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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: GÁS e TERMOELÉTRICAS OUTUBRO de 2010 Nivalde J. de Castro Eduardo Mattos PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICO-FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE

O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL

ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: GÁS e TERMOELÉTRICAS

OUTUBRO de 2010

Nivalde J. de Castro Eduardo Mattos

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICO-FINANCEIRAS DO SETOR

ELÉTRICO

Índice

SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................... 3 1 – OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO E TRANSPORTE ..................................................................................... 4 2 – CONSUMO DE GÁS NATURAL ........................................................................... 12 3 – PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL ..................................... 12 4 – ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS .............. 15

Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntura de Gás e Termoelétricas(1)

Nivalde J. de Castro(2) Eduardo Mattos (3)

(1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico. (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

SUMÁRIO EXECUTIVO

A idéia do presente Relatório é conter os principais acontecimentos do mês no setor

de Gás & Eletricidade, com dados e com alguma análise agregada. Este setor cresce a

passos largos no país, vislumbrando um futuro ainda mais promissor. Prova disso é a

transformação latente da matriz elétrica brasileira, onde a geração térmica assume um

importante papel, e ainda a recém descoberta da vocação do país para exploração de gás

natural (GN) em quantidades surpreendentes. Logo, entender o futuro do Setor Elétrico

Brasileiro passa inexoravelmente pelo estudo sistemático deste importante setor.

Assim, este relatório está esquematizado em grupos de assuntos relacionados ao

setor de Gás e às usinas termelétricas. São eles: i) descobertas, exploração, produção e

transporte de GN; ii) consumo de GN; iii) preço e comercialização do gás natural; iv)

aspectos institucionais, regulatórios e ambientais.

1 – OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO E TRANSPORTE

A produção média diária de petróleo e gás da Petrobras atingiu 2,598 milhões de

barris de óleo equivalente em agosto nos campos no Brasil e no exterior, uma alta de 0,69%

em relação à média de 2,580 milhões de barris de óleo equivalente de julho. Nos oito

primeiros meses do ano, a produção da empresa em todo o mundo atingiu a média diária de

2,572 milhões de barris de óleo por dia.(Valor Econômico - 05.10.2010)

O governo do Estado do Rio Grande do Sul, a Companhia Riograndense de

Mineração (CRM) e a Star Energy Participações, do grupo Bertin, firmaram protocolo de

intenções a fim de desenvolver estudos para a implantação de complexo termelétrico a

carvão mineral, em Candiota. O documento foi assinado na última sexta-feira, 1º de

outubro.Segundo o governo, a CRM vai fornecer matéria-prima para abastecer a unidade

por, pelo menos, 30 anos, com adoção de tecnologia de extração, beneficiamento, manuseio

e transporte de combustível e cinza entre mina e usina visando a diminuir impactos

ambientais.O complexo produzirá 1,2 mil MW de energia e deve gerar 6 mil empregos

diretos e indiretos na fase de construção da usina e outros 800 quando a usina entrar em

operação. O Rio Grande do Sul tem capacidade instalada de geração de 4.447 MW. (Canal

Energia - 04.10.2010)

A Bahiagás vai investir R$ 8,5 milhões na substituição de sua rede de distribuição

em Candeias (BA). O objetivo é aumentar em 230% a capacidade de fornecimento ao

município, dos atuais 150 mil m3/d para 500 mil m3/d.Ao todo, a distribuidora substituirá 9

km de tubos, em trechos aéreos e enterrados. A previsão é de conclusão da operação no

primeiro semestre de 2011.A empresa, que consumia cerca de 40 mil m3/d de gás natural

como combustível para suas caldeiras, passou a demandar 90 mil m3/d com a entrada em

operação de sua nova unidade de produção de HCN (ácido cianídrico), onde o gás natural é

usado como matéria-prima. Com a revitalização do gasoduto, a demanda da cliente poderá

crescer para até 185 mil m3/d. (Brasil Energia - 04.10.2010)

A OGX anunciou a descoberta de hidrocarbonetos em seção do poço OGX-20, do

bloco BM-C-41, nas águas rasas da parte sul da Bacia de Campos. A OGX detém 100% de

participação no negócio.De acordo com a OGX, desta vez foi identificada uma coluna de

hidrocarbonetos de aproximadamente 80 metros e net pay (área com óleo de fato) de cerca

de 50 metros. "A perfuração desta seção continuará a fim de se determinar a coluna e net

pay total", informa a empresa, em comunicado. (Estado de São Paulo - 05.10.2010)

A Aneel autorizou a operação em testes da unidade geradora ST18 (310 MW) da

UTE do Atlântico (490MW), da CSA Siderúrgica do Atlântico (TKCSA). Integrada ao

complexo siderúrgico da empresa, no Distrito Industrial de Santa Cruz, às margens da Baía

de Sepetiba (RJ), a térmica conta ainda com mais duas turbinas a gás, de 90 MW cada. Em

2008, a siderúrgica vendeu 200 MW médios em um leilão A-3, a R$ 136,66/MWh. O início

da entrega desse volume está previsto para o início de 2011. Para dar início a operação em

testes de sua primeira turbina, em abril deste ano, a empresa teve de modificar as

características de conexão das instalações de transmissão. O complexo siderúrgico tem

capacidade para produção de 5 milhões de t de placas de aço e conta com um terminal

portuário. (Brasil Energia - 05.10.2010)

A Agência Nacional de Energia Elétrica alterou as características técnicas da UTE

Ponte Negra, no município de Manaus (AM). Com a decisão da Aneel, publicada no Diário

Oficial da União desta terça-feira, 5 de outubro, a usina da empresa Geradora de Energia do

Amazonas passará a utilizar o gás natural como combustível principal e o óleo combustível

