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IBSN: 978-85-7282-778-2 Página 1 PROPOSTA DE CENTROS TURISTICOS NOS MUNICÍPIOS PERTENCENTES AO CORREDOR ECOLÓGICO DA QUARTA COLÔNIA, RIO GRANDE DO SUL BRASIL Richard Kohler Marczewski (a) , André Weissheimer de Borba (b) (a) Mestrando do Programa de Pós Graduação em Geografia, UFSM, [email protected] (b) Professor Doutor do Departamento de Geociências, UFSM, [email protected] Eixo: Territorialidades, conflitos e planejamento ambiental Resumo A quarta colônia de imigração Italiana no RS Brasil possui diversos condicionantes para o seu desenvolvimento local e regional. Esse território possui fortes marcas culturais, associadas também às condições ambientais, que favorecem uma estratégia de desenvolvimento sustentável. Através de politicas públicas, se instaurou o Corredor Ecológico Quarta Colônia, com foco na preservação de remanescentes naturais, juntando-se os municípios da Quarta Colônia a Santa Maria e Itaara. Com esta área de estudo, buscou-se aplicar conceitos desenvolvidos na Europa, ainda na década de 1970, para avaliação de centros turísticos destinados a nuclear ações para desenvolver a região como um todo nas relações físicas e humanas. Através de uma abordagem sistêmica se utilizou de conceitos do turismo e da geografia para um resultado em comum. Como resultados, Santa Maria é visualizada como centro pioneiro, e os municípios de Agudo, Faxinal do Soturno, Nova Palma, Restinga Seca e Silveira Martins como centros pioneiros periféricos. Palavras chave: Quarta Colônia. Centros Turísticos. Corredor Ecológico.

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IBSN: 978-85-7282-778-2 Página 1

PROPOSTA DE CENTROS TURISTICOS NOS MUNICÍPIOS PERTENCENTES

AO CORREDOR ECOLÓGICO DA QUARTA COLÔNIA, RIO GRANDE DO SUL –

BRASIL

Richard Kohler Marczewski (a)

, André Weissheimer de Borba (b)

(a) Mestrando do Programa de Pós Graduação em Geografia, UFSM, [email protected]

(b) Professor Doutor do Departamento de Geociências, UFSM, [email protected]

Eixo: Territorialidades, conflitos e planejamento ambiental

Resumo

A quarta colônia de imigração Italiana no RS – Brasil possui diversos condicionantes

para o seu desenvolvimento local e regional. Esse território possui fortes marcas culturais,

associadas também às condições ambientais, que favorecem uma estratégia de

desenvolvimento sustentável. Através de politicas públicas, se instaurou o Corredor Ecológico

Quarta Colônia, com foco na preservação de remanescentes naturais, juntando-se os

municípios da Quarta Colônia a Santa Maria e Itaara. Com esta área de estudo, buscou-se

aplicar conceitos desenvolvidos na Europa, ainda na década de 1970, para avaliação de

centros turísticos destinados a nuclear ações para desenvolver a região como um todo nas

relações físicas e humanas. Através de uma abordagem sistêmica se utilizou de conceitos do

turismo e da geografia para um resultado em comum. Como resultados, Santa Maria é

visualizada como centro pioneiro, e os municípios de Agudo, Faxinal do Soturno, Nova

Palma, Restinga Seca e Silveira Martins como centros pioneiros periféricos.

Palavras chave: Quarta Colônia. Centros Turísticos. Corredor Ecológico.

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1. Introdução

Diante da atual valorização do meio ambiente, da cultura e do turismo, emergem

possibilidades de associação e aplicação destes, enquanto elementos constituintes da

paisagem, nas atividades de planejamento e desenvolvimento territorial. O agente que torna

essa relação possível é o ser humano, o qual, através da modificação do espaço, cria novas

paisagens, assim modificando o seu meio e o adaptando para seu modo de vida, bem como

para suas necessidades. La Blache (1921 apud Nardi, 2006, p.2) diz que o ser humano fez um

meio para seu uso, tornando-se caçador, pescador, agricultor; ele é tudo isso graças a uma

combinação de instrumentos que são sua obra pessoal, sua conquista, aquilo que juntou por

sua iniciativa à criação. Por sua vez, Bessa (2011) salienta que os grupos humanos, ao longo

de sua história, foram construindo sobre a natureza objetos que se acumularam ao longo do

tempo, e assim construíram um patrimônio cultural da humanidade. Essa contínua relação

