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PRONUNCIAMENTOS REFERENTES AOS QUESTIONAMENTOS, CONTRIBUIÇÕES E SUGESTÕES DA REVIVER ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL PRIVADA LTDA I. ASPECTOS DO PRIMEIRO QUESTIONAMENTO O item 2.2, da página 2, do Anexo XIII, que trata da Conceituação e Capacitação para cada nível de segurança das unidades prisionais que devem compor o Complexo Prisional Odenir Guimarães, indica o seguinte: No Nível I de Segurança a capacidade deverá ser de seiscentas (600) vagas. No Nível II de Segurança a capacidade deverá ser de seiscentas (600) vagas. No Nível III de Segurança a capacidade deverá ser de quatrocentas (400) vagas. Entretanto, a Lei Estadual n.º 17.919, de 27 de dezembro de 2012, que introduziu alterações e acréscimos à Lei Estadual n.º 14.132, de 24 de abril de 2002 (a qual, por sua vez, estabelece diretrizes para o Sistema Prisional do Estado de Goiás), determina em seu artigo 6.º: “Art. 6. o O encarceramento de condenado por decisão judicial transitada em julgado darseá, preferencialmente, em estabelecimento regional destinado a receber presos residentes nos municípios a ele jurisdicionados, ou circunscritos. § 1. o É vedada a construção de estabelecimento prisional de qualquer natureza com capacidade superior à prevista no Anexo Único desta Lei. (...) § 3. o Em nenhuma hipótese um módulo de celas poderá ultrapassar a capacidade de 200 (duzentas) pessoas privadas de liberdade.” (NR) ANEXO ÚNICO ESTABELECIMENTO PENAL CAPACIDADE MÁXIMA Penitenciária de Segurança Máxima 300 Penitenciária de Segurança Média 800 Colônia Agrícola, Industrial ou similar 1.000 Casa do Albergado ou similar 120 Centro de Observação Criminológica 300 Cadeia Pública 800 (Texto da Lei e Anexo Único retirados do site oficial da Secretaria de Estado da Casa Civil). Além deste aspecto, a Lei Estadual n.º 14.132/2002, no parágrafo 2.º do mesmo artigo 6.º, que não foi alterado, determina que: “§ 2º. A instalação de estabelecimento penal será precedida de parecer emitido pelo Ministério Público, que opinará sobre a sua localização, capacidade, necessidade e adequação às regras de tratamento prisional, de acordo com as normas em vigor.”

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PRONUNCIAMENTOS  REFERENTES  AOS  

QUESTIONAMENTOS,  CONTRIBUIÇÕES  E  SUGESTÕES    DA    

REVIVER  ADMINISTRAÇÃO  PRISIONAL  PRIVADA  LTDA  

 

 

I.                    ASPECTOS  DO  PRIMEIRO  QUESTIONAMENTO  

   O  item   2.2,   da   página   2,   do  Anexo   XIII,   que   trata   da   Conceituação   e   Capacitação   para   cada   nível   de  segurança  das  unidades  prisionais  que  devem  compor  o  Complexo  Prisional  Odenir  Guimarães,  indica  o  seguinte:      No  Nível  I  de  Segurança  a  capacidade  deverá  ser  de  seiscentas  (600)  vagas.      No  Nível  II  de  Segurança  a  capacidade  deverá  ser  de  seiscentas  (600)  vagas.      No  Nível  III  de  Segurança  a  capacidade  deverá  ser  de  quatrocentas  (400)  vagas.      Entretanto,   a   Lei   Estadual   n.º   17.919,   de   27   de   dezembro   de   2012,   que   introduziu   alterações   e  acréscimos  à  Lei  Estadual  n.º  14.132,  de  24  de  abril  de  2002  (a  qual,  por  sua  vez,  estabelece  diretrizes  para  o  Sistema  Prisional  do  Estado  de  Goiás),  determina  em  seu  artigo  6.º:      

“Art.  6.o  O  encarceramento  de  condenado  por  decisão  judicial  transitada  em  julgado  dar-­‐se-­‐á,   preferencialmente,   em   estabelecimento   regional   destinado   a   receber  presos    residentes  nos  municípios  a  ele  jurisdicionados,  ou  circunscritos.  §  1.o  É  vedada  a  construção  de  estabelecimento  prisional  de  qualquer  natureza  com  capacidade  superior  à  prevista  no  Anexo  Único  desta  Lei.  (...)  §  3.o  Em  nenhuma  hipótese  um  módulo  de  celas  poderá  ultrapassar  a  capacidade  de  200  (duzentas)  pessoas  privadas  de  liberdade.”  (NR)          

ANEXO  ÚNICO  

ESTABELECIMENTO  PENAL   CAPACIDADE  MÁXIMA  

Penitenciária  de  Segurança  Máxima   300  

Penitenciária  de  Segurança  Média   800  

Colônia  Agrícola,  Industrial  ou  similar   1.000  

Casa  do  Albergado  ou  similar   120  

Centro  de  Observação  Criminológica   300  

Cadeia  Pública   800  

(Texto  da  Lei  e  Anexo  Único  retirados  do  site  oficial  da  Secretaria  de  Estado  da  Casa  Civil).      Além  deste  aspecto,  a  Lei  Estadual  n.º  14.132/2002,  no  parágrafo  2.º  do  mesmo  artigo  6.º,  que  não  foi  alterado,  determina  que:  

   “§  2º.  A   instalação  de  estabelecimento  penal   será  precedida  de  parecer  emitido  pelo  Ministério   Público,   que   opinará   sobre   a   sua   localização,   capacidade,   necessidade   e  adequação  às  regras  de  tratamento  prisional,  de  acordo  com  as  normas  em  vigor.”  

 

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. A   capacidade   prevista   para   as   unidades   de   Nível   de   Segurança   I,   II   e   III,   ressaltando   que,  principalmente   o   Nível   de   Segurança   I   é   concebido   para   abrigar   presos   com   alto   grau   de  periculosidade,  executores  de  crimes  bárbaros  e  hediondos,  o  que  nos  leva  a  entender  que  se   trata   de   uma   unidade   com   perfil   e   características   claras   de   segurança  máxima;   desta  forma,  estão   de   acordo   com   a   capacidade   máxima   prevista   no   anexo   único   da   legislação  vigente  (ou  seja,  da  Lei  Estadual  n.º  17.919/2012,  a  qual  introduziu  alterações  e  acréscimos  na  Lei  14.132/2002)?  

2. No   caso   de,   após   a   análise   da   questão,   verificar-­‐se   que   a   resposta   é   negativa,   sugere-­‐se   a  alteração  do  Projeto  e/ou  a  alteração  da  legislação,  sob  pena  de  inviabilidade  jurídica  da  PPP.  

3. A   definição   da   localização,   capacidade,   necessidade   e   adequação   às   regras   de   tratamento  prisional   do   Complexo   Prisional   Odenir   Guimarães   foi   precedida   de   parecer   emitido   pelo  Ministério  Público,  na  forma  que  determina  a  legislação  vigente?  

4. No   caso   de   ausência   de   tal   parecer,   considerando   a   atuação   do   MP   como  “custus   legis”  e,  também,  a  sua  ingerência  no  que  diz  respeito  ao  cumprimento  da  Lei  de  Execuções  Penais  –  LEP,  entendemos   necessário   o   envolvimento  do   referido   órgão   quando   da   aprovação   do  Projeto   pelo   Conselho   Gestor   de   PPPs,   previamente   à   publicação   do   Edital,   com   vistas   a  evitar  a  futura  paralisação  do  procedimento  licitatório.  

5. Por   fim,   sugere-­‐se,   também,  que  o  parecer  prévio  do  MP  seja   incluído  na  Matriz  de  Risco  do  Projeto,  como  pré  requisito  para  a  sua  viabilidade.    

PRONUNCIAMENTO   –   o   questionamento   foi   objeto   de   resposta   durante   a   audiência   pública   e  encontra-­‐se   registrado   na   respectiva   ATA.   Outrossim,   conforme   justificativa   para   o   projeto,  também   publicada,   trata-­‐se   de   projeto   que   tem   por   objetivo   substituir   unidade   existente,   de  modo  a  manter   inalteradas  as  condições  afetas  à  quantidade  de  presos  e   localização,  condições  às  quais  foram  acrescidos  os  procedimentos  necessários  ao  cumprimento  das  regras  em  vigor.      

   

II.                    ASPECTOS  DO  SEGUNDO  QUESTIONAMENTO      No   item   18.2.,   às   folhas   34/42   do   Edital,   verifica-­‐se   determinação   expressa   de   que   a   sede   da  Concessionária   deverá   estar   localizada   na   Região  Metropolitana   de   Goiânia;   avançando   na   leitura   do  material  disponibilizado,  se  pode  constatar  ás  fls.  2  do  Anexo  I  que  trata  dos  Documentos  e  Condições  de   Habilitação,   que   os   documentos   referentes   à   habilitação   jurídica,   regularidade   fiscal,   qualificação  econômico-­‐financeira   e   qualificação   técnica   referem-­‐se   à   sede   do   Licitante,   exceção   feita   quando,   no  Edital,  explicitamente  houver  menção  em  contrário.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados  questionamos  o  seguinte:      

1.        No  momento   da   Licitação   toda   a   documentação   de   habilitação   será   da   sede   do(s)   então  Licitante(s),   estando   apenas   a   futura   Concessionária   (a   ser   constituída   pelo   vencedor   do  certame)   obrigada   a   possuir   sede   na   Região   Metropolitana   de   Goiânia?   Está   correto   este  entendimento?  

Ressaltamos  que  essa  é  a  única   interpretação  jurídica  admissível  em  relação  a  referidos   itens,  sob   pena   de   violação   direta   e   literal   ao   texto   do   art.   3.º,   §   .1º,   inciso   I,   da   Lei   Federal   n.º  8.666/93,  que  dispõe:  

   “§  1º.  É  vedado  aos  agentes  públicos:  

 

I   -­‐   admitir,   prever,   incluir   ou   tolerar,   nos  atos  de   convocação,   cláusulas  ou   condições  que   comprometam,   restrinjam   ou   frustrem   o   seu   caráter   competitivo,   inclusive   nos  casos  de  sociedades  cooperativas,  e  estabeleçam  preferências  ou  distinções  em  razão  da  naturalidade,  da  sede  ou  domicílio  dos  licitantes  ou  de  qualquer  outra  circunstância  impertinente  ou  irrelevante  para  o  específico  objeto  do  contrato,  ressalvado  o  disposto  nos  §§  5o  a  12  deste  artigo  e  no  art.  3o  da  Lei  no  8.248,  de  23  de  outubro  de  1991;  (Redação  dada  pela  Lei  nº  12.349,  de  2010)”      

PRONUNCIAMENTO  –  o  entendimento  está  correto.        

III.                    ASPECTOS  DO  TERCEIRO  QUESTIONAMENTO    

Observamos  no  Item  5,  do  Anexo  XIII  (Critérios  Mínimos  para  Cela  de  Vivência  Individual  e  Coletiva),  às  folhas   28,   as   dimensões  mínimas   de   cela   na   forma  do   quanto   previsto   em  Resolução   do   CNPCP,   que  trata   da   arquitetura   penal.   Todavia,   não   verificamos   no   Edital   qualquer   referência,   por   exemplo,   ao  Programa   Nacional   de   Educação   para   o   Sistema   Penitenciário,   ou   ao   Manual   de   Intervenções  Ambientais  para  o  Controle  da  Tuberculose  nas  Prisões,  sendo  que  este  último  possui  o  aval  técnico  do  Ministério  da  Saúde  e  do  Ministério  da  Justiça,  por  meio  do  Departamento  Penitenciário  Nacional.  Tal  documento  relata  que:  

   “Sabe-­‐se   que   a   tuberculose   é   transmitida   de   pessoa   a   pessoa   por   via   aérea   e   que   é  particularmente   frequente   no   ambiente   carcerário   devido,   sobretudo,   à   ausência   de  ventilação   e   luz   solar   adequadas   e   à   superpopulação.   Todavia,   até   o   momento,   as  estratégias   adotadas   para   controle   da   tuberculose   neste   ambiente   continuam   sendo  essencialmente  biomédicas  (identificação  e  tratamento  dos  casos)  e  educativas.  Essas  medidas  são  sem  dúvida,  prioritárias,  porém  têm  eficácia  limitada  se  não  associadas  a  medidas  de  melhoria  das  condições  ambientais...”  

   Sabemos  todos  que  cumprindo  com  as  suas  atribuições  relacionadas  à  edição  de  regras  para  arquitetura  e   construção  de   estabelecimentos   penais   (art.   64   da   LEP),   o   Conselho  Nacional   de   Política   Criminal   e  Penitenciária  (CNPCP)  editou,  em  novembro  de  2011,  a  Resolução  n.º  09/11,  sobre  as  Diretrizes  Básicas  para   Arquitetura   Penal,   a   qual   substituiu   a   Resolução   n.º   03,   de   setembro   de   2005.   A   Resolução   n.º  09/11  inseriu  novos  conceitos,  tais  como  acessibilidade,  permeabilidade  do  solo,  conforto  bioclimático  e  impacto   ambiental.   O   Anexo   IV   desta   Resolução   diz:  “É   fundamental   favorecer   instalações   com   um  mínimo  de  conforto  procurando  soluções  viáveis  que  permitam  o  grau  de  segurança  necessário”.      Além   desse   dispositivo,   existem   diversos   outros   normativos   complementares,   como   a   Resolução   n.º  06/06,  também  do  CNPCP,  que  padroniza  a  estrutura  física  da  unidade  de  saúde  em  estabelecimentos  penais  para  atendimento  de  até  500  (quinhentas)  pessoas  presas.      Apesar  de  menos  específica,  a  Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária  –  ANVISA  –   também  coleciona  uma  série  de   regulamentos  sobre  o  assunto,   como  a  RDC  n.º  50/02,  que  dispõe  sobre  o   regulamento  técnico   para   planejamento,   programação,   elaboração   e   avaliação   de   projetos   físicos   de  estabelecimentos  assistenciais  de  saúde.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Em  razão  do   investimento  e  complexidade  da  operacionalização  da  PPP  –  Parceria  Público-­‐Privada  do   Complexo   Prisional   Odenir   Guimarães,   não   seria   prudente   o   Edital   fazer   referência   expressa,   de  forma   objetiva,   quanto   à   obrigatoriedade   de   o   projeto   arquitetônico   da   Concessionária   atender   a  critérios   técnicos   claramente   definidos   em   documentos   e/ou   Resoluções   emitidas,   publicadas   ou  referendadas   por   órgãos   como   o   DEPEN,   CNPCP,   ANVISA,   Ministério   da   Educação   e   Ministério   da  Saúde?  

 

2.        Dizendo   de   outra   forma,   não   seria   adequado   que   as   minutas   de   Edital   e   Contrato   melhor  explicitassem   a   obrigatoriedade   de   o   projeto   arquitetônico   atender   aos   critérios   técnicos   claramente  definidos   em   documentos   e/ou   Resoluções   emitidas,   publicadas   ou   referendadas   por   órgãos   como   o  DEPEN,  CNPCP,  ANVISA,  Ministério  da  Educação  e  Ministério  da  Saúde?  

3.        Não   é   correto   entender   que   tal   detalhamento   é   de   suma   importância,   também,   em   razão   da  necessidade   de   se   controlar   a   disseminação   de   endemias   entre   a   população   carcerária   que   serão  atendidos  pela  PPP.      

PRONUNCIAMENTO   –   os   itens   citados   encontram-­‐se   previstos   no   Anexo   XIII   -­‐   Critérios   para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.    

 

IV.                    ASPECTOS  DO  QUARTO  QUESTIONAMENTO      Nos  termos  do  item  2.2,  do  corpo  do  Edital,  somente  o  instrumento  convocatório  obtido  por  meio  físico,  no   endereço   indicado   no   seu   preâmbulo   e   mediante   o   pagamento   das   custas   correspondentes,  garantirão  aos   licitantes  que  estes   (i)  sejam  notificados  diretamente  dos  atos  da   licitação;   (ii)   tomarão  conhecimento   dos   esclarecimentos;   (iii)   receberão   cópia   do   ato   administrativo   que   procedeu   à  modificação  do  edital;  e  que   (iv)  estão  em  seu  poder  todos  os  documentos  e  anexos  que  compõem  o  instrumento  convocatório.      Em  termos  práticos,  dada  a  redação  do  item  em  questão,  infere-­‐se  que  todos  os  interessados  deverão,  obrigatoriamente,  dirigir-­‐se  até  Goiás  para  retirar  o  Edital  e,  com  isso,  ter  segurança  em  relação  aos  atos  exarados  no  âmbito  do  certame.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.       Como   forma   de   evitar   a   restrição   de   participação   no   certame   (em   respeito   ao   princípio   da  competitividade),  não  seria  o  caso  de  se   incluir  um   item,  no   instrumento  convocatório,  no  sentido  de  que   os   interessados   poderão   ter   acesso   ao   Edital   por  meio   do   sítio   eletrônico   do  Governo,   e   que   tal  meio  de  obtenção  será  considerada  igualmente  oficial?  

2.       Caso  a  preocupação  seja  controlar  o  cadastro  das  pessoas  que  retiraram  os  documentos,  de  forma  que  estas  possam  tomar  conhecimento  de  eventuais  mudanças  realizadas  no  âmbito  do  certame,  não  seria   o   caso   de   incluir   no   Edital,   também,   item   determinando   que   as   empresas   interessadas   devem  encaminhar,   por   correio   eletrônico,   recibo   de   retirada   da   documentação,   oportunidade   em   que  indicarão  todos  os  seus  dados?  

3.        Nos   dias   de   hoje,   com   toda   a   tecnologia   à   disposição,   Vossas   Senhorias   consideram   realmente  indispensável   que   as   empresas   tenham   que   se   deslocar   até   determinado   local   para   a   obtenção   de  instrumentos  convocatórios?  Sob  qual  fundamento?  

4.        Por  fim,  em  razão  de  todo  o  exposto,  sugere-­‐se  a  adoção  da  seguinte  redação:    

 

 

PRONUNCIAMENTO  –  embora  considerada  a  sugestão,  após  a  respectiva  análise,  a  opção  foi  pela  manutenção  da  forma  prevista  no  documento  publicado.  

V.                    ASPECTOS  DO  QUINTO  QUESTIONAMENTO                                        Item  5  –  Visita  Técnica      O  procedimento  relativo  à  visita  técnica  poderia  ser  simplificado.      A  questão  da  visita  técnica  parece  banal,  mas,  em  outras  oportunidades,  já  foi  objeto  de  paralisação  de  certames.  Neste  sentido,  trazemos  julgado  do  Tribunal  de  Contas  do  Estado  de  São  Paulo:      

TCE/SP,  Processo  n.º  TC-­‐036833/026/07:  

"No   que   toca   à   visita   técnica,   a   jurisprudência   deste   Tribunal   tem   se   consolidado   no  sentido   de   não   admitir   sua   marcação   para   uma   única   data   e   horário,   sobretudo  quando  demonstrado  que  esta  causou  dano  à  competitividade.  A  origem  estabeleceu  a  visita  técnica  obrigatória  exclusivamente  para  o  dia  06/09/07,  três  dias  antes  da  data  fixada   para   a   entrega   e   abertura   dos   envelopes   (10/09/07),   inviabilizando   assim   a  participação  de  eventuais  interessadas  que  tenham  tomado  conhecimento  da  licitação  no  interregno  entre  aquelas  datas."  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Ao   invés  de  cada   interessado  protocolizar   requerimento  para  a   realização  da  visita  e,  após,  a  Comissão  agendá-­‐la,  individualmente,  com  cada  empresa,  não  se  poderia  prever  no  Edital,  de  antemão,  duas  ou  mais  datas  exclusivas  para  tanto?  

2. O  que  ocorreria  no  caso  de  uma  proponente  ter  qualquer  imprevisto  e,  por  isso,  não  conseguir  participar  da  visita  na  data  agendada?  Esta  concorrente  teria  outra  oportunidade?  

 

 PRONUNCIAMENTO   –   embora   considerada   a   sugestão,   após   a   respectiva   análise,   a   opção   foi    pela  manutenção  da  forma  prevista  no  documento  publicado.  