A1 como alternativo.(Canal Energia - 05.10.2010)

A produção de gás natural da Petrobras chegou a 68,555 milhões de metros cúbicos

diários em agosto. De acordo com a estatal, a maior produção nos campos argentinos e a

maior demanda pelo gás boliviano influenciaram o resultado. A produção de petróleo e gás

da companhia no Brasil e no exterior cresceu 2,7% em agosto, chegando 2.598.763 barris

equivalentes por dia, sendo 2.351.951 boe/dia no território brasileiro e os 246.812 boe/dia

no exterior. (Canal Energia - 05.10.2010)

A Petrobras voltou a encontrar óleo na área de avaliação de Tupi, no bloco BM-S-

11, na bacia de Santos. O poço desta vez foi o 3-BRSA-839A-RJS, denominado Iracema

Norte, em lâmina d'água de 2.247 metros, a 240 quilômetros da costa do Rio de Janeiro e a

6 quilômetros a nordeste de Iracema (4-RJS-647). "As informações obtidas no poço e nos

demais já perfurados na área reforçam as estimativas do potencial de 5 a 8 bilhões de barris

de óleo leve e gás natural recuperável nos reservatórios do pré-sal da área de Tupi", O

consórcio que explora Tupi é formado pela operadora Petrobras, com 65% de participação;

BG, com 25%; e Galp Energia, com 10%. A Petrobras informou ainda que outros poços

serão perfurados na região até a declaração de comercialidade, prevista para dezembro.

(Valor Econômico - 06.10.2010)

A empresa de energia MPX apresenta nesta quinta-feira (7), em Campos, o projeto

da Termoelétrica MPX Açu II, que está orçado em aproximadamente R$ 4 bilhões. A

proposta já foi levada para dirigentes de setores da sociedade civil organizada do município

que sofrerá os principais impactos sócio-econômico-ambiental. Agora, o projeto será

levado para audiência pública, que acontece no no Ginásio Poliesportivo do Sesi/Senai, no

bairro Jardim Carioca, distrito de Guarus.A usina, em fase de licenciamento e com

capacidade instalada de geração de 3.300MW, será construída no Terminal Portuário

Privativo do Açu, próximo à divisa com Campos, no litoral norte da regiãoA energia gerada

terá como finalidade abastecer o mercado nacional de energia, através do Sistema

Interligado Nacional e as indústrias instaladas no complexo portuário, capitalizando a

sinergia do grupo EBX. (Setorial News-06.10.2010)

A GE anunciou nesta quinta-feira, 7 de outubro, que fechou um acordo com a

Petrobras para converter para bicombustível a segunda turbina da térmica a gás natural de

Juiz de Fora (MG-87 MW). A primeira unidade geradora foi convertida no primeiro

semestre do ano. Segundo Rafael Santana, presidente da GE Energy para América Latina, o

trabalho de conversão será executado até o fim do ano.Ele afirmou que as turbinas

bicombustível, existentes apenas no Brasil, já começam a chamar a atenção de clientes da

GE em todo o mundo. Ele contou que uma delegação japonesa visitou recentemente a usina

para conhecer a tecnologia. A térmica Juiz de Fora utiliza turbinas LM6000. Para gerar

energia, a turbina demanda 18 mil litros de etanol. (Canal Energia-07.10.2010)

A Petrobras informou nesta sexta-feira (8) que colocará em operação no Espírito

Santo, esta semana, três novos empreendimentos industriais que contribuirão para aumentar

a oferta de gás ao mercado consumidor: o segundo módulo da Unidade de Tratamento de

Gás de Cacimbas (UTGC), a pré-operação da Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba

(UTG Sul) e o campo de gás de Canapu, localizado no litoral Norte do Estado. Esses

projetos integram o Plano Nacional de Antecipação da Produção de Gás (Plangas). (Setorial

News-08.10.2010)

A OGX, braço de petróleo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, descobriu

indícios de hidrocarbonetos no poço OGX-17, no bloco BM-S-56, em águas rasas da Bacia

de Santos.Segundo comunicado da petrolífera, as perfurações, que estão sendo feitas pela

sonda Ocean Star, continuarão até a profundidade total, estimada em 5.800 m.A reserva,

que está localizada a aproximadamente 80 km da costa, com lâmina dágua

aproximadamente 135 m, tem 100% dos seus ativos em mãos da OGX. (Setorial News-

08.10.2010)

A Wärtsilä passou a marca de 1,5 GW em contratos de operação e manutenção de

empreendimentos de geração. A empresa assinou contratos com a térmica Linhares (ES),

que entrará em opeação em janeiro de 2011. O contrato terá prazo de dois anos com

renovação automática por mais três. De acordo com a fabricante finlandesa, será a maior

usina a gás natural já construída e operada pela Wärtsilä na América Latina. A UTE

Linhares vai gerar energia a partir de 24 motores da Wärtsilä. O empreendimento pertence

à Sociedade de Propósito Específico Linhares Geração, que é controlada pelo Fundo de

Investimento em Participações Brasil Energia, gerido pelo banco BTG Pactual. (Canal

Energia-11.10.2010)

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou o início da operação comercial de

três unidades geradoras da termelétrica São Luiz. As turbinas 1 e 3 têm 25 MW cada,

enquanto que a unidade 2 tem 20,4 MW, totalizando 70,4 MW de capacidade instalada.

