projeto polÍtico pedagÓgico 2017 · objetivos 2. ... corpo e movimento, tão importantes para o...
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MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
EMEB Francisco Beltran Batistini “Paquito”
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
SUMÁRIO
I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
1. Quadro de Identificação dos Funcionários
2. Quadro de Organização das Modalidades
3. Histórico da Unidade Escolar
II. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
III - ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR
DO ANO DE 2016
IV– CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE
ATUAÇÃO DA ESCOLA
1. Caracterização da Comunidade
2. Comunidade Escolar
2.1. Caracterização
2.2. Plano de Ação para Comunidade Escolar
2.3. Avaliação
2.4. Projeto Alvarenga em Rede
2.5. Projeto Comunidade de Aprendizagem
3. Equipe Escolar
3.1. Professores
3.1.1. Caracterização
3.1.2. Plano de Formação para os Professores
3.1.3. Avaliação do Plano de Formação
3.1.4. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos
3.2. Auxiliares em Educação
3.2.1. Caracterização
3.2.2. Plano de Acompanhamento das turmas com crianças com NEE
3.3. Funcionários
3.3.1. Caracterização
3.3.2. Plano de Formação dos Funcionários
3.3.3. Avaliação do Plano de Formação
4. Conselhos
4.1. Conselho de Escola
4.1.1. Caracterização do Conselho de Escola
5. Associação de Pais e Mestres
5.1. Caracterização
5.2. Plano de Ação da APM e Conselho de Escola
5.3. Reuniões
V - ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
1. Objetivos
2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos
2.1. Língua Oral e Escrita
2.2. Matemática
2.3. Ciências e Educação Ambiental
2.3.1. A Influência e Contribuições dos Africanos na formação da
Cultura Brasileira
2.4. Corpo e Movimento
2.5. Artes
2.5.1. Música
2.6. Brincar
3. Rotina
3.1. Período de Adaptação
4. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos
5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos
6. Ações Suplementares
6.1. AEE - Atendimento Educacional Especializado
6.2. Plano de Ação – AEE
VI – CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO
VII – REFERÊNCIAS
ANEXO: PROJETO COLETIVO
I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
EMEB “FRANCISCO BELTRAN BATISTINI PAQUITO”
Estradados Alvarengas, nº7552 – Bairro Alvarenga
São Bernardo do Campo – São Paulo
CEP: 09850-550
Telefone/Fax: 4358-0225/ 4358-5479
E-mail: [email protected]
CIE: 111.120
Modalidade de Ensino oferecida pela Escola: Educação Infantil
Equipe Gestora
Andréia Ap. Rosa da Silva Rocha Diretora
Adélia Cristina Andrade Santos PRVD
Marta Silva Nascimento Teixeira Coordenadora Pedagógica
Equipe Referência
Eliane Cândida Pereira Orientadora Pedagógica
Janice Caovila
Simone Favaretto
Fonoaudiólogas
Marisa Teixeira
Ana Paula Neves Lopes
Psicólogas
Aline Cristina Barroso Silva Terapeuta Ocupacional
Flávia Lente Fisioterapeuta
Períodos e horários de aula:
Manhã: 8h00 as 12h00
Tarde: 13h00 as 17h00
Horário de funcionamento da Escola:
7h00 as 18h00
Horário de funcionamento da Secretaria:
7h30 as 16h30
1. Quadro de Identificação dos Funcionários
Oficiais de Escola
Nome
Matrícula Horário de
Trabalho
Período de Férias
Vanessa Nobis de Moura
(atualmente na BEI)
37.620-6 8h00 as 17h00 Janeiro
Renata Monteiro Pereira 38.776-8 7h00 as 16h00 Maio
Francisca Franceilda dos Santos 40.208-3 8h00 as 17h00 Abril
Equipe de Apoio
Nome
Matrícula Horário de
Trabalho
Período de Férias
Ana Clementina Martins 62.738-4 7h00 as 16h00 Outubro
Cecília Isabel Alves da Costa 60905-5 6h00 as 15h00 Junho
Divanir Oliveira Fialho 19.686-8 7h00 as 16h00 Janeiro
Eliane de Souza Barbosa 60.622-7 7h00 as 11h00
13h00 as 17h00
Agosto
Maria Aureli dos Santos 19.715-7 8h00 as 17h00 Dezembro
Nilda de Leles Dias 19.842-0 7h00 as 16h00 Janeiro
Obede dos Santos Oliveira 61.146-6
8h00 as 17h00 Maio
Silindalva Carvalho de Brito
19.264-4
7h00 as 16h00 Março
Funcionárias da Cozinha
Nome Matrícula Horário de
Trabalho
Período de Férias
Francisca Ledir Araújo Castro
Em
pre
sa
CO
N
VID
A
7h00 as 16h48 Janeiro
Maria Regina M. de Sousa 7h00 as 16h48 Janeiro
2. Quadro de Organização das Modalidades
Período Agrupamento Turma Professora Total de
alunos
por turma
Total de
alunos
por
período
Manhã Infantil III A Elisiane 25
314
Infantil III B Jéssica 26
Infantil III C Elisabete 26
Infantil III D Helenita 24
Infantil IV A Selma 27*
Infantil IV B Débora 32
Infantil IV C Thais 32
Infantil IV D Vânia 31
Infantil V A Alekssandra 32
Infantil V B Rosângela 27*
Infantil V C Fernanda 30
Infantil V D Regislaine 28*
Tarde Infantil III E Luciene 25*
346
Infantil III F Elisabeth 27
Infantil III G Shirley 28
Infantil IV E Ellen 32
Infantil IV F Elaine 28*
Infantil IV G Débora 28*
Infantil IV H Aline 32
Infantil V E Cibele 27*
Infantil V F Simone 28*
Infantil V G Alekssandra 32
Infantil V H Cristina 32
Infantil V I Arinalda 27*
TOTAL: 660 ALUNOS (dados de 22/03/2017)
*Salas reduzidas por motivo de crianças com deficiência.
3. Histórico da Unidade Escolar
A construção desta Unidade Escolar veio em decorrência da
reivindicação da comunidade por uma escola no bairro que atendesse à
Educação Infantil, uma vez que a demanda de crianças na faixa etária de 04 a
06 anos nesta região é grande e a escola próxima atendia apenas o Ensino
Fundamental.
As atividades foram iniciadas em fevereiro de 2004, atendendo não
somente a Educação Infantil como também o 1º ano do ciclo I, que ao contrário
do infantil, inicialmente funcionou em containers instalados na escola vizinha, a
EMEB. “Arlindo Miguel Teixeira”, até que as salas destinadas ao fundamental
fossem terminadas. Nos primeiros meses não tínhamos Diretora, Professora de
Apoio à Direção, Oficial de Escola, Pessoal de Apoio, Material Pedagógico,
APM, ou seja, nos faltava ainda recursos humanos, materiais e financeiros,
para uma melhor estruturação da unidade.
A unidade escolar está distribuída em dois prédios separados. No
primeiro funciona uma cozinha com refeitório, área de serviço, secretaria, ateliê
de artes, sala de direção, sala dos professores, dois banheiros de uso
administrativo e dois banheiros para uso dos alunos (um masculino e outro
feminino). O segundo é composto de doze salas de aulas separadas por dois
corredores, no primeiro corredor funcionam oito salas de aulas, um espaço
adaptado para Biblioteca Interativa, dois banheiros de uso dos alunos, no
segundo corredor há quatro salas de aulas, um almoxarifado, dois banheiros
para uso dos alunos.
Após dois anos de muita dedicação em implantar nossa biblioteca, já
que tínhamos muitos empecilhos na utilização da BEI da escola vizinha “Arlindo
Miguel Teixeira” (horários reduzidos por conta da demanda de atendimento,
dias de chuva onde não era possível deslocar as crianças até à BEI), em 2008
tivemos a efetivação deste espaço, que embora seja adaptado (não tem todos
os recursos da BEI e é menor na metragem) já vem contribuindo
significativamente na rotina da escola, já que hoje não temos mais problemas
quanto a não poder ir à biblioteca em dias de chuva (o que é muito comum na
nossa região). Este espaço ainda não é o ideal, por conta do tamanho e falta
de um local mais apropriado para leitura e utilização dos recursos audiovisuais,
porém tivemos um enorme ganho com as aquisições de livros na FELIT em
2011, o que aumentou consideravelmente nosso acervo, proporcionando aos
alunos maiores possibilidades de escolha e o empréstimo quinzenal, o que
antes ocorria apenas em sala de aula com a biblioteca circulante.
No ano de 2010, algumas de nossas solicitações elencadas no PPP de
2009 foram atendidas com a reforma realizada pela Secretaria de Educação:
pintura interna e externa do prédio, manutenção das portas das salas, bem
como todas as esquadrias do prédio, revisão da cobertura do prédio, a fim de
eliminar as infiltrações, troca das descargas por válvulas hidra, regularização
dos banheiros adaptados e instalação de trocador e chuveiro, nivelação e
regularização do piso externo, troca do piso do pátio por emborrachado o que
facilitou o desenvolvimento de atividades de corpo e movimento, pois o piso
antigo causava muitos machucados nas crianças, troca das torneiras por
econômicas, drenagem do parque, revisão elétrica, ampliação da dispensa da
cozinha e construção de banheiro e vestiário para as funcionárias da cozinha
(seguindo orientações da Vigilância Sanitária), abertura de mais um guichê na
cozinha. Com todas essas ações, houve muitas melhorias no espaço físico de
nossa escola, garantindo o melhor atendimento das nossas crianças, porém
ainda continuamos com a necessidade de cobertura do pátio externo, pois em
dias de chuva ou de calor excessivo, as atividades de corpo e movimento ficam
prejudicadas, já que não temos outro espaço para a realização das mesmas.
Estas questões vêm sendo discutidas com o Conselho de Escola, onde
foram elaborados documentos para a Secretaria da Educação solicitando a
cobertura do pátio externo, ou de parte dele, para garantir que as atividades de
Corpo e Movimento, tão importantes para o desenvolvimento infantil, ocorram
todos os dias, independente de fatores climáticos.
Outra mudança significativa que ocorreu em nossa escola em 2012 foi
de garantirmos o atendimento exclusivamente à Educação Infantil, pois os
alunos que atendíamos do Ensino Fundamental (1º. Ano) foram remanejados
para a EMEB Arlindo Miguel Teixeira, com isso pudemos contemplar todas as
inscrições que foram realizadas para a Educação Infantil, sem nenhuma
criança na lista de espera. Para nós isso tem sido uma importante conquista
tanto para nossa escola, como para a comunidade, pois garantimos um maior
número de vagas para as crianças da faixa etária de 3 a 5 anos, o que não
ocorreu nos anos anteriores.
Em 2011, também tivemos a implementação de uma proposta de
adequação de espaço para nosso Ateliê de Artes, pois acreditamos que para
as atividades das crianças é importante ter um espaço que contemple todos os
materiais e suportes necessários para o desenvolvimento das propostas,
propiciando aos alunos autonomia, escolha e um local mais adequado. Este
espaço a cada momento vem sofrendo modificações a fim de garantir uma boa
utilização e organização para o professor e os alunos. Porém, nas avaliações o
grupo veio apontando que o espaço era muito pequeno e não garantia o bom
uso dos 32 alunos, sendo assim, como havia a reivindicação por um espaço
destinado aos atendimentos a pais e reuniões com a equipe, APM e Conselho
de Escola, entre outros, em 2016 o Ateliê de Artes foi desativado e o espaço
transformado em sala da Equipe Gestora e a antiga sala da coordenação foi
destinada à Sala de Reuniões. Quanto ao Ateliê, junto com os professores
organizamos três caixas com os materiais de artes, para ser utilizada uma para
cada faixa etária, porém neste ano montamos dois carrinhos, um para o
corredor de cima e outro para o corredor de baixo, pois as caixas estavam
muito pesadas para serem transportadas pelos professores.
Por questões de segurança o parque foi interditado no início de 2016,
alguns brinquedos que estavam em boas condições foram realocados para a
área do pátio, uma vez que os recursos da APM não eram suficientes para
tamanha reforma, estramos em contato com a Secretaria de Educação a fim de
pleitear a reforma deste espaço, porém não tivemos uma resposta positiva,
sendo assim instalamos o EVA no chão para garantir a segurança das crianças
em relação às quedas e temos um projeto para esse ano de colocar um
cercado para separar o parque do pátio e fazer a cobertura dos brinquedos que
ainda não são cobertos. Em 2015 tivemos como meta a instalação do tanque
de areia, que foi iniciado a construção no ano de 2014, mas também por motivo
de falta de recursos financeiros, não foi possível sua finalização, sendo assim,
retomaremos a finalização do tanque de areia neste ano.
II CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
Escola
A escola é um espaço com finalidade educativa, que deve ter a função
de formar cidadãos críticos, autônomos, pensantes e conscientes de seus
direitos e deveres, que tenham condições de interagir com as demais pessoas
e refletir sobre o impacto de suas ações em relação meio ambiente.
Para que a escola seja de fato inclusiva, precisa garantir não apenas o
acesso e a permanência, mas a qualidade da educação, sendo para isso
necessária a adequação de recursos humanos e materiais, capacitação de
todos os profissionais da escola e valorização do profissional.
Acreditamos que a escola precisa ser acolhedora, para tanto, nos
empenhamos para que todos os funcionários se envolvam no bom atendimento
às diversidades apresentadas tanto pelas crianças como pela comunidade.
Ser humano / criança
“Não nascemos humanos, humanizamo-nos a cada dia! Tornar-se humano implica em um processo de inteireza, que começa no nascimento, transforma-se na adolescência, se afirma na juventude, fortalece na maturidade, num constante processo de transformação... A cada dia e a cada tempo significamos os acontecimentos do cotidiano estabelecendo novas aprendizagens sobre nós mesmos e sobre o outro e o mundo!” (Conversando sobre o PPP – Projeto Político Pedagógico, pág. 4).
Partindo do princípio de que o ser humano se constitui a partir da
interação do meio físico e social em que vive, seu desenvolvimento se dá por
um processo que se inicia no nascimento e passa por constantes
transformações ao longo da vida.
Sendo assim, a educação deve visar à formação de um sujeito
participativo, capaz de construir, através de sua interação com o meio, seu
próprio conhecimento, tendo respeitados seus os direitos de ser, dizer, pensar,
opinar e aprender a fazer.
Princípios e Diretrizes
Os princípios e diretrizes que regem nosso trabalho partem de
uma perspectiva democrática, que têm por objetivo adotar uma metodologia
participativa, com o envolvimento dos diferentes segmentos da educação. São
eles:
1. Qualidade da educação – Pensar na qualidade da educação traz
a necessidade de considerar as condições objetivas para que isso se dê:
verbas suficientes, instalações adequadas, salários dignos, condições materiais
e estruturais de trabalho além da formação e instrumentalização do professor,
direito à educação (avaliação=prática), considerar o criança como sujeito da
educação. Para que isso se efetive, o Projeto Político Pedagógico é um
instrumento para traçarmos nossos objetivos, metas e a linha de trabalho para
concretizarmos nossas ações.
Os Princípios na prática:
Propostas que consideram os saberes das crianças e favoreçam a
construção de novos saberes;
Considerar os conhecimentos prévios de toda a comunidade escolar;
Acreditar na competência das crianças;
Formação continuada, através dos horários de HTPC, Reunião
Pedagógica, encontros individuais, devolutiva de registros e
planejamentos;
Respeito à criança;
Garantir o trabalho em todas as áreas do conhecimento;
Garantir o trabalho com a multiplicidade de linguagens, levando em
consideração a interação entre adultos e crianças, crianças e crianças
por meio do desenvolvimento dos Projetos Coletivos.
Parceria com as famílias;
Avaliação como instrumento para a reflexão da prática;
Rotina prazerosa e equilibrada.
2. Atendimento à diversidade - Oferecer a todos o acesso aos
conteúdos básicos que todo cidadão deve conhecer e para isso há
necessidade de reestruturar os nossos currículos de modo que eles tenham a
flexibilidade capaz de atender toda população que busca a escola. A inclusão
vai além das crianças com NEE, mas deve atender a individualidade de cada
criança, já que cada uma delas traz uma necessidade específica.
Os Princípios na prática
Considerar as necessidades individuais das crianças;
Sistematizar instrumentos de registro e avaliação individual das
crianças;
Acompanhamento das crianças com dificuldade de aprendizagem;
Acompanhamento das crianças com necessidades educacionais
especiais;
Adaptação do espaço escolar para o atendimento das crianças com
deficiência;
Adaptação do espaço escolar conforme as leis da acessibilidade
(reforma);
Planejamento das propostas respeitando as possibilidades e limitações
de cada criança;
Envolvimento de toda a equipe escolar para o melhor atendimento das
crianças com deficiência;
Formação continuada para os professores e demais funcionários da
escola.
3. Autonomia - Segundo a LDB a autonomia na escola deve ser
desenvolvida em vários aspectos: financeiro, administrativo e pedagógico.
- Autonomia da criança: favorecer que a criança construa o
conhecimento intelectual, moral, afetivo e sócio-político.
- Autonomia pedagógica: onde o trabalho docente coletivo
possibilita o estudo, adequação de conteúdos, replanejamento, troca de
experiências e intervenções diferenciadas.
- Autonomia administrativa: tomada de decisões da U.E. (CE e
APM), gestão democrática respeitando as normas vigentes,
descentralização de verbas.
Os Princípios na prática:
Self-service;
Diferentes momentos da rotina;
Leitura não convencional realizada pela criança tanto na BEI como
em outros espaços da unidade escolar;
Atividade diversificada;
Atividade de Estação em Corpo e Movimento;
Parque;
Roda de conversa;
Formação de acordo com a necessidade do grupo: HTPC e Reunião
Pedagógica;
Órgão colegiado.
4. Gestão Democrática – Segundo Vitor Paro, a gestão democrática é
um processo de aprendizado coletivo que não se efetiva por decreto, portarias
ou resoluções. Pensarmos a gestão compartilhada implica, portanto,
compreendermos a cultura da escola e dos seus processos, bem como
articulá-los com as relações sociais mais amplas, considerando a
DIVERSIDADE. Ou seja, a escola é um espaço de diferentes saberes. Nesse
sentido, quando buscamos construir na escola um processo de Participação
baseado em relações de cooperação, no trabalho coletivo e no
compartilhamento do poder, precisamos exercitar o diálogo considerando as
diferentes formações, habilidades e competências de todos os envolvidos.
A relação entre escola e comunidade torna-se biunívoca, a partir do
momento em que a comunidade conscientiza-se de que também faz parte da
escola. Porém, para que isso ocorra é necessário que a escola se abra para a
comunidade e oportunize voz e vez para a mesma, levando em consideração
as diferentes opiniões, para as tomadas de decisões e concretização de ações
que garantiremos o acesso, permanência e êxito das crianças.
Nessa ótica, o processo passa a ter maior relevância, como meio para a
efetivação da aprendizagem da criança, resultando de todo o esforço realizado
pela equipe gestora, equipe docente, funcionários, crianças, e comunidade.
Os princípios na prática
Nas discussões e estudos realizados nos HTPCs e HTPs;
No desenvolvimento de ações do Conselho de Escola e APM;
Avaliação da comunidade e ações desenvolvidas a partir da análise
das avaliações;
Favorecer que todos participem da elaboração do Projeto Político
Pedagógico da U.E.;
Favorecer diálogo frente aos problemas, decisões,
encaminhamentos, estudos, ações;
Reuniões com todos os segmentos.
Estabelecer o diálogo: “ouvir e ser ouvido”;
Garantir a participação da comunidade nas atividades escolares.
Envolver os diversos segmentos (professores, funcionários e
comunidade) na elaboração e no acompanhamento do Projeto
Político Pedagógico.
Ainda é um objetivo a ser atingido o fato dos pais que atuam na
A.P.M. e no Conselho de Escola saberem que seu papel nestes
órgãos colegiados é de representatividade, portanto propomos que a
partir deste ano que os professores trabalhem esta questão na
reunião com pais, destinando um tempo para que todos expressem
“Felicitações”, “Críticas” e “Proposições” sobre o trabalho
desenvolvido na unidade escolar. Os dados trazidos pelos pais serão
levados para a reunião de A.P.M. e Conselho de Escola, contribuindo
para a discussão.
5. Valorização do profissional da educação – investir na formação e
criar condições para que ela seja contínua.
Os princípios na prática
Plano de ações formativas para todos os segmentos da escola;
Discussão e estabelecimento de combinados coletivos que serão
incorporados neste documento;
Respeito às atribuições de cada grupo sem perder de vista o bom
atendimento às crianças.
6. Relação adulto X criança: Segundo Vygotsky, a relação educador-
educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de
cooperação, de respeito e de crescimento (Dionizio, 2010). A criança deve ser
considerada como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção
de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse
processo, como um indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao
professor considerar também, o que a criança já sabe, bem como sua
bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.
O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura
que possibilita progressos no desenvolvimento da criança. Nessa perspectiva,
não cabe analisar somente a relação adulto-criança, mas também a relação
criança-criança. Acreditamos que a construção do conhecimento ocorrre na
relação da criança com o grupo, com o meio, sem deixar de lado a bagagem
que ela traz também.
Sendo assim, a relação deve ser de respeito mútuo, onde as pessoas
tenham autonomia nas suas ações, aceitando as diferenças e valorizando a
capacidade individual de cada criança.
III - ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE
ESCOLAR DO ANO DE 2016
Ao final do ano de 2016 iniciamos um processo de avaliação em nossa
Unidade Escolar a partir dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil.
Utilizamos o espaço da Reunião Pedagógica do mês de novembro para a
discussão em subgrupos, formados por professores, demais funcionários da
escola e membros da APM e Conselho de Escola, onde a tarefa era olhar para
a avaliação de 2015 analisando em quais questões conseguimos avançar,
quais ainda merecem nossa atenção e o que precisamos mudar para o ano de
2017. Em dezembro, na Reunião Pedagógica, os relatores de cada subgrupo
trouxeram as suas ponderações e na plenária, com as contribuições de todos
os presentes redigimos o documento final.
Segue abaixo a síntese desse documento, embasado nas diretrizes
trazidas pela Secretaria de Educação (Gestão Democrática, Qualidade Social
da Educação por meio da prática pedagógica e Acesso, permanência e
sucesso escolar):
Diretriz: Gestão Democrática
Compromisso: Evidenciar a participação e
corresponsabilidade da comunidade escolar (funcionários, alunos,
famílias e outros membros da comunidade), dando voz a todos os
envolvidos de forma que lhes faça sentido e que cada um se reconheça
no documento, desde o acesso, implementação do projeto, tomada de
decisões até a avaliação.
Ação da escola para viabilizar a efetivação do
Compromisso
O documento é utilizado em todas as discussões realizadas pela escola
(formações em HTPC e Reuniões Pedagógicas), envolvendo todos os
funcionários da escola, sendo nas decisões, como na implementação dos
projetos. Nas Reuniões com Pais, sempre são socializadas as ações da escola,
os projetos realizados para que se aproximem do PPP. A partir da construção
do PPP ao longo do ano, sendo a escrita realizada junto com os professores e
funcionários, o documento passou a ter mais sentido a cada envolvido e maior
relação com a prática.
O desafio para o próximo ano é garantir maior envolvimento da
comunidade nas ações e projetos realizados pela escola. O grupo também
levantou a necessidade de revisar o item de objetivos e conteúdos, separando-
os por faixa etária, discutidos em HTPC logo no início do ano, para evitar a
repetição de conteúdos nas diferentes faixas etárias. Se necessário, realizar
formações, atendimentos individuais para auxiliar os professores neste
processo.
Também se faz necessário investir na construção de diretrizes, no PPP,
que valorizem as diferenças e combatam a discriminação e ampliar o acesso
ao documento para todos os funcionários, professores e comunidade.
Compromisso: Propostas para aperfeiçoar a atuação dos
órgãos colegiados.
A escola tem realizado reuniões formativas onde foram trazidos
assuntos do cotidiano escolar para discussões e problematizações.
Investimento na participação dos pais nos órgãos colegiados, através das
Reuniões com Pais, com isso, os pais que participam dos órgãos colegiados
passaram a ter uma melhor visão das propostas da escola, compreendendo o
sentido de cada uma delas, contudo se faz necessário investir na maior
participação de pais nos órgãos colegiados, ainda temos poucos pais que
fazem parte da APM e Conselho de Escola e outros desistem ao longo do ano
e não comparecem às reuniões.
Ações em parceria com programas, dispositivos da
comunidade, dentre outros.
Ação da escola para viabilizar a efetivação do
Compromisso
Neste ano, demos continuidade ao Projeto Comunidade de
Aprendizagem, Instituto Natura, com as ações educativas de êxito: Grupos
Interativos e Comissões Mistas. Tais ações garantiram a maior participação da
comunidade tanto nas práticas pedagógicas, como nas discussões e ações que
buscaram a solução de problemas enfrentados no cotidiano escolar. Pudemos
ter um envolvimento efetivo dos pais que participaram que trouxeram ganhos
para as crianças, na relação com eles nas propostas pedagógicas (grupos
interativos), como também no enriquecimento das discussões nas comissões:
pedagógica, alimentação, infraestrutura e comunicação. Para o próximo
teremos o desafio de conseguir trazer mais pais voluntários para os Grupos
Interativos, pois foram poucos os que participaram o que dificultou a
concretização da proposta.
Diretriz: Qualidade Social da Educação por meio da
prática pedagógica
Planos de formação articulados, a partir do levantamento
coletivo das necessidades, para todos e cada um, constituindo
diversos espaços e tempos formativos.
Os planos de formação foram construídos a partir do levantamento
coletivo dos interesses do grupo e também da leitura da necessidade realizada
pela equipe gestora. Tais planos atenderam as expectativas do grupo, bem
como as estratégias formativas, trazendo importantes discussões sobre as
práticas pedagógicas e revisão do PPP.
Os momentos formativos através dos HTPC’s, Reuniões Pedagógicas e
HTP, proporcionaram a reflexão da prática e a mudança de muitas ações
pedagógicas, foi possível, segundo o grupo, transpor a teoria para a prática e
repensar os projetos pedagógicos e planejar as ações de acordo com as
discussões realizadas nesses momentos.
Para 2017, precisaremos qualificar ainda mais as discussões, ampliando
as estratégias formativas e os momentos formativos para toda a equipe
escolar, pois faltaram mais oportunidades de reuniões específicas com os
demais segmentos da escola, a fim de alinharmos as nossas ações.
Planos de formação específicos, de acordo com as
necessidades dos diversos sujeitos envolvidos na elaboração do PPP.
Os planos de formação direcionados aos professores foram elaborados
de acordo com as necessidades coletivas e individuais de cada professor,
através dos momentos de HTP, porém os demais segmentos participaram
apenas das Reuniões Pedagógicas, sendo realizadas apenas algumas
reuniões de caráter de organização do trabalho.
Como já citado anteriormente, para o grupo de professores foi possível
discutir e repensar muitas ações e projetos pedagógicos, claro que ter os
demais funcionários envolvidos nas Reuniões Pedagógicas propiciou também
tanto o aspecto formativo dos funcionários, como a ampliação dos
conhecimentos sobre as propostas pedagógicas e um maior envolvimento de
todos nos projetos realizados pela escola. Para 2017, se faz necessário
garantir mais momentos formativos para os funcionários do apoio, oficiais e
merendeiras.
Práticas didáticas significativas, contextualizadas e
inclusivas que garantam o processo de ensino e aprendizagem de
todos e de cada um.
(Integração de mídias e tecnologias, práticas
de leitura, mediação de leitura, pesquisa escolar, acesso
às múltiplas linguagens, inclusão).
Este ano de 2016, com a chegada da oficial na Biblioteca, tivemos a
qualificação do uso desses espaços, já que há alguns anos o grupo sempre
trazia a biblioteca como um local que precisava de readequações. Com a
oficial, foi garantido tanto a organização do espaço, como alguém a mais para
a orientação das crianças para uso da BEI e também uma parceira para as
contações de histórias. O Projeto Coletivo “Contação de Histórias” também foi
um importante aliado para que o espaço da BEI fosse de fato utilizado para tais
momentos, garantindo às crianças a oportunidade de ouvir histórias contadas
das mais diversas formas, com os mais diferentes recursos, qualificando a
prática dos professores.
Outro aspecto a destacar, foram às trocas de experiências
desenvolvidas nos HTPC’s, o que propiciou a ampliação do repertório das
professoras nas práticas de Corpo e Movimento, o que também ocorreu com as
atividades que envolvem a Música. O grupo entendeu a necessidade e
importância de continuidade das trocas de experiências.
O Projeto Horta, com a parceria do projeto Ação Saudável também
trouxe importantes contribuições para o desenvolvimento de propostas e um
trabalho que propiciou às crianças a oportunidade de vivenciar na prática e
desenvolver hábitos saudáveis de alimentação, através do plantio, colheita,
receitas e degustação.
Ainda nos deparamos com a falta de recursos para o desenvolvimento
das atividades de artes, brincadeiras simbólicas e Corpo e Movimento, embora
tenhamos adquirido muitos materiais neste ano, a quantidade ainda não atende
a demanda de toda a escola. Quanto às propostas de Corpo e Movimento,
além da falta de material, é importante o investimento em momentos formativos
para qualificar o uso dos materiais.
O grupo avaliou que ainda falta conhecer a comunidade atendida, o
entorno da escola para pensarmos em projetos que contemplem ainda mais a
cultura local, por isso encaminhou-se que para o próximo ano haja a visita dos
funcionários à comunidade e a partir disso, construir um projeto coletivo, onde
cada professor terá autonomia para desenvolver uma proposta pedagógica que
atenda melhor as necessidades da sua turma. Também se levantou a
importância de explorar o entorno com as crianças, pois isso ocorre apenas
nas atividades de Mostra Externa de Artes, onde fazemos a exposição das
atividades das crianças no comércio local.
Algo que o grupo trouxe como indicativo, foi a retomada das atividades
de integração (turmas de diferentes faixas etárias realizam brincadeiras,
contação de histórias e lanche em conjunto) e as atividades de intersalas, que
estavam ocorrendo com frequência em anos anteriores e neste ano só
aconteceram às atividades de intersalas em alguns agrupamentos.
É importante salientar também que a falta de um auxiliar para as turmas
de Infantil III trouxe prejuízos para o desenvolvimento de muitas propostas com
as crianças, pois como já vimos trazendo em anos anteriores, apenas um
educador por turma nesta faixa etária é insuficiente para garantir o
acompanhamento individual dos alunos, algo primordial nesta faixa etária, tanto
para os cuidados (acompanhamento ao banheiro e momento da refeição),
como para as propostas pedagógicas.
Diretriz: Acesso, permanência e sucesso escolar
Formas de acolhimento aos educandos, considerando
necessidades coletivas e individuais e respeitando as diversidades de
gênero, etnia, credo, pessoas com deficiência.
As ações de acolhimento aos educados ocorrem desde o momento da
matrícula, passando também pelo momento da adaptação e também em
relação às propostas pedagógicas. No que diz respeito às crianças com
deficiência, a família é acolhida pela Equipe Gestora e professor, através de
reunião específica para conhecermos a criança, suas necessidades e suas
especificidades, em algumas vezes, o técnico da EOT que acompanha a
criança participa desta reunião.
Os demais pais são convidados a participarem de entrevista com a
professora logo após o ingresso das crianças, a fim de conhecer melhor o
aluno na sua individualidade e colher informações importantes para o
atendimento da criança na escola. Sentimos ainda dificuldade em garantir a
presença de todos os pais para a entrevista, mesmo oferecendo diversos
horários como: HTP, HTPC, entre outros, uma parte deles não comparece. Por
atendermos muitas crianças do transporte escolar, algumas famílias nem
mesmo conhecer o professor da criança, o que é ruim, pois faltam informações
muito importantes sobre cada uma delas. Pensamos para o próximo ano em
enviar um cadastro pela agenda com informações sobre a saúde da criança,
gostos e preferências, etc..., mas ficamos com receio de que isto afaste os pais
ainda mais da escola.