“sociedade e natureza”, que resulta na construção da paisagem e na progressiva aquisição de

caráter patrimonial pelos objetos naturais e culturais, proporciona antigas e novas formas de

desenvolvimento. Paisagens desenhadas pela agricultura, pecuária e extrativismo hoje são

objeto de exploração por uma nova tendência: o turismo, que se destaca como uma das

“indústrias” que mais crescem mundialmente.

A Quarta Colônia de Imigração Italiana no Rio Grande do Sul (antiga Colônia Silveira

Martins) é marcada por esta relação da sociedade modificando o ambiente e o transformando

para atender suas necessidades. Conforme Reis (1998), a Quarta Colônia foi criada pelo

Governo Imperial, na região centro-oeste do Estado, entre Santa Maria e Cachoeira do Sul,

para receber imigrantes vindos do norte da Itália, sobretudo das regiões italianas de Udine,

Gemona, Veneza e Polêsine. Os primeiros imigrantes chegaram à região em 1877. A partir

destes processos, as marcas da colonização começaram a surgir através da sua arquitetura,

costumes, culinária e religiosidade, ou seja, aspectos materiais e imateriais da cultura. Nardi

(2006) salienta que, com o tempo, o espaço foi sendo humanizado pela ação do trabalho do

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imigrante, que interferia no meio ambiente, organizando e adaptando este meio a seu modo de

vida, através das práticas agrícolas e da construção da casa, foi anexando e impregnando o

espaço com as marcas e formas de seu processo civilizatório. Rodrigues (2005) ressalta que a

paisagem pode ser um recurso turístico valiosíssimo, pois é ela que determina que um local

seja mais ou menos turístico atribuindo, assim, à paisagem o poder de diferenciação de um

destino frente a outros e, ainda, o seu nível de atratividade.

Hoje, o território da Quarta Colônia engloba os atuais municípios de Silveira

Martins, São João do Polêsine, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma e

Pinhal Grande. O presente trabalho possui, como recorte espacial, o chamado “Corredor

Ecológico da Quarta Colônia” que, além dos municípios da Quarta Colônia, também engloba

os limites territoriais de Santa Maria e Itaara (Figura 1). O Sistema Nacional de Unidades de

Conservação (SNUC) confere aos Corredores Ecológicos a função de ser um espaço do

território onde haja a “integração das diferentes atividades de preservação da natureza, uso

sustentável dos recursos naturais, restauração e recuperação dos ecossistemas”. O Corredor

Ecológico da Quarta Colônia, instituído pela Portaria SEMA 143/2014, faz parte de um

projeto do Estado do Rio Grande do Sul, o qual tem o intuito de proporcionar uma ferramenta

de gestão territorial, para promover a conservação da biodiversidade por meio de estratégias

que mantenham ou recuperem processos ecológicos e que promovam conectividade entre

unidades de conservação e remanescentes de vegetação nativa.

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Figura 1: Mapa de Localização do Corredor Ecológico da Quarta Colônia, área de estudo do presente trabalho.

Fonte: Marczewski, R.K. 2018.

Diante do panorama natural e cultural da área de estudo, e sob a ótica geográfica da

relação “sociedade e natureza”, busca-se neste trabalho aplicar os conceitos de Miossec

(1977), que tratam da criação de centros turísticos conectados por vias rodoviárias, na área do

Corredor Ecológico da Quarta Colônia. A criação ou definição de centros turísticos nesta área

de estudo, proporciona a integração do espaço por meio do turismo, dando assim um uso

sustentável dos recursos e proporcionando a conscientização ambiental e cultural da região.

Essas condições naturais que a região proporciona são fatores importantes para o

desenvolvimento dos objetivos do trabalho para a proposta dos centros turísticos

Tendo em vista as potencialidades da área de abrangência do Corredor Ecológico da

Quarta Colônia, o presente trabalho tem como objetivo geral discutir a contribuição, para a

ciência geográfica, da proposta de criação de centros turísticos, para que possa existir um

desenvolvimento local da região, aliado a iniciativas de preservação e uso sustentável.