Localizada no município de Pirassununga, em São Paulo, a usina pertence a Abengoa

Bioenergia Agroindústria. As informações foram publicadas na edição da última segunda-

feira, 11 de outubro. (Canal Energia-13.10.2010)

O forte ritmo de descoberta de óleo da OGX na bacia de Campos tem sido um

complicador para a definição da venda de participação acionária nas áreas sob concessão da

empresa na região. Para o diretor de exploração e produção da companhia, Paulo

Mendonça, os anúncios de descoberta têm obrigado os interessados a refazer avaliações dos

campos. Atualmente, a OGX tem como dado divulgado ao mercado a estimativa de volume

recuperável entre 2,6 bilhões e 5,5 bilhões de barris de óleo equivalente depois de sete

perfurações na bacia de CamposMendonça estimou que o atual volume riscado de reservas

da OGX, em certificação feita pela DeGolyer and MacNaughton, poderá subir. Hoje a

estimativa feita pela certificadora é de 6,662 bilhões de barris de óleo equivalente

potenciais nos 29 blocos que a empresa tem no país. Para o diretor, uma nova estimativa

feita pela DeGolyer deverá estar pronta no começo do ano que vem. (Valor Econômico-

15.10.2010)

A OGX elevou de 51 para 87 a previsão de poços a serem perfurados até 2013. A

informação foi dada nesta quinta-feira, 14, pelo diretor Financeiro da companhia, Marcos

Torres. Segundo ele, a decisão se deve aos bons resultados obtidos na campanha

exploratória da empresa. A OGX prevê iniciar em meados de 2011 a produção nos poços

adquiridos pela empresa na Colômbia. A expectativa é assinar os contratos de exploração e

produção até o final do ano. Torres informou ainda que a empresa estima iniciar a

campanha exploratória nas bacias do Pará-Maranhão e no Espírito Santo também em 2011.

(Estado de São Paulo - 14.10.2010)

A Transportadora Associada de Gás recebeu licença de operação do Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para expandir o

gasoduto Rio de Janeiro/Belo Horizonte (Gasbel II), operado pela Transpetro. A expansão

do gasoduto, com extensão aproximada de 265 quilômetros, vai de Volta Redonda (RJ) até

o município de Queluzito (MG). O empreendimento é utilizado para transporte de gás

natural e tem vazão máxima de operação de 5 milhões de metros cúbicos por dia. (Canal

Energia-14.10.2010)

A Petrobras promoverá um forte remanejamento em seus investimentos

programados para este ano, de acordo com um dos dois projetos de lei encaminhado pelo

governo ao Congresso. A empresa fará o cancelamento de dotações no valor de R$ 12,92

bilhões e, com os recursos, reforçará outros programas em andamento. O projeto de lei

prevê também a ampliação da capacidade de transporte do gasoduto Bolívia-Brasil, no

trecho entre Paulínia (SP) e Araucária (PR). Com investimento previsto de R$ 84,1

milhões, o governo pretende ampliar o transporte de gás dos atuais 7,4 milhões de metros

cúbicos por dia para 12,6 milhões de metros cúbicos ao dia. (Valor Econômico-19.10.2010)

A entrada de capitais cingapurianos na Odebrecht Óleo e Gás, anunciada ontem,

pode ser vista como um exemplo que tende a se repetir com outras empresas da área de

engenharia ligadas ao petróleo. "Tem fila de gente querendo parcerias", diz Renato Ribeiro

Abreu, diretor-presidente do grupo MPE. O grupo, que deve faturar R$ 1,25 bilhão este

ano, analisa três ou quatro propostas de associação na área de petróleo e gás, na qual atua

em projetos de construção de plataformas e de reforma e modernização de refinarias.Entre

os interessados em parcerias com o MPE estão bancos e fundos de investimento nacionais e

estrangeiros. Na visão de Abreu, os estrangeiros têm cada vez mais interesse de fazer

acordos com empresas brasileiras de engenharia que estejam bem posicionadas como

fornecedoras da Petrobras. Para o MPE, uma futura parceria na área de óleo e gás poderá

aumentar a capacidade do grupo de participar de grandes projetos. (Valor Econômico-

20.10.2010)

A Petrobras firmou um acordo com a canadense Teekay para arrendar um navio-

plataforma (FPSO) que será construído em Cingapura por US$ 370 milhões e, em 2012, vai

começar a operar nos prospectos Tiro e Sídon, na Bacia de Santos.As duas reservas

possuem volume recuperável de aproximadamente 150 milhões de barris de óleo

equivalente e estão localizadas no bloco BM-S-40, no pós-sal.A Petrobras começou a

extrair petróleo de Tiro e Sídon em março deste ano, no entanto, a produção comercial deve

começar em 2012. (Setorial News-19.10.2010)

A OGX do empresário Eike Batista, encontrou mais petróleo e gás na Bacia de

Campos. A descoberta foi feita no poço OGX-21D, localizado no bloco BM-C-41, onde a

empresa possui 100% dos ativos. A reserva, encontrada a partir de perfurações do poço

OGX-3, possui uma coluna de hidrocarbonetos de aproximadamente 21 metros, no entanto,

a petrolífera interrompeu a exploração do OGX-21D para coletar informações sobre o

reservatório. Por isso, o tamanho da coluna de hidrocarbonetos pode aumentar quando a

OGX prosseguir com a perfuração. (Setorial News -21.10.2010)

A Petrobras confirmou o potencial de óleo leve e gás natural recuperável nos

reservatórios da área de Tupi, de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo equivalente, ao

perfurar o nono poço na região. O 3-RJS-678, conhecido como Tupi SW e localizado a

cerca de 290 km da costa do Rio de Janeiro, foi perfurado em uma lâmina d'água de 2.152

metros. Nos próximos meses, ocorrem teste de formação para avaliar a produtividade dos

reservatórios do pré-sal no poço."Além do grande volume recuperável estimado, o óleo de

Tupi tem uma densidade de 28º API, o que lhe confere excelente valor comercial. A

declaração de comercialidade da jazida está prevista para 31 de dezembro deste ano. Até lá,

serão perfurados, ainda, outros dois poços de delimitação", observou a Petrobras. (Valor