Articulação das escolas do território/macrorregião para
ampliação de ações de acolhimento e acompanhamento aos alunos e
família.
Nossa escola tem participado, desde o ano de 2010, o Projeto Alvarenga
em Rede, que em parceria com a UBS, CRAS e Conselho Tutelar, realizando
ações que buscam garantir o acesso e permanência das crianças na escola e
também a proteção integral daquelas que se encontram em situações de
vulnerabilidade social e envolvidas em situações de violência.
Através desse projeto, tivemos muitos ganhos no que diz respeito à
frequência dos alunos na escola e com as parcerias, conquistamos importantes
ações para algumas famílias que se encontravam em vulnerabilidade social e
encaminhamentos para os casos de violência. Com isso, além da garantia do
acesso e permanência na escola, houve avanços nas aprendizagens e
interações nas ações educacionais.
Os desafios ainda são o de conquistar a parceria das escolas estaduais
do nosso entorno, a fim de garantir ações que envolvam também os demais
irmãos dos nossos alunos e também de reafirmar a parceria com o Conselho
Tutelar, visto que ainda há pouca participação nas reuniões e faltam
devolutivas sobre os casos encaminhados.
Organização da rotina a partir das necessidades dos sujeitos.
No ano de 2016, tivemos alguns avanços em relação ao atendimento
das crianças com NEE, sendo eles: o atendimento da professora de AEE DV
para uma criança com baixa visão (colaborativo e contra turno) e da professora
de AEE DI para uma criança com paralisia cerebral. Com estes atendimentos,
foi possível traçar um plano pedagógico que garantiu o melhor atendimento das
especificidades das crianças, embora esses atendimentos tenham se iniciado
tardiamente para a criança com paralisia cerebral. O grupo evidenciou a
importância de socializar com todos os professores e funcionários o
atendimento realizado, visto que muitos não tinham conhecimento dos mesmos
e que as ações das professoras de AEE possam ser socializadas em HTPC,
pois assim haverá a ampliação de conhecimentos sobre tais necessidades para
todos os professores da escola. Sugeriram também oferecer cursos para todos
os professores que tenham interesse na temática e não apenas aos
professores dos alunos em questão. Outro desafio é garantir que haja uma sala
de recursos em todas as Unidades Escolares, para que o atendimento no AEE
ocorra na própria escola e possa abranger outros alunos com NEE.
Também é necessário investir na adaptação dos brinquedos do parque,
torneiras dos banheiros, bebedouros para atender às necessidades dos alunos
com NEE, garantindo a autonomia no uso destes espaços.
Outra questão é ampliar o acervo de livros e brinquedos para garantir a
diversidade (raça e etnias), pois embora já tenhamos investido nesses
materiais, o acervo ainda é pequeno.
Para garantir o melhor atendimento das crianças do Infantil III, o grupo
reforçou a solicitação e a necessidade urgente de uma auxiliar para essas
turmas, pois as crianças são muito pequenas e demandam um olhar mais
cuidadoso nas questões de higiene e alimentação, bem como no
desenvolvimento das atividades pedagógicas. Também se faz necessário
solicitar um funcionário para o atendimento das crianças com relação às trocas,
atendimento nos machucados, apoio aos professores, que era realizado pela
funcionária readaptada do apoio que se aposentou neste mês.
Quanto aos acidentes que ocorrem na escola envolvendo nossas
crianças, neste ano a PRCP participou de uma formação com a equipe do
SAMU no Cenforpe e socializou com a equipe de professores, porém o grupo
avaliou a importância de que esta formação ocorra na escola para todos os
funcionários, pois todos se sentem despreparados para agirem nestas
situações, sugeriram a formação com as enfermeiras da UBS, com a equipe do
SAMU ou do Corpo de Bombeiros.
Compromissos definidos pela equipe escolar no PPP.
Alimentação escolar
O cardápio da escola continua sendo elaborado pela nutricionista da SE,
porém ainda temos crianças que não aceitam o que é oferecido, principalmente
nos dias que tem PTS e frango, gerando ainda muito desperdício de alimentos.
A Comissão de Alimentação (formada pelo projeto Comunidade de
Aprendizagem) continua investindo na melhoria do cardápio e aguardando uma
devolutiva sobre o complemento (colação na entrada e fruta todos os dias).
Tivemos uma reunião com a Chefe SE-212 Vanessa neste mês de dezembro e
a mesma acolheu nossas queixas e disse que investiremos no self-service no
próximo ano, visando diminuir o desperdício e a autonomia das crianças na
escolha de como consumir o alimento. O grupo sugeriu mudanças no cardápio
dando à escola autonomia para preparar outras refeições com os alimentos
ofertados, ex: hamburger ou kibe com o PTS (experiência que já ocorreu neste
ano através do Projeto Alimentação Saudável desenvolvido por algumas
professoras na escola e que houve uma excelente aceitação por parte das
crianças). Outras sugestões também foram levantadas para garantir a melhor
aceitação do cardápio pelas crianças: cardápio no mural da escola para a
família e para as crianças de forma lúdica (ex: figuras), continuar investindo no
trabalho com as crianças para diminuir o desperdício, com ações específicas
de acordo com as necessidades de cada turma, fazer a degustação com as
crianças de novos alimentos e com os alunos ingressantes na escola.
Espaços, Materiais e Mobiliários
Neste ano tivemos muitos avanços em relação à BEI: troca do piso
compra de almofadas, banner informativo, manutenção dos mobiliários e
reorganização do espaço, garantindo a acesso aos materiais e
diversidade/quantidade suficientes para o uso com as crianças. A instalação do
Datashow e o acesso à internet propiciou o melhor uso dos recursos visuais e
de pesquisa com as crianças. Os desafios neste espaço ainda são o
empréstimo dos livros, pois alguns alunos não fazem a devolução dos mesmos,
o que vai aos poucos defasando o acervo da escola.
Outro desafio que persistimos por todos esses anos são a cobertura do
parque e do pátio, pois em dias de chuva e sol intenso, não existem outros
espaços cobertos para as crianças brincarem. Neste ano, tivemos a remoção
do parque para outro espaço (junto ao pátio) o que garantiu que alguns
brinquedos ficassem cobertos (entorno do refeitório) e também a instalação de
tatame de EVA para diminuir os machucados que ocorrem com as quedas na
utilização dos brinquedos.
Ainda é necessário também o investimento na compra de materiais e
brinquedos para as atividades externas de Corpo e Movimento, pois o que
temos estão escassos e muitos sem condições de uso, porém é importante
ressaltar que além da aquisição dos materiais e brinquedos, é preciso o
investimento na formação para a qualificação no uso dos mesmos.
A desativação do ateliê, sugerido na avaliação de 2015, ocorreu neste
ano, os materiais foram divididos por faixas etárias para serem utilizados nas
salas de aula, porém ainda precisamos investir na compra de mais materiais
para que cada sala tenha o seu kit de artes.
Algumas demandas foram levantas no que diz respeito à manutenção
predial, tais demandas visam garantir a segurança das crianças, autonomia no
uso dos espaços, melhoria na higiene e salubridade, são elas: manutenção de
ventiladores quebrados, troca dos assentos dos vasos sanitários, troca das
saboneteiras dos banheiros por itens de melhor qualidade, instalação de
saboneteiras nas pias de escovação, manutenção nas portas das salas de
aula, troca dos puxadores das janelas de algumas salas, troca dos pisos das
salas de aula, aumentar o muro do barranco, instalação de novo piso
emborrachado no antigo parque (que agora é utilizado para atividades de
Corpo e Movimento) e também fazer mais lousas de giz e canetinha para as
crianças brincarem, instalação de forro acústico na biblioteca, instalação de
espelhos nas salas de aula ou troca de local nas salas onde o espelho não
garante a visualização das crianças, manutenção do telhado da escola para
acabar com as infiltrações e goteiras tão constantes em dias de chuva, troca de
vidros quebrados, proteção nas portas (amortecedores ou pinos para segurar a
porta), manutenção das torneiras quebradas, construção de uma casinha de
bonecas de alvenaria do tamanho adequado que garanta o acesso de todos os
alunos, inclusive os cadeirantes.
Contudo outras ações realizadas em parceria com a APM, Conselho de
Escola e Comissão de Infraestrutura (Projeto Comunidade de Aprendizagem)
foram muito bem avaliadas, são elas: troca do piso da BEI, manutenção de
ventiladores quebrados, compra de brinquedos para as salas de aula, criação
da Sala de Reuniões (espaço apropriado para atendimento aos pais, reuniões
de equipes e com outros profissionais).
IV. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA
OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA
Caracterização da Comunidade
“O bairro surge alguns séculos antes da formação da Represa Billings, mas
sempre teve ligação com a água”. Primeiro, com o Rio Grande, por aonde iam e
vinham os alvarengas na interligação Borda do Campo com Santo Amaro,
transportando passageiros e mercadorias.
“Eram os tempos antigos da colonização de São Bernardo, quando o transporte
fluvial possuía relativa importância, em virtude de não existirem os veículos
automotores”. (MEDICI, Ademir. São Bernardo do Campo 200 anos depois. A
história de São Bernardo contada por seus protagonistas. 2012, pág. 208)
Represa Billings, 1948 (site www.avelok.com.br)
Nossa escola está localizada no Bairro Alvarenga, área de manancial
cercada pela Mata Atlântica e às margens da represa Billings. Essa área era
formada por grandes sítios onde eram plantados tomate, pimentão, repolho e
todo tipo de verduras e legumes, até a chegada do projeto de compra dessas
terras para serem inundadas para a formação da Represa Billings com o
objetivo de gerar energia elétrica e abastecer São Paulo, que é a grande
herança que temos aos nossos arredores. A Represa também era utilizada por
pequenos barcos que percorriam a região até a região de Santo Amaro,
principalmente nas épocas de festas religiosas como mostra a foto abaixo:
Músicos da Corporação Musical Carlos Gomes, 1940 (fonte memoria-sbc.blogspot.com.br)
Também contamos ainda com uma parte de Mata Atlântica preservada,
tendo uma flora bastante particular da região, com plantas nativas desta mata.
Outro aspecto é a fauna, que embora tenha perdido uma parte de seu espaço
para as grandes construções, ainda é bastante diversificada, com pássaros que
sempre rodeiam e inclusive estão presentes em nossa escola, uma das aves
que são bem características dessa região são as Garças, que formam uma
bela paisagem às beiras da represa, por sua grande quantidade e beleza,
inclusive, em homenagem a elas que um dos bairros vizinhos à nossa escola
foi nomeado Parque das Garças. Também, por aqui ainda existirem muitos
sítios, há criações de gados, porcos, galinhas, o que torna a região bem rica
em animais que pouco vemos na cidade. Inclusive é comum o trânsito parar na
Estrada dos Alvarengas para a travessia de vacas, bois e bezerros.
Pássaros na Mata Garças na Represa Billings
Criação de Galinhas Flor Maria Sem Vergonha nativa da Mata Atlântica
A mata vem perdendo seu espaço devido às construções, pois no
período da formação da represa ainda existiam árvores frondosas propícias à
fabricação de móveis, esta formação urbana, de acordo com o livro “São
Bernardo: 200 anos depois”, surgiu a partir dos anos 1950, com loteamentos
consolidados, anteriores à era da proteção dos mananciais, todos ainda
carentes de obras de infraestrutura. Em meados da década de 1970, novos
moradores passaram a construir seus barracos junto à beira da represa, os
trabalhadores da construção da Rodovia Imigrantes, formando as primeiras
favelas da região. A segunda metade da década de 1980 é marcada por uma
explosão de loteamentos populares na Grande Alvarenga, hoje são 69
loteamentos, entre legalizados e em processo de regularização. Porém é
importante destacar que por falta de tratamento de esgoto das casas, sendo
despejado diretamente na Represa, este enorme bem natural está cada vez
mais poluído e perdendo sua capacidade de armazenamento de água, o que
se constitui num enorme problema.
A paisagem local é marcada por uma grande diversidade, ao redor da
escola as casas são mais estruturadas, de alvenaria, com ruas pavimentadas,
energia elétrica e tratamento de água e esgoto. Já as vilas mais afastadas
enfrentam problemas sérios de saneamento básico e algumas não possuem
fornecimento de água tratada.
No bairro ao lado da escola, Parque das Garças, as ruas são asfaltadas,
existe saneamento básico adequado e energia elétrica convencional. As casas
são de alvenaria, existe variedade de comércio e fácil acesso às linhas de
ônibus. Porém, é possível observar outro bairro, também muito próximo à
escola, chamado Serro Azul, onde a realidade é bem diferente, pois as ruas
não são asfaltadas, falta saneamento básico e energia elétrica adequada,
embora hoje já haja grandes avanços no que diz respeito à construção das
casas que antes em sua maioria eram de madeira e com a intervenção da
Defesa Civil, por conta das áreas de risco, as casas passaram a ser em sua
totalidade de alvenaria. Características semelhantes a estas também são
encontradas nos bairros Sítio Joaninha e Acampamento dos Engenheiros, que
além da falta de estrutura, são bem distantes da U.E., tornando o acesso à
escola mais difícil.
A topografia também dificulta a própria estrutura das construções,
obrigando as pessoas a construírem alternativas para acesso, como:
passagens com madeiras, escadas com pneus ou tábuas, etc... Na maioria são
ruas muito estreitas e com muitos morros, o que também dificulta o acesso das
crianças à escola. Por esse motivo temos em nossa escola muitas crianças que
utilizam o transporte escolar.
Muitas famílias também não possuem linha telefônica, algumas têm
celular, o que torna muito complicado a comunicação com os pais dos alunos,
visto que por falta de torres o sinal é difícil.
Rua Maurício Galante – Pque. das Garças
Bairro Vida Nova
Vista aérea dos bairros do entorno
O sol nascendo Vista do Parque Ideal
Contudo, a pesca que antes era um dos grandes marcos do turismo na
região, ainda ocorre, embora com menor intensidade, os bares à beira da
Represa continuam tendo muita procura por pessoas até mesmo de outros
bairros e de outras cidades, em busca de um bom peixe. Antigamente a
Represa também era muito visitada por jovens que nadavam nas suas águas
puras, segundo José Candido (relato no livro São Bernardo: 200 anos depois)
havia trilhas, percorridas pelos meninos em busca de lugares para nadar, hoje
embora ela esteja mais poluída, no parque Ideal existe um braço da represa,
chamado pelos moradores de “Prainha”, que é utilizado pela comunidade para
nadar aos finais de semana.
Esta região também foi marcada pelo campo de futebol Esporte Clube
Bandeirante que jogou muitos anos no Alvarenga, desaparecendo no final da
década de 1950 com a construção da Rodovia Imigrantes que dividiu o
Alvarenga em dois. A alternativa para esta região foram campos de futebol
improvisados pela comunidade para garantir um espaço de lazer tanto para as
crianças, como para os adultos. Poucas são as opções de lazer na região, o
espaço mais estruturado é o parque e a quadra da EMEB Arlindo Miguel
Teixeira que são utilizados aos finais de semana pelos moradores da região.
Campo de futebol na beira da Represa
A região do Alvarenga, por ter uma abundante mata atlântica
preservada, onde nas décadas de 1950 havia a retirada de lenha e barro da
represa, destinadas à construção das casas, fez surgir a primeira olaria. Daí
por diante, com a chegada de novos moradores e a construção da Rodovia
Imigrantes, também surgiram os primeiros bares o que se tornou um comércio
bem forte nesta região. Atualmente, temos no nosso bairro, muitos comércios
locais que geram emprego à comunidade e um centro de reciclagem, mas o
deslocamento dos trabalhadores para o centro e outras cidades para trabalhar
é predominante.
“A Rodovia dos Imigrantes, inaugurada em 28/06/1976
(trecho da Serra), dividiu o Alvarenga em dois, acabando com o
velho campo do Bandeirantes e com a casa e o bar dos Fabrício,
tradicionais pontos de encontro da região, como também as
olarias e os botecos.” (Aspectos Históricos da Cidade de São
Bernardo, site www.saobernardo.sp.gov.br)
Quanto aos programas culturais, todos os bairros contam com
Associações de Bairro que destinam seus espaços para oferecerem cursos
pagos de informática, teatro, dança artesanato, capoeira, entre outros, o que
não garante o acesso de todos os moradores. Os moradores sentem falta de
mais espaços culturais, entendendo que estes sejam muito importantes para as
crianças e adultos. Em pesquisa realizada com as famílias das nossas
crianças, coletamos os seguintes dados:
Em relação aos espaços educacionais o bairro possui uma Escola de
Educação Infantil (3 a 5 anos), uma Escola de Ensino Fundamental (6 a 10
anos) e uma Escola Estadual que atende do 6º ano ao 3º ano do Ensino Médio.
Cabe ressaltar que estas escolas são distantes de alguns bairros (Parque Novo
Horizonte, Ideal, Químicos e Acampamento dos Engenheiros), sendo possível
o acesso das crianças por meio do Transporte Escolar, mas hoje já temos um
enorme ganho, não temos lista de espera na Educação Infantil, o que
representa um grande avanço para nossa comunidade. Outro fator que merece
relevância é a falta de atendimento para crianças de 0 a 3 anos, o que vem
movendo as famílias numa constante solicitação de construção de uma creche
no nosso bairro.
Quanto à saúde, até o ano de 2010, o bairro contava apenas com o
atendimento da UBS da Vila União e Pronto Socorro do Alvarenga, que além
de serem distantes da comunidade não atendiam à demanda da região. Em
2010, tivemos a construção da UPA União, sendo mais próxima da nossa
comunidade o que facilitou o atendimento das famílias desta região, portanto é
020406080
100120140160180200
Locais de lazer e cultura que a criança costuma frequentar
Locais de lazer e cultura que acriança costuma frequentar
importante salientar que se faz necessário a construção de mais uma UBS,
pois a distância dos bairros dificulta o acesso e a quantidade de bairros que
utilizam o equipamento faz gerar listas de espera em alguns atendimentos.
Com relação ao transporte, há duas linhas municipais e duas linhas
intermunicipais, com poucos ônibus, o que não atende as necessidades dos
moradores, gerando tempo de espera muito grande, porém há de se ressaltar
que os itinerários destas linhas vêm ao longo do tempo se estendendo aos
bairros que antes não contavam com este serviço, o que é o caso do Parque
dos Químicos. Há ainda, um ônibus circular gratuito, apelidado de “Poeirinha”,
que circula entre Eldorado (Diadema) e UPA Vila União. Este ônibus está em
péssimo estado de conservação, contudo é o único meio de transporte para
muitas pessoas, principalmente as que moram no Acampamento dos
Engenheiros. Seu objetivo é atender este bairro, que não possui outra linha de
ônibus e tem por objetivo, transportar os moradores para as escolas, UBS da
Vila União e a UPA, embora haja problemas com este atendimento. Por ser
uma área rural, ainda contamos com muitas famílias utilizando carroças para
transporte de legumes e verduras ou para se locomover aos bairros vizinhos,
bem como um grande número de habitantes que utilizam a bicicleta como meio
de transporte. Há de se destacar que a comunidade aponta a importância da
melhoria da sinalização de trânsito na Estrada dos Alvarengas, já que esta é a
principal via de acesso de todos os bairros, embora já tenham ocorrido
algumas ações que já trouxeram melhorias significativas: lombada eletrônica
que foi uma conquista do Conselho de Escola, faixas de pedestre e alguns
semáforos.
Outro fator relevante é a distância do bairro do centro da cidade,
dificultando o acesso da comunidade aos serviços prestados nesta região,
como hospitais, comércio, em 2014 tivemos a inauguração da Subprefeitura,
Rede Fácil, CAPS e Centro de Especialidades Odontológicas ao lado da UPA
União, aproximando a nossa comunidade dos serviços essenciais. Também é
importante ressaltar que a construção do Hospital das Clínicas próximo à nossa
região também trouxe enormes contribuições para nossa comunidade local.
Contudo, não podemos deixar de destacar, que por estarmos em meio a
uma área de manancial, com Mata Atlântica preservada, pouca existência de
indústrias, baixo índice de transportes pesados (caminhões), esta região conta
com menor índice de poluição ambiental, sonora e visual, o que traz a essa
comunidade uma melhor qualidade de vida. Também temos um menor índice
de violências que são presenciadas com muito mais incidência em outras
regiões da cidade, poucos são os números de assaltos se comparados a estas
outras regiões. Também com a implementação do Projeto de Monitoramento
dos equipamentos públicos que foi realizado pela Guarda Civil Municipal,
acreditamos que nosso bairro está mais seguro. Tudo isso torna esta região,
com suas peculiaridades, mais tranquila para se viver...
fonte: www.abcdmaior.com.br
Neste ano, após diversas avaliações do grupo apontando a necessidade
de conhecer o entorno da escola, fizemos em uma Reunião Pedagógica um
passeio pelos bairros que moram as crianças que atendemos na escola. Esta
visita foi muito rica, pois propiciou à grande maioria dos nossos funcionários
conhecerem o local onde nossas crianças moram, suas realidades e fazer um
levantamento de possibilidades para o nosso Projeto Coletivo deste ano.
Também mesmo àqueles que já conheciam os locais, pudemos ver grandes
mudanças e avanços no Acampamento dos Engenheiros que já conta com
casas mais estruturadas, postes de luz nas ruas (doação da ONG Teto com a
tecnologia de luz solar), ruas com identificação, entre outros e no bairro Sítio
Joaninha, água da Sabesp, energia elétrica e pavimentação.
2. Comunidade Escolar
2.1. Caracterização
No ano de 2013, após leitura do perfil da nossa comunidade, verificamos
que o texto não era mais fiel à nossa realidade, visto que nos últimos anos o
contexto das famílias passou por muitas mudanças. Portanto, decidimos
realizar uma pesquisa que tinha por objetivo fazer um levantamento do perfil
desta comunidade e aproximar o máximo possível o nosso PPP da realidade
das famílias que atendemos, já que entendemos a importância de conhecer a
nossa clientela para planejar propostas de trabalho que atendam suas reais
necessidades e possam fazer sentido às nossas crianças. Vale ressaltar de
que tivemos um retorno de 60% das famílias, o que já nos trouxe dados
bastante significativos para traçarmos o perfil desta comunidade.
Através desta pesquisa observamos que as famílias em sua maioria
moram no bairro há pelo menos dois anos, embora tivemos o maior percentual
de famílias que moram há mais de 10 anos nesta localidade, o que demonstra
uma rotatividade bem menor do que tínhamos em anos anteriores. Isso se
deve ao crescimento dos loteamentos que aqui se expandiram e até mesmo as
condições de trabalho que se estabilizaram na nossa região.
As origens das famílias são diversas, predominando em sua grande
maioria o nosso próprio estado, mas também há diversas destas famílias que
emigraram das Regiões Nordeste, Norte e Sul, com um percentual mais
elevado da Região Nordeste, principalmente do estado da Bahia.
Quanto à profissão, o que antes tínhamos muitos autônomos, com
empregos informais, hoje já percebemos uma mudança bastante significativa
para empregos formais, com profissões bem diversas, segue o gráfico que
demonstra essa diversidade:
Entre as opções outros, tivemos diversas profissões relacionadas à
Indústria (Automobilística, Química, Alimentação), Saúde (Enfermeiros,
Auxiliares de Dentista), Comércio (Operador de Caixa, Fiscal de Loja,
Conferente, Embalagem, Padaria, Feirantes), Educação (Professor),
Empresários. Outro fator observado na pesquisa é que apenas 32% das mães
não trabalham o que representa um número maior de mães trabalhadoras em
relação aos anos anteriores. Os locais de trabalho das famílias são diversos,
assim como suas profissões, mas é possível verificar que a grande maioria se
desloca a bairros mais distantes da cidade para trabalhar e também muitos se
deslocam a outras cidades.
Em sua grande maioria, as crianças moram com os pais, tendo também
um número significativo de avós que assumem a responsabilidade dos seus
netos. No período contrário da escola, as crianças geralmente ficam com seus
pais, mas novamente o percentual de avós que cuidam dos netos é significativo
como mostra o gráfico abaixo:
Profissões
Donas de casa
Ajudante Geral
Doméstica
Pedreiro
Motorista
Operador de Máquina
Cabeleireira
Auxiliar de Produção
Mecânico
Vendas
Pintor
Autônomo
Outros
É possível observar também, pelo grande número de solicitações de
troca de período por parte das famílias para o período da tarde, que muitos
pais trabalham no período noturno, onde há um revezamento por parte das
famílias para o cuidado dos filhos.
Concluímos que atendemos uma clientela bastante diversa, o que nos
traz grandes desafios para traçarmos ações que inclua a todos. Nossas
crianças, assim como suas famílias nos trazem também uma diversidade bem
significativa o que nos indica que nosso trabalho deve considerar essa
heterogeneidade, respeitando suas individualidades para promover
experiências que proporcionem a todos (equipe escolar, comunidade e
crianças), a ampliação e a produção de novos conhecimentos.
Quem cuida da criança fora do período de aula
Pais
Avós
Irmãos
Outros familiares
Babá
2.2. Plano de Ação para a Comunidade Escolar
JUSTIFICATIVA
Ao final do ano de 2016, realizamos a Avaliação dos Indicadores de
Qualidade, onde pudemos contar com a participação da Equipe Escolar,
Conselho de Escola e APM. Nesta avaliação percebemos a necessidade de
continuarmos investindo na participação das famílias nos projetos
desenvolvidos na escola, bem como dar continuidade ao Projeto Alvarenga em
Rede e ao Projeto Comunidade de Aprendizagem, do Instituto Natura. Outro
foco de participação da comunidade é no nosso Projeto Coletivo “Janelas para
o Mundo”, que terá como foco a valorização da comunidade local, o nosso
entorno e a cultura das nossas famílias.
Avaliamos também que a participação das famílias deve se dar tanto na
elaboração do Projeto Político Pedagógico, como nas ações previstas durante
o ano letivo, sendo necessário que todos tenham acesso a esse documento.
Outra questão que foi discutida é a maior participação das famílias nas
Reuniões com Pais, através de ações formativas que favoreçam a aproximação
dos pais ao trabalho desenvolvido pela escola.
OBJETIVOS
Ressignificar a participação das famílias nas propostas desenvolvidas na
escola, que também as qualificam nas tomadas de decisão, envolvendo
mais a comunidade, com o foco nas práticas pedagógicas, ampliando a
sua participação nos projetos da turma;
Favorecer a participação da comunidade escolar na elaboração e
efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola;
Promover o acesso ao Projeto Político Pedagógico, tanto das famílias
como da Equipe Escolar, a fim de se aproximar e conhecer o trabalho
desenvolvido pela escola;
Envolver a comunidade escolar no desenvolvimento do Projeto Coletivo,
valorizando a cultura local e o nosso entorno, através da participação
nas atividades desenvolvidas pela turma e nos eventos dos sábados
letivos;
Oportunizar espaços de discussão e avaliação das ações desenvolvidas
na escola, por meio da Reunião com Pais;
Favorecer espaços de formação para as famílias nas Reuniões com
Pais, buscando aproximá-las do trabalho desenvolvido na escola, bem
como esclarecer suas dúvidas sobre as propostas pedagógicas
desenvolvidas por meio dos projetos;
Investir na qualidade do atendimento das nossas crianças, favorecendo
seu pleno desenvolvimento, através das parcerias firmadas do Projeto
Alvarenga em Rede e do Projeto Comunidade de Aprendizagem.
AÇÕES PROPOSTAS:
Garantir que haja PPP impresso na BEI para consulta das famílias
quando solicitado ou houver alguma dúvida e questão sobre o
desenvolvimento do trabalho da escola;
Trazer trechos do PPP nas Reuniões com Pais e nos bilhetes, sempre
relacionados com o assunto tratado, para que as famílias se aproximem
ainda mais deste documento que permeia nossas ações;
Espaços na Reunião com Pais para que as famílias escrevam e
discutam sobre seus anseios, dúvidas, sugestões e críticas sobre o
desenvolvimento das propostas da escola (logo abaixo descreveremos a
organização específica das reuniões);
Propostas de formação às famílias nas Reuniões com Pais, sobre
temáticas das propostas pedagógicas, bem como outros temas que o
professor julgar necessário de acordo com a sua turma;
Marcar entrevista com os familiares dos alunos novos durante todo o
ano letivo, bem como daquelas que não compareceram na Semana de
Adaptação, oferecendo também o horário do HTPC e HTP para aquelas
famílias que trabalham;
Pesquisas com a comunidade sobre a temática do Projeto Coletivo;
Garantir que pelo menos uma etapa dos projetos desenvolvidos pelas
turmas, favoreçam a participação das famílias;
Convite às famílias para participação no desenvolvimento de atividades
com as crianças;
Mostra de artes interna e externa (nos comércios locais) das atividades
desenvolvidas por meio dos projetos;
Eventos para a comunidade realizados em dois sábados letivos
(informaremos mais adiante como serão organizados estes eventos).
RESPONSÁVEIS
As ações serão desenvolvidas com a participação de toda a Equipe
Escolar, sendo a Equipe Gestora responsável pela articulação entre a escola e
a comunidade, bem como pela organização das ações propostas. Quanto à
parceria com a UBS, o CRAS e o Conselho Tutelar, esta ocorrerá
especificamente pela Equipe Gestora, por meio dos encaminhamentos e
quando houver necessidade, contato direto com o gerente da UBS para
solicitar a parceria dos Agentes de Saúde.
CRONOGRAMA
Todas as ações serão desenvolvidas no decorrer do ano letivo de 2017,
em especial a Mostra de Artes ocorrerá no final de cada semestre, sendo a
primeira externa e a segunda interna. Os sábados letivos ocorrerão nos dias 24
de junho e 21 de outubro.
Reunião com Pais
As Reuniões de Pais são planejadas com o objetivo de estabelecer a
comunicação, fortalecer a parceria e o estreitamento de vínculos entre a escola
e a família, além de vislumbrar aos familiares a concepção e os princípios que
norteiam o desenvolvimento pedagógico da unidade.
OBJETIVOS GERAIS
Socializar a rotina escolar;
Socializar aos familiares as propostas de trabalho contidas no PPP;
Garantir o fluxo de informações entre Secretaria de Educação, Escola e
Família;
Socializar e compartilhar o trabalho pedagógico que será desenvolvido
com a turma;
Socializar as aprendizagens das crianças;
Estabelecer um diálogo entre o trabalho realizado pela escola e as
expectativas, dúvidas e anseios das famílias;
Promover espaço formativo atendendo as expectativas, dúvidas e
anseios das famílias, estreitando os vínculos entre escola e comunidade;
Estimular a participação da família nas ações encaminhadas pela equipe
escolar;
Estabelecer combinados para o trabalho realizado ao longo do ano;
Envolver os familiares nos projetos pedagógicos que serão
desenvolvidos;
Valorizar os saberes da comunidade.
ESTRATÉGIAS
Utilização de vídeos e fotos da rotina propiciando aos pais a observação
de seus filhos nas situações concretas da escola;
Dinâmicas com diferentes objetivos e propósitos que podem servir como
disparadores de discussões e reflexões;
Levantamento de expectativas e desejos dos pais;
Realizar com os pais avaliação do encontro/trabalho, a fim de
encaminhar ações posteriores.
Festas e Eventos
Através das discussões realizadas em Reunião Pedagógica, com
subsídio nos parâmetros legais: Constituição Federal de 1988 e Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação Infantil 2010, a equipe escolar repensou
sobre as propostas realizadas na U.E., redimensionando-as a fim de garantir os
objetivos da Educação Básica.
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
Garantir a gratuidade, a laicidade e o atendimento à diversidade.
Garantir o acesso e a participação da comunidade escolar nas
atividades realizadas.
Possibilitar a participação direta ou indireta da comunidade escolar no
planejamento e organização das festas e eventos realizados na unidade.
Ampliar o repertório cultural da comunidade escolar, considerando seu
contexto histórico-social e sua diversidade.
ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
Semana da criança
Planejar a semana considerando a concepção de escola e criança;
Planejar atividades que valorizem a diversidade cultural;
Planejar atividades que valorizem a criança considerando o pleno
desenvolvimento de suas habilidades e competências;
Realizar atividades propostas pelos Projetos Coletivos.
Festa de encerramento
Planejar atividades valorizando todo ao trabalho desenvolvido no
decorrer do ano letivo;
Promover o envolvimento de interação entre a equipe escolar e as
crianças;
Oportunizar as crianças a apreciação das atividades realizadas no
sábado letivo de dezembro, através da reapresentação dessas
atividades para todos os alunos.
Eventos com a Comunidade
Atividade cultural – 24 de Junho
Propiciar à comunidade um espaço para apresentações artísticas de
convidados do nosso próprio entorno, buscando a valorização e
apreciação da nossa cultura local;
Promover a interação entre a própria comunidade e a comunidade e
escola, através do conhecimento dos talentos que temos no nosso
entorno.
Apresentação das crianças para as famílias – 21 de outubro
Valorizar as aprendizagens por meio das experiências vivenciadas pelas
crianças, por meio dos projetos pedagógicos desenvolvidos ao longo do
ano;
Socializar com a comunidade o Projeto Coletivo de “Janelas para o
Mundo”, através das apresentações das crianças de etapas desse
projeto;
Promover a interação da escola com a comunidade, propiciando a troca
de saberes construído com as crianças, através dos projetos, com a
nossa comunidade local.
Mostra de Artes Externa e Interna
Dar visibilidade aos projetos realizados ao longo de 2017;
Possibilitar maior integração entre a comunidade e a escola;
Valorizar as produções realizadas pelas crianças.
Realizar a exposição das produções artísticas nos diferentes espaços da
comunidade e na nossa Unidade Escolar.
2.3. AVALIAÇÃO
Ocorrerá durante todo o desenvolvimento do Plano de Ação, através das
Reuniões com Pais (trimestralmente), nas Reuniões Pedagógicas e nos
HTPC’s e pontualmente no final do ano de 2017, onde será realizada a
Avaliação dos Indicadores de Qualidade, cujo objetivo é analisar se nossas
ações atingiram os objetivos propostos, bem como a qualidade do atendimento
aos nossos alunos e comunidade, buscando levantar encaminhamentos para o
trabalho do ano seguinte.
2.4. PROJETO ALVARENGA EM REDE
No ano de 2010 realizamos uma parceria com a UBS da Vila União,
após nossa escola e a EOT (Equipe de Orientação Técnica) referência,
diagnosticar uma situação de vulnerabilidade social no Bairro próximo à escola
(Sítio Joaninha). Esta ação Inter secretarial proporcionou para população uma
melhoria de sua qualidade de vida, onde a saúde conseguiu mapear a região e
implementar as ações dos Agentes Comunitários que até aquele momento não
tinham conhecimento do bairro e a Educação viabilizou para os alunos que
residiam nesta região o Transporte Escolar oportunizando o acesso e
garantindo a permanência das crianças, visto que estes alunos faltavam muito
devido à distância e as dificuldades no acesso em dias de chuva.
No ano de 2014, percebemos a necessidade de retomarmos as ações
do Projeto, já que tivemos avanços muito significativos no desenvolvimento das
crianças envolvidas, pois conseguimos parcerias bem interessantes com a
Saúde, Habitação e Conselho Tutelar. Visto a importância de desenvolvermos
ações que garantam o desenvolvimento integral das nossas crianças e que
para isto precisamos de parceiros para alcançar este objetivo, buscamos
através de uma parceria com a UBS Vila União e do PSE (Programa Saúde na
Escola), reavivarmos o projeto e oportunizarmos às nossas crianças e às
famílias a garantia dos seus direitos.
A retomada do projeto trouxe muitas contribuições para o trabalho
desenvolvido em 2014, pois pudemos articular com a Saúde e o CRAS
diferentes serviços e ações para que estas famílias superassem as situações
de vulnerabilidade. Com a parceria do PSE e também do CRAS Alvarenga,
muitas ações foram desenvolvidas para garantir a frequência das crianças e
também o acompanhamento de sua saúde e de outras questões que envolviam
a violência e a vulnerabilidade social. Ao final do ano, na avaliação do projeto
verificamos apenas que seria necessário afinar a abordagem do Agente de
Saúde com as famílias, já que tivemos alguns acontecimentos pontuais que
afastaram as famílias da escola. A partir de 2015 as agentes de saúde
passaram a participar das reuniões mensais, o que contribuiu para o
estabelecimento de vínculo com a comunidade. No ano de 2016 o projeto
transcorreu como era previsto, as reuniões mensais ocorreram no CRAS com a
participação efetiva das escolas e UBS, quanto ao Conselho Tutelar foram
poucas as participações, o que dificultou o encaminhamento de alguns casos
discutidos, sendo assim neste ano será necessário investir no fortalecimento
deste vínculo.
OBJETIVOS
Integrar a escola na Rede de Proteção à Criança e Adolescente da
região do Alvarenga;
Garantir o acesso da população local às Políticas Públicas de Atenção à
Infância;
Investir na melhoria da qualidade de educação oferecida pela escola,
garantindo o acesso e a permanência, bem como o bem-estar das
crianças no cotidiano escolar;
Investir no fortalecimento de vínculos com o Conselho Tutelar, a fim de
garantir a parceria nas ações que visam à garantia dos direitos das
crianças.
CRIANÇAS QUE SERÃO PRIORIZADAS NO PROJETO:
Que tiverem número elevado de faltas na escola;
Apresentem algum problema de saúde que necessite de
acompanhamento da UBS;
Vítimas de maus tratos, violência sexual, negligência dos responsáveis e
vulnerabilidade social.
FLUXO DE ATENDIMENTO
Para os alunos que apresentarem número elevado de faltas serão
realizados os seguintes procedimentos pela Unidade Escolar:
A partir da terceira falta consecutiva o professor deve comunicar a
secretaria da escola;
Os oficiais deverão entrar em contato com a família através do
telefone, para saber quais os motivos das faltas do aluno.
Havendo contato com os responsáveis deverão orientá-los para
que compareçam na escola para preencher a Justifica de Faltas,
que será encaminhado para ciência do professor, da Equipe
Gestora e arquivado no prontuário do aluno;
Caso as faltas persistam o professor marcará reunião com os
responsáveis, que pode ter a presença da Equipe Gestora;
Caso não seja possível contato com a família e/ou responsáveis,
solicitaremos a parceria dos Agentes Comunitários de Saúde.
Os professores deverão comunicar a Equipe Gestora as crianças que
apresentem excesso de faltas, suspeitas de violência e vulnerabilidade
social;
A Equipe Gestora incluirá o caso no Google Drive indicando o serviço
que pode contribuir na discussão do caso (CRAS, UBS ou Conselho
Tutelar), este serviço fará um levantamento da família para ter
conhecimento se já é acompanhada e fará os encaminhamentos
necessários;
Após realizados os encaminhamentos as informações serão relatadas
no Google Drive para que a escola tome conhecimento e socialize com o
professor da criança;
Participaremos de encontros mensais com a Assistente Social e
Orientadora Pedagógica, com as escolas envolvidas no projeto, a fim de
garantir um momento formativo sobre que norteiem nosso trabalho e
discutir coletivamente as ações que serão desenvolvidas dentro da
escola e as que serão encaminhadas para discussão nas reuniões do
projeto;
Encontros serão realizados mensalmente no CRAS com o gerente da
UBS Vila União e psicólogo, Assistentes Sociais e Psicóloga do CRAS,
escolas participantes do projeto, Orientadoras Pedagógicas e Equipe de
Orientação Técnica da Secretaria de Educação e Conselho Tutelar, para
discussão dos casos que forem destacados como prioritários na planilha
do Google Drive e também outras temáticas que se fizerem necessárias;
A Equipe Gestora também participará de algumas ações que serão
realizadas pelo CRAS Alvarenga nos bairros atendidos pela escola, a
fim de acompanhar o trabalho desenvolvido pelo CRAS e estreitar as
relações com a comunidade.
FLUXO DE INFORMAÇÕES
AVALIAÇÃO:
Faremos uma avaliação pontual no término do ano letivo para analisar o
fluxo de atendimento das crianças encaminhadas, verificando os avanços
obtidos através desta parceria com a Saúde e quais aspectos necessitarão de
redirecionamento para o próximo ano.
•Conselho Tutelar
•CRAS
•UBS •Escola
Equipe Gestora
Gerente
ACS
Equipe Enfermeiras e
Psicólogo
Conselheiros Tutelares
Coordenadora
Assistente Social
Psicóloga
2.5. COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM
Através da parceria da Secretaria de Educação com o
Instituto Natura as ações do Projeto Comunidade de Aprendizagem foram
apresentadas às Equipes Gestoras da Educação Infantil no inicio do segundo
semestre de 2014. Considerando as Avaliações Institucionais realizadas na
nossa escola pautadas pelos Indicadores de Qualidade na Educação Infantil
entendemos enquanto gestores desta EMEB a importância de apresentar para
a Equipe escolar e Comunidade Escolar estas ações transformadoras.
Sabemos da dificuldade que toda comunidade escolar enfrenta quando o
assunto é parceria com as famílias, interação com a comunidade e participação
efetiva de todos os envolvidos no processo de aprendizagem das crianças, e
as nossas avaliações já vinham apontando constantemente a necessidade de
intervenções para melhorar a relação entre escola x comunidade no intuito de
promover o êxito do desenvolvimento infantil e o fortalecimento de vínculo nas
relações estabelecidas na comunidade.
O processo de implantação do projeto na EMEB teve inicio com a
formação docente coordenada pelos profissionais do Instituto Natura, em
seguida a apresentação das ações do Projeto Comunidade de Aprendizagem
foram ampliadas para toda equipe escolar e famílias envolvendo pontualmente
o Conselho de Escola. A participação das famílias neste processo foi bastante
significativa, após a socialização do projeto houve a tomada de decisão, onde a
comunidade escolar entendeu a importância deste trabalho e decidiu aderir ao
Projeto Comunidade de Aprendizagem – Instituto Natura. Próximo passo, a
Fase dos Sonhos, uma etapa fundamental para compreendermos de fato o que
a comunidade espera da escola, ao descrever a escola dos sonhos as famílias
e as crianças ilustram uma diversidade grande de desejos e sonhos, estes
foram socializados através de uma exposição dentro da escola organizada
pelos professores e as crianças permitindo um movimento bastante
interessante ao compartilhar ideias para a escola dos sonhos. Os sonhos foram
categorizados e a partir disso a equipe escolar junto com o Conselho de Escola
elencou as prioridades gerando assim encaminhamentos para a formação das
Comissões Mistas. A Primeira Comissão Mista a ser formada foi a Comissão
Pedagógica, planejada e pensada para dar subsídios aos Grupos Interativos,
primeira Atuação Educativa de Êxito a ser implantada na escola inicialmente
com algumas turmas do infantil V.
De fato a concepção e os princípios do Projeto Comunidade de
Aprendizagem vem ao encontro das nossas expectativas com relação à
aprendizagem das crianças, considerando a participação mais ativa das
famílias na escola e também o quanto as trocas entre escola x comunidade
promovem um trabalho que atenda as nossas reais necessidades.
2.5.1 COMISSÃO MISTA - COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM
Comissão Pedagógica – Grupos Interativos
Desde a implantação do Projeto Comunidade de
Aprendizagem – Instituto Natura em nossa escola a ideia de realizar um
trabalho com os grupos interativos sempre foi a nossa proposta inicial,
considerando todas as possibilidades de ganhos para a escola desde a
aprendizagem das crianças até a interação tão desejada entre escola e
comunidade.
A Comissão Pedagógica foi criada com o objetivo de aprimorar essa
interação, com a participação de professores, funcionários e familiares, através
de encontros sistemáticos são socializadas e discutidas as práticas realizadas
com os grupos interativos dando encaminhamentos para novas ações.
O interesse em ter o Projeto Comunidade de Aprendizagem Instituto
Natura como parte da nossa escola surgiu após a formação, onde observamos
as diversas atuações de êxito, mas foi a atuação de êxito com os grupos
interativos que vimos o quanto essa prática pode nos auxiliar com a
qualificação da aprendizagem e com a convivência entre as crianças e os
voluntários do projeto. A partir dessa interação acreditamos que as crianças
podem aprender mais, desenvolvendo sentimentos como amizade e
solidariedade, a partir da relação com o outro e da intervenção do adulto, uma
pessoa mais experiente na relação.
Os grupos interativos prevê a participação de voluntários no
desenvolvimento de uma atividade pedagógica, o seu papel é de suma
importância, pois o voluntário articula e promove a interação entre as crianças,
não é preciso dominar a proposta que está sendo aplicada, mas sim que ele
favoreça a resolução de conflitos por meio do dialogo igualitário.
A atuação de êxito através dos grupos interativos contribui muito para o
aprendizado das crianças, principalmente nas relações interpessoais, as
crianças se concentram mais no brincar de forma mais plena e consciente, vem
ampliam os conhecimentos, se tornando mais aptas e seguras para realizar as
propostas e cada vez com menos intervenção do adulto. A comissão já idealiza
outras atuações de êxito com o envolvimento de mais turmas em 2017 e para
isso convidamos os alunos da EMEB Arlindo Miguel Teixeira para participar
dos grupos interativos e das tertúlias literárias.
Comissão Mista de Alimentação Escolar
A Comissão de Alimentação Escolar surgiu em virtude da implantação
de um novo cardápio em 2015 elaborado pela Divisão de Alimentação Escolar
da Secretaria de Educação que considera preocupante as estatísticas que
revelam um crescente número de casos de obesidade infantil, e
consequentemente problemas de saúde relacionados a uma má alimentação já
na primeira infância.
A Comissão de Alimentação Escolar é formada por pais de alunos,
funcionários e professores.
O objetivo da Comissão de Alimentação Escolar é zelar pela qualidade
da alimentação servida às nossas crianças avaliando a aceitação e o
cumprimento do cardápio estabelecido bem como das necessidades
nutricionais da criança durante o período em que está na escola.
O processo de adaptação ao novo cardápio passou pelas famílias com
bastante resistência, mesmo porque essa alteração de cardápio comprometeu
uma reorganização familiar considerando a retirada do almoço e colação, mas
que devido ao trabalho de toda equipe escolar e Conselho de Escola em
apostar na qualidade da nova alimentação que está sendo oferecida, aos
poucos a comunidade foi entendendo que era algo bom e necessário para as
nossas crianças.
Quanto à aceitação pelas crianças a escola enfrentou alguns desafios,
pois o lanche quente (pão com carne moída, salpicão de frango, cachorro-
quente) era apenas fornecido em ocasiões especiais, as nossas crianças
estavam habituadas com o leite, o biscoito doce ou salgado e o almoço. A
comissão de Alimentação entendeu a necessidade de uma intervenção mais
pontual, iniciando pela conscientização das famílias em oferecer o café da
manhã e o almoço para a criança em casa, concomitantemente uma força
tarefa de toda a equipe escolar empenhada em incentivar as crianças a se
alimentarem adequadamente na escola, pois se observava o desperdício dos
alimentos pelo fato de não ser um habito das nossas crianças comer pão com
carne, com frango ou com proteína de soja, as frutas sempre tiveram uma boa
aceitação considerando até mesmo as frutas da época, porém não eram
ofertadas todos os dias, apenas três ou duas vezes na semana.
Durante o processo de adaptação realizamos pesquisas com as famílias
e com as crianças, um trabalho intensivo com o intuito de aproximar mais todos
os envolvidos da proposta de um novo cardápio considerado nutritivo e
balanceado.
A Comissão de Alimentação Escolar realizará um acompanhamento
sistemático com periodicidade mensal para os encontros, destinados à
socialização dos observáveis, validação e encaminhamentos de ações que
qualificam na rotina a hora da alimentação.
Comissão Mista de Infraestrutura Escolar
A Comissão de Infraestrutura Escolar foi criada em meados de 2015 em
virtude de uma demanda de manutenção no telhado, calhas e rufos e diante da
dificuldade encontrada pela unidade escolar de colocar em prática ações tanto
de ordem corretiva quanto preventiva que visam o bom funcionamento da
unidade escolar com segurança e conforto e a qualidade na aprendizagem das
crianças.
A Comissão de Infraestrutura Escolar é formada por pais de alunos,
professores e funcionários da escola.
A proposta de trabalho para a Comissão de Infraestrutura visa
estabelecer dentro de um projeto ações que contemplem a manutenção dos
espaços e materiais através de ações preventivas e corretivas, sempre
considerando os dados apresentados na avaliação institucional e das
necessidades que vão surgindo no dia a dia.
Os encontros serão mensais e de acordo com as necessidades e
possibilidades organizativas da unidade escolar. A proposta é realizar o devido
levantamento das necessidades de manutenção escolar, reorganização de
espaços e aquisição de materiais e a partir disso gerar encaminhamentos com
prioridades para o gestor responsável, seja a Diretoria Executiva da
Associação de Pais e Mestres ou Secretaria de Educação.
Atualmente a demanda de manutenção que exige um desdobramento
maior é a revisão do telhado, calhas e rufos e inclui a restauração das paredes
danificadas pela infiltração e vazamentos devidos às chuvas, que foi
encaminhado para a Secretaria de Educação para providenciar a execução do
serviço. As demais são de ordem simples podendo ser executadas pela
diretoria da APM.
A Comissão de Infraestrutura acompanhará e fiscalizará todos os
encaminhamentos realizados, retomando-os sempre a cada encontro,
observando que este trabalho não é isolado, pois a comissão conta com a
parceria de todos os envolvidos na comunidade escolar.
A comissão realizará periodicamente uma avalição dos encontros e dos
objetivos propostos a fim de aprimorar todas as ações previstas e dar os
devidos encaminhamentos.
Comissão Mista de Comunicação
Através da Avaliação Institucional – 2015 Indicadores de Qualidade
foram observados vários apontamentos sobre o fluxo de informações dentro e
fora da escola, diante disso foi criada a Comissão de Comunicação Escolar,
formada por professores, funcionários e pais de alunos.
A Comissão tem por objetivo garantir o fluxo de informações por meio de
recursos práticos e acessíveis.
A escola organiza a circulação das informações através de Informativos
impressos e/ou digitais via HTPC, Reuniões Pedagógicas, Reuniões por
segmentos, calendário escolar, e-mail, blog e agenda da criança, portanto a
falha na comunicação não está na falta de recursos, mas na sua utilização e
gerenciamento.
A Comissão entende que é preciso redimensionar e otimizar todos os
recursos disponíveis com possibilidades de ampliar e criar nas pessoas o
hábito de informar e se manter informado, desenvolvendo a
corresponsabilização e descentralização de forma sustentável.
Pensando na Comunidade Escolar e em um fluxo de informação direto e
acessível, a comunidade escolar traz como sugestão para ser desenvolvido
pela comissão em 2017 a criação de uma pagina da escola no facebook,
passando pela adesão das famílias até a autorização da Secretaria de
Educação.
A comissão entende que nenhuma possibilidade nova de trabalho
descarta uma já existente, apenas aprimora e viabiliza a comunicação entre as
pessoas.
Todas as pessoas envolvidas, equipe escolar e comunidade escolar tem
o compromisso de avaliar os encontros e dar encaminhamentos para as ações
já realizadas ou novas ações.
AVALIAÇÃO
As avaliações ocorrerão por meio das Comissões Mistas e pela
Avaliação Institucional pautada pelos princípios dos Indicadores de Qualidade
para Educação Infantil com o objetivo de qualificar todas as ações planejadas e
executadas que visam à aprendizagem das crianças através das interações e
da participação efetiva da comunidade escola
3. Equipe Escolar
3.1. Professores
3.1.1. Caracterização
Neste ano poucas foram as mudanças no quadro de professores da
nossa Unidade Escolar, pois a grande maioria se manteve do ano passado.
Recebemos algumas professoras novas que vieram assumir salas vagas e
outras para substituição de licenças, estas ingressaram neste ano na Rede
Municipal de São Bernardo do Campo, sendo suas experiências com a
educação bem diversas, algumas iniciando agora e outras com experiências
anteriores na Educação Infantil e em outras modalidades de ensino.
Nome Situação
Funcional
Escolaridade
Tempo na
PMSBC
(início)
Tempo
na
escola
(início)
Observação
(Outra
unidade que o
professor
Atua)
Graduação Pós-Graduação
Alekssandra Ramos
Stábile da Silva
Estatutária
30 horas
Pedagogia Psicopedagogia
Alfabetização e
Letramento
06/11 02/13
Aline Fernanda
Rezende
Efetiva
40 horas
Pedagogia 01/12 02/13
Arinalda Gama de F.
Carvalho
Estatutária
30 horas
Pedagogia Psicopedagogia 07/10 02/11
Cibele Aparecida de
Lima Macedo
Estatutária
40 horas
Pedagogia Psicopedagogia
Arte e Educação
03/12 02/13
Cristina Campos de
Sales
Efetiva
24 horas
Pedagogia
Letras
07/10 02/13 Vice-diretora
Escola
Estadual
Débora Juliana de O.
M. Santos
Estatutária
Letras Educação
Inclusiva
Psicopedagogia
02/07 02/07
Elaine dos Anjos
Cavalcante
Estatutária Pedagogia Psicopedagogia 07/16 02/17 Assumiu a sala
da professora
Regislaine
Elaine Silva Sobral Estatutária
40 horas
Pedagogia
Artes
(cursando)
História para
Educ. Infantil
Coord.
Pedagógica,
Línguas e
Matemática.
01/12 02/13
Elisabete de Souza
Ribeiro Madureiro
Estatutária
40 horas
Pedagogia Educação Infantil 01/12 02/13
Elisabeth Rodrigues
dos Santos
Estatutária
40 horas
Pedagogia Neuropsico-
pedagogia
(cursando)
05/12 02/15
Elisiane Voichicoski
Araujo
Estatutária
40 horas
Pedagogia Educação Infantil
01/12 02/13
Ellen Melo Antunes Estatutária
40 horas
Pedagogia 01/12 02/14
Fernanda Regina
Andrade Freitas
Estatutária
40 horas
Pedagogia Arte e Educação
Educação
Ambiental
02/08 02/13 Assumiu a
função de
PRCP na
EMEB Karolina
Zofia
Helenita de Fátima
Marcelino
Estatutária
40 horas
Pedagogia Alfabetização e
Letramento
Motricidade
(cursando)
01/12 02/13
Jaqueline Vieira
Mendes
Estatutária
30 horas
*assumiu a
sala da
professora
Fernanda
Pedagogia Psicopedagogia e
Ludo pedagogia
06/16 06/16 E.M. Tânia
Geraldo de
Campos Silva
(Mauá)
Jéssica Santos Silva Estatutária
30 horas
Pedagogia Alfabetização e
Letramento
Ludopedagogia
12/13 02/17 2 matrículas na
U.E., sendo no
período da
tarde volante
Luciene de Jesus
Santos
Estatutária
40 horas
Pedagogia
Metodologia do
Ensino de Artes
01/12 02/13
Meire Jane Sousa da
Rocha
CLT
Substituta
30 horas
Letras Psicopedagogia
Institucional
11/07 02/13 Assumiu a sala
da professora
Thais até
agosto
Regislaine Maria da
Silva
Estatutária
30 horas
Pedagogia Educação
Inclusiva
Psicopedagogia
02/15 Assumiu a
função de
PRVD na
EMEB Antonio
P. Coutinho
Rosa Richart Ferreira Estatutária
30 horas
Letras
Direito
(cursando)
Gestão Escolar 04/03 02/08 Readaptada na
função de
apoio aos
professores
Rosângela Martins
Senhor Alves
Estatutária
40 horas
Pedagogia Psicopedagogia 09/10 02/12
Rosemeire Barros da
Silva
Estatutária
30 horas
Pedagogia 09/06 09/06
Selma Tacyane Lopes
F. Antonelli
Estatutária
30 horas
Psicologia 03/10 02/15
Simone Lopes de
Sousa
Estatutária
40 horas
Pedagogia Psicopedagogia 03/12 03/12
Shirley Bellotto Carratú Estatutária
40 horas
Pedagogia
Letras
01/12 02/13 Pediu
exoneração em
abril
Thais Helena de
Carvalho Miguel
Estatutária
40 horas
Pedagogia Alfabetização e
Letramento
01/12 02/13 Licença
maternidade e
L.P. até agosto
Thatiany Alves Lopo Estatutária
30 horas
Pedagogia 02/17 02/17 Licença
Maternidade
abril
Vânia Maria de Sá
Santos Costa
Estatuária
30 horas
Pedagogia
Habilitação
Educação
Especial
07/10 02/11 AEE do Ens.
Fundamental
Legenda
Turma no Período da Manhã Turmas nos 2 Períodos
Turma no Período da Tarde Volante
Horários de Trabalho das Professoras
30 horas Período da Manhã
7h00 as 12h00 (HTP: 7h00 as 8h00)
30 horas Período da Tarde
13h00 as 18h00 (HTP: 17h00 as 18h00)
40 horas (incluindo HTP)
Nome Horários
Professoras com turma no Período da Manhã
Elisabete 2ª, 4ª, 6ª feira – 7h00 as 12h00
5ª feira – 7h00 as 17h40
3ª feira – 7h00 as 17h00
Elisiane 2ª, 4ª e 6ª feira – 7h00 as 12h00
5ª feira – 7h00 as 17h40
3ª feira – 7h00 as 17h00
Helenita 2ª, 3ª e 4ª feira – 7h00 as 12h00
5ª feira – 7h00 as 17h40
6ª feira – 7h00 as 17h00
Rosângela 3ª, 4ª e 6ª feira – 7h00 as 12h00
2ª feira – 7h00 as 17h00
5ª feira – 7h00 as 17h40
Thais 2ª, 3ª e 4º feira – 7h00 as 12h00
5ª feira – 7h00 as 17h40
6ª feira – 7h00 as 17h00
Professoras com turma no Período da Tarde
Aline
3ª, 4ª e 6ª feira – 13h00 as 18h00
2ª feira – 7h40 as 18h00
5ª feira – 7h40 as 18h00
Elaine 2ª e 4ª feira – 7h40 as 18h00
3ª, 5ª e 6ª feira –13h00 as 18h00
Ellen 2ª, 4ª e 5ª feira – 13h00 as 18h00
3ª e 6ª feira – 7h40 as 18h00
Luciene 3ª, 4ª e 5ª feira – 13h00 as 18h00
2ª e 6ª feira– 7h40 as 18h00
Simone 3ª e 4ª feira – 7h40 as 18h00
2ª, 4ª e 6ª feira – 13h00 as 18h00
Elisabeth 4ª e 6ª feira – 7h40 as 18h00
2ª, 3ª e 5ª feira – 13h00 as 18h00
3.1.2. Plano de Formação para os professores
“Eu trabalho em um estado de incerteza porque não sei aonde as crianças chegarão, mas esta é uma experiência fabulosa!” Laura Rubizzi
Para elaboração do plano de formação da UE o primeiro passo a seguir
é definir as necessidades formativas do grupo, para detectar estas
necessidades foram consideradas as observações realizadas pela equipe
gestora, acompanhamentos dos Planos de Ação e também o levantamento das
expectativas do grupo, por meio de um documento de escuta.
Este plano então pretende atender estas expectativas, considerando que
nossas formações são espaços coletivos de discussão e construção do
conhecimento, sendo um instrumento flexível, que será avaliado ao longo do
ano e sempre que necessário adequado às necessidades que forem surgindo
durante nosso percurso.
ORGANIZAÇÃO DOS ENCONTROS
Conforme nosso contrato didático, nossos HTPCs ocorrerão sempre às
quintas-feiras, das 18h40m às 21h40m.
O primeiro HTPC de cada mês será destinado ao planejamento,
proporcionando aos professores as trocas com seus pares e com a
coordenadora. Com esta organização as atividades coletivas da escola
como intersalas e dia da integração podem ser planejadas pelas
professoras dos dois períodos.
Os demais HTPCs serão destinados às formações, seguindo nosso
plano de formação.
Iniciaremos nossos encontros sempre pela leitura da ata do encontro
anterior e indicação literária, realizada pelo professor indicado em cada
encontro.
Solicitamos pontualidade e respeito aos horários, e também na entrega
da ata.
Os materiais formativos serão socializados pela coordenadora, ou
impresso ou por e-mail.
CONTEÚDO
Articulação e interação das profissionais para uma atuação em equipe.
Contrato didático.
Acolhimento das crianças e comunidade.
Revisão do PPP.
Temáticas acerca do projeto coletivo da Unidade. (Sustentabilidade, A
importância do contato da criança com a natureza, Valorização da
cultura regional.)
Socialização do projeto Comunidade de aprendizagem
Leitura e contação de história. (Socialização da formação “Entre na
roda”).
Currículo na educação infantil considerando as DCNEI e a BNCC.
(campos de experiência).
Avaliação na educação infantil: Documentação pedagógica.
Sequência de formação DCNEI e BNCC
Campos de experiência X momentos da nossa rotina
JUSTIFICATIVA
As DCNEI e a BNCC apresentam uma estrutura baseada no sujeito,
quebrando com a lógica da organização de conteúdos em áreas de
conhecimento que dá conta de uma concepção baseada no conhecimento.
Coloca os conteúdos curriculares na perspectiva daquilo que preenche o dia a
dia da criança, contemplando diferentes campos de experiências. Os campos
de experiência integram as relações afetivas, o conhecimento de si mesmo e
do outro, as explorações dos objetos e espaços, a linguagem, as normas, as
interações, a cultura, a criança, a literatura, a música, a plástica. A função
essencial das instituições de Educação Infantil de garantir socialização,
cuidado e educação se dá no cotidiano escolar por meio da interação: entre as
crianças. Entre elas e objetos diversos, entre elas e o meio ambiente, o seu
entorno próximo, entre as crianças e os adultos. Estas interações ocorrem
basicamente por meio da exploração e da brincadeira. Apesar do plano
formativo do ano anterior já sinalizar a necessidade de formação neste sentido,
a equipe gestora não conseguiu efetivar as ações previstas, mantendo-se este
ano a necessidade deste investimento formativo. O trabalho com as crianças
ainda ocorre de forma fragmentada, ainda encontram dificuldade em articular o
trabalho com as áreas de conhecimento por meio das multiplicidades de
linguagens e experiências, existe pouco investimento no trabalho com projetos
que possibilitem a investigação da criança e com as diferentes linguagens.
Além das observações e avaliações realizadas pela equipe gestora, o
grupo de professores também sinalizou, através de um documento entregue
para sondar as expectativas formativas dos professores no inicio deste ano,
desconhecer os documentos que foram publicados recentemente, documentos
estes que nortearão o currículo da educação infantil, as professoras também
apontaram como uma necessidade formativa dividir os conteúdos por área de
conhecimento e por faixa etária, o que também nos sinalizou o quanto o grupo
precisa estudar esta nova proposta para a educação infantil. A organização
curricular das DCNEI e da BNCC é diferente da proposta curricular do
município e do PPP da escola, que ainda está organizado por áreas de
conhecimento, portanto, este ano estudaremos estes documentos, fazendo a
relação com as nossas práticas pedagógicas, observando e refletindo: Onde
nossas práticas se aproximam ou se distanciam desta proposta? Como
podemos ampliar o protagonismo das crianças nos diferentes momentos da
nossa rotina? Como ampliar o trabalho com as diferentes linguagens? Como
organizar o tempo e espaços da nossa escola? Como organizar o
planejamento por meio de experiências? Esperamos que todas estas
discussões se reflitam em mudanças das práticas pedagógicas realizadas na
UE.
OBJETIVOS
Relacionar os documentos DCNEI e BNCC com as praticas realizadas
na nossa UE, analisando as aproximações e os distanciamentos nas
praticas já instituídas;
Verificar em que medida as práticas realizadas na UE se aproximam do
conceito de campos de experiência;
Analisar os projetos realizados na UE ampliando as discussões sobre a
investigação e o protagonismo das crianças;
Ampliar conhecimentos acerca do desenvolvimento infantil,
considerando a criança enquanto sujeito das relações, das interações e
das práticas cotidianas;
Organizar o planejamento por meio de experiências;
Retomar a escrita dos objetivos propostos do PPP, discutindo sobre a
divisão em faixas etárias, sugerida pelo grupo de professoras.
