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1 MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO EMEB Francisco Beltran Batistini “Paquito” PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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SUMÁRIO

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

1. Quadro de Identificação dos Funcionários

2. Quadro de Organização das Modalidades

3. Histórico da Unidade Escolar

II. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

III - ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR

DO ANO DE 2016

IV– CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE

ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Caracterização da Comunidade

2. Comunidade Escolar

2.1. Caracterização

2.2. Plano de Ação para Comunidade Escolar

2.3. Avaliação

2.4. Projeto Alvarenga em Rede

2.5. Projeto Comunidade de Aprendizagem

3. Equipe Escolar

3.1. Professores

3.1.1. Caracterização

3.1.2. Plano de Formação para os Professores

3.1.3. Avaliação do Plano de Formação

3.1.4. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

3.2. Auxiliares em Educação

3.2.1. Caracterização

3.2.2. Plano de Acompanhamento das turmas com crianças com NEE

3.3. Funcionários

3.3.1. Caracterização

3.3.2. Plano de Formação dos Funcionários

3.3.3. Avaliação do Plano de Formação

4. Conselhos

4.1. Conselho de Escola

4.1.1. Caracterização do Conselho de Escola

5. Associação de Pais e Mestres

5.1. Caracterização

5.2. Plano de Ação da APM e Conselho de Escola

5.3. Reuniões

V - ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos

2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos

2.1. Língua Oral e Escrita

2.2. Matemática

2.3. Ciências e Educação Ambiental

2.3.1. A Influência e Contribuições dos Africanos na formação da

Cultura Brasileira

2.4. Corpo e Movimento

2.5. Artes

2.5.1. Música

2.6. Brincar

3. Rotina

3.1. Período de Adaptação

4. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

6. Ações Suplementares

6.1. AEE - Atendimento Educacional Especializado

6.2. Plano de Ação – AEE

VI – CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO

VII – REFERÊNCIAS

ANEXO: PROJETO COLETIVO

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

EMEB “FRANCISCO BELTRAN BATISTINI PAQUITO”

Estradados Alvarengas, nº7552 – Bairro Alvarenga

São Bernardo do Campo – São Paulo

CEP: 09850-550

Telefone/Fax: 4358-0225/ 4358-5479

E-mail: [email protected]

CIE: 111.120

Modalidade de Ensino oferecida pela Escola: Educação Infantil

Equipe Gestora

Andréia Ap. Rosa da Silva Rocha Diretora

Adélia Cristina Andrade Santos PRVD

Marta Silva Nascimento Teixeira Coordenadora Pedagógica

Equipe Referência

Eliane Cândida Pereira Orientadora Pedagógica

Janice Caovila

Simone Favaretto

Fonoaudiólogas

Marisa Teixeira

Ana Paula Neves Lopes

Psicólogas

Aline Cristina Barroso Silva Terapeuta Ocupacional

Flávia Lente Fisioterapeuta

Períodos e horários de aula:

Manhã: 8h00 as 12h00

Tarde: 13h00 as 17h00

Horário de funcionamento da Escola:

7h00 as 18h00

Horário de funcionamento da Secretaria:

7h30 as 16h30

1. Quadro de Identificação dos Funcionários

Oficiais de Escola

Nome

Matrícula Horário de

Trabalho

Período de Férias

Vanessa Nobis de Moura

(atualmente na BEI)

37.620-6 8h00 as 17h00 Janeiro

Renata Monteiro Pereira 38.776-8 7h00 as 16h00 Maio

Francisca Franceilda dos Santos 40.208-3 8h00 as 17h00 Abril

Equipe de Apoio

Nome

Matrícula Horário de

Trabalho

Período de Férias

Ana Clementina Martins 62.738-4 7h00 as 16h00 Outubro

Cecília Isabel Alves da Costa 60905-5 6h00 as 15h00 Junho

Divanir Oliveira Fialho 19.686-8 7h00 as 16h00 Janeiro

Eliane de Souza Barbosa 60.622-7 7h00 as 11h00

13h00 as 17h00

Agosto

Maria Aureli dos Santos 19.715-7 8h00 as 17h00 Dezembro

Nilda de Leles Dias 19.842-0 7h00 as 16h00 Janeiro

Obede dos Santos Oliveira 61.146-6

8h00 as 17h00 Maio

Silindalva Carvalho de Brito

19.264-4

7h00 as 16h00 Março

Funcionárias da Cozinha

Nome Matrícula Horário de

Trabalho

Período de Férias

Francisca Ledir Araújo Castro

Em

pre

sa

CO

N

VID

A

7h00 as 16h48 Janeiro

Maria Regina M. de Sousa 7h00 as 16h48 Janeiro

2. Quadro de Organização das Modalidades

Período Agrupamento Turma Professora Total de

alunos

por turma

Total de

alunos

por

período

Manhã Infantil III A Elisiane 25

314

Infantil III B Jéssica 26

Infantil III C Elisabete 26

Infantil III D Helenita 24

Infantil IV A Selma 27*

Infantil IV B Débora 32

Infantil IV C Thais 32

Infantil IV D Vânia 31

Infantil V A Alekssandra 32

Infantil V B Rosângela 27*

Infantil V C Fernanda 30

Infantil V D Regislaine 28*

Tarde Infantil III E Luciene 25*

346

Infantil III F Elisabeth 27

Infantil III G Shirley 28

Infantil IV E Ellen 32

Infantil IV F Elaine 28*

Infantil IV G Débora 28*

Infantil IV H Aline 32

Infantil V E Cibele 27*

Infantil V F Simone 28*

Infantil V G Alekssandra 32

Infantil V H Cristina 32

Infantil V I Arinalda 27*

TOTAL: 660 ALUNOS (dados de 22/03/2017)

*Salas reduzidas por motivo de crianças com deficiência.

3. Histórico da Unidade Escolar

A construção desta Unidade Escolar veio em decorrência da

reivindicação da comunidade por uma escola no bairro que atendesse à

Educação Infantil, uma vez que a demanda de crianças na faixa etária de 04 a

06 anos nesta região é grande e a escola próxima atendia apenas o Ensino

Fundamental.

As atividades foram iniciadas em fevereiro de 2004, atendendo não

somente a Educação Infantil como também o 1º ano do ciclo I, que ao contrário

do infantil, inicialmente funcionou em containers instalados na escola vizinha, a

EMEB. “Arlindo Miguel Teixeira”, até que as salas destinadas ao fundamental

fossem terminadas. Nos primeiros meses não tínhamos Diretora, Professora de

Apoio à Direção, Oficial de Escola, Pessoal de Apoio, Material Pedagógico,

APM, ou seja, nos faltava ainda recursos humanos, materiais e financeiros,

para uma melhor estruturação da unidade.

A unidade escolar está distribuída em dois prédios separados. No

primeiro funciona uma cozinha com refeitório, área de serviço, secretaria, ateliê

de artes, sala de direção, sala dos professores, dois banheiros de uso

administrativo e dois banheiros para uso dos alunos (um masculino e outro

feminino). O segundo é composto de doze salas de aulas separadas por dois

corredores, no primeiro corredor funcionam oito salas de aulas, um espaço

adaptado para Biblioteca Interativa, dois banheiros de uso dos alunos, no

segundo corredor há quatro salas de aulas, um almoxarifado, dois banheiros

para uso dos alunos.

Após dois anos de muita dedicação em implantar nossa biblioteca, já

que tínhamos muitos empecilhos na utilização da BEI da escola vizinha “Arlindo

Miguel Teixeira” (horários reduzidos por conta da demanda de atendimento,

dias de chuva onde não era possível deslocar as crianças até à BEI), em 2008

tivemos a efetivação deste espaço, que embora seja adaptado (não tem todos

os recursos da BEI e é menor na metragem) já vem contribuindo

significativamente na rotina da escola, já que hoje não temos mais problemas

quanto a não poder ir à biblioteca em dias de chuva (o que é muito comum na

nossa região). Este espaço ainda não é o ideal, por conta do tamanho e falta

de um local mais apropriado para leitura e utilização dos recursos audiovisuais,

porém tivemos um enorme ganho com as aquisições de livros na FELIT em

2011, o que aumentou consideravelmente nosso acervo, proporcionando aos

alunos maiores possibilidades de escolha e o empréstimo quinzenal, o que

antes ocorria apenas em sala de aula com a biblioteca circulante.

No ano de 2010, algumas de nossas solicitações elencadas no PPP de

2009 foram atendidas com a reforma realizada pela Secretaria de Educação:

pintura interna e externa do prédio, manutenção das portas das salas, bem

como todas as esquadrias do prédio, revisão da cobertura do prédio, a fim de

eliminar as infiltrações, troca das descargas por válvulas hidra, regularização

dos banheiros adaptados e instalação de trocador e chuveiro, nivelação e

regularização do piso externo, troca do piso do pátio por emborrachado o que

facilitou o desenvolvimento de atividades de corpo e movimento, pois o piso

antigo causava muitos machucados nas crianças, troca das torneiras por

econômicas, drenagem do parque, revisão elétrica, ampliação da dispensa da

cozinha e construção de banheiro e vestiário para as funcionárias da cozinha

(seguindo orientações da Vigilância Sanitária), abertura de mais um guichê na

cozinha. Com todas essas ações, houve muitas melhorias no espaço físico de

nossa escola, garantindo o melhor atendimento das nossas crianças, porém

ainda continuamos com a necessidade de cobertura do pátio externo, pois em

dias de chuva ou de calor excessivo, as atividades de corpo e movimento ficam

prejudicadas, já que não temos outro espaço para a realização das mesmas.

Estas questões vêm sendo discutidas com o Conselho de Escola, onde

foram elaborados documentos para a Secretaria da Educação solicitando a

cobertura do pátio externo, ou de parte dele, para garantir que as atividades de

Corpo e Movimento, tão importantes para o desenvolvimento infantil, ocorram

todos os dias, independente de fatores climáticos.

Outra mudança significativa que ocorreu em nossa escola em 2012 foi

de garantirmos o atendimento exclusivamente à Educação Infantil, pois os

alunos que atendíamos do Ensino Fundamental (1º. Ano) foram remanejados

para a EMEB Arlindo Miguel Teixeira, com isso pudemos contemplar todas as

inscrições que foram realizadas para a Educação Infantil, sem nenhuma

criança na lista de espera. Para nós isso tem sido uma importante conquista

tanto para nossa escola, como para a comunidade, pois garantimos um maior

número de vagas para as crianças da faixa etária de 3 a 5 anos, o que não

ocorreu nos anos anteriores.

Em 2011, também tivemos a implementação de uma proposta de

adequação de espaço para nosso Ateliê de Artes, pois acreditamos que para

as atividades das crianças é importante ter um espaço que contemple todos os

materiais e suportes necessários para o desenvolvimento das propostas,

propiciando aos alunos autonomia, escolha e um local mais adequado. Este

espaço a cada momento vem sofrendo modificações a fim de garantir uma boa

utilização e organização para o professor e os alunos. Porém, nas avaliações o

grupo veio apontando que o espaço era muito pequeno e não garantia o bom

uso dos 32 alunos, sendo assim, como havia a reivindicação por um espaço

destinado aos atendimentos a pais e reuniões com a equipe, APM e Conselho

de Escola, entre outros, em 2016 o Ateliê de Artes foi desativado e o espaço

transformado em sala da Equipe Gestora e a antiga sala da coordenação foi

destinada à Sala de Reuniões. Quanto ao Ateliê, junto com os professores

organizamos três caixas com os materiais de artes, para ser utilizada uma para

cada faixa etária, porém neste ano montamos dois carrinhos, um para o

corredor de cima e outro para o corredor de baixo, pois as caixas estavam

muito pesadas para serem transportadas pelos professores.

Por questões de segurança o parque foi interditado no início de 2016,

alguns brinquedos que estavam em boas condições foram realocados para a

área do pátio, uma vez que os recursos da APM não eram suficientes para

tamanha reforma, estramos em contato com a Secretaria de Educação a fim de

pleitear a reforma deste espaço, porém não tivemos uma resposta positiva,

sendo assim instalamos o EVA no chão para garantir a segurança das crianças

em relação às quedas e temos um projeto para esse ano de colocar um

cercado para separar o parque do pátio e fazer a cobertura dos brinquedos que

ainda não são cobertos. Em 2015 tivemos como meta a instalação do tanque

de areia, que foi iniciado a construção no ano de 2014, mas também por motivo

de falta de recursos financeiros, não foi possível sua finalização, sendo assim,

retomaremos a finalização do tanque de areia neste ano.

II CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

Escola

A escola é um espaço com finalidade educativa, que deve ter a função

de formar cidadãos críticos, autônomos, pensantes e conscientes de seus

direitos e deveres, que tenham condições de interagir com as demais pessoas

e refletir sobre o impacto de suas ações em relação meio ambiente.

Para que a escola seja de fato inclusiva, precisa garantir não apenas o

acesso e a permanência, mas a qualidade da educação, sendo para isso

necessária a adequação de recursos humanos e materiais, capacitação de

todos os profissionais da escola e valorização do profissional.

Acreditamos que a escola precisa ser acolhedora, para tanto, nos

empenhamos para que todos os funcionários se envolvam no bom atendimento

às diversidades apresentadas tanto pelas crianças como pela comunidade.

Ser humano / criança

“Não nascemos humanos, humanizamo-nos a cada dia! Tornar-se humano implica em um processo de inteireza, que começa no nascimento, transforma-se na adolescência, se afirma na juventude, fortalece na maturidade, num constante processo de transformação... A cada dia e a cada tempo significamos os acontecimentos do cotidiano estabelecendo novas aprendizagens sobre nós mesmos e sobre o outro e o mundo!” (Conversando sobre o PPP – Projeto Político Pedagógico, pág. 4).

Partindo do princípio de que o ser humano se constitui a partir da

interação do meio físico e social em que vive, seu desenvolvimento se dá por

um processo que se inicia no nascimento e passa por constantes

transformações ao longo da vida.

Sendo assim, a educação deve visar à formação de um sujeito

participativo, capaz de construir, através de sua interação com o meio, seu

próprio conhecimento, tendo respeitados seus os direitos de ser, dizer, pensar,

opinar e aprender a fazer.

Princípios e Diretrizes

Os princípios e diretrizes que regem nosso trabalho partem de

uma perspectiva democrática, que têm por objetivo adotar uma metodologia

participativa, com o envolvimento dos diferentes segmentos da educação. São

eles:

1. Qualidade da educação – Pensar na qualidade da educação traz

a necessidade de considerar as condições objetivas para que isso se dê:

verbas suficientes, instalações adequadas, salários dignos, condições materiais

e estruturais de trabalho além da formação e instrumentalização do professor,

direito à educação (avaliação=prática), considerar o criança como sujeito da

educação. Para que isso se efetive, o Projeto Político Pedagógico é um

instrumento para traçarmos nossos objetivos, metas e a linha de trabalho para

concretizarmos nossas ações.

Os Princípios na prática:

Propostas que consideram os saberes das crianças e favoreçam a

construção de novos saberes;

Considerar os conhecimentos prévios de toda a comunidade escolar;

Acreditar na competência das crianças;

Formação continuada, através dos horários de HTPC, Reunião

Pedagógica, encontros individuais, devolutiva de registros e

planejamentos;

Respeito à criança;

Garantir o trabalho em todas as áreas do conhecimento;

Garantir o trabalho com a multiplicidade de linguagens, levando em

consideração a interação entre adultos e crianças, crianças e crianças

por meio do desenvolvimento dos Projetos Coletivos.

Parceria com as famílias;

Avaliação como instrumento para a reflexão da prática;

Rotina prazerosa e equilibrada.

2. Atendimento à diversidade - Oferecer a todos o acesso aos

conteúdos básicos que todo cidadão deve conhecer e para isso há

necessidade de reestruturar os nossos currículos de modo que eles tenham a

flexibilidade capaz de atender toda população que busca a escola. A inclusão

vai além das crianças com NEE, mas deve atender a individualidade de cada

criança, já que cada uma delas traz uma necessidade específica.