Econômico-22.10.2010)

Os acordos que envolvem a Petrobras, a Pantanal Energia e a boliviana YPFB para a

retomada das operações da UTE Cuiabá (480 MW) deverão ser concretizados nos próximos

quarenta dias, contou nesta sexta-feira (22/10) o secretário de Indústria, Comércio, Minas e

Energia do Mato Grosso, Pedro Nadaf. Segundo o acordo preliminar definido entre as três

partes na quinta-feira (21/10), a Petrobras deverá destinar à termelétrica 2,2 milhões de

m3/d, dos 30,8 milhões de m3/dia remetidos ao Brasil diariamente pela Bolívia. Em troca, a

petroleira vai arrendar a unidade.Ainda segundo o secretário, fica mantido o contrato entre

a MTGás e a Bolívia para fornecimento de 35 mil m3/d ao mercado veicular da

distribuidora matogrossense. O contrato firme, assinado no final do ano passado, é válido

por dez anos. (Brasil Energia - 22.10.2010)

A Petrobras inaugura nesta terça-feira (26) a Unidade de Tratamento de Gás (UTG)

Sul Capixaba, na cidade de Anchieta, situada a 80 quilômetros de Vitória (ES). Estarão

presentes na solenidade de inauguração o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, o

presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, o diretor da área de Exploração

e Produção, Guilherme Estrella e a diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster.

Segundo a petrolífera, este novo projeto viabiliza o fornecimento do gás produzido no

Parque das Baleias, conjunto de campos localizado ao norte da Bacia de Campos, no litoral

do Espírito Santo, para o mercado nacional. (Setorial News-25.10.2010)

A Unidade de Tratamento de Gás (UTG) Sul Capixaba tem capacidade nominal

para processar diariamente até 2,5 milhões de metros cúbicos. O projeto viabiliza o

fornecimento do gás do pré-sal que será produzido no Parque das Baleias, conjunto de

campos de petróleo localizado ao norte da Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo.

Por enquanto, a unidade receberá o gás produzido pelo navio plataforma FPSO Capixaba,

que produz óleo e gás associado do campo de Cachalote. (Brasil Econômico - 26.10.2010)

O prospecto Tupi, na Bacia de Santos, vai produzir de 70 a 75 mil barris de petróleo

diários em dezembro de 2011 no sistema definitivo do programa piloto da reserva, segundo

o gerente executivo do pré-sal da Petrobras, José Miranda Formigli. Já na média anual, ele

informou que serão extraídos 50 mil barris diários da reserva. Em relação ao gás, Formigli

afirmou que, em dezembro do próximo ano, Tupi estará produzindo de 1,5 milhão a 2

milhões de metros cúbicos de gás (m³). No entanto, o gerente executivo do pré-sal ressaltou

que esse volume produzido em Tupi só pode ser atingido se a Petrobras conseguir viabilizar

meios para a vazão do gás retirado da reserva. (Setorial News-27.10.2010)

A Eletrobras está interessada em blocos de gás natural nas bacias do Parnaíba, do

São Francisco e do Solimões pertencentes a Petra Energia. Ao todo, são 7 blocos na bacia

do Parnaíba, 24 na do São Francisco e 22 na do Solimões. Para saber o potencial gasífero

dos blocos, a estatal divulgou edital para a contratação de serviços técnicos especializados

para análise das referidas bacias. Segundo um especialista consultado pela reportagem, essa

é a primeira vez que a Eletrobras prospecta potencial gasífero. O interesse, de acordo com o

especialista, pode ser para saber o potencial de gás para geração de energia ou até

participação no negócio. A Eletrobras quer saber ainda sobre os riscos geológicos das áreas

estudadas. O orçamento estimado para a contratação da empresa é de R$ 1,790 milhão.

(Canal Energia - 28.10.2010)

A Petrobras deve investir mais US$ 200 milhões para viabilizar a produção em

águas ultraprofundas na Bacia Sergipe-Alagoas. Já sobre o custeio dos estudos realizados

na região, a estatal informou nesta quinta-feira (28), que foram gastos US$ 40 milhões.

Ainda de acordo com a Petrobras, os hidrocarbonetos encontrados no poço 1 - SES - 158

são semelhantes aos encontrados na Bacia de Campos, que são classificados como leves.

No entanto, em relação à expectativa dos volumes recuperáveis de petróleo, a Petrobras

comunicou que, "até então", as informações não são suficientes para divulgar o que o

primeiro poço em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe pode render. (Setorial News -

28.10.2010)

2 – CONSUMO DE GÁS NATURAL

O mercado brasileiro diminui sua demanda de gás junto ao mercado boliviano para

ao redor de 31,5 milhões de metros cúbicos diários (MMmcd). Esta redução é apontada

pelo Ministério boliviano como conseqüência das variações climáticas registradas no país

durante o inverno. "A demanda se reduz de acordo com o clima", indicou Fernando

Vincenti, Ministro de Hidrocarbonetos e Energia. Por outro lado, ainda destacou que o

Brasil conta com os grandes reservatórios de água, utilizando, acima de tudo, a

hidroeletricidade, de modo que o gás boliviano apresenta um caráter complementar para

geração de energia elétrica mo país. Neste sentido, o Brasil, quando ocorrem períodos

chuvosos intensos, como o que se verificou, acaba aumentando o volume de seus

reservatórios e, a partir disso, determina uma redução na importação de gás boliviano. (El

Cambio - Bolívia - 03.10.2010)

