projeto “som na praça” pretende democratizar música brasileira · 26 leitura dinÂmica...

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LEITURA DINÂMICA Projeto “Som na Praça” pretende democratizar música brasileira O projeto “Som na Praça” já nasceu de- mocrático. Começou muito por acaso, em Vitória da Conquista, na Bahia, durante a Expoconquista, importante exposição de agronegócio da cidade em 2006. Para a apresentação musical no evento foram esco- lhidos músicos locais, não tão conhecidos nacionalmente, porém, com talento de so- bra e com o apoio do empre- sário Nozinho da Eletroqua- dros, loja de equipamentos de áudio e de sonorização. “No final do evento, a coope- rativa informou ter recebido mais de 800 e-mails parabeni- zando o projeto. A grande maioria dos visitantes nos pro- curou para obter CDs, que logo foram providenciados. Como eram muitos pedidos, tive a idéia de disponibilizar as músicas no site da loja. Aí, foi só alegria!”, afirma Nozinho. O público presente na exposição gostou tanto que, na edição seguinte do evento, aumentou o número de músicos locais. “O sucesso foi imenso, a ponto dos nossos músi- cos superarem em audiência grupos já famo- sos, como por exemplo, a banda Calypso”, diz o empresário. Ao todo, foram 30 atrações com mais de 126 artistas durante os 9 dias do evento. O empreendedor Eduardo Ro- drigues, dono da TV Local, afiliada da rede NGT, acreditou no projeto e essa aposta re- sultou na gravação individual de todos os 30 shows. Todo o evento também foi transmiti- do via internet. “Pense numa loucura. Aí é que o número de pedidos quadruplicou, pois começamos a receber e-mails de toda a parte do Brasil, até mesmo do exterior. Ga- nhamos o prêmio de destaque da feira e, o mais importante, o reconhecimento do pú- blico”, ressalta Nozinho. Assim nasceu e se firmou o projeto “Som na Praça”, que tem como um dos seus prin- cipais objetivos provar que não é preciso pa- gar para fazer sucesso, e, para esse fim, uniu- se ao movimento nomeado JaBasta, contra a privatização da música, que tem o seguin- te lema: “Se a rádio não to- car, como você vai me escu- tar? Sou contra o Jabá e não pago pra tocar”. O projeto também pretende diversifi- car e democratizar a realiza- ção de eventos abertos e fe- chados e Nozinho, seu idea- lizador, pretende expandi-lo para todo o país. O projeto já proporcionou fôlego novo à música brasileira na região local. Segundo Nozinho, a maioria dos bares e casas noturnas da região se viu obrigada a apresentar música ao vivo para não correr o risco de fechar as portas, dando emprego aos músicos iniciantes e res- gatando a perseverança de muitos artistas que não tinham onde tocar. “Para 2008 po- demos antecipar duas grandes novidades: a participação do padre Valmir Neves, com seu “reggae gospel” e a “guerra” de sanfonas (duelos de sanfoneiros de toda a região). Estamos, ainda, criando uma rádio web em parceria com o LV Studio, com direção de Luciano Faísca, para tocar música de verda- de e transmitir todos os eventos do Som na Praça”, finaliza Nozinho. Para obter mais informações sobre o projeto, acesse: www.eletroqua- dros.com.br. Lá estão disponibilizados os artistas participantes do projeto e seus shows, entre outras informações.

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LEITURA DINÂMICA

Projeto “Som na Praça”pretende democratizarmúsica brasileira

O projeto “Som na Praça” já nasceu de-mocrático. Começou muito por acaso, emVitória da Conquista, na Bahia, durante aExpoconquista, importante exposição deagronegócio da cidade em 2006. Para aapresentação musical no evento foram esco-lhidos músicos locais, não tão conhecidosnacionalmente, porém, com talento de so-bra e com o apoio do empre-sário Nozinho da Eletroqua-dros, loja de equipamentosde áudio e de sonorização.“No final do evento, a coope-rativa informou ter recebidomais de 800 e-mails parabeni-zando o projeto. A grandemaioria dos visitantes nos pro-curou para obter CDs, quelogo foram providenciados.Como eram muitos pedidos,tive a idéia de disponibilizaras músicas no site da loja. Aí, foi só alegria!”,afirma Nozinho.

O público presente na exposição gostoutanto que, na edição seguinte do evento,aumentou o número de músicos locais. “Osucesso foi imenso, a ponto dos nossos músi-cos superarem em audiência grupos já famo-sos, como por exemplo, a banda Calypso”,diz o empresário. Ao todo, foram 30 atraçõescom mais de 126 artistas durante os 9 dias doevento. O empreendedor Eduardo Ro-drigues, dono da TV Local, afiliada da redeNGT, acreditou no projeto e essa aposta re-sultou na gravação individual de todos os 30shows. Todo o evento também foi transmiti-do via internet. “Pense numa loucura. Aí éque o número de pedidos quadruplicou,pois começamos a receber e-mails de toda aparte do Brasil, até mesmo do exterior. Ga-nhamos o prêmio de destaque da feira e, o

mais importante, o reconhecimento do pú-blico”, ressalta Nozinho.

Assim nasceu e se firmou o projeto “Somna Praça”, que tem como um dos seus prin-cipais objetivos provar que não é preciso pa-gar para fazer sucesso, e, para esse fim, uniu-se ao movimento nomeado JaBasta, contraa privatização da música, que tem o seguin-

te lema: “Se a rádio não to-car, como você vai me escu-tar? Sou contra o Jabá e nãopago pra tocar”. O projetotambém pretende diversifi-car e democratizar a realiza-ção de eventos abertos e fe-chados e Nozinho, seu idea-lizador, pretende expandi-lopara todo o país. O projeto jáproporcionou fôlego novo àmúsica brasileira na regiãolocal. Segundo Nozinho, a

maioria dos bares e casas noturnas da regiãose viu obrigada a apresentar música ao vivopara não correr o risco de fechar as portas,dando emprego aos músicos iniciantes e res-gatando a perseverança de muitos artistasque não tinham onde tocar. “Para 2008 po-demos antecipar duas grandes novidades: aparticipação do padre Valmir Neves, comseu “reggae gospel” e a “guerra” de sanfonas(duelos de sanfoneiros de toda a região).Estamos, ainda, criando uma rádio web emparceria com o LV Studio, com direção deLuciano Faísca, para tocar música de verda-de e transmitir todos os eventos do Som naPraça”, finaliza Nozinho.

Para obter mais informações sobreo projeto, acesse: www.eletroqua-dros.com.br. Lá estão disponibilizadosos artistas participantes do projeto e seusshows, entre outras informações.