 

 

VI.                    ASPECTOS  DO  SEXTO  QUESTIONAMENTO      Item  3  –  Objeto      Dado  o  volume  de  anexos  do  Edital,  bem  como  a  multiplicidade  de  obras  e  serviços  envolvidos  na  PPP,  sugerimos   que   o   objeto   contratual   seja   melhor   definido,   isto   é,   aborde,   ainda   que   de  maneira  mais  objetiva,   as   atividades   a   serem   desenvolvidas   pela   Concessionária   (na   redação   atual,   apenas   se  menciona  que  o  escopo  da  PPP  reside  na  construção  e  gestão  do  Complexo  Prisional).      O   objeto   de   tal   descrição   é   que   o   núcleo   principal   da   contratação   esteja   refletido   com   clareza   no  documento,  em  benefício  da  segurança  jurídica  para  todas  as  partes  contratantes.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Quando   do   lançamento   efetivo   da   Licitação,   o   respectivo   objeto   será  melhor   definido   na  minuta  contratual  que  será  publicada?      

PRONUNCIAMENTO  –  Não.  O  objeto  está  plenamente  caracterizado,  o  que  atende  ao  disposto  ao  Art.  18  da  Lei  nº    8.987/95  e  Art.    11  da  lei  11.079/2004.    

   

VII.                    ASPECTOS  DO  SÉTIMO  QUESTIONAMENTO    

O  Valor  estimado  do  Contrato,  na  ordem  de  R$  1.322.498.000,00   (um  bilhão,   trezentos  e  vinte  e  dois  milhões,   quatrocentos   e   noventa   e   oito  mil   reais),   refere-­‐se   à   soma   das   parcelas   da   Contraprestação  Mensal   e   da   Bonificação   Anual,   estimadas   para   o   prazo   de   vigência   do   Contrato   de   Concessão  Administrativa.  

Ocorre   que   há   precedentes   no   sentido   de   que   o   valor   do   contrato   em   concessões   deve   equivaler   ao  valor  estimado  dos  investimentos,  pois  tal  valor  harmoniza-­‐se  melhor  com  o  espírito  da  lei,  que  se  utiliza  em   diversos   momentos   do   valor   do   contrato   para   balizar   a   contratação   de   garantias   e   fixação   de  penalidades.  

   

QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

1.        Serão   respeitados   os   precedentes   existentes   e,   assim,   alterado   o   valor   do   contrato   para  que  corresponda  ao  valor  estimado  dos  investimentos?  

PRONUNCIAMENTO  –  embora  considerada  a  sugestão,  após  a  respectiva  análise,  a  opção  foi  pela  manutenção  da  forma  prevista  no  documento  publicado.  Considere-­‐se  ainda  que,  conforme  dispõe  o  Anexo  IV  -­‐  Termo  de  Referência  para  Elaboração  da  Proposta   Econômica,   optou-­‐se   pela   não   discriminação   do   investimento   inicial   em   função   da  variação   possível   de   projetos   arquitetônicos,   cuja   responsabilidade   é   dos   Licitantes.  Especialmente  por  se  tratar  de  projeto  de  Parceria  Público-­‐Privada,  o  custo  total  não  é  composto  apenas  da  rubrica  de  investimentos.      

2.        Ou,   ao   menos,   será   o   valor   estimado   dos   investimentos   –   e   não   o   valor   estimado   das  contraprestações   –   utilizado   como   referencial   para   a   fixação   dos   valores   da   garantia   de  proposta,  garantia  de  execução  e  multas?  

 

PRONUNCIAMENTO  –  Não,  pelos  mesmos  motivos  externados  dispostos  no  item  1  anterior  

VIII.                    ASPECTOS  DO  OITAVO  QUESTIONAMENTO      Item  4  –  Condições  de  participação      De  acordo  com  o  entendimento  do  Tribunal  de  Contas  do  Estado  de  São  Paulo,  no  caso  de  consórcio  é  permitida   a   imposição   de   limite   máximo   de   participantes,   sendo   tal   decisão,   ato   discricionário   da  Administração  Pública;  senão,  vejamos:      

"(...)  quanto  à  limitação  do  número  de  empresas  em  Consórcio,  trata-­‐se,  como  já  bem  decidiu  este  E.  Plenário,  de  assunto  atinente  ao  Poder  Discricionário  da  Administração."  (TC  19.238/026/11)  

   Portanto,  tem-­‐se  que  a  limitação  ora  em  tela  é  legal  e  aceita  pelos  órgãos  de  controle,  razão  pela  qual  deveria  a  Administração  Pública  restringir  o  número  de  participantes  no  consórcio.      Em  vista  da  complexidade  do  escopo  da  concorrência,  é  fundamental  que  apenas  empresas,  fortemente  qualificadas,  participem  do  certame.  Diante  disso,  permitir  consórcios,  sem,  contudo,  limitar  o  número  de   integrantes,   abre   a   possibilidade   para   que   empresas   menores,   sem   a   devida   expertise   e   saúde  técnico-­‐financeira,  concorram  na  licitação  e  prejudiquem  a  robustez  da  SPE  como  um  todo.      Em  outras  palavras,  a  ausência  de  limite  de  consorciados  autoriza  a  inclusão  de  empresas  “aventureiras”  na  composição  daquela  que  será  a  futura  concessionária,  o  que  é  altamente  questionável  sob  a  ótica  do  interesse  público.      Neste   sentido,   diante   da   provável   fragilidade   da   SPE,   cria-­‐se   um   risco   desnecessário   à   Administração  Pública.      Relativamente  à  complexidade  do  escopo,  entende-­‐se  que  a  Administração  Pública  está  a  buscar,  por  meio   da   seleção   da   proposta   mais   vantajosa,   um   parceiro   público   que   atenda   aos   requisitos   de  qualidade   e   eficiência   por   ela   almejados.   Não   fosse   assim,   os   serviços   seriam   prestados   diretamente  pelo  Governo,  e  não  delegados  a  um  ente  privado.      Há   que   se   ter   em  mente   que   estamos   tratando   de   segurança   pública,   questão   esta  muito   sensível   à  população,  sendo  fundamental  ao  Governo  a  busca  pela  garantia  primordial  da  qualidade  na  prestação  dos  serviços  objeto  da  concessão  administrativa.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

1.        Dada   (i)   a   complexidade   do   objeto   da   Concessão  Administrativa,   (ii)   a   necessidade   de   seleção   de  parceiro   privado   técnica   e   financeiramente   habilitado   para   a   execução   do   escopo   contratual,   (iii)   a  aceitação,   por   parte   de   diversos   órgãos   de   Controle   Externo,   em   relação   à   limitação   do   número   de  consorciados   em   certames   com   objeto   complexo   (tal   qual   a   PPP),   bem   assim   (iv)   a   legalidade   dessa  limitação,   qual   é   o   fundamento   utilizado   pela   Administração   Pública   para,   no   caso   concreto,   não  restringir  o  número  de  consorciados?  

PRONUNCIAMENTO   –   trata-­‐se   de   prerrogativa   da   Poder   Concedente,   exercida   em  decorrência  de  sua  estratégia  na  condução  do  processo  licitatório,  em  particular  a  sua  disposição  de  ampliar  as  condições  de    competitividade.  

2. Ainda  em  vista  do  exposto,  como  forma  de  perpetuar  o   interesse  público  na  seleção  da  melhor  e  mais   vantajosa   proposta,   não   seria   o   caso   de   a   Administração   Pública   estipular   que   o   consórcio  poderá  ser  formado  por,  no  máximo,  três  integrantes?  

 

 PRONUNCIAMENTO  –  Não,  pelos  mesmos  motivos  externados  dispostos  no  item  1  anterior    

IX.                    ASPECTOS  DO  NONO  QUESTIONAMENTO      Critério  de  Julgamento  –  Técnica  e  Preço      É  imprescindível,  para  a  consecução  do  interesse  público,  que  o  critério  de  julgamento  do  certame  seja  o  do  menor  valor  da  contraprestação  combinado  com  a  melhor  técnica.      Entende-­‐se  necessária  a  exigência  de  proposta  técnica  justamente  em  razão  da  complexidade  do  escopo  do   Projeto.   Com   isso,   evita-­‐se   a   participação   de   proponentes   “aventureiras”,   desconhecedoras   do  objeto  a  ser  executado.  Ademais,  há  que  se  ter  em  mente  que  o  contrato  vigerá  por  27  (vinte  e  sete)  anos,   o   que   por   si   só   demonstra   a   imprescindibilidade   de   a   Administração   Pública   estar   segura   em  relação  à  capacitação  técnica  do  parceiro  privado.      Mais   uma   vez   reitera-­‐se   estarmos  diante   de   questão  de   segurança   pública,   devendo   a  Administração  Pública  garantir  a  prestação  de  serviços  de  qualidade  e  eficientes.      Pelo   aqui   exposto,   necessário   ter   em   mente   que   a   etapa   de   proposta   técnica   não   limita   a  competitividade  no  certame,  apenas  melhor  seleciona  (qualifica)  as  licitantes,  perpetuando  o  interesse  público  e  a  possibilidade  de  a  Administração  Pública  adjudicar  a  proposta  mais  vantajosa  não  só  sob  a  ótica  econômico-­‐financeira.      Destaque-­‐se  que  a  utilização  de  proposta   técnica  na  modelagem  de  PPPs  é  bastante  aceita  quando  o  respectivo   escopo   é   abrangente,   servindo   para   pontuar   a   experiência   da   licitante   em   relação   às  atividades  concedidas,  assim  como  para  avaliar  seu  conhecimento  acerca  do  objeto  a  ser  implantado.      Pela   análise   do  material   disponibilizado   em   consulta   pública,   verifica-­‐se,   como  não   poderia   deixar   de  ser,   a   preocupação   da   Administração   Pública   em   relação   à   experiência   das   licitantes   na   execução   do  escopo  da  concessão  administrativa,  haja  vista  que  se  exige,  para  fins  de  habilitação,  a  apresentação  de  Metodologia   de   Execução   (conforme   Anexo   I).   Grosso   modo,   infere-­‐se   que   a   Administração   Pública  tentou   “fugir”   do   critério   “técnica   e   preço”,   quando,   na   verdade,   justamente   em   decorrência   da  exigência   de  Metodologia   de   Execução   para   fins   de   habilitação,   demonstrou   que   entende   razoável   a  adoção  de  julgamento  com  base  na  técnica  e  no  preço  como  critério  de  seleção  no  caso  concreto.      No  caso  em  concreto  e  pela  complexidade  da  construção  e  principalmente  na  operação  do  Complexo  Penitenciário  Odenir  Guimarães,  é  prudente  e  razoável  se  exigir   julgamento  com  base  na  técnica  e  no  preço,  para  uma   sólida   garantia  na   contratação  do  melhor   Licitante,  para  um  contrato  de  27   (vinte  e  sete)  anos  de  vigência  a  ser  executado  num  área  delicada  e  que  exige  um  alto  nível  de  expertise,  como  é  o  sistema  penitenciário.      Por   fim,  sobre  a  etapa  de  pré-­‐qualificação  constante  do  Edital,  da  forma  como  tal  etapa  foi   idealizada  (apresentação   dos   planos   detalhados   sobre:   Plano   de   Atendimento   de   Serviços,   Plano   de   Atividades  Operacionais,   Fornecimento   de   Insumos,   Plano   de   Higienização   e   Limpeza,   Plano   de   Segurança),  invariavelmente  cada  proponente  irá  especificar  o  projeto  que  entender  pertinente,  sem  observância  a  parâmetros   de   qualidade   necessários   à   prestação   dos   serviços.   Em   outras   palavras,   as   proponentes  foram   “autorizadas”   pelo   próprio   Poder   Concedente   a   executar/elaborar   os   projetos   mais   “baratos”  possíveis,  em  total  detrimento  à  técnica/qualificação.      Apenas   para   citar   um   exemplo,   o   critério   de   pré-­‐qualificação   ora   em   questão   permite   que   a  concessionária  não   implemente  tecnologia  de  ponta,  sendo  que  esta  é  estritamente  necessária  para  a  ressocialização  plena  dos  egressos  e  para  o  atingimento  de  níveis  de  segurança  adequados.      Essas  falhas  no  critério  de  julgamento  do  certame  inviabilizam,  por  parte  do  Poder  Concedente,  tanto  o  julgamento  isonômico  quanto  a  seleção  da  melhor  e  mais  vantajosa  proposta.  

 

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Dada  a  complexidade  do  escopo  da  PPP  ora  em  tela,  bem  assim  a  necessidade  de  consecução  do  interesse   público   envolvido,   porque   o   Poder   Concedente   optou   por   não   utilizar,   como   critério   de  julgamento  das  propostas,  o  menor  valor  da  contraprestação  combinado  com  a  melhor  técnica  (“técnica  e  preço”)?  

2.        Em  vista  da  necessidade  de  a  Administração  Pública  estar  segura  em  relação  à  capacitação  técnica  do  parceiro  privado  (já  que  o  contrato  vigerá  por  27  anos),  de  que  forma  o  Poder  Concedente  espera  assegurar,  sem  a  exigência  de  proposta  técnica,  o  atendimento  a  todos  os  requisitos  constantes  da  LEP  e  aos  demais  quesitos  técnicos  inerentes  a  projetos  na  área  prisional?  

3.        O  Poder  Concedente  não  entende  que,  da  forma  como  o  critério  de  julgamento  foi  idealizado,  cada  proponente  poderá  especificar,  em  total  detrimento  à  técnica  e  à  necessária  qualidade  dos  serviços,  o  projeto  mais  “barato”  (sem  que  isso  signifique,  na  verdade,  maior  vantajosidade)?  

4.        Outrossim,  a  Administração  Pública  está  disposta  a  assumir  esse  risco,  no  âmbito  de  um  projeto  que  tem  como  vertente  segurança  pública?        

PRONUNCIAMENTO   –   o   questionamento   foi   objeto   de   resposta   durante   a   audiência   pública   e  encontra-­‐se   registrado   na   respectiva   ATA.   Diferentemente   do   que   encontra-­‐se   afirmado,   o  entendimento  é  de  que  o  modelo  privilegia  fortemente  o  critério  “técnica”,  particularmente  no  que  diz  respeito  à  gestão.  A  não  utilização  dos  modelos  usuais  de  pontuação  e  pesos,  para  cada  um  dos  critérios,  não  significa  o  abandono  do  critério  “técnica”  ou  que  não  se  atribua  a  devida  importância     ao  mesmo.   A   sugestão   é   que   se   proceda   uma   leitura   com   visão   voltada   para   os  objetivos   do   projeto.   A   compreensão   do  modelo   lógico   de   gestão   do   projeto   no   que   tange   às  obrigações   da   Concessionária,   articulado   com   a   arquitetura   do   processo   licitatório,   permite  verificar   que   estão   presentes   os   requisitos   necessários   que   objetivam   destacar   o   projeto   que  atenda   simultaneamente   os   aspetos   técnicos   e   de  menor   preço.   É   importante   salientar,   que   a  arquitetura   do   processo   licitatório   condiciona   a   análise   de   preço,   à   comprovação   descritiva   da  capacidade  de  gerir  um  complexo  prisional,  precedendo  desta  forma  a  técnica  ao  preço.      

X.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  QUESTIONAMENTO    Item  6.8  –  Edital      

1.        Não  seria  mais  adequado,  para   fins  de  comprovação  da  prestação  de  Garantia  de  Proposta,  exigir  que   as   licitantes   a   apresentem   até   03   (três)   dias   úteis   antes   da   data   prevista   para   a   entrega   das  propostas?  

   

2.        Neste  sentido,  sugere-­‐se  a  adoção  da  redação  a  seguir:  

   

·∙                  A  LICITANTE  deverá  apresentar,  até  03  (três)  dias  úteis  antes  da  data  prevista  para  a  entrega  das  propostas,  a  comprovação  de  prestação  da  GARANTIA  DE  PROPOSTA  exigida  neste   Edital,   no   valor   de   R$   [-­‐-­‐],   que   poderá   ser   prestada   pelas   LICITANTES   em  moeda  corrente   nacional,   e/ou   por   carta   de   fiança   bancária,   e/ou   por   seguro-­‐garantia.   A  comprovação   da   prestação   da   GARANTIA   DE   PROPOSTA   deverá   ser   entregue   no  [endereço],  aos  cuidados  da  COMISSÃO  DE  LICITAÇÃO,  em  horário  comercial.  

 

       

PRONUNCIAMENTO  –  embora  considerada  a  sugestão,  após  a  respectiva  análise,  a  opção  foi  pela  manutenção  da  forma  prevista  no  documento  publicado.  

   

XI.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  PRIMEIRO  QUESTIONAMENTO      Item  19.1  –  Critério  de  remuneração  da  Concessionária  (contraprestação  +  bonificação)      Neste  aspecto  vale   registrar  que  o  Consórcio   liderado  pela  empresa  REVIVER   foi  o  único  autorizado  a  apresentar  os  Estudos  para  a  PPP  do  Complexo  Penitenciário  Odenir  Guimarães,  e  que  os  critérios  de  bonificação   utilizados   no   Edital   e   Contrato   objeto   da   presente   Consulta   Pública,   além   de   diferentes  daqueles  apresentados  no  estudo,  são  completamente  irrealistas.      Com  efeito,  para  que  a  Concessionária  possa  obter  a  bonificação  máxima,  correspondente  a  20%  (vinte  por   cento)   do   valor   médio   da   contraprestação   mensal   calculada   como   a   média   aritmética   das  contraprestações  mensais  nos  últimos  doze  meses,  ela  precisaria  conseguir  nota  máxima  em  todos  os  Planos   de   Metas,   que   trazem   parâmetros   inéditos   e,   porque   não   dizer,   inviáveis   a   partir   de   toda   a  experiência  documentada  no  sistema  penitenciário  brasileiro.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Qual  a  lógica  utilizada  pelo  Poder  Concedente  para  a  definição  do  critério  de  remuneração?  

2.        Questionando   de   outra   forma,   o   Poder   Concedente   entende   e   está   ciente   de   que,   para   que  Concessionária  obtenha    a  bonificação  máxima,  será  necessário  que  esta  alcance  nota  máxima  em  todos  os  Planos  de  Metas  estabelecidos,  que  trazem  parâmetros  inéditos  e,  porque  não  dizer,  inviáveis  a  partir  de  toda  a  experiência  atualmente  documentada  no  sistema  penitenciário  brasileiro?  

3.        O  Poder  Concedente  não  entende  que  seria  preciso  proceder  a  uma  completa  revisão  do  sistema  de  bonificação   proposto,   para   que   os   Planos   de   Metas   passem   a   consignar   metas   de   atendimento,  atividades   ocupacionais   e   contenção   de   eventos   graves   compatíveis   com   a   experiência   brasileira   e,  portanto,  passíveis  de  serem  atingidas?  

 PRONUNCIAMENTO   –  Não   se  encontra  presente  no  processo,  nenhum  outro  projeto,  que  não  seja   o   oficialmente   divulgado.   Nestes   termos,   a   comparação   com   quaisquer   que   sejam   outros  documentos  ou  projetos,  não  é  pertinente.    

 A  lógica  utilizada  é  bastante  simples:    paga-­‐se  pela  disponibilidade  de  vagas  e  uma  parcela  pelo  atendimento   de  metas   de   qualidade.  O   licitante     pode,   no   processo   licitatório   indicar   em  qual  nível  pretende  operar  os  planos,  sendo  avaliado  nos  mesmos,  de  acordo  com  o  nível  indicado.  Em  qualquer   nível   em   que   pretenda   operar   terá   previsão   de   uma   bonificação   (que   deve   ser  entendida  tal  como  é  o  seu  conceito)  que  cresce  à  medida  em  que  o  licitante  se  propõe  a  operar  com  índices  mais  elevados,  certo  que  existem  custos  adicionais  à  medida  em  que  cresce  o  nível  de  operação.    Caberá  ao  licitante  avaliar  os  índices,  a  partir  do  mínimo  obrigatório  (nível  1),  sua  capacidade  de  atendimento   aos   índices   dos   níveis   superiores,   os   custos   adicionais,   os   percentuais   de  bonificação  e  decidir  em  que  nível  pretende  operar.  O  Poder  Concedente  entende  o  modelo  de  remuneração  como  adequado,  os   índices  factíveis  e  não  pretende  promover  revisão  no  modelo  de  remuneração.    