3 – PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL

A Petrobrás estuda mudanças nos preços do gás natural, que hoje são motivo de

divergências com os grandes consumidores do combustível. Segundo a empresa estatal, as

negociações com as distribuidoras no ano que vem sinalizarão uma tendência de queda nos

preços, além de acabar com as distorções geradas pelos diferentes valores entre o gás

nacional e o produto importado da Bolívia. A disputa em torno dos preços do gás é tema de

uma representação feita pelos grandes consumidores no Ministério Público Federal (MPF)

de São Paulo, que cobra mais transparência no cálculo. Entidades de classe reclamam que

os altos preços no Brasil vêm prejudicando a competitividade da indústria nacional e

ameaçam ir aos órgãos de defesa da concorrência. Em nota enviada ao Estado, a Petrobrás

disse que os contratos de suprimento com as distribuidoras serão renegociados em um

cenário de excedente da oferta, seja pela produção do pré-sal, seja pelas novas fontes de gás

americano. Por isso, a tendência é de valores menores. Além disso, informou a empresa, a

interligação das malhas brasileiras de gasoduto vai provocar o fim da diferença de preços

entre as diversas origens do gás vendido no País. (Estado de São Paulo - 11.10.2010)

A SCGás prevê aumentar seu mercado consumidor nos próximos quatro anos em

cerca de 500 mil m3/d, dos atuais 1,8 milhão de m3/d para 2,3 milhões de m3/d. De acordo

com o Plano Plurianual de Negócios (PPN) da companhia, até 2015 serão conectados à rede

da companhia cerca de 34 mil clientes, um crescimento bastante expressivo em relação aos

atuais 1.877.Para dar conta de seu plano de expansão, a distribuidora catarinense deverá

investir R$ 242 milhões até 2015. O aporte mais expressivo consiste na construção de um

gasoduto entre os municípios de Indaial e Otacílio Costa, como parte do Projeto Serra

Catarinense. O trecho de 100 km deverá demandar R$ 111 milhões.A distribuidora

investirá, ainda, R$ 56 milhões em projetos de extensão urbana, R$ 40 milhões na

saturação da rede e R$ 9,2 milhões para a expansão do mercado veicular. Outros R$ 18

milhões deverão ser destinados a projetos de expansão no segmento industrial e R$ 7

milhões para melhoria da rede. (Brasil Energia - 21.10.2010)

A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou a aplicação dos custos variáveis

unitários de três termelétricas, relacionadas no processo de contabilização do mês de

setembro na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. As empresas responsáveis

serão ressarcidas pelos custos incorridos com a geração das usinas através do Encargo de

Serviço do Sistema. Com isso, para a UTE Termo Norte I, o valor de CVU será de R$

506,04/MWh. A UTE Termo Norte II receberá R$ 480,69/MWh. Já para a UTE Rio Acre,

o ressarcimento ficou estabelecido em R$ 716,31/MWh. (Canal Energia-21.10.2010)

A SCGás prevê aumentar seu mercado consumidor nos próximos quatro anos em

cerca de 500 mil m3/d, dos atuais 1,8 milhão de m3/d para 2,3 milhões de m3/d. De acordo

com o Plano Plurianual de Negócios (PPN) da companhia, até 2015 serão conectados à rede

da companhia cerca de 34 mil clientes, um crescimento bastante expressivo em relação aos

atuais 1.877.Para dar conta de seu plano de expansão, a distribuidora catarinense deverá

investir R$ 242 milhões até 2015. O aporte mais expressivo consiste na construção de um

gasoduto entre os municípios de Indaial e Otacílio Costa, como parte do Projeto Serra

Catarinense.O trecho de 100 km deverá demandar R$ 111 milhões.A distribuidora

investirá, ainda, R$ 56 milhões em projetos de extensão urbana, R$ 40 milhões na

saturação da rede e R$ 9,2 milhões para a expansão do mercado veicular. Outros R$ 18

milhões deverão ser destinados a projetos de expansão no segmento industrial e R$ 7

milhões para melhoria da rede. (Brasil Energia - 22.10.2010)

Os cerca de 22 milhões de m3/dia de gás natural que São Paulo vai passar a receber

a partir do segundo semestre de 2011 do campo de Mexilhão deverão ter a cogeração como

destinação principal. O potencial para a modalidade é calculado em 3.400 MW, capacidade

suficiente para consumo de 91% da disponibilidade do energético, informou o vice-

presidente Executivo da Cogen, Carlor Roberto Silvestrin, durante a apresentação nesta

terça-feira, 26/10, do relatório final das atividades da Comissão Especial de Petróleo e Gás

Natural (Cespeg). A entidade participou do trabalho iniciado em 2008. "Na época São

Paulo recebia apenas 600 mil metros cúbicos/dia", destacou. (Brasil Energia - 26.10.2010)

4 – ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS

O governo descarta a ideia de acionar as termelétricas a óleo combustível para

garantir a segurança do abastecimento do sistema. Segundo o ministro de Minas e Energia,

Márcio Zimermmann, não faz sentido acionar essas usinas no fim de setembro, próximo do

término do período seco. Na próxima quarta-feira (6/9), o CMSE voltará a se reunir.