ESTRATÉGIAS FORMATIVAS
Leitura compartilhada para ampliar a fundamentação teórica;
Tertúlia pedagógica;
Produção de um livro de escuta atenta das crianças “Gente que sabe
escutar o outro”;
Vídeos sobre esta temática;
Dinâmicas de grupo;
Socialização de boas práticas;
Atividade em pequenos grupos;
Estudo e discussão sobre projetos na perspectiva da investigação da
criança;
Tematização das nossas práticas nos diferentes momentos da rotina
(filmagens e analises criticas).
Sequência de formação sobre avaliação na educação infantil
Documentação pedagógica
“A documentação pode oferecer, tanto às crianças quanto aos adultos, momentos reais de democracia – democracia que tem suas origens no reconhecimento e na visualização das diferenças trazidas pelo diálogo. Isso é uma questão de valores e ética.” Rinaldi
JUSTIFICATIVA
A escola já vem a alguns anos discutindo e qualificando os seus
instrumentos de avaliação, houve no período de 2011 a 2013 um investimento
muito grande na formação sobre esta temática, o que refletiu em uma
qualificação dos portfólios. Em 2014 as discussões se deram de forma mais
individualizada, considerando os professores que ingressaram na unidade no
processo de remoção. Em 2015 a equipe acordou construir o portfólio individual
ao longo do ano letivo, sendo o mesmo apresentado às famílias nas reuniões
com os pais, realizando a escrita do relatório individual ao final do segundo
semestre. No entanto, observou-se que embora o documento apresentasse
avanços, esses ainda não correspondem a todos os indicativos avaliação que
constam no nosso PPP, sendo assim em 2016 o grupo retomou a discussão
analisando os portfólios e relatórios produzidos na UE, chegando à conclusão
que neste momento precisariam retomar a produção dos relatórios semestrais,
já que os portfólios produzidos não davam conta de revelar o percurso de
aprendizagem da criança . A equipe gestora, ao analisar os instrumentos de
2016 observou que este é um assunto que embora já estudado na UE, precisa
ser retomado. Precisamos qualificar nossos instrumentos, em especial os
portfólios, que na sua maioria voltaram a ser apenas uma coletânea de
atividades, sem elementos que revelem o percurso de aprendizagem das
crianças e o trabalho desenvolvido. Considerando tudo isso, ao discutirmos as
nossas práticas e o trabalho com as diferentes linguagens e experiências,
colocaremos como foco também a documentação pedagógica, documentação
esta que permite tornar o trabalho pedagógico visível ao dialogo, interpretação,
contestação e transformação: Como documentar as experiências vivenciadas
pelas crianças? Como desenvolver uma escuta atenta? Como qualificar nossos
portfólios e relatórios? Como as crianças e as famílias podem participar na
construção destes instrumentos? Como organizar nossos registros? De que
avaliação estamos falando?
OBJETIVOS:
Aprimorar a utilização dos instrumentos metodológicos (registro e
planejamento);
Dar significado e uso real aos instrumentos metodológicos do professor;
Realizar reflexões do trabalho a partir dos instrumentos metodológicos;
Discutir a concepção de avaliação da rede de SBC;
Aprimorar os instrumentos de avaliação utilizados na nossa escola;
Analisar como organizar portfolios de forma que o processo de
aprendizagem e desenvolvimento seja explicitado;
Discutir de que forma os portfolios se integram aos instrumentos oficiais
de avaliação na Educação Infantil na Rede Municipal de São Bernardo
do Campo.
ESTRATÉGIAS FORMATIVAS:
Formação sobre planejamento e registro tendo como foco a tematização
de práticas;
Leitura e discussão de textos reflexivos sobre planejamento, registro e
avaliação;
Produção de um livro de escuta atenta das crianças “Gente que sabe
escutar o outro”;
Tertúlias pedagógicas;
Analise dos nossos documentos;
Socialização de boas práticas;
Apresentação da concepção de avaliação adotada pela rede municipal,
tendo como referencial a proposta curricular do município, as DCNEI, a
BNCC e o material do PNAIC. (Vídeos e textos);
Formação sobre portfólios e relatórios, conhecendo as diferentes
possibilidades de organização e estabelecendo metas para qualificar os
nossos documentos;
Acompanhar individualmente o trabalho das professoras por meio de
observações das turmas, leitura sistemática dos instrumentos
metodológicos e das modalidades organizativas e devolutivas realizadas
pela coordenação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUBET, A.; FLECHA, A.; GARCÍA, C.; FLECHA R.; RACIONERO, S.
Aprendizagem dialógica na sociedade da informação. Edufscar 2016;
BARBOSA, Maria C. S.; HORN, Maria da graça S. Projetos pedagógicos na
educação infantil. Grupo A 2008;
EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens
da criança. Vol 1. Penso 2016.
EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens
da criança. Vol 2. Penso 2016.
HOFFMANN, Jussara. Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Mediação
20100042;
MEC - Base Nacional Comum Curricular.
MEC - Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica;
MEC - PNAIC caderno “Avaliação escolar”;
SALLES, Fátima; FARIA, Vitória. Currículo na educação infantil. Ática 2012;
SÃO BERNARDO DO CAMPO, Secretaria de Educação. Proposta Curricular
Educação Infantil – Caderno 02. São Bernardo do Campo 2007.
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho
pedagógico. Papirus 2016;
3.1.3. Avaliação
As avaliações do plano de formação dos professores envolverão
discussões coletivas e individuais, considerando as etapas previstas neste
plano de formação, propiciando: auto avaliação do professor em seu percurso
formativo, de modo que possa refletir sobre as apropriações de conhecimento e
suas contribuições para a prática pedagógica, bem como os limites e avanços
no percurso formativo.
Também compreenderão avaliação do plano de formação proposto, com
foco nas ações da equipe gestora, de modo a possibilitar indicações a esta
equipe para replanejamento das estratégias.
HTP (Horário de Trabalho Pedagógico)
Professores de 30 h = 5 horas de HTP
Período da manhã: das 7h às 8hs (Todas as professoras do
período da manhã)
Período da tarde: das 17hs às 18hs (Todas as professoras do
período da tarde).
Professores de 40 h = 7 horas de HTP
Período da manhã: das 7h às 8h + 2 h no Contra turno
Período da tarde: das 17hs às 18hs + 2h no Contra turno.
Os professores de 40h ainda contam com mais 6h e 40 min.
destinadas à docência complementar: substituições, acompanhar alguma turma
em atividade específica, ações nos projetos coletivos ou quando algum
professor precisar se ausentar para atender a equipe gestora, EOT, pais e etc.
Aos professores, fica estabelecido que o horário de HTP seja destinado
às atividades de planejamento (elaboração de planos de aulas, organização de
materiais e recursos), registros, organização de portfólios, devolutivas orais,
reuniões entre professores, reuniões com EOT / OP, atendimento aos pais,
participação em Conselho de Escola e demais ações formativas.
Plano de acompanhamento do HTP
OBJETIVOS
Realizar reflexões do trabalho a partir dos instrumentos metodológicos
visando à qualidade da educação;
Refletir sobre estratégias realizadas e se propor a experimentar novas
estratégias, quando necessário;
Discutir casos específicos e dar encaminhamentos.
ESTRATÉGIAS
Devolutiva oral, visando à formação individual ou em pequenos
agrupamentos, por necessidade do grupo;
Agendar pelo menos um encontro mensal com pauta pré-definida, assim
os professores poderão deixar materiais necessários já selecionados a
fim de otimizar o tempo disponível;
Articular formação em HTPC com as discussões de HTP.
3.1.4. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos
OBJETIVOS
Aprimorar a utilização dos instrumentos metodológicos (registro e
planejamento) no que diz respeito às experiências;
Dar significado e uso real aos instrumentos metodológicos do professor;
Realizar reflexões do trabalho a partir dos instrumentos metodológicos
visando à qualidade da educação;
Que os professores possibilitem diferentes experiências às crianças
contempladas nas modalidades organizativas;
Acompanhar individualmente os professores de acordo com questões
identificadas pelos formadores ou trazidas pelos mesmos.
ESTRATÉGIAS
Leituras e devolutivas de registros e modalidades organizativas.
Também em virtude das avaliações dos últimos anos: acompanhar,
subsidiar e auxiliar no planejamento das ações a serem realizadas na
Biblioteca Escolar Interativa.
Os registros e planejamentos serão entregues à coordenadora
pedagógica quinzenalmente, conforme cronograma abaixo:
Quanto às modalidades organizativas:
serão lidas e realizadas devolutivas assim que elaboradas;
será realizado um acompanhamento do desenvolvimento das
modalidades;
Serão realizadas observações e devolutivas das mesmas;
Tematizações de práticas da unidade escolar e de outras unidades.
3.2. Auxiliares em Educação
3.2.1. Caracterização
Neste ano contamos com duas Auxiliares em Educação, uma já atua
nesta Unidade Escolar desde o ano de 2011, tendo experiência anterior como
Auxiliar, porém atuava nas creches, iniciou o atendimento aos alunos com
N.E.E. em nossa escola, já passando por diversas turmas o que tem ampliado
a cada ano suas vivências, experiências, contribuindo muito com o trabalho dos
professores e no atendimento aos alunos. A outra auxiliar chegou à nossa
Unidade Escolar no ano passado, em virtude da remoção, ela veio de uma
Unidade de Educação Infantil onde também atuava no apoio de crianças com
NEE.
A formação dessas profissionais se dá nas reuniões pedagógicas, com
os demais funcionários, e nas discussões especificas citadas abaixo no “plano
de acompanhamento das turmas com Necessidades Educacionais Especiais”.
Nome Situação
Funcional
Escolaridade
Tempo
na
PMSBC
(início)
Tempo
na escola
(início)
Observação
Graduação Pós-
Graduação
Cazilda
Aparecida Pereira
33.050-9 Pedagogia
09/07 02/16
Cleide Etelvina da
Silva de Oliveira
32.940-3
Ensino
médio –
magistério
07/07
02/11
3.2.2 Plano de acompanhamento das turmas com
crianças com NEE
JUSTIFICATIVA
Uma das grandes preocupações quando se fala em inclusão é
que ela ocorra de fato. Não é só uma questão de matricula das crianças com
NEE na escola, precisamos assumir o compromisso com a qualidade da
educação oferecida. Dessa forma precisamos considerar quais são as
necessidades do professor e como ele lida com elas. Precisa de apoio? Qual é
a natureza de apoio necessária? Refere-se, por exemplo, ao auxílio nos
momentos de higiene e alimentação da criança, ou ao favorecimento da
comunicação e interações com o professor e os colegas da turma? Este auxílio
demandará na ação conjunta de outro profissional nessa turma? Um auxiliar ou
estagiário de apoio à inclusão?
A equipe gestora precisará traçar um plano específico de
acompanhamento para esse professor/ turma? Será necessário o apoio mais
próximo da equipe de orientação pedagógica e/ou da equipe técnica?
A partir de 2012 passamos a contar com a possibilidade do apoio
oferecido pelo professor de atendimento educacional especializado. Este
educador poderá atuar em ensino colaborativo com o professor da turma e/ou
diretamente com o aluno no contra turno do período em que a criança está
matriculada. Para o ano de 2016 há a indicação de AEE para um aluno, porém
até junho ainda não havia chegado o profissional.
A Secretaria indica que o fluxo para demandar apoios deve ter início
com o professor realizando registro de suas questões, que são encaminhadas
à equipe gestora que avalia (Lê registro, realiza observações, conversa com o
professor, considerando as questões da criança e as intervenções do
professor). Nesse processo de avaliação, caso julguem necessário,
compartilham as questões que apresentam com o orientador pedagógico,
levantando possíveis encaminhamentos pedagógicos. Caso considerem
necessário que essa criança / educador precise de ações diferenciadas para
além das já encaminhadas, a equipe gestora pode solicitar a avaliação do
professor de AEE e/ou da equipe de orientação técnica.
Todo esse percurso implica em diversas ações dos profissionais
envolvidos. Aliado a isso temos a complexidade das demandas que perpassam
o cotidiano escolar e as dificuldades que nos deparamos quando tentamos
efetivar propostas que sejam de fato significativas para todas as crianças.
Dessa forma, lidar com as demandas que podem advir do acompanhamento às
turmas que incluem crianças com necessidade educacionais especiais requer a
estruturação de um plano que dimensione os apoios necessários. Nesse
processo temos não podemos perder de vista o quanto estes apoios fortalecem
o educador para lidar com os desafios de envolver as crianças em propostas
que por serem significativas também corroboram com a participação das
crianças e fomentam o sentimento de pertencimento à comunidade escolar.
OBJETIVOS DA EQUIPE GESTORA
Intermediar as diferentes ações dos profissionais a fim de favorecer que
a inclusão das crianças com deficiência aconteça de fato;
Acompanhar sistematicamente as turmas que incluem crianças com
NEE;
Acompanhar, paralelamente, os encaminhamentos definidos junto às
famílias, referentes a combinados e atendimentos clínicos;
Apoiar o professor, auxiliar em educação e estagiária de inclusão nas
ações pedagógicas junto à criança, discutindo adaptações curriculares;
Apoiar o professor, auxiliar em educação e estagiário de apoio à
inclusão em suas questões subjetivas suscitadas pela inclusão;
Construir em conjunto com professor, auxiliar em educação e estagiário
de apoio à inclusão, pautas de observações para as crianças com NEE
OBJETIVOS PARA O PROFESSOR, AUXILIAR EM EDUCAÇÃO E
ESTAGIÁRIO DE APOIO À INCLUSÃO.
Entender a inclusão como direito da criança dentro do ensino regular;
Refletir sobre a prática educativa realizando adaptações necessárias
para melhor atendimento da criança com NEE
Conhecer as possibilidades da criança a fim de intervir para o seu
desenvolvimento acreditando nas suas competências;
Socializar as expectativas, as práticas educativas e outras questões com
a equipe gestora e/ou especialistas e/ou equipe escolar a fim de
qualificar o trabalho educativo.
OBJETIVOS PARA O PROFESSOR DE APOIO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
Colaborar com os processos de inclusão das crianças com deficiência;
Contribuir com observáveis que ajudem no processo de levantamento de
objetivos, planejamento de propostas, de atividades relacionadas à
leitura de necessidades e interesses da turma evidenciadas pelo
professor da sala;
Realizar com equipe gestora devolutivas de suas observações ao
professor da sala;
Realizar registros com a EG na RAE;
Elaborar planejamento para o AEE com equipe gestora e educadores da
turma;
Elaborar recursos que favoreçam participação/ acessibilidade da criança
aos conteúdos;
Realizar relatório semestral de suas ações.
ESTRATÉGIAS
Encontros periódicos com o professor, auxiliar em educação e estagiária
de apoio á inclusão ou com professor de AEE (quando houver);
Registros reflexivos do professor, auxiliar em educação e estagiária de
apoio à inclusão sobre as crianças e as práticas desenvolvidas;
Devolutivas de registro pela equipe gestora;
Observações empíricas (tanto da equipe gestora quanto da EOT, AEE e
OP);
Conversas com os pais, de acordo com a necessidade, envolvendo
professora, auxiliar em educação, estagiária de apoio à inclusão, equipe
gestora, AEE, OP e EOT.
ETAPAS
Compartilhar o Plano de acompanhamento das turmas com crianças
com NEE. com a equipe escolar, estabelecendo um contrato didático
claro sobre a atuação de todas as partes;
Cuidados, no ato da matrícula, para colher informações importantes para
a organização da unidade escolar no atendimento das crianças;
Se necessário, agendar uma reunião com os pais e equipe gestora logo
após a matrícula para levantar informações que subsidiem o trabalho
pedagógico: alimentação, tratamentos, encaminhamentos clínicos já
realizados e a realizar, solicitando relatórios médicos, quando
necessário;
Conversa com o professor sobre os dados colhidos sobre a criança com
a família e questões pendentes para retomar com a família;
Registro do professor, do auxiliar em educação, da estagiária de apoio à
inclusão, e da professora de AEE, com as primeiras impressões;
A partir dos registros e relatos do professor, auxiliar em educação,
estagiária de apoio à inclusão, a equipe gestora e/ou OP e EOT, farão
observações empíricas nas turmas que incluem crianças com NEE para
levantamento de encaminhamentos/ acompanhamentos com os
profissionais envolvidos, inclusive a definição de quais crianças serão
acompanhadas pela professora de AEE;
Encontros individuais com os professores para discussão e definição de
objetivos, metas e orientações gerais; com o apoio dos profissionais.
Conversa com a família para troca de informações sobre a criança que
favoreçam o desenvolvimento do trabalho pedagógico;
Acompanhamento:
Observações realizadas pela Coordenação Pedagógica e
professora de AEE, da e/ou EOT e OP, quando necessário. ;
Registros dos professores, auxiliares em educação e estagiária de
apoio à inclusão, bem como sistematização de registro dos observáveis
da equipe de gestão.
Conversas individuais com professores, auxiliares em educação e
estagiária de apoio à inclusão;
Conversas com as famílias.
Avaliação do plano.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Respeitar as possibilidades de cada criança;
Apostar sempre na competência da criança e do próprio professor;
A entrega de registro sobre as crianças com NEE pode ser troca do
registro da semana;
Alguns cuidados são necessários para a entrega de encaminhamentos
clínicos como agendar com a família um momento específico para a
entrega, conversando com ela sobre o significado e importância deste
procedimento (cada caso será analisado e a entrega do
encaminhamento poderá ser feita pelo professor, ou pela coordenadora
pedagógica, ou ainda pelo próprio profissional da EOT). Ao receber o
encaminhamento, o pai ou responsável deverá assinar uma cópia do
mesmo que ficará arquivada na unidade escolar;
Anexar aos encaminhamentos (ou solicitação de pareceres dos
especialistas), uma introdução compartilhando os objetivos do plano de
acompanhamento, ressaltando a importância da parceria entre as
partes;
Enviar uma cópia do relatório individual escrito pelo professor (em
parceria com a equipe de gestão) ao especialista que faz o
acompanhamento clínico ou terapia específica da criança, solicitando-
lhes um novo parecer sobre suas aprendizagens no contexto clínico que
corroborem com as do contexto escolar;
Os registros do professor podem ter diversos focos durante o ano de
acordo com a criança e seu desenvolvimento (como por exemplo: como
a criança está inserida nas atividades realizadas, interação com outras
crianças, linguagem, etc.);
Aproveitar os dias não letivos para as reuniões com as famílias das
crianças com NEE;
Enviar uma cópia do relatório individual para a EOT;
O professor deve ser avisado previamente do dia e horário das
observações;
A definição dos horários e momentos da rotina que serão observados se
dará pela especificidade dos casos;
Todo processo deve ser registrado como uma documentação do
trabalho desenvolvido.
3.3. Funcionários
3.3.1. Caracterização
Nossa escola é composta por 13 funcionários (considerando as
funcionárias da cozinha), sendo a maioria dos integrantes do quadro desde o
ano de 2011, salvo os funcionários da equipe de apoio que tem se mantido por
um tempo de aproximadamente 7 anos nesta Unidade Escolar, isto se deve à
proximidade de suas residências da escola. No ano passado recebemos 1
funcionária remanejada de outra U.E., mas que já trabalhou nesta escola há
alguns anos. No final do ano passado tivemos a aposentadoria de uma
funcionária do apoio que estava readaptada e nos auxiliava no apoio aos
alunos (trocas, banhos, curativos, ligações para os familiares,
acompanhamento saída e entrada dos alunos), com isso, tivemos que passar
essa tarefa às demais funcionária da Equipe de Apoio.
3.3.2. Plano de Formação dos Funcionários
“A Educação acontece em cada canto da
escola, em cada momento, cada tarefa cumprida,
cada descoberta, cada partilha, cada gesto de
construção da vida que todos nós - diferentes e
iguais - devemos buscar juntos”. (RIOS, Terezinha
Azeredo. Revista Gestão Escolar, 07/2012).
A escola, como qualquer instituição, funciona como um organismo: para
que tudo ande perfeitamente e os objetivos sejam atingidos, cada parte precisa
executar bem as respectivas funções. Os professores são os responsáveis pelo
ensino dos conteúdos curriculares, mas os demais funcionários também
participam do processo educacional, dando o suporte necessário para que a
aprendizagem aconteça.
Sendo assim, pensar numa formação que integre todos os funcionários
nos projetos desenvolvidos pela escola favorece que eles se sintam parte do
processo educativo das crianças, tornando claro que todos são educadores na
escola. Para que todos os funcionários se sintam parte da escola, é preciso
integrá-los ao projeto político pedagógico. Somente conhecendo os objetivos
educacionais é que eles agirão no dia a dia de acordo com os valores
estabelecidos. Nosso intuito também será de envolvê-los nos projetos em
andamento, promovendo a parceria de todos tanto nas discussões e
planejamentos, como nas ações realizadas.
Outra questão a ser trabalhada é quando houver problemas de qualquer
natureza para resolver, todos podem ser convidados a refletir e encontrar
soluções, pois vivências diferentes contribuem para a elaboração de uma saída
mais criativa. O importante é desenvolvermos a autonomia de cada funcionário
para que cada um se sinta responsável pelos resultados do trabalho.
Também faremos um levantamento com o grupo de temáticas que elas
tenham interesse em discutir nas reuniões de equipe.
OBJETIVOS GERAIS
Favorecer que os diversos profissionais se sintam integrados aos
objetivos da escola e responsáveis pelas metas, compreendendo sua
função como educador;
Garantir a qualidade dos serviços realizados por cada funcionário,
pensando em estratégias para a execução do trabalho;
Garantir a presença e participação das reuniões que discutem e
planejem as ações e projetos que farão parte do nosso PPP;
Revisitar o PPP durante as discussões das ações da escola, fazendo
adequações quando necessário;
Garantir o acesso aos projetos desenvolvidos pelos professores com as
crianças, bem como a participação nas decisões tomadas, valorizando
as experiências e vivências diferentes de cada funcionário para a busca
de uma saída mais criativa e efetiva;
Promover a participação de todos os funcionários no projeto
Comunidade de Aprendizagem;
Participar ativamente do Projeto Coletivo, tanto no planejamento como
na execução das ações em conjunto com os professores.
CONTEÚDOS
Projeto Político Pedagógico;
Interações entre adultos e crianças/ crianças e crianças;
Papel educativo dos funcionários na atuação com os alunos da escola;
Parceria escola e comunidade (Projeto Comunidade de Aprendizagem);
Projeto Coletivo “Janelas para o Mundo” e demais projetos
desenvolvidos pelas turmas;
Outras temáticas que o grupo apresentar interesse em discutir e se
aprofundar.
ESTRATÉGIAS
Reuniões por segmento com periodicidade a ser definida;
Reuniões individuais com os funcionários para avaliação do trabalho
desenvolvido;
Reuniões Pedagógicas com a participação de todos os funcionários e
professores;
Reuniões periódicas para discussão e planejamento das ações, bem
como formação sobre as temáticas dos projetos;
Participação de representantes dos funcionários nas comissões mistas
do projeto Comunidade de Aprendizagem.
3.3.3. AVALIAÇÃO:
Ao final de cada semestre, haverá uma avaliação de toda a
equipe escolar sobre o trabalho desenvolvido, organização da rotina, eventos
realizados, Projeto Coletivo/ projetos de cada turma e outros aspectos que se
fizerem necessários.
“É um momento de ressignificação do espaço
escolar, para além das paredes da sala de aula e da
transmissão de conteúdos, tornando a escola um lugar
sintonizado com os direitos sociais, contextualizado ao
meio e ao tempo presente, nos quais sujeitos constroem,
com autonomia e em cooperação, seus conhecimentos e
sua própria história.” (MEC, Por uma política de
valorização dos trabalhadores em educação, pág.13)
4. Conselhos
4.1. Conselho de Escola
4.1.1. Caracterização do Conselho de Escola
O Conselho de Escola é um órgão colegiado constituído por
representantes dos segmentos que compõem a comunidade escolar,
professores, funcionários, pais e representantes da Associação de Pais e
Mestres.
Tendo como membro nato o Sr. (a) Diretor (a) e sendo composto no
critério de paridade e proporcionalidade; com o número máximo de trinta
conselheiros, sendo que essa paridade se dará entre pais e equipe escolar.
Entre os membros eleitos será eleito um coordenador e um Secretário, sendo
que qualquer membro efetivo pode ser eleito Coordenador ou Secretário na
primeira reunião dos membros eleitos.
Sua natureza é deliberativa, cabendo-lhe adequar para o âmbito da
escola, formas de organização, funcionamento relacionamento com a
comunidade, compatíveis com o Projeto Político Pedagógico e com as
orientações e diretrizes da política Educacional da Secretaria de Educação do
Município, e participar coletivamente na implementação de suas deliberações.
Mandato: 01 de abril de 2017 a 31 de março de 2018
NOME CATEGORIA
Edilene Rodrigues da Cruz
PA
IS D
E A
LU
NO
Luciana de Macedo Rosa Andrade
Elisângela Rodrigues Antonio
Darlene Alves de Souza Rocha
Enedina Ferreira Carvalho
Elisângela Teles de Castro
Fabiana Paulo Ribeiro Vitoriano
Alessandra Betania do Carmo Santos
Andréia Aparecida Rosa da Silva Rocha (Diretora)
FU
NC
ION
ÁR
IOS
DA
ES
CO
LA
Aline Fernanda Rezende (Professora)
Ellen Melo Antunes (Professora)
Marta Silva Nascimento Teixeira (Coordenadora)
Rosângela Martins Senhor (Professora)
Eliane de Souza Barbosa (Equipe de Apoio)
Maria Aureli dos Santos (Equipe de Apoio)
Legenda: Membro
Suplente
5. Associação de Pais e Mestres
5.1. Caracterização
A APM (Associação de Pais e Mestres) é uma entidade jurídica de
direito privado, criada com a finalidade de colaborar para o aperfeiçoamento do
processo educacional, para a assistência ao escolar e para a integração
escola-comunidade. A APM quem administra a verba e coloca em prática o
plano de ação decidido pelo Conselho de Escola.
Mandato: 01 de abril de 2017 a 31 de março de 2018
CONSELHO
DELIBERATIVO
Nome Cargo Segmento
Patrícia Moreira dos Santos Presidente Mãe de aluno
Andréia Maria da Silva 1ª.Secretária Mãe de aluno
Jandira Silva Chaves 2ª.Secretária Mãe de aluno
Ana Carolina de Oliveira S. Novaes Membro Mãe de aluno
Cíntia da Silva Hiriashi Membro Mãe de aluno
Andréia Ap. Rosa da Silva Rocha Membro Diretora
Nilda Leles Dias Membro Funcionária
Maria Aureli dos Santos Membro Funcionária
Cibele Ap. de Lima Macedo Membro Professora
DIRETORIA
EXECUTIVA
Nome Cargo Segmen
to
Selma Tacyane Lopes Ferreira
Antonelli
Diretora
Executiva
Mãe de aluno
Fabiana Paulo Ribeiro Vitoriano Vice-diretora
Executiva
Mãe de aluno
Karen Ap. da Conceição Souza 1ª.Tesoureira Mãe de aluno
Daniela Melo da Silva 2ª.Tesoureira Mãe de aluno
Adélia Cristina Andrade Santos 1ª. Secretária Professora
Alessandra Betânia do Carmo
Santos
2ª.Secretária Mãe de aluno
CONSELHO
FISCAL
Nome Cargo Segmento
Iara Cristina da Silva Miranda Presidente Mãe de aluno
Ana Maria Fernandes Rosa Membro Mãe de aluno
Rosângela Martim Senhor Membro Professora
Por motivo de realizarmos em conjunto as reuniões da APM e do
Conselho de Escola, pois entendemos ser de mais fácil viabilização das ações,
elaboramos um único Plano de Ação, contemplando a Avaliação de 2016 e
algumas expectativas e desejos levantados com o grupo.
5.2. Plano de Ação da APM e Conselho de Escola
Neste ano tivemos uma significativa participação dos pais na APM e
Conselho de Escola, inclusive tendo um número bem mais expressivo do que
nos demais anos anteriores. Isto nos mostrou que os investimentos que
fizemos neste ano na Reunião com Pais teve um retorno bem positivo, pois
este era um ponto que constava em nossa avaliação de 2016, ampliar a
participação dos pais nos dois órgãos colegiados. A maioria dos participantes
são novos na APM e Conselho de Escola e alguns foram reconduzidos para
este ano, isto nos mostra que teremos que investir na formação dos
participantes considerando o papel da APM e Conselho de Escola na Gestão
Escolar e também do trabalho pedagógico desenvolvido pela escola.
Em nossa primeira reunião fizemos um levantamento de pontos que
merecem nossa atenção e que de certa forma nos incomoda neste momento e
também traçamos ações para resolvermos tais situações. Notamos que nossa
maior fragilidade é a manutenção predial, por isso, decidimos ter um olhar mais
atento para estas questões, buscando parcerias, já que neste ano tivemos uma
expressiva redução de 28% da verba recebida do Convênio com a Prefeitura.
Sendo assim, teremos que priorizar aquilo que for mais emergencial, pensando
numa redução dos gastos com materiais pedagógicos, passeios, fazendo um
investimento maior na Manutenção Predial. Segue o Plano de Ação baseado
neste levantamento realizado com os membros da APM e Conselho de Escola:
OBJETIVOS
Realizar a manutenção preventiva e reparativa do prédio escolar,
garantindo a segurança das crianças/adultos e o bom funcionamento
das atividades pedagógicas da escola;
Investir em parcerias com empresas privadas para doação de materiais
para a manutenção predial;
Investir na parceria com os pais e/ou responsáveis para a realização de
trabalho voluntário na manutenção predial.
AÇÕES
Realizar as seguintes ações de manutenção predial: telhado (limpeza de
calhas, reparo nas telhas, instalação de manta); troca do piso das salas
de aula que estão descolando e causando acidentes com as crianças;
colocação de mais faixas antiderrapantes na entrada da secretaria,
reparo nas paredes que apresentam infiltração de água; instalação de
piso na área do antigo parque, utilizado hoje como área para atividades
de Corpo e Movimento; troca de torneiras quebradas; troca de
ventiladores quebrados; troca de lâmpadas queimadas; reforma dos
bancos do refeitório que estão com os pés enferrujados e instalação da
cerca do parque;
Buscar empresas privadas que façam doações de materiais para escola,
como tintas para a pintura da escola, entre outros;
Realizar uma pesquisa com as famílias de pais e/ou responsáveis que
têm interesse em fazer o trabalho voluntário na manutenção da escola;
Realizar orçamentos e cotações com outras empresas de manutenção
predial, em busca de melhores preços, a fim de utilizarmos a verba com
maior efetividade, tendo em vista a redução dos valores repassados
para a APM neste ano;
Levantar estratégias para priorizar o uso da verba nas necessidades
emergenciais da escola.
AVALIAÇÃO
A avaliação ocorre sempre ao término das ações, a fim de verificar a
eficácia das mesmas. Também no final do ano letivo realizaremos uma
avaliação de todo o trabalho desenvolvido pela APM e Conselho de Escola no
ano de 2017 para levantamento de indicativos para o próximo ano letivo. É
válido ressaltar que todo o processo avaliativo ocorre com a participação de
todos os membros envolvidos, a partir dos mais diversos olhares e pontos de
vista há a reflexão sobre nosso trabalho e planejamento das ações futuras.
5.3. Reuniões
O Conselho de Escola e APM se reunirão ordinariamente mensalmente
(nas primeiras 5as. Feiras de cada mês) e extraordinariamente, por
convocação em primeira instância pelo Coordenador do Conselho ou
Presidente da APM, na sua falta pelo Diretor da Unidade Escolar ou por uma
proposta de um terço dos seus membros.
Os suplentes do Conselho de Escola serão convidados a participar de
todas as reuniões.