 

 

XII.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  SEGUNDO  QUESTIONAMENTO      Item  3.1.4  (Anexo  I)  –  Patrimônio  Líquido.      A  exigência  de  patrimônio   líquido  na  ordem  de  5%  (cinco  por  cento)  do  valor  estimado  do  Contrato  é  bastante   restritiva,   principalmente   em   comparação   ao   montante   dos   investimentos   do   Projeto,   na  ordem  de  150  (cento  e  cinquenta)  milhões  de  Reais.      Em   outras   palavras,   não   seria   razoável   exigir   PL   de   5%   (cinco   por   cento)   com   base   no   valor   da  contratação   (que  engloba   todas   as   contraprestações  e  bonificações  devidas  pelo  Poder  Concedente  à  Concessionária).  O  correto  seria  estabelecer  o  percentual  levando  em  conta  o  valor  dos  investimentos,  já  que  referido  valor  corresponderá  aos  dispêndios  da  Concessionária  para  a  implantação  do  objeto  da  PPP.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      Não  seria   razoável   (e  menos   restritivo)  exigir  PL  na  ordem  de  5%   (cinco  por  cento)   sobre  o  montante  estimado  do  CAPEX,  em  linha,  inclusive,  com  entendimento  já  exarado  pelas  Cortes  de  Contas  de  todo  o  país,   no   sentido   de   que   o   valor   estimado   dos   investimentos   é   que   deve   ser   utilizado   para   fins   de  definição  desses  índices?    PRONUNCIAMENTO  –  a  particularização  de  valores  de  custos  e  investimentos  diferentes  da  forma  como  foram  apresentados  nos  documentos  divulgados  pelo  Poder  Concedente  é  de   inteira  responsabilidade  pelo  formulador  do  questionamento  e  não  serão  referendados  fora  das  respectivas  etapas  previstas  no  processo  licitatório.      Conforme   resposta   anterior   sobre   o   valor   total   do   contrato,   o   mesmo   não   será   alterado  conceitualmente.    No   tocante   ao  percentual,   após   análise   optou-­‐se  pela  manutenção  do  mesmo  percentual   previsto   no  documento  publicado        

XIII.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  TERCEIRO  QUESTIONAMENTO      Item  14.2,  alínea  “c”  –  Apresentação  de  Carta  Compromisso  para  Captação  de  Recurso  

   Desarrazoada   a   exigência   de   apresentação,   até   02   (dois)   dias   úteis   antes   da   data   de   assinatura   do  Contrato,  de  Carta  de  Compromisso  para  Captação  de  Recurso.      Isto  porque,  ao  contrário  de  outros  Projetos  de  PPP,  a  Administração  Pública  não  apresentou  Carta  de  Conformidade  emitida  por  instituição  provedora  de  recursos  de  longo  prazo  (como  o  BNDES,  BB,  CEF  ou  similar,  do  país  e/ou  do  exterior).      Quando  tal  documento  é  apresentado,  significa  que  os  financiadores  já  pré-­‐analisaram  o  Projeto  levado  à  Consulta  Pública,  e,  também,  as  garantias  públicas  de  pagamento  da  contraprestação  oferecidas  aos  participantes  do  certame.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Qual  o  fundamento  e  a  lógica  utilizados  pelo  Poder  Concedente  para  exigir  a  apresentação,  em  até  02   (dois)  dias  úteis  antes  da  data  de  assinatura  do  Contrato,  de  Carta  de  Compromisso  para   Captação   de   Recurso,   se,   ao   contrário   do   que   ocorre   em   outros   Projetos   de   PPP,   a  Administração   Pública   Estadual   não   apresentou   Carta   de   Conformidade   emitida   por  instituição  provedora  de  recursos  de  longo  prazo?  

 

2. Em   face   desta   dicotomia,   não   seria   razoável   exigir   que   a   apresentação   desta   Carta   de  Compromisso  ocorra  após  a  efetiva  assinatura  do  Contrato,  no  prazo  de  até  6  (seis)  meses,  prorrogável  justificadamente?  

   

PRONUNCIAMENTO  –  embora  considerada  a  sugestão,  após  a  respectiva  análise,  a  opção  foi  pela  manutenção  da  forma  prevista  no  documento  publicado.  O  entendimento  do  Poder  Concedente  é   no   sentido   de   que   cabe   ao   licitante   a   análise   do   projeto   e   a   obtenção   do   respectivo  financiamento.     Sob   o   ponto   de   vista   de   prazos,   entende   como   suficiente   para   que   os  entendimentos  possam  ser  conduzidos.  

 

XIV.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  QUARTO  QUESTIONAMENTO      Item  7  (Anexo  I)  –  Documentação  relativa  à  organização  da  Concessionária      Nos  termos  da  minuta  do  Contrato,  mais  precisamente  de  sua  subcláusula  10.7,  qualquer  alteração  no  estatuto  da  SPE  deverá  ser  previamente  autorizada  pelo  Poder  Concedente.      Desta   forma,   não   há   porque   exigir,   para   fins   de   habilitação   das   concorrentes   no   certame,   os  documentos  relativos  à  organização  da  SPE.  Além  de  a  análise  de  tais  documentos  demandar  ainda  mais  tempo  da  Comissão  de  Licitação,  ela  não  é  necessária  para  essa  etapa.      Com   isso,  elimina-­‐se  uma  onerosidade  desnecessária  para  as   concorrentes   (que,  quando  participando  em   consórcio,   devem   ultrapassar   questões   negociais   e   societárias   extremamente   complexas   para   a  conclusão  desses  documentos),  e  mantem-­‐se  inalterado  o  controle  da  Administração  Pública  no  tocante  à  organização  da  SPE.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Qual   foi   a   lógica   utilizada   pelo   Poder   Concedente   para   exigir   que   qualquer   alteração   no  estatuto  da  SPE  deva  ser  previamente  autorizada  pelo  Poder  Concedente?  

2. Na  mesma   linha,   porque   se   exige,   para   fins   de   habilitação   das   concorrentes   no   certame,   os  documentos   relativos   à   organização   da   SPE,   já   que   se   sabe   tais   documentos   não   são  necessária  para  essa  etapa?  

3. Em   vista   do   exposto,   não   bastaria   exigir   que,   apenas   antes   da   assinatura   do   Contrato   de  adjudicação   do   certame,   a   licitante   vencedora   apresente   a   documentação   da   SPE,   para  anuência  (e/ou  aprovação)  por  parte  do  Poder  Concedente?  

   

PRONUNCIAMENTO  –  embora  consideradas  as  alegações,  após  a  respectiva  análise,  a  opção  foi  pela  manutenção  da  forma  prevista  no  documento  publicado.  O  Poder  Concedente  entende  que  a   organização   da   SPE   em   todos   os   seus   aspectos   é   relevante   quando   da   análise   do   Plano   de  Negócios  e  indispensável  para  a  verificação  da  capacidade  do  Licitante  de  cumprir  com  o  objeto  contratual.  As  alterações  estatutárias,  por  sua  vez,  podem  modificar  parâmetros  fundamentais,  a  exemplo  de  sua  própria  finalidade  específica,  com  a  qual,  por  exemplo,  o  Poder  Concedente  não  pode   concordar.   São   igualmente   relevantes   as   alterações   que   envolvam   cisão,   fusão,  transformação   e   incorporação,   razão   pela   qual   foram   particularizadas,   entre   outras   de   igual  relevância  para  a  sociedade  criada  com  finalidade  específica.  

   

XV.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  QUINTO  QUESTIONAMENTO      Item  4.1.6  (do  Anexo  I)  –  Prova  de  regularidade  fiscal  perante  a  Fazenda  do  Estado  de  Goiás      

 

A  regra  em  comento  é  bastante  restritiva.  A  documentação  requerida  no  item  4.1.5,  do  mesmo  Anexo  I,  relativa   à   regularidade   fiscal   da   licitante   perante   as   Fazendas   Estadual   e   Municipal   de   sua   sede,   é  suficiente  para  atestar  a  qualificação  da  concorrente  no   tocante  a  questões   tributárias.  Tanto  é  assim  que,  na  maioria  das  licitações  (para  não  dizer  em  todas),  exige-­‐se  apenas  os  documentos  descritos  nos  itens  4.1.1  a  4.1.5,  do  Anexo  I.      Ademais,  de  que  forma  empresas  que  não  possuem  sede  em  Goiás,  tampouco  nenhum  tipo  de  atividade  no  Estado,  poderiam  comprovar  tal  regularidade?      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Qual  é  o  fundamento  jurídico  utilizado  pelo  Poder  Concedente  para  exigir  o  documento  em  tela?    PRONUNCIAMENTO  –  Artigo  88  da  Lei  Estadual  nº  17.928  de  27  de  dezembro  de  2012.  

3. Como  o  Poder  Concedente  pretende  orientar  as  empresas  participantes  do  certame  que  não  possuam   sede   em  Goiás,   ou,   tampouco,   desenvolvam   qualquer   tipo   de   atividade   no   Estado,  para  que  obtenham  tal  atestado?  

 PRONUNCIAMENTO  –  assim  como  em  outras  esferas,  a  certidão  pode  ser  fácil  e  gratuitamente  obtida  no  sitio  da  Secretaria  da  Fazenda  do  Estado  de  Goiás,  na  aplicação  -­‐  Emissão  de  Certidão.  No   próprio   conteúdo   da   Certidão,   no   item   de   que   trata   do   fundamento   legal   encontra-­‐se  disposto   que   a   Certidão   Negativa   “constitui   documento   hábil   para   comprovar   a   regularidade  fiscal  perante  a  Fazenda  Pública  Estadual,  nos  termos  do  artigo  29  da  Lei  nº  8.666  de  21  de  junho  de  1993”.    O  caminho  da  aplicação  é:  http://aplicacao.sefaz.go.gov.br/pagina/ver/9429    

3.        Em  vista  do  caráter  extremamente  restritivo  dessa  exigência,  não  entende  o  Poder  Concedente  que  seria  o  caso  de  excluí-­‐la?    

PRONUNCIAMENTO  –  Não.    

XVI.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  SEXTO  QUESTIONAMENTO      Item  3.2  (Anexo  I)  –  Índices  contábeis      

1.        Quais  os  critérios  técnicos   levados  em  conta  pelo  Poder  Concedente  para  definição  dos  Índices  de  Habilitação   Econômica   e   Financeira,   que   diferem   daqueles   que   são   tradicionalmente   utilizados   pela  Administração  Pública  nacional  em  processos  semelhantes?  

2.        Neste  sentido,  por  que  não  se  consideram  relevantes  índices  de  liquidez  e  solvência  maiores  do  que  1,0?  

3. Por   que   não   se   considera   importante   aferir   o   grau   de   endividamento   das   empresas   que   se  habilitam  para  concorrer  ao  processo  licitatório?  

4.        Neste   sentido,   sugere-­‐se   a   adoção   da   redação   dos   critérios   abaixo,   sacramentados   e  tradicionalmente  utilizados,   valendo   registrar  que   tais   critérios   foram  utilizados  na  PMI  e  nos  estudos  apresentados  pela  empresa  REVIVER  para  a  PPP  do  Complexo  Penitenciário  Odenir  Guimarães:      

Qualificação  Econômico-­‐Financeira  

 

10.1.     Publicação   do   balanço   patrimonial   do   último   exercício   social,   já   exigível,  acompanhado  das   respectivas  demonstrações   financeiras,  que  possibilite  a  apuração  dos  dados  abaixo  relacionados.  Se  a  LICITANTE  não  estiver  obrigada  à  publicação,  deverão  ser  apresentadas  cópias  legíveis  e  autenticadas  das  páginas  do  Livro  Diário  nas  quais  o  balanço  e   as   demonstrações   financeiras   foram   transcritos,   devidamente   assinados   pelo   contador  responsável   e   pelo   representante   legal   da   LICITANTE,   bem   como   cópias   legíveis   e  autenticadas  dos   termos  de  abertura  e  encerramento  do  Livro  Diário   registrado  na   Junta  Comercial  ou  no  Cartório  de  Registro  de  Títulos  e  Documentos.  Alternativamente,  para  as  pessoas   jurídicas  que  utilizam  a  Escrituração  Contábil  Digital  –  ECD,  por  meio  do  Sistema  Público   de   Escrituração   Digital   –   SPED,   será   admitida   a   apresentação   do   termo   de  autenticação,   termo   de   abertura   e   encerramento   e   balanço   do   último   exercício   social  acompanhado  das  demonstrações  financeiras  respectivas.  Quando  se  tratar  de  sociedade  recém-­‐constituída,   e   que   ainda   não   tenha   fechado   o   primeiro   balanço   anual,   o   balanço  inicial  é  o  que  deve  ser  apresentado.  10.1.1.  Em  qualquer  hipótese,  fica  vedada  a  substituição  da  documentação  acima  exigida  por  balancetes  ou  balanços  provisórios.  10.2.  Comprovação  de  que  o  patrimônio  líquido  da  LICITANTE,  até  a  data  de  recebimento  das  Propostas,  é  igual  ou  superior  a  R$  [-­‐-­‐].  10.2.1.  Em   caso   de   CONSÓRCIO,   deverá   ser   comprovado,   por   meio   do   somatório   do  patrimônio   líquido  de   cada   consorciado,   na   proporção  de   sua   respectiva   participação  na  constituição  do  CONSÓRCIO,  patrimônio  liquido  de  R$  [-­‐-­‐].  10.3.  A  comprovação  da  boa  situação  financeira  da  LICITANTE  será  aferida  de  acordo  com  os  seguintes  indicadores  contábeis:  10.3.1.   ILG   (Índice   de   Liquidez   Geral)   igual   ou   superior   a   1,20   (um   inteiro   e   vinte  centésimos),   consideradas   apenas   duas   casas   decimais,   desprezando-­‐se   as   demais,  aplicando  a  seguinte  fórmula:      

ILG  =   Ativo  Circulante  +  Ativo  realizável  a  longo  prazo       Passivo  Circulante  +  Passivo  exigível  a  longo  prazo  

   10.3.2.               ILC   (Índice   de   Liquidez   Corrente)   igual   ou   superior   a   1,20   (um   inteiro   e   vinte  centésimos),   consideradas   apenas   duas   casas   decimais,   desprezando-­‐se   as   demais,  aplicando  a  seguinte  fórmula:      

 ILC  =   Ativo  Circulante       Passivo  Circulante  

   10.3.3.               GET   (Grau   de   Endividamento   Total)   inferior   a   0,50   (cinquenta   centésimos),  consideradas  apenas  duas  casas  decimais,  desprezando-­‐se  as  demais,  aplicando  a  seguinte  fórmula:      

GET  =   Passivo  Circulante  +  Passivo  exigível  a  longo  prazo       Ativo  total  

   10.3.4.  GS  (Grau  de  Solvência)  igual  ou  superior  a  2,00  (dois  inteiros),  consideradas  apenas  duas  casas  decimais,  desprezando-­‐se  as  demais,  aplicando  a  seguinte  fórmula:  

GS  =   Ativo  Total       Passivo  Circulante  +  Exigível  a  Longo  Prazo  

   10.4.  Os   índices  acima  deverão  ser  demonstrados  pela  LICITANTE,  anexando  memória  de  cálculo,  assinada  por  Contador,  constando  o  número  de  registro  no  Conselho  Regional  de  Contabilidade  –  CRC.      10.5.   Para   qualquer   tipo   de   sociedade   empresária,   deverá   ser   apresentada   Certidão  Negativa   de   Falência,   Recuperação   Judicial   ou   Extrajudicial,   expedida   pelo   Distribuidor  Judicial  da  Comarca   (Varas  Cíveis)  da  cidade  em  que  a  LICITANTE  estiver   sediada,  datada  de,   no   máximo,   90   (noventa)   dias   anteriores   à   data   da   sessão   pública   do   certame.   Em  

 

havendo   qualquer   ação   judicial   distribuída,   deverá   ser   juntada   certidão   atualizada   que  aponte  a  situação  do  processo.  10.6.   No   caso   de   sociedades   simples,   deverá   ser   apresentada   Certidão   do   Distribuidor  Judicial  das  Varas  Cíveis  em  geral  (Execução  Patrimonial)  da  comarca  em  que  a  LICITANTE  estiver   sediada,   datada   de,   no   máximo,   90   (noventa)   dias   anteriores   à   data   da   sessão  pública  da  LICITAÇÃO.  Em  havendo  qualquer  ação   judicial  distribuída,  deverá  ser   juntada  certidão  atualizada  que  aponte  a  situação  do  processo.    

PRONUNCIAMENTO   –  Não   se  encontra  presente  no  processo,  nenhum  outro  projeto,  que  não  seja   o   oficialmente   divulgado.   Nestes   termos,   a   comparação   com   quaisquer   que   sejam   outros  documentos  ou  projetos,  não  é  pertinente.  

   A  sugestão  será  analisada.  

   

XVII.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  SÉTIMO  QUESTIONAMENTO      Item  5  (Anexo  I)  –  Documentação  relativa  à  Habilitação  Técnica      As  exigências  relativas  à  qualificação  técnica  das  proponentes  não  são  compatíveis  com  a  grandiosidade  do  objeto  da  PPP.      Neste  sentido,  quanto  à  capacidade  para  construção  de  unidade  prisional,   já  que  o  Projeto  tem  como  escopo  a  implantação  de  complexo  para  atendimento  de  1.600  (mil  e  seiscentos)  presos,  sugerimos  que  o  atestado  exija,  no  mínimo,  comprovação  de  disponibilização  de  60%  (sessenta  por  cento)  do  número  de  vagas  a  serem  disponibilizadas  no  Complexo  Odenir  Guimarães.      Em   outras   palavras,   dado   o   escopo   do   Projeto,   a   exigência   de   demonstração   de   experiência   na  construção  de  100  (cem)  vagas  não  é  suficiente  para  comprovar  a  qualificação  técnica  das  licitantes.      Da   mesma   forma,   e   principalmente   com   relação   à   operação   de   unidade   prisional,   sugerimos   que   o  atestado   exija   a   comprovação   de   capacitação   na   operação   de   complexos   que   somados   alcancem   no  mínimo  a  capacidade  de  1.600  presos  do  Complexo  Odenir  Guimarães,  entre  eles  presos  provisórios  e  sentenciados  em  regime  fechado  e  semiaberto.      Numa   contratação   que   envolve   construção,   implantação,   gestão,   operação   e   manutenção   de   um  complexo   penitenciário   para   1.600   presos,   além  de   funcionários   da   Concessionária,   Servidores   e,   por  exemplo,   um   fluxo  de   visita  de  presos  que   se   forem  apenas  02  por  preso   se  pode   ter  uma  média  de  3.200  visitas  em  dias  específicos.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Para   garantir   uma   contratação   sólida   por   parte   da   Administração   Pública,   e   em   observância   aos  princípios   de   Direito   Administrativo,   não   seria   necessário   exigir   que   a   Concessionária   possua,   no  mínimo,  capacidade  técnica  compatível  com  o  objeto  do  contrato?  

2.        Neste   sentido,   com   que   base   o   Poder   Concedente   exige   qualificação   técnica   para   a  operação/gestão/implantação   de   unidade   prisional   com   capacidade   para   100   presos,   sendo   que   o  Projeto  em  tela  abrange  1.600  reeducandos?  

3.        Em   outras   palavras,   o   Poder   Concedente   não   entende   que   a   falta   de   qualificação   técnica   das  concorrentes  pode  comprometer,  seriamente,  a  execução  do  objeto  contratual?  

 

 

PRONUNCIAMENTO   –   o   questionamento   foi   objeto   de   resposta   durante   a   audiência   pública   e  encontra-­‐se   registrado   na   respectiva   ATA.     O   Poder   Concedente   irá   aumentar   o   nível   de  exigência,  sem  contudo,  que  este  venha  a  ser  restritivo  à  participação.      

XVIII.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  OITAVO  QUESTIONAMENTO      Item  14.1  –  Prazo  para  constituição  da  SPE      Considerando  que   a   constituição   da   SPE   envolve   questões   e   burocracias   fora   do   controle   da   licitante  vencedora,  tais  como  registro  na  Junta  Comercial,  o  prazo  de  30  (trinta)  dias  previsto  no  item  14.1,  do  Edital,  é  bastante  exíguo.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Porque   o   Poder   Concedente   definiu   que   o   prazo   de   constituição   da   SPE   será   de   30   (trinta)   dias,  diferentemente  da  sugestão  indicada  nos  estudos  entregues  no  âmbito  do  PMI?  

2.        No   caso   de   problemas   no   cumprimento   deste   prazo,   mormente   em   razão   das   burocracias  envolvidas,  de  que  forma  o  Poder  Concedente  pretende  auxiliar  a  adjudicatária?  