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2. Metodologia

Tendo em vista o caráter integrador e de inter-relação entre os elementos no estudo

turístico e geográfico, este trabalho foi realizado com uma metodologia de caráter sistêmico,

visando compreender as relações entre o turismo, geografia, sociedade e natureza. Assim,

anteriormente à execução do trabalho, realizou-se um levantamento bibliográfico visando

conhecer melhor os assuntos abordados na proposta dos centros turísticos, bem como

atualizar-se com os estudos realizados anteriormente na mesma área de estudo. Já na

execução do trabalho foram realizadas as etapas de levantamento e produção de dados, a

proposta dos centros turísticos pioneiros, a conectividade entre cada centro e possíveis

medidas de desenvolvimento.

A abordagem da metodologia de Miossec (1977) tem o enfoque na criação de centros

pioneiros para o desenvolvimento de uma região turística. Assim, para a proposta de cada um

dos possíveis centros pioneiros na região da área de estudo, seguiu-se a base metodológica

desse autor, que consiste em diferentes fases, sendo divididos em quatro categorias. As

categorias são referentes à área de estudo, aos meios de transporte, à percepção dos turistas e

à maneira como os agentes locais reagem ou desenvolvem o tema. Este autor aborda a

evolução do espaço a partir de um modelo hipotético-dedutivo que permite explicar a

configuração dos espaços recreativos e turísticos na periferia de grandes núcleos. Também é o

modelo que se articula na base de um sistema concêntrico que traduz as relações econômicas

espaciais entre um foco emissor central e um espaço receptor periférico. Esse autor tem uma

detalhada articulação e fala de uma evolução do espaço, a qual é muito útil para ver os novos

espaços de uma nova área ou de uma área já existente, mas não conhecida. A imagem a seguir

(Figura 2) é um esboço do seu modelo, no qual se podem visualizar, da esquerda para a

direita: o centro turístico em si, os meios de transporte para este centro, a conduta que os

turistas terão e, por fim, atitudes dos encarregados de tomar decisões e da população da região

receptora.

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Figura 2: Modelo de desenvolvimento do espaço turístico de Miossec (1977).

Organização e Tradução: Marczewski, R.K. (2018).

Inicialmente, na chamada “fase zero”, Miossec (1977) considera que possa existir uma

área (a) já atravessada por uma rota ou (b) ilhada de qualquer acesso. Essa última situação

implicaria em não ter acessos ao público, que não adquire uma percepção daquele espaço,

enquanto os agentes locais não o veem como um potencial destino e pensam nele como um

local emissor. Já na “fase um” se cria um centro pioneiro e se inicia a implantação de meios

de locomoção até este, o que passa a gerar uma percepção por parte dos turistas e uma

observação mais otimista dos agentes locais. Já na “fase dois” se tem uma multiplicação dos

centros e uma interligação entre cada um destes, um circuito de excursões pelos centros

turísticos e políticas públicas por parte dos agentes locais. Ainda há um segundo momento

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desta fase: a consolidação total de todos os ambientes, já existindo medidas para limitar o

acesso a tantos turistas, criando zonas de preservação.

Entretanto, para uma melhor adaptação de sua metodologia para o contexto da área de

estudo, vinculado ao Corredor Ecológico, atribuem-se alguns fatores a mais. Destes fatores

adicionais, colocados como critérios para a definição da cidade como centro turístico, um

deles foi a relevância que o município tem em relação aos outros da mesma área de estudo.

Essa relevância se baseia em alguns critérios, como principais conectividades com os meios

exteriores da área de estudo, suas políticas públicas para com o turismo, infraestruturas para o

recebimento deste público, atrativos culturais, sociais e naturais. Também se focou em

desenvolver cada um dos prováveis centros pioneiros em regiões periféricas, conforme

Miossec (1977) sugere.