Os Princípios na prática

Considerar as necessidades individuais das crianças;

Sistematizar instrumentos de registro e avaliação individual das

crianças;

Acompanhamento das crianças com dificuldade de aprendizagem;

Acompanhamento das crianças com necessidades educacionais

especiais;

Adaptação do espaço escolar para o atendimento das crianças com

deficiência;

Adaptação do espaço escolar conforme as leis da acessibilidade

(reforma);

Planejamento das propostas respeitando as possibilidades e limitações

de cada criança;

Envolvimento de toda a equipe escolar para o melhor atendimento das

crianças com deficiência;

Formação continuada para os professores e demais funcionários da

escola.

3. Autonomia - Segundo a LDB a autonomia na escola deve ser

desenvolvida em vários aspectos: financeiro, administrativo e pedagógico.

- Autonomia da criança: favorecer que a criança construa o

conhecimento intelectual, moral, afetivo e sócio-político.

- Autonomia pedagógica: onde o trabalho docente coletivo

possibilita o estudo, adequação de conteúdos, replanejamento, troca de

experiências e intervenções diferenciadas.

- Autonomia administrativa: tomada de decisões da U.E. (CE e

APM), gestão democrática respeitando as normas vigentes,

descentralização de verbas.

Os Princípios na prática:

Self-service;

Diferentes momentos da rotina;

Leitura não convencional realizada pela criança tanto na BEI como

em outros espaços da unidade escolar;

Atividade diversificada;

Atividade de Estação em Corpo e Movimento;

Parque;

Roda de conversa;

Formação de acordo com a necessidade do grupo: HTPC e Reunião

Pedagógica;

Órgão colegiado.

4. Gestão Democrática – Segundo Vitor Paro, a gestão democrática é

um processo de aprendizado coletivo que não se efetiva por decreto, portarias

ou resoluções. Pensarmos a gestão compartilhada implica, portanto,

compreendermos a cultura da escola e dos seus processos, bem como

articulá-los com as relações sociais mais amplas, considerando a

DIVERSIDADE. Ou seja, a escola é um espaço de diferentes saberes. Nesse

sentido, quando buscamos construir na escola um processo de Participação

baseado em relações de cooperação, no trabalho coletivo e no

compartilhamento do poder, precisamos exercitar o diálogo considerando as

diferentes formações, habilidades e competências de todos os envolvidos.

A relação entre escola e comunidade torna-se biunívoca, a partir do

momento em que a comunidade conscientiza-se de que também faz parte da

escola. Porém, para que isso ocorra é necessário que a escola se abra para a

comunidade e oportunize voz e vez para a mesma, levando em consideração

as diferentes opiniões, para as tomadas de decisões e concretização de ações

que garantiremos o acesso, permanência e êxito das crianças.

Nessa ótica, o processo passa a ter maior relevância, como meio para a

efetivação da aprendizagem da criança, resultando de todo o esforço realizado

pela equipe gestora, equipe docente, funcionários, crianças, e comunidade.

Os princípios na prática

Nas discussões e estudos realizados nos HTPCs e HTPs;

No desenvolvimento de ações do Conselho de Escola e APM;

Avaliação da comunidade e ações desenvolvidas a partir da análise

das avaliações;

Favorecer que todos participem da elaboração do Projeto Político

Pedagógico da U.E.;

Favorecer diálogo frente aos problemas, decisões,

encaminhamentos, estudos, ações;

Reuniões com todos os segmentos.

Estabelecer o diálogo: “ouvir e ser ouvido”;

Garantir a participação da comunidade nas atividades escolares.

Envolver os diversos segmentos (professores, funcionários e

comunidade) na elaboração e no acompanhamento do Projeto

Político Pedagógico.

Ainda é um objetivo a ser atingido o fato dos pais que atuam na

A.P.M. e no Conselho de Escola saberem que seu papel nestes

órgãos colegiados é de representatividade, portanto propomos que a

partir deste ano que os professores trabalhem esta questão na

reunião com pais, destinando um tempo para que todos expressem

“Felicitações”, “Críticas” e “Proposições” sobre o trabalho

desenvolvido na unidade escolar. Os dados trazidos pelos pais serão

levados para a reunião de A.P.M. e Conselho de Escola, contribuindo

para a discussão.

5. Valorização do profissional da educação – investir na formação e

criar condições para que ela seja contínua.

Os princípios na prática

Plano de ações formativas para todos os segmentos da escola;

Discussão e estabelecimento de combinados coletivos que serão

incorporados neste documento;

Respeito às atribuições de cada grupo sem perder de vista o bom

atendimento às crianças.

6. Relação adulto X criança: Segundo Vygotsky, a relação educador-

educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de

cooperação, de respeito e de crescimento (Dionizio, 2010). A criança deve ser

considerada como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção

de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse

processo, como um indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao

professor considerar também, o que a criança já sabe, bem como sua

bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.

O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura

que possibilita progressos no desenvolvimento da criança. Nessa perspectiva,

não cabe analisar somente a relação adulto-criança, mas também a relação

criança-criança. Acreditamos que a construção do conhecimento ocorrre na

relação da criança com o grupo, com o meio, sem deixar de lado a bagagem

que ela traz também.

Sendo assim, a relação deve ser de respeito mútuo, onde as pessoas

tenham autonomia nas suas ações, aceitando as diferenças e valorizando a

capacidade individual de cada criança.

III - ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE

ESCOLAR DO ANO DE 2016

Ao final do ano de 2016 iniciamos um processo de avaliação em nossa

Unidade Escolar a partir dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil.

Utilizamos o espaço da Reunião Pedagógica do mês de novembro para a

discussão em subgrupos, formados por professores, demais funcionários da

escola e membros da APM e Conselho de Escola, onde a tarefa era olhar para

a avaliação de 2015 analisando em quais questões conseguimos avançar,

quais ainda merecem nossa atenção e o que precisamos mudar para o ano de

2017. Em dezembro, na Reunião Pedagógica, os relatores de cada subgrupo

trouxeram as suas ponderações e na plenária, com as contribuições de todos

os presentes redigimos o documento final.

Segue abaixo a síntese desse documento, embasado nas diretrizes

trazidas pela Secretaria de Educação (Gestão Democrática, Qualidade Social

da Educação por meio da prática pedagógica e Acesso, permanência e

sucesso escolar):

Diretriz: Gestão Democrática

Compromisso: Evidenciar a participação e

corresponsabilidade da comunidade escolar (funcionários, alunos,

famílias e outros membros da comunidade), dando voz a todos os

envolvidos de forma que lhes faça sentido e que cada um se reconheça

no documento, desde o acesso, implementação do projeto, tomada de

decisões até a avaliação.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do

Compromisso

O documento é utilizado em todas as discussões realizadas pela escola

(formações em HTPC e Reuniões Pedagógicas), envolvendo todos os

funcionários da escola, sendo nas decisões, como na implementação dos

projetos. Nas Reuniões com Pais, sempre são socializadas as ações da escola,

os projetos realizados para que se aproximem do PPP. A partir da construção

do PPP ao longo do ano, sendo a escrita realizada junto com os professores e

funcionários, o documento passou a ter mais sentido a cada envolvido e maior

relação com a prática.

O desafio para o próximo ano é garantir maior envolvimento da

comunidade nas ações e projetos realizados pela escola. O grupo também

levantou a necessidade de revisar o item de objetivos e conteúdos, separando-

os por faixa etária, discutidos em HTPC logo no início do ano, para evitar a

repetição de conteúdos nas diferentes faixas etárias. Se necessário, realizar

formações, atendimentos individuais para auxiliar os professores neste

processo.

Também se faz necessário investir na construção de diretrizes, no PPP,

que valorizem as diferenças e combatam a discriminação e ampliar o acesso

ao documento para todos os funcionários, professores e comunidade.

Compromisso: Propostas para aperfeiçoar a atuação dos

órgãos colegiados.

A escola tem realizado reuniões formativas onde foram trazidos

assuntos do cotidiano escolar para discussões e problematizações.

Investimento na participação dos pais nos órgãos colegiados, através das

Reuniões com Pais, com isso, os pais que participam dos órgãos colegiados

passaram a ter uma melhor visão das propostas da escola, compreendendo o

sentido de cada uma delas, contudo se faz necessário investir na maior

participação de pais nos órgãos colegiados, ainda temos poucos pais que

fazem parte da APM e Conselho de Escola e outros desistem ao longo do ano

e não comparecem às reuniões.

Ações em parceria com programas, dispositivos da

comunidade, dentre outros.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do

Compromisso

Neste ano, demos continuidade ao Projeto Comunidade de

Aprendizagem, Instituto Natura, com as ações educativas de êxito: Grupos

Interativos e Comissões Mistas. Tais ações garantiram a maior participação da

comunidade tanto nas práticas pedagógicas, como nas discussões e ações que

buscaram a solução de problemas enfrentados no cotidiano escolar. Pudemos

ter um envolvimento efetivo dos pais que participaram que trouxeram ganhos

para as crianças, na relação com eles nas propostas pedagógicas (grupos

interativos), como também no enriquecimento das discussões nas comissões:

pedagógica, alimentação, infraestrutura e comunicação. Para o próximo

teremos o desafio de conseguir trazer mais pais voluntários para os Grupos

Interativos, pois foram poucos os que participaram o que dificultou a

concretização da proposta.

Diretriz: Qualidade Social da Educação por meio da

prática pedagógica

Planos de formação articulados, a partir do levantamento

coletivo das necessidades, para todos e cada um, constituindo

diversos espaços e tempos formativos.

Os planos de formação foram construídos a partir do levantamento

coletivo dos interesses do grupo e também da leitura da necessidade realizada

pela equipe gestora. Tais planos atenderam as expectativas do grupo, bem

como as estratégias formativas, trazendo importantes discussões sobre as

práticas pedagógicas e revisão do PPP.

Os momentos formativos através dos HTPC’s, Reuniões Pedagógicas e

HTP, proporcionaram a reflexão da prática e a mudança de muitas ações

pedagógicas, foi possível, segundo o grupo, transpor a teoria para a prática e

repensar os projetos pedagógicos e planejar as ações de acordo com as

discussões realizadas nesses momentos.

Para 2017, precisaremos qualificar ainda mais as discussões, ampliando

as estratégias formativas e os momentos formativos para toda a equipe

escolar, pois faltaram mais oportunidades de reuniões específicas com os

demais segmentos da escola, a fim de alinharmos as nossas ações.

Planos de formação específicos, de acordo com as

necessidades dos diversos sujeitos envolvidos na elaboração do PPP.

Os planos de formação direcionados aos professores foram elaborados

de acordo com as necessidades coletivas e individuais de cada professor,

através dos momentos de HTP, porém os demais segmentos participaram

apenas das Reuniões Pedagógicas, sendo realizadas apenas algumas

reuniões de caráter de organização do trabalho.

Como já citado anteriormente, para o grupo de professores foi possível

discutir e repensar muitas ações e projetos pedagógicos, claro que ter os

demais funcionários envolvidos nas Reuniões Pedagógicas propiciou também

tanto o aspecto formativo dos funcionários, como a ampliação dos

conhecimentos sobre as propostas pedagógicas e um maior envolvimento de

todos nos projetos realizados pela escola. Para 2017, se faz necessário

garantir mais momentos formativos para os funcionários do apoio, oficiais e

merendeiras.

Práticas didáticas significativas, contextualizadas e

inclusivas que garantam o processo de ensino e aprendizagem de

todos e de cada um.

(Integração de mídias e tecnologias, práticas

de leitura, mediação de leitura, pesquisa escolar, acesso

às múltiplas linguagens, inclusão).

Este ano de 2016, com a chegada da oficial na Biblioteca, tivemos a

qualificação do uso desses espaços, já que há alguns anos o grupo sempre

trazia a biblioteca como um local que precisava de readequações. Com a

oficial, foi garantido tanto a organização do espaço, como alguém a mais para

a orientação das crianças para uso da BEI e também uma parceira para as

contações de histórias. O Projeto Coletivo “Contação de Histórias” também foi

um importante aliado para que o espaço da BEI fosse de fato utilizado para tais

momentos, garantindo às crianças a oportunidade de ouvir histórias contadas

das mais diversas formas, com os mais diferentes recursos, qualificando a

prática dos professores.

Outro aspecto a destacar, foram às trocas de experiências

desenvolvidas nos HTPC’s, o que propiciou a ampliação do repertório das

professoras nas práticas de Corpo e Movimento, o que também ocorreu com as

atividades que envolvem a Música. O grupo entendeu a necessidade e

importância de continuidade das trocas de experiências.

O Projeto Horta, com a parceria do projeto Ação Saudável também

trouxe importantes contribuições para o desenvolvimento de propostas e um

trabalho que propiciou às crianças a oportunidade de vivenciar na prática e

desenvolver hábitos saudáveis de alimentação, através do plantio, colheita,

receitas e degustação.

Ainda nos deparamos com a falta de recursos para o desenvolvimento

das atividades de artes, brincadeiras simbólicas e Corpo e Movimento, embora

tenhamos adquirido muitos materiais neste ano, a quantidade ainda não atende

a demanda de toda a escola. Quanto às propostas de Corpo e Movimento,

além da falta de material, é importante o investimento em momentos formativos

para qualificar o uso dos materiais.

O grupo avaliou que ainda falta conhecer a comunidade atendida, o

entorno da escola para pensarmos em projetos que contemplem ainda mais a

cultura local, por isso encaminhou-se que para o próximo ano haja a visita dos

funcionários à comunidade e a partir disso, construir um projeto coletivo, onde

cada professor terá autonomia para desenvolver uma proposta pedagógica que

atenda melhor as necessidades da sua turma. Também se levantou a

importância de explorar o entorno com as crianças, pois isso ocorre apenas

nas atividades de Mostra Externa de Artes, onde fazemos a exposição das

atividades das crianças no comércio local.

Algo que o grupo trouxe como indicativo, foi a retomada das atividades

de integração (turmas de diferentes faixas etárias realizam brincadeiras,

contação de histórias e lanche em conjunto) e as atividades de intersalas, que

estavam ocorrendo com frequência em anos anteriores e neste ano só

aconteceram às atividades de intersalas em alguns agrupamentos.

É importante salientar também que a falta de um auxiliar para as turmas

de Infantil III trouxe prejuízos para o desenvolvimento de muitas propostas com

as crianças, pois como já vimos trazendo em anos anteriores, apenas um

educador por turma nesta faixa etária é insuficiente para garantir o

acompanhamento individual dos alunos, algo primordial nesta faixa etária, tanto

para os cuidados (acompanhamento ao banheiro e momento da refeição),

como para as propostas pedagógicas.

Diretriz: Acesso, permanência e sucesso escolar

Formas de acolhimento aos educandos, considerando

necessidades coletivas e individuais e respeitando as diversidades de

gênero, etnia, credo, pessoas com deficiência.

As ações de acolhimento aos educados ocorrem desde o momento da

matrícula, passando também pelo momento da adaptação e também em

relação às propostas pedagógicas. No que diz respeito às crianças com

deficiência, a família é acolhida pela Equipe Gestora e professor, através de

reunião específica para conhecermos a criança, suas necessidades e suas

especificidades, em algumas vezes, o técnico da EOT que acompanha a

criança participa desta reunião.

Os demais pais são convidados a participarem de entrevista com a

professora logo após o ingresso das crianças, a fim de conhecer melhor o

aluno na sua individualidade e colher informações importantes para o

atendimento da criança na escola. Sentimos ainda dificuldade em garantir a

presença de todos os pais para a entrevista, mesmo oferecendo diversos

horários como: HTP, HTPC, entre outros, uma parte deles não comparece. Por

atendermos muitas crianças do transporte escolar, algumas famílias nem

mesmo conhecer o professor da criança, o que é ruim, pois faltam informações

muito importantes sobre cada uma delas. Pensamos para o próximo ano em

enviar um cadastro pela agenda com informações sobre a saúde da criança,

gostos e preferências, etc..., mas ficamos com receio de que isto afaste os pais

ainda mais da escola.

Articulação das escolas do território/macrorregião para

ampliação de ações de acolhimento e acompanhamento aos alunos e

família.