3.        Não  entende  o  Poder  Concedente  que  seria  mais  razoável  conceder  um  prazo  de,  pelo  menos,  45  (quarenta  e  cinco)  dias  para  a  constituição  da  SPE,  podendo  tal  prazo  ser  prorrogado  em  até  duas  vezes,  por  igual  período?  

 PRONUNCIAMENTO   –  Não   se  encontra  presente  no  processo,  nenhum  outro  projeto,  que  não  seja   o   oficialmente   divulgado.   Nestes   termos,   a   comparação   com   quaisquer   que   sejam   outros  documentos  ou  projetos,  não  é  pertinente.  

 O   Poder   Concedente   compartilha   com   as   preocupações   quanto   aos   prazos,   razão   pela   qual      encontra-­‐se   presente   o   mecanismo   de   prorrogação   de   prazo   mediante   justificativa  fundamentada,  nos  termos  da  cláusula  14.1.1.  

   

XIX.                    ASPECTOS  DO  DÉCIMO  NONO  QUESTIONAMENTO      Cláusula  51  (Anexo  VIII  –  Minuta  de  Contrato)  –  Ressarcimento  dos  Estudos      Conforme  consta  da  minuta  de  Contrato,  o  ressarcimento  dos  estudos  que  originaram  o  Projeto  de  PPP  deverá  ser  realizado,  pela  Concessionária,  30  (trinta)  dias  após  a  assinatura  do  instrumento  contratual.      Ocorre   que   o   artigo   21,   da   Lei   Federal   n.º   8.987/95,   é   bastante   claro   ao   determinar   que   a   licitante  vencedora  (e  não  a  concessionária,  que  é  pessoa  jurídica  diferente  daquela,  por  se  tratar  de  uma  SPE)  é  quem  deverá  ressarcir  tais  estudos,  e  que  as  regras  para  tanto  devem  estar  definidas  no  edital.      Ainda  que  a  minuta  de  contrato   integre  o  edital   (como  um  de  seus  anexos),  como  princípio  basilar  de  hermenêutica,   cediço   é   que   a   lei   não   contem   palavras   “mortas”.   Portanto,   edital,   aqui,   deve   ser  entendido  como  o  “corpo”  do  instrumento  convocatório.      Importante   destacar,   também,   que   em   muitos   Projetos   de   PPP,   a   Administração   Pública   inclui   o  pagamento  dos  estudos  como  condição  suspensiva  à  eficácia  do  contrato  de  concessão.      

 

QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Porque  o  Poder  Concedente,   ignorando  a  redação  constante  dos  estudos  entregues  no  âmbito  do  PMI,  retirou  as  regras  de  ressarcimento  do  corpo  do  edital  e,  ainda,  determinou  que  o  pagamento  dos  estudos  será  feito  anteriormente  à  assinatura  do  Contrato,  pela  licitante  vencedora  (e  não  pela  SPE)?  

2.        Qual  o  fundamento  jurídico  utilizado  pelo  Poder  Concedente  para  proceder  tal  alteração?  

 PRONUNCIAMENTO   –  Não   se  encontra  presente  no  processo,  nenhum  outro  projeto,  que  não  seja   o   oficialmente   divulgado.   Nestes   termos,   a   comparação   com   quaisquer   que   sejam   outros  documentos  ou  projetos,  não  é  pertinente.    

 As  indagações  são  confusas  e  contradizem  os  argumentos  que  a  precedem.  Desta  forma  o  Poder  Concedente  não  tem  como  responder  e  tão  somente  registrar  a  sua  posição.  O   Poder   Concedente   vai   alterar   os   dispositivos   afetos   ao   tema,   transferindo   ao   vencedor   da  licitação  e  não  à  SPE  a  obrigação  de  ressarcir.      

   

XX.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  QUESTIONAMENTO      O   objeto   do   contrato   deve   ser   descrito   com   completude   na   cláusula   5   da   minuta   de   contrato   de  concessão  administrativa,  evitando-­‐se  a  utilização  de  meras  referências  genéricas  aos  anexos,  de  forma  a   que   o   núcleo   principal   da   contratação   esteja   refletida   com   clareza   no   documento,   em  benefício   da  segurança  jurídica  para  todas  as  partes  contratantes.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      Quando   do   lançamento   efetivo   da   Licitação,   o   respectivo   objeto   será   melhor   definido   na   minuta  contratual  que  será  publicada?    

PRONUNCIAMENTO  –  Não,  nos  termos  da  resposta  ao  sexto  questionamento.                

XXI.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  PRIMEIRO  QUESTIONAMENTO      

   A   minuta   de   contrato   não   subordina   sua   eficácia   e,   portanto,   o   início   da   contagem   do   prazo   da  concessão   à   disponibilização   do   imóvel   com   os   respectivos   acessos   para   o   complexo   prisional,   o   que  implica,  na  prática,  em  redução  do  prazo  do  contrato  de  27  anos  para  prazo  não  conhecido,  na  medida  em   que   a   minuta   não   confere   ao   Poder   Concedente,   um   prazo   máximo   para   a   disponibilização   do  imóvel.   Tal   fato,   por   si   só,   já   implica   em   aumento   do   valor   da   contraprestação   que   será   cobrada  mensalmente  por  qualquer   licitante,  haja   vista  o  prazo  menor  para  amortização   (todos  estimarão  um  prazo  considerado  seguro  para  elaborar  sua  proposta).  

   Todavia,  o  maior  dos  problemas  ocorrerá   caso  haja  atraso   significativo  na  disponibilização  do   terreno  pelo   Poder   Concedente,   pois   a   SPE   verá   consumido   um  prazo  maior   do   contrato   sem  poder   iniciar   a  construção  do  complexo  prisional.  

   Para   o   parceiro   privado   é   de   suma   importância   que   os   principais   requisitos   para   o   início   da   fase   de  implantação  do  complexo  prisional  estejam  preenchidos  antes  que  se  dê  início  ao  cômputo  do  prazo  de  vigência   do   contrato   de   concessão   administrativa,   o   que   mitiga   os   efeitos   negativos   de   eventuais  

 

demoras,   por   exemplo,   na   obtenção   da   posse   do   imóvel,   na  medida   em   que   o   prazo   contratual   não  transcorrerá  neste  caso,  preservando  para  a  futura  Concessionária  o  período  de  prestação  dos  serviços  (há  apenas  um  deslocamento  no   tempo  do   início  da  prestação  dos   serviços,  mas  não   se  “consome”  o  prazo  do  contrato  sem  que  a  futura  Concessionária  possa  implantar  o  complexo  prisional  e  dar  início  à  prestação  dos  serviços,  passando  a  fazer  jus  à  contraprestação  mensal  correspondente).  

   Não  obstante,  as  condições  suspensivas  da  eficácia  também  são  interessantes  para  o  Poder  Concedente,  pois   mitigam   sobremaneira   os   riscos   de   pleitos   de   reequilíbrio   econômico-­‐financeiro   em   razão   da  demora  na  liberação  do  imóvel.  

   Por  fim,  para  dar  segurança  e  credibilidade  ao  Projeto,  é  importante  que  a  constituição  da  garantia  de  pagamento   das   obrigações   pecuniárias   do   Poder   Concedente   ocorra   também   como   condição   para   o  início  da  eficácia  do  Contrato  de  Concessão  Administrativa.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Porque   não   há   previsão   de   cláusula   de   suspensão   da   eficácia   do   contrato   até   a   efetiva  disponibilização  dos  terrenos  e  constituição  da  garantia  pelo  Poder  Concedente?  

2.        Por   qual   razão   não   foi   estabelecido   um   cronograma   realista   para   a   disponibilização   do   imóvel   (e  todos   os   acessos)   e   aperfeiçoamento   da   garantia,   com   o   ajuste   do   prazo   de   vigência   do   contrato   de  concessão  na  mesma  medida?  

3.        Ademais,   não   entende   o   Poder   Concedente   necessário   inserir,   no   contrato,   previsão   de   que   o  descumprimento,  pelo  Poder  Concedente,  do   cronograma  de  disponibilização  do   imóvel,   implicará  na  prorrogação  automática  do  prazo  de  vigência  do  contrato,  pelo  mesmo  número  de  dias  correspondente  ao  atraso?  

4.        Da  mesma   forma,  no   caso  de  descumprimento  do   cronograma  pelo  Poder  Concedente,   não   seria  razoável   prever   que,   além   da   prorrogação   do   prazo   contratual   acima   descrita,   teria   a   Concessionária  direito   ao   reequilíbrio   econômico-­‐financeiro   do   Contrato,   caso   comprovado   o   impacto   negativo   do  descumprimento  nos  seus  fluxos  de  caixa?          

PRONUNCIAMENTO   –   A   liberação   do   imóvel   é   de   responsabilidade   do   Poder   Concedente,  conforme  dispõe  a  letra  “h”  da  cláusula  17.2.  A  data  de  liberação  do  imóvel  está  condicionada  ao  cronograma  da  Concessionária,  nos  termos  do  item  2.4  CRONOGRAMA,  do  Anexo  V  -­‐  Termo  de  Referência   para   Elaboração   da   Metodologia   de   Execução.   Neste   cronograma,   embora   não  constitua   marco   contratual   sob   a   ótica   do   Poder   Concedente,   dado   a   sua   relevância   para   a  Concessionária   é   de   se   esperar   a   indicação   da   data   de   liberação   do   imóvel   que   atenda   ao  planejamento  da  obra  como  um  todo.  Conforme  dispõe  a  letra  “g”  da  cláusula  25.4,  o  atraso  nas  medidas  necessárias  à  realização  dos  procedimentos   de   desapropriação   e   instituição   de   servidão   administrativa   constitui   caso   que  garante   a   recomposição   do   equilíbrio   econômico-­‐financeiro   do   contrato,   observados   os  respectivos  termos,  a  qual  pode  se  dar  inclusive  por  prorrogação  do  prazo  da  Concessão.  Embora  o  imóvel  não  esteja  ocupado,  estando  pois,  disponível  para  a  finalidade  e  que  os  atrasos  estão   cobertos   por   condições   de   recomposição   do   equilíbrio   econômico-­‐financeiro,     será  procedido  ajuste  pontual  e  textual,  na  letra  “g”  da  cláusula  25.4  acerca  de  eventuais  atrasos  na  “liberação  do  imóvel”.      

 

 

 XXII.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  SEGUNDO  QUESTIONAMENTO  

   O  Contrato  de  Concessão  Administrativa  dispõe  em  sua  Cláusula  14.4.  sobre  o  reajuste  do  Valor  da  Vaga  Dia  Disponibilizada.  O  reajuste  previsto  é  anual  e  pela  variação  do  IPCA,  aplicado  sobre  o  valor  proposto  pela  licitante  vencedora.  

   Como  se  vê,  o  Poder  Concedente  optou  pela  adoção  de  um  índice  de  correção  monetária  para  reajustar  anualmente  o  VVD,  o  que  se  justifica  pela  simplicidade  de  seu  acompanhamento  e  aplicação.  

   Em  tese,  o   índice  de  correção  monetária  manteria  o  valor   real  da  VDD  alinhado  com  a  capacidade  do  poder  de  compra  do  consumidor  médio  e  à  arrecadação  do  Governo  do  Estado.  No  entanto,  ainda  que  admitida  essa  premissa,  é  inexorável  a  ocorrência  de  descolamentos  entre  as  variações  de  custos  da  SPE  e   o   reajuste   do   valor   da   contraprestação   por   índice   de   correção  monetária,   haja   vista   a   composição  específica   dos   custos   da   SPE   para   a   prestação   dos   serviços,   notadamente   o   peso   da  mão-­‐de-­‐obra   na  composição  desses  custos.  

 QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        É   correto  o   entendimento  de  que  o  Poder  Concedente  optou  pelo   reajuste  do  Valor   da  Vaga  Dia  Disponibilizada   com   base   na   variação   anual   do   IPCA,   aplicado   sobre   o   valor   proposto   pela   licitante  vencedora,  em  razão  da  simplicidade  de  seu  acompanhamento  e  aplicação?  

2.        Não  seria  mais  adequada  a  utilização  de  fórmula  paramétrica,  capaz  de  melhor  comportar  variações  mais  amplas  do  que  aquelas  captada  pela  variação  do  IPCA?  

PRONUNCIAMENTO   –   Não.   Considerando-­‐se   a   inexistência   de   um   índice   setorial,   o   Poder  Concedente   entende   que   o   índice   escolhido   é   o   que   melhor   espelha   as   variações   dos   custos  médios  do  projeto.        

   

XXIII.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  TERCEIRO  QUESTIONAMENTO    

   

1.        Não   seria   o   caso   de  inserir   cláusula   expressa,   no   Contrato,   indicando   a   adoção   integral   da   regra  prevista  no  art.  5º,  §  1.º,  da  Lei  Federal  n.º  11.079,  que  prevê  o  reajustamento  automático  da  VDD,  com  a  possibilidade  de  rejeição  motivada  pelo  Poder  Concedente?  

   

2.        Neste  sentido,  segue  sugestão:  

   

·∙                  “§1º   As   cláusulas   contratuais   de   atualização   automática   de   valores   baseadas   em  índices   e   fórmulas   matemáticas,   quando   houver,   serão   aplicadas   sem   necessidade   de  homologação   pela   Administração   Pública,   exceto   se   esta   publicar,   na   imprensa   oficial,  onde   houver,   até   o   prazo   de   15   (quinze)   dias   após   apresentação   da   fatura,   razões  fundamentadas  nesta  Lei  ou  no  contrato  para  a  rejeição  da  atualização”.  

 

 PRONUNCIAMENTO   –   a   sugestão   será   acatada,   quanto   à   inserção   dos   dispositivos   relativos   à  automaticidade.    

 

XXIV.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  QUARTO  QUESTIONAMENTO  

   A  Concessão  Administrativa  é  regida  em  regime  de  preço,  e  não  custo.  Assim,  não  faz  o  menor  sentido  acompanhar  e  aprovar  contratos  com  partes  relacionadas  nesse  cenário,  em  que  os  custos  da  SPE  não  são  repassados  ao  Governo  do  Estado,  devendo  ser  preservada  a  livre  iniciativa  da  futura  Concessionária  para  buscar  a  maior  eficiência  econômico-­‐financeira  na  prestação  dos  serviços  objeto  da  Concessão.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        Não  deveria  haver,  na  minuta  de  contrato,  previsão  acerca  da  necessidade  de  exame  e  aprovação,  pelo   Poder   Concedente,   dos   contratos,   convênios,   acordos   ou   ajustes   celebrados   entre   a   SPE   e  acionistas   pertencentes   ao   seu   grupo   controlador,   diretos   ou   indiretos,   e   empresas   controladas   ou  coligadas?      

PRONUNCIAMENTO   –   As   indagações   são   confusas   e   contradizem   os   argumentos   que   a  precedem.  Desta  forma  o  Poder  Concedente  não  tem  como  responder  e  tão  somente  registrar  a  sua  posição.  O   entendimento   é   de   que   tal   exame   e   aprovação   objetiva   garantir   a   plena   segregação   da  operação  nos  termos  da  finalidade  específica  da  SPE.  

   XXV.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  QUINTO  QUESTIONAMENTO  

   A  previsão  de  prévia  autorização  do  Poder  Concedente  para  que  a  SPE  possa  fazer  qualquer  alteração  no  respectivo  estatuto  é  demasiado  restritiva,  inviabilizando  a  governança  do  dia  a  dia  da  SPE.  

   O   controle   sobre   a   vida   societária   da   SPE   imposto   pela   minuta   de   contrato   limita   em   demasia   a  liberdade   empresarial   do   grupo   que   vier   a   se   sagrar   vencedor   do   certame,   tolhendo   a   livre   iniciativa  para   buscar   as   melhores   alternativas   de   mercado   para   cumprir   satisfatoriamente   as   obrigações  contratuais   ao   longo   do   prazo   de   vigência   do   contrato   de   concessão,   contrato   este   de   longo   prazo  sujeito  a  inúmeras  variações  de  mercado.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Qual   foi   a   lógica   utilizada   pelo   Poder   Concedente   para   exigir   que   qualquer   alteração   no  estatuto  da  SPE  deva  ser  previamente  autorizada  pelo  Poder  Concedente?    

2. Em  razão  de  seu  aspecto  restritivo,  não  seria  o  caso  de  excluir  tal  regra?    

PRONUNCIAMENTO   –   considere-­‐se   os   mesmos   termos   da   resposta   dada   ao   décimo   quarto  questionamento.  

 

XVI.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  SEXTO  QUESTIONAMENTO  

   

 

Qual   o   entendimento   do   Poder   Concedente   quanto   ao   perfil   societário   da   SPE   a   ser   constituída?   Em  outras   palavras,   deverá   esta   ser   uma   sociedade   por   ações,   conforme   previsto   na   definição   de  “Concessionária”,  constante  da  minuta  de  contrato,  ou  poderá  a   respectiva   forma   jurídica  ser  de   livre  escolha  do  licitante  vencedor?      

PRONUNCIAMENTO   –   o   entendimento   do   Poder   Concedente   encontra-­‐se   claramente   disposto  no  Edital  e  seus  anexos.  

 

XVII.                              ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  SÉTIMO  QUESTIONAMENTO  

   Por  se  tratar  de  uma  concessão  administrativa,  em  que  toda  a  remuneração  do  Parceiro  Privado  advém  da   contraprestação   a   ser   paga   pelo   Poder   Concedente,   mister   que   seja   facultado   à   Concessionária  suspender   a  prestação  dos   serviços   em  casos  de   inadimplência,   superior   a   90  dias,   no  pagamento  da  contraprestação,  mediante   a   aplicação  analógica  do  art.   78,   inciso  XV,  da   Lei   Federal   n.º   8.666/93  ao  caso.  

   Com   efeito,   a   Concessionária   não   pode   ser   obrigada   a   custear   os   serviços   contratados   pelo   Poder  Concedente   por   todo   o   prazo   necessário   à   declaração   da   rescisão   do   contrato   por   culpa   do   Poder  Concedente,  sob  pena  de  enriquecimento  ilícito.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Qual  o  fundamento  jurídico  utilizado  pelo  Poder  Concedente  para  impedir  que  a  concessionária  suspenda   a   prestação   dos   serviços   em   casos   de   inadimplência,   superior   a   90   dias,   no  pagamento  da  contraprestação?  

2. Não  entende  o  Poder  Concedente  que  tal  previsão  contraria  a  legislação  em  vigor?    

PRONUNCIAMENTO  –  Parágrafo  único  do  Art.  39  da  Lei  nº  8.987/95,  com  vistas  ao  princípio  da  continuidade  nos  termos  do  Art.  6º  da  mesma  lei.  

   

XVIII.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  OITAVO  QUESTIONAMENTO  

   Nos   termos   da   cláusula   14.2.,  “a   CONTRAPRESTAÇÃO   MENSAL   será   paga   mensalmente   a   partir   da  entrada  em  funcionamento  da  primeira  UNIDADE  PENAL  ou  de  todo  o  COMPLEXO  PRISIONAL,  conforme  dispuser  o  cronograma...”.  

   Como  se  vê,  o  momento  em  que  se   iniciará  o  pagamento  da  contraprestação  mensal  é  a  entrada  em  funcionamento  da  primeira  UNIDADE  PENAL  ou  de  todo  o  COMPLEXO  PRISIONAL.  

   Ocorre  que  a  futura  Concessionária  não  pode  assumir  o  risco  de  não  receber  a  contraprestação  mensal  caso  disponibilize  a  UNIDADE  PENAL  ou  o  COMPLEXO  PRISIONAL  e  o  Poder  Concedente,  por  qualquer  motivo,  não  promova  as  medidas  necessárias  à  efetiva  entrada  em  funcionamento  da  UNIDADE  PENAL  ou  do  COMPLEXO  HOSPITALAR,  tal  como  a  transferência  dos  reeducandos  para  o  Complexo.  

   Com  efeito,  não  pode  a  SPE  ter  o  prazo  de  amortização  de  seus  investimentos  prejudicado  caso  cumpra  suas  obrigações  e  disponibilize  o  COMPLEXO  PRISIONAL  e  o  Poder  Concedente  ou  terceiro  não  forneça  as  condições  indispensáveis  para  a  entrada  em  funcionamento  do  COMPLEXO  PRISIONAL.      