As reuniões acontecerão alternadamente nos períodos da manhã e da
tarde, no recinto da Unidade, sempre com a participação do Conselho de
Escola e APM, visto que este dois órgãos trabalharão juntos com o objetivo de
aprimorar o trabalho da escola e garantir qualidade no atendimento às
crianças.
IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO
TRABALHO PEDAGÓGICO
1. Objetivos
Objetivo da Educação Básica
LDB: Título V - Dos níveis e das Modalidades de
Educação e Ensino
Capítulo II
Seção I
Das Disposições Gerais
“Art. 22. A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o
educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e
em estudos posteriores.”
Seção II
Da Educação Infantil
“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica,
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos
de idade (ou zero a cinco, na medida em que as crianças de seis anos
ingressem do Ensino Fundamental), em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade.”
Lei Municipal nº 5309/2004
“Art. 3º.”. O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
- igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber;
- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
- respeito à liberdade e apreço à tolerância;
- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
- valorização do profissional da educação escolar;
- gestão democrática do ensino público na forma da lei;
- garantia de padrão de qualidade;
- valorização da experiência extraescolar;
- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
2. Levantamento de Objetivos Gerais e
Específicos por Área de Conhecimento/ Tema
OBJETIVO GERAL DA ESCOLA:
Propiciar às nossas crianças um ambiente: acolhedor, estimulante,
cultural, que favoreça as relações sociais por meio da ludicidade,
possibilitando a construção de saberes, atuando como agente
transformador de sua realidade.
A seguir estão descritos os objetivos, conteúdos e orientações didáticas
para cada área de conhecimento. Lembramos que os objetivos estão descritos
de maneira ampla e que cada professor, levando em conta as especificidades
da faixa etária e as necessidades da turma, escolherá quais objetivos trabalhar.
Consideramos a criança como um sujeito histórico e de direitos que se
desenvolve por meio das interações, relações e práticas cotidianas
disponibilizadas a ela e também por ela estabelecida com adultos e crianças de
diferentes idades. Sendo assim:
“...as experiências vividas no espaço de Educação Infantil devem possibilitar o encontro de explicações pela criança sobre o que ocorre à sua volta e consigo mesma enquanto desenvolvem formas de sentir, pensar e solucionar problemas” Nesse processo é preciso considerar que as crianças necessitam envolverem-se com diferentes linguagens e valorizar o lúdico, as brincadeiras, as culturas infantis.” (Zilma de Moraes Ramos de Oliveira – O currículo na Educação Infantil: o que propõe as novas diretrizes nacionais?)
2.1. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
Leitura
“Devo ser um leitor muito ingênuo, porque nunca pensei que os escritores quisessem dizer mais do dizem. Quando Franz Kafka conta que Gregório Sansa apareceu certa manhã convertido em um gigantesco inseto, não me parece que isso seja uma simbologia, e a única coisa que sempre me intrigou é a que espécie de inseto ele pertencia. Creio que houve realmente um tempo que os tapetes voavam e que havia gênios prisioneiros dentro das lâmpadas.” Gabriel Garcia Marques.
De acordo com a proposta curricular Volume II o trabalho com leitura
tem como finalidade a formação de leitores competentes.
Segundo Delia Lerner ler é adentrar outros mundos possíveis. É
questionar a realidade para compreendê-la melhor, é distanciar-se do texto e
assumir uma postura crítica frente ao fato que se diz e ao que se quer dizer, é
assumir a cidadania do mundo da cultura.
A instituição escolar deve ser um ambiente propicio a leitura, criando
condições tais antes mesmo das crianças aprenderem a ler no sentido
convencional do termo, cabendo ao professor assumir o papel de intérprete
para que os alunos possam ler através dele.
Na escola a leitura deve se constituir além de um objeto de ensino em
um objeto de aprendizagem sendo necessário que a mesma tenha sentido do
ponto de vista dos alunos, o que significa, entre outras coisas, que deva
cumprir uma função para a realização do propósito que ele conhece e valoriza.
Para que a leitura, como objeto de ensino, não separe demais da prática social
que se quer comunicar, é imprescindível representar ou reapresentar, na
escola, os diversos usos que ela tem na vida social.
A escola deve ter como norte para a realização de um trabalho com
leitura a diversidade de propósitos, de modalidades, de textos e de combinação
entre eles. A inclusão dessas diversidades , assim como a articulação, e com
as exigências escolares, é um componente da complexidade didática
necessária quando se opta por apresentar a leitura na escola sem
simplificações, procurando conservar sua natureza e, portanto sua
complexidade como pratica social.
Para comunicar as crianças comportamentos que são típicos de leitor, é
necessário que o professor os utilize na aula, que ofereça a elas oportunidades
de participar de atos de leitura que ele próprio está realizando, que estabeleça
com elas uma relação de “leitor para leitores”.
As propostas de ensino devem basear-se em situações de uso cotidiano
que contribuam para as descobertas dos alunos quanto às finalidades dos
diferentes tipos de textos que circulam socialmente. Assim é importante criar
condições reais de uso da leitura como:
Ler para inteirar-se de algo ou para aprender algo novo;
Ler por distração, desenvolvimento da sensibilidade e partilha de
emoções;
Ler para aprender a fazer “coisas”, comunicar instruções, regular o
comportamento;
Ler para comunicar conhecimentos e discutir ideias;
Ler para localizar e/ou ordenar dados concretos, informações pontuais;
Interpretar o que foi lido.
A decodificação é apenas um dos procedimentos que utilizamos ao ler: a
leitura fluente envolve uma série de outras estratégias, isto é, de recursos para
construir significado: sem elas, não é possível alcançar rapidez e proficiência.
Uma estratégia de leitura é um amplo esquema para obter, avaliar e
utilizar a informação. Há estratégias de seleção, antecipação, inferência e
verificação. De acordo com Delia Lerner e Ana Teberosky podemos elencar as
estratégias de leitura da seguinte forma:
Estratégia de seleção: permitem que o leitor se atenha
apenas aos índices úteis, desprezando as irrelevantes. Ao ler
fazemos isso o tempo todo: nosso cérebro sabe, por exemplo,
que não precisa se deter na letra que vem após o “Q”, pois
certamente será o “u”, ou que nem sempre é o caso de se
fixar nos artigos, pois o gênero está definido pelo substantivo.
Estratégias de antecipação: tornam possível prever o que
ainda está por vir, com base em informações explicitas e em
suposições. Se a linguagem não for muito rebuscada e o
conteúdo não for muito novo, nem muito difícil, é possível
eliminar letras em cada uma das palavras escritas em um
texto, e até mesmo uma palavra a cada cinco outras, sem que
a falta de informações prejudique a compreensão. Além das
silabas, palavras, antecipamos também os significados.
Estratégia de inferência: permite captar o que não está
escrito, dito no texto de forma explicita. A inferência é aquilo
que “lemos”, mas não está escrito. São as adivinhações
baseadas tanto em pistas dadas pelo próprio texto com em
conhecimento que o leitor possui. Às vezes essas inferências
se confirmam, e às vezes não, de qualquer forma não são
adivinhações aleatórias. O contexto contribui para a
interpretação do texto, e até mesmo em algumas situações
para inferir na intenção do autor.
Estratégia de verificação: tornam possível o controle da
eficácia ou não das demais estratégias, permitindo confirmar,
ou não, as especulações realizadas Esse tipo de checagem
para confirmar, ou não, a compreensão é inerente à leitura.
Um leitor competente e fluente utiliza todas essas estratégias de leitura
ao mesmo tempo sem se dar conta que está utilizando-as.
OBJETIVOS
Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura, estimulando os sonhos, a
imaginação, a criatividade e a ampliação do vocabulário;
Ter acesso à leitura de diferentes gêneros em seus respectivos
portadores textuais;
Desenvolver a postura de leitor ouvinte;
Ter experiência com outras pessoas em situações de leitura;
Ler com diferentes propósitos e finalidades.
CONTEÚDOS
Participação em situações nas quais os adultos leiam textos de
diferentes gêneros;
Leitura ainda que não o façam convencionalmente;
Observação e manuseio de materiais impressos, livros, revistas,
histórias em quadrinhos, previamente apresentados ao grupo;
Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento;
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Criar clima agradável para a leitura, adequando-a ao gênero lido; por
exemplo, ao ler um conto de assombração, apagar as luzes, acender
uma lanterna;
Garantir que as crianças estejam sentadas confortavelmente, em
ambiente agradável;
Preocupar-se com a entonação de voz no momento da leitura;
Diversificar as formas de ler: ler mostrando as ilustrações, ler toda a
história e depois mostrar as ilustrações ou vice e versa;
Deixar claro para as crianças se você lerá ou contará a história;
Caso vá contar a história, não utilizar o livro; apenas mostrar a fonte, se
necessário;
Não modificar vocabulário, imaginando que as crianças não entenderão,
pois o contexto define o sentido;
Evitar parar no meio da leitura para esclarecimentos;
Ter combinados claros com as crianças sobre este momento;
Contemplar uma ampla variedade textual, divididas pelos dias da
semana, como por exemplo, parlendas, poesias, contos, fábulas, lendas,
mitos, textos informativos, literatura infantil moderna, etc.;
Respeitar seu horário de biblioteca, pois outras turmas também a
utilizarão no mesmo dia;
Atentar para as preferências das crianças, porém sem esquecer os
demais gêneros;
Oferecer às crianças informações convencionais e importantes como:
autor, ilustrador, título, editora;
Utilizar diferentes estratégias para contar as histórias; objetos,
fantoches, tecidos etc...;
Cuidar para não atrelar as práticas de leitura, que possuem um valor em
si mesmas, com atividades subsequentes como desenhos de
personagens, respostas de perguntas sobre a leitura, dramatizações das
histórias. Tais atividades só devem ser realizadas quando fizerem
sentido e como parte de um projeto mais amplo;
Favorecer acesso aos diversos tipos de materiais escritos, uma vez que
isso possibilita ás crianças o contato com as praticas culturais mediadas
pela escrita;
Colocar as crianças nos papéis de leitoras;
Quando se lê várias leituras de um mesmo gênero propicia as crianças
oportunidades para que conheçam as características próprias de cada
gênero;
Para enriquecer uma leitura poderá o professor utilizar a estratégia de
comentar previamente sobre o assunto;
Criar um ambiente agradável e convidativo a escuta atenta, mobilizando
a escuta atenta, mobilizando a expectativa das crianças, permitindo que
elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida;
Favorecer o reconto de histórias, onde o professor auxiliará na
reconstrução do texto original;
Utilizar as imagens das histórias para realizar o seu reconto;
Ler as histórias no seu respectivo portador;
Possibilitar regularmente o empréstimo de livros para serem levados
para casa;
Oferecer textos de qualidade literária para as crianças, o oferecimento
de textos mais curtos e fácies pode resultar em um empobrecimento de
possibilidades ao acesso à boa literatura;
Organizar situações de leitura exploratória, (nestas atividades de
“leitura”, as crianças devem saber o texto de cor e tentar localizar onde
está escrito determinadas palavras). Para isso elas precisam buscar
todos os indicadores disponíveis no texto escrito. Nestas situações os
textos mais adequados são as quadrinhas, parlendas e canções porque
focalizam a sonoridade de linguagem (ritmos, rimas, repetições etc.).
Porém pode-se também realizar este trabalho com listas, tomando o
cuidado de inserir as atividades em um contexto.
Organizar situações de leitura texto e contexto: são situações em que as
crianças precisam descobrir o sentido do texto apoiando-se nos mais
diversos elementos, como nas figuras que o acompanham na
diagramação, em seus conhecimentos prévios sobre o assunto, no
conhecimento que têm sobre algumas características próprias do
gênero. Neste caso os textos mais adequados são as embalagens
comerciais, os folhetos de propaganda, as histórias em quadrinhos
demais portadores que possibilitam as crianças deduzir o sentido, á
parte do conteúdo de imagens ou fotos, do conhecimento da marca ou
do logotipo.
Em 2010 realizamos o empréstimo de livros, biblioteca circulante, para
todas as crianças da unidade, atividade esta que permanece até hoje.
OBJETIVOS DA BIBLIOTECA CIRCULANTE
Possibilitar acesso à leitura em outros espaços;
Permitir que as crianças tenham acesso à diversidade textual;
Que as crianças tenham contato com outras pessoas em situação de
leitura (pais, irmãos, parentes);
Desenvolvam cuidados e responsabilidade com o livro emprestado;
Vivencie uma situação próxima às práticas sociais reais: empréstimo de
livros, que possam escolher e emitir opiniões;
Considerar as crianças como leitoras legítimas, ainda que não
convencionais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Garantir o acesso aos livros da biblioteca circulante, expondo-os de
diferentes formas na sala, para que as crianças possam escolher qual
deseja levar para casa;
Garantir a escolha por parte das crianças; não ser diretiva neste
momento, apenas organizadora e/ou mediadora;
Evitar tempo de espera ou confusão, organizando de forma prazerosa
este momento;
Socializar críticas e comentários das crianças sobre a leitura realizada;
proporcionar um clima agradável para isto;
Estabelecer contratos didáticos com as crianças, e se necessário, com
os pais ou responsáveis;
Retomar com frequência os combinados (coletiva ou individualmente) e,
se necessário, registrá-los por escrito;
A periodicidade do empréstimo será quinzenal intercalando período
manhã e tarde para garantir uma maior variedade no momento da
escolha;
As crianças do primeiro ano inicial farão o empréstimo quinzenalmente;
Cabe a cada professor controlar o empréstimo e devolução dos livros ao
final de cada semana para que a parceira do outro período possa
realizar o mesmo;
Manter os livros utilizáveis, se descolar recuperá-los, ou seja, é
imprescindível garantir que os livros para a leitura individual das crianças
esteja em bom estado.
Combinar com as crianças que este material não pode ser riscado,
desenhado etc...
Anotar no cartão que fica atrás do livro o nome da criança que estará
levando-o para controle, a medida do possível as próprias crianças
poderá realizar essa anotação.
Escrita
Isto Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, Ou que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! Fernando Pessoa
Uma pratica educativa comprometida com o desenvolvimento da
linguagem escrita não se restringe à elaboração de atividades dirigidas aos
alunos. Exige isto sim, a superação da fragmentação dessas atividades de
ensino em sala de aula. Para se assegurar aos aprendizes o pleno
desenvolvimento de suas potencialidades, é fundamental, dentre outros
aspectos, que a ação educativa se baseie em uma orientação teórico-
metodológica, que se definam os objetivos de ensino, a organização do
trabalho pedagógico, o tipo de abordagem que se quer dar ao conhecimento e,
por fim que se considere a realidade sociocultural dos alunos e da escola.
Nossa cultura está permeada de situações onde a língua escrita e a
leitura é utilizada com diferentes intenções e significados. Uma das situações
de escrita é a produção de texto onde se deve preservar as características do
gênero, considerando o destinatário real, o uso e a função social da escrita.
O trabalho pedagógico deve ser pautado pelo texto como unidade de
sentido, sendo possível, a produção mesmo antes de compreender o
funcionamento do sistema de escrita.
Caberá à escola e ao professor considerar que os alunos possuem
conhecimentos prévios propondo situações de aprendizagens onde sejam
colocados em jogo esses conhecimentos a fim de favorecer o confronto com
novas informações e instigar a construção de novos saberes.
As situações de escritas podem ser várias: produção de textos com
destino escrito podendo ser o professor o escriba, escritas de próprio punho1 e
escrita em duplas ou grupos produtivos.
Nas atividades de escrita, parte-se do pressuposto que as crianças se
apropriam dos conteúdos, transformando-os em conhecimentos próprios em
situações de uso, quando têm problemas a resolver e precisa colocar em jogo
tudo o que sabem para fazer o melhor que podem.
OBJETIVOS GERAIS
Proporcionar situações de aprendizagem prazerosas e significativas que
oportunizem o contato das crianças com a palavra escrita;
Que os alunos utilizem a linguagem em situações de comunicação que
envolva argumentação, a narração de fatos, a comunicação de ideias
partindo da utilização de diversos portadores textuais;
Proporcionar aos alunos situações significativas de produção de texto,
tendo o professor como escriba.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender a função social da escrita;
Reconhecer seu nome identificando-o nas diversas situações do
cotidiano;
Familiarizar-se com diversas formas de registro e escrita;
Participar de momentos de escrita ainda que não seja de forma
convencional, tendo ou não professor como escriba;
Respeitar a produção própria e a do outro.
1 Escrita de próprio punho – é escrita que a criança coloca em jogo tudo que sabe para escrever;
CONTEÚDOS
Produção textual: individual, coletiva e oral;
Reescrita de textos;
Revisão de textos;
Reconhecimento do nome próprio.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
É necessário que as crianças tenham acesso a uma diversidade de
textos escritos;
As crianças devem observar o professor e outras pessoas em situações
cotidianas de escrita;
Fornecer a possibilidade da busca de informações através de um
ambiente letrado e significativo;
É preciso que as crianças entendam o significado da escrita, para isso o
professor deve propor situações bastante significativas, que respeitem a
sua função social, o mais próximo possível das práticas sociais,
apresentando um destinatário ou uma situação comunicativa definida.
Além disso, considerando a faixa etária, o aspecto lúdico e simbólico das
atividades também deve ser observado.
Oralidade
“... a linguagem oral, mais conhecida como oralidade, ocupa importantíssimo papel no desenvolvimento da criança, pois possibilita que ela comunique ideias, pensamentos, intenções de diversas naturezas, uma vez que a comunicação é uma necessidade humana de expressão e serve para transformar tanto os interlocutores quanto a realidade que
os rodeia...” 2
A linguagem oral é um dos meios pelo qual a criança se
comunica, expressando seus sentimentos, pensamentos, vontades e desejos.
2 Proposta curricular – caderno 2- educação infantil. 42p
Ao entrar na escola a maioria dos alunos já dispõem de competência
discursiva e linguística para comunicar-se em situações que envolvem relações
sociais de seu dia a dia, inclusive as que se estabelecem na situação escolar.
O que se busca é que o aluno seja um usuário competente da linguagem no
exercício da sua cidadania.
Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil
nas inúmeras interações com a linguagem oral , as crianças vão tentando
descobrir as regularidades que a constitui, usando todos os recursos de que
dispõem: historias que conhecem vocabulário familiar etc. logo acabam criando
formas verbais, expressões e palavras, na tentativa de apropriar-se das
convenções da linguagem. Aponta-se ainda que a linguísticas se dê em tempos
diferenciados, sendo que a condição de falar com fluência, produzir frases
completas e inteiras provém da participação em atos de linguagem.
Para que os alunos se expressem oralmente é necessário que tenham
confiança em si, e para que adquiram essa confiança é fundamental que a
escola precisa promover situações que instrumentalizem o aluno para sua
utilização em diferentes instâncias.
OBJETIVO GERAL
Que os alunos sejam capazes de expressar sentimentos desejos, ideias
e necessidades de forma compreensível.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação por meio
de vários gêneros orais (recados, relatos em rodas de conversa,
recontos de fatos numa sequência temporal);
Expressar-se de forma clara, coerente;
Ampliação do universo discursivo dos alunos;
Desenvolver a linguagem oral para interagir com os interlocutores;
Organizar o pensamento de forma estruturada.
CONTEÚDOS
Narração de histórias, fatos, recontos, e dramatização, acontecimentos
do dia a dia;
Participação em situações orais com diferentes interlocutores;
Uso da linguagem para expor sentimentos, necessidades, experiências,
ideias, opiniões, etc.;
Diferentes gêneros de discurso.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Garantir momentos, dentro da rotina, de forma sistemática e planejada,
onde as crianças exponham seus pensamentos e opiniões (roda de
conversa, levantamento de hipóteses, novidades, discussão de regras,
combinados, brincadeiras simbólicas, etc.);
O professor deve estar atento às crianças mais retraídas, pensando em
estratégias que favoreçam a sua participação;
O professor deve propiciar que o momento da roda de conversa
aconteça de forma tranquila, aconchegante, verificar se as crianças
estão confortáveis, se há silêncio o suficiente para que todos se
escutem;
Propiciar que os alunos se expressem, além da fala, através da
linguagem pictórica, gráfica, numérica, mímica, possibilitando o
desenvolvimento da comunicação de todos;
Considerar as crianças como interlocutoras, dando continuidade à
conversa, mesmo que seja a partir da produção de uma palavra;
Cabe ao professor instigar a comunicação realizando perguntas abertas
que possibilitem diferentes respostas frente a determinadas situações e
quando necessário ajudar com perguntas mais fechadas com uma ou
duas alternativas a fim de favorecer a comunicação da criança frente à
situação;
Cabe à escola reconhecer, compreender e respeitar as variantes
linguísticas de seus alunos;
Aproveitar todos os momentos da rotina para que as crianças
expressem seus desejos, sentimentos, opiniões, argumentem razões,
interajam com os outros – crianças ou adultos;
Acolher a fala das crianças com posturas tal como abaixar para ouvir o
que a mesma estiver falando, prestar atenção à sua fala;
Mediar as situações de conflitos através da comunicação;
Organizar este momento com temas ou situações previamente
planejadas;
Estabelecer combinados com o grupo sobre este momento da rotina,
retomando-os sempre que necessário;
Favorecer momentos onde ocorram diálogos com a professora e
colegas roda de conversa e brincadeiras de faz de conta.
2.2. MATEMÁTICA
“... fazer matemática é expor ideias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que faltam para resolver problemas
entre outras coisas...” 3
A criança aprende a matemática a partir do meio em que está inserida e
das relações que estabelece com o mundo.
A criança passa por um processo constante de mobilidade na
construção do conhecimento matemático: comparações, noções de quantidade
e orientação espacial.
Na medida em que a criança se apropria dos conhecimentos
matemáticos passa a adquirir autonomia para resolver situações problemas do
cotidiano, compreendendo e estabelecendo as regras dos jogos e das
brincadeiras.
Na construção do conhecimento matemático, faz-se necessário a
intencionalidade e o planejamento das propostas.
Vários estudos propõem que para as crianças construírem
conhecimentos matemáticos é preciso que vivenciem múltiplas situações
significativas em diferentes contextos e tenham oportunidade de realizar
reflexões sobre suas produções, interagindo com outros, tanto para explicitar
sua forma de pensar como para confrontar formas de resolução.
A criança aprende matemática a partir das ações que produz para
resolução de uma situação, ou seja, quando compara, discute, pergunta, cria,
amplia ideias e percebe que o parceiro pode encontrar outra forma de resolver
os problemas postos.
Cabe à escola ajudar as crianças a organizarem melhor as suas
informações e estratégias, bem como proporcionar condições para aquisição
de novos conhecimentos matemáticos.
3 Referencial curricular Nacional para educação infantil p.207
OBJETIVOS
Identificar diferentes funções do número nos diferentes contextos;
Desenvolver estratégias para lidar com problemas do cotidiano;
Utilizar a contagem em situações nas quais reconheça a sua
necessidade;
Utilizar e identificar elementos da linguagem matemática ou próximo
dela (símbolos numéricos, marcas ou signos alternativos);
Identificar e comparar quantidades;
Explorar e identificar propriedades geométricas de objetos e figuras;
Identificar diferentes funções do número nos diferentes contextos;
Desenvolver estratégias para lidar com situações problema do cotidiano;
Utilizar gráficos e tabelas na leitura e na interpretação de informações;
Utilizar jogos e compreender regras;
Utilizar estratégias convencionais ou não convencionais de cálculos para
resolver situações cotidianas, envolvendo a linguagem matemática;
Construir as noções de número e sistema de numeração identificando
algumas regularidades;
Utilizar a contagem em situações nas quais reconheça a sua
necessidade;
Utilizar e identificar elementos da linguagem matemática ou próximo
dela (símbolos numéricos, marcas ou signos alternativos);
Identificar, comparar e estimar quantidades;
Aproximar-se de noções de grandezas e medidas estabelecendo
relações com situações cotidianas;
Situar-se e deslocar-se no espaço a partir de pontos de referências;
Explorar e identificar Formas Geométricas de objetos, figuras e espaços.
CONTEÚDOS
Sistema numérico;
Contagem;
Registro de algarismos;
Jogos;
Portadores Numéricos;
Relação número e quantidade;
Notação numérica;
Relação termo a termo;
Situação problema;
Função social do número;
Estimativa;
Cálculo;
Gráficos;
Tabelas;
Espaço e Forma;
Figura geométrica;
Propriedades geométricas de objetos e figuras;
Representações bidimensionais e tridimensionais de objetos.
Grandezas e Medidas
Medida;
Peso;
Volume.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover diversas situações nas quais possam explorar os objetos, o
espaço e materiais de forma lúdica;
Propiciar o acesso ao conhecimento matemático visando a sua
utilização nas relações cotidianas;
Propor atividades nas quais a recitação oral da sucessão dos números
esteja presente (jogos, brincadeiras, cantigas, etc.);
Propor situações nas quais avancem em suas hipóteses matemáticas;
Garantir momento na rotina que envolva leitura, escrita, e comparação
dos números;
Oportunizar o uso de instrumentos de pesquisas (tabelas, calendário,
livros, jogos, etc.)
Propor situações nas quais as crianças construam novos sentidos para
seus conhecimentos;
Oportunizar situações nas quais as crianças através do espaço cotidiano
reconheçam as figuras geométricas;
Proporcionar a exploração espacial, propondo inclusive representação
bidimensional e tridimensional de objetos;
Propiciar situações em que as crianças possam aproximar-se das
noções de grandezas e medidas por meio de comparações;
Propiciar situações em que as crianças realizem estimativa;
Propor situações que favoreçam e estimulem o cálculo;
Propor situações que favoreçam a reflexão, a pesquisa e a comparação
entre as hipóteses do grupo;
Garantir situações que possibilitem o uso do registro convencional ou
não.
2.3. CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental, no Brasil é deliberada pela Lei Federal n°9795, de 27 de abril de 1999, a PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental, que a define:
Art. 1° Entendem-se, por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do Meio Ambiente, bem como uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2° A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.
Nas questões, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável estão
envolvidos os aspectos econômicos, políticos sociais e históricos, que
acarretam discussões sobre a corresponsabilidade de cada indivíduo, voltadas
ao bem-estar comum e ao desenvolvimento social. Isso nos leva a pensar na
necessidade e importância em discutir as ações do homem na natureza e na
sociedade.
Sendo a Escola um espaço privilegiado por agregar diversas ideias,
opiniões e vivências, favorecendo a interação dos indivíduos entre si e com os
elementos da natureza, a equipe escolar compreende a importância em
desenvolver um trabalho pedagógico que atenda as necessidades da
comunidade escolar, principalmente quando essa comunidade está inserida
numa área de manancial.
Considerando o homem um ser natural, com peculiaridades impares,
sendo capaz de pensar, sentir, falar, criar, desejar, compartilhar, conviver e se
reinventar, mas completamente dependente da relação com o meio natural e
social para desenvolver suas competências e habilidades, a escola tem um
papel fundamental na construção desses saberes, se organizando para acolher
os pequenos, planejando espaços que favorecem o desenvolvimento humano
em sua plenitude.
Na Educação Infantil, o planejamento na área de Ciências deve abordar
as reais necessidades da criança, compreendendo sua diversidade e
singularidade, com propostas que ampliem as diversas formas da criança
conhecer o mundo e se expressar, desenvolvendo as suas potencialidades.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CEB nº
05/09 artigo 7º) considerar a função sociopolítica e pedagógica inclui, entre
outras questões:
“...construir novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico racial, de gênero, regional, linguística e religiosa”. (grifo nosso)
Ou seja, o compromisso com a ludicidade traz à tona o direito à
brincadeira, rompendo relações de dominação etária dos adultos sobre as
crianças e o excesso de controle. Sendo assim, não faz sentido que as
crianças permaneçam por longos períodos em espaços fechados, fazendo filas
e aguardando os comandos dos adultos. As interações e brincadeiras devem
ser os eixos norteadores da proposta pedagógica. Portanto, as práticas
pedagógicas devem levar em consideração desejos e interesse que as
crianças expressam quando brincam livremente entre si.
Sendo assim, Ciências e Educação Ambiental, assim como as demais
áreas de conhecimento precisam ser trabalhadas por meio de situações
lúdicas, partindo das questões e curiosidades que elas trazem a cerca do
mundo em que vivem.
Segundo Léa Tiriba4 há três objetivos para o um projeto pedagógico
compromissado com a vida:
a) Religar as crianças com a natureza: convida a um novo
olhar de admiração, desfrute, reverência e respeito à natureza.
b) Reinventar os caminhos de aprender: rejeitar práticas
pedagógicas que propõem um conhecimento intelectual e descritivo,
sendo necessário entendê-lo como “objeto de estudo”.
4 Coordenadora do curso da NIRIO e coordenadora do Curso de Especialização
“Educação Ambiental para sociedades sustentáveis” NIMA/PUC-Rio
c) Dizer não ao consumismo e ao desperdício: combate às
práticas consumistas, investindo em trocas, valorizando o ser
humano e não o objeto.
OBJETIVOS
Valorizar o homem na sua relação com o ambiente natural e social;
Conhecer a importância da existência dos seres vivos e a sua
diversidade;
Conhecer e valorizar a diversidade histórico-cultural da comunidade
escolar, ampliando os espaços de convivência cultural;
Relacionar-se com os seres humanos e a natureza, valorizando a
preservação das espécies e a qualidade de vida no planeta;
Relacionar o modo de vida característico de seu grupo social e de outros
grupos;
Participar atividades coletivas e individuais;
Participar de situações onde possa questionar, indagar a cerca do
mundo físico e social, ao tempo e a natureza;
Utilizar recursos naturais sem desperdício;
Cuidar, preservar e conhecer a biodiversidade do seu bairro;
Ter atitudes e comportamentos cooperativos, solidários e que valorizem
a vida.
CONTEÚDOS
Biodiversidade
Ambiente Natural e Social
Preservação do meio ambiente
Cooperação e atitudes solidárias
Identidade Cultural
Diversidade Cultural
Saúde e Bem estar
Ciência e Tecnologia
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Favorecer espaços de aprendizagens significativas, envolvendo a
comunidade escolar;
Promover a interação escola x comunidade, através da troca de experiências/
saberes, valorizando e considerando os saberes das famílias;
Planejar atividades que incorporem no indivíduo as boas práticas de preservação
do meio ambiente e o uso consciente dos recursos da natureza;
Planejar atividades em que as crianças se utilizem dos recursos naturais para a
construção de saberes;
Planejar atividades em que as crianças se utilizem dos recursos tecnológicos para
a construção de saberes;
Favorecer situações em que as crianças levantem hipóteses, testem, refutem
sobre os temas estudados;
Favorecer a coleta de dados em diversas fontes – entrevista, história de vida,
pesquisas, leitura de livros, enciclopédia, jornais, revistas, busca na internet e
também na biblioteca.
Planejar atividades que possibilitem a criança ter contato com os elementos da
natureza (água, areia, terra, pedras, argila, plantas e sementes), compreendendo
a sua importância para a vida.
Planejar atividades em que as crianças explorem as possibilidades de interação do
corpo com o ambiente natural e social, destinando momentos para que as crianças
engatinhem, rolem, corram, sentem-se, subam obstáculos, pulem, empurrem,
agarrem objetos de diferentes formas e espessuras;
Organizar espaços de interação criança x criança, criança x adulto, adulto x adulto,
considerando sua diversidade cultural;
Explorar espaços internos e externos da instituição.
Oferecer oportunidade para as crianças vivenciarem a experiência de semear,
plantar e colher os frutos da terra, estabelecendo uma relação de identidade,
reverência e respeito à natureza.
Planejar atividades que possibilitem o desenvolvimento da autonomia e criticidade;
Oportunizar espaços de convivência, onde as opiniões e diferenças sejam
respeitadas e valorizadas;
Promover espaços de escuta validando as conquistas da criança a partir dos seus
saberes, oferecendo condições para que ela elabore sentidos pessoais, se
aproprie de elementos significativos da sua cultura não como verdades absolutas,
mas como elaborações dinâmicas e provisórias.
