamento regional de alagoas (2012)

34

4.2.2 Layout Principal do Protótipo

Como visto na Figura 8, o Layout principal do protótipo foi desenvolvido seguindo as

diretrizes de usabilidade de Nielsen e diretrizes do Governo Eletrônico apresentado no

capitulo dois deste documento, estruturando o portal de forma lógica e clara.

Figura 8 – Layout principal do protótipo

Fonte: Propria (2013)

O Layout passou a ter fluidez, onde a largura mínima é de 800px e máxima de 1500px,

com visualização do portal em 97% da tela, possibilitando a navegação em diferentes tipos de

aparelhos e telas. Para o desenvolvimento deste recurso foi utilizado apenas HTML e CSS

como o exemplo definidos pelo código CSS demostrado abaixo.

.conteiner{

width: 97%;

max-width: 1500px;

35

min-width: 800px;

}

4.2.3 Topo do site

O topo foi desenvolvido seguindo padrões de usabilidade e acessibilidade, com o

logotipo da empresa no canto superior esquerdo e um mecanismo de busca no lado direito,

com visto na Figura 9.

Figura 9 – topo do protótipo

Fonte: Propria (2013)

A logo apresentada na Figura 9 foi inseridas diretamente no HTML e codificadas

seguindo padrões de acessibilidade demonstrada no código:

<a href="index.htm"><img src="img/logo.png" alt="logo Senac" /></a>

No trecho de código acima encontramos a inserção da logo detalhada com “alt”, que

segundo Brasil (2011), toda a imagem inserida no HTML deve conter um trecho de texto

explicativo no caso da imagem não poder ser exibida.

4.2.4 Menus

O portal deixou de possuir dois menus para englobar todas as funcionalidades em um

único menu, simplificando sua navegação como visto na Figura 10.

Figura 10 – Menu principal do protótipo

Fonte: Propria (2013)

O menu principal foi desenvolvido com HTML, CSS e JQUERY6 . Que possibilitou o

desenvolvimento de um menu interativo e de fácil compreensão, como visto na Figura 11.

6 Biblioteca JavaScript.

36

Figura 11 – Menu selecionado do protótipo

Fonte: Propria (2013)

Com a navegação do portal subdividida em blocos, a navegação torna-se de fácil

compreensão para o usuário, facilitando seu aprendizado e possibilitando uma satisfação

subjetiva.

4.2.5 Banner rotativo

O Banner rotativo ou carrossel, visto na Figura 12, diferente do portal original que

possui um banner em Flash e obrigatoriamente necessita ter o Flash Play instalado no

navegador, foi desenvolvido em HTML, CSS e JavaScript possibilitando sua execução

independente de softwares instalados no navegador, tornando-o acessível à maioria dos

navegadores atuais.

Figura 12 – Banner rotativo do protótipo

Fonte: Propria (2013)

O Banner está presente antes da dobra, pois representa parte do conteúdo principal da

tela inicial que fará a divulgação dos cursos e os principais eventos da instituição. Cada

37

imagem do Banner possui uma definição e uma caixa de texto que possibilita detalhar através

de um texto, o conteúdo que abrirá com esta imagem.

4.2.6 Imagens

As imagens inseridas no portal seguem padrões de acessibilidade, com texto alternativo

à ser usado no caso da imagem não carregar, como é visto no código <img src="img/2.JPG"

alt="Eventos no Senac" >, onde o atributo “alt” descreve a imagem.

4.2.7 Links

Os links internos seguem os padrões de usabilidade na cor azul e quando selecionados

passam para a cor vermelha.

4.2.8 Rodapé

O rodapé possuir um menu dando acesso as principais páginas do portal, conhecido

como “mapa do site”, que auxilia a navegação dentro do portal.

Possui também os principais telefones da instituição como visto na Figura 13.

Figura 13 – Rodapé do protótipo

Fonte: Propria (2013)

Tais links e opções de contato, tornam-se requisitos básicos de usabilidade, pois facilita

a navegação do usuário e disponibiliza uma forma de entrar em contato da instituição em

todas as páginas do portal.

4.2.9 páginas internas

Como visto na Figura 14 e Figura 15, as páginas internas do portal seguiram um mesmo

padrão, com um menu na lateral esquerda, direcionando par páginas com o mesmo foco de

assunto.

38

Figura 14 – página institucional do protótipo

Fonte: Propria (2013)

Figura 15 – Página de cursos de informática do protótipo

Fonte: Propria (2013)

39

A Figura 15 demonstra a forma como foi feita a distribuição dos cursos, cada um com

suas informações principais e um botão direcionando para outra página, onde está detalhada

campo de atuação, estrutura do curso, carga horária, datas de inicio e termino, turno,

professores e outras informações relevantes a cada cursos específicos.