 

QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Não  entende  o  Poder  Concedente  que  deveria  constar,  do  contrato,  cláusula  prevendo  que  a  prestação   dos   serviços   será   considerada   iniciada   e,   neste   sentido,   que   a   contraprestação  mensal  devida,  nas  hipóteses  em  que  os  serviços  apenas  não   foram  efetivamente   iniciados  por  culpa  do  Poder  Concedente  ou  de  terceiros,  por  qualquer  motivo?  

2. Da  mesma   forma,   não   entende   o   Poder   Concedente   que   a   falta   de   cláusula   expressa   nesse  sentido  poderia  indicar,  grosso  modo,  enriquecimento  ilícito  da  Administração  Pública?  

   PRONUNCIAMENTO  –  no  Contrato  de  Concessão  e  seus  anexos    encontra-­‐se  estabelecida  a  forma  como  será  abordada  a  ocupação  inicial  do  complexo.  Ademais,  o  parâmetro  para  pagamento  é  a  disponibilidade   e   não   a   ocupação,   sendo   portanto   a   utilização   da   Unidade   ou   do   Complexo  Prisional  de  total  responsabilidade  do  Poder  Concedente.    

XXIX.                    ASPECTOS  DO  VIGÉSIMO  NONO  QUESTIONAMENTO  

   As  greves  declaradas  ilegais  pela  Justiça  do  Trabalho  e  que,  portanto,  não  decorram  de  pleitos  legítimos  dos   trabalhadores,   devem   ser   consideradas   como   risco   do   Poder   Concedente,   para   se   evitar   que   os  trabalhadores   da   futura   Concessionária   se   utilizem   de   greves   ilegais   para   pressionar   a   SPE   a   realizar  aumentos  de  remuneração  além  do  razoável.  Caso  contrário,  a  SPE  terá  que  escolher  entre  (i)  aceitar  a  “chantagem”   dos   funcionários,   em   detrimento   dos   acionistas   ou   (ii)   ser   penalizada   nos   termos   do  Contrato  por  não  prestar  os  serviços  com  a  qualidade  esperada,  em  razão  da  greve  ilegal,  com  reflexos  ainda  mais  negativos  na  rentabilidade  da  SPE  e  dos  seus  acionistas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. É  nosso  entendimento  que  essas  greves  declaradas  ilegais  pela  Justiça  do  Trabalho  devam  ser  consideradas  como  risco  do  Poder  Concedente.  Este  entendimento  está  correto?  

PRONUNCIAMENTO   –   Não.   O   entendimento   do   Poder   Concedente   é   de   que   tal   matéria   é   de  integral  responsabilidade  da  Concessionária.  

 

XXX.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  QUESTIONAMENTO  

   A  cláusula  25.4.,  “b”,  incluiu  no  rol  de  riscos  assumidos  pelo  Poder  Público  os  eventos  de  “caso  fortuito  ou   força  maior,   nos   termos   do   Contrato,   cuja   cobertura   não   seja   aceita   por   instituições   seguradoras  conceituadas  no  mercado  nacional  ou  internacional,  dentro  de  condições  comerciais  razoáveis”.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Não  entende  o  Poder  Concedente  que  deveria  ser  mais  bem  delimitado  o  risco  assumido  pelo  Poder   Concedente,   de   forma   que   ele   abarque   todos   os   casos   em   que   os   eventos   de   caso  fortuito   ou   força  maior   não   sejam   cobertos   por   seguros   comercializados   no   Brasil,   por   ao  menos  2  (duas)  seguradoras  e  por  um  período  de,  no  mínimo,  2  anos  antes  da  ocorrência  do  evento?  

2. Ademais,  a  ausência  de  melhor  detalhamento  da  cláusula  não  poderia  resultar  na  penalização  indevida  da  Concessionária,  mormente  em  razão  de  custos  impraticáveis?  

3. Se   o   seguro   não   estiver   disponível   no   Brasil   por   um   período   mínimo   para   que   sua  disponibilidade  possa  chegar  ao  conhecimento  dos  gestores  da  SPE,  seria  razoável  penalizá-­‐la  com  a  assunção  do  risco  respectivo?  

 

 

PRONUNCIAMENTO  –  o  tema  será  objeto  de  análise.        

XXXI.     ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  PRIMEIRO  QUESTIONAMENTO    

A   cláusula   25.4,   “e”   da   minuta   do   contrato   estabelece   que   apenas   ensejarão   o   direito   do  reequilíbrio  econômico-­‐financeiro  do  contrato  “  as  revisões  promovidas  pelo  PODER  COCEDENTE,  aos  parâmetros  e  indicadores  previstos  no  PLANO  GERAL  DE  METAS,  anexo  a  este  contrato,  que  representem   alteração   de   50%   (cinqüenta   por   cento)   ou   mais   dos   indicadores   utilizados   no  cálculo  da  CONTRAPRESTAÇÃO  MENSAL,  neles  inclusos  os  indicadores  que  compõem  os  plano  e  que  acarretem,  comprovadamente  encargos  adicionais  para  a  CONCESSIONÁRIA”  

Com   efeito,   a   aferição   do   cumprimento   do   contrato  mediante   a   aplicação   dos   indicadores   de  desempenho   é   uma   das   cláusulas   que   torna   tangível   a   proteção   do   equilíbrio   econômico  financeiro  do  contrato  e  que  viabiliza  a  precificação  da  concessão  pelos  interessados.  Não  pode  o  Poder   Concedente,   assim,   mudar   unilateralmente   as   regras   de   aferição   do   cumprimento   do  Contrato  para  tornar  mais  penoso  para  a  SPE  fazer  jus  a  sua  remuneração  mensal,  sem  que  haja  equilíbrio  econômico-­‐financeiro  do  Contrato.  

QUESTIONAMENTO  :  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

1. Não  seria  o  caso  de  excluir  a  cláusula  em  questão,  visto  que  esta  altera  substancialmente  a   alocação   de   riscos   inicialmente   estabelecida,   bem   assim   o   equilíbrio   econômico-­‐financeiro    do  contrato.  

2. Colocando-­‐se   no   status   de   concessionária,   não   entende   o   Poder   Concedente   que   a  manutenção   desta   cláusula   poderia   trazer   insegurança   econômico-­‐financeira   para   a  relação  contratual.  

PRONUNCIAMENTO   –   o   entendimento   é   de   que   para   quaisquer   modificações   unilaterais   do  contrato,  impostas  pelo  PODER  CONCEDENTE  nelas  incluídas  os  indicadores  e/ou  metas,  aplica-­‐se  o  dispositivo  previsto  na  letra  “a”  da  cláusula  25.4,  nas  condições  ali  descritas.  

A   letra   “e”   será   reescrita   para   que   traduza   a   possibilidade   de   se   promover   a   revisão   do   Plano  Geral   de   Metas   de   forma   a   manter   a   sua   atualidade,   respeitados   os   dispositivos   contratuais,    evitando  o  gerenciamento  de  indicadores  ou  metas  inadequados,  considerando-­‐se  os  ambientes  futuros.      

 

XXXII.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  SEGUNDO  QUESTIONAMENTO  

   O   item   1.13   do   Anexo   Mecanismo   de   Pagamento   prevê   que   o   Poder   Concedente   deverá   emitir   o  Relatório  de  Acompanhamento  Mensal  dos  Indicadores  até  o  5.º  dia  útil  do  mês  de  referência.      Todavia,   referido   item   deveria   prever,   adicionalmente,   que   caso   o   Poder   Concedente,   por   qualquer  motivo,   não   proceda   à   apuração   dos   indicadores   de   desempenho   previstos   ou   não   encaminhe   o  Relatório  de  Acompanhamento,  tal  (is)  fato(s)  não  impedirá  (ão)  o  pagamento  devido,  sendo  adotada  a  nota  máxima  para  o  indicador  eventualmente  não  apurado  ou  adotada  a  nota  máxima  em  razão  do  não  encaminhamento  do  Relatório  de  Acompanhamento.      Isto   sob  pena  de   a   não   apuração  dos   indicadores,   ou  o  não  encaminhamento  do   relatório,   poder   ser  utilizada  como  forma  de  impedir  a  cobrança  dos  valores  devidos  a  título  de  contraprestação  pela  SPE.      

 

QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. É   nosso   entendimento   que   a   não   apuração   dos   indicadores   de   desempenho   previstos,   ou,  então,   o   não   encaminhamento   do   Relatório   de   Acompanhamento,   não   impedirá(ão)   o  pagamento  devido  pelo  Poder  Concedente,  sendo  adotada  a  nota  máxima  para  o   indicador  eventualmente  não  apurado,  ou,  então,  a  nota  máxima  em  razão  do  não  encaminhamento  do  Relatório  de  Acompanhamento.  Nosso  entendimento  está  correto?  

2. Em   caso   positivo,   não   seria   o   caso   de   se   prever   estritamente   esta   hipótese   no   contrato   em  discussão?    

PRONUNCIAMENTO   –   conforme   disposto,   a   responsabilidade   pela   geração   da   fatura   é   da  Concessionária   e   o   valor   da   fatura   deverá   ser   paga   independente   de   contestações   das   partes.  Considerando   que   o   Poder   Concedente   não   pode   recusar   o   recebimento   de   fatura   em  decorrência  de  seu   inadimplemento  de  natureza  operacional,  a  Concessionária  terá  garantido  o  pagamento,  calculado  da  forma  como  entender  ser  o  adequado,  sob  o  seu  ponto  de  vista.  Mesmo  na  hipótese  de  que  a  sua  fatura  seja  recusada,  a  Concessionária  poderá  emitir  Notificação  de  Evento  de  Inadimplemento  e  acionar  o  mecanismo  de  garantias  de  contraprestação.    Considerando-­‐se   todas   estas   situações,   assim   como   outras   de   natureza   operacional,   tanto   da  parte   da   Concessionária   como   do   Poder   Concedente,   haverá   possibilidade   de   contestações,   as  quais  serão  tratadas  conforme  disposto  nos  documentos  específicos.          

XXXIII.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  TERCEIRO  QUESTIONAMENTO  

   Deve  ser  explicitado,  com  objetividade,  no  texto  da  cláusula,  o  que  seria  “atuação  reiterada  de   forma  inadequada   ou   ineficiente”.   A   referência   genérica   ao   Plano   Geral   de   Metas   e   Documentos   de   Pré-­‐Qualificação  não  é  suficiente  para  tanto.  

   Vale  ressaltar  que  a  aferição  da  remuneração  do  Parceiro  Privado  mediante  a  aplicação  dos  indicadores  de   desempenho   não   deve   ser   confundido   com   uma   penalidade,   de   forma   que   o   simples   fato   de   o  privado  não  atingir  100%  de  satisfação  nos  indicadores  não  significa  uma  atuação  de  forma  inadequada  ou   ineficiente,  mas   apenas   uma   atuação   dentro   dos   parâmetros   de   desempenho   admitidos   e   aceitos  pelo  Poder  Concedente,  mediante  uma  variação  na  remuneração  devida  ao  Parceiro  Privado.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O   que   o   Poder   Concedente   entende,   objetivamente,   por   “atuação   reiterada   de   forma  inadequada  ou  ineficiente”?  

2. Sob  este  mesmo  contexto,  é  nosso  entendimento  que  a  aferição  da  remuneração  do  Parceiro  Privado,  mediante  a  aplicação  dos  indicadores  de  desempenho,  não  deve  ser  confundida  com  uma  penalidade,  nos  termos  acima  explicitados.  Está  correto  o  nosso  entendimento?  

   

PRONUNCIAMENTO  –  é  necessário  que  se  esclareça  de  qual  documento  ou  de  qual  cláusula  do  contrato  se  trata  a  expressão  textual  indicada,  para  que  o  Poder  Concedente  possa  se  manifestar.  Caso   se   trate   do   Contrato,   sugerimos   a   análise   do   sub   item   38.1.3.1   que   estabelece   os  parâmetros  para  se  configurar  as  inadequações,  insuficiências  ou  deficiências  graves  e  reiteradas  dos  serviços  e  atividades  prestadas  e  das  obras  executadas,  caracterizadas  pelo  não  atendimento  dos  parâmetros  de  desempenho  previstos  no  Contrato,  não  resolvidas  no  prazo  fixado  pelo  Poder  Concedente  para  a  regularização  da  situação.    

   

XXXIV.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  QUARTO  QUESTIONAMENTO  

   

 

Por  se  tratar  de  uma  concessão  administrativa,  em  que  toda  a  remuneração  do  Parceiro  Privado  advém  da   contraprestação   a   ser   paga   pelo   Poder   Concedente,   mister   que   seja   facultado   à   Concessionária  suspender   a  prestação  dos   serviços   em  casos  de   inadimplência,   superior   a   90  dias,   no  pagamento  da  contraprestação,  mediante   a   aplicação  analógica  do  art.   78,   inciso  XV,  da   Lei   Federal   n.º   8.666/93  ao  caso.  

   Com   efeito,   a   Concessionária   não   pode   ser   obrigada   a   custear   os   serviços   contratados   pelo   Poder  Concedente   por   todo   o   prazo   necessário   à   declaração   da   rescisão   do   contrato   por   culpa   do   Poder  Concedente,  sob  pena  de  enriquecimento  ilícito.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Qual  o  fundamento  jurídico  utilizado  pelo  Poder  Concedente  para  impedir  que  a  concessionária  suspenda   a   prestação   dos   serviços   em   casos   de   inadimplência,   superior   a   90   dias,   no  pagamento  da  contraprestação?  

2. Não  entende  o  Poder  Concedente  que  tal  previsão  contraria  a  legislação  em  vigor?      

PRONUNCIAMENTO   –   considere-­‐se   os   mesmos   termos   da   resposta   dada   ao   vigésimo   sétimo  questionamento.  

 

XXXV.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  QUINTO  QUESTIONAMENTO  

   Para  os  casos  em  que  os  membros  indicados  pelo  Poder  Concedente  e  o  Parceiro  Privado  não  consigam,  de  comum  acordo,  nomear  o  terceiro  membro  da  Comissão  Técnica,  entendemos  que  a  melhor  solução  seria  considerar  prejudicada  a  sua   instauração  enquanto  perdurar  o  conflito,  haja  vista  as  dificuldades  de  legitimar  qualquer  decisão  que  venha  a  ser  tomada  sem  consenso  e  por  pessoa  cuja  notoriedade  no  tema  em  discussão  não  seja  reconhecida  pelas  Partes.      De   igual   forma,   a   não   indicação   de   membro   pela   Parte   deveria   levar   a   se   considerar   prejudicada   a  instauração  da  Comissão  Técnica.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      Não  seria  adequado  prever  cláusula  específica  para  ressaltar  a  possibilidade  em  tela?           PRONUNCIAMENTO  –  Não.      

XXXVI.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  SEXTO  QUESTIONAMENTO      O  Poder  Concedente  deve   inserir  no  Contrato,  desde  a   sua   celebração,  qual   a  Câmara  Arbitral   à  qual  serão   submetidas   as   controvérsias   eventualmente   surgidas   entre   as   Partes   ao   longo   da   execução   do  Contrato.  

   A  uma,  porque  o  procedimento  de  indicação  unilateral  da  Câmara  Arbitral  pelo  Poder  Concedente  após  a  celebração  do  Contrato  e  após  o  surgimento  da  controvérsia,  sem  a  participação  da  Concessionária,  pode   ser   objeto   de   questionamentos   sobre   sua   legalidade,   o   que   coloca   em   risco   a   instauração   do  Tribunal,  caso  necessário.  

   Ainda  em  relação  à  contratação  da  Câmara  a  posteriori,  questões  como  a  necessidade  de  realização  de  certame   licitatório   ou  mesmo   a   necessidade   de   um   procedimento   de   dispensa   ou   inexigibilidade   de  

 

licitação   tornam   infactível   a   sua   instauração  mediante   contratação   do   Poder   Concedente   a   tempo   e  modo.  

   A  duas,  porque  não  há  sequer  um  prazo  máximo  para  que  o  Poder  Público  indique  a  Câmara  Arbitral,  o  que   coloca   a   SPE   em   situação   de   sujeição   absoluta,   sem   ter   acesso   à   arbitragem   nem   ao   Poder  Judiciário.  

   Vale   ressaltar   que   as   Câmaras   Arbitrais   sobrevivem   basicamente   da   confiabilidade   de   seu   corpo   de  árbitros   e   da   transparência   e   clareza   de   suas   regras   e   procedimentos,   razão   pela   qual   devem   ser  escolhidas   antes   da   celebração   dos   contratos,   em   momento   em   que   os   interesses   das   Partes   estão  relativamente  alinhados,  evitando-­‐se  assim  a  contaminação  da  escolha  pelo  interesse  em  jogo  quando  do  surgimento  da  controvérsia.  

   Por   fim,   sugere-­‐se   também  a   complementação  da   cláusula  de   forma  a  que   se   torne   “cláusula   cheia”,  com  todos  os  dados  necessários  à   instauração  do  Tribunal  Arbitral,   viabilizando-­‐se,  assim,  uma  rápida  resposta  de  uma  instituição  apta  a  substituir  as  Partes  litigantes  e  encerrar  a  lide  em  um  prazo  razoável,  mitigando   as   chances   de   que   um   litígio   sobre   uma   questão   isolada   contamine   o   relacionamento  contratual  das  Partes  e  prejudique  de  forma  irremediável  a  continuidade  do  Projeto.  

   Vale  ressaltar  que  as  deficiências  encontradas  na  cláusula  37  implicam  em  reflexos  diversos  em  toda  a  rede  de  contratos  necessária  a  viabilizar  um  projeto  da  magnitude  desta  PPP,  dificultando,  por  exemplo,  a  obtenção  dos  financiamentos  necessários.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Por  que  razão  não  há  definição  da  Câmara  Arbitral?  2. No  caso  de  ausência  de  definição  da  Câmara  Arbitral  quando  da  celebração  do  contrato,  que  

medidas  o  Poder  Concedente  pretende  adotar  caso  se  recuse  ou  não  consiga,  por  qualquer  motivo,  contratar  a  Câmara  Arbitral?  

 PRONUNCIAMENTO   –  entende-­‐se  como  relevantes  as  alegações  e   serão  promovidos  os  ajustes  necessários.  

 

XXXVII.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  SÉTIMO  QUESTIONAMENTO  

   Nos   termos   da   subcláusula   8.2.   da   minuta   do   contrato   de   concessão   administrativa,   o   capital   social  exigido  para  a  SPE  é  de  R$  40.000.000,00  (quarenta  milhões  de  Reais).  Tal  montante  equivale  a  3%  (três  por  cento)  do  valor  do  contrato,  e  a  pouco  mais  de  ¼  (um  quarto)  do  valor  estimado  dos  investimentos  (CAPEX).      No   entanto,   há   que   se   ter   em   mente   que   a   PPP,   ao   contrário   da   contratação   de   obra   isolada,  conceitualmente  falando  está  muito  mais  relacionada  com  a  prestação  de  serviços  (OPEX)  do  que  com  a  realização  de  obras  (CAPEX).      Neste  passo,  o  faturamento  e  a  geração  de  valores  das  empresas  prestadoras  de  serviços  no  âmbito  de  PPPs,  em  razão  da  natureza  do  trabalho  que  executam,  dependem  principalmente  do  trabalho  intensivo  (capital   intangível)   realizado,   e   não   tanto   da   adição   de   investimentos   em   capital   físico   (em   ativos  tangíveis).      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

 

Não   seria   razoável   reduzir   o   capital   social   da   SPE   para   10%   (dez   por   cento)   do   valor   estimado   dos  investimentos   para   a   implantação   do   Complexo   Penal,   em   linha   com   o   entendimento   exarado   pelos  Tribunais  de  Contas,  no  sentido  de  que  o  valor  do  contrato  corresponde  ao  valor  do  CAPEX?    PRONUNCIAMENTO  –  a  particularização  de  valores  de  custos  e  investimentos  diferentes  da  forma  como  foram  apresentados  nos  documentos  divulgados  pelo  Poder  Concedente  é  de   inteira  responsabilidade  pelo  formulador  do  questionamento  e  não  serão  referendados  fora  das  respectivas  etapas  previstas  no  processo  licitatório.      Conforme   pronunciamento   anterior   sobre   o   valor   total   do   contrato,   o   mesmo   não   será   alterado  conceitualmente.    No  que  diz  respeito  ao  percentual  e  respectivo  valor  resultante,  os  mesmos  serão  analisados  com  vistas  à  sugestão  de  sua  redução.    