Segundo Zimmermann, é praxe na reunião discutir as condições operativas do sistema,

incluindo a operação de termelétricas. Hoje estão em operação usinas a carvão e gás

natural. (Brasil Energia - 30.09.2010)

A diretoria colegiada da Agência Aneel avalia hoje as multas aplicadas às seis

usinas termelétricas MC2, que pertencem ao grupo Bertin, por descumprimento no

cronograma de implantação. Com capacidade de gerar cerca de 1.000 MW, essas térmicas

deveriam entrar em operação a partir de janeiro de 2011, mas pelo relatório de fiscalização

da Aneel elas não estarão prontas a tempo. O grupo Bertin admite o atraso e tenta se isentar

das multas alegando que o atraso foi culpa da Aneel e do MME. A empresa já tinha

recorrido à Superintendência de Fiscalização que manteve as multas. O próprio grupo

Bertin atrasou o depósito das garantias exigido em leilão. De qualquer forma, além de um

atraso na celebração dos CCEAR, o relatório de fiscalização da Aneel de setembro mostra

que o atraso das usinas também se deve ao fato de a empresa ter alterado os projetos, por

razões estratégicas, e por isso precisa de novo licenciamento ambiental, que até então não

havia sido concedido. (Valor Econômico - 05.10.2010)

A Agência Nacional de Energia Elétrica resolveu reduzir a potência instalada da

UTE Alta Mogiana, de 60MW para 56 MW. Com isso, a usina passa a ser constituída de

três turbogeradoras a vapor de 6 MW, 20 MW e 30 MW, integradas em ciclo térmico

convencional de co-geração, com caldeiras que utilizam cana-de-açúcar como

combustível.A Aneel estabeleceu ainda que as instalações de transmissão da termelétrica

sejam alteradas. Assim, a subestação transformadora da usina 13,8/138 kV será constituída

por dois tratos, sendo um novo de 30/37 MVA e um já existente com 12,5/17 MVA.

Também compõe o sistema uma linha de transmissão em 138 kV, que vai da subestação

transformadora da usina até a conexão, a dois quilômetros de distância, através de um "tap"

simples sobre a LT 138 kV da CPFL, entre as SEs Pioneiros e Catu. (Canal Energia -

04.10.2010)

O CMSE, do MME, tem marcada para hoje uma reunião cuja pauta pode abordar o

acionamento de algumas das usinas térmicas mais caras do país. Proprietários destas usinas,

que incluem térmicas a diesel e óleo, foram avisados informalmente pelo ONS que

poderiam ter de entrar em operação em breve. A baixa ocorrência de chuvas nos últimos

meses levou os reservatórios a um nível crítico, que provocou o acionamento de térmicas.

Desde julho, o parque de usinas térmicas mais baratas a carvão e gás já entrou em operação.

Uma reunião do comitê estava marcada para antes do primeiro turno das eleições, mas o

assunto foi adiado. O setor receia que, por conta do segundo turno, seja postergada a

decisão pelo acionamento, devido a um possível prejuízo eleitoral para o governo. O

ministério confirma que haverá reunião hoje, mas não divulga a pauta. A geração térmica

adicional, hoje em R$ 1 bilhão, será incorporada à tarifa do consumidor no próximo

reajuste das distribuidoras. (Folha de São Paulo - 06.10.2010)

A Agência Nacional de Energia Elétrica estabeleceu que a UTE Norte Fluminense

deverá ressarcir um total de R$ 19.122.588,39 à Termomacaé pelos custos da construção da

SE Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Caso o pagamento de R$ 17.539.811,31, feito em

2003, seja comprovado à Aneel, faltará ainda o ressarcimento de R$ 1.582.777,08 à

Termomacaé pela UTE Norte Fluminense. No entanto, este valor deverá ser atualizado pelo

Índice Geral de Preços-Mercado na data do pagamento. Depois que o montante total for

quitado, as instalações de uso comum deverão ser doadas à concessionária de transmissão

correspondente. (Canal Energia-07.10.2010)

Representantes da Empresa Pantanal Energia (EPE) e da Yacimientos Petrolíferos

Fiscales Bolivianos (YPFB) discutem acordos acessórios para retomada no fornecimento do

gás natural boliviano a Mato Grosso. Hoje (12), o presidente da EPE, Fábio Garcia,

discutirá com diretores da estatal da Bolívia o contrato para o transporte do produto pelo

gasoduto do lado boliviano, que tem aproximadamente 380 km de extensão. Mas a

expectativa maior é para o encontro do próximo dia 18, em que o governador Silval

Barbosa irá se reunir com o presidente da YPFB, Carlos Villegas. Na ocasião, a Bolívia

deverá autorizar, ou não, o fornecimento do gás para a Petrobras, repassando o insumo para

a Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá). (Gazeta Digital - 12.10.2010)

A UTE São Luiz (70,4 MW) recebeu autorização da Aneel para operar as unidades

geradoras UG1 e UG3, de 25 MW cada, e a unidade UG2, de 20,4 MW, totalizando a carga

máxima da usina. A autorização foi publicada no DOU desta segunda-feira (11/10).

Localizada no município de Pirassununga, em São Paulo, a térmica é controlada pela

Abengoa. A usina utiliza cana-de-açúcar como combustível e a energia produzida será

comercializada no mercado livre. A térmica possui conexão no barramento de 138 kV da

subestação da UTE Ferrari, interligando-se à linha de transmissão SE Porto Ferreira - SE

Limoeiro, da Cteep. (Brasil Energia - 11.10.2010)

A assinatura do acordo entre Bolívia, Petrobras e Empresa Pantanal Energia (EPE)

para fornecimento de gás e retomada da usina Governador Mário Covas (Termelétrica de

Cuiabá) foi adiada para 21 de outubro, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A reunião

vai concretizar 5 acordos sobre o envio do combustível, sendo um sobre abastecimento,

dois sobre o transporte, um sobre a operação e manutenção e outro referente à locação de

energia.Quanto aos custos do transporte, operação e comercialização do gás, Garcia diz que

há valores genéricos definidos, mas que isso não será aberto, se restringindo às partes

interessadas. Com o acordo, a termelétrica retoma as atividades. Com 2,2 milhões de

metros cúbicos de gás natural, ela é capaz de gerar 480 MW. (Gazeta Digital - 13.10.2010)