4.2.10 Acessibilidade

As páginas foram desenvolvidas com um contraste entre pano de fundo e primeiro

plano, com fluidez sem perda de funcionalidade entre 800px e 1500px, as imagens persentes

no HTML estão com à alternativa de texto caso mão seja possível sua visualização no

navegador e as páginas estão divididas em blocos, facilitando a navegação através do teclado.

5 TESTES

Essa seção contem informações referentes ao perfil dos usuários testados e o resultado

dos testes aplicados.

5.1 Plano de teste

Os testes aplicados seguiram duas linhas distintas de usuários, onde o foco principal foi

determinar o quão funcional é o portal e quais pontos necessitam melhorias para garantir a

eficácia, a eficiência e a satisfação do usuário. Deste modo foi realizado um teste através de

questionário de satisfação com funcionários da instituição e testes com observação assistida

do usuário.

5.2 Questionários de satisfação

O questionário de satisfação foi desenvolvido com a ferramenta de formulários

encontrada no Google Drive, e encaminhada para o e-mail coorporativo da instituição, com o

intuito de levantar informações sobre o layout e a forma com que funcionários utilizam o

portal, suas dificuldades em realizar tarefas e sua confiança no portal.

O questionário foi desenvolvido baseando-se na ISONORM 9241:10, sendo adotado

notas de 1 (um) à 7 (sete) por quesito avaliado, como visto na Figura 16.

40

Figura 16 – Exemplo de pergunta do questionário de satisfação

Fonte: Propria (2013)

Onde 1 (um) representa o grau mais difícil, ruim ou confuso, e 7 (sete) representa o grau

mais fácil, bom e claro dos quesitos avaliados.

5.2.1 Perfil dos usuários

O questionário foi aplicado com funcionários da instituição entre 20 e 60 anos, foi

encaminhado para um grupo de pessoas deixando claro que sua participação é sigilosa e não

obrigatória, apenas com o intuito de levantar dados para a pesquisa.

Dos usuários que responderam a pesquisa, 53% têm entre 30 e 40 anos, como visto no

gráfico 1 e 83% possuem ensino superior completo representados no Gráfico 2, sendo 60% do

sexo masculino e 40% do sexo feminino como visto na Gráfico 3.

Gráfico 1 – Facha etária

Fonte: Propria (2013)

0%

40%

53%

7% Facha etária

Até20 anos entre 20 e 30 anos

entre 30 e 40 anos Mais de 40 anos

41

Gráfico 2 - Grau de instrução

Fonte: Propria (2013)

Gráfico 3 - Sexo

Fonte: Propria (2013)

Dos usuários participantes, 90% utilizam computador a mais de três anos e 80%

acessam internet a mais de três anos com vistos nos gráficos 4 e 5.

0%

0% 0% 0%

13%

87%

Grau de instrução

FundamentalIncompleto

Fundamental Completo

Médio Incompleto

Médio Completo

Superior Incompleto

Superior Completo

60%

40%

Sexo

Masculino Feminino

42

Gráfico 4 - Quanto tempo utiliza computador

Fonte: Propria (2013)

Gráfico 5 - Quantas horas por dia utiliza a internet

Fonte: Propria (2013)

Com tais informações torna-se relevante os resultados obtidos no questionário de

satisfação, visto que, os usuários participantes possuem um bom grau de instrução e

experiência considerada relativamente alta no acesso a internet e uso do computador.

0% 10% 0%

90%

Quanto tempo utiliza computador

Atá 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 2 e 3 anos Mais de 3 anos

20%

0% 0%

0%

80%

Quantas horas por dia utiliza a internet

Até 1 hora Entre 1 e 2 horas Entre 2 e 3 horas

Entre 3 e 4 horas Mais de 4 horas

43

5.2.3 Avaliação do usuário

No quesito Layout (sequência, alinhamento, espaçamento e visualização dos campos na

tela), 67% dos usuários deram notas abaixo de 4 (Quatro), levando em consideração que,

quanto menor a nota mais difícil, ruim ou confuso é o quesito, a avaliação do Layout pode ser

considerada no mínimo confusa perante os usuário, como destaca o gráfico 6.