Assim, se deu preferência aos seguintes critérios: um centro localizado mais ao sul da

área de estudo, outro mais ao norte, ainda um mais a leste e outro a oeste. Também foram

propostos um que fosse a interligação de mais de um centro, este então localizado ao centro

da área de estudo e, por fim, um possível centro pioneiro de caráter histórico para a região.

Destes seis elencados um será o centro pioneiro principal, que é aquele com a melhor

infraestrutura para a recepção dos turistas, pois terá a função de representatividade dos

demais.

Para os atrativos geoturísticos, este estudo se baseou no trabalho da dissertação de

mestrado de Ziemann (2016), o qual se intitula “Estratégias de Geoconservação para a

proposta do Geoparque Quarta Colônia – RS”. A autora fez uma catalogação dos atrativos já

estimados e atualizou com novos pontos, criando uma tabela com cada ponto e sua localidade

bem como seu potencial. No qual este trabalho serviu de base para a determinação dos

atrativos de cada provável centro pioneiro para então a sua classificação.

Para a aplicação da devida metodologia proposta se faz indispensável a interligação de

cada centro por um sistema de transporte. A utilização de estradas e/ou rodovias como

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elementos de desfrute por seu valor paisagístico tem se destacado, tanto em estradas de uso

normal quanto em estradas especialmente desenhadas para o deleite cênico.

Os mapas para a espacialização das informações foram obtidos através de

levantamento de dados no IBGE, banco de dados da SEMA – RS, trabalhos de campo, banco

de dados da FEPAM, foram elaborados através do sistema de informação geográfica (SIG)

ArcGis 10.2, desenvolvido pela empresa ESRI. Os mapas foram elaborados na plataforma

ArcMap do SIG, usando-se de arquivos shapefile obtidos nos bancos de dados, além daqueles

desenvolvidos pelo autor.

3. Resultados e Discussões

Das propostas de centros turísticos para a área de estudo se constatou seis potenciais

centros pioneiros, o primeiro deles a cidade de Santa Maria como centro pioneiro principal,

por ser o município de maior população e conectividade com as áreas exteriores, assim

possuindo uma maior infraestrutura. E os demais cinco centros pioneiros foram considerados

os munícipios de Agudo, Faxinal do Soturno, Nova Palma, Restinga Seca e Silveira Martins.

A figura 3 ilustra o mapa dos potenciais centros turísticos na área do Corredor Ecológico.

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Figura 2: Localização dos Potenciais Centros Turísticos do Corredor Ecológico Quarta Colônia.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Com essas características e informações acerca da área de estudo, se constatou uma

potencialidade turística para a região a ser desenvolvida através de uma proposta de centros

de desenvolvimento pioneiro. Cada centro está localizado em uma região estratégica, a qual

tem sua potencialidade e seu público alvo um pouco mais determinado. Assim, estes centros

pioneiros podem focar em desenvolver a região conforme a sua escala para posteriormente

incitar um processo de expansão conforme a metodologia abordada sugere.

Como o Corredor Ecológico da Quarta Colônia foi planejado e pensado para a

proteção da biodiversidade local, sugere-se aqui que o interesse sociocultural e a história da

Quarta Colônia de imigração italiana sejam adicionados a essa estratégia, no sentido de

estabelecer um futuro plano de gestão para esta área, no qual se possa abordar o turismo como

uma ferramenta de desenvolvimento sustentável para a totalidade do território. As propostas

de centros turísticos seguiram a metodologia apresentada por Miossec (1977), que

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determinava as características que o município deveria ter para ser considerado um potencial

centro.

Cada potencial centro, além de seus atrativos culturais e naturais, atrelados às

condições de infraestrutura, teria que ter acesso a uma rede de transportes, uma ligação

prioritária, e se consolidou através das rotas de acesso de cada município. Essas rotas

interligadas poderão vir a criar uma proposta de estradas paisagísticas para a Quarta Colônia

em estudos futuros, assim desenvolvendo as mesmas, mas com um uso sustentável, para que

se possa explorar esse potencial através de pontos de parada, mirantes e outros atrativos

(atuais e futuros) no decorrer do caminho.