XXXVIII.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  OITAVO  QUESTIONAMENTO      A  cláusula  38.2.  da  minuta  de  contrato  cria  uma  hipótese  inusitada,  para  dizer  o  mínimo,  de  intervenção  do   Poder   Concedente   na   concessão:   trata-­‐se   da   intervenção  “por   razões   de   interesse   público,   de   alta  relevância  e  amplo  conhecimento”.  

   O  instituto  da  intervenção,  conforme  previsto  no  art.  32  e  seguintes  da  Lei  Federal  n  8.987/95,  não  se  presta  a  viabilizar  a  retomada,  ainda  que  temporária,  da  prestação  dos  serviços  concedidos  pelo  Poder  Concedente  num  cenário  em  que  as  obrigações  da  Concessionária  estão  sendo  regularmente  cumpridas.  O   art.   32   da   referida   lei   é   claro   ao   prever   a   intervenção   como   um   mecanismo   de  “assegurar   a  adequação   na   prestação   dos   serviços,   bem   como   o   fiel   cumprimento   das   normas   contratuais,  regulamentares  e  legais  pertinentes”.  

   Para  os  casos  de  retomada  dos  serviços  concedidos  em  razão  de  interesse  público,  o  instituto  previsto  em  lei  é  o  da  encampação,  já  disciplinado  na  minuta  de  contrato,  em  sua  cláusula  41.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Qual   o   fundamento   jurídico   utilizado   pelo   Poder   Concedente   relativamente   à   cláusula   em  questão?  

2. Não  entende  o  Poder  Concedente  que  tal  cláusula  viola  a  legislação  vigente?    

PRONUNCIAMENTO  –  O  Art.  32  da  Lei  nº  8.987/95  trata  da  finalidade  da  intervenção  “com  o  fim  de  assegurar  a  adequação  na  prestação  dos  serviços,  bem  como  o  fiel  cumprimento  das  normas  contratuais,  regulamentares  e  legais  pertinentes”    e  não  das  causas  que  justificam  a  intervenção.  Entende   o   Poder   Concedente   que   existem   causas,   inobstante   o   fiel   cumprimento   das   normas  contratuais,  regulamentares  e  legais  pertinentes,  que  possam  justificar  a  intervenção.  O   disposto   na   referida   cláusula   por   si   só   estabelece   a   dimensão   e   a   obrigatoriedade   de  justificativas  destas  possíveis  causas.    

   

XXXIX.                    ASPECTOS  DO  TRIGÉSIMO  NONO  QUESTIONAMENTO  

   A   Cláusula   39.4   da  minuta   de   contrato   prevê   o   direito   à   indenização   da   Concessionária   em   qualquer  caso  de  extinção  do  contrato,  o  que,  conceitualmente,   já  se  mostra  equivocado,  na  medida  em  que  a  melhor  técnica  e  a  legislação  de  regência  indicam  soluções  diferentes  para  os  diversos  casos  passíveis  de  gerar  a  extinção  do  contrato  de  concessão  administrativa.  

   Ademais,  há  impropriedades  graves  na  cláusula  ao  limitar  a  extensão  da  indenização  em  qualquer  caso  apenas  a  bens  ou   investimentos  “cuja  aquisição  ou  execução   tenha   sido  devidamente  autorizada  pelo  

 

Poder   Concedente,   e   desde   que   realizada   para   garantir   a   continuidade   e   a   atualidade   da   Concessão  Administrativa”.  

   Com  efeito,  no  caso  de  encampação  da  concessão,  por  exemplo,  a  indenização  deve  abranger  também  os   investimentos  e  bens   realizados  e   constituídos  pela  Concessionária   em  contrapartida  ao  direito  de  explorar   a   concessão   administrativa,   e   não   apenas   investimentos   ou   bens   adicionais.   Como   a  Concessionária,  nessa  hipótese,  perde  o  direito  de  explorar  a  concessão  antes  do  prazo  a  ela  conferido  contratualmente  para  amortizar  os  investimentos  e  depreciar  os  bens  implantados,  a  indenização  deve  igualmente  abranger  tais  investimentos  e  bens,  de  forma  ampla.  

   Não  bastasse   isso,  no  caso  de  encampação  todos  os  danos  emergentes  dessa   interrupção  do  contrato  antes  do  termo  final  devem  ser  igualmente  indenizados,  nomeadamente:  

a)  as   parcelas   dos   investimentos   em   bens   reversíveis,   ainda   não   amortizados   ou  depreciados,  que  tenham  sido  realizados  para  o  cumprimento  do  contrato;  

b)  a   desoneração   da   Concessionária   em   relação   às   obrigações   decorrentes   de  contratos   de   financiamentos   por   ela   contraídos   para   o   cumprimento   do   Contrato,  mediante,   conforme  o   caso:   (i)   prévia   assunção,   perante   as   instituições   financeiras  credoras,  das  obrigações  contratuais  remanescentes  da  Concessionária,  em  especial  quando  a  receita  figurar  como  garantia  do  financiamento;  ou  (ii)  prévia  indenização  à  Concessionária  da  totalidade  de  seus  débitos  remanescentes  perante  as  instituições  financeiras  credoras;  

c)  todos  os  encargos  e  ônus  decorrentes  de  multas,  rescisões  e  indenizações  que  se  fizerem  devidas  a  fornecedores,  contratados  e  terceiros  em  geral,  em  decorrência  do  rompimento  dos  vínculos  contratuais;  e  

d)  os  serviços  de  operação  proporcionalmente  aos  dias  efetivamente  executados.      Respeitadas  as  peculiaridades  de  cada  caso,  as  hipóteses  de  extinção  por  anulação,  falência,  caducidade  ou   rescisão  deveriam   levar   a   indenizações   amplas   à   concessionária,   compensadas,   quando   for   o   caso  (caducidade   ou   falência)   com   as   penalidades   e  multas   previstas   contratualmente   em   favor   do   Poder  Concedente  nesses  casos.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

   

1. Não   seria   o   caso,   em   razão   das   diversas   inconsistências   e   ilegalidades   apontadas,   de   se  reformular   completamente   as   disposições   sobre   indenização,   prevendo-­‐se   clausulado  específico  para  cada  caso  de  extinção  do  contrato?  

PRONUNCIAMENTO  –  Embora  se  trate  textualmente  dos  dispositivos  previstos  nos  Art.  36  e  37  da     Lei   nº   8.987/95,   e   que   cada   caso   de   extinção   do   contrato   encontra-­‐se   especificamente  clausulado,  será  feita  uma  reavaliação  estrutural  dos  artigos  envolvidos  e  seus  respectivos  textos,  com  vistas  a  verificar  a  eventual  necessidade  de  adequação.  

 

XL.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  QUESTIONAMENTO  

   

 

A  cláusula  23.4.  da  minuta  de  contrato  de  concessão  administrativa  dispõe  que  nas  hipóteses  de  caso  fortuito   e   força   maior   não   seguráveis   caberá   às   partes   acordar   (i)   se   o   Contrato   será   objeto   de  reequilíbrio  econômico-­‐financeiro  e  (ii)  se  o  Contrato  será  extinto.  

   Na  prática,  a  escolha  pela  solução  a  ser  dada  em  cada  caso  concreto  caberá  ao  Poder  Concedente,  na  medida   em   que   ou   ele   concorda   em   reequilibrar   o   contrato   ou   não   haverá   alternativa   que   não   a  extinção  do  contrato.  

   Até  aí  tudo  bem.  Ocorre  que  o  Contrato,  em  sua  subcláusula  23.4.1.,  acaba  por  impor  à  Concessionária  todos  os  ônus  de  uma  eventual  extinção  prematura  do  contrato  em  razão  de  um  evento  de  força  maior  ou   caso   fortuito,   ao   prever   que   a   indenização   da   Concessionária   será   regida   pelas   regras   e  procedimentos  aplicáveis  à  extinção  da  concessão  pelo  decurso  do  prazo  contratual.  

   Em   outras   palavras,   o   contrato   equipara   a   extinção   prematura   do   Contrato   sem   qualquer   culpa   da  Concessionária  com  a  extinção  pelo  termo  normal  da  vigência  do  Contrato,  impondo  à  Concessionária,  dentre  outros,  os  seguintes  prejuízos  e  ônus:  

a)        Não   ser   indenizada   pelas   parcelas   dos   investimentos   em   bens   reversíveis,   ainda   não  amortizados  ou  depreciados,  que  tenham  sido  realizados  para  o  cumprimento  do  contrato;  

b)        Não   ser   desonerada   em   relação   às   obrigações   decorrentes   de   contratos   de  financiamentos  por  ela  contraídos  para  o  cumprimento  do  Contrato;  e  

c)        Não   ser   indenizada   por   todos   os   encargos   e   ônus   decorrentes   de  multas,   rescisões   e  indenizações  que   se   fizerem  devidas  a   fornecedores,   contratados  e   terceiros  em  geral,   em  decorrência   do   rompimento   dos   vínculos   contratuais,   inclusive   com   seus   colaboradores   e  empregados.  

   Isto  sem  contar  os  prejuízos  causados  aos  acionistas  da  sociedade  de  propósito  específico  em  razão  de  sua  extinção  prematura.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

   

1.        O  Poder  Concedente  manterá  a  redação  da  subcláusula  23.4.1.  da  minuta  de  contrato  de  concessão  administrativa,  de  todo  incompatível  com  a  matriz  de  riscos  do  projeto  e  com  a  situação  fática  por  ela  regrada?  

2.        Na  hipótese  de  extinção  prematura  do  contrato  em  razão  de  evento  não  segurável  de  força  maior  ou   caso   fortuito   serão  aplicadas,  no  que   couberem,  as   regras   contratuais   aplicáveis   ao   caso  de  maior  similitude,  qual  seja,  a  encampação  da  concessão  pelo  Poder  Concedente?  

PRONUNCIAMENTO  –  o  tema  será  analisado.          

XLI.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  PRIMEIRO  QUESTIONAMENTO  

   

Em   complemento   aos   itens   XIV   e   XXII   do   presente   documento   –   Aspectos   do   Décimo   Quarto  Questionamento   e   Aspectos   do   Vigésimo   Segundo  Questionamento,   respectivamente,   de   se   ressaltar  que  o  terreno  em  que  será  implantado  o  Complexo  Prisional  só  será  incorporado  ao  patrimônio  da  SPE  após   a   sua  efetiva   liberação  por  parte  do  Poder  Concedente.   Como   tal,   nesta   condição,   será   referido  

 

terreno  oferecido  pela  SPE  como  parte  das  garantias  exigidas  pelos  órgãos  financiadores,  para  a  emissão  da  Carta  de  Compromisso   requerida  pelo  Poder  Concedente,  nos   termos  do   item  14.2,   alínea   “c”,   do  Edital.  

   

QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

   

1. O   Poder   Concedente   está   ciente   (e   estando   consciente   com   isto   concorda)   de   que   a  efetiva  liberação  do  terreno  em  que  será   implantado  o  Complexo  Prisional   só  será   incorporado  ao  patrimônio  da  SPE  após  a  sua  efetiva  liberação  por  parte  do  Poder  Concedente?  

2. Está   ciente  de  que,   como   tal,   nesta   condição,   será   referido   terreno  oferecido  pela   SPE   como  parte   das   garantias   exigidas   pelos   órgãos   financiadores,   para   a   emissão   da   Carta   de  Compromisso   requerida   pelo   Poder   Concedente,   nos   termos   do   item   14.2,   alínea   “c”,   do  Edital?  

3. Os  questionamentos  expostos  nos  itens  XIV  e  XXII,  supramencionados,  serão  acatados?    

PRONUNCIAMENTO   –   Analisando-­‐se   os   argumentos,   verifica-­‐se   inicialmente   a   ausência   de  conectividade   entre   os   itens   XIV   e   XXII   com  o  presente   item,   razão  pela   qual   este   aspecto   fica  prejudicado  quanto  à  indagação.  No  tocante  aos  demais  pontos  entende  o  Poder  Concedente  que  o  terreno  onde  será  implantado  o  Complexo  não  constituirá  patrimônio  da  SPE  e  nem  poderá  ser  dado  em  garantia  aos  órgãos  financiadores.  Entende  que  as  garantias  a  serem  oferecidas  são  as  previstas  no  Art.  28  da  Lei  nº  8.987/95.    

   

XLII.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  SEGUNDO  QUESTIONAMENTO  

   

O  nível  das  exigências  demandadas  (QID)  pelo  Poder  Concedente  é  absolutamente  incompatível  com  a  receita  esperada  pela  disponibilidade  de  vagas  e  pelas  bonificações  previstas  pelo  Projeto  de  PPP.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

   

1. Na   opinião   do   Poder   Concedente,   o   nível   das   exigências   demandadas   (QID)   pelo   Poder  Concedente   é   compatível   com   a   receita   esperada   pela   disponibilidade   de   vagas   e   pelas  bonificações  previstas  pelo  Projeto  de  PPP?    PRONUNCIAMENTO  –  sim    

2. Seria   possível   apresentar   a   identidade   contábil   que   equilibra   esses   requisitos   de   dispêndios  com  as  expectativas  de  receitas  previstas  para  o  Projeto,  que  pudesse  atestar  a  viabilidade  do  projeto  do  ponto  de  vista  técnico-­‐operacional  e  econômico-­‐financeiro?    

PRONUNCIAMENTO   –   as   informações   consideradas   necessárias   encontram-­‐se   contidas   no  quadro  apresentado  no  Anexo  IV  -­‐  Termo  de  Referência  para  Elaboração  da  Proposta  Econômica.  

   

XLIII.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  TERCEIRO  QUESTIONAMENTO  

 

   

Como   se   sabe,   a   definição   da   estrutura   de   garantia   de   pagamento   da   contraprestação   do   parceiro  privado  é  fundamental  para  viabilizar  o  sucesso  da  PPP.  

   

Dito   de   outra   forma,   cediço   é   que   a   concorrência   torna-­‐se   inviável   caso   o   Poder   Concedente   não  conceda,   quando   da   publicação   do   Edital,   garantia   robusta   de   que   a   concessionária   receberá   a  respectiva  remuneração,  mesmo  nos  casos  de  inadimplemento  da  Administração  Pública.  

   

QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

   

1. Seria  possível  ao  Poder  Concedente  definir  mais  precisamente  o  que  seria  e  qual  a  origem  dos  recursos   federais   que   serão   depositadas   em   conta   vinculada   na   instituição   financeira  depositária  desses  recursos?  

 PRONUNCIAMENTO   –   estas   informações   são   públicas   e   estão   contidas   no   sitio   eletrônico   da  Secretaria   do   Tesouro   Nacional.   Neste   sitio   são   publicadas   todas   as   fontes   que   compõem   as  

transferências,   rubrica   a   rubrica,   inclusive   histórico.  O   acesso   às   informações   se   dá   através   do  seguinte  endereço:    http://www3.tesouro.gov.br/estados_municipios/transferencias_contitucionais_novosite.asp      

 2. Ainda  com  relação  à  garantia,   justamente  em  razão  do  quanto  exposto  acima,  não  seria  mais  

adequado   que   o   Fundo   Garantidor   da   PPP   Prisional   esteja   constituído   até   a   data   de  assinatura  do  Contrato  de  Concessão,  como  condição  suspensiva  para  a  sua  eficácia?    

PRONUNCIAMENTO  –  não  foi  esta  a  modelagem  desenvolvida.  

XLVI.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  QUARTO  QUESTIONAMENTO  

   A   cláusula   24.1.   da   minuta   de   contrato   de   concessão   administrativa   prevê   a   obrigatoriedade   de  compartilhamento   dos   ganhos   econômicos   decorrentes   da   redução   do   risco   de   crédito   entre   a  Concessionária   e   o   Poder   Concedente.   No   entanto,   a   subcláusula   24.1.1.   determina   que   o  compartilhamento  seja  feito  por  meio  de  redução  do  valor  da  contraprestação  mensal   imediatamente  vincenda.  

   Ao   assim   proceder,   o   contrato   coloca   a   Concessionária   em   uma   situação   difícil,   pois   certamente   a  redução  do  risco  de  crédito  será  aproveitada  pela  Concessionária  ao  longo  do  prazo  de  amortização  da  dívida   contratada,   porém   o   ganho   integral   obtido   será   repassado   ao   Poder   Concedente   na  contraprestação  mensal  imediatamente  vincenda.  

   Sugere-­‐se  deixar  claro  na  minuta  de  contrato  de  concessão  administrativa  que  o  compartilhamento  dos  ganhos  com  redução  do  risco  de  crédito  serão  compartilhados  na  mesma  medida  em  que  aproveitados  efetivamente  pela  Concessionária,  ou  seja,  em  regime  caixa  e  não  competência.        QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  compartilha  deste  entendimento?  

 

PRONUNCIAMENTO   –   O   Poder   Concedente   compartilha   do   entendimento   de   que   os   ganhos  quando  calculados  e  divididos,  embora  aplicáveis  no  valor  da  contraprestação  imediata,  estarão  diluídos  ao  longo  do  período  da  concessão.  Se  os  argumentos  foram  entendidos  adequadamente,  não  se  trata  de  apropriar  todos  os  ganhos  em  uma  única  e  imediata  contraprestação.  

 

XLV.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  QUINTO  QUESTIONAMENTO  

   A  cláusula  24.3.  da  minuta  de  contrato  de  concessão  administrativa  dispõe  sobre  a  obrigatoriedade  de  repasse  integral  ao  Poder  Concedente  dos  ganhos  econômicos  da  Concessionária  advindos  da  redução,  extinção  ou  isenção  de  tributos.  

   Ocorre   que,   conforme   prevê   o   art.   9º,   §3º   da   Lei   Federal   8.987/95   e   a   cláusula   25.4.   da  minuta   do  contrato  de  concessão  administrativa,  o   risco  de  alterações  nas  alíquotas  do   imposto  sobre  a   renda  é  assumido  pela  Concessionária.  Assim,   tanto  a  majoração  quanto  a   redução  das  alíquotas  ou  bases  de  incidência   do   imposto   sobre   a   renda   devem   prejudicar   ou   beneficiar   tão   somente   a   Concessionária,  sendo  ilegal  qualquer  tentativa  do  Poder  Concedente  de  se  apropriar  de  eventuais  ganhos  decorrentes  de  modificações  sobre  esse  imposto  em  especial.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. Pode   o   Poder   Concedente   proceder   ao   ajuste   da   cláusula   24.3.   da  minuta   de   contrato   de  concessão  administrativa  para  que  tal  incoerência  e  ilegalidade  seja  resolvida?  

PRONUNCIAMENTO  –  a  proposta  será  analisada.      

XLVI.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  SEXTO  QUESTIONAMENTO  

   Em  relação  à  cláusula  25.4,  alínea  “g”,  é  nosso  entendimento  que  a   redação  da  cláusula  seja  alterada  para  contemplar  não  apenas  os  atrasos  relacionados  ao  procedimento  de  desapropriação,  mas  também  e   principalmente   o   atraso   na   disponibilização   do   imóvel   com   a   infraestrutura   básica   do   entorno  necessária   à   mobilização   da   Concessionária,   uma   vez   que   não   importa   o   motivo   do   atraso   para   a  Concessionária,  mas  sim  a   impossibilidade  de   iniciar  sua  mobilização  para  a   implantação  do  Complexo  Prisional.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

   

1.        O  Poder  Concedente  comunga  deste  entendimento?  A  solicitação  será  acatada?      

PRONUNCIAMENTO   –   considere-­‐se   os  mesmos   termos  da   resposta   dada   ao   vigésimo  primeiro  questionamento.  

XLVII.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  SÉTIMO  QUESTIONAMENTO  

   A   minuta   de   contrato   de   concessão   administrativa,   em   sua   cláusula   33.21,   trata   da   superlotação   do  Complexo  Prisional  como  algo  trivial  e  passível  de  tratamento  apenas  sob  a  ótica  econômica,  mediante  um  pagamento  adicional  à  Concessionária.  

   Ocorre   que   a   superlotação   somente   pode   ser   admitida   no   contrato   na   qualidade   de   situação  excepcional   e   contingente,   sob   pena   de   restar   contratualizado   um   ilícito,   já   que   o   art.   85   da   Lei   de  

 

Execuções   Penais   exige   que   o   estabelecimento   penal   tenha   lotação   compatível   com   sua   estrutura   e  finalidade.  

   Assim,   a   questão   da   superlotação   deve   ser   tratada   na   minuta   de   contrato   com   o   cuidado   e   a  excepcionalidade   que   o   tema   merece,   ou   seja,   com   a   obrigação   clara   e   inequívoca   de   o   Poder  Concedente  respeitar  a  lotação  máxima  do  Complexo  Prisional,  cabendo  ao  mesmo  providenciar  outro  local  e  remover  a  população  eventualmente  excedente.  