Gráfico 6 - Layout: sequencia, alinhamento, espaçamento e visualização dos campos na tela

Fonte: Propria (2013)

No quesito Utilização (facilidade de navegação, agilidade e praticidade), 73% dos

usuários demostraram um desconforto como visto no Gráfico 7, apresentando notas entre 1

(um ) e 4 (quatro).

Gráfico 7 - Utilização: facilidade de navegação, agilidade e praticidade

Fonte: Propria (2013)

Desta forma evidencia uma insatisfação do usuário ao navegar pelo portal, para Krug

(2008), a regra primordial de usabilidade é “Não me faça pensar”, segundo o mesmo autor, a

facilidade e a praticidade de navegação influencia na permanência do usuário em seu portal.

67%

33%

Layout: sequência, alinhamento, espaçamento e visualização dos campos na tela

Notas até 4

Notas acima de 4

73%

27%

Utilização: facilidade de navegação, agilidade e praticidade

Notas até 4

Notas acima de 4

44

Sobre o conforto do usuário ao utilizar o portal (cores, tamanho dos caracteres,

entendimento dos comandos/funções), 67% dos usuários deram notas até quatro, compreende-

se então que não estão satisfeitos com cores e tamanho dos caracteres e comandos como visto

no Gráfico 8.

Gráfico 8 - Conforto, cores, tamanho dos caracteres, entendimento dos comandos/funções

Fonte: Propria (2013)

Segundo Nielsen e Loranger (2007, pag. 214) “A tipografia e os esquemas de cores

corretos são componentes essenciais de bom design visual [...]”.

Com a avaliação de tais requisitos e os resultados obtidos, fica evidente a insatisfação

do usuário com o portal atual e a necessidade de prover melhorias para facilitar o acesso e

proporcionar um melhor desempenho, buscando sempre a eficácia, eficiência e a satisfação do

usuário.

5.3 Observações do usuário

Segundo Cybis (2010, pag. 220), “Os testes de usabilidade têm como foco de avaliação

a qualidade das interações que se estabelecem entre usuários e o sistema”.

Para a realização dos testes, foram criados cartões com tarefas a serem realizadas no

portal, e aplicados em duas etapas, primeiro foi testado o portal atual, tendo como foco as

informações mais relevantes para os alunos da instituição.

O mesmo teste foi aplicado no protótipo desenvolvido seguindo diretrizes de

usabilidade e acessibilidade, visto no capitulo dois.

67%

33%

Conforto: cores, tamanho dos caracteres, entendimento dos comandos/funções

Notas até 4

Acima de 4

45

Ambos os teste foram aplicador em um computador com processador I7, 6 Giga Bytes

de memória RAM, sistema operacional Windows 7, Navegadores Firefox e Google Chrome

com a ultima versão do Flash Player instalada.

5.3.1 Perfil do observador

O avaliador deve possuir conhecimentos sobre os fundamentos básicos da engenharia de

usabilidade, ser imparcial e não interferir o usuário durante a execução do teste, tomando

notas e memorizando os principais fatos ocorridos durante as tarefas.

5.3.2 Perfil dos usuários observados

Os usuários testados são participantes de alguns dos programas oferecidos pele

Senac/AL, entre os usuários testados, como visto no Gráfico 9, 60% pertence a faixa etária

entre 20 e 40 anos, os outros 40% entre 15 e 20 anos.

Gráfico 9 – Facha etária dos usuários observados

Fonte: Propria (2013)

Como o apresentado no Gráficos 10, 100% dos usuários avaliados tem acesso a

computador e internet a mais de três anos.

60%

40%

Facha etária

Masculino

Feminino

46

Gráfico 10 - Acesso a computador e internet dos usuários observados

Fonte: Propria (2013)

Sendo relevante para a pesquisa sua forma de navegar no portal, e a facilidade

encontrada para atingir os objetivos propostos.

5.3.3 Resultados observados no portal atual

As tendências observadas através dos testes de usabilidade mostram que 80% dos

usuários buscam primeiro as informações nos menus principais. Tarefas na qual se tem a

necessidade de utilizar links que estão presentes apenas após a dobra da página, necessitaram

de um tempo maior para serem realizada.

Os testes também mostraram que links que direcionam para uma imagem ou um arquivo

PDF, onde se encontra informações relevantes para o usuário, não são funcionais, pois,

dependendo da resolução do documento, os usuários testados apresentaram dificuldades

consideráveis na leitura de informações necessárias para a realização da tarefa. Neste mesmo

quesito, observou-se a ausência de informações referentes ao tipo de arquivo e a forma com

que poderá ser acesso, através de download ou no próprio navegador.