Possibilitar o acesso a espaços culturais diversificados e a práticas culturais da
comunidade tais como apresentações musicais, teatrais, fotográficas e plásticas,
visita a bibliotecas, museus, monumentos, parques e jardins.
Valorizar as apropriações atitudinais e / ou procedimentais das crianças, mantendo
um olhar mais voltado para o processo do que para o produto ou conteúdo
conceitual.
AVALIAÇÃO
A avaliação dar-se-á no decorrer do processo de aprendizagem,
devendo levar em consideração a participação da criança nas discussões. A
grande maioria dos conteúdos previstos para esta área acarreta em uma
mudança comportamental. Portanto, não é necessário que a criança saiba
reproduzir conteúdos trabalhados, mas que participe das discussões e
pesquisas, demonstrando uma atitude cooperativa e solidária com os colegas e
o meio em que vivem.
2.3.1. A INFLUÊNCIA E CONTRIBUIÇÕES DOS
AFRICANOS NA FORMAÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA
“Quem não se vê, não se reconhece. Quem não se reconhece, não se identifica. Quem não se identifica, não se ama, tem baixa autoestima e se desinteressa por tudo o que representa a Educação formal.” (Oswaldo Faustino, “Reflexões diante de um espelho sem reflexo”, Novembro de 2007).
Após avaliação dos Indicadores de Qualidade, realizada em 2011, onde
verificamos que a escola pouco tem trabalhado sobre a influência e
contribuições dos africanos na formação da nossa cultura, bem como a
valorização da diversidade cultural nos projetos que temos desenvolvido com
nossos alunos, o grupo considerou ser importante revermos nossas práticas e
repensarmos nosso currículo, para incluirmos essa temática, procurando
valorizar a diversidade da nossa Equipe e Comunidade Escolar e corrigirmos
atitudes que por vezes tem sido de discriminação e preconceituosas com
relação aos negros e afrodescendentes.
Outro aspecto importante para se destacar é que precisamos
implementar a Lei 10.639/2003 que tem por objetivo contribuir para a
superação dos preconceitos e atitudes discriminatórias por meio de práticas
pedagógicas de qualidade, que incluam o estudo da influência africana na
cultura nacional.
Avaliamos que falta formação sobre o assunto, o que consideramos ser
necessário realizarmos em 2012, tanto com os funcionários em Reunião
Pedagógica, como com os professores em HTPC. Além da formação,
verificamos também a necessidade de ampliação de acervo na BEI, de outros
recursos como: produções artísticas e musicais, para enriquecermos as
propostas de atividades com os alunos. Discutimos com o grupo, que além
deste trabalho com os alunos de valorização da diversidade, toda a Equipe
Escolar, deve estar engajada em combater qualquer atitude de discriminação a
qualquer aluno, familiares ou funcionários da nossa escola, procurando
respeitar as diferenças e a individualidade de cada um.
Discutimos a importância de que todas as crianças nesta faixa etária
estão construindo sua identidade, por isso precisam se reconhecer neste
espaço escola, pois “ao mesmo tempo, reconhecemos que as bases da
construção da identidade da criança, bem como sua relação com os outros e o
mundo que a cerca, dá-se substancialmente durante a infância. A formação da
identidade, à autonomia e construção de conhecimentos são conceitos que
estão diretamente relacionados à autoestima. Se uma criança não se sente
representada em seu meio de convivência nem percebe seus semelhantes
representados, se (mesmo implicitamente) é discriminada, se não se sente à
vontade para falar de sua religião, por exemplo; se a criança não se reconhece
nas histórias, nos brinquedos ou, em caso extremo, rejeita sua origem étnica,
que identidade está construindo? Sua autoestima é preservada ou exercitada?
Ou será que o silêncio denuncia a exclusão não apenas do presente dessa
criança, mas de seus antepassados, de nossa história?” (Orientações
Curriculares Expectativas de Aprendizagem para a Educação Étnico-Racial,
Prefeitura de São Paulo)
Para a formação, utilizamos de diversos recursos para sensibilização do
grupo quanto ao tema (filmes, slides, imagens, relatos pessoais e músicas),
discussão teórica, com base em alguns autores e legislações vigentes, breve
histórico desde a escravidão até o presente momento, vivências com a
participação do Projeto de Alimentação Saudável e algumas atividades
práticas.
O grupo considerou que para o trabalho sobre a cultura afro-brasileira
com as crianças da faixa etária de 3 a 5 anos pode ser realizado por via da
literatura, música, dança, arte e culinária, sendo possíveis a partir da temática
escolhida para a turma fazer um resgate histórico buscando evidenciar com
eles o quanto os negros trouxeram contribuições para a cultura brasileira, com
isso será possível trabalhar a autoestima dos alunos negros que muitas vezes
se sentem inferiorizados diante de um contexto onde os brancos mostram-se
superiores (histórias, desenhos, filmes infantis). A partir disso foi realizada a
seguinte reflexão, com base nas Orientações Curriculares da Secretaria de
Educação da Prefeitura de São Paulo:
Quais brinquedos são oferecidos às crianças? Apenas os padronizados
e divulgados pela mídia? Há bonecas e bonecos? Há bonecas, bonecos
negros? Se existem quem brinca com eles? São procurados pelas
crianças ou esquecidos no fundo de uma caixa ou em uma prateleira da
brinquedoteca? Crianças negras brincam com bonecas brancas? E
crianças brancas brincam com bonecas negras? Qual o padrão estético
desses brinquedos?
Pensando no relacionamento entre as crianças, há rejeição no grupo
das crianças negras ou de outra etnia? Como ocorre?
Na organização da proposta didática, quais histórias estão presentes
para serem contadas às crianças? Somente os contos de fadas
tradicionais? Há presença de elementos da cultura afro? E os desenhos
(DVD’s), em quantos aparecem negros e mestiços?
Em relação à música, que ritmos e letras estão presentes no cotidiano?
O que remete à cultura negra? Quem são os cantores e cantoras negras
que conhecemos e apreciamos no contexto da educação infantil?
Conhecemos canções afrodescendentes, da cultura negra? E quando as
crianças trazem esse universo para a unidade educativa? Qual o
procedimento? Ignorar?
A partir destas reflexões, foram elaborados os Objetivos, Conteúdos e
Estratégias abaixo relacionados, para nortear o trabalho do professor e garantir
que a partir de 2013, a cultura afro-brasileira esteja presente nos projetos
desenvolvidos pelos professores, bem como norteando as atitudes de respeito
à Diversidade Cultural na nossa escola.
OBJETIVOS
Conhecer a história do povo africano na formação da história do povo
brasileiro;
Valorizar a pessoa e a cultura negra;
Valorizar a história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira na
construção histórica e cultural brasileira;
Possibilitar a ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da
nação brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada por
relações étnico-raciais.
Respeitar as diferenças.
CONTEÚDOS
História da formação do povo brasileira (contribuições e influência da
cultura africana);
Música;
Dança;
Comida;
Brincadeiras;
Artes;
Literatura.
ESTRATÉGIAS
Pesquisa sobre quais as contribuições dos negros para a cultura
brasileira, no que diz respeito às brincadeiras, músicas, comidas e artes;
Culinária: receitas de comidas que tiveram influência da cultura africana,
preparo e degustação pelos alunos;
Danças africanas ou danças brasileiras que tiveram influência da cultura
africana, nas aulas de Corpo e Movimento;
Resgate de brincadeiras que foram trazidas ao Brasil pelos africanos e
outras da cultura brasileira que sofreram influência dos africanos,
através de pesquisas, resgate com as famílias e experiências nas
propostas de Corpo e Movimento;
Apreciações artísticas diferenciadas, trazendo para as crianças obras
que retratam os negros ou obras de artistas negros;
Exposições de Artes na escola de artistas negros ou com pessoas
negras retratadas nas obras;
Contação de histórias da cultura africana e de histórias com
personagens negros, utilizando também outros recursos como, por
exemplo, os fantoches;
Disponibilizar estes recursos para a contação de histórias realizadas
pelos alunos;
Dramatizações e teatros onde os personagens negros apareçam como
personagens de destaque;
Imagens e filmes com personagens negros;
Músicas e cantigas africanas e afro-brasileiras;
Confecção de livro ou CD com as pesquisas sobre o tema estudado pela
turma;
Confecção de instrumentos musicais da cultura africana e afro-brasileira;
Sequencias e projetos que tematizem a Cultura africana e sua influência
na construção da cultura brasileira, elegendo vertentes para o estudo:
Artes, Música, Culinária, Literatura e Brincadeiras.
Quem não sabe onde é o Sudão saberá
A Nigéria o Gabão Ruanda
Quem não sabe onde fica o Senegal, A Tanzânia e a Namíbia,
Guiné Bissau? Todo o povo do Japão
Saberá
De onde veio o Leão de Judá
Alemanha e Canadá Saberão
Toda a gente da Bahia sabe já
De onde vem a melodia Do ijexá
o sol nasce todo dia Vem de lá
Entre o Oriente e ocidente
Onde fica? Qual a origem de gente?
Onde fica? África fica no meio do mapa do
mundo do atlas da vida
Áfricas ficam na África que fica lá e aqui
África ficará
Basta atravessar o mar pra chegar
Onde cresce o Baobá pra saber
Da floresta de Oxalá E malê
Do deserto de alah Do ilê
Banto mulçumanamagô Yorubá
LETRA DA MÚSICA: ÁFRICA (PALAVRA CANTADA)
2.4. CORPO e MOVIMENTO
Portinari, Cândido.Futebol, 1935.
O Corpo é o primeiro objeto de interação do sujeito com o mundo e o
seu conhecimento se dá através das vivencias pessoais que o sujeito tem na
interação com o outro e com a realidade.
A criança utiliza seu corpo e o movimento como forma para interagir com
outras crianças e com o meio, produzindo culturas. Essas culturas estão
embasadas em valores como a ludicidade, a criatividade nas suas experiências
de movimento. O que significa que as práticas escolares devem respeitar
compreender e acolher o universo cultural infantil, dando acesso a outras
formas de produzir conhecimento que são fundamentais para o
desenvolvimento da criança.
Nessa área não é trabalhado apenas o movimento, mas também o
autocontrole, a emoção e a autoestima da criança.
É de extrema importância que se de espaço para o movimento dentro da
rotina no ambiente escolar, pois as experiências com o movimento corporal em
muito contribuirá no processo de formação do individuo.
O movimento tem um papel fundamental no desenvolvimento infantil,
pela possibilidade de proporcionar às crianças uma diversidade de
experiências através de situações nas quais elas possam criar inventar,
descobrir movimentos novos, reelaborar conceitos e ideias sobre o movimento
e suas ações. Além disso, é um espaço para que, através de situações de
experiências – com o corpo, com materiais e de interação social descubram os
próprios limites, enfrentem desafios, conheçam e valorizem o próprio corpo,
relacionem-se com outras pessoas, percebam a origem do movimento,
expressem sentimentos, utilizando a linguagem corporal, localizem-se no
espaço, entre outras situações voltadas ao desenvolvimento de suas
capacidades intelectuais e afetivas, numa atuação consciente e crítica.
Quando são vivenciados os desafios com o corpo e movimento,
naturalmente isso é refletido no trabalho com as outras áreas de conhecimento,
porém a importância da área justifica-se por ela mesma, pois ela é tão
importante quanto às demais áreas de conhecimento e possui objetivos
específicos.
O sujeito se constrói na interação com o meio sendo o movimento uma
das formas de interagir com este. Pela exploração a criança vai construindo
conhecimentos sobre as propriedades físicas dos objetos e inicia a
compreensão de quais relações podem estabelecer com eles.
Através do movimento a criança pode conhecer mais sobre si mesma,
sobre o outro, aprendendo a se relacionar. Sendo assim o movimento é parte
integrante da construção da autonomia e identidade, uma vez que contribui
para o domínio de habilidades motoras que a criança desenvolve ao longo da
primeira infância.
De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação
Infantil os conteúdos para o trabalho com o movimento deverão respeitar as
diferentes capacidades das crianças em cada faixa etária, bem como as
diversas culturas corporais presentes nas regiões do país, onde os mesmos
deverão priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas e
instrumentais do movimento.
Após estudos realizados em 2011 com a equipe de docentes constatou-
se que a rotina de corpo e movimento deve contemplar diferentes modalidades
do brincar a fim de contribuir significativamente para o desenvolvimento do
pensamento, da afetividade, da gestualidade, da memória, da capacidade
criativa da criança. Almejando como aponta a Proposta Curricular Volume II –
caderno 2 “...a construção de ser humano, mais sensível, critico e brincante..."p.15
Estudamos algumas das modalidades do brincar: jogos de regras, jogos
expressivos, jogos tradicionais, jogos cooperativos, jogos competitivos e a
brincadeira simbólica.
Jogos de regras:
São jogos onde os participantes obedecem a regras pré- estabelecidas
socialmente, em sua maioria requerem estratégias dos jogadores podendo ou
não ter um viés competitivo.
Neste jogo a principal intenção é que a criança se aproprie das regras do
jogo/brincadeira. E a partir delas compreenda o seu papel no grupo,
entendendo os diversos papéis e contribua para o bom andamento do jogo.
Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: que a criança
brinque obedecendo a regras e compreenda as regras do mesmo.
O papel principal do professor deverá ser o de ensinar os
procedimentos: apresentando as regras, explicitando de que formas elas
devem ser seguidas, esclarecendo as consequências do descumprimento das
mesmas, organizar os grupos de acordo com as brincadeiras e jogos,
jogar/brincar com as crianças e mediar os conflitos que possam surgir.
Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras com regras:
Queimada;
Amarelinha;
Corre-cutia;
Duro ou mole;
Barra- manteiga;
Jogo de taco;
Batata- quente;
Patinho-feio;
Jogo de bolinha de gude;
Jogo das cinco Marias;
Mamãe polenta;
Coelhinho sai da toca;
Tá pronto seu lobo?
Dominó;
Pega- varetas;
Jogo de boliche;
Futebol;
Queimada;
Pega-pega etc.
Jogos/brincadeiras tradicionais:
São situações de jogos e/ou brincadeiras passados de geração à
geração podendo ser modificados ou não com o passar do tempo.
Os jogos tradicionais são muito antigos, praticados desde há séculos e
são transmitidos oralmente de geração para geração. No entanto,
conforme cada região existe diferentes versões de um mesmo jogo e/ou
brincadeira.
Neste jogo e/ou brincadeira a principal intenção é que ocorra um resgate
cultural favorecendo que as crianças tenham acesso à diversidade cultural.
Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: possibilitar o
acesso a diversidade cultural, que as crianças possam ampliar seu repertorio
de brincadeiras e/jogos tradicionais, apresentar para as crianças outras formas
de brincadeiras e/ou brinquedos diferentes vigentes atualmente.
Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras com regras:
Escravos de Jó;
Rodas cantadas;
Cinco Marias;
Passa- passa três vezes;
Passa anel;
Mãe da rua;
Adoletá;
Peteca;
Ioiô;
Bambolê;
Vaivém:
Pé-de-lata;
Telefone sem fio;
Pular corda;
Balança – caixão;
Pular carniça;
Corrida do saco;
Pega-pega etc.
Jogos cooperativos:
São jogos e/ou brincadeiras que favorecem o compartilhar, a união das
pessoas, a ajuda, a colaboração, o fazer junto, onde se necessita do outro para
poder brincar e/ou jogar. .
Neste jogo e / ou brincadeira a principal intenção é que a criança brinque
junto com o outro ou outros, que haja uma dependência de outra pessoa para a
efetivação do brincar.
Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: permitir o viver e
o conviver em grupo, a construção do aprendizado para cooperar e do
cooperar para aprender, exercitando o compartilhar como instrumento de
crescimento pessoal, todos os envolvidos cooperam e não há um vencedor,
pois a vitória é garantida e compartilhada.
O papel principal do professor deverá ser o de planejar as propostas e
mediar as brincadeiras e/ou jogos.
Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras cooperativos:
Dança da cadeira;
Volençol;
Pega-pega de corrente;
Duro ou mole de corrente;
Queimada maluca 5.
Jogos competitivos:
Os Jogos e/ou brincadeiras competitivos tem como sua essência
estimular a competição entre os participantes, porém é importante criar uma
face educativa, para ensinar crianças que perder ou ganhar não é o que
importa, e sim fazer com que todos trabalhem por um objetivo em comum.
Em jogos competitivos é ideal que sejam usados diferentes tipos de
jogos que requerem habilidades distintas, como jogos intelectuais, jogos que
utilizam reflexos rápidos, jogos de estratégia, entre outros, para fazer com que
o lado competitivo seja estimulado, mas em especial o raciocínio. Um dos
problemas dos jogos competitivos é que quando se colocam os indivíduos em
5 - maiores sugestões de jogos cooperativos podem ser encontrados no seguinte endereço eletrônico:
http://www.jogoscooperativos.com.br
situação de rivalidade, sua aceitação é muito relacionada com o fato de ganhar
ou perder, provocando assim alto nível de angústia e agressividade nestas
situações é necessário a mediação e intervenção do professor.
Nos jogos competitivos deve-se evitar a competição como única
motivação, propor o mesmo tipo de jogo, discriminação em geral, seja ela do
sexo, do físico, cor, a valorização excessiva dos vencedores e dos perdedores
e etc.
Neste jogo e / ou brincadeira a principal intenção é que a criança vencer
a brincadeira e ser o vitorioso, ou equipe vitoriosa.
Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: ensinar a lidar
com a competitividade existente dentro de nós e lidar com os sentimentos que
decorrem da vitória e não conquista da mesma. ,
Cabe ao professor planejar esses tipos de jogos a fim de favorecer que
em sempre seja o mesmo vencedor ou perdedor, instigar o trabalho em equipe,
diferentes parcerias para que todos possam ser em algum momento vencedor,
e não vencedores.
Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras competitivos:
Cabo de guerra;
Briga de galo;
Estafetas;
Corridas;
Gincanas, etc.
Jogos expressivos:
São jogos e/ou brincadeiras que envolvem diferentes linguagens
(corporal, facial, musical, teatrais, etc.).
O professor deve trabalhar com as diferentes linguagens de forma que
as crianças desenvolvam diferentes formas de expressão, habilidades motoras
e ampliem seus movimentos.
Neste jogo e / ou brincadeira a principal intenção é que a criança
desenvolva além das possibilidades instrumentais as expressivas do
movimento. Mesmo sabendo que em todo o movimento realizado pelo individuo
existe tanto as a dimensão instrumental quanto expressiva. O grande
diferencial é a intencionalidade do professor ao planejar propostas em corpo e
movimento que favoreça um maior desenvolvimento de uma possibilidade ora
de outra, e em determinados momentos ambas, uma vez que são inerentes ao
movimento humano.
Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: favorecer que a
criança se expresse em diferentes linguagens com intencionalidade.
Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras expressivos:
Danças variadas;
Brincar de dançar;
Estatua;
Sombra;
Espelho;
Mímicas;
Seu mestre mandou;
Diferentes imitações;
Diferentes jeitos de andar;
Teatro;
Karaoquê;
Musicas com movimentos;
Realização de movimentos com: leveza, aspereza, rapidez,
lentidão etc.
Destacou-se a importância do planejamento e intencionalidade do
professor para propor as diferentes modalidades do brincar ao longo do
trabalho realizado com as crianças.
Ao finalizar o plano de formação em Corpo e Movimento o grupo de
professores do ano letivo de 2011 conclui as seguintes questões:
Que toda a equipe compreenda e se comprometa da importância dos
combinados realizados com as crianças e os adultos da unidade escolar
com relação à preservação, conservação e organização dos brinquedos;
O famoso “dia de exploração de materiais” não deve ser confundido com
“atividade livre”;
A importância da realização de atividades de jogos/brincadeiras em
todos os dias da semana e do lúdico permear todos os espaços de
aprendizagem;
Pensar em propostas de aprendizagem com os recursos que a unidade
possui na impossibilidade de compra de outros recursos;
Otimizar as possibilidades que os materiais estruturados e não
estruturados tem a oferecer.
A brincadeira simbólica foi discutida e estudada, porém será abordado
no tema Brincar deste documento.
OBJETIVOS
Compreender e respeitar as regras, desenvolvendo atitudes
cooperativas;
Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo,
conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e
desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o
próprio corpo;
Conhecer o próprio corpo e experimentar diferentes possibilidades do
mesmo, inclusive suas capacidades expressivas;
Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc..., para
ampliar suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e
objetos;
Vivenciar vários papéis nas brincadeiras explicitando seus sentimentos e
resolvendo conflitos surgidos nestes momentos, respeitando regras;
Expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação, por
meio da exploração de gestos, sentimentos e ritmos corporais;
Explorar os diferentes materiais e objetos, utilizando diferentes
movimentos;
Realizar diferentes movimentos individuais ou em grupo;
Adquirir noção corporal;
Desenvolver atitudes de confiança nas próprias habilidades motoras;
Controlar gradualmente o próprio movimento;
Aperfeiçoar recursos de deslocamento e ajustes de habilidades motoras,
para utilização em jogos, brincadeiras, danças, e demais situações
individuais ou em grupo;
Utilizar as diversas formas de expressão (música dança teatro, mímica e
brincadeira simbólica);
Valorizar suas conquistas corporais e as do outro;
Ampliar as possibilidades expressivas do movimento, utilizando diversos
gestos e ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais
situações de interação;
Expressar sensações e ritmos corporais por meio de gestos, posturas e
linguagem oral;
Exploração de diferentes posturas corporais através de jogos e
brincadeiras;
Desenvolvimento de habilidades motoras tais como: força, equilíbrio,
resistência, flexibilidade, deslocamento;
Manuseio e exploração dos diferentes materiais e objetos como: (bolas,
corda, bambolês, etc..).
CONTEÚDOS
Consciência corporal;
Equilíbrio, lateralidade e coordenação;
Brincadeiras, jogos cooperativos , tradicionais, competitivos e com
regras;
Brincadeira simbólica;
Danças e brincadeiras de roda;
Manuseio de diferentes materiais e objetos;
Regate cultural de danças, brincadeiras e jogos;
Cultura corporal;
Habilidades: velocidade, força, equilíbrio, resistência, flexibilidade,
deslocamento.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Criar intencionalmente, oportunidades para as crianças se apropriarem
dos significados expressivos do movimento;
Realizar atividades que envolvam a música e o movimento;
Propor brincadeiras e jogos que envolvam a interação, a imitação e o
reconhecimento do corpo;
Considerar os conhecimentos prévios, ao propor atividades e na
elaboração das modalidades organizativas a fim de possibilitar uma
aprendizagem significativa;
Considerar as hipóteses que as crianças formulam para explicar os fatos
observados diante das suas vivencias;
Planejar diferentes atividades e propostas de jogos e brincadeiras para o
tempo na rotina destinado a área de corpo e movimento e demais
momentos da rotina;
Realizar atividades que busquem valorizar o movimento em suas
dimensões expressivas, instrumentais e culturais diariamente de forma
planejada;
Incentivar a participação de todos os alunos;
Propor diferentes desafios motores;
Diversificar os jogos e brincadeiras ao longo da semana;
Realizar quinzenalmente circuitos e estações organizados por duplas
e/ou trios de professores;
Propor para o grupo de alunos atividades que oportunizem a exploração
do próprio corpo;
Garantir durante a rotina escolar momentos de brincadeiras que
envolvam o canto e o movimento;
Planejar jogos e brincadeiras em que possam se deslocar com destreza
pelo espaço ao andar, correr, pular etc., a fim de desenvolverem
confiança em suas habilidades motoras;
Adequar as regras, os espaços, os materiais e as formas de atuação de
acordo com seu grupo e suas especificidades (faixa etária, interesse e
capacidades individuais);
Considerar que em todas as atividades, as regras podem ser
socializadas e/ou construídas com antecedência, e algumas ao longo do
próprio jogo ou brincadeira;
Propor atividades nas quais todos participem, visando desenvolver um
clima de cooperação, superação de desafios e respeito em que as
crianças estejam em movimento, evitando tempo de espera.
Realizamos semanalmente circuito/ estação intercalando, uma semana
circuito, outras estações planejadas e montadas. Neste dia todos os alunos da
escola brincam nas referidas brincadeiras dentro do seu horário da rotina.
Circuito
É uma série de atividades com desafios diferenciados e contínuos que
seguem um percurso. Este tipo de atividade propicia o trabalho com
possibilidades de exploração do movimento.
OBJETIVOS
Que os alunos transponham uma diversidade de desafios;
Favorecer um rico trabalho com diferentes possibilidades instrumentais
e expressivas do movimento tais como: correr, saltar, pular, equilibrar-
se, controlar o do tônus muscular etc.;
Desenvolvimento da autoestima, segurança e superação de desafios;
Favorece a construção da identidade onde os alunos têm a
possibilidade de conhecer melhor o próprio corpo, seus limites e
possibilidades.
Estação
São atividades com desafios diferenciados que acontecem
simultaneamente, mas que não se complementam e não apresentam uma
sequência propiciando o trabalho com diferentes possibilidades de exploração
do movimento.
OBJETIVOS
Trabalhar competências motoras diferentes para cada desafio;
Ajustar as habilidades individuais, limites e possibilidades aos desafios
propostos;
Superação dos próprios limites;
Consciência corporal;
Construção da identidade.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Elaborar as atividades com desafios gradativos e crescentes;
Observar a competência das crianças para propor e planejar novas
atividades;
Registrar as boas ideias;
Fazer combinados claros e pontuais com as crianças, inclusive com
relação à escolha nas estações;
Levantar repertório de atividades e variações por desafios;
Pensar no equilíbrio entre os desafios propostos;
Fazer um esboço do circuito/estação que vai ser montado;
Propor a participação de todos, visando a socialização e superação das
dificuldades;
Propiciar atividades estimulantes, prazerosas, cooperativas, que
estimulem o desenvolvimento de experiências posturais e motoras
variadas;
Planejar previamente a atividade, organizando tempo, espaço e
materiais de forma que estimulem novas descobertas físicas;
Respeitar os limites individuais de cada criança;
Propor desafios que levem em conta os conhecimentos prévios de cada
grupo, os graus de habilidades e competências das crianças;
Adequar as brincadeiras e desafios de acordo com as competências
motoras da turma;
Fazer orientações didáticas para cada brincadeira (os parceiros que a
elaboraram), e deixá-las afixadas para que cada professor possa ler
para seu grupo a fim de realizar combinados na brincadeira;
Propiciar às crianças diferentes desafios motores a fim de
desenvolverem as mais variadas habilidades (correr, pular, saltar,
equilibrar-se etc.);
Organizar o tempo e o espaço para que a atividade se desenvolva da
melhor maneira possível, eliminando ao máximo o tempo de espera;
Deixar a brincadeira organizada para a próxima turma (organizar com as
crianças) parando alguns minutos antes;
A atuação do professor deve ser constante;
Na estação dividir o tempo que cada grupo de crianças irá permanecer
em cada desafio afim de que todos os alunos ao longo da brincadeira
passem por todos os desafios motores propostos;
Uma boa dica para a estação é fazer marcas em cada grupo de crianças
(por exemplo: sol, lua, números, letras etc.).
2.5. ARTES
Desenho realizado pelo infantil III- 2011
Arte é uma maneira das pessoas expressarem seus sentimentos, suas
emoções, de desenvolverem a sua sensibilidade, criatividade, imaginação,
além de ser uma forma de comunicação, sendo essa, por palavras, desenhos,
gestos, toques, etc.
A arte é importante na vida da criança, pois é ela que auxiliará no
desenvolvimento da expressão e da criatividade do indivíduo, tornando – o
mais sensível e fazendo com que ele veja o mundo com outros olhos. É por
meio do trabalho com a Arte que a criatividade da criança é trabalhada e
desenvolvida.
Dessa forma, o trabalho das artes na educação infantil, irá propiciar as
crianças um momento em que elas poderão se expressar de forma livre e
verdadeira, fazendo algo que lhes propicia prazer.
Segundo a proposta curricular volume II - caderno 2, o trabalho com
artes na Educação Infantil deve contemplar as linguagens da dança, teatro,
musica e artes visuais. A criança é um ser global mesma suas manifestações
expressivas. A arte está ligada a diferentes manifestações no tempo e no
espaço. Cabendo à escola oportunizar o acesso ao conhecimento produzido
pela humanidade e inúmeras possibilidades de construção artística pela
criança, pois os saberes e fazeres da criança se transforma ao longo de seus
processos. As crianças avançam progressivamente em seus percursos
enquanto produtores e apreciadores de arte.
“... Desde muito pequenas as crianças
podem e devem apreciar e fazer, refletindo sobre ela. Assim, esses são os eixos que, articulados, determinam a pratica do ensino das artes visuais na escola...” Proposta curricular volume2- caderno 2 - pag.144
Desenho realizado pelo 1 ano inicial do fundamental – 2011
O plano de formação de 2011 - “oficina de percurso criador” teve como
um de seus objetivos levar os docentes desta unidade a repensarem as
propostas realizadas dentro da área de artes e a iniciar um trabalho sistemático
com as oficinas de percurso criador ampliando as possibilidades da expressão,
criação e produção das crianças.
Mediante estudos realizados constatou-se a necessidade da criação de
mais um espaço de aprendizagem na escola – o ateliê.
Sendo este espaço organizado em uma sala que era utilizada organizar
brinquedos e outros materiais sem muita funcionalidade para o trabalho efetivo
com as crianças.
O atual ateliê está longe de ser o ideal, porém tem favorecido inúmeras
oportunidades de construção de saberes para as crianças desta unidade.
Cada turma da unidade escolar tem dentro de sua rotina 50 minutos
semanal para utilização deste espaço, aonde a oficina de percurso criador vem
sendo realizada quinzenalmente com as crianças.
Neste espaço atualmente tem 4 colmeias sendo 3 para organização dos
materiais (suportes, meios e ferramentas) e 1 para ser utilizada como bancada,
existe 4 mesas grandes e bancos. Temos um carrinho de secagem que fica no
espaço externo do ateliê.
Durante a utilização do espaço as crianças utilizam uma das pias do
refeitório, que fica em frente ao ateliê, para lavagem de materiais.
Com muito estudo, reflexões, leituras, tematizações, vivências fomos
construindo e construindo alguns saberes para qualificar a prática pedagógica
da unidade, tendo como norte a construção de um percurso criador individual
nos diferentes espaços de aprendizagens.
O nome da atividade de percurso criador, parte da ideia de que o espaço
de aprendizagem seja transformado em ambiente propicio e estimulante para o
trabalho artístico pessoal, inspirado em ateliês de artistas.
A oficina de percurso criador é uma proposta cujo foco esta na escolha
do que cada um quer produzir. Nela as crianças compartilham o espaço,
materiais e ideias e produzem trabalhos diferentes, favorecendo o
desenvolvimento de procedimentos de organização, tais como lavar os pincéis,
manter a bancada arrumada, guardar os materiais que não vão mais utilizar,
escolher os materiais que desejam utilizar e como desejam utilizar.
A oficina de percurso criador é uma das intervenções mais completas,
pois desenvolve a atitude autônoma frente à construção do percurso individual,
pois as crianças decidem o que vão fazer e como realizarão suas produções.
Nas oficinas são os alunos que pensam nas propostas, a linguagem e
materiais que precisam para concretizar suas ideias.
A oficina de percurso criador pode ser organizada da seguinte forma:
Organizar uma bancada com materiais variados para que as crianças
façam escolhas do que desejam realizar.
Para que as escolhas aconteçam de maneira autônoma, é necessário
que os materiais oferecidos sejam conhecidos, que tenham sido
utilizados em situações de propostas. Desta maneira, as crianças
poderão aprofundar suas pesquisas em relação aos meios, suportes6 e
ferramentas7, de acordo com seu desejo, desenvolvendo pesquisas
pessoais;
Selecionar materiais de pelo menos duas modalidades – desenho e
colagem, por exemplo, uma gama reduzida de meios, suportes e
ferramentas podem ser selecionados segundo critérios de possibilidades
de novas combinações e descobertas, favorecendo a familiarização e
um movimento autônomo na criação;
6 Suportes: papel, papelão, tecido, madeira, lixa, revistas, jornais- Os suportes são a base para realização
de produções bidimensionais.