Nossa escola tem participado, desde o ano de 2010, o Projeto Alvarenga

em Rede, que em parceria com a UBS, CRAS e Conselho Tutelar, realizando

ações que buscam garantir o acesso e permanência das crianças na escola e

também a proteção integral daquelas que se encontram em situações de

vulnerabilidade social e envolvidas em situações de violência.

Através desse projeto, tivemos muitos ganhos no que diz respeito à

frequência dos alunos na escola e com as parcerias, conquistamos importantes

ações para algumas famílias que se encontravam em vulnerabilidade social e

encaminhamentos para os casos de violência. Com isso, além da garantia do

acesso e permanência na escola, houve avanços nas aprendizagens e

interações nas ações educacionais.

Os desafios ainda são o de conquistar a parceria das escolas estaduais

do nosso entorno, a fim de garantir ações que envolvam também os demais

irmãos dos nossos alunos e também de reafirmar a parceria com o Conselho

Tutelar, visto que ainda há pouca participação nas reuniões e faltam

devolutivas sobre os casos encaminhados.

Organização da rotina a partir das necessidades dos sujeitos.

No ano de 2016, tivemos alguns avanços em relação ao atendimento

das crianças com NEE, sendo eles: o atendimento da professora de AEE DV

para uma criança com baixa visão (colaborativo e contra turno) e da professora

de AEE DI para uma criança com paralisia cerebral. Com estes atendimentos,

foi possível traçar um plano pedagógico que garantiu o melhor atendimento das

especificidades das crianças, embora esses atendimentos tenham se iniciado

tardiamente para a criança com paralisia cerebral. O grupo evidenciou a

importância de socializar com todos os professores e funcionários o

atendimento realizado, visto que muitos não tinham conhecimento dos mesmos

e que as ações das professoras de AEE possam ser socializadas em HTPC,

pois assim haverá a ampliação de conhecimentos sobre tais necessidades para

todos os professores da escola. Sugeriram também oferecer cursos para todos

os professores que tenham interesse na temática e não apenas aos

professores dos alunos em questão. Outro desafio é garantir que haja uma sala

de recursos em todas as Unidades Escolares, para que o atendimento no AEE

ocorra na própria escola e possa abranger outros alunos com NEE.

Também é necessário investir na adaptação dos brinquedos do parque,

torneiras dos banheiros, bebedouros para atender às necessidades dos alunos

com NEE, garantindo a autonomia no uso destes espaços.

Outra questão é ampliar o acervo de livros e brinquedos para garantir a

diversidade (raça e etnias), pois embora já tenhamos investido nesses

materiais, o acervo ainda é pequeno.

Para garantir o melhor atendimento das crianças do Infantil III, o grupo

reforçou a solicitação e a necessidade urgente de uma auxiliar para essas

turmas, pois as crianças são muito pequenas e demandam um olhar mais

cuidadoso nas questões de higiene e alimentação, bem como no

desenvolvimento das atividades pedagógicas. Também se faz necessário

solicitar um funcionário para o atendimento das crianças com relação às trocas,

atendimento nos machucados, apoio aos professores, que era realizado pela

funcionária readaptada do apoio que se aposentou neste mês.

Quanto aos acidentes que ocorrem na escola envolvendo nossas

crianças, neste ano a PRCP participou de uma formação com a equipe do

SAMU no Cenforpe e socializou com a equipe de professores, porém o grupo

avaliou a importância de que esta formação ocorra na escola para todos os

funcionários, pois todos se sentem despreparados para agirem nestas

situações, sugeriram a formação com as enfermeiras da UBS, com a equipe do

SAMU ou do Corpo de Bombeiros.

Compromissos definidos pela equipe escolar no PPP.

Alimentação escolar

O cardápio da escola continua sendo elaborado pela nutricionista da SE,

porém ainda temos crianças que não aceitam o que é oferecido, principalmente

nos dias que tem PTS e frango, gerando ainda muito desperdício de alimentos.

A Comissão de Alimentação (formada pelo projeto Comunidade de

Aprendizagem) continua investindo na melhoria do cardápio e aguardando uma

devolutiva sobre o complemento (colação na entrada e fruta todos os dias).

Tivemos uma reunião com a Chefe SE-212 Vanessa neste mês de dezembro e

a mesma acolheu nossas queixas e disse que investiremos no self-service no

próximo ano, visando diminuir o desperdício e a autonomia das crianças na

escolha de como consumir o alimento. O grupo sugeriu mudanças no cardápio

dando à escola autonomia para preparar outras refeições com os alimentos

ofertados, ex: hamburger ou kibe com o PTS (experiência que já ocorreu neste

ano através do Projeto Alimentação Saudável desenvolvido por algumas

professoras na escola e que houve uma excelente aceitação por parte das

crianças). Outras sugestões também foram levantadas para garantir a melhor

aceitação do cardápio pelas crianças: cardápio no mural da escola para a

família e para as crianças de forma lúdica (ex: figuras), continuar investindo no

trabalho com as crianças para diminuir o desperdício, com ações específicas

de acordo com as necessidades de cada turma, fazer a degustação com as

crianças de novos alimentos e com os alunos ingressantes na escola.

Espaços, Materiais e Mobiliários

Neste ano tivemos muitos avanços em relação à BEI: troca do piso

compra de almofadas, banner informativo, manutenção dos mobiliários e

reorganização do espaço, garantindo a acesso aos materiais e

diversidade/quantidade suficientes para o uso com as crianças. A instalação do

Datashow e o acesso à internet propiciou o melhor uso dos recursos visuais e

de pesquisa com as crianças. Os desafios neste espaço ainda são o

empréstimo dos livros, pois alguns alunos não fazem a devolução dos mesmos,

o que vai aos poucos defasando o acervo da escola.

Outro desafio que persistimos por todos esses anos são a cobertura do

parque e do pátio, pois em dias de chuva e sol intenso, não existem outros

espaços cobertos para as crianças brincarem. Neste ano, tivemos a remoção

do parque para outro espaço (junto ao pátio) o que garantiu que alguns

brinquedos ficassem cobertos (entorno do refeitório) e também a instalação de

tatame de EVA para diminuir os machucados que ocorrem com as quedas na

utilização dos brinquedos.

Ainda é necessário também o investimento na compra de materiais e

brinquedos para as atividades externas de Corpo e Movimento, pois o que

temos estão escassos e muitos sem condições de uso, porém é importante

ressaltar que além da aquisição dos materiais e brinquedos, é preciso o

investimento na formação para a qualificação no uso dos mesmos.

A desativação do ateliê, sugerido na avaliação de 2015, ocorreu neste

ano, os materiais foram divididos por faixas etárias para serem utilizados nas

salas de aula, porém ainda precisamos investir na compra de mais materiais

para que cada sala tenha o seu kit de artes.

Algumas demandas foram levantas no que diz respeito à manutenção

predial, tais demandas visam garantir a segurança das crianças, autonomia no

uso dos espaços, melhoria na higiene e salubridade, são elas: manutenção de

ventiladores quebrados, troca dos assentos dos vasos sanitários, troca das

saboneteiras dos banheiros por itens de melhor qualidade, instalação de

saboneteiras nas pias de escovação, manutenção nas portas das salas de

aula, troca dos puxadores das janelas de algumas salas, troca dos pisos das

salas de aula, aumentar o muro do barranco, instalação de novo piso

emborrachado no antigo parque (que agora é utilizado para atividades de

Corpo e Movimento) e também fazer mais lousas de giz e canetinha para as

crianças brincarem, instalação de forro acústico na biblioteca, instalação de

espelhos nas salas de aula ou troca de local nas salas onde o espelho não

garante a visualização das crianças, manutenção do telhado da escola para

acabar com as infiltrações e goteiras tão constantes em dias de chuva, troca de

vidros quebrados, proteção nas portas (amortecedores ou pinos para segurar a

porta), manutenção das torneiras quebradas, construção de uma casinha de

bonecas de alvenaria do tamanho adequado que garanta o acesso de todos os

alunos, inclusive os cadeirantes.

Contudo outras ações realizadas em parceria com a APM, Conselho de

Escola e Comissão de Infraestrutura (Projeto Comunidade de Aprendizagem)

foram muito bem avaliadas, são elas: troca do piso da BEI, manutenção de

ventiladores quebrados, compra de brinquedos para as salas de aula, criação

da Sala de Reuniões (espaço apropriado para atendimento aos pais, reuniões

de equipes e com outros profissionais).

IV. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA

OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

Caracterização da Comunidade

“O bairro surge alguns séculos antes da formação da Represa Billings, mas

sempre teve ligação com a água”. Primeiro, com o Rio Grande, por aonde iam e

vinham os alvarengas na interligação Borda do Campo com Santo Amaro,

transportando passageiros e mercadorias.

“Eram os tempos antigos da colonização de São Bernardo, quando o transporte

fluvial possuía relativa importância, em virtude de não existirem os veículos

automotores”. (MEDICI, Ademir. São Bernardo do Campo 200 anos depois. A

história de São Bernardo contada por seus protagonistas. 2012, pág. 208)

Represa Billings, 1948 (site www.avelok.com.br)

Nossa escola está localizada no Bairro Alvarenga, área de manancial

cercada pela Mata Atlântica e às margens da represa Billings. Essa área era

formada por grandes sítios onde eram plantados tomate, pimentão, repolho e

todo tipo de verduras e legumes, até a chegada do projeto de compra dessas

terras para serem inundadas para a formação da Represa Billings com o

objetivo de gerar energia elétrica e abastecer São Paulo, que é a grande

herança que temos aos nossos arredores. A Represa também era utilizada por

pequenos barcos que percorriam a região até a região de Santo Amaro,

principalmente nas épocas de festas religiosas como mostra a foto abaixo:

Músicos da Corporação Musical Carlos Gomes, 1940 (fonte memoria-sbc.blogspot.com.br)

Também contamos ainda com uma parte de Mata Atlântica preservada,

tendo uma flora bastante particular da região, com plantas nativas desta mata.

Outro aspecto é a fauna, que embora tenha perdido uma parte de seu espaço

para as grandes construções, ainda é bastante diversificada, com pássaros que

sempre rodeiam e inclusive estão presentes em nossa escola, uma das aves

que são bem características dessa região são as Garças, que formam uma

bela paisagem às beiras da represa, por sua grande quantidade e beleza,

inclusive, em homenagem a elas que um dos bairros vizinhos à nossa escola

foi nomeado Parque das Garças. Também, por aqui ainda existirem muitos

sítios, há criações de gados, porcos, galinhas, o que torna a região bem rica

em animais que pouco vemos na cidade. Inclusive é comum o trânsito parar na

Estrada dos Alvarengas para a travessia de vacas, bois e bezerros.

Pássaros na Mata Garças na Represa Billings

Criação de Galinhas Flor Maria Sem Vergonha nativa da Mata Atlântica

A mata vem perdendo seu espaço devido às construções, pois no

período da formação da represa ainda existiam árvores frondosas propícias à

fabricação de móveis, esta formação urbana, de acordo com o livro “São

Bernardo: 200 anos depois”, surgiu a partir dos anos 1950, com loteamentos

consolidados, anteriores à era da proteção dos mananciais, todos ainda

carentes de obras de infraestrutura. Em meados da década de 1970, novos

moradores passaram a construir seus barracos junto à beira da represa, os

trabalhadores da construção da Rodovia Imigrantes, formando as primeiras

favelas da região. A segunda metade da década de 1980 é marcada por uma

explosão de loteamentos populares na Grande Alvarenga, hoje são 69

loteamentos, entre legalizados e em processo de regularização. Porém é

importante destacar que por falta de tratamento de esgoto das casas, sendo

despejado diretamente na Represa, este enorme bem natural está cada vez

mais poluído e perdendo sua capacidade de armazenamento de água, o que

se constitui num enorme problema.

A paisagem local é marcada por uma grande diversidade, ao redor da

escola as casas são mais estruturadas, de alvenaria, com ruas pavimentadas,

energia elétrica e tratamento de água e esgoto. Já as vilas mais afastadas

enfrentam problemas sérios de saneamento básico e algumas não possuem

fornecimento de água tratada.

No bairro ao lado da escola, Parque das Garças, as ruas são asfaltadas,

existe saneamento básico adequado e energia elétrica convencional. As casas

são de alvenaria, existe variedade de comércio e fácil acesso às linhas de

ônibus. Porém, é possível observar outro bairro, também muito próximo à

escola, chamado Serro Azul, onde a realidade é bem diferente, pois as ruas

não são asfaltadas, falta saneamento básico e energia elétrica adequada,

embora hoje já haja grandes avanços no que diz respeito à construção das

casas que antes em sua maioria eram de madeira e com a intervenção da

Defesa Civil, por conta das áreas de risco, as casas passaram a ser em sua

totalidade de alvenaria. Características semelhantes a estas também são

encontradas nos bairros Sítio Joaninha e Acampamento dos Engenheiros, que

além da falta de estrutura, são bem distantes da U.E., tornando o acesso à

escola mais difícil.

A topografia também dificulta a própria estrutura das construções,

obrigando as pessoas a construírem alternativas para acesso, como:

passagens com madeiras, escadas com pneus ou tábuas, etc... Na maioria são

ruas muito estreitas e com muitos morros, o que também dificulta o acesso das

crianças à escola. Por esse motivo temos em nossa escola muitas crianças que

utilizam o transporte escolar.

Muitas famílias também não possuem linha telefônica, algumas têm

celular, o que torna muito complicado a comunicação com os pais dos alunos,

visto que por falta de torres o sinal é difícil.

Rua Maurício Galante – Pque. das Garças

Bairro Vida Nova

Vista aérea dos bairros do entorno

O sol nascendo Vista do Parque Ideal

Contudo, a pesca que antes era um dos grandes marcos do turismo na

região, ainda ocorre, embora com menor intensidade, os bares à beira da

Represa continuam tendo muita procura por pessoas até mesmo de outros

bairros e de outras cidades, em busca de um bom peixe. Antigamente a

Represa também era muito visitada por jovens que nadavam nas suas águas

puras, segundo José Candido (relato no livro São Bernardo: 200 anos depois)

havia trilhas, percorridas pelos meninos em busca de lugares para nadar, hoje

embora ela esteja mais poluída, no parque Ideal existe um braço da represa,

chamado pelos moradores de “Prainha”, que é utilizado pela comunidade para

nadar aos finais de semana.

Esta região também foi marcada pelo campo de futebol Esporte Clube

Bandeirante que jogou muitos anos no Alvarenga, desaparecendo no final da

década de 1950 com a construção da Rodovia Imigrantes que dividiu o

Alvarenga em dois. A alternativa para esta região foram campos de futebol

improvisados pela comunidade para garantir um espaço de lazer tanto para as

crianças, como para os adultos. Poucas são as opções de lazer na região, o

espaço mais estruturado é o parque e a quadra da EMEB Arlindo Miguel

Teixeira que são utilizados aos finais de semana pelos moradores da região.

Campo de futebol na beira da Represa

A região do Alvarenga, por ter uma abundante mata atlântica

preservada, onde nas décadas de 1950 havia a retirada de lenha e barro da

represa, destinadas à construção das casas, fez surgir a primeira olaria. Daí

por diante, com a chegada de novos moradores e a construção da Rodovia

Imigrantes, também surgiram os primeiros bares o que se tornou um comércio

bem forte nesta região. Atualmente, temos no nosso bairro, muitos comércios

locais que geram emprego à comunidade e um centro de reciclagem, mas o

deslocamento dos trabalhadores para o centro e outras cidades para trabalhar

é predominante.

“A Rodovia dos Imigrantes, inaugurada em 28/06/1976

(trecho da Serra), dividiu o Alvarenga em dois, acabando com o

velho campo do Bandeirantes e com a casa e o bar dos Fabrício,

tradicionais pontos de encontro da região, como também as

olarias e os botecos.” (Aspectos Históricos da Cidade de São

Bernardo, site www.saobernardo.sp.gov.br)

Quanto aos programas culturais, todos os bairros contam com

Associações de Bairro que destinam seus espaços para oferecerem cursos

pagos de informática, teatro, dança artesanato, capoeira, entre outros, o que

não garante o acesso de todos os moradores. Os moradores sentem falta de

mais espaços culturais, entendendo que estes sejam muito importantes para as

crianças e adultos. Em pesquisa realizada com as famílias das nossas

crianças, coletamos os seguintes dados:

Em relação aos espaços educacionais o bairro possui uma Escola de

Educação Infantil (3 a 5 anos), uma Escola de Ensino Fundamental (6 a 10

anos) e uma Escola Estadual que atende do 6º ano ao 3º ano do Ensino Médio.

