proposta de correção manual pag 50

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3. McNamara desafia a morte, logo é corajoso, aventureiro e gosta de adrenalina; é bem-humorado, quando diz que, como tem três filhos, deixou de desejar fazer ondas de 30 metros e passou a sonhar com as de 35 metros; começou a “fazer ondas grandes” aos dezasseis anos, incentivado por um colega. Os nazarenos atribuem-lhe diferentes nomes e alguns acham que ele é doido e que “qualquer dia vai ser partido ao meio”, mas reconhecem que trouxe benefícios para a vila: “agora [a Nazaré] já é a terra do MacNamara, da onda”. O fenómeno que origina as ondas grandes da Nazaré é o designado “canhão da Nazaré”. Trata-se de um “desfiladeiro submarino”, um fenómeno que tem a sua origem a cerca de 200 quilómetros da praia. Em pleno Oceano Atlântico, o “canhão” tem uma profundidade de 5 quilómetros. À medida que se aproxima da praia, vai estreitando “como um funil que empurra as ondas em direção à costa”; o conjunto de correntes na zona costeira é um segundo mecanismo que explica o desenvolvimento destas grandes ondas.

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Page 1: Proposta de correção manual pag 50

3. McNamara desafia a morte, logo é corajoso, aventureiro e gosta de

adrenalina; é bem-humorado, quando diz que, como tem três filhos, deixou de

desejar fazer ondas de 30 metros e passou a sonhar com as de 35 metros;

começou a “fazer ondas grandes” aos dezasseis anos, incentivado por um

colega.

Os nazarenos atribuem-lhe diferentes nomes e alguns acham que ele é doido e

que “qualquer dia vai ser partido ao meio”, mas reconhecem que trouxe

benefícios para a vila: “agora [a Nazaré] já é a terra do MacNamara, da onda”.

O fenómeno que origina as ondas grandes da Nazaré é o designado “canhão da

Nazaré”. Trata-se de um “desfiladeiro submarino”, um fenómeno que tem a

sua origem a cerca de 200 quilómetros da praia. Em pleno Oceano Atlântico, o

“canhão” tem uma profundidade de 5 quilómetros. À medida que se aproxima

da praia, vai estreitando “como um funil que empurra as ondas em direção à

costa”; o conjunto de correntes na zona costeira é um segundo mecanismo que

explica o desenvolvimento destas grandes ondas.