7 -Ferramentas: pincéis, rolos, tesoura, palitos, martelo, esponjas, escovada de dente, etc...
Organizar a primeira oficina, para que sirva como referencia para as
seguintes. Uma estrutura fixa pode ser organizada aos pouco e de
modo compartilhado entre a turma e professor;
Após o término da oficina de percurso criador, realizar apreciações
das produções realizadas, tomando o cuidado que todos as crianças
falem de suas produções, não necessariamente no mesmo dia;
Enquanto em uma oficina alguns alunos realizam mais de um
trabalho, outros podem levar algumas aulas para finalização, o que
precisa ser reconhecido entre os alunos como marca pessoal;
Se necessário continuar as produções iniciadas e expor as
produções.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A OFICINA DE PERCURSO CRIADOR
O ateliê precisa ter uma estrutura fixa que vai sendo aos poucos
organizados pelas crianças e professores;
É necessário ter uma regularidade e constância na realização das
oficinas de percurso explicitadas par as crianças;
Atividade que deve ocorrer permanentemente ao longo do ano letivo;
As oficinas deverão ocorrer quinzenalmente em todas as turmas da
unidade escolar;
Oportunizar diferentes meios8 (secos e aquosos) para a utilização das
crianças nas oficinas;
Disponibilizar materiais da natureza para as crianças utilizarem nas
oficinas (grãos, terra, sementes, folhas, areia etc...);
No primeiro contato com a oficina de percurso, um longo tempo
precisa ser dedicado à apresentação da atividade, mas os alunos
também precisam experimentar o que significa estar em oficina, por
isto é importante reservar pelo menos meia hora para a realização de
trabalhos pessoais;
Combinar com as crianças onde colocarão as produções construídas;
8 Meios secos: giz de cera, pastel, lápis de cor, grafite, giz de lousa, caneta hidrocor etc...
meios aquosos: guache, anilina, nanquim, tintas de terras e outros pigmentos etc.
Reorganizar o espaço com ajuda dos alunos;
Orientar as crianças para que peçam apoio dos colegas durante a
produção, e se necessário, do professor;
O professor deve observar os alunos durante toda a atividade, realizar
intervenções individuais, conforme identifique a necessidade;
Apreciar os trabalhos realizados na oficina de percurso criador;
Pode-se dividir o grupo de alunos para as apreciações, apenas
garantindo de se apreciar de todas as crianças da turma;
Nas apreciações proponha aos alunos que compartilhem escolhas,
conquistas e resultados;
Outra possibilidade de apreciação é que o professor analise antes da
roda de apreciação produções que deseje tematizar planejando boas
perguntas sobre elas;
Outra intervenção que pode ser realizada pelo professor é escolher
produções de linguagens diferentes para provocar reflexões no seu
grupo e aguçar o interesse de realizar produções na mesma linguagem
As produções não precisam ser concluídas no término da aula, podem
ser continuadas na próxima oficina realizada;
Quando uma nova modalidade passa a integrar a oficina, as crianças
precisam ser comunicados e o espaço reestruturado para comportar
esta alteração sem prejudicar a organização e a autonomia das
crianças;
Expor as produções das crianças;
Identificar as produções para expô-las;
Organização do ateliê após as produções;
Valorizar as produções dos alunos.
O plano de formação de 2011 de oficina de percurso criador tinha duas
partes, sendo a primeira a construção da própria oficina enquanto atividade
permanente da unidade e a segunda, olhar para conteúdos e propostas da
área. Devido a outras necessidades formativas emergentes da unidade no ano
anterior a segunda parte deste plano não foi realizada, houve uma mudança de
tema e de área. Estudamos as modalidades do brincar em Corpo e Movimento
e a atividade diversificada. As práticas na área de Artes foram acompanhadas
pelos instrumentos metodológicos e modalidades organizativas.
Olhando para área de conhecimento Artes muito foi construído ao longo
de 2011, mas como o conhecimento é provisório... com certeza muito há para
ser construído ainda!!!!
OBJETIVOS
Perceber o fazer artístico como forma de expressão;
Conhecer e utilizar diferentes linguagens desenvolvendo o gosto pelo
processo de criação e produção;
Apreciar o fazer artístico (seu e o do outro);
Utilizar diferentes materiais plásticos e gráficos sobre diferentes
superfícies ampliando suas possibilidades de expressão e comunicação;
Participar de situações coletivas de organização do espaço dentro e fora
da escola.
CONTEÚDOS
Oficina de percurso criador;
Expressão artística (produção);
Exploração de materiais, meios e suportes facilitadores do processo
criativo;
Histórico, vida e obra de alguns artistas;
Fazer artístico;
Linguagens: desenho, pintura, modelagem, colagem, escultura,
fotografia, ilustrações.
2.5.1. MÚSICA
“A música está presente em diversas situações da vida humana. Existe música para adormecer, música para dançar, para chorar os mortos, para conclamar o povo a lutar, o que remonta à sua função ritualística. Presente na vida diária de alguns povos, ainda hoje é tocada e dançada por todos, seguindo costumes que respeitam as festividades e os momentos próprios a cada manifestação musical. Nesses contextos, as crianças entram em contato com a cultura musical desde muito cedo e assim começam a aprender suas tradições musicais.” (RCN, vol. 3)
Em 2008, tivemos a aprovação da Lei no. 11.769 que dispõem sobre a
obrigatoriedade do ensino da Música na Educação Básica, entendendo ser
esse conteúdo de extrema importância no currículo das crianças, sancionando
também um período de três anos para que os sistemas de ensino se
adaptassem à essas novas exigências. Sendo assim, para nós surgiu um novo
desafio, pois incluir esse conteúdo no nosso currículo implicar estudar sobre o
tema, oferecer formação aos professores e elaborar um trabalho sistematizado
com as crianças dentro da rotina escolar.
Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008.
Altera a Lei 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, para dispor sobre a
obrigatoriedade do ensino da música na
educação básica.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O art. 26 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a
vigorar acrescido do seguinte § 6o:
“Art. 26. ..................................................................................
§ 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do
componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.” (NR)
Art. 2o (VETADO)
Art. 3o Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos para se
adaptarem às exigências estabelecidas nos artes. 1o e 2o desta Lei.
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 18 de agosto de 2008; 187o da Independência e 120o da
República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
O ano de 2012 foi a data limite para implementação da Lei nº 11.769,
sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina que a música deve ser
conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica o que moveu a Equipe de
Professores da nossa Unidade Escolar a repensar as práticas pedagógicas,
avaliando que era momento para discutirmos sobre a temática da Música, a fim
de inseri-la na rotina das nossas crianças. Cabe ressaltar que as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil também remetem a “garantir
experiências que favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens
e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão:
gestual, verbal, plástica, dramática e musical”. Assim como a Proposta
Curricular do munícipio – volume II, também indica objetivos específicos sobre
o trabalho com música na Educação Infantil.
Na avaliação dos Indicadores de Qualidade, realizada no final do ano de
2011, o grupo considerou que os conteúdos da Música não estavam
contemplados no Currículo da nossa Unidade Escolar, mas que se fazia
extremamente necessário a realização de uma formação sobre o tema, já que
as professoras consideravam não ter conhecimentos de como trabalhar Música
com as crianças, já que não tiveram formação específica na Graduação.
Diante deste panorama, a Equipe Gestora entendeu ser necessário
atender a solicitação do grupo e elaborou um Plano de Formação sobre
Música, visando discutir os aportes teóricos, bem como práticas que abordam a
música em sala de aula.
Em 2012 iniciamos a discussão com os conhecimentos prévios do grupo
e constatamos que apenas duas professoras tinham alguma formação em
Música (o que possibilitou a coordenação de um Projeto Coletivo da escola que
abrangesse os funcionários e as crianças), as demais apenas traziam músicas
como elementos de passagem na rotina ou para marcar algumas atividades
(escovação, almoço, hora da história ou para se deslocarem pela escola para
garantir que não haja dispersão dos alunos neste momento) ou então
utilizavam músicas para aprender conteúdos da Língua Oral e Escrita
(parlendas, cantigas, trava-línguas, etc.), Matemática (para realização de
contagens) ou Ciências (músicas sobre as partes do corpo). Nenhuma
professora trabalhava música com conteúdos definidos ou tinha algum projeto
com esta temática. Com isso percebemos que era necessário trazer ao grupo
alguns conhecimentos musicais e atividades práticas que pudessem ser
realizadas com as crianças.
Discutimos com o grupo que a Música, “não deve ser necessariamente
uma disciplina exclusiva. Ela pode integrar o ensino de arte, por exemplo, como
explica Clélia Craveiro: "Antigamente, música era uma disciplina. Hoje não. Ela
é apenas uma das linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar
ainda artes plásticas e cênicas”. (Revista Educar para Crescer, fev. 2011).
Destacamos ainda que a Música é uma língua, portanto as experiências
significativas com ela são importantes para o desenvolvimento dessa
linguagem com as crianças, ”contribui para a formação integral do indivíduo,
reverencia os valores culturais, difunde o senso estético, promove a
sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação,
e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a sincronia de
movimentos", explica Sonia Regina Albano de Lima”. (Revista Educar para
Crescer, fev. 2011).
Discutimos também com o grupo, que a Música, presente em todas as
situações do nosso cotidiano (rádio, tv, nas brincadeiras, na escola, etc.), tem
suas características próprias, que devem ser trabalhadas com as crianças.
Segundo o RCN, vl. 3, são elas:
Produção — centrada na experimentação e na imitação,
tendo como produtos musicais13 a interpretação, a improvisação e a
composição;
Apreciação — percepção tanto dos sons e silêncios
quanto das estruturas e organizações musicais, buscando desenvolver,
por meio do prazer da escuta, a capacidade de observação, análise e
reconhecimento;
Reflexão — sobre questões referentes à organização,
criação, produtos e produtores musicais.
Após as discussões teóricas, dos aportes legais e de muitas vivências
com atividades musicais, o grupo elaborou os Objetivos, Conteúdos e
Estratégia, para garantir que no ano de 2013, a Música seja incluída no nosso
Currículo da Educação Infantil. Salientou-se também a importância da
continuidade de um Projeto Coletivo, privilegiando as apresentações musicais
para todos os alunos da escola, a fim de enriquecer as os momentos coletivos
com as crianças, assim como ocorreu em 2012, onde através de parcerias com
uma professora da escola e de um motorista do transporte escolar, as crianças
puderam ter contato com diversos estilos musicais e também apresentações
dos próprios alunos de algumas turmas que trouxeram experiências bem
interessantes que tiveram ao longo do ano com a professora. Dentre as
características próprias da música, tais como Produção, Apreciação e
Reflexão, o que mais ocorre hoje na rotina das professoras é a apreciação de
músicas.
Com o Projeto Coletivo que ocorreu em 2012, tivemos uma formação de
4 encontros, que não foi suficiente, havendo a necessidade de iniciar um novo
momento formativo, devido à mudança significativa dos professores, isto foi
apontado na nossa Avaliação de 2013.
Considerando que mudanças ocorrem tanto no grupo de professores,
quanto nas novidades das práticas musicais no decorrer dos anos, vemos a
importância de retomar todo ano um tempo para repensarmos sobre a Música
na nossa rotina.
No ano de 2014, foi então retomada a formação sobre Música nos
HTPC’s e Reuniões Pedagógicas, visto também que este foi o tema do Projeto
Coletivo desenvolvido na escola, que favoreceu a interação de todos da equipe
escolar com esta temática.
OBJETIVOS
Contribuir para a formação integral do indivíduo;
Difundir o senso estético, promovendo a sociabilidade e a
expressividade;
Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir
com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo;
Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio
de improvisações, composições e interpretações musicais;
Ampliar o repertório musical das crianças, através da vivência de
diferentes ritmos e estilos musicais;
Ampliar o conhecimento acerca da diversidade cultural do Brasil, através
do aprendizado de cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos
regionais e folclóricos;
Conhecer, construir e explorar diferentes instrumentos musicais e fontes
sonoras, bem como explorar os sons corporais;
Vivenciar experiências que possibilitem a percepção e compreensão dos
elementos musicais (som, ausência de som, altura, timbre e
intensidade);
Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e
produções musicais, para desenvolver a escuta musical;
Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais;
Conhecer os gêneros musicais;
Propiciar momentos de apreciação musical;
Desenvolver as habilidades físico-sinestésica, espacial, lógico-
matemática, verbal e musical;
Favorecer o desenvolvimento da autoestima dos alunos, por meio da
criação musical;
Possibilitar momentos de escolha e respeitar o universo cultural das
crianças.
CONTEÚDOS
Fazer Musical;
Apreciação Musical;
Gêneros musicais;
Instrumentos musicais e outras fontes sonoras;
Percussão;
Ritmos musicais;
Elementos musicais: grave e agudo, alto e baixo, forte e fraco, sons
curtos e longos, som e silêncio, frases, partes, elementos que se
repetem, etc.;
Dança e expressão corporal.
SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS
Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e
culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países;
Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores
para iniciar seus conhecimentos sobre a produção musical;
Brincadeiras musicais: rodas, cantigas, músicas cumulativas, etc.;
Jogos musicais;
Atividades corporais que trabalhem ritmo: bater bola no chão, na
parede, pular corda, etc.;
Histórias com música;
Caixa Surpresa musical: com brinquedos musicais produzidos
pela turma para que eles adivinhem através do som, qual é o
instrumento e que tipo de som ele produz;
Confecção e exploração de objetos para produzir e reproduzir
sons;
Construir objetos sonoros: encher potinhos de plástico ou latinhas
de refrigerante com diferentes materiais (pedrinhas, botões, milho, arroz)
e mostrar às crianças as diferenças de sons (graves, médios e agudos).
Depois pedir a elas para organizá-los do mais grave para o mais agudo
e vice-versa. Garantir material igual em cor e formato a fim de que as
crianças possam realizar as experiências guiadas apenas pelo som.
Apreciação musical: músicas, sons do ambiente, bingo musical,
vozes, ritmos, gêneros musicais;
Passear com as crianças pela escola para que elas observem os
sons do cotidiano nos diferentes ambientes, como pátio, cozinha,
corredores. Depois as crianças podem fazer mapas registrando suas
observações, o que vai estimular a audição;
Dramatizações utilizando fantoches e música;
Resgate cultural;
Levantamento de preferências musicais com as crianças e
familiares;
Vídeos musicais;
Parcerias para promover apresentações para as crianças;
Apreciação de concertos musicais;
Música para relaxar, música ambiente, momentos da rotina,
aquecer, motivar;
Confeccionar com os alunos livro das músicas preferidas ou as
que foram trabalhadas com eles e a gravação de CD com os alunos
cantando ou produzindo sons musicais com o corpo, instrumentos ou
outras fontes sonoras.
Apresentação das turmas no final do ano com músicas escolhidas
pelas crianças e a professora.
É importe salientar, que precisamos sair das ações corriqueiras de
apenas utilizar a música para formar hábitos e atitudes - como lavar as mãos,
escovar os dentes - ou para ajudar a memorizar números ou letras do alfabeto.
Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais que são
imitados pelas crianças de forma mecânica, sem criatividade. O importante é
propiciar aos alunos a criação e a liberdade de expressão, assim como Artes, a
Música é uma produção artística, portanto deve haver um espaço para que as
crianças produzam e criem seus próprios movimentos, respeitando a
expressão de cada um deles. Também vale ressaltar que os professores
também são espelho para os alunos, portanto devem cantar dançar e criar
junto com eles, mostrando possibilidades e atentando para encorajar os mais
tímidos, com o cuidado de não expor nenhuma criança, mas convidá-los a
participar e se expressar com muita naturalidade. O professor tem de estar
disposto a ousar e experimentar, sem ficar tão preocupado com um resultado
predefinido.
“...a Educação deve considerar o ser humano, o ambiente e a cultura e
integrar os conhecimentos e todas as áreas. A música não deve ser colocada a
serviço de outras disciplinas consideradas prioritárias porque ela é importante
por si mesma, para a vida. O ser humano é musical, no decorrer da sua
evolução transformou os sons de modo a criar composições. Nunca ouvimos
alguém dizer que a pessoa aprende Matemática para desenvolver a
capacidade musical, mas o contrário, que essa arte é importante para o
raciocínio matemático ou porque estimula o processo de alfabetização. Esse
não deve ser o motivo de ela estar presente. Mas um bom trabalho pode
mesmo facilitar a aprendizagem de outros conteúdos, pois você apura a sua
audição e desenvolve o sistema de relações entre som e silêncio”.(Teca,
Música na pré-escola para ouvir, cantar e tocar, Revista Nova Escola, ed. 249,
jan/fev 2012)
2.6. BRINCAR
Brincadeiras infantis
Onde está a amarelinha?
Pulávamos sem nos cansar...
um pé daqui outro acolá...
joga a pedra pra frente,
pro alto são cinco Marias
se une a uma, a duas, a três...
Corre a criança da mamãe da rua,
de um pé só e o equilíbrio
continua...
E dentro do garrafão, tanta alegria...
mal sabia ela que da garrafa
também correria...
Corre criançada,
olha o paredão
corre molecada
lá vem o cascudão...
Guardei estas latinhas
para andar...
fico equilibrando,
treinando pra na vida
não tropeçar... vou tentando...
Estes três pauzinhos,
formam a casinha,
quantas vezes tomei conta
para a bola não derrubar...
com o taco na mão,
esquecia da vida
corria cruzava o taco
e marcava as vitórias...
Perdia no triângulo,
na bulica
e no cruzo das pipas...
e até os quinze anos,
no meio da rua
jogava futebol...
As bonecas
sempre alimentadas
de banho tomado, dormiam...
E eu assim levada,
menina peralta,
corria o mundo a brincar...
Na perna de pau
cada dia mais alta
eu caminhava...
no rolimã eu corria,
não fazia a curva
e machucava...
Pique pega, de esconder,
pique bandeira...
tanta vida pra viver...
só brincadeira...
mal sabe a criança
que ao crescer
é cobrada...
e fica só a lembrança
da infância,
quando brincada!...
Então pula a corda
para aprender a pular
e na margem, na borda
do rio... vamos nadar?...
Aqui não mais cabe
falar dos amigos
os "imaginários"...
aqueles que sempre
apareciam para brincar...
nem falar dos animais
de estimação
foram tantos
não dá pra citar
no universo da minha infância,
treinava o que sou...
Rita Reikke
Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É
o que a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os
outros.
Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa,
nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz,
vivencia diferentes papéis e situações, elabora situações, descobre o novo,
desenvolve a sociabilidade, faz amigos, aprende a compartilhar e a respeitar o
direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo.
A Proposta Curricular de São Bernardo do Campo Volume II - Caderno 2
aponta várias vertentes para o brincar:
Como espaço de apropriação e confrontação com a cultura –
onde o indivíduo tem a possibilidade de aos poucos ir
construindo e ressignificando o mundo, experimentando
novas formas de ser e de pensar, onde o brincar constitui-se
no estabelecimento de relações interindividuais implicando
uma aprendizagem social,
Espaço de criação do imprevisível – as crianças podem
experimentar, sem riscos, diferentes regras, comportamentos
e papéis, o espaço do brincar é marcado pelo imprevisível,
pela inteireza, pelo experimental, pela construção de
significados e compreensão da realidade, permeado de
negociações e reelaborações por parte de quem brinca.
Espaço de interações aonde a criança vai construindo
referencias para o seu brincar contatando com diferentes
formas de expressar, significar, relacionar, emocionar,
envolver-se etc.. Assim é muito importante que as crianças
brinquem com crianças de diferentes idades.
De acordo com o estudioso Vygotsky a brincadeira é a imaginação da
criança agindo sobre o mundo, logo ela é um fato importante para o seu
desenvolvimento, pois brincando experimenta comportamentos para além de
sua idade, demonstrando um grau de compreensão acerca das regras e
valores do seu contexto sociocultural.
Postula também que a criança em idade pré-escolar através do
brinquedo envolve-se em um mundo ilusório e imaginário onde seus desejos
não realizáveis podem ser realizados.
Segundo Vygotsky (1998), “o intervalo entre um desejo e sua satisfação
é extremamente curto”, já que nenhuma criança pequena pensa em realizar
suas atividades para adquirir resultados a médio e longo prazo. O que
acontece é que nem todos os desejos da criança são realizáveis e é aí que
entra o brinquedo, para experimentar as tendências irrealizáveis. Quando
esses desejos que surgem na criança não podem ser realizados imediatamente
e a criança não os esquece, acontece uma mudança no comportamento delas
e para solucionar este problema elas entram no mundo ilusório e imaginário,
pois somente assim elas poderão realizar seus desejos irrealizáveis no
brinquedo.
Crianças muito pequenas não entram no mundo ilusório, pois a
imaginação é um processo psicológico de atividade consciente que não está
presente em determinadas idades, por isso dizemos que a brincadeira de faz-
de-conta é característica em crianças em fase pré-escolar.
Esta função de consciência surge da ação. A brincadeira consiste no fazer, ou
seja, no conteúdo da própria ação. “Toda ação tem um objetivo consciente para
o qual ela se dirige” (VYGOTSKY, 2001, p.125) 9. Por exemplo, uma criança
que deseja montar um cavalo, mas não sabe como o fazer e ainda não está
apta para aprender fazê-lo. Ela substitui um objeto acessível a ela pelo cavalo
de verdade em suas brincadeiras. Entretanto é necessário chamar a atenção
para a ação real da brincadeira, pois para a criança aquilo reproduz
exatamente o que um adulto estaria fazendo em um cavalo de verdade.
9 In - A formação social da mente
A brincadeira é a imaginação em ação. Há, portanto, uma crença de
senso comum que o brincar da criança é imaginação em ação. Vygotsky (1998)
considera que isto deveria ser invertido, uma vez que a imaginação, nas
crianças em idade da educação infantil e nos adolescentes, é o brinquedo sem
ação.
A brincadeira exerce grande influência no desenvolvimento infantil,
porém nem sempre ela traz prazer para a criança, por exemplo, se o brinquedo
não estiver adequado à idade dela, ela não verá o resultado de maneira
interessante e assim não sentirá prazer. Nem toda brincadeira é geradora de
prazer. Quando os resultados desses jogos são desfavoráveis para a criança
ela não sentirá prazer. Então não podemos classificar o brinquedo como uma
atividade prazerosa para a criança, mas sim uma atividade que preenche suas
necessidades, pois segundo Vygotsky ela é uma forte motivadora da ação.
Através da brincadeira, a criança também desenvolve suas funções
psicológicas superiores, uma vez que ela aprenderá a atuar numa esfera
cognitiva. A criança passa a utilizar materiais que servirão para representar
uma realidade ausente, ou seja, ela será capaz de pensar em objetos
ausentes, planejar ações a serem realizadas funções essas exercidas pelos
processos mentais superiores.
De acordo com Cyrce Andrade o brincar está no centro do nosso
trabalho educativo. Durante a brincadeira a criança investiga, experimenta e
constrói seus conhecimentos sobre o mundo: o seu corpo, sua voz, os objetos
e o outro. Sendo os conhecimentos nascidos nas situações de brincadeira
alicerces de outros. Logo a relação entre o educador e as crianças pode estar
semeada de brincadeiras onde o diálogo entre o professor e o aluno deverá ser
ampliado por este espaço lúdico.
De acordo com Vygostky o brincar é uma das atividades principais da
infância, mas não a única. Cabe à instituição escolar nutrir o brincar de nossos
alunos ampliando seu repertório favorecendo inúmeras trocas, mediações e
infinitas possibilidades de brincadeiras em momentos mais ampliados dentro da
rotina escolar. Ele, juntamente com o lúdico, deve perpassar todas as áreas de
conhecimento e ocorrer em todos os espaços de aprendizagem.
Sabendo que o que determinados objetos e brinquedos dirigem a ação,
o que está no espaço determina o brincar, cabe à escola: observar as
brincadeiras de seus alunos, para enriquecê-las e repensar e organizar os
espaços de aprendizagens para provocar e favorecer diferentes formas de
brincar.
Brincadeira simbólica:
Alguns cantos de brincadeiras simbólicas realizados em 2012
O faz-de-conta, ou seja, a brincadeira simbólica é o responsável por
promover a capacidade de imaginar e criar, nestes momentos lúdicos, a
criança representa situações vivenciadas (ou que gostaria de vivenciar), e se
relaciona com seus pares. Nesta hora ela pode se comportar de maneira mais
avançada em relação a sua idade. Ela aprende a desempenhar papéis, a
reproduzir gestos e falas de pessoas ou de personagens de histórias e inventar
roteiros por meio das linguagens corporal, musical e verbal.
Em brincadeiras de faz de conta a criança separa o significado do objeto
pegando um objeto qualquer e lhe atribuindo novo significado, por exemplo, um
cabo de vassoura pode tornar-se um cavalo. Dessa forma o significado
prevalece sobre o objeto.
Nas brincadeiras e na brincadeira simbólica a criança cria uma situação
imaginária onde ela pode, no mundo da fantasia, satisfazer desejos até então
impossíveis para a sua realidade. Portanto, o brincar “é imaginação em ação”.
Uma criança que brinca de ser a mamãe com suas bonecas assume
comportamentos e posturas pré-estabelecidas pelo seu conhecimento de figura
materna. Para Vygotsky (1991) o brincar é essencial para o desenvolvimento
cognitivo da criança, pois os processos de simbolização e de representação a
levam ao pensamento abstrato.
Dentro desta ótica tanto a aprendizagem quanto o desenvolvimento
humano são construídos e influenciados por um contexto histórico, social e
cultural.
A brincadeira também é uma rica fonte de comunicação, pois até mesmo
na brincadeira solitária a criança, pelo faz de conta, imagina que está
conversando com alguém ou com os seus próprios brinquedos. Com isso, a
linguagem é desenvolvida com a ampliação do vocabulário e o exercício da
pronúncia das palavras e frases.
A brincadeira simbólica fornece à criança a possibilidade de ir ao outro,
viver suas respectivas experiências e voltar novamente ao seu próprio mundo.
A criança, ao brincar, desenvolve sua capacidade de refletir sobre os
fatos reais de formas cada vez mais abstratas, bem como constrói sua
realidade, tanto pessoal quanto social. Brincando, a criança conscientiza-se de
si mesma como ser agente e criativo. A relação do brincar produz e reproduz
emoções, possibilitando nomear e organizar um mundo de caos para um
mundo de descobertas, facilitando a abertura para o campo cognitivo.
A brincadeira estimula a criança a agir como se estivesse em um estágio
mais avançado, experimentando via imaginação o que ainda não pode fazer
sozinha, percebe-se, por conseguinte, que a mesma é uma forte estimuladora
da ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal), caracterizada como a distância
entre o que a criança pode fazer sozinha, e o que ela só consegue fazer com a
ajuda de outra pessoa, adulto ou criança.
Assim, na brincadeira a criança atua como se fosse capaz de realizar
determinadas ações, ainda distantes. É através desta que a criança
potencializa o seu saber.
Na direção brincadeira de papéis sociais, o professor deve esforçar-se
em ajudar a criança na apreensão e compreensão do conteúdo social dos
papeis assumidos. Trazer as ações e atitudes que se espera na formação
deste ser humano. Deve estar atento à distribuição dos papéis, para que haja
certa uniformidade e as crianças possam experimentar diversas posições nas
ações lúdicas.
Na brincadeira simbólica a criança pode colocar no lugar do outro,
distanciando-se de si mesma, facilitando assim o processo de descentração
(deixar de estar preso aos aspectos físicos dos objetos), fator importantíssimo
no processo de formação do pensamento abstrato, que começa quando a
criança consegue se desprender do concreto, evoluindo para o uso de
símbolos para representar a realidade. Quanto mais brinca de ser outra
pessoa, tendo como conteúdo as relações travadas no plano social, mais se
aproxima do que é, toma mais consciência de si.
Na idade pré-escolar o jogo se complexifica, a criança ao invés de estar
mais preocupada com as ações sobre os objetos, passa a se preocupar com a
representação da vida pessoal, dos episódios de seu cotidiano. Atingindo
assim, o ápice no desenvolvimento do jogo.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ajudar a criança na apreensão e compreensão do conteúdo social dos
papéis assumidos;
Cabe ao professor estar atento à distribuição dos papeis, para que haja
certa uniformidade e as crianças possam experimentar diversas
posições nas ações lúdicas;
Quanto aos brinquedos e acessórios da brincadeira, limitar-se a objetos
simples e essenciais para o desenvolvimento do jogo/brincadeira e para
o cumprimento dos papéis sociais;
Para um melhor desenvolvimento da brincadeira, pode-se primeiramente
levantar os temas que as crianças têm mais interesse;
Observar quais são as temáticas que interessam ao grupo e procurar
montar os cantos a partir desses interesses;
Intervir nas brincadeiras junto aos papeis sociais;
Conversar com as crianças sobre as temáticas das brincadeiras
podendo até levantar possibilidades de incrementar os cantos;
Procurar organizar a brincadeira o mais parecido possível com o
ambiente que se origina;
Oferecer uma diversidade de materiais para os diferentes enredos;
Proporcionar desafios às crianças, acrescentando novos elementos aos
enredos já realizados. Podem ser realizadas pequenas interferências no
jogo, na disposição do material e em sua organização, que permitam
uma nova forma de olhar para a mesma brincadeira;
Utilizar sucatas e objetos convencionais como eletroeletrônicos etc...
Nosso percurso na organização de espaços para o Brincar:
possibilidades em contrução
Em 2010 foi organizado um espaço na escola, próximo ao refeitório para
a brincadeira simbólica. Oficializou-se 1 hora semanal de brincadeira simbólica
na rotina de todas as turmas, sendo 50 minutos de brincadeira e 10 de
reorganização do espaço. É claro sem perder de vista que essa modalidade do
brincar deve estar presente em todos os espaços de aprendizagem e que a
criança simboliza o tempo todo.
Em 2013, realizamos novas aquisições de brinquedos; retomamos a
campanha de doações de embalagens, eletrodomésticos e outros objetos para
ajudar na composição do acervo para o “brincar”.
Pensamos em uma organização do espaço, com fotografias para que as
crianças conseguissem organizar o espaço ao término na brincadeira, porém
ainda não foi suficiente, o espaço permanecia desorganizado e brinquedos se
quebraram rapidamente.
Ao longo de 2014 acompanharemos as situações de brincadeiras,
oferencendo orientações e sugestões por meio das devolutivas no plano de
ação. Já conversamos com o grupo sobre a necessidade de termos a
brincadeira simbólica permeando todo o cotidiano da educação infantil. Este
ano fizemos a divisão de quatro kits que circulam pelas salas em esquema de
rodízio:
1) Salão de beleza
2) Mercadinho
3) Ferramentaria
4) Casinha.
Dessa forma, as crianças tem o momento de brincar um pouco mais
incrementado com brinquedos diferentes dos que possuem na sala.
Atividade diversificada
Nos anos de 2010 e 2011 realizamos estudo sobre este momento da
rotina em nossa unidade escolar e muito se avançou em qualidade de
propostas, organização e planejamento.
Ao longo da formação destacamos vários pontos: o que é a atividade
diversificada? Quais são seus objetivos? Orientações didáticas para tornar
esse momento mais qualificado e etc. A seguir a síntese desse estudo.
São várias atividades, diferenciadas, desafiadoras que ocorrem
simultaneamente num mesmo espaço. Essas propostas devem favorecer a
livre escolha por parte das crianças.
As propostas devem primar pelo objetivo das crianças terem certo
domínio para poderem trabalhar com autonomia de forma individualizada ou
em parceria.
Uma das características desse tipo de atividade é que haja a
descentralização da figura do professor e a oportunidade das crianças
decidirem por si mesmas o que pretendem fazer de acordo com suas
preferências.
Este tipo de proposta é utilizado como um momento de “transição”, por
exemplo, entre “casa/escola”. Onde a chegada das crianças pode ocorrer
gradativamente, de forma tranquila, respeitando o movimento e tempo de cada
criança.