   O   pagamento   por   preso   adicional   deve   ser   previsto   apenas   para   o   período   temporal   em   que   casos  excepcionais   de   superlotação   aconteçam,   sempre   garantida   a   remoção   da   população   carcerária  excedente   pelo   Poder   Concedente   e   a   responsabilidade   total   e   irrestrita   por   decisões   judiciais   que  venham  a  obrigar  a  Concessionária  a  admitir  mais  presos  do  que  capacidade  do  Complexo.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. o  Poder  Concedente  concordaria  em  realizar  as  seguintes  alterações  contratuais?  

a)        Inserir  na  cláusula  17.2.  que  é  obrigação  do  Poder  Concedente   remover  a  população  carcerária   excedente,   imediatamente   após   a   comunicação   e   indenizar   a   Concessionária,  dos   períodos   em   que   ocorrer   a   ocupação   excedente,  pro   rata   die,   em   função   do   valor  médio   unitário   do   custo   por   reeducando,   no   faturamento   do   mês   seguinte,  independentemente  de  outras  notificações  ou  providências?  

b)        Inserir   na   cláusula   25   que   os   riscos   associados   ao   excesso   de   reeducandos  encaminhados  ao  Complexo  Prisional,  assim  entendidos  aqueles  decorrentes  da  internação  de  reeducandos  em  número  superior  à  capacidade  máxima  de  cada  unidade  prisional,  são  integralmente  assumidos  pelo  Poder  Concedente.  

PRONUNCIAMENTO  –  recomenda-­‐se  uma  avaliação  mais  aprofundada  do  conteúdo  da  referida  cláusula,  uma  vez  que  não  se  encontram  presentes  os  elementos  constantes  da  argumentação,  ou  seja,  não  se  trata  de  pagamento  por  preso  adicional.    

 

XLVIII.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  OITAVO  QUESTIONAMENTO      

Na   cláusula   25.4.,   alíneas   “j”   e   “k”   da  minuta  de   contrato  de   concessão   administrativa,   estabelece-­‐se  que  a  Concessionária  fará  jus  ao  reequilíbrio  econômico-­‐financeiro  do  contrato  no  caso  de  ocorrência  de  rebelião  de  presos  “desde  que  a  atuação  da  Concessionária,  na  execução  do  Contrato,  em  nada  tenha  contribuído  ou  possa  ser  a  causa  da  rebelião”.  

   A   extensão   da   ressalva   constante   de   referidos   dispositivos,   na   prática,   elimina   qualquer   direito   a  reequilíbrio  por  parte  da  Concessionária.  

   A   minuta   de   contrato,   para   assegurar   uma   distribuição   coerente   dos   riscos   de   rebeliões   entre  Concessionária  e  Poder  Concedente,  deveria  se  utilizar  do  conceito  jurídico  de  “culpa”.  Ou  seja,  todos  os  casos   de   rebeliões   decorrentes   de   culpa   da   Concessionária,   vale   dizer,   omissão   ou   imperícia   na  prestação  dos  serviços  objeto  da  PPP.  

   Dessa   forma,   para   os   casos   em   que   não   haja   culpa   da   Concessionária,   caberá   ao   Poder   Concedente  efetuar  o  pagamento  das  despesas  decorrentes  de  eventuais   rebeliões,   sem  prejuízo  da  obrigação  da  Concessionária   de   contratar   os   serviços   e   adquirir   os   bens   necessários   à   manutenção,   reparação   e  restauração   integral   da   estrutura   física   do   Complexo   Penal,   após   autorização   formal   do   Poder  Concedente.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

 

1. Podemos  considerar  consensual  o  entendimento  desta  situação?  2. Em   caso   positivo,   o   Poder   Concedente   poderia   adequar   as   cláusulas   do   contrato   ao  

entendimento  aqui  defendido,  de  forma  a  elidir  dúvidas?    

PRONUNCIAMENTO   –   O   Poder   Concedente   compartilha   com   o   entendimento.   Será   analisada  apenas  a  conveniência  e  a  necessidade  de  se  promover  ajuste  textual  à  Cláusula.  

XLIX.                    ASPECTOS  DO  QUADRAGÉSIMO  NONO  QUESTIONAMENTO      Em   relação   ao   procedimento   previsto   para   a   recomposição   do   equilíbrio   econômico-­‐financeiro   do  Contrato,  é  necessário  que  seja  inserida  cláusula  na  minuta  de  contrato  condicionando  a  implantação  do  reequilíbrio   à   efetiva   celebração   de   termo   aditivo   ao   contrato   de   forma   a   que   o   processo   de  recomposição  seja  refletido  contratualmente.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  concorda  com  este  entendimento?      

PRONUNCIAMENTO  –  sim,  embora  seja  desnecessária  a  referida  cláusula.    

L.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  QUESTIONAMENTO      A   subcláusula   28.2.3.   da   minuta   de   contrato   de   concessão   prevê   a   possibilidade   de   que   o   Poder  Concedente   substitua,   a   qualquer   tempo,   a   garantia   de   pagamento   da   contraprestação   por   qualquer  outra  das  garantias  admitidas  no  art.  8º  da  Lei  Federal  nº  11.079/04.  

   Ocorre  que  a  substituição  da  garantia  não  pode  ocorrer  contra  a  vontade  da  Concessionária.  É  sabido  que  toda  a  estruturação  financeira  do  Projeto,  a  alocação  de  recursos  próprios  e  a  captação  de  recursos  junto   a   instituições   financeiras   dependem   sobremaneira   da   segurança   jurídica   acerca   da   prestação   e  manutenção  da  garantia  pelo  Poder  Concedente  ao  longo  de  todo  o  prazo  do  contrato.  

   Assim,  requer-­‐se  seja  alterada  a  referida  subcláusula  para  que  toda  e  qualquer  substituição  da  garantia  prestada  ocorra  de  comum  acordo  entre  as  Partes.  

   QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:  

   

1. Pode-­‐se   contar   com   a   anuência   do   Poder   Concedente   para   com   o   disposto   nesta  proposição?  

PRONUNCIAMENTO   –   Sim,   será   incluída   a   condição  de   comum  acordo  para   a   substituição  das  garantias.  

 

LI.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  PRIMEIRO  QUESTIONAMENTO      A  Lei  de  Execução  Penal,  em  sua  Seção   II,  dispõe  acerca  da  assistência  material  ao  preso,  no  seguinte  sentido:      

“SEÇÃO  II  

Da  Assistência  Material  

 

Art.  12.  A  assistência  material  ao  preso  e  ao   internado  consistirá  no   fornecimento  de  alimentação,  vestuário  e  instalações  higiênicas.  

Art.  13.  O  estabelecimento  disporá  de   instalações  e  serviços  que  atendam  aos  presos  nas   suas   necessidades   pessoais,   além   de   locais   destinados   à   venda   de   produtos   e  objetos  permitidos  e  não  fornecidos  pela  Administração.”  

   A  mesma  lei,  em  seu  artigo  43,  disciplina  os  direitos  dos  presos:      

“Art.  41  -­‐  Constituem  direitos  do  preso:  

I  -­‐  alimentação  suficiente  e  vestuário;  

II  -­‐  atribuição  de  trabalho  e  sua  remuneração;  

III  -­‐  Previdência  Social;  

IV  -­‐  constituição  de  pecúlio;  

V   -­‐   proporcionalidade   na   distribuição   do   tempo   para   o   trabalho,   o   descanso   e   a  recreação;  

VI   -­‐   exercício   das   atividades   profissionais,   intelectuais,   artísticas   e   desportivas  anteriores,  desde  que  compatíveis  com  a  execução  da  pena;  

VII  -­‐  assistência  material,  à  saúde,  jurídica,  educacional,  social  e  religiosa;  

VIII  -­‐  proteção  contra  qualquer  forma  de  sensacionalismo;  

IX  -­‐  entrevista  pessoal  e  reservada  com  o  advogado;  

X  -­‐  visita  do  cônjuge,  da  companheira,  de  parentes  e  amigos  em  dias  determinados;  

XI  -­‐  chamamento  nominal;  

XII  -­‐  igualdade  de  tratamento  salvo  quanto  às  exigências  da  individualização  da  pena;  

XIII  -­‐  audiência  especial  com  o  diretor  do  estabelecimento;  

XIV  -­‐  representação  e  petição  a  qualquer  autoridade,  em  defesa  de  direito;  

XV  -­‐  contato  com  o  mundo  exterior  por  meio  de  correspondência  escrita,  da  leitura  e  de  outros  meios  de  informação  que  não  comprometam  a  moral  e  os  bons  costumes.  

XVI  –  atestado  de  pena  a  cumprir,  emitido  anualmente,  sob  pena  da  responsabilidade  da  autoridade  judiciária  competente.  (Incluído  pela  Lei  nº  10.713,  de  2003)  

Parágrafo  único.  Os  direitos  previstos  nos   incisos  V,  X  e  XV  poderão  ser  suspensos  ou  restringidos  mediante  ato  motivado  do  diretor  do  estabelecimento.”  

   Como  se  vê,  há  na  Lei  de  Execução  Penal  um  rol  extenso  de  direitos  e  assistência  material  que  deve  ser  fornecido   pelo   Estado   ao   preso.   Todavia,   não   há   um   detalhamento   mandatório   dos   quantitativos   a  serem  fornecidos  para  cada  preso,  sendo  as  recomendações  do  Conselho  Nacional  de  Política  Criminal  e  

 

Penitenciária   apenas   uma   diretriz   geral   que   merece   ser   objeto   de   detalhamento   no   Caderno   de  Encargos  da  Concessionária.      Ocorre   que   o   Caderno   de   Encargos   da   Concessionária,   em   seu   item   2.2.,   de  maneira   surpreendente,  deixou  essa  importante  questão  ao  completo  arbítrio  das  licitantes.  Senão  vejamos:      

“A  CONCESSIONÁRIA  deverá  prestar   os   serviços   assistenciais   dispostos   neste   capítulo  de   acordo   com   o   que   dispõe   a   legislação   aplicável   e   segundo   os   termos   aqui  estabelecidos.  

O  dimensionamento  dos  recursos  necessários  ao  cumprimento  das  obrigações  é  de  sua  inteira   responsabilidade.   Estes   recursos   devem   ser   detalhados   e   apresentados   em  planilha  própria  conforme  disposto  no  processo  de  pré-­‐qualificação.  

As  obrigações  assumidas  referem-­‐se  à  quantidade  de  serviços  que  serão  prestados  aos  presos  e  internados  e  estarão  contidas  em  documento  próprio  –  Plano  de  Atendimento  de  Serviços  –  PAS,  no  nível  indicado  em  seu  processo  de  pré-­‐qualificação.”  

   Em   outras   palavras,   o   Poder   Concedente   deixará   com   que   cada   licitante   dimensione   os   recursos  necessários   ao   atendimento   material   dos   presos,   o   que   é   extremamente   perigoso   e   flagrantemente  contrário  aos  propósitos  do  Estado.      Com  efeito,   ao  deixar   ao   arbítrio  dos   Licitantes,   no  processo  de  pré-­‐qualificação,   o  dimensionamento  dos   recursos   necessários   ao   atendimento  material   do   preso,   e   definir   como   critério   de   julgamento   o  menor   preço,   o   Governo   do   Estado,   na   prática,   está   indicando   para   os   interessados   no   certame   que  optem   por   um   modelo   de   cogestão   em   que   o   Concessionário   não   fornece   gratuitamente   todos   os  insumos   necessários   à   plena   assistência   material   do   preso,   transferindo   às   famílias   do   preso   esse  encargo,  seja  mediante  a  permissão  de  entrada  de  tais  insumos  (alimentos,  artigos  de  higiene  pessoal  e  vestuário),  seja  mediante  a  instalação  de  locais  destinados  à  comercialização  desses  produtos.      Esse   modelo   de   cogestão,   no   entanto,   mostra-­‐se,   na   prática,   extremamente   desfavorável,   tanto   no  aspecto  da  segurança  do  Complexo  Prisional  quanto  no  aspecto  social.      No  que  concerne  à  segurança  do  Complexo  Prisional,  o  modelo  de  cogestão  que  permite  o  ingresso  de  alimentos,  artigos  de  higiene  e  vestuário  trazidos  por  familiares  aumenta  consideravelmente  as  chances  de  entrada  no  Complexo  Prisional  de  artigos  proibidos,  como  armas  ou  artefatos  perigosos.  Por  melhor  que  seja  o  controle,  os  riscos  são  aumentados  significativamente.      Isso  sem  contar  que  a   livre  entrada  de  insumos  de  alimentação,  vestuário  e  artigos  de  higiene  pessoal  cria  um  verdadeiro  “mercado  negro”  para  essas  mercadorias  dentro  do  presídio,  tornando-­‐se  referidos  insumos  motivo  para  que  presos  sejam  achacados  por  outros,  obrigando  que  seus  familiares  levem  tais  insumos   para   o   consumo  desses   terceiros,   sob   pena   de   colocar   em   risco   a   segurança   de   seu   familiar  preso.  As  disputas   geradas  no  Complexo  em   razão  do  desejo  de   consumir  o  que  entra   livremente  no  presídio  é  deveras  perigoso.      De  outro  lado,  há  que  se  considerar  o  aspecto  social.  Nesse  modelo  em  que  a  família  assume  o  ônus  da  assistência  material,  o  preso  que  não  possui   família  ou  cuja   família  não  se   interesse  por  sua  condição  fica   extremamente   prejudicado.   Além   disso,   as   famílias   menos   favorecidas   passam   a   sofrer   com   a  necessidade  de  dispender  recursos  importantes  à  manutenção  da  própria  família  com  o  familiar  preso  e  eventualmente   com   terceiros,   trazendo   instabilidade   social   para   a   própria   família   e   agravando   sua  condição  de  penúria.      Em  razão  de  todo  o  exposto,  flagrante  a  necessidade  de  que  o  Caderno  de  Encargos  da  Concessionária  seja  integralmente  revisto,  para  que  a  assistência  material  ao  preso  seja  tratada  com  o  cuidado  que  ela  demanda,   sem   se   deixar   ao   arbítrio   da   concessionária   se   fornecerá   2   (duas)   ou   4   (quatro)   refeições  

 

diárias,  se  fornecerá  ou  não  periodicamente  creme  dental  ao  preso,  se  permitirá  ou  não  o  fornecimento  desses   insumos  por   terceiros,   ou   seja,   de   forma  a   tornar   clara   a  opção  do  Estado  por  um  modelo  de  cogestão  apto  a  funcionar  com  efetividade,  garantindo  a  segurança  no  Complexo  Penal  e  a  possibilidade  de  ressocialização  dos  internos.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  compartilha  deste  entendimento?    

2. Em   caso   contrário,   como   o   Poder   Concedente   espera   reverter   os   aspectos   negativos   aqui  expostos,   baseados   em   larga   experiência   enfrentada   em   processos   de   cogestão   em   vária  unidades  prisionais  do  país?  

 PRONUNCIAMENTO   –   o   questionamento   foi   objeto   de   resposta   durante   a   audiência   pública   e  encontra-­‐se  registrado  na  respectiva  ATA.  A  observância  dos  direitos  dos  presos  e  o  atendimento  a   todas   as  obrigações   contidas  na   Lei   de  Execução  Penal   estão  previstos  no  projeto.  O  modelo  lógico   do   projeto   foi   estabelecido   para   que   todos   os   requisitos   sejam   atendidos,  independentemente   de   descrição   de   qualificação   e   quantificação   física.  O  modelo   prevê   que   o  controle  afeto  a  estes  aspectos  será  feito  a  partir  da  consecução  do  Plano  Geral  de  Metas.    

 

LII.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  SEGUNDO  QUESTIONAMENTO      No  que  tange  às  características  gerais  das  unidades,  há   incongruência  entre  a   limitação  a  alas  com  no  máximo   100   vagas,   constante   do   anexo   XII,   e   a   descrição   das   unidades   nível   I   e   III,   que   contam   com  quatro   alas,   sendo  que   2   possuem  120   vagas   e   outras   duas   possuem  114   vagas.   É   necessário   que   se  corrija  referida  inconsistência.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.              O  Poder  Concedente  reconhece  a  dicotomia  aqui  relevada?      

PRONUNCIAMENTO  –  o  Poder  Concedente  desconhece  a  origem  desta  informação  visto  que  ela  não  se  encontra  em  nenhum  documento  publicado.    

 LIII.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  TERCEIRO  QUESTIONAMENTO  

   Com   relação   ao   projeto   referencial   do   Complexo   Penal,   prevê-­‐se   um   módulo   administrativo   que  funcionará  como  órgão  central  de  controle  e  administração,  abrigando  a  diretoria  do  Complexo  Penal  e  suas  dependências  administrativas,   juntamente  com  o  apoio  para  as  atividades  educacionais,   laborais,  de   assistência   a   saúde,   de   assistência   jurídica,   de   manutenção   e   outras,   realizadas   nos   setores  intermediário  e  interno  das  unidades  penais.      Ocorre   que   referido  módulo   administrativo   não   contempla   (i)   uma   sala   de   apoio   administrativo   para  assistência  à  saúde,  que  deveria  ter  sido  contemplada  com  uma  área  mínima  de  9  metros  quadrados  e  (ii)   uma   sala   de   apoio   administrativo   para   atividades   laborais,   que   igualmente   deveria   ter   sido  contemplada   com   uma   área   mínima   de   9   metros   quadrados.   Assim,   sugere-­‐se   a   correção   dessas  inconsistências   e   a   revisão   do   orçamento   de   referência   para   que   tais   dependências   do   módulo  administrativo  passem  a  ser  consideradas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

 

1. O  Poder  Concedente  está  ciente  das  dificuldades  que  poderão  subsistir  caso  essas  alterações  não  sejam  devidamente  providenciadas?  

 PRONUNCIAMENTO  –  ao  contrário  do  afirmado  estas  áreas  encontram-­‐se  previstas   ,   conforme  quadro  constante  da  página  14/34  do  Anexo  XIII   -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.      

 

LIV.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  QUARTO  QUESTIONAMENTO      Ainda   com   relação   ao   projeto   de   referência,   prevê-­‐se   um   módulo   de   almoxarifado,   destinado   ao  recebimento   e   guarda   /   permanência   dos   materiais   de   consumo   (limpeza,   escritório,   equipamentos,  gêneros  alimentícios  e  outros).      Todavia,  tal  módulo  não  contempla  uma  copa,  que  deveria  ter  sido  contemplada  com  uma  área  mínima  de  5  metros  quadrados.  Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessa  inconsistência  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tal  dependência  do  módulo  de  almoxarifado  passe  a  ser  considerada.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

PRONUNCIAMENTO  –  ao  contrário  do  afirmado  esta  área  encontra-­‐se  prevista,  conforme  quadro  constante  da  página  15/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.  

   

LV.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  QUINTO  QUESTIONAMENTO          O  projeto  conceitual  prevê  a  construção  de  um  módulo  de  recepção  de  visitantes  destinados  a  receber  os  familiares  dos  presos.  Tal  módulo,  no  entanto,  não  contempla  um  depósito  de  material  de  limpeza,  que  deveria   ter   sido   contemplado   com  uma  área  mínima  de  3  metros   quadrados.  Assim,   sugere-­‐se   a  correção   dessa   inconsistência   e   a   revisão   do   orçamento   de   referência   para   que   tal   dependência   do  módulo  de  recepção  de  visitantes  passe  a  ser  considerada.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

PRONUNCIAMENTO  –  ao  contrário  do  afirmado  esta  área  encontra-­‐se  prevista,  conforme  quadro  constante  da  página  16/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitacão  da  Metodologia  de  Execução.  

   

LVI.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  SEXTO  QUESTIONAMENTO      O   projeto   conceitual   prevê   a   construção   de   um   módulo   de   segurança/triagem/inclusão/revista.   Tal  módulo,  no  entanto,  não  contempla  sala  de  revista  de  alimentos  e  raios-­‐X,  nem  tampouco  um  depósito  de  material  de  limpeza,  que  deveriam  ter  sido  contemplados  com  área  mínima  de,  respectivamente,  15  metros  quadrados  e  3  metros  quadrados.  Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessas  inconsistências  e  a  revisão  do   orçamento   de   referência   para   que   tais   dependência   do   módulo   de  segurança/triagem/inclusão/revista  passem  a  ser  consideradas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

 

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?      