Mesmo na fase preliminar da exploração da camada pré-sal, a indústria do petróleo

e gás vai liderar os investimentos no Brasil nos próximos anos. Sua participação no total da

formação bruta de capital fixo anual do país deve alcançar 14,7% em 2014.A conclusão é

de um estudo ainda inédito do economista André Albuquerque Sant'Anna. Seu trabalho foi

feito a partir de uma previsão de investimentos em petróleo e gás no Brasil de R$ 378

bilhões no período de 2011 a 2014, levando em conta um índice de nacionalização próximo

a 55% desses investimentos, totalizando R$ 205 bilhões a serem investidos diretamente no

Brasil. De posse desses números, o técnico do BNDES calculou, segmento por segmento, o

impacto total, direto e indireto, dos investimentos sobre a economia nacional. Para o

cálculo, ele utilizou uma matriz de absorção de investimentos desenvolvida pelo Instituto

de Economia da UFRJ que avalia como são distribuídos cada R$ 100 investidos em 55

setores da economia. (Valor Econômico-18.10.2010)

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) instala nesta segunda-feira (18) o primeiro

dos sete comitês regionais do Programa Gás Legal. Este comitê, que será a sede Nordeste I,

ficará em Recife (PE) e será responsável pela proposição e a execução de ações de

fiscalização do mercado em Pernambuco, Bahia, Sergipe, Alagoas e Paraíba.O Programa,

lançado pela ANP no mês passado, com o objetivo de combater o comércio irregular de gás

de botijão (GLP), vai ampliar a fiscalização do mercado a partir de ações coordenadas com

outras instituições, como Ministério Público, Procons, Secretarias de Fazenda, Corpo de

Bombeiros e prefeituras. (Setorial News-17.10.2010)

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) voltou a

interditar no final desta quinta-feira (14), com base em decisão judicial, a Max Chama Azul

Gás Distribuidora de Gás Ltda, localizada em Paulínia, São Paulo.A empresa já foi

interditada pela Agência em setembro por envasilhar e comercializar botijões de GLP (gás

de botijão) P13, P20 e P45 que possuíam originalmente marcas de outras distribuidoras

estampadas em seu corpo, contrariando regulamentos da Agência. A decisão da Justiça

considerou de elevada relevância os fundamentos da contestação da ANP de que tal prática

acarreta perigo de dano sério à segurança pública e à saúde dos consumidores. (Setorial

News-15.10.2010)

A Aneel autorizou a entrada em operação da unidade geradora UG1-PET (22 MW),

da UTE Petribu (36,5 MW), no município de Lagoa de Itaenga (PE). A térmica pertence ao

Grupo Petribu e utiliza o bagaço de cana como combustível. O sistema da usina é

constituído por uma subestação 13,8/69 kV 22,6 MVA e de uma linha de transmissão em

69 KV, circuito simples, interligando a UTE Petribu à Subestação Carpina, de propriedade

da Celpe. A UTE DVPA (28 MW), no município de Paracatu (MG), recebeu autorização

para dar iniciar a operação em teste. A térmica pertence à Destilaria Vale do Paracatu e

também é movida por combustível de bagaço de cana. (Brasil Energia - 15.10.2010)

A reunião de instalação do primeiro dos sete comitês regionais do Programa Gás

Legal será realizada nesta segunda-feira (18), em Recife, sede do Comitê Nordeste I, que

será responsável pela proposição e a execução de ações de fiscalização do mercado em

Pernambuco, Bahia, Sergipe, Alagoas e Paraíba.O Programa, lançado pela ANP no mês

passado com o objetivo de combater o comércio irregular de gás de botijão (GLP), vai

ampliar a fiscalização do mercado a partir de ações coordenadas com outras instituições,

como Ministério Público, Procons, Secretarias de Fazenda, Corpo de Bombeiros e

prefeituras.Depois de Recife, será instalado o Comitê Nordeste II, em Fortaleza - no dia 20

- que abrange Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão e Piauí. No próximo dia 27, o

Centro-Oeste, em Goiânia, que vai atender a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás,

Distrito Federal e Tocantins. (Setorial News-18.10.2010)

A empresa Vetorial Siderurgia foi autorizada pela Agência Nacional de Energia

Elétrica a atuar como produtora independente de energia elétrica. Para isso, vai implantar e

explorar a UTE Vetorial Corumbá, com 10 MW de potência instalada. A termelétrica,

localizada no município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, utilizará como combustível

gás de alto-forno. Paralelamente, a Companhia Petroquímica de Pernambuco foi autorizada

a atuar como autoprodutora de energia, implantando e explorando a UTE

Petroquimicasuape, em Ipojuca (PE). A usina possui 12,7 MW de capacidade instalada, e

utilizará o gás de processo como combustível. (Canal Energia-18.10.2010)

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vai instalar

na próxima quarta-feira (20), em Fortaleza, o Comitê Nordeste II, do Programa Gás

Legal.Segundo a Agência, o comitê será responsável pela proposição e a execução de ações

de fiscalização do mercado de revenda e distribuição de gás de cozinha (GLP), no Ceará,

Rio Grande do Norte, Maranhão e Piauí.Já na quarta-feira da próxima semana (27), a ANP

instala o Comitê Centro-Oeste, em Goiânia, que vai atender aos estados do Mato Grosso,

Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Tocantins. (Setorial News-19.10.2010)

O governo da Bolívia deu o aval que faltava para que a Petrobras forneça o gás

natural à Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá). Em reunião realizada

nesta quinta-feira (21), na sede da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB),

em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o presidente da estatal boliviana, Carlos Villegas,

confirmou que as negociações para resolver o impasse, que já dura 4 anos, estão em fase

final. No encontro, o governador Silval Barbosa, ressaltou a importância da retomada da

térmica e destacou que o governo boliviano tem transmitido confiabilidade na continuidade

nos acordos. De acordo com ele, a YPFB e Petrobras estão ajustando o contrato que define

o local de entrega do produto. "A intenção é que 2,2 milhões de m3/dia cheguem a San