As atividades diversificadas têm como objetivos possibilitar que os
alunos possam tomar decisões, realizar escolhas quanto ao material, grupo e
propostas, possibilitando dessa forma a construção da autonomia.
Optando entre várias possibilidades, os alunos satisfazem seus
interesses, realizam escolhas e tomam decisões sobre o querem fazer e com
quais colegas querem interagir e brincar.
Este tipo de atividade consiste na organização de propostas não
necessariamente da mesma área de conhecimento, por exemplo: livros para
leitura montados em um canto podendo ser: uma cabana, em um tapete no
chão, com almofadas, procurando tornar o canto o mais aconchegante e
significativo para as crianças, procurando fugir do comumente realizado- livros
sobre a mesa, canto de Artes, jogos, canto de brincadeira simbólica etc.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Envolver as crianças na organização e reorganização do espaço e
cantos propostos;
Observar como as crianças estão brincando nos diferentes cantos a fim
de um replanejamento da brincadeira;
Que aconteça com a frequência diária;
Cabe ao professor realizar intervenções necessárias durante a
atividade, mediar conflitos, ser o parceiro mais experiente em
determinados jogos;
Utilizar este momento para conversar com os alunos mais
individualmente ou em pequenos grupos;
Pode ser o momento para inserir um jogo novo, aproveitando depois o
referido grupo de crianças envolvido no jogo novo para serem parceiros
mais experientes em situações desse mesmo jogo realizado de forma
coletiva;
Todos os cantos oferecidos devem apresentar atividades significativas
e envolventes, caso contrário apenas o canto mais elaborado será o
escolhido pelas crianças, o que poderá gerar um grande conflito;
É necessário selecionar previamente os materiais para atividade e
deixar acessível para organização;
Ao organizar os cantos com diferentes propostas é importante ter
clareza dos objetivos que se almeja com cada um deles;
Realizar observações da turma: preferências, tipo de escolhas,
conflitos, estratégias resolução de problemas, comunicação,
interlocução entre as crianças, autonomia, escolha de parceiros,
atitudes de cooperação /competição, estratégias de registros,
exploração e uso de materiais, tomada de decisões etc.;
Observar os cantos que provocam maior interesse e oferecê-lo com
maior frequência e incrementá-lo com maiores desafios;
Repensar os cantos que não causam interesse;
Utilizar outros espaços da sala e proximidades: chão, tapetes, cabanas
etc.;
Pensar em cantos que se comunicam, ou seja, tenham uma conexão
entre si, por exemplo, (casinha, médico, salão de beleza para criar
possibilidades de comunicação e enredos);
Uma possibilidade para o enriquecimento dos cantos é a utilização de
materiais não estruturados tais como: tecidos, caixas etc...
Dia do brinquedo
Há alguns anos temos dentro da rotina de nossa unidade o dia do
brinquedo. Ao longo de 2010 realizamos algumas avaliações sobre esse dia: a
forma como acontecia, algumas intervenções realizadas, a tematização de tal
dia enriquecendo com outros brinquedos da escola, a organização de uma
brincadeira simbólica com tais brinquedos etc.
Diante de tais observações e avaliações no inicio de 2011 rediscutimos a
entrada do brinquedo trazido de casa na escola, levantando sugestões e
possibilidades tendo como embasamento teórico Gilles Brougére.
“... o pequeno brinquedo de bolso chega
frequentemente às escolas, seja qual for à idade das crianças. Ele será exibido na escola, no corredor, quase sempre às escondidas e será, às vezes, objeto de cobiça, gerando luta por sua posse... longe de serem rejeitados
esses pequenos brinquedos podem ser aceitos na escola e utilizados como assunto em pauta..” 10
Após discussões e estudo com o grupo de docentes em 2011 foi
concluído que teremos semanalmente, toda sexta-feira, por ser uma
possibilidade de favorecer a interação, negociação e promoção da autonomia.
Foram construídos alguns combinados para este momento:
Os brinquedos trazidos de casa podem ser utilizados no momento da
atividade diversificada e no momento de corpo e movimento;
Que os brinquedos trazidos de casa sejam simples;
Que as crianças tragam brinquedos que possam compartilhar com os
demais amigos;
Que os brinquedos contenham nome das crianças e da professora para
serem identificados facilmente;
Que as famílias não enviem brinquedos muito novos;
Que mesmo com todos os combinados e cuidados alguns brinquedos
podem se perder e quebrar;
Que o professor possa ter uma proposta para o dia do brinquedo;
Que o período de brincadeira não se estenda para todo o período de
Aula;
Após novas discussões em 2012 o dia do brinquedo permaneceu como
atividade coletiva da unidade escolar dentro dos mesmos moldes dos anos
anteriores acrescentando apenas os seguintes combinados:
Que se organizem brincadeiras com os brinquedos trazidos de casa e da
escola considerando as crianças que não tenham trazido brinquedos no
referido dia, podendo criar enredos com os mesmos, (como casinhas
para as bonecas, pistas, postos, guardas de trânsito para tematizar os
carrinhos trazidos etc..);
Que a brincadeira com os brinquedos trazidos de casa no momento de
corpo e movimento não seja proposta com duas turmas juntas;
10 Brougére, Griles. Brinquedo e cultura. 4 edição. São Paulo, Cortez, 2001.
Que sejam mediados conflitos que surjam advindos dos brinquedos
trazidos de casa;
Que seja colocado nome nos brinquedos que não tenham;
Cabe ao professor orientar as crianças nos cuidados com os brinquedos.
O dia do brinquedo permanece em nossa rotina escolar.
E por falar em brinquedos, brincadeiras, jogos, movimentos... Vamos
brincar?
“Lá em cima do piano
Tem um copo de veneno
Quem bebeu
Morreu
O culpado não fui eu.
Foi o filho do Tadeu!”
Feche os olhos e desperte a criança que há em você!
3. Rotina
O Planejamento da nossa Rotina é pautado nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil – 2010, considerando também a Concepção
Pedagógica Sócio Interacionista, onde o ser humano se constitui por meio da
sua interação com o outro e com o meio. As propostas compreendem o
desenvolvimento da criança como um todo, respeitando os princípios da
autonomia, responsabilidade, solidariedade, criticidade, cidadania, liberdade de
expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais e da ludicidade
evidenciando em todo o tempo a infância.
Pensando na organização Espacial e Temporal buscamos realizar um
planejamento coerente, significativo e que seja desenvolvido com harmonia e
prazer em cada Espaço de Aprendizagem e ainda que seja necessário à
organização dos horários fixos como o lanche, parque, BEI, corpo e movimento
e ateliê, consideramos que é de suma importância observar a possibilidade de
flexibilizar os horários, em concordância com a proposta que está sendo
desenvolvida.
As atividades eventuais são planejadas e organizadas conforme a sua
demanda e as suas ações podem estar previstas no PPP, ou vir da
organização da Secretaria de Educação e outras Secretarias do Município,
podendo alterar os horários de acordo com a necessidade do evento.
A Avaliação dos Indicadores de Qualidade para a Ed. Infantil realizada
em 2014 traz apontamentos bastante interessantes para o planejamento da
Rotina Escolar em 2015, prevendo atividades de maior interação entre as
crianças até de faixas etárias diferentes, as crianças e os adultos e entre os
adultos pensando em mais envolvimento da equipe escolar e da comunidade
nas ações pedagógicas, com o objetivo de ampliar as possibilidades de
descobertas das crianças através das novas propostas de atividades de
Intersalas e Dia da Integração e do aprimoramento das propostas já
sistematizadas como oficinas de percurso, brincadeiras tradicionais,
brincadeiras simbólicas, gincanas, leitura, contação de história, teatros, etc..
Essas propostas passaram a fazer parte da nossa rotina e já estão
estabelecidas no nosso cotidiano com as crianças.
Atualmente atendemos 660 crianças, 24 turmas divididas em dois
períodos, organizados da seguinte forma:
Manhã Tarde
Infantil III A, B, C e D. Infantil III E e F.
Infantil IV A, B, C, D. Infantil IV E, F, G e H.
Infantil V A, B, C e D. Infantil V E, F, G, H e I.
Quadro Organizacional da Rotina Escolar
Atividades Coletivas/ Horários Fixos
Período da Manhã Período da Tarde
Entrada 8hs Entrada 13hs
Lanche 9hs30 as 11hs20 13hs30 as 15hs30
Saída
Transporte
Escolar
11hs40
Transporte
Escolar
16hs40
Saída Família 11hs50 Saída Família 16hs50
Atividades
Biblioteca Escolar Interativa 2 x na semana
BEI Circulante 2 x no mês
Circuito / Estação 1 x na semana
Ateliê 1 x na semana
Parque Todos os dias
Pátio / Gramado - atividades de
Corpo e Movimento / Simbólica /
outros;
Todos os dias
Atividades de interação
Visto que a interação, embora com avanços, é algo que
precisamos aprimorar em nossa unidade escolar, logo no início do ano,
realizamos discussões sobre a temática a fim de garantirmos as ações
previstas no PPP de Intersalas de Dia da Integração, sendo alternadamente
uma vez por mês.
Dia da integração
Trata-se de um dia diferente da rotina, em que três turmas que
normalmente não se “encontram” no dia-a-dia têm a oportunidade de vivenciar
a rotina juntos. Como propostas para este dia há a contação de uma história,
uma brincadeira em corpo e movimento, além de compartilharem do mesmo
horário para o lanche.
As atividades de integração deverão ocorrer nos meses de abril, julho,
outubro e dezembro.
Atividade de intersalas
Trata-se de um dia em que há diferentes propostas nas salas de aula e
que as crianças escolhem para qual sala vão se dirigir. Parte do grupo de
professores já tinha experiência do ano anterior e avaliava positivamente a
autonomia e segurança que as crianças adquiriram a partir desta proposta,
contribuindo até para o período de adaptação, pois as crianças já conheciam
bem os professores da escola que participavam da proposta.
Para iniciar a atividade, as professoras decidiram fazer a primeira entre
as faixas etárias, assim as crianças que sentem mais a questão de ficar longe a
professora, teriam a oportunidade de experimentar esta nova experiência aos
poucos. Para os próximos meses a ideia é discutir e ampliar a proposta até que
as crianças rodiziem por todas as salas.
As atividades de intersalas ocorrerão nos meses de maio, agosto,
setembro e novembro.
Biblioteca Escola Interativa (BEI)
Por alguns anos a questão da leitura e escrita demonstrou
necessitar de uma atenção maior. Dado este colhido por meio das avaliações
anuais.
No ano de 2014, as contribuições para o aprimoramento deste
trabalho aconteceu por meio do acompanhamento do planejamento e registro
do professor. No ano de 2015, optamos por discutir logo no início do ano,
levantando dificuldades e possibilidades a partir da troca de experiências do
que alguns professores já vinham realizando. Problematizamos a questão de
que as crianças “liam” pouco e que o momento do empréstimo, seria mais
adequado e pertinente que as crianças tivessem este espaço para leitura,
substituindo o que era utilizado como recurso por algumas professoras: o
vídeo.
Foram levantadas diversas propostas que podem ser realizadas
neste espaço. Cada professor faz o planejamento mensal, podendo contar,
com a ajuda da equipe gestora, professores substitutos e volantes, além da
Letícia, do projeto Contando Histórias, no período da tarde.
Estabelecemos um quadro, que não é fechado, pode ser
modificado à medida que for necessário, mas ajuda a distribuir melhor as
propostas e aperfeiçoar o uso do espaço.
1º dia 2º dia
1ª semana Empréstimo de livros - Leitura
individual pela criança
Devolução de livros –
Leitura de uma história pela professora
2ª semana Propostas diversificadas Propostas diversificadas
3ª semana Empréstimo de livros - Leitura
individual pela criança
Atividade diversificada.
4º
semana
Propostas diversificadas Vídeos destinados ao projeto
Entendemos por propostas diversificas as seguintes atividades:
Contação de histórias
Roda de músicas, Baile, Brincadeiras musicais com fantasias.
Audição de história (CD)
Teatro de sombras, varetas, encenação.
História Compartilhada
Teatro de fantoches
Manuseio de fantoches pelas crianças, reconto e elaboração de histórias
Leitura pela professora (utilizar os diferentes portadores: jornais,
revistas, etc.);
Pesquisa (materiais diversos)
Apresentações das crianças
Roda de conversa para socialização de uma história, pesquisa, etc.
No ano de 2016 tivemos um enorme ganho com a vinda da oficial para
nossa BEI, Vanessa, pois o espaço foi ressignificado e as propostas de
contação de histórias ofertadas pela oficial mensalmente enriqueceram os
momentos de leitura das crianças e aumentaram o repertório dos professores,
que passaram a investir ainda mais para qualificação destes momentos.
Tivemos também uma pequena reforma na BEI (troca do piso, aquisição de
almofadas, reorganização do espaço), que favoreceu ainda mais o melhor
aproveitamento do espaço.
Estudo do Meio
Através do desenvolvimento dos projetos as atividades de Estudo do
Meio são planejadas para potencializar as experiências vivenciadas pela
criança, por meio do contato com o objeto de estudo e o universo cultural.
Neste ano como nosso Projeto Coletivo tem como temática a valorização do
nosso entorno, sendo assim planejaremos algumas visitas das nossas crianças
no nosso próprio bairro. Outros passeios também serão planejados de acordo
com os projetos desenvolvidos pelas turmas.
OBJETIVOS
Garantir o acesso e a participação das crianças, considerando os
princípios da escola pública;
Ampliar o universo cultural das crianças, por meio do contato com
diferentes linguagens;
Favorecer a realização de atividades investigativas ou que incluam a
dimensão lúdica, imaginativa e de socialização;
Ampliar o conhecimento da realidade física, social e cultural, levando o
aluno a observar desde o seu entorno até outras realidades.
3.1. Período de adaptação
“Ao acolher a criança em seus primeiros momentos na escola, ou a cada etapa da vida escolar, precisamos fazer com que se sintam cuidados, confortáveis e acima de tudo seguros.” (SME – Acolhimento e Adaptação)
Nos anos de 2013 e 2014 trabalhamos com o texto “Acolhimento e
adaptação”, produzido pela Secretaria Municipal de Educação. Baseando-nos
em princípios trazidos neste texto, organizamos a rotina escolar deste período
de maneira diferente.
Geralmente a Secretaria de Educação já indica a redução do período
letivo de quatro para 2 horas, sendo que o período de adaptação se estende
por 6 dias para todas as turmas. Essa redução é extremamente importante
para a criança, pois permite que ela se aproprie de novos tempos e espaços,
mesmo para aquelas que já estavam na escola e que agora têm outros adultos
como referência e outras crianças nas turmas. Aproveitamos o período após a
aula para conhecer os responsáveis e assim, obter informações (por meio da
ficha de levantamento de dados) que auxiliem o professor a entender a criança.
Sabe-se que muitos pais são trabalhadores e têm dificuldade de comparecer
nos horários estipulados pela escola, portanto, após este período, são
disponibilizados às famílias os horários de HTP e até de HTPC para este
atendimento. Entendemos que a ficha de levantamento de dados não é um
mero instrumento que pode simplesmente ser levado para a casa e trazido de
volta posteriormente, ou seja, o que tem mais valia são a conversa e os
vínculos de confiança que se estabelecem entre a escola e a família.
Para a chegada das crianças, procuramos organizar o quadro de
funcionários de maneira que auxiliem nos corredores, no portão de entrada e
nos momentos de alimentação. Além disso, é disponibilizado pelo menos um
professor a mais na sala de aula, sendo que estes são alocados de acordo com
a faixa etária e a necessidade das turmas. Nesse período os professores de 40
horas dedicam suas horas de atividades em contra turno para contribuir no
apoio às turmas.
Em alguns casos, há a necessidade de se estender o período de
adaptação da criança e para tanto, sempre consultamos a família verificando a
disponibilidade da mesma. Esta ampliação é sempre avaliada, visando uma
boa integração da criança à rotina escolar.
“Um bom planejamento do período de acolhimento garante um processo mais tranquilo para as crianças, suas famílias, os educadores e todos os demais que acompanham esta fase tão importante da vida.” (ORTIZ, Revista Avisa Lá).
Percebemos o quanto este planejamento tem sido importante e bem
avaliado tanto pelos funcionários, quanto pelas famílias que vão sentindo-se
cada vez mais seguras.
Além do planejamento operacional há o planejamento pedagógico, no
qual se privilegiam atividades lúdicas, tais como: rodas de música, contação de
histórias com diferentes instrumentos, brincadeiras, entre outras. Como as
professoras ainda estão conhecendo as crianças não é indicado atividades
com mais de um agrupamento. A rotina é organizada de modo que cada turma
tenha o horário de lanche e uma atividade externa que pode variar entre:
Biblioteca Escolar, Parque, Gramado ou Pátio.
Por fim, nossa escola está sempre recebendo crianças ao longo do ano,
portanto, ressaltamos que o acolhimento é algo que deve estar presente
durante todo o ano letivo e não somente no período inicial.
4. Avaliação das Aprendizagens
A Avaliação na Ed. Infantil é realizada diariamente através das
observações e intervenções que o professor faz em diferentes momentos da
rotina, utilizando caderno de registro para anotar suas observáveis, e através
do portfólio de cada criança, considerando seu percurso de aprendizagem.
Em 2012 houve o convite para as professoras que queriam fazer um
portfólio mais completo, substituindo o relatório de aprendizagens. Em 2013
houve um grande investimento formativo a fim de qualificar o portfólio,
pensando que, além de ser uma coletânea de atividades da criança, poderia ter
mais elementos, como fotografias, filmagens, anotações do professor, entre
outras possiblidades; pois há questões observadas e aprendizagens que não
são possíveis de visualizar apenas por meio do registro gráfico. Alguns
professores, como tiveram a experiência do ano anterior, já haviam iniciado a
construção deste portfólio; já os professores que estavam ingressando na
unidade escolar, estavam mais familiarizados com um portfólio mais simples e
com o relatório de aprendizagens no final do semestre. Portanto, para não
descaracterizar o processo de construção dos professores naquele momento,
uma parte do grupo fez o portfólio mais elaborado e outra fez o portfólio mais
simples e o relatório individual. Sendo que ao final do ano, todas as
professoras fizeram o relatório individual.
Em 2015 retomamos a discussão logo no início, ponderando a
necessidade de que a nossa escola tenha uma única forma de comunicar as
aprendizagens das crianças às famílias. As professoras se colocaram e tiraram
algumas dúvidas e o grupo concordou em fazer o portfólio durante ao longo no
ano letivo, porém a escrita do relatório individual ocorrerá apenas no segundo
semestre.
Durante a formação foi abordado que o professor coleta uma série de
informações e atividades para a composição do portfólio. Estas atividades são
muito úteis e formam o portfólio de aprendizagem. Ao longo do ano muitas
propostas são guardadas, porém ao final deve-se fazer uma seleção de
algumas que realmente demonstram a evolução da criança em sua
aprendizagem. Esta seleção é denominada de portfólio demonstrativo e é este
portfólio que é enviado para o professor do ano seguinte, as demais propostas
desenvolvidas ao longo do ano são entregues às famílias.
Como a grande maioria do grupo já teve a formação o ano passado, a
formação será destinada aos professores novos em seus horários de HTP. A
elaboração do portfólio também será acompanhada nos encontros individuais e
nas discussões de caso.
Quais são suas
maiores dificuldades /
dúvidas no trabalho
com portfólios?
O que podemos fazer...
Como começar os
portfólios?
As atividades diagnósticas são uma boa sugestão,
porém não é necessário marcar um dia de
“sondagens”, você pode se sentar com um grupo a
cada dia, no momento da atividade diversificada e
propor as atividades para ele. O momento da
brincadeira simbólica também é muito rico para
colher informações sobre como a criança pensa a
escrita, por exemplo.
O que deve conter?
Levando em conta as
especificidades de cada
faixa etária.
Como vimos no texto, a criatividade é o limite, nós
não delimitaremos atividades por faixa etária. As
expectativas de aprendizagem por faixa etária pode
ajudá-las a pensar em possibilidades.
Como mandar
atividades e relatórios
para o ano seguinte?
Atividades do portfólio de aprendizagem vão para a
família, atividades do portfólio demonstrativo vão
para o professor do ano seguinte.
Dificuldade em
observar e registrar
Elencar grupos de observação. Aproveitar o recurso
fotográfico e de vídeo.
Os portfólios devem ser
dos projetos ou das
atividades do ano
Pode haver portfólio coletivo de um determinado
projeto, porém o portfólio coletivo não exclui o
individual. Este é imprescindível para mostrar o
avanço da criança em relação a ela mesma.
Portfólios de projetos são bem interessantes.
A partir dos estudos ficaram definidas as seguintes orientações a
respeito do portfólio das crianças:
ORIENTAÇÕES PARA ORGANIZAÇÃO DO PORTFÓLIO
“Portfólio é definido como uma coleção de itens que revela, conforme o tempo passa, os diferentes aspectos do crescimento e do desenvolvimento de cada criança.” (Elizabeth Shores e Cathy Grace – Manual de portfólio.”
Quanto à: Orientações
Atividades Devem ser datadas e quando necessário ter as observações do
professor ou ditada pela criança por escrito.
Selecionar atividades que permitam a comparação.
Fotografias e vídeo Ao detectar alguma proposta que necessita de fotografia o
professor pode deixar o espaço na folha, assim a equipe de
gestão consegue reunir um número máximo de fotografias para
revelar e conseguir um valor mais em conta.
Os vídeos podem ser gravados em CD ou DVD com
identificação da criança, data e momento em que foi realizada a
filmagem.
Participação das famílias Cada professor criará um espaço no portfólio para a
participação da família, seja com questões mais dirigidas ou
uma folha em branco para que os familiares se expressem
livremente.
Participação das
crianças
É importante partilhar este instrumento com a criança e discutir
quais atividades deverão ser guardadas.
Onde colocar Poderão ser colocadas em pasta modelo romeu e julieta ou em
sacos plásticos de acordo com a organização pessoal de cada
professor.
Ao final do ano: o que vai
para casa e o que fica na
escola para a professora
do ano seguinte.
Atividades do portfólio de aprendizagem vão para a família,
atividades do portfólio demonstrativo (somente daquele ano, as
atividades dos anos anteriores também são entregues para a
família) vão para o professor do ano seguinte.
5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos
Na unidade adotamos como instrumentos metodológicos: o caderno de
planejamento e o caderno de registro do professor, nos quais usamos as
modalidades organizativas11 como referência para a organização do trabalho
(projetos, sequencias didáticas, atividades ocasionais e atividades
permanentes), bem como os portfólios das crianças e os relatórios de
aprendizagem.
Tais instrumentos são acompanhados pela equipe gestora a fim de dar
suporte e apoio ao professor, bem como promover reflexões sobre as práticas
desenvolvidas na unidade escolar.
OBJETIVOS
Aprimorar a utilização dos instrumentos metodológicos (registro e
planejamento);
Dar significado e uso real aos instrumentos metodológicos do professor;
Realizar reflexões do trabalho a partir dos instrumentos metodológicos
visando à qualidade da educação;
Que os professores possibilitem diferentes experiências às crianças
contempladas nas modalidades organizativas;
11 Conforme proposto por LERNER ao abordar a gestão do tempo e a organização das atividades in Ler e
Escrever na Escola: o Real, o Possível e o Necessário, Délia Lerner, Porto Alegre: Ed. Artmed, 2002.
Acompanhar individualmente os professores de acordo com questões
identificadas pelos formadores ou trazidas pelos mesmos.
ESTRATÉGIAS
Leituras e devolutivas de registros e modalidades organizativas.
Os registros e planejamentos serão entregues mensalmente de acordo
com o cronograma que será entregue às professoras.
Quanto às modalidades organizativas:
serão lidas e realizadas devolutivas assim que elaboradas;
será realizado um acompanhamento do desenvolvimento das
modalidades por meio de observações e discussões das mesmas;
Tematizações de práticas da unidade escolar e de outras unidades.
6. Ações Suplementares
6.1. AEE - Atendimento Educacional Especializado
Resolução CNE/CBB 4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o
Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade
Educação Especial, relacionadas por definição.
O AEE tem como função, complementar a formação do aluno por meio
da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que
eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e
desenvolvimento de sua aprendizagem.
O AEE - DI é realizado em nossa Unidade Escolar no turno em que a
criança está matriculada e o AEE – DV além do atendimento no turno também
é ofertado o atendimento no contraturno. Os professores do AEE acompanham
as crianças com deficiência, conforme o Plano de Ação, elaborado em conjunto
com a Equipe de Orientação Técnica Referência.
Considerando a necessidade da escola, temos o AEE – DI
(Atendimento Educacional Especializado para Deficiente Intelectual), e o AEE
– DV (Atendimento Educacional Especializado para Deficiente Visual)
Neste ano temos dois alunos atendidos pelo AEE – DI no período da
tarde, cujos atendimentos foram solicitados no final do ano anterior, sendo um
deles continuidade do trabalho desenvolvido em 2016. Também temos dois
alunos atendidos pelo AEE – DV, sendo um em continuidade do ano anterior
e uma aluna que foi matriculada neste ano, ambos com baixa visão.
6.2. Plano de Ação – AEE
JUSTIFICATIVA
Considerando a importância do atendimento à criança com deficiência
no ensino regular, através da garantia do seu acesso e permanência, e a
efetivação da sua inclusão na sociedade, faz-se necessário desenvolver um
plano de ação que acompanhe e norteie o trabalho dos profissionais envolvidos
neste Atendimento Educacional Especializado.
OBJETIVOS GERAIS
Garantir às crianças com deficiências o acesso, a permanência e o êxito
escolar;
Qualificar o atendimento e o acompanhamento às crianças com
deficiências;
Ampliar o conhecimento dos dispositivos legais que regem o
funcionamento da escola, da inclusão e acessibilidade e das atribuições
dos funcionários e professores.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Sistematizar o acompanhamento à criança com deficiência;
Sistematizar o acompanhamento do atendimento educacional
especializado;
Suscitar a reflexão sobre a prática educativa inclusiva.
ESTRATÉGIAS FORMATIVAS
Encontros periódicos com os profissionais diretamente envolvidos neste
atendimento;
Acompanhamento sistemático dos instrumentos metodológicos;
VI – REFERÊNCIAS
BRASIL. LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008.
BRASIL. Leis e Decretos. Lei de diretrizes e bases da educação nacional:
lei n.9.394/1996. Brasília, 1996.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura: Indicadores da Qualidade na
Educação Infantil. Brasília, 2009.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação.
Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil: resolução n.1,
de 7/4/1999. Brasília, 1999.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Por uma política de valorização
dos trabalhadores em educação Em cena, os funcionários de escola.
Brasília, setembro de 2004.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Referencial Curricular Nacional
para Educação Infantil vol3 – Conhecimento de Mundo. Brasília, 1998.
BROUGERE, Gilles. Brinquedo e Cultura. Cortez, 4 ed. São Paulo, 2001.
CASTRO, Dagmar Silva Pinto de, GANDOLFI, Cristiane, OLIVEIRA, Roberto
Joaquim (Orgs.). Uma nova aquarela, desenhando políticas públicas
integradas para o enfrentamento da violência escolar em São Bernardo do
Campo. São Bernardo do Campo, 2010.
DIONIZIO, Ivan. A relação educador-educando. Artigonal, 07/07/2010.
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender Artes-sala de aula e formação
de professores. Artemed. Porto Alegre, 2003.
KASTRUP, Virginia. De professor a Aprendiz. Artemed. Porto Alegre, 2008.
REVISTA EDUCAR PARA CRESCER. Música: entenda porque a disciplina
se tornou obrigatória na escola. Fevereiro, 2011.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Proposta Curricular, Vol. II – Introdução –
Caderno 1 – Temas Transversais, 2007.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. “Suleando” Parâmetros Norteadores da
Rede Municipal de Ensino de São Bernardo do Campo, 2011.
SICHILARO, Nereide Santa Rosa. Arte Na sala de aula. Escala Educacional,
2007.
Vygostky, L. A formação social da mente. Ed. Martins Fontes. São Paulo,
1984.
VI ANEXOS
PROJETO COLETIVO “Janelas para o Mundo”
JUSTIFICATIVA
Nas nossas últimas avaliações tem sido apontada a necessidade de
trabalharmos com as crianças o nosso entorno, valorizar a cultura local e
estudar sobre as características do nosso bairro. Também entendemos nessas
avaliações que o primeiro passo seria que os próprios funcionários
conhecessem o entorno da escola, o que conseguimos garantir na nossa
Reunião Pedagógica do mês de março.
A partir dessa visita, nos reunimos e discutimos como poderíamos trazer
para dentro da escola a realidade das nossas crianças, a fim de ampliarmos os
conhecimentos acerca do nosso bairro e da nossa cultura local. Muitas foram
as sugestões de temas a serem trabalhados, por isso decidimos considerarmos
todas as temáticas, sendo que cada turma, a partir dos interesses das crianças
e do olhar do professor, escolher aquela que mais atendesse suas
necessidades.
O tema do Projeto veio da sugestão de um dos grupos “Janelas para o
Mundo”, que retrata o nosso anseio em abrir as nossas janelas para olhar o
nosso entorno e trazer para dentro da escola a cultura da nossa comunidade.
OBJETIVOS GERAIS PARA AS CRIANÇAS
Ampliar os conhecimentos sobre a cultura local e as características
peculiares do nosso bairro (fauna e flora);
Valorizar o nosso entorno a partir do estudo sobre o bairro e as visitas
no em loco;
Levantar hipóteses de ações a serem realizadas para preservar o nosso
entorno;
Valorizar a cultura local a partir das pesquisas realizadas com as
famílias, bem como da sua participação nas atividades desenvolvidas na
escola.
OBJETIVOS GERAIS PARA A EQUIPE ESCOLAR
Conhecer o entorno da nossa escola a fim de ampliar as possibilidades
de trabalho com as crianças;
Promover a interação da nossa comunidade e a escola por meio da
participação das famílias nas etapas do projeto seja ela direta (atividade
desenvolvida na escola) ou indireta (pesquisas, relatos, envio de
materiais para estudo, etc.);
Desenvolver atividades com as crianças que promovam a valorização do
nosso entorno e da cultura local das famílias;
Propiciar a participação da nossa comunidade através de apresentações
artísticas para as nossas crianças e para as famílias no sábado letivo ou
em outros momentos da rotina escolar.
TEMAS QUE SERÃO TRABALHADOS COM AS CRIANÇAS
Janelas para o mundo: Valorizar, explorar e ampliar.
Valorizar a cultura regional considerando a individualização das famílias,
ou seja, o que trazem de experiência cultural.
Explorar seus conhecimentos socializando com a comunidade.
Ampliar sua visão sobre o mundo, partindo de suas experiências
culturais de forma a buscar novas oportunidades.
Diversidade Cultural, identidade dessa comunidade. De onde vieram?
Como chegaram à região do Alvarenga?
Sustentabilidade, cuidados de preservação com a água, considerando
que estamos em uma área de manancial com nascentes e a represa que
está em todo entorno; coleta seletiva; reciclagem; utilização de recursos
naturais.
Bichinhos de jardim;
Tradições nordestinas;
Brincadeiras de rua: resgate das brincadeiras de rua que fazíamos
antigamente. Poderia contar com a participação dos pais para ensinar
algumas delas e fazer apresentações para as turmas, ensinando como
se brinca.
Projeto leitura. Investigação sobre a biblioteca comunitária que
encontramos na Vila Moraes. Que espaço é esse? Quem ocupa? Qual é
o trabalho desenvolvido? Promover ações da escola com esta
comunidade.
Animais encontrados no entorno da escola.
AVALIAÇÃO
Todas as ações realizadas são avaliadas pontualmente nas
Reuniões Pedagógicas e HTPC’s e também ao final do ano na Avaliação Anual
realizada com todos os funcionários e membros da APM e Conselho de Escola.
Também faremos a avaliação com os pais por meio da Reunião com Pais.
Salvador Dali, Rapariga de pé à janela