Outra questão levantada nos testes foi à ausência de informações para contato na página

“Fale conosco”, como telefone, endereço, e-mail, etc.

Portanto, mediante o resultado dos testes apresentado, se torna evidente a necessidade

de melhorias visando facilitar a forma com que usuários acessam o portal.

100%

Acesso a computador e internet

Mais de três Anos

47

5.3.4 Resultados observados no protótipo

Em testes aplicados no protótipo, percebe-se que as mudanças na página iniciar mostrou

surtir efeitos significativos na navegação. A concentração dos links em apenas um menu

dividido em blocos de acesso, atendeu as necessidades de navegação facilitando o acesso a

todas as páginas do portal.

A implantação de um mecanismo de busca se mostrou eficaz e de grande importância

no portal.

O mapa do site encontrado no rodapé do portal se mostrou de grande ajuda para a

navegação dentro do portal, assim com, menus localizados nas páginas internas do portal,

possibilitando a navegação dentro da mesma área de conteúdo.

A forma com que os cursos ofertados estão disponíveis por área de atuação, assim

como, as informações referentes ao curso estão disponíveis em uma página sobre o curso,

facilitou busca e esclareceu duvidas como área de atuação e os requisitos para ingressar no

curso ofertado.

5.4 Testes com ASES

O teste com ASES foi aplicado na página inicial do portal, levantando diversos avisos

de prioridade um, dois e três, também apresenta erros de prioridade um, dois e três como visto

na Figura.

Figura 17 – Avaliação com ASES

Fonte: Propria (2013)

Os principais avisos e erros a serem solucionados a fim de definir um grau mínimo de

acessibilidade encontrados através do ASES são:

Oferecer contraste mínimo entre plano de fundo e primeiro plano.

Não utilizar apenas cor ou outras características sensoriais para diferenciar

elementos.

Disponibilizar documentos em formatos acessíveis.

Fornecer alternativas em texto para as imagens do sitio.

Assegurar o controle do usuário sobre as alterações temporais do conteúdo.

48

Disponibilizar todas as funções da página via teclado.

Permitir redimensionamento sem perda de funcionalidade.

Dividir grandes blocos de informação.

Atender a estes quesitos aumentará consideravelmente o grau de acessibilidade do

portal.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

È notável que a criação de um portal sem requisitos de usabilidade e sem se preocupar

com a acessibilidade, possui algum problema, seja na navegação ou na compreensão do

conteúdo, sendo assim, considerar métodos para a implantação de usabilidade e técnicas de

acessibilidade, torna-se útil na criação de portais, e possibilita uma fácil compreensão do

usuário em sua navegação.

Por se tratar de um portal educacional, focado na formação de profissionais, a

usabilidade e a acessibilidade faz com que o usuário com pouca experiência em navegar na

Web, encontre as informações que necessita para ingressar em cursos oferecidos na

instituição, obtendo um aprendizado cognitivo dos recursos oferecidos no portal.

No decorrer da pesquisa percebe-se que para haver usabilidade é necessário ter

acessibilidade, e utilizar diretrizes recomendadas, assim como a heurística, possibilita a

criação de um portal com usabilidade e acessibilidade necessária para a fácil navegação e

compreensão de todos.

Diante das questões levantadas até aqui, pode-se observar que criar um portal acessível

e de fácil entendimento, com seu desenvolvimento centrado no usuário, possibilita uma

melhor compreensão do usuário final. O desenvolvimento do protótipo foi de fundamental

importância, possibilitando avaliações heurísticas e comprovando sua eficiência.

49

REFERÊNCIAS

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Usabilidade, Rio de janeiro, 2000.

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BRASIL, M. D. P. O. E. G. S. D. L. E. T. D. I. e-MAG - Modelo de Acessibilidade em Governo Eletronico.

Brasília: MP, SLTI, 2011.

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NIELSEN, ; LORANGER, H. Usabilidade na Web. [S.l.]: CAMPUS, 2007.

50

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W3C. Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.0. W3C Recommendation, 2008. Disponivel

em: <http://www.w3.org/TR/WCAG20/>. Acesso em: 7 Setembro 2013.

51

ANEXO

52

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO

Questionário de satisfação aplicado a funcionários da instituição

53

54

55

56

57

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO

Questionário utilizado no teste com observação do usuário

Acesse www.al.senac.br;

Encontre o telefone da central de atendimento;

Vejam quais foram os últimos cursos oferecidos pelo PRONATEC;

Quais são os cursos de informática que irão iniciar este ano;

Quais documentos são necessários para realizar cadastro na Biblioteca?