Cabe ressaltar que estas escolas são distantes de alguns bairros (Parque Novo

Horizonte, Ideal, Químicos e Acampamento dos Engenheiros), sendo possível

o acesso das crianças por meio do Transporte Escolar, mas hoje já temos um

enorme ganho, não temos lista de espera na Educação Infantil, o que

representa um grande avanço para nossa comunidade. Outro fator que merece

relevância é a falta de atendimento para crianças de 0 a 3 anos, o que vem

movendo as famílias numa constante solicitação de construção de uma creche

no nosso bairro.

Quanto à saúde, até o ano de 2010, o bairro contava apenas com o

atendimento da UBS da Vila União e Pronto Socorro do Alvarenga, que além

de serem distantes da comunidade não atendiam à demanda da região. Em

2010, tivemos a construção da UPA União, sendo mais próxima da nossa

comunidade o que facilitou o atendimento das famílias desta região, portanto é

020406080

100120140160180200

Locais de lazer e cultura que a criança costuma frequentar

Locais de lazer e cultura que acriança costuma frequentar

importante salientar que se faz necessário a construção de mais uma UBS,

pois a distância dos bairros dificulta o acesso e a quantidade de bairros que

utilizam o equipamento faz gerar listas de espera em alguns atendimentos.

Com relação ao transporte, há duas linhas municipais e duas linhas

intermunicipais, com poucos ônibus, o que não atende as necessidades dos

moradores, gerando tempo de espera muito grande, porém há de se ressaltar

que os itinerários destas linhas vêm ao longo do tempo se estendendo aos

bairros que antes não contavam com este serviço, o que é o caso do Parque

dos Químicos. Há ainda, um ônibus circular gratuito, apelidado de “Poeirinha”,

que circula entre Eldorado (Diadema) e UPA Vila União. Este ônibus está em

péssimo estado de conservação, contudo é o único meio de transporte para

muitas pessoas, principalmente as que moram no Acampamento dos

Engenheiros. Seu objetivo é atender este bairro, que não possui outra linha de

ônibus e tem por objetivo, transportar os moradores para as escolas, UBS da

Vila União e a UPA, embora haja problemas com este atendimento. Por ser

uma área rural, ainda contamos com muitas famílias utilizando carroças para

transporte de legumes e verduras ou para se locomover aos bairros vizinhos,

bem como um grande número de habitantes que utilizam a bicicleta como meio

de transporte. Há de se destacar que a comunidade aponta a importância da

melhoria da sinalização de trânsito na Estrada dos Alvarengas, já que esta é a

principal via de acesso de todos os bairros, embora já tenham ocorrido

algumas ações que já trouxeram melhorias significativas: lombada eletrônica

que foi uma conquista do Conselho de Escola, faixas de pedestre e alguns

semáforos.

Outro fator relevante é a distância do bairro do centro da cidade,

dificultando o acesso da comunidade aos serviços prestados nesta região,

como hospitais, comércio, em 2014 tivemos a inauguração da Subprefeitura,

Rede Fácil, CAPS e Centro de Especialidades Odontológicas ao lado da UPA

União, aproximando a nossa comunidade dos serviços essenciais. Também é

importante ressaltar que a construção do Hospital das Clínicas próximo à nossa

região também trouxe enormes contribuições para nossa comunidade local.

Contudo, não podemos deixar de destacar, que por estarmos em meio a

uma área de manancial, com Mata Atlântica preservada, pouca existência de

indústrias, baixo índice de transportes pesados (caminhões), esta região conta

com menor índice de poluição ambiental, sonora e visual, o que traz a essa

comunidade uma melhor qualidade de vida. Também temos um menor índice

de violências que são presenciadas com muito mais incidência em outras

regiões da cidade, poucos são os números de assaltos se comparados a estas

outras regiões. Também com a implementação do Projeto de Monitoramento

dos equipamentos públicos que foi realizado pela Guarda Civil Municipal,

acreditamos que nosso bairro está mais seguro. Tudo isso torna esta região,

com suas peculiaridades, mais tranquila para se viver...

fonte: www.abcdmaior.com.br

Neste ano, após diversas avaliações do grupo apontando a necessidade

de conhecer o entorno da escola, fizemos em uma Reunião Pedagógica um

passeio pelos bairros que moram as crianças que atendemos na escola. Esta

visita foi muito rica, pois propiciou à grande maioria dos nossos funcionários

conhecerem o local onde nossas crianças moram, suas realidades e fazer um

levantamento de possibilidades para o nosso Projeto Coletivo deste ano.

Também mesmo àqueles que já conheciam os locais, pudemos ver grandes

mudanças e avanços no Acampamento dos Engenheiros que já conta com

casas mais estruturadas, postes de luz nas ruas (doação da ONG Teto com a

tecnologia de luz solar), ruas com identificação, entre outros e no bairro Sítio

Joaninha, água da Sabesp, energia elétrica e pavimentação.

2. Comunidade Escolar

2.1. Caracterização

No ano de 2013, após leitura do perfil da nossa comunidade, verificamos

que o texto não era mais fiel à nossa realidade, visto que nos últimos anos o

contexto das famílias passou por muitas mudanças. Portanto, decidimos

realizar uma pesquisa que tinha por objetivo fazer um levantamento do perfil

desta comunidade e aproximar o máximo possível o nosso PPP da realidade

das famílias que atendemos, já que entendemos a importância de conhecer a

nossa clientela para planejar propostas de trabalho que atendam suas reais

necessidades e possam fazer sentido às nossas crianças. Vale ressaltar de

que tivemos um retorno de 60% das famílias, o que já nos trouxe dados

bastante significativos para traçarmos o perfil desta comunidade.

Através desta pesquisa observamos que as famílias em sua maioria

moram no bairro há pelo menos dois anos, embora tivemos o maior percentual

de famílias que moram há mais de 10 anos nesta localidade, o que demonstra

uma rotatividade bem menor do que tínhamos em anos anteriores. Isso se

deve ao crescimento dos loteamentos que aqui se expandiram e até mesmo as

condições de trabalho que se estabilizaram na nossa região.

As origens das famílias são diversas, predominando em sua grande

maioria o nosso próprio estado, mas também há diversas destas famílias que

emigraram das Regiões Nordeste, Norte e Sul, com um percentual mais

elevado da Região Nordeste, principalmente do estado da Bahia.

Quanto à profissão, o que antes tínhamos muitos autônomos, com

empregos informais, hoje já percebemos uma mudança bastante significativa

para empregos formais, com profissões bem diversas, segue o gráfico que

demonstra essa diversidade:

Entre as opções outros, tivemos diversas profissões relacionadas à

Indústria (Automobilística, Química, Alimentação), Saúde (Enfermeiros,

Auxiliares de Dentista), Comércio (Operador de Caixa, Fiscal de Loja,

Conferente, Embalagem, Padaria, Feirantes), Educação (Professor),

Empresários. Outro fator observado na pesquisa é que apenas 32% das mães

não trabalham o que representa um número maior de mães trabalhadoras em

relação aos anos anteriores. Os locais de trabalho das famílias são diversos,

assim como suas profissões, mas é possível verificar que a grande maioria se

desloca a bairros mais distantes da cidade para trabalhar e também muitos se

deslocam a outras cidades.

Em sua grande maioria, as crianças moram com os pais, tendo também

um número significativo de avós que assumem a responsabilidade dos seus

netos. No período contrário da escola, as crianças geralmente ficam com seus

pais, mas novamente o percentual de avós que cuidam dos netos é significativo

como mostra o gráfico abaixo:

Profissões

Donas de casa

Ajudante Geral

Doméstica

Pedreiro

Motorista

Operador de Máquina

Cabeleireira

Auxiliar de Produção

Mecânico

Vendas

Pintor

Autônomo

Outros

É possível observar também, pelo grande número de solicitações de

troca de período por parte das famílias para o período da tarde, que muitos

pais trabalham no período noturno, onde há um revezamento por parte das

famílias para o cuidado dos filhos.

Concluímos que atendemos uma clientela bastante diversa, o que nos

traz grandes desafios para traçarmos ações que inclua a todos. Nossas

crianças, assim como suas famílias nos trazem também uma diversidade bem

significativa o que nos indica que nosso trabalho deve considerar essa

heterogeneidade, respeitando suas individualidades para promover

experiências que proporcionem a todos (equipe escolar, comunidade e

crianças), a ampliação e a produção de novos conhecimentos.

Quem cuida da criança fora do período de aula

Pais

Avós

Irmãos

Outros familiares

Babá

2.2. Plano de Ação para a Comunidade Escolar

JUSTIFICATIVA

Ao final do ano de 2016, realizamos a Avaliação dos Indicadores de

Qualidade, onde pudemos contar com a participação da Equipe Escolar,

Conselho de Escola e APM. Nesta avaliação percebemos a necessidade de

continuarmos investindo na participação das famílias nos projetos

desenvolvidos na escola, bem como dar continuidade ao Projeto Alvarenga em

Rede e ao Projeto Comunidade de Aprendizagem, do Instituto Natura. Outro

foco de participação da comunidade é no nosso Projeto Coletivo “Janelas para

o Mundo”, que terá como foco a valorização da comunidade local, o nosso

entorno e a cultura das nossas famílias.

Avaliamos também que a participação das famílias deve se dar tanto na

elaboração do Projeto Político Pedagógico, como nas ações previstas durante

o ano letivo, sendo necessário que todos tenham acesso a esse documento.

Outra questão que foi discutida é a maior participação das famílias nas

Reuniões com Pais, através de ações formativas que favoreçam a aproximação

dos pais ao trabalho desenvolvido pela escola.

OBJETIVOS

Ressignificar a participação das famílias nas propostas desenvolvidas na

escola, que também as qualificam nas tomadas de decisão, envolvendo

mais a comunidade, com o foco nas práticas pedagógicas, ampliando a

sua participação nos projetos da turma;

Favorecer a participação da comunidade escolar na elaboração e

efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola;

Promover o acesso ao Projeto Político Pedagógico, tanto das famílias

como da Equipe Escolar, a fim de se aproximar e conhecer o trabalho

desenvolvido pela escola;

Envolver a comunidade escolar no desenvolvimento do Projeto Coletivo,

valorizando a cultura local e o nosso entorno, através da participação

nas atividades desenvolvidas pela turma e nos eventos dos sábados

letivos;

Oportunizar espaços de discussão e avaliação das ações desenvolvidas

na escola, por meio da Reunião com Pais;

Favorecer espaços de formação para as famílias nas Reuniões com

Pais, buscando aproximá-las do trabalho desenvolvido na escola, bem

como esclarecer suas dúvidas sobre as propostas pedagógicas

desenvolvidas por meio dos projetos;

Investir na qualidade do atendimento das nossas crianças, favorecendo

seu pleno desenvolvimento, através das parcerias firmadas do Projeto

Alvarenga em Rede e do Projeto Comunidade de Aprendizagem.

AÇÕES PROPOSTAS:

Garantir que haja PPP impresso na BEI para consulta das famílias

quando solicitado ou houver alguma dúvida e questão sobre o

desenvolvimento do trabalho da escola;

Trazer trechos do PPP nas Reuniões com Pais e nos bilhetes, sempre

relacionados com o assunto tratado, para que as famílias se aproximem

ainda mais deste documento que permeia nossas ações;

Espaços na Reunião com Pais para que as famílias escrevam e

discutam sobre seus anseios, dúvidas, sugestões e críticas sobre o

desenvolvimento das propostas da escola (logo abaixo descreveremos a

organização específica das reuniões);

Propostas de formação às famílias nas Reuniões com Pais, sobre

temáticas das propostas pedagógicas, bem como outros temas que o

professor julgar necessário de acordo com a sua turma;

Marcar entrevista com os familiares dos alunos novos durante todo o

ano letivo, bem como daquelas que não compareceram na Semana de

Adaptação, oferecendo também o horário do HTPC e HTP para aquelas

famílias que trabalham;

Pesquisas com a comunidade sobre a temática do Projeto Coletivo;

Garantir que pelo menos uma etapa dos projetos desenvolvidos pelas

turmas, favoreçam a participação das famílias;

Convite às famílias para participação no desenvolvimento de atividades

com as crianças;

Mostra de artes interna e externa (nos comércios locais) das atividades

desenvolvidas por meio dos projetos;

Eventos para a comunidade realizados em dois sábados letivos

(informaremos mais adiante como serão organizados estes eventos).

RESPONSÁVEIS

As ações serão desenvolvidas com a participação de toda a Equipe

Escolar, sendo a Equipe Gestora responsável pela articulação entre a escola e

a comunidade, bem como pela organização das ações propostas. Quanto à

parceria com a UBS, o CRAS e o Conselho Tutelar, esta ocorrerá

especificamente pela Equipe Gestora, por meio dos encaminhamentos e

quando houver necessidade, contato direto com o gerente da UBS para

solicitar a parceria dos Agentes de Saúde.

CRONOGRAMA

Todas as ações serão desenvolvidas no decorrer do ano letivo de 2017,

em especial a Mostra de Artes ocorrerá no final de cada semestre, sendo a

primeira externa e a segunda interna. Os sábados letivos ocorrerão nos dias 24

de junho e 21 de outubro.

Reunião com Pais

As Reuniões de Pais são planejadas com o objetivo de estabelecer a

comunicação, fortalecer a parceria e o estreitamento de vínculos entre a escola

e a família, além de vislumbrar aos familiares a concepção e os princípios que

norteiam o desenvolvimento pedagógico da unidade.

OBJETIVOS GERAIS

Socializar a rotina escolar;

Socializar aos familiares as propostas de trabalho contidas no PPP;

Garantir o fluxo de informações entre Secretaria de Educação, Escola e

Família;

Socializar e compartilhar o trabalho pedagógico que será desenvolvido

com a turma;

Socializar as aprendizagens das crianças;

Estabelecer um diálogo entre o trabalho realizado pela escola e as

expectativas, dúvidas e anseios das famílias;

Promover espaço formativo atendendo as expectativas, dúvidas e

anseios das famílias, estreitando os vínculos entre escola e comunidade;

Estimular a participação da família nas ações encaminhadas pela equipe

escolar;

Estabelecer combinados para o trabalho realizado ao longo do ano;

Envolver os familiares nos projetos pedagógicos que serão

desenvolvidos;

Valorizar os saberes da comunidade.

ESTRATÉGIAS

Utilização de vídeos e fotos da rotina propiciando aos pais a observação

de seus filhos nas situações concretas da escola;

Dinâmicas com diferentes objetivos e propósitos que podem servir como

disparadores de discussões e reflexões;

Levantamento de expectativas e desejos dos pais;

Realizar com os pais avaliação do encontro/trabalho, a fim de

encaminhar ações posteriores.

Festas e Eventos

Através das discussões realizadas em Reunião Pedagógica, com

subsídio nos parâmetros legais: Constituição Federal de 1988 e Diretrizes

Curriculares Nacionais para Educação Infantil 2010, a equipe escolar repensou

sobre as propostas realizadas na U.E., redimensionando-as a fim de garantir os

objetivos da Educação Básica.

OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Garantir a gratuidade, a laicidade e o atendimento à diversidade.

Garantir o acesso e a participação da comunidade escolar nas

atividades realizadas.

Possibilitar a participação direta ou indireta da comunidade escolar no

planejamento e organização das festas e eventos realizados na unidade.

Ampliar o repertório cultural da comunidade escolar, considerando seu

contexto histórico-social e sua diversidade.

ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PROPOSTAS

Semana da criança

Planejar a semana considerando a concepção de escola e criança;

Planejar atividades que valorizem a diversidade cultural;

Planejar atividades que valorizem a criança considerando o pleno

desenvolvimento de suas habilidades e competências;

Realizar atividades propostas pelos Projetos Coletivos.

Festa de encerramento

Planejar atividades valorizando todo ao trabalho desenvolvido no

decorrer do ano letivo;

Promover o envolvimento de interação entre a equipe escolar e as

crianças;

Oportunizar as crianças a apreciação das atividades realizadas no

sábado letivo de dezembro, através da reapresentação dessas

atividades para todos os alunos.

Eventos com a Comunidade

Atividade cultural – 24 de Junho

Propiciar à comunidade um espaço para apresentações artísticas de

convidados do nosso próprio entorno, buscando a valorização e

apreciação da nossa cultura local;

Promover a interação entre a própria comunidade e a comunidade e

escola, através do conhecimento dos talentos que temos no nosso

entorno.

Apresentação das crianças para as famílias – 21 de outubro

Valorizar as aprendizagens por meio das experiências vivenciadas pelas

crianças, por meio dos projetos pedagógicos desenvolvidos ao longo do

ano;

Socializar com a comunidade o Projeto Coletivo de “Janelas para o

Mundo”, através das apresentações das crianças de etapas desse

projeto;

Promover a interação da escola com a comunidade, propiciando a troca

de saberes construído com as crianças, através dos projetos, com a

nossa comunidade local.

Mostra de Artes Externa e Interna

Dar visibilidade aos projetos realizados ao longo de 2017;

Possibilitar maior integração entre a comunidade e a escola;

Valorizar as produções realizadas pelas crianças.

Realizar a exposição das produções artísticas nos diferentes espaços da

comunidade e na nossa Unidade Escolar.

2.3. AVALIAÇÃO

Ocorrerá durante todo o desenvolvimento do Plano de Ação, através das

Reuniões com Pais (trimestralmente), nas Reuniões Pedagógicas e nos

HTPC’s e pontualmente no final do ano de 2017, onde será realizada a

Avaliação dos Indicadores de Qualidade, cujo objetivo é analisar se nossas

ações atingiram os objetivos propostos, bem como a qualidade do atendimento

aos nossos alunos e comunidade, buscando levantar encaminhamentos para o

trabalho do ano seguinte.

2.4. PROJETO ALVARENGA EM REDE

No ano de 2010 realizamos uma parceria com a UBS da Vila União,

após nossa escola e a EOT (Equipe de Orientação Técnica) referência,

diagnosticar uma situação de vulnerabilidade social no Bairro próximo à escola

(Sítio Joaninha). Esta ação Inter secretarial proporcionou para população uma

melhoria de sua qualidade de vida, onde a saúde conseguiu mapear a região e

implementar as ações dos Agentes Comunitários que até aquele momento não

tinham conhecimento do bairro e a Educação viabilizou para os alunos que

residiam nesta região o Transporte Escolar oportunizando o acesso e

garantindo a permanência das crianças, visto que estes alunos faltavam muito

devido à distância e as dificuldades no acesso em dias de chuva.

No ano de 2014, percebemos a necessidade de retomarmos as ações

do Projeto, já que tivemos avanços muito significativos no desenvolvimento das

crianças envolvidas, pois conseguimos parcerias bem interessantes com a

Saúde, Habitação e Conselho Tutelar. Visto a importância de desenvolvermos

ações que garantam o desenvolvimento integral das nossas crianças e que

para isto precisamos de parceiros para alcançar este objetivo, buscamos

através de uma parceria com a UBS Vila União e do PSE (Programa Saúde na

Escola), reavivarmos o projeto e oportunizarmos às nossas crianças e às

famílias a garantia dos seus direitos.

A retomada do projeto trouxe muitas contribuições para o trabalho

desenvolvido em 2014, pois pudemos articular com a Saúde e o CRAS

diferentes serviços e ações para que estas famílias superassem as situações

de vulnerabilidade. Com a parceria do PSE e também do CRAS Alvarenga,

muitas ações foram desenvolvidas para garantir a frequência das crianças e

também o acompanhamento de sua saúde e de outras questões que envolviam

a violência e a vulnerabilidade social. Ao final do ano, na avaliação do projeto

verificamos apenas que seria necessário afinar a abordagem do Agente de

Saúde com as famílias, já que tivemos alguns acontecimentos pontuais que

afastaram as famílias da escola. A partir de 2015 as agentes de saúde

passaram a participar das reuniões mensais, o que contribuiu para o

estabelecimento de vínculo com a comunidade. No ano de 2016 o projeto

transcorreu como era previsto, as reuniões mensais ocorreram no CRAS com a

participação efetiva das escolas e UBS, quanto ao Conselho Tutelar foram

poucas as participações, o que dificultou o encaminhamento de alguns casos

discutidos, sendo assim neste ano será necessário investir no fortalecimento

deste vínculo.

OBJETIVOS

Integrar a escola na Rede de Proteção à Criança e Adolescente da

região do Alvarenga;

Garantir o acesso da população local às Políticas Públicas de Atenção à

Infância;

Investir na melhoria da qualidade de educação oferecida pela escola,

garantindo o acesso e a permanência, bem como o bem-estar das

crianças no cotidiano escolar;

Investir no fortalecimento de vínculos com o Conselho Tutelar, a fim de

garantir a parceria nas ações que visam à garantia dos direitos das

crianças.

CRIANÇAS QUE SERÃO PRIORIZADAS NO PROJETO:

Que tiverem número elevado de faltas na escola;

Apresentem algum problema de saúde que necessite de

acompanhamento da UBS;

Vítimas de maus tratos, violência sexual, negligência dos responsáveis e

vulnerabilidade social.

FLUXO DE ATENDIMENTO

Para os alunos que apresentarem número elevado de faltas serão

realizados os seguintes procedimentos pela Unidade Escolar:

A partir da terceira falta consecutiva o professor deve comunicar a

secretaria da escola;

Os oficiais deverão entrar em contato com a família através do

telefone, para saber quais os motivos das faltas do aluno.

Havendo contato com os responsáveis deverão orientá-los para

que compareçam na escola para preencher a Justifica de Faltas,

que será encaminhado para ciência do professor, da Equipe

Gestora e arquivado no prontuário do aluno;

Caso as faltas persistam o professor marcará reunião com os

responsáveis, que pode ter a presença da Equipe Gestora;

Caso não seja possível contato com a família e/ou responsáveis,

solicitaremos a parceria dos Agentes Comunitários de Saúde.

Os professores deverão comunicar a Equipe Gestora as crianças que

apresentem excesso de faltas, suspeitas de violência e vulnerabilidade

social;

A Equipe Gestora incluirá o caso no Google Drive indicando o serviço

que pode contribuir na discussão do caso (CRAS, UBS ou Conselho

Tutelar), este serviço fará um levantamento da família para ter

conhecimento se já é acompanhada e fará os encaminhamentos

necessários;

Após realizados os encaminhamentos as informações serão relatadas

no Google Drive para que a escola tome conhecimento e socialize com o

professor da criança;

Participaremos de encontros mensais com a Assistente Social e

Orientadora Pedagógica, com as escolas envolvidas no projeto, a fim de

garantir um momento formativo sobre que norteiem nosso trabalho e

discutir coletivamente as ações que serão desenvolvidas dentro da

escola e as que serão encaminhadas para discussão nas reuniões do

projeto;

Encontros serão realizados mensalmente no CRAS com o gerente da

UBS Vila União e psicólogo, Assistentes Sociais e Psicóloga do CRAS,

escolas participantes do projeto, Orientadoras Pedagógicas e Equipe de

Orientação Técnica da Secretaria de Educação e Conselho Tutelar, para

discussão dos casos que forem destacados como prioritários na planilha

do Google Drive e também outras temáticas que se fizerem necessárias;

A Equipe Gestora também participará de algumas ações que serão

realizadas pelo CRAS Alvarenga nos bairros atendidos pela escola, a

fim de acompanhar o trabalho desenvolvido pelo CRAS e estreitar as

relações com a comunidade.

FLUXO DE INFORMAÇÕES

AVALIAÇÃO:

Faremos uma avaliação pontual no término do ano letivo para analisar o

fluxo de atendimento das crianças encaminhadas, verificando os avanços

obtidos através desta parceria com a Saúde e quais aspectos necessitarão de

redirecionamento para o próximo ano.

•Conselho Tutelar

•CRAS

•UBS •Escola

Equipe Gestora

Gerente

ACS

Equipe Enfermeiras e

Psicólogo

Conselheiros Tutelares

Coordenadora

Assistente Social

Psicóloga

2.5. COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM

Através da parceria da Secretaria de Educação com o

Instituto Natura as ações do Projeto Comunidade de Aprendizagem foram

apresentadas às Equipes Gestoras da Educação Infantil no inicio do segundo

semestre de 2014. Considerando as Avaliações Institucionais realizadas na

nossa escola pautadas pelos Indicadores de Qualidade na Educação Infantil

entendemos enquanto gestores desta EMEB a importância de apresentar para

a Equipe escolar e Comunidade Escolar estas ações transformadoras.

Sabemos da dificuldade que toda comunidade escolar enfrenta quando o

assunto é parceria com as famílias, interação com a comunidade e participação

efetiva de todos os envolvidos no processo de aprendizagem das crianças, e

as nossas avaliações já vinham apontando constantemente a necessidade de

intervenções para melhorar a relação entre escola x comunidade no intuito de

promover o êxito do desenvolvimento infantil e o fortalecimento de vínculo nas

relações estabelecidas na comunidade.

O processo de implantação do projeto na EMEB teve inicio com a

formação docente coordenada pelos profissionais do Instituto Natura, em

seguida a apresentação das ações do Projeto Comunidade de Aprendizagem

foram ampliadas para toda equipe escolar e famílias envolvendo pontualmente

o Conselho de Escola. A participação das famílias neste processo foi bastante

significativa, após a socialização do projeto houve a tomada de decisão, onde a

comunidade escolar entendeu a importância deste trabalho e decidiu aderir ao

Projeto Comunidade de Aprendizagem – Instituto Natura. Próximo passo, a

Fase dos Sonhos, uma etapa fundamental para compreendermos de fato o que

a comunidade espera da escola, ao descrever a escola dos sonhos as famílias

e as crianças ilustram uma diversidade grande de desejos e sonhos, estes

foram socializados através de uma exposição dentro da escola organizada

pelos professores e as crianças permitindo um movimento bastante

interessante ao compartilhar ideias para a escola dos sonhos. Os sonhos foram

categorizados e a partir disso a equipe escolar junto com o Conselho de Escola

elencou as prioridades gerando assim encaminhamentos para a formação das

Comissões Mistas. A Primeira Comissão Mista a ser formada foi a Comissão

Pedagógica, planejada e pensada para dar subsídios aos Grupos Interativos,

primeira Atuação Educativa de Êxito a ser implantada na escola inicialmente

com algumas turmas do infantil V.

De fato a concepção e os princípios do Projeto Comunidade de

Aprendizagem vem ao encontro das nossas expectativas com relação à

aprendizagem das crianças, considerando a participação mais ativa das

famílias na escola e também o quanto as trocas entre escola x comunidade

promovem um trabalho que atenda as nossas reais necessidades.

2.5.1 COMISSÃO MISTA - COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM

Comissão Pedagógica – Grupos Interativos

Desde a implantação do Projeto Comunidade de

Aprendizagem – Instituto Natura em nossa escola a ideia de realizar um

trabalho com os grupos interativos sempre foi a nossa proposta inicial,

considerando todas as possibilidades de ganhos para a escola desde a

aprendizagem das crianças até a interação tão desejada entre escola e

comunidade.

A Comissão Pedagógica foi criada com o objetivo de aprimorar essa

interação, com a participação de professores, funcionários e familiares, através

de encontros sistemáticos são socializadas e discutidas as práticas realizadas

com os grupos interativos dando encaminhamentos para novas ações.

O interesse em ter o Projeto Comunidade de Aprendizagem Instituto

Natura como parte da nossa escola surgiu após a formação, onde observamos

as diversas atuações de êxito, mas foi a atuação de êxito com os grupos

interativos que vimos o quanto essa prática pode nos auxiliar com a

qualificação da aprendizagem e com a convivência entre as crianças e os

voluntários do projeto. A partir dessa interação acreditamos que as crianças

podem aprender mais, desenvolvendo sentimentos como amizade e

solidariedade, a partir da relação com o outro e da intervenção do adulto, uma

pessoa mais experiente na relação.

Os grupos interativos prevê a participação de voluntários no

desenvolvimento de uma atividade pedagógica, o seu papel é de suma

importância, pois o voluntário articula e promove a interação entre as crianças,

não é preciso dominar a proposta que está sendo aplicada, mas sim que ele

favoreça a resolução de conflitos por meio do dialogo igualitário.

A atuação de êxito através dos grupos interativos contribui muito para o

aprendizado das crianças, principalmente nas relações interpessoais, as

crianças se concentram mais no brincar de forma mais plena e consciente, vem

ampliam os conhecimentos, se tornando mais aptas e seguras para realizar as

propostas e cada vez com menos intervenção do adulto. A comissão já idealiza

outras atuações de êxito com o envolvimento de mais turmas em 2017 e para

isso convidamos os alunos da EMEB Arlindo Miguel Teixeira para participar

dos grupos interativos e das tertúlias literárias.

Comissão Mista de Alimentação Escolar

A Comissão de Alimentação Escolar surgiu em virtude da implantação

de um novo cardápio em 2015 elaborado pela Divisão de Alimentação Escolar

da Secretaria de Educação que considera preocupante as estatísticas que

revelam um crescente número de casos de obesidade infantil, e

consequentemente problemas de saúde relacionados a uma má alimentação já

na primeira infância.

A Comissão de Alimentação Escolar é formada por pais de alunos,

funcionários e professores.

O objetivo da Comissão de Alimentação Escolar é zelar pela qualidade

da alimentação servida às nossas crianças avaliando a aceitação e o

cumprimento do cardápio estabelecido bem como das necessidades

nutricionais da criança durante o período em que está na escola.

O processo de adaptação ao novo cardápio passou pelas famílias com

bastante resistência, mesmo porque essa alteração de cardápio comprometeu

uma reorganização familiar considerando a retirada do almoço e colação, mas

que devido ao trabalho de toda equipe escolar e Conselho de Escola em

apostar na qualidade da nova alimentação que está sendo oferecida, aos

poucos a comunidade foi entendendo que era algo bom e necessário para as

nossas crianças.

Quanto à aceitação pelas crianças a escola enfrentou alguns desafios,

pois o lanche quente (pão com carne moída, salpicão de frango, cachorro-

quente) era apenas fornecido em ocasiões especiais, as nossas crianças

estavam habituadas com o leite, o biscoito doce ou salgado e o almoço. A

comissão de Alimentação entendeu a necessidade de uma intervenção mais

pontual, iniciando pela conscientização das famílias em oferecer o café da

manhã e o almoço para a criança em casa, concomitantemente uma força

tarefa de toda a equipe escolar empenhada em incentivar as crianças a se

alimentarem adequadamente na escola, pois se observava o desperdício dos

alimentos pelo fato de não ser um habito das nossas crianças comer pão com

carne, com frango ou com proteína de soja, as frutas sempre tiveram uma boa

aceitação considerando até mesmo as frutas da época, porém não eram

ofertadas todos os dias, apenas três ou duas vezes na semana.

Durante o processo de adaptação realizamos pesquisas com as famílias

e com as crianças, um trabalho intensivo com o intuito de aproximar mais todos

os envolvidos da proposta de um novo cardápio considerado nutritivo e

balanceado.

A Comissão de Alimentação Escolar realizará um acompanhamento

sistemático com periodicidade mensal para os encontros, destinados à

socialização dos observáveis, validação e encaminhamentos de ações que

qualificam na rotina a hora da alimentação.

Comissão Mista de Infraestrutura Escolar

A Comissão de Infraestrutura Escolar foi criada em meados de 2015 em

virtude de uma demanda de manutenção no telhado, calhas e rufos e diante da

dificuldade encontrada pela unidade escolar de colocar em prática ações tanto

de ordem corretiva quanto preventiva que visam o bom funcionamento da

unidade escolar com segurança e conforto e a qualidade na aprendizagem das

crianças.