Assim, cada potencial centro, atrelado às potenciais estradas paisagísticas que os

interligaram, tem como meio de desenvolvimento o turismo, principalmente o turismo

alternativo que vem crescendo nas últimas décadas e se configura como aquele turismo mais

focado em pequenos grupos e não nas grandes massas que geram muito impacto sobre o

ambiente. Alguns tipos seriam o cultural, devido aos seus atrativos históricos da imigração

italiana, o gastronômico, que também é bastante vinculado a imigração tradicional da região,

o ecoturismo, o turismo de aventura e o geoturismo, devido a suas condições físicas,

geológicas e geomorfológicas, integrando-se assim ao uso sustentável do Corredor Ecológico.

Ainda podem ser consideradas as modalidades do turismo rural, para que desenvolva os

pequenos produtores da região sem perder os seus ganhos primários, só somando uma nova

renda; e, por fim, o turismo de reuniões e eventos, já que a região conta com uma

universidade de prestigio nacional e grandes empresas na região, para que assim possam

receber este público alvo sem degradar o espaço e respeitando a sua capacidade de carga.

Com isso elaborou-se um mapa espacializando os potenciais centros turísticos segundo

a metodologia adotada juntamente com uma proposta de potenciais estradas paisagísticas para

estudos futuros. Foi adicionado uma zona de atuação direta que estes centros viriam a ter,

conforme metodologia descrita pelo Corredor Ecológico, então se atrelou estas informações

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neste mapa final, a figura 5 mostra o mapa com a área de atuação direta dos potenciais centros

turísticos.

Figura 3: Mapa com a área de atuação direta dos potenciais centros turísticos. Fonte: Elaboração pelo Autor

4. Considerações finais

Atualmente, através da visão do autor, acredita-se que o Corredor Ecológico da Quarta

Colônia juntamente com os seus municípios estaria em distintas fases dentro do modelo de

Miossec apresentado neste trabalho. Pois o Corredor como se encontra atualmente estaria na

fase “0” a qual ainda não possui iniciativas para o desenvolvimento através do turismo, existe

ainda uma falta de interesse e conhecimento por muitos. Entretanto os municípios aos quais o

mesmo se encontra localizado estariam parte na fase “1” e parte na fase inicial “2”, pois cada

um agiria separadamente e não como em conjunto de uma grande área que é a do Corredor, a

qual extrapola os limites políticos. Alguns municípios já tem uma percepção ao turismo e

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buscam uma abertura ao mercado, enquanto outros um pouco mais avançados já buscam

politicas publicas para desenvolvimento desta área juntamente com um progresso da

percepção dos lugares e itinerários. Entretanto nenhum deles tem como abordagem a forma de

centros de desenvolvimento pioneiro na região, tornando assim dispersos e sem um enfoque

claro para o desenvolvimento. Bem como para futuros trabalhos conectando a região via

estradas paisagísticas é sugerido os trabalhos da SELL 2017 como base para iniciar os estudos

da temática.

5. Referências Bibliográficas

BESSA, A.S.M. A construção das paisagens turísticas nos descaminhos da estrada Real.

Tese de Doutorado em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. São Paulo,

2011.

MIOSSEC, J. M. UN MODÈLE DE L’ESPACE TOURISTIQUE. L’espace geographique.

1977, nº 6 (1), pp. 41-48.

NARDI, O. Valorização Territorial da Ruralidade da Quara Colônia de Imigração

Italiana do RS. II Encontro de Grupos de Pesquisa. Uberlândia. 2006.

REIS, S. da S. Quarta Colônia: Aspectos De Sua Identidade Cultural / Territorial.

Boletim Gaúcho de Geografia. Porto Alegre, n. 23, p. 97 - 104, março, 1998.

RODRIGUES, A. A. B. O turismo como prática social e seu papel na apropriação e

consolidação do território. Anais... São Paulo, 2005.

SELL, J.C. Estradas Paisagísticas: Estratégia de Promoção e Conservação do Patrimônio

paisagístico do pampa Brasil - Uruguai. Tese de Doutorado pela UFSM. 322 p. 2017.

ZIEMANN, D. R. Estratégias de geoconservação para a proposta Geoparque QUARTA

COLÔNIA-RS. 2016. 241 p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal

de Santa Maria, 2016, 241 p.