PRONUNCIAMENTO   –  ao   contrário  do  afirmado  estas  áreas  encontram-­‐se  previstas   ,   conforme  quadros   constantes   das   páginas   17   e   18/34   do   Anexo   XIII   -­‐   Critérios   para   Habilitação   da  Metodologia  de  Execução.      

 

LVII.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  SÉTIMO  QUESTIONAMENTO      As   diretrizes   de   engenharia   preveem   a   construção   de   um   módulo   de   assistência   jurídica   para   o  Complexo  Penal.  Tal  módulo,  no  entanto,  não  contempla  uma  sela  coletiva  de  espera  para  atendimento  com  sanitário,  que  deveria  ter  sido  contemplado  com  uma  área  mínima  de  10  metros  quadrados.  Assim,  sugere-­‐se   a   correção   dessa   inconsistência   e   a   revisão   do   orçamento   de   referência   para   que   tal  dependência  do  módulo  de  assistência  jurídica  passe  a  ser  considerada.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

PRONUNCIAMENTO  –  ao  contrário  do  afirmado  esta  área  encontra-­‐se  prevista,  conforme  quadro  constante  da  página  18/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.  

   

LVIII.                    ASPECTOS  DA  QUINQUAGÉSIMA  OITAVA  SUGESTÃO      As  diretrizes  de  engenharia  prevêem  a  construção  de  um  módulo  de  assistência  biopsicossocial  para  o  Complexo  Penal.  Tal  módulo,  no  entanto,  contempla  apenas  1  consultório  médico,  quando,  na  verdade,  deveria  ter  contemplado  2,  com  uma  área  mínima  de  7,5  metros  quadrados.  Tal  módulo  não  contempla  selas  de  observação  com  sanitário,  quando  deveria  contemplar  4  celas  com  9  metros  quadrados  cada.  Também  não  há  previsão  de  central  de  material  esterilizado,  com  12  metros  quadrados  de  área,  e  de  sala  de  apoio  administrativo,  com  6  metros  quadrados.      Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessas  inconsistências  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tais  dependências  do  módulo  de  assistência  biopsicossocial  passem  a  ser  consideradas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?      

PRONUNCIAMENTO   –  ao   contrário  do  afirmado  estas  áreas  encontram-­‐se  previstas   ,   conforme  quadro  constante  da  página  19/34  do  Anexo  XIII   -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.      

 

LIX.                    ASPECTOS  DO  QUINQUAGÉSIMO  NONO  QUESTIONAMENTO      As   diretrizes   de   engenharia   preveem   a   construção   de   um   módulo   de   tratamento   de   dependentes  químicos  que,  entretanto,  não  contempla  uma  sala  para  distribuição  de  refeições,  que  deveria  ter  sido  contemplada   com  7  metros   quadrados   de   área.   Assim,   sugere-­‐se   a   correção   dessa   inconsistência   e   a  revisão   do   orçamento   de   referência   para   que   tal   dependência   do   módulo   de   tratamento   de  dependentes  químicos  passe  a  ser  considerada.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:    

PRONUNCIAMENTO  –  ao  contrário  do  afirmado  esta  área  encontra-­‐se  prevista,  conforme  quadro  constante  da  página  20/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.  

 

LX.                    ASPECTOS  DO  SEXAGÉSIMO  QUESTIONAMENTO      As  diretrizes  de  engenharia  igualmente  preveem  a  construção  de  um  módulo  de  cozinha  e  padaria  que,  todavia,  não  contempla  uma  sala  para   recebimento,  pesagem  e   limpeza  dos   insumos,  que  deveria   ter  sido  contemplada  com  20  metros  quadrados  de  área.  Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessa  inconsistência  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tal  dependência  do  módulo  de  cozinha  e  padaria  passe  a  ser  considerada.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

PRONUNCIAMENTO  –  ao  contrário  do  afirmado  esta  área  encontra-­‐se  prevista,  conforme  quadro  constante  da  página  21/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.  

LXI.                    ASPECTOS  DO  SEXAGÉSIMO  PRIMEIRO  QUESTIONAMENTO      As  diretrizes  de  engenharia  estabelecem  um  programa  mínimo  para  o  módulo  de   lavanderia  que  não  contempla  uma  sala  de  segurança  e  controle  com  sanitário,  que  deveria  ter  sido  contemplada  com  10  metros  quadrados  de  área.  Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessa  inconsistência  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tal  dependência  do  módulo  de  lavanderia  passe  a  ser  considerada.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

PRONUNCIAMENTO  –  ao  contrário  do  afirmado  esta  área  encontra-­‐se  prevista,  conforme  quadro  constante  da  página  22/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.  

 

LXII.                    ASPECTOS  DO  SEXAGÉSIMO  SEGUNDO  QUESTIONAMENTO      As  diretrizes  de  engenharia  estabelecem  um  programa  mínimo  para  o  módulo  de  manutenção  e  serviços  que  não  contempla  as  seguintes  dependências:  

a)        sala   de   apoio   administrativo   com   sanitário,   que   deveria   ter   sido   contemplada   com   9   metros  quadrados  de  área.  

b)        sala   de   segurança   e   controle   com   sanitário,   que   deveria   ter   sido   contemplada   com   10   metros  quadrados  de  área.  

c)        Instalação  sanitária  para  o  atendimento  dos  presos,  com  3  metros  quadrados  de  área.  

d)        Sala  de  ferramentas,  com  10  metros  quadrados;  e  

e)        Alojamento  do  plantonista  com  sanitário  e  chuveiro,  com  12  metros  quadrados  de  área.  

   Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessas  inconsistências  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tais  dependência  do  módulo  de  manutenção  e  serviços  passem  a  ser  consideradas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

 

PRONUNCIAMENTO  –   ao   contrário   do   afirmado   estas   áreas   encontram-­‐se   previstas,   conforme  quadro  constante  da  página  22/34  do  Anexo  XIII   -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.        

LXIII.                      ASPECTOS  DO  SEXAGÉSIMO  TERCEIRO  QUESTIONAMENTO      As   diretrizes   de   engenharia   estabelecem   um   programa  mínimo   para   o  módulo   de   vivência   coletiva   e  atividades  múltiplas  que  não  contempla  as  seguintes  dependências:  

a)        sala   de   revista   dos   presos   anexa   ao  parlatório,   que  deveria   ter   sido   contemplada   com  10  metros  quadrados  de  área.  

b)        sala   de   repouso   para   agentes   penitenciários,   com   sanitário   e   chuveiro,   que   deveria   ter   sido  contemplada  com  12  metros  quadrados  de  área.  

c)        Depósito  de  material  de  limpeza,  com  3  metros  quadrados  de  área.  

d)        No  Bloco  Espaço  Multiuso:  

a.        Sala   de   revista   para   os   presos,   no   acesso   ao   bloco   de   vivência,   com   10  metros  quadrados  de  área;  

b.        Instalação   sanitária   para   servidores,   feminina   e   masculina,   com   área   de   acordo  com  a  distribuição  do  efetivo;  

c.        Sala  de  apoio  administrativo,  com  9  metros  quadrados  de  área.  

e)        No  Bloco  de  Vivência  Coletiva  

a.        celas  alojamentos  adaptadas  para  PNE  e  conforme  as  recomendações  de  número,  capacidade  e  dimensões  mínimas.  

   Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessas  inconsistências  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tais  dependências  do  módulo  de  vivência  coletiva  e  atividades  múltiplas  passem  a  ser  consideradas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

PRONUNCIAMENTO   –   ao   contrário   do   afirmado   todas   estas   áreas   encontram-­‐se   previstas,  conforme  quadros  constantes  das  páginas  23,  24  e  25/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.      

   

LXIV.                    ASPECTOS  DO  SEXAGÉSIMO  QUARTO  QUESTIONAMENTO      As  diretrizes  de  engenharia  estabelecem  um  programa  mínimo  para  o  módulo  de  vivência  individual  que  não  contempla  as  seguintes  dependências:  

a)        No  Bloco  Visita  Familiar:  

 

a.        sala  de  revista  dos  presos  anexa  ao  módulo  de  vivência  individual,  que  deveria  ter  sido  contemplada  com  8  metros  quadrados  de  área.  

b)        No  Bloco  Visita  Íntima:  

a.        sala  de  revista  dos  presos  anexa  ao  módulo  de  vivência  individual,  que  deveria  ter  sido  contemplada  com  8  metros  quadrados  de  área.  

   Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessas  inconsistências  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tais  dependências  do  módulo  de  vivência  coletiva  e  atividades  múltiplas  passem  a  ser  consideradas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

PRONUNCIAMENTO  –  ao  contrário  do  afirmado  estas  áreas  encontram-­‐se  previstas   ,   conforme  quadro  constante  da  página  27/34  do  Anexo  XIII   -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.      

     

LXV.                    ASPECTOS  DO  SEXAGÉSIMO  QUINTO  QUESTIONAMENTO      As   diretrizes   de   engenharia   estabelecem  um  programa  mínimo   para   o  módulo   de   atividades   laborais  que  não  contempla  as  seguintes  dependências:  

a)        sala  de  revista  dos  presos  anexa  ao  módulo  de  vivência  individual,  que  deveria  ter  sido  contemplada  com  8  metros  quadrados  de  área.  

b)        Sala  de  apoio  administrativo,  com  9  metros  quadrados  de  área.  

c)        Depósito  de  material  de  limpeza,  com  3  metros  quadrados.  

   Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessas  inconsistências  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tais  dependências  do  módulo  de  atividades  laborais  passem  a  ser  consideradas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?        

PRONUNCIAMENTO   –   ao   contrário   do   afirmado   estas   áreas   encontram-­‐se   previstas,   conforme  quadro  constante  da  página  27  e  28/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.      

   

LXVI.                    ASPECTOS  DO  SEXAGÉSIMO  SEXTO  QUESTIONAMENTO      Não  foi  previsto  no  programa  mínimo  do  módulo  de  atividades  esportivas  um  depósito  para  o  material  desportivo,  que  deveria  ter  sido  previsto  com  ao  menos  6  metros  quadrados  de  área.      Igualmente,   não   foram   previstos   vestiários,   que   precisariam   constar   do   programa   mínimo   com   12  metros  quadrados  de  área  cada.      

 

Assim,  sugere-­‐se  a  correção  dessas  inconsistências  e  a  revisão  do  orçamento  de  referência  para  que  tais  dependências  do  módulo  de  atividades  esportivas  passem  a  ser  consideradas.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1. O  Poder  Concedente  está  disposto  a  redefinir  este  requisito?    

PRONUNCIAMENTO   –   ao   contrário   do   afirmado   estas   áreas   encontram-­‐se   previstas,   conforme  conteúdo  constante  do  primeiro  parágrafo  relativo  ao  módulo  em  discussão,  na  página  28/34  do  Anexo  XIII  -­‐  Critérios  para  Habilitação  da  Metodologia  de  Execução.      

     

PRONUNCIAMENTO  COMUM  REFERENTE  AOS  QUESTIONAMENTOS  LII  a  LXVI  –  analisando  o  teor   destes   questionamentos   evidencia-­‐se   a   existência   de   uma   incomum   constatação.   A  argumentação   é   a   mesma,   e   poderia   ser,   entretanto,   todas   os   questionamentos   são  flagrantemente   indevidos.   Chama   a   atenção   o   fato   de   que   as   áreas   apresentadas   como  supostamente  não  previstas,   encontram-­‐se  descritas,   em   sua  grande  maioria,   textualmente  idênticas   às   constantes   do   Anexo   XIII     -­‐   Critérios   para   Habilitação   da   Metodologia   de  Execução,  que  as  contém.  Sugere-­‐se  ao  formulador  da  contestação,  uma  análise  dos  motivos,  e  de  que  forma  estes  possam  estar  afetando  a  sua  avaliação  acerca  do  conteúdo  publicado,  nestes  e  em  outros  aspectos.  Considerando-­‐se   uma   análise   de   todo   o   contexto,   o   conceito   explícito   no   anexo   retro  mencionado  é  de  que  se  trata  de  Programa  Mínimo,  cabendo  ao  Licitante,  se  entender  como  necessário,   propor   em   seu   projeto,   as   eventuais   áreas   complementares,   ressaltando   que   a  modelagem   arquitetônica   é   de   responsabilidade   do   Licitante,   esta,   por   sua   vez,   articulada  com  o  modo  de  operação  proposto.  Como   não   poderia   deixar   de   ser,   espera-­‐se   que   desta   combinação   –  modo   de   operação   e  arquitetura,  se  tenha  como  um  dos  atributos,  além  da  racionalização  dos  custos  operacionais  a  racionalização  no  dimensionamento  e  da  utilização  dos  espaços  físicos,  o  que  resultaria  em  menores  exigências  de  investimentos.  Ainda   considerando-­‐se   a   análise   de   todo   o   contexto,   na   hipótese   de   que   as   alegações   de  inexistência  de  previsão  de  todas  aquelas  áreas  que  fossem  pertinentes,  as  áreas  que  foram  indicadas  como  não  previstas,  embora  em  grande  quantidade  de   itens,  resultariam  em  área  física  percentualmente  insignificante  quando  comparada  com  a  magnitude  do  projeto.                  

     

   

LXII.                    ASPECTOS  DO  SEXAGÉSIMO  SÉTIMO  QUESTIONAMENTO      Por  fim,  vale  ressaltar  que  sem  prejuízo  de  todas  as  sugestões  acima  indicadas,  faz-­‐se  imprescindível  a  revisão  criteriosa  dos  preços  teto  fixados  pelo  Poder  Concedente,  vis  a  vis  às  obrigações  que  pretende  imputar  à  futura  Concessionária  e  a  busca  do  Estado  por  uma  efetiva  melhoria  do  sistema  penitenciário.      Afirmamos,   com   fundamento   na   experiência   do   Consórcio   Reviver   e   evidência   em   outros   certames  licitatórios  similares,  executados  recentemente,  que  o  valor  teto  para  a  vaga  dia  disponibilizada  (VVD)  que   o   Poder   Concedente   acabou   por   fixar,   no   patamar   de   R$   68,00   (para   30   dias   =   R$   2.040,00),  é  flagrantemente  inexequível.      Além  dos  estudos  apresentados  pelo  Consórcio  Reviver,  que  demonstram  um  preço  compatível  com  a  realidade   dos   serviços   a   serem   prestados,   tomou-­‐se   como   referência   os   contratos   recentemente  firmados   com   parceiros   privados   no   Estado   da   Bahia   (Conjunto   Penal   de   Eunápolis   –   Pregão   nº  15/2012),  no  Estado  de  Santa  Catarina  (Presídio  Regional  de  Lages  –  Concorrência  072/2012;  Complexo  

 

Penitenciário  do  Vale  do   Itajaí  –  Concorrência  053/2013;  Presídio  Regional  de  Tubarão  –  Concorrência  079/2013)  e  no  Estado  de  Alagoas  (Presídio  de  Arapiraca  –  Contratação  Emergencial).      Para   se   ter   ideia   da   discrepância   entre   os   valores   teto   fixados   por   Vossas   Senhorias   e   os   valores   dos  contratos  acima  indicados,  confira-­‐se  a  tabela  abaixo:      

           Outra   importante   referência   de   preços   da   diária   aplicados   na   administração   de   presídios   é   a   PPP   do  Centro   Integrado   de   Ressocialização   de   Itaquitinga,   em   Pernambuco,   cujo   contrato   foi   assinado   em  09/10/2009,  com  contraprestação  variável  de  R$  113.644  mil  por  ano  pela  disponibilização  3.126  vagas,  que  equivale  a  um  preço  de  diária,  corrigidos  em  valores  atuais  a  R$  125,10.  Além  disso,  os  estudos  de  PMI  desenvolvidos  pela  REVIVER  nos  últimos  dois  anos   também  definem  preços  diferentes,   conforme  tabela  a  seguir:      

     Importante  destacar  que  nestes  estudos  PMI  o  Consórcio  liderado  pela  REVIVER  foi  escolhido  mediante  legítimo  e  disputado  procedimento  de  chamamento  público,  como  no  caso  o  promovido  pelo  Estado  de  Goiás,  e  que  os  orçamentos  de  OPEX  desenvolvidos  em  cada  projeto  foram  detalhados  e  adequados  ao  nível  mínimo  de  serviços  a  serem  prestados,  de  forma  a  atender  os  requisitos  apresentados  no  quadro  de  indicadores  de  desempenho.      Ademais,   temos   a   convicção   de   que   o   número   que   indicamos   em   nossos   estudos   é   amplamente  defensável,  ao  contrário  do  que  ocorre  com  o  valor  de  R$  68,00  indicado  como  teto  do  VVD  por  Vossas  Senhorias,   cujo   racional   não   foi   devidamente   demonstrado   e   não   se   compatibiliza   com   os   serviços   a  serem  exigidos  do  futuro  parceiro  privado,  mormente  após  as  correções  indicadas  nessas  contribuições.      Neste  sentido,  para  fins  de  comprovar  a  inexequibilidade  dos  R$  68,00,  podemos  tomar  como  exemplo  a   recente  contratação  da  PPP  Prisional  de  Minas  Gerais,  cuja   licitação  baseou-­‐se  em    preço  nominal  e  artificialmente  bem  abaixo  das  relações  de  mercado  existentes  (e  cujo  VVD  equivale  ao  ora  definido  por  Vossas   Senhorias).   Este   preço   artificialmente   baixo   atraiu   apenas   1   (um)   interessado   na   licitação   e   já  exigiu   a   realização   precoce   de   Aditivos   Contratuais,   antes   mesmo   que   se   cumprissem   os   prazos  quinquenais  de  revisão,  demonstrando  que  o  patamar  de  preço  lá  fixado  e  ora  usado  como  referência  está  efetivamente  abaixo  do  que  seria  demandado  para  uma  operação  que  atendesse  às  exigências  da  Lei  de  Execuções  Penais  (LEP).      

 

Ora,   esse   processo   de   negociação   dos   Aditivos   retardou   o   início   do   projeto,   além   de   ter   encarecido  sobremaneira  a  respectiva  execução.  E,  tanto  pior,  abriu  brecha  para  futuros  questionamentos  por  parte  dos  órgãos  de  controle  externo  envolvidos  na  citada  operação.      Portanto,   faz-­‐se   imprescindível   que   o   Poder   Concedente   revisite   sua   estimativa   de   custos,  correlacionada  com  os  serviços  a   serem  efetivamente  exigidos  do   futuro  parceiro  privado,  para  que  a  licitação   possa   ser   exitosa   em   termos   de   atratividade   de   interessados   sérios   que   entregarão  efetivamente  o  que  o  Estado  busca  para  o  seu  sistema  penitenciário.      QUESTIONAMENTO:  Diante  dos  aspectos  acima  apresentados,  indagamos:      

1.        O  Poder  Concedente   tem  conhecimento  dessa   realidade  de  preços  praticados  nas  operações  aqui  estabelecidas?  O  projeto  será  objeto  de  necessária  revisão  quanto  a  esse  importante  tema?      

PRONUNCIAMENTO   –    o  questionamento   foi  objeto  de   resposta  durante  a  audiência  pública  e  encontra-­‐se  registrado  na  respectiva  ATA.  

   Não   se   encontra   presente   no   processo,   nenhum   outro   projeto,   que   não   seja   o   oficialmente  divulgado.   Nestes   termos,   a   comparação   com   quaisquer   que   sejam   outros   documentos   ou  projetos,  não  é  pertinente.  

 Também  no  mesmo  contexto,   a  particularização  de   valores  e   a   sua   vinculação  a  elementos  do  projeto  são  de  inteira  responsabilidade  do  formulador  do  questionamento.  

   No  que  diz  respeito  à  comparação  com  outros  valores,  pode-­‐se  afirmar  que  cada  projeto  deve  ser  analisado   de   acordo   com   as   suas   características.   Desta   forma,   embora   respeitando   as  informações   prestadas,   elas   por   si   só,   não   são   suficientes   para   nenhuma   conclusão.   Apenas  exemplificando,  um  projeto  apenas  de  gestão,  do  atual  Presídio  Odenir  Guimarães,  nas  condições  em   que   se   encontra,   poderia   apresentar   valores   superiores   aos   apresentados   para   o   processo  licitatório.    Conforme   disposto   na   ATA,   este   tema   em   particular,   foi   objeto   de   registro,   encontra-­‐se   sob  análise  e  será  objeto  de  deliberação.