A Comissão de Infraestrutura Escolar é formada por pais de alunos,

professores e funcionários da escola.

A proposta de trabalho para a Comissão de Infraestrutura visa

estabelecer dentro de um projeto ações que contemplem a manutenção dos

espaços e materiais através de ações preventivas e corretivas, sempre

considerando os dados apresentados na avaliação institucional e das

necessidades que vão surgindo no dia a dia.

Os encontros serão mensais e de acordo com as necessidades e

possibilidades organizativas da unidade escolar. A proposta é realizar o devido

levantamento das necessidades de manutenção escolar, reorganização de

espaços e aquisição de materiais e a partir disso gerar encaminhamentos com

prioridades para o gestor responsável, seja a Diretoria Executiva da

Associação de Pais e Mestres ou Secretaria de Educação.

Atualmente a demanda de manutenção que exige um desdobramento

maior é a revisão do telhado, calhas e rufos e inclui a restauração das paredes

danificadas pela infiltração e vazamentos devidos às chuvas, que foi

encaminhado para a Secretaria de Educação para providenciar a execução do

serviço. As demais são de ordem simples podendo ser executadas pela

diretoria da APM.

A Comissão de Infraestrutura acompanhará e fiscalizará todos os

encaminhamentos realizados, retomando-os sempre a cada encontro,

observando que este trabalho não é isolado, pois a comissão conta com a

parceria de todos os envolvidos na comunidade escolar.

A comissão realizará periodicamente uma avalição dos encontros e dos

objetivos propostos a fim de aprimorar todas as ações previstas e dar os

devidos encaminhamentos.

Comissão Mista de Comunicação

Através da Avaliação Institucional – 2015 Indicadores de Qualidade

foram observados vários apontamentos sobre o fluxo de informações dentro e

fora da escola, diante disso foi criada a Comissão de Comunicação Escolar,

formada por professores, funcionários e pais de alunos.

A Comissão tem por objetivo garantir o fluxo de informações por meio de

recursos práticos e acessíveis.

A escola organiza a circulação das informações através de Informativos

impressos e/ou digitais via HTPC, Reuniões Pedagógicas, Reuniões por

segmentos, calendário escolar, e-mail, blog e agenda da criança, portanto a

falha na comunicação não está na falta de recursos, mas na sua utilização e

gerenciamento.

A Comissão entende que é preciso redimensionar e otimizar todos os

recursos disponíveis com possibilidades de ampliar e criar nas pessoas o

hábito de informar e se manter informado, desenvolvendo a

corresponsabilização e descentralização de forma sustentável.

Pensando na Comunidade Escolar e em um fluxo de informação direto e

acessível, a comunidade escolar traz como sugestão para ser desenvolvido

pela comissão em 2017 a criação de uma pagina da escola no facebook,

passando pela adesão das famílias até a autorização da Secretaria de

Educação.

A comissão entende que nenhuma possibilidade nova de trabalho

descarta uma já existente, apenas aprimora e viabiliza a comunicação entre as

pessoas.

Todas as pessoas envolvidas, equipe escolar e comunidade escolar tem

o compromisso de avaliar os encontros e dar encaminhamentos para as ações

já realizadas ou novas ações.

AVALIAÇÃO

As avaliações ocorrerão por meio das Comissões Mistas e pela

Avaliação Institucional pautada pelos princípios dos Indicadores de Qualidade

para Educação Infantil com o objetivo de qualificar todas as ações planejadas e

executadas que visam à aprendizagem das crianças através das interações e

da participação efetiva da comunidade escola

3. Equipe Escolar

3.1. Professores

3.1.1. Caracterização

Neste ano poucas foram as mudanças no quadro de professores da

nossa Unidade Escolar, pois a grande maioria se manteve do ano passado.

Recebemos algumas professoras novas que vieram assumir salas vagas e

outras para substituição de licenças, estas ingressaram neste ano na Rede

Municipal de São Bernardo do Campo, sendo suas experiências com a

educação bem diversas, algumas iniciando agora e outras com experiências

anteriores na Educação Infantil e em outras modalidades de ensino.

Nome Situação

Funcional

Escolaridade

Tempo na

PMSBC

(início)

Tempo

na

escola

(início)

Observação

(Outra

unidade que o

professor

Atua)

Graduação Pós-Graduação

Alekssandra Ramos

Stábile da Silva

Estatutária

30 horas

Pedagogia Psicopedagogia

Alfabetização e

Letramento

06/11 02/13

Aline Fernanda

Rezende

Efetiva

40 horas

Pedagogia 01/12 02/13

Arinalda Gama de F.

Carvalho

Estatutária

30 horas

Pedagogia Psicopedagogia 07/10 02/11

Cibele Aparecida de

Lima Macedo

Estatutária

40 horas

Pedagogia Psicopedagogia

Arte e Educação

03/12 02/13

Cristina Campos de

Sales

Efetiva

24 horas

Pedagogia

Letras

07/10 02/13 Vice-diretora

Escola

Estadual

Débora Juliana de O.

M. Santos

Estatutária

Letras Educação

Inclusiva

Psicopedagogia

02/07 02/07

Elaine dos Anjos

Cavalcante

Estatutária Pedagogia Psicopedagogia 07/16 02/17 Assumiu a sala

da professora

Regislaine

Elaine Silva Sobral Estatutária

40 horas

Pedagogia

Artes

(cursando)

História para

Educ. Infantil

Coord.

Pedagógica,

Línguas e

Matemática.

01/12 02/13

Elisabete de Souza

Ribeiro Madureiro

Estatutária

40 horas

Pedagogia Educação Infantil 01/12 02/13

Elisabeth Rodrigues

dos Santos

Estatutária

40 horas

Pedagogia Neuropsico-

pedagogia

(cursando)

05/12 02/15

Elisiane Voichicoski

Araujo

Estatutária

40 horas

Pedagogia Educação Infantil

01/12 02/13

Ellen Melo Antunes Estatutária

40 horas

Pedagogia 01/12 02/14

Fernanda Regina

Andrade Freitas

Estatutária

40 horas

Pedagogia Arte e Educação

Educação

Ambiental

02/08 02/13 Assumiu a

função de

PRCP na

EMEB Karolina

Zofia

Helenita de Fátima

Marcelino

Estatutária

40 horas

Pedagogia Alfabetização e

Letramento

Motricidade

(cursando)

01/12 02/13

Jaqueline Vieira

Mendes

Estatutária

30 horas

*assumiu a

sala da

professora

Fernanda

Pedagogia Psicopedagogia e

Ludo pedagogia

06/16 06/16 E.M. Tânia

Geraldo de

Campos Silva

(Mauá)

Jéssica Santos Silva Estatutária

30 horas

Pedagogia Alfabetização e

Letramento

Ludopedagogia

12/13 02/17 2 matrículas na

U.E., sendo no

período da

tarde volante

Luciene de Jesus

Santos

Estatutária

40 horas

Pedagogia

Metodologia do

Ensino de Artes

01/12 02/13

Meire Jane Sousa da

Rocha

CLT

Substituta

30 horas

Letras Psicopedagogia

Institucional

11/07 02/13 Assumiu a sala

da professora

Thais até

agosto

Regislaine Maria da

Silva

Estatutária

30 horas

Pedagogia Educação

Inclusiva

Psicopedagogia

02/15 Assumiu a

função de

PRVD na

EMEB Antonio

P. Coutinho

Rosa Richart Ferreira Estatutária

30 horas

Letras

Direito

(cursando)

Gestão Escolar 04/03 02/08 Readaptada na

função de

apoio aos

professores

Rosângela Martins

Senhor Alves

Estatutária

40 horas

Pedagogia Psicopedagogia 09/10 02/12

Rosemeire Barros da

Silva

Estatutária

30 horas

Pedagogia 09/06 09/06

Selma Tacyane Lopes

F. Antonelli

Estatutária

30 horas

Psicologia 03/10 02/15

Simone Lopes de

Sousa

Estatutária

40 horas

Pedagogia Psicopedagogia 03/12 03/12

Shirley Bellotto Carratú Estatutária

40 horas

Pedagogia

Letras

01/12 02/13 Pediu

exoneração em

abril

Thais Helena de

Carvalho Miguel

Estatutária

40 horas

Pedagogia Alfabetização e

Letramento

01/12 02/13 Licença

maternidade e

L.P. até agosto

Thatiany Alves Lopo Estatutária

30 horas

Pedagogia 02/17 02/17 Licença

Maternidade

abril

Vânia Maria de Sá

Santos Costa

Estatuária

30 horas

Pedagogia

Habilitação

Educação

Especial

07/10 02/11 AEE do Ens.

Fundamental

Legenda

Turma no Período da Manhã Turmas nos 2 Períodos

Turma no Período da Tarde Volante

Horários de Trabalho das Professoras

30 horas Período da Manhã

7h00 as 12h00 (HTP: 7h00 as 8h00)

30 horas Período da Tarde

13h00 as 18h00 (HTP: 17h00 as 18h00)

40 horas (incluindo HTP)

Nome Horários

Professoras com turma no Período da Manhã

Elisabete 2ª, 4ª, 6ª feira – 7h00 as 12h00

5ª feira – 7h00 as 17h40

3ª feira – 7h00 as 17h00

Elisiane 2ª, 4ª e 6ª feira – 7h00 as 12h00

5ª feira – 7h00 as 17h40

3ª feira – 7h00 as 17h00

Helenita 2ª, 3ª e 4ª feira – 7h00 as 12h00

5ª feira – 7h00 as 17h40

6ª feira – 7h00 as 17h00

Rosângela 3ª, 4ª e 6ª feira – 7h00 as 12h00

2ª feira – 7h00 as 17h00

5ª feira – 7h00 as 17h40

Thais 2ª, 3ª e 4º feira – 7h00 as 12h00

5ª feira – 7h00 as 17h40

6ª feira – 7h00 as 17h00

Professoras com turma no Período da Tarde

Aline

3ª, 4ª e 6ª feira – 13h00 as 18h00

2ª feira – 7h40 as 18h00

5ª feira – 7h40 as 18h00

Elaine 2ª e 4ª feira – 7h40 as 18h00

3ª, 5ª e 6ª feira –13h00 as 18h00

Ellen 2ª, 4ª e 5ª feira – 13h00 as 18h00

3ª e 6ª feira – 7h40 as 18h00

Luciene 3ª, 4ª e 5ª feira – 13h00 as 18h00

2ª e 6ª feira– 7h40 as 18h00

Simone 3ª e 4ª feira – 7h40 as 18h00

2ª, 4ª e 6ª feira – 13h00 as 18h00

Elisabeth 4ª e 6ª feira – 7h40 as 18h00

2ª, 3ª e 5ª feira – 13h00 as 18h00

3.1.2. Plano de Formação para os professores

“Eu trabalho em um estado de incerteza porque não sei aonde as crianças chegarão, mas esta é uma experiência fabulosa!” Laura Rubizzi

Para elaboração do plano de formação da UE o primeiro passo a seguir

é definir as necessidades formativas do grupo, para detectar estas

necessidades foram consideradas as observações realizadas pela equipe

gestora, acompanhamentos dos Planos de Ação e também o levantamento das

expectativas do grupo, por meio de um documento de escuta.

Este plano então pretende atender estas expectativas, considerando que

nossas formações são espaços coletivos de discussão e construção do

conhecimento, sendo um instrumento flexível, que será avaliado ao longo do

ano e sempre que necessário adequado às necessidades que forem surgindo

durante nosso percurso.

ORGANIZAÇÃO DOS ENCONTROS

Conforme nosso contrato didático, nossos HTPCs ocorrerão sempre às

quintas-feiras, das 18h40m às 21h40m.

O primeiro HTPC de cada mês será destinado ao planejamento,

proporcionando aos professores as trocas com seus pares e com a

coordenadora. Com esta organização as atividades coletivas da escola

como intersalas e dia da integração podem ser planejadas pelas

professoras dos dois períodos.

Os demais HTPCs serão destinados às formações, seguindo nosso

plano de formação.

Iniciaremos nossos encontros sempre pela leitura da ata do encontro

anterior e indicação literária, realizada pelo professor indicado em cada

encontro.

Solicitamos pontualidade e respeito aos horários, e também na entrega

da ata.

Os materiais formativos serão socializados pela coordenadora, ou

impresso ou por e-mail.

CONTEÚDO

Articulação e interação das profissionais para uma atuação em equipe.

Contrato didático.

Acolhimento das crianças e comunidade.

Revisão do PPP.

Temáticas acerca do projeto coletivo da Unidade. (Sustentabilidade, A

importância do contato da criança com a natureza, Valorização da

cultura regional.)

Socialização do projeto Comunidade de aprendizagem

Leitura e contação de história. (Socialização da formação “Entre na

roda”).

Currículo na educação infantil considerando as DCNEI e a BNCC.

(campos de experiência).

Avaliação na educação infantil: Documentação pedagógica.

Sequência de formação DCNEI e BNCC

Campos de experiência X momentos da nossa rotina

JUSTIFICATIVA

As DCNEI e a BNCC apresentam uma estrutura baseada no sujeito,

quebrando com a lógica da organização de conteúdos em áreas de

conhecimento que dá conta de uma concepção baseada no conhecimento.

Coloca os conteúdos curriculares na perspectiva daquilo que preenche o dia a

dia da criança, contemplando diferentes campos de experiências. Os campos

de experiência integram as relações afetivas, o conhecimento de si mesmo e

do outro, as explorações dos objetos e espaços, a linguagem, as normas, as

interações, a cultura, a criança, a literatura, a música, a plástica. A função

essencial das instituições de Educação Infantil de garantir socialização,

cuidado e educação se dá no cotidiano escolar por meio da interação: entre as

crianças. Entre elas e objetos diversos, entre elas e o meio ambiente, o seu

entorno próximo, entre as crianças e os adultos. Estas interações ocorrem

basicamente por meio da exploração e da brincadeira. Apesar do plano

formativo do ano anterior já sinalizar a necessidade de formação neste sentido,

a equipe gestora não conseguiu efetivar as ações previstas, mantendo-se este

ano a necessidade deste investimento formativo. O trabalho com as crianças

ainda ocorre de forma fragmentada, ainda encontram dificuldade em articular o

trabalho com as áreas de conhecimento por meio das multiplicidades de

linguagens e experiências, existe pouco investimento no trabalho com projetos

que possibilitem a investigação da criança e com as diferentes linguagens.

Além das observações e avaliações realizadas pela equipe gestora, o

grupo de professores também sinalizou, através de um documento entregue

para sondar as expectativas formativas dos professores no inicio deste ano,

desconhecer os documentos que foram publicados recentemente, documentos

estes que nortearão o currículo da educação infantil, as professoras também

apontaram como uma necessidade formativa dividir os conteúdos por área de

conhecimento e por faixa etária, o que também nos sinalizou o quanto o grupo

precisa estudar esta nova proposta para a educação infantil. A organização

curricular das DCNEI e da BNCC é diferente da proposta curricular do

município e do PPP da escola, que ainda está organizado por áreas de

conhecimento, portanto, este ano estudaremos estes documentos, fazendo a

relação com as nossas práticas pedagógicas, observando e refletindo: Onde

nossas práticas se aproximam ou se distanciam desta proposta? Como

podemos ampliar o protagonismo das crianças nos diferentes momentos da

nossa rotina? Como ampliar o trabalho com as diferentes linguagens? Como

organizar o tempo e espaços da nossa escola? Como organizar o

planejamento por meio de experiências? Esperamos que todas estas

discussões se reflitam em mudanças das práticas pedagógicas realizadas na

UE.

OBJETIVOS

Relacionar os documentos DCNEI e BNCC com as praticas realizadas

na nossa UE, analisando as aproximações e os distanciamentos nas

praticas já instituídas;

Verificar em que medida as práticas realizadas na UE se aproximam do

conceito de campos de experiência;

Analisar os projetos realizados na UE ampliando as discussões sobre a

investigação e o protagonismo das crianças;

Ampliar conhecimentos acerca do desenvolvimento infantil,

considerando a criança enquanto sujeito das relações, das interações e

das práticas cotidianas;

Organizar o planejamento por meio de experiências;

Retomar a escrita dos objetivos propostos do PPP, discutindo sobre a

divisão em faixas etárias, sugerida pelo grupo de professoras.