Matias ao invés de ir para Corumbá, no Mato Grosso do Sul". A reportagem entrou em

contato com a Petrobras, no Rio de Janeiro, para saber do acordo, mas até o fechamento

desta edição a estatal não havia retornado. (Gazeta Digital - 21.10.2010)

A UTE Vale São Simão (55 MW) recebeu autorização da Aneel para operar as

unidades geradoras UG1 (30 MW) e UG2 (25 MW). Localizada no município de Santa

Vitória (MG), a térmica pertence à Companhia Energética Vale São Simão (CEVSS), do

Grupo Andrade. As duas unidades geradoras são integradas em um ciclo térmico

convencional de cogeração. A usina utiliza bagaço de cana-de-açúcar como combustível. O

sistema de transmissão da termelétrica é constituído de uma subestação elevadora junto à

usina (13,8/138 kV - 23/31,25 MVA) e de uma linha de transmissão (138 kV), com cerca

de 77 km de extensão. A linha liga a usina à subestação Iturama, da Cemig. (Brasil Energia

- 21.10.2010)

A White Martins ingressou ontem com uma ação na Justiça Federal de Brasília para

tentar anular a maior multa já aplicada na história do Cade (Conselho Administrativo de

Defesa Econômica): R$ 1,7 bilhão por violar as regras de concorrência.Originalmente, o

valor era de R$ 2,2 bilhões, mas foi reduzido porque havia problemas de correção no

cálculo. O órgão do Ministério da Justiça multou a White Martins e outras três empresas de

gases industriais e de oxigênio por julgar que o quarteto combinava preços e condições em

concorrências.Segundo o julgamento do Cade, havia até um caixa de compensação

informal para indenizar as empresas que perdiam as disputas. (Folha de São Paulo -

23.10.2010)

A Transportadora Gasene, responsável pela implementação do gasoduto de

interligação Sudeste-Nordeste, está autorizada a pré-operar a partir desta sexta-feira (22/10)

a Estação de Compressão de Prado, em Alcobaça (BA). Juntamente com as já concluídas

estações de Piúma (ES) e Aracruz (ES), a estação de Prado permite que o gasoduto tenha

capacidade inicial para escoar 10 milhões de m³/d.(Brasil Energia - 22.10.2010)

A Aneel liberou UG's de duas usinas, termelétrica e PCH, no estado de MG. A UG-

01 e a UG-02 da UTE Vale do São Simão, em Santa Vitória, possuem 30 MW e 25 MW de

capacidade, respectivamente. Já a UG3, da PCH Pipoca, nos municípios de Caratinga e

Ipanema, operará em teste com 6,667 MW de capacidade. As UG's da UTE Vale do São

Simão já podem operar comercialmente a partir desta quinta-feira, 21 de outubro. Por outro

lado, a Omega Energia, proprietária da PCH Pipoca, só poderá solicitar à Aneel a operação

comercial da usina após conclusão do período de testes e confirmação da potência da

unidade geradora. (Canal Energia - 22.10.2010)

Após mais de sete anos de disputas judiciais, a Petrobras conseguiu retomar o poder

de veto nas deliberações da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), subsidiária no

setor de distribuição de gás natural. Com uma liminar obtida em 2003, o Estado de

Pernambuco, que detém 51% das ações ordinárias da empresa, vinha atuando com plenos

poderes, o que era considerado nocivo pela Petrobras.Sem a necessidade do aval da

Petrobras, o governo de Pernambuco se viu livre para firmar novos contratos, alguns dos

quais acabaram se mostrando danosos para a empresa, caso da construção de um gasoduto

ligando Recife a Caruaru, firmado com a empresa baiana GDK e que acabou suspenso no

meio da obra. O maior receio da Petrobras era de que o exemplo de Pernambuco acabasse

abrindo um precedente para que outros Estados que tem a Gaspetro como sócia. Segundo

ele, somente na companhia pernambucana foram investidos mais de R$ 500 milhões da

Petrobras. (Valor Econômico - 26.10.2010)

A Aneel publicou no Diário Oficial desta quinta-feira (28/10) a autorização para a

operação em teste das UTEs Noble Energia (30 MW) e Meridiano (60 MW), da Noble

Energia.A UTE Noble Energia possui uma unidade geradora de 30 MW.O sistema de

transmissão da térmica é constituído por uma subestação elevatória, de 13,8 kV/138 kV e

40/50 MVA, uma linha de transmissão em 138 kV, circuito duplo, com aproximadamente

30 km de extensão, até o ponto de conexão situado no seccionamento da linha de

transmissão de 138 kV que interliga a UTE Noroeste Paulista e a SE Votuporanga II, de

propriedade da CTEEP. A UTE Meridiano é constituída por duas unidades geradoras de 30

MW cada. O sistema de transmissão da central geradora é constituído por uma subestação

elevatória, de 13,8 kV/138 kV e 40/50 MVA, uma linha de transmissão em 138 kV, circuito

duplo, com aproximadamente 30 km de extensão. (Brasil Energia - 28.10.2010)

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou a suspensão da licença para instalação

da termelétrica MPX Açu 1, em São João da Barra, no norte fluminense. O projeto da MPX

prevê a implantação de uma usina a carvão mineral no Porto do Açu, complexo portuário

que está sendo construído pela LLX. Ambas fazem parte do Grupo EBX, do empresário

Eike Batista.A recomendação de suspensão foi encaminhada ao Instituto Estadual do

Ambiente (Inea) e à MPX. Em um comunicado à imprensa, o MPF acusa a empresa de

entregar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) "inconsistente", o que fez com se

recomendasse uma complementação à empresa. (Estado de São Paulo - 28.10.2010)