ESTRATÉGIAS FORMATIVAS

Leitura compartilhada para ampliar a fundamentação teórica;

Tertúlia pedagógica;

Produção de um livro de escuta atenta das crianças “Gente que sabe

escutar o outro”;

Vídeos sobre esta temática;

Dinâmicas de grupo;

Socialização de boas práticas;

Atividade em pequenos grupos;

Estudo e discussão sobre projetos na perspectiva da investigação da

criança;

Tematização das nossas práticas nos diferentes momentos da rotina

(filmagens e analises criticas).

Sequência de formação sobre avaliação na educação infantil

Documentação pedagógica

“A documentação pode oferecer, tanto às crianças quanto aos adultos, momentos reais de democracia – democracia que tem suas origens no reconhecimento e na visualização das diferenças trazidas pelo diálogo. Isso é uma questão de valores e ética.” Rinaldi

JUSTIFICATIVA

A escola já vem a alguns anos discutindo e qualificando os seus

instrumentos de avaliação, houve no período de 2011 a 2013 um investimento

muito grande na formação sobre esta temática, o que refletiu em uma

qualificação dos portfólios. Em 2014 as discussões se deram de forma mais

individualizada, considerando os professores que ingressaram na unidade no

processo de remoção. Em 2015 a equipe acordou construir o portfólio individual

ao longo do ano letivo, sendo o mesmo apresentado às famílias nas reuniões

com os pais, realizando a escrita do relatório individual ao final do segundo

semestre. No entanto, observou-se que embora o documento apresentasse

avanços, esses ainda não correspondem a todos os indicativos avaliação que

constam no nosso PPP, sendo assim em 2016 o grupo retomou a discussão

analisando os portfólios e relatórios produzidos na UE, chegando à conclusão

que neste momento precisariam retomar a produção dos relatórios semestrais,

já que os portfólios produzidos não davam conta de revelar o percurso de

aprendizagem da criança . A equipe gestora, ao analisar os instrumentos de

2016 observou que este é um assunto que embora já estudado na UE, precisa

ser retomado. Precisamos qualificar nossos instrumentos, em especial os

portfólios, que na sua maioria voltaram a ser apenas uma coletânea de

atividades, sem elementos que revelem o percurso de aprendizagem das

crianças e o trabalho desenvolvido. Considerando tudo isso, ao discutirmos as

nossas práticas e o trabalho com as diferentes linguagens e experiências,

colocaremos como foco também a documentação pedagógica, documentação

esta que permite tornar o trabalho pedagógico visível ao dialogo, interpretação,

contestação e transformação: Como documentar as experiências vivenciadas

pelas crianças? Como desenvolver uma escuta atenta? Como qualificar nossos

portfólios e relatórios? Como as crianças e as famílias podem participar na

construção destes instrumentos? Como organizar nossos registros? De que

avaliação estamos falando?

OBJETIVOS:

Aprimorar a utilização dos instrumentos metodológicos (registro e

planejamento);

Dar significado e uso real aos instrumentos metodológicos do professor;

Realizar reflexões do trabalho a partir dos instrumentos metodológicos;

Discutir a concepção de avaliação da rede de SBC;

Aprimorar os instrumentos de avaliação utilizados na nossa escola;

Analisar como organizar portfolios de forma que o processo de

aprendizagem e desenvolvimento seja explicitado;

Discutir de que forma os portfolios se integram aos instrumentos oficiais

de avaliação na Educação Infantil na Rede Municipal de São Bernardo

do Campo.

ESTRATÉGIAS FORMATIVAS:

Formação sobre planejamento e registro tendo como foco a tematização

de práticas;

Leitura e discussão de textos reflexivos sobre planejamento, registro e

avaliação;

Produção de um livro de escuta atenta das crianças “Gente que sabe

escutar o outro”;

Tertúlias pedagógicas;

Analise dos nossos documentos;

Socialização de boas práticas;

Apresentação da concepção de avaliação adotada pela rede municipal,

tendo como referencial a proposta curricular do município, as DCNEI, a

BNCC e o material do PNAIC. (Vídeos e textos);

Formação sobre portfólios e relatórios, conhecendo as diferentes

possibilidades de organização e estabelecendo metas para qualificar os

nossos documentos;

Acompanhar individualmente o trabalho das professoras por meio de

observações das turmas, leitura sistemática dos instrumentos

metodológicos e das modalidades organizativas e devolutivas realizadas

pela coordenação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AUBET, A.; FLECHA, A.; GARCÍA, C.; FLECHA R.; RACIONERO, S.

Aprendizagem dialógica na sociedade da informação. Edufscar 2016;

BARBOSA, Maria C. S.; HORN, Maria da graça S. Projetos pedagógicos na

educação infantil. Grupo A 2008;

EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens

da criança. Vol 1. Penso 2016.

EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens

da criança. Vol 2. Penso 2016.

HOFFMANN, Jussara. Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Mediação

20100042;

MEC - Base Nacional Comum Curricular.

MEC - Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica;

MEC - PNAIC caderno “Avaliação escolar”;

SALLES, Fátima; FARIA, Vitória. Currículo na educação infantil. Ática 2012;

SÃO BERNARDO DO CAMPO, Secretaria de Educação. Proposta Curricular

Educação Infantil – Caderno 02. São Bernardo do Campo 2007.

VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho

pedagógico. Papirus 2016;

3.1.3. Avaliação

As avaliações do plano de formação dos professores envolverão

discussões coletivas e individuais, considerando as etapas previstas neste

plano de formação, propiciando: auto avaliação do professor em seu percurso

formativo, de modo que possa refletir sobre as apropriações de conhecimento e

suas contribuições para a prática pedagógica, bem como os limites e avanços

no percurso formativo.

Também compreenderão avaliação do plano de formação proposto, com

foco nas ações da equipe gestora, de modo a possibilitar indicações a esta

equipe para replanejamento das estratégias.

HTP (Horário de Trabalho Pedagógico)

Professores de 30 h = 5 horas de HTP

Período da manhã: das 7h às 8hs (Todas as professoras do

período da manhã)

Período da tarde: das 17hs às 18hs (Todas as professoras do

período da tarde).

Professores de 40 h = 7 horas de HTP

Período da manhã: das 7h às 8h + 2 h no Contra turno

Período da tarde: das 17hs às 18hs + 2h no Contra turno.

Os professores de 40h ainda contam com mais 6h e 40 min.

destinadas à docência complementar: substituições, acompanhar alguma turma

em atividade específica, ações nos projetos coletivos ou quando algum

professor precisar se ausentar para atender a equipe gestora, EOT, pais e etc.

Aos professores, fica estabelecido que o horário de HTP seja destinado

às atividades de planejamento (elaboração de planos de aulas, organização de

materiais e recursos), registros, organização de portfólios, devolutivas orais,

reuniões entre professores, reuniões com EOT / OP, atendimento aos pais,

participação em Conselho de Escola e demais ações formativas.

Plano de acompanhamento do HTP

OBJETIVOS

Realizar reflexões do trabalho a partir dos instrumentos metodológicos

visando à qualidade da educação;

Refletir sobre estratégias realizadas e se propor a experimentar novas

estratégias, quando necessário;

Discutir casos específicos e dar encaminhamentos.

ESTRATÉGIAS

Devolutiva oral, visando à formação individual ou em pequenos

agrupamentos, por necessidade do grupo;

Agendar pelo menos um encontro mensal com pauta pré-definida, assim

os professores poderão deixar materiais necessários já selecionados a

fim de otimizar o tempo disponível;

Articular formação em HTPC com as discussões de HTP.

3.1.4. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

OBJETIVOS

Aprimorar a utilização dos instrumentos metodológicos (registro e

planejamento) no que diz respeito às experiências;

Dar significado e uso real aos instrumentos metodológicos do professor;

Realizar reflexões do trabalho a partir dos instrumentos metodológicos

visando à qualidade da educação;

Que os professores possibilitem diferentes experiências às crianças

contempladas nas modalidades organizativas;

Acompanhar individualmente os professores de acordo com questões

identificadas pelos formadores ou trazidas pelos mesmos.

ESTRATÉGIAS

Leituras e devolutivas de registros e modalidades organizativas.

Também em virtude das avaliações dos últimos anos: acompanhar,

subsidiar e auxiliar no planejamento das ações a serem realizadas na

Biblioteca Escolar Interativa.

Os registros e planejamentos serão entregues à coordenadora

pedagógica quinzenalmente, conforme cronograma abaixo:

Quanto às modalidades organizativas:

serão lidas e realizadas devolutivas assim que elaboradas;

será realizado um acompanhamento do desenvolvimento das

modalidades;

Serão realizadas observações e devolutivas das mesmas;

Tematizações de práticas da unidade escolar e de outras unidades.

3.2. Auxiliares em Educação

3.2.1. Caracterização

Neste ano contamos com duas Auxiliares em Educação, uma já atua

nesta Unidade Escolar desde o ano de 2011, tendo experiência anterior como

Auxiliar, porém atuava nas creches, iniciou o atendimento aos alunos com

N.E.E. em nossa escola, já passando por diversas turmas o que tem ampliado

a cada ano suas vivências, experiências, contribuindo muito com o trabalho dos

professores e no atendimento aos alunos. A outra auxiliar chegou à nossa

Unidade Escolar no ano passado, em virtude da remoção, ela veio de uma

Unidade de Educação Infantil onde também atuava no apoio de crianças com

NEE.

A formação dessas profissionais se dá nas reuniões pedagógicas, com

os demais funcionários, e nas discussões especificas citadas abaixo no “plano

de acompanhamento das turmas com Necessidades Educacionais Especiais”.

Nome Situação

Funcional

Escolaridade

Tempo

na

PMSBC

(início)

Tempo

na escola

(início)

Observação

Graduação Pós-

Graduação

Cazilda

Aparecida Pereira

33.050-9 Pedagogia

09/07 02/16

Cleide Etelvina da

Silva de Oliveira

32.940-3

Ensino

médio –

magistério

07/07

02/11

3.2.2 Plano de acompanhamento das turmas com

crianças com NEE

JUSTIFICATIVA

Uma das grandes preocupações quando se fala em inclusão é

que ela ocorra de fato. Não é só uma questão de matricula das crianças com

NEE na escola, precisamos assumir o compromisso com a qualidade da

educação oferecida. Dessa forma precisamos considerar quais são as

necessidades do professor e como ele lida com elas. Precisa de apoio? Qual é

a natureza de apoio necessária? Refere-se, por exemplo, ao auxílio nos

momentos de higiene e alimentação da criança, ou ao favorecimento da

comunicação e interações com o professor e os colegas da turma? Este auxílio

demandará na ação conjunta de outro profissional nessa turma? Um auxiliar ou

estagiário de apoio à inclusão?

A equipe gestora precisará traçar um plano específico de

acompanhamento para esse professor/ turma? Será necessário o apoio mais

próximo da equipe de orientação pedagógica e/ou da equipe técnica?

A partir de 2012 passamos a contar com a possibilidade do apoio

oferecido pelo professor de atendimento educacional especializado. Este

educador poderá atuar em ensino colaborativo com o professor da turma e/ou

diretamente com o aluno no contra turno do período em que a criança está

matriculada. Para o ano de 2016 há a indicação de AEE para um aluno, porém

até junho ainda não havia chegado o profissional.

A Secretaria indica que o fluxo para demandar apoios deve ter início

com o professor realizando registro de suas questões, que são encaminhadas

à equipe gestora que avalia (Lê registro, realiza observações, conversa com o

professor, considerando as questões da criança e as intervenções do

professor). Nesse processo de avaliação, caso julguem necessário,

compartilham as questões que apresentam com o orientador pedagógico,

levantando possíveis encaminhamentos pedagógicos. Caso considerem

necessário que essa criança / educador precise de ações diferenciadas para

além das já encaminhadas, a equipe gestora pode solicitar a avaliação do

professor de AEE e/ou da equipe de orientação técnica.

Todo esse percurso implica em diversas ações dos profissionais

envolvidos. Aliado a isso temos a complexidade das demandas que perpassam

o cotidiano escolar e as dificuldades que nos deparamos quando tentamos

efetivar propostas que sejam de fato significativas para todas as crianças.

Dessa forma, lidar com as demandas que podem advir do acompanhamento às

turmas que incluem crianças com necessidade educacionais especiais requer a

estruturação de um plano que dimensione os apoios necessários. Nesse

processo temos não podemos perder de vista o quanto estes apoios fortalecem

o educador para lidar com os desafios de envolver as crianças em propostas

que por serem significativas também corroboram com a participação das

crianças e fomentam o sentimento de pertencimento à comunidade escolar.

OBJETIVOS DA EQUIPE GESTORA

Intermediar as diferentes ações dos profissionais a fim de favorecer que

a inclusão das crianças com deficiência aconteça de fato;

Acompanhar sistematicamente as turmas que incluem crianças com

NEE;

Acompanhar, paralelamente, os encaminhamentos definidos junto às

famílias, referentes a combinados e atendimentos clínicos;

Apoiar o professor, auxiliar em educação e estagiária de inclusão nas

ações pedagógicas junto à criança, discutindo adaptações curriculares;

Apoiar o professor, auxiliar em educação e estagiário de apoio à

inclusão em suas questões subjetivas suscitadas pela inclusão;

Construir em conjunto com professor, auxiliar em educação e estagiário

de apoio à inclusão, pautas de observações para as crianças com NEE

OBJETIVOS PARA O PROFESSOR, AUXILIAR EM EDUCAÇÃO E

ESTAGIÁRIO DE APOIO À INCLUSÃO.

Entender a inclusão como direito da criança dentro do ensino regular;

Refletir sobre a prática educativa realizando adaptações necessárias

para melhor atendimento da criança com NEE

Conhecer as possibilidades da criança a fim de intervir para o seu

desenvolvimento acreditando nas suas competências;

Socializar as expectativas, as práticas educativas e outras questões com

a equipe gestora e/ou especialistas e/ou equipe escolar a fim de

qualificar o trabalho educativo.

OBJETIVOS PARA O PROFESSOR DE APOIO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO

Colaborar com os processos de inclusão das crianças com deficiência;

Contribuir com observáveis que ajudem no processo de levantamento de

objetivos, planejamento de propostas, de atividades relacionadas à

leitura de necessidades e interesses da turma evidenciadas pelo

professor da sala;

Realizar com equipe gestora devolutivas de suas observações ao

professor da sala;

Realizar registros com a EG na RAE;

Elaborar planejamento para o AEE com equipe gestora e educadores da

turma;

Elaborar recursos que favoreçam participação/ acessibilidade da criança

aos conteúdos;

Realizar relatório semestral de suas ações.

ESTRATÉGIAS

Encontros periódicos com o professor, auxiliar em educação e estagiária

de apoio á inclusão ou com professor de AEE (quando houver);

Registros reflexivos do professor, auxiliar em educação e estagiária de

apoio à inclusão sobre as crianças e as práticas desenvolvidas;

Devolutivas de registro pela equipe gestora;

Observações empíricas (tanto da equipe gestora quanto da EOT, AEE e

OP);

Conversas com os pais, de acordo com a necessidade, envolvendo

professora, auxiliar em educação, estagiária de apoio à inclusão, equipe

gestora, AEE, OP e EOT.

ETAPAS

Compartilhar o Plano de acompanhamento das turmas com crianças

com NEE. com a equipe escolar, estabelecendo um contrato didático

claro sobre a atuação de todas as partes;

Cuidados, no ato da matrícula, para colher informações importantes para

a organização da unidade escolar no atendimento das crianças;

Se necessário, agendar uma reunião com os pais e equipe gestora logo

após a matrícula para levantar informações que subsidiem o trabalho

pedagógico: alimentação, tratamentos, encaminhamentos clínicos já

realizados e a realizar, solicitando relatórios médicos, quando

necessário;

Conversa com o professor sobre os dados colhidos sobre a criança com

a família e questões pendentes para retomar com a família;

Registro do professor, do auxiliar em educação, da estagiária de apoio à

inclusão, e da professora de AEE, com as primeiras impressões;

A partir dos registros e relatos do professor, auxiliar em educação,

estagiária de apoio à inclusão, a equipe gestora e/ou OP e EOT, farão

observações empíricas nas turmas que incluem crianças com NEE para

levantamento de encaminhamentos/ acompanhamentos com os

profissionais envolvidos, inclusive a definição de quais crianças serão

acompanhadas pela professora de AEE;

Encontros individuais com os professores para discussão e definição de

objetivos, metas e orientações gerais; com o apoio dos profissionais.

Conversa com a família para troca de informações sobre a criança que

favoreçam o desenvolvimento do trabalho pedagógico;

Acompanhamento:

Observações realizadas pela Coordenação Pedagógica e

professora de AEE, da e/ou EOT e OP, quando necessário. ;

Registros dos professores, auxiliares em educação e estagiária de

apoio à inclusão, bem como sistematização de registro dos observáveis

da equipe de gestão.

Conversas individuais com professores, auxiliares em educação e

estagiária de apoio à inclusão;

Conversas com as famílias.

Avaliação do plano.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Respeitar as possibilidades de cada criança;

Apostar sempre na competência da criança e do próprio professor;

A entrega de registro sobre as crianças com NEE pode ser troca do

registro da semana;

Alguns cuidados são necessários para a entrega de encaminhamentos

clínicos como agendar com a família um momento específico para a

entrega, conversando com ela sobre o significado e importância deste

procedimento (cada caso será analisado e a entrega do

encaminhamento poderá ser feita pelo professor, ou pela coordenadora

pedagógica, ou ainda pelo próprio profissional da EOT). Ao receber o

encaminhamento, o pai ou responsável deverá assinar uma cópia do

mesmo que ficará arquivada na unidade escolar;

Anexar aos encaminhamentos (ou solicitação de pareceres dos

especialistas), uma introdução compartilhando os objetivos do plano de

acompanhamento, ressaltando a importância da parceria entre as

partes;

Enviar uma cópia do relatório individual escrito pelo professor (em

parceria com a equipe de gestão) ao especialista que faz o

acompanhamento clínico ou terapia específica da criança, solicitando-

lhes um novo parecer sobre suas aprendizagens no contexto clínico que

corroborem com as do contexto escolar;

Os registros do professor podem ter diversos focos durante o ano de

acordo com a criança e seu desenvolvimento (como por exemplo: como

a criança está inserida nas atividades realizadas, interação com outras

crianças, linguagem, etc.);

Aproveitar os dias não letivos para as reuniões com as famílias das

crianças com NEE;

Enviar uma cópia do relatório individual para a EOT;

O professor deve ser avisado previamente do dia e horário das

observações;

A definição dos horários e momentos da rotina que serão observados se

dará pela especificidade dos casos;

Todo processo deve ser registrado como uma documentação do

trabalho desenvolvido.

3.3. Funcionários

3.3.1. Caracterização

Nossa escola é composta por 13 funcionários (considerando as

funcionárias da cozinha), sendo a maioria dos integrantes do quadro desde o

ano de 2011, salvo os funcionários da equipe de apoio que tem se mantido por

um tempo de aproximadamente 7 anos nesta Unidade Escolar, isto se deve à

proximidade de suas residências da escola. No ano passado recebemos 1

funcionária remanejada de outra U.E., mas que já trabalhou nesta escola há

alguns anos. No final do ano passado tivemos a aposentadoria de uma

funcionária do apoio que estava readaptada e nos auxiliava no apoio aos

alunos (trocas, banhos, curativos, ligações para os familiares,

acompanhamento saída e entrada dos alunos), com isso, tivemos que passar

essa tarefa às demais funcionária da Equipe de Apoio.

3.3.2. Plano de Formação dos Funcionários

“A Educação acontece em cada canto da

escola, em cada momento, cada tarefa cumprida,

cada descoberta, cada partilha, cada gesto de

construção da vida que todos nós - diferentes e

iguais - devemos buscar juntos”. (RIOS, Terezinha

Azeredo. Revista Gestão Escolar, 07/2012).

A escola, como qualquer instituição, funciona como um organismo: para

que tudo ande perfeitamente e os objetivos sejam atingidos, cada parte precisa

executar bem as respectivas funções. Os professores são os responsáveis pelo

ensino dos conteúdos curriculares, mas os demais funcionários também

participam do processo educacional, dando o suporte necessário para que a

aprendizagem aconteça.

Sendo assim, pensar numa formação que integre todos os funcionários

nos projetos desenvolvidos pela escola favorece que eles se sintam parte do

processo educativo das crianças, tornando claro que todos são educadores na

escola. Para que todos os funcionários se sintam parte da escola, é preciso

integrá-los ao projeto político pedagógico. Somente conhecendo os objetivos

educacionais é que eles agirão no dia a dia de acordo com os valores

estabelecidos. Nosso intuito também será de envolvê-los nos projetos em

andamento, promovendo a parceria de todos tanto nas discussões e

planejamentos, como nas ações realizadas.

Outra questão a ser trabalhada é quando houver problemas de qualquer

natureza para resolver, todos podem ser convidados a refletir e encontrar

soluções, pois vivências diferentes contribuem para a elaboração de uma saída

mais criativa. O importante é desenvolvermos a autonomia de cada funcionário

para que cada um se sinta responsável pelos resultados do trabalho.

Também faremos um levantamento com o grupo de temáticas que elas

tenham interesse em discutir nas reuniões de equipe.

OBJETIVOS GERAIS

Favorecer que os diversos profissionais se sintam integrados aos

objetivos da escola e responsáveis pelas metas, compreendendo sua

função como educador;

Garantir a qualidade dos serviços realizados por cada funcionário,

pensando em estratégias para a execução do trabalho;

Garantir a presença e participação das reuniões que discutem e

planejem as ações e projetos que farão parte do nosso PPP;

Revisitar o PPP durante as discussões das ações da escola, fazendo

adequações quando necessário;

Garantir o acesso aos projetos desenvolvidos pelos professores com as

crianças, bem como a participação nas decisões tomadas, valorizando

as experiências e vivências diferentes de cada funcionário para a busca

de uma saída mais criativa e efetiva;

Promover a participação de todos os funcionários no projeto

Comunidade de Aprendizagem;

Participar ativamente do Projeto Coletivo, tanto no planejamento como

na execução das ações em conjunto com os professores.

CONTEÚDOS

Projeto Político Pedagógico;

Interações entre adultos e crianças/ crianças e crianças;

Papel educativo dos funcionários na atuação com os alunos da escola;

Parceria escola e comunidade (Projeto Comunidade de Aprendizagem);

Projeto Coletivo “Janelas para o Mundo” e demais projetos

desenvolvidos pelas turmas;

Outras temáticas que o grupo apresentar interesse em discutir e se

aprofundar.

ESTRATÉGIAS

Reuniões por segmento com periodicidade a ser definida;

Reuniões individuais com os funcionários para avaliação do trabalho

desenvolvido;

Reuniões Pedagógicas com a participação de todos os funcionários e

professores;

Reuniões periódicas para discussão e planejamento das ações, bem

como formação sobre as temáticas dos projetos;

Participação de representantes dos funcionários nas comissões mistas

do projeto Comunidade de Aprendizagem.

3.3.3. AVALIAÇÃO:

Ao final de cada semestre, haverá uma avaliação de toda a

equipe escolar sobre o trabalho desenvolvido, organização da rotina, eventos

realizados, Projeto Coletivo/ projetos de cada turma e outros aspectos que se

fizerem necessários.

“É um momento de ressignificação do espaço

escolar, para além das paredes da sala de aula e da

transmissão de conteúdos, tornando a escola um lugar

sintonizado com os direitos sociais, contextualizado ao

meio e ao tempo presente, nos quais sujeitos constroem,

com autonomia e em cooperação, seus conhecimentos e

sua própria história.” (MEC, Por uma política de

valorização dos trabalhadores em educação, pág.13)

4. Conselhos

4.1. Conselho de Escola

4.1.1. Caracterização do Conselho de Escola

O Conselho de Escola é um órgão colegiado constituído por

representantes dos segmentos que compõem a comunidade escolar,

professores, funcionários, pais e representantes da Associação de Pais e

Mestres.

Tendo como membro nato o Sr. (a) Diretor (a) e sendo composto no

critério de paridade e proporcionalidade; com o número máximo de trinta

conselheiros, sendo que essa paridade se dará entre pais e equipe escolar.

Entre os membros eleitos será eleito um coordenador e um Secretário, sendo

que qualquer membro efetivo pode ser eleito Coordenador ou Secretário na

primeira reunião dos membros eleitos.

Sua natureza é deliberativa, cabendo-lhe adequar para o âmbito da

escola, formas de organização, funcionamento relacionamento com a

comunidade, compatíveis com o Projeto Político Pedagógico e com as

orientações e diretrizes da política Educacional da Secretaria de Educação do

Município, e participar coletivamente na implementação de suas deliberações.

Mandato: 01 de abril de 2017 a 31 de março de 2018

NOME CATEGORIA

Edilene Rodrigues da Cruz

PA

IS D

E A

LU

NO

Luciana de Macedo Rosa Andrade

Elisângela Rodrigues Antonio

Darlene Alves de Souza Rocha

Enedina Ferreira Carvalho

Elisângela Teles de Castro

Fabiana Paulo Ribeiro Vitoriano

Alessandra Betania do Carmo Santos

Andréia Aparecida Rosa da Silva Rocha (Diretora)

FU

NC

ION

ÁR

IOS

DA

ES

CO

LA

Aline Fernanda Rezende (Professora)

Ellen Melo Antunes (Professora)

Marta Silva Nascimento Teixeira (Coordenadora)

Rosângela Martins Senhor (Professora)

Eliane de Souza Barbosa (Equipe de Apoio)

Maria Aureli dos Santos (Equipe de Apoio)

Legenda: Membro

Suplente

5. Associação de Pais e Mestres

5.1. Caracterização

A APM (Associação de Pais e Mestres) é uma entidade jurídica de

direito privado, criada com a finalidade de colaborar para o aperfeiçoamento do

processo educacional, para a assistência ao escolar e para a integração

escola-comunidade. A APM quem administra a verba e coloca em prática o

plano de ação decidido pelo Conselho de Escola.

Mandato: 01 de abril de 2017 a 31 de março de 2018

CONSELHO

DELIBERATIVO

Nome Cargo Segmento

Patrícia Moreira dos Santos Presidente Mãe de aluno

Andréia Maria da Silva 1ª.Secretária Mãe de aluno

Jandira Silva Chaves 2ª.Secretária Mãe de aluno

Ana Carolina de Oliveira S. Novaes Membro Mãe de aluno

Cíntia da Silva Hiriashi Membro Mãe de aluno

Andréia Ap. Rosa da Silva Rocha Membro Diretora

Nilda Leles Dias Membro Funcionária

Maria Aureli dos Santos Membro Funcionária

Cibele Ap. de Lima Macedo Membro Professora

DIRETORIA

EXECUTIVA

Nome Cargo Segmen

to

Selma Tacyane Lopes Ferreira

Antonelli

Diretora

Executiva

Mãe de aluno

Fabiana Paulo Ribeiro Vitoriano Vice-diretora

Executiva

Mãe de aluno

Karen Ap. da Conceição Souza 1ª.Tesoureira Mãe de aluno

Daniela Melo da Silva 2ª.Tesoureira Mãe de aluno

Adélia Cristina Andrade Santos 1ª. Secretária Professora

Alessandra Betânia do Carmo

Santos

2ª.Secretária Mãe de aluno

CONSELHO

FISCAL

Nome Cargo Segmento

Iara Cristina da Silva Miranda Presidente Mãe de aluno

Ana Maria Fernandes Rosa Membro Mãe de aluno

Rosângela Martim Senhor Membro Professora

Por motivo de realizarmos em conjunto as reuniões da APM e do

Conselho de Escola, pois entendemos ser de mais fácil viabilização das ações,

elaboramos um único Plano de Ação, contemplando a Avaliação de 2016 e

algumas expectativas e desejos levantados com o grupo.

5.2. Plano de Ação da APM e Conselho de Escola

Neste ano tivemos uma significativa participação dos pais na APM e

Conselho de Escola, inclusive tendo um número bem mais expressivo do que

nos demais anos anteriores. Isto nos mostrou que os investimentos que

fizemos neste ano na Reunião com Pais teve um retorno bem positivo, pois

este era um ponto que constava em nossa avaliação de 2016, ampliar a

participação dos pais nos dois órgãos colegiados. A maioria dos participantes

são novos na APM e Conselho de Escola e alguns foram reconduzidos para

este ano, isto nos mostra que teremos que investir na formação dos

participantes considerando o papel da APM e Conselho de Escola na Gestão

Escolar e também do trabalho pedagógico desenvolvido pela escola.

Em nossa primeira reunião fizemos um levantamento de pontos que

merecem nossa atenção e que de certa forma nos incomoda neste momento e

também traçamos ações para resolvermos tais situações. Notamos que nossa

maior fragilidade é a manutenção predial, por isso, decidimos ter um olhar mais

atento para estas questões, buscando parcerias, já que neste ano tivemos uma

expressiva redução de 28% da verba recebida do Convênio com a Prefeitura.

Sendo assim, teremos que priorizar aquilo que for mais emergencial, pensando

numa redução dos gastos com materiais pedagógicos, passeios, fazendo um

investimento maior na Manutenção Predial. Segue o Plano de Ação baseado

neste levantamento realizado com os membros da APM e Conselho de Escola:

OBJETIVOS

Realizar a manutenção preventiva e reparativa do prédio escolar,

garantindo a segurança das crianças/adultos e o bom funcionamento

das atividades pedagógicas da escola;

Investir em parcerias com empresas privadas para doação de materiais

para a manutenção predial;

Investir na parceria com os pais e/ou responsáveis para a realização de

trabalho voluntário na manutenção predial.

AÇÕES

Realizar as seguintes ações de manutenção predial: telhado (limpeza de

calhas, reparo nas telhas, instalação de manta); troca do piso das salas

de aula que estão descolando e causando acidentes com as crianças;

colocação de mais faixas antiderrapantes na entrada da secretaria,

reparo nas paredes que apresentam infiltração de água; instalação de

piso na área do antigo parque, utilizado hoje como área para atividades

de Corpo e Movimento; troca de torneiras quebradas; troca de

ventiladores quebrados; troca de lâmpadas queimadas; reforma dos

bancos do refeitório que estão com os pés enferrujados e instalação da

cerca do parque;

Buscar empresas privadas que façam doações de materiais para escola,

como tintas para a pintura da escola, entre outros;

Realizar uma pesquisa com as famílias de pais e/ou responsáveis que

têm interesse em fazer o trabalho voluntário na manutenção da escola;

Realizar orçamentos e cotações com outras empresas de manutenção

predial, em busca de melhores preços, a fim de utilizarmos a verba com

maior efetividade, tendo em vista a redução dos valores repassados

para a APM neste ano;

Levantar estratégias para priorizar o uso da verba nas necessidades

emergenciais da escola.

AVALIAÇÃO

A avaliação ocorre sempre ao término das ações, a fim de verificar a

eficácia das mesmas. Também no final do ano letivo realizaremos uma

avaliação de todo o trabalho desenvolvido pela APM e Conselho de Escola no

ano de 2017 para levantamento de indicativos para o próximo ano letivo. É

válido ressaltar que todo o processo avaliativo ocorre com a participação de

todos os membros envolvidos, a partir dos mais diversos olhares e pontos de

vista há a reflexão sobre nosso trabalho e planejamento das ações futuras.

5.3. Reuniões

O Conselho de Escola e APM se reunirão ordinariamente mensalmente

(nas primeiras 5as. Feiras de cada mês) e extraordinariamente, por

convocação em primeira instância pelo Coordenador do Conselho ou

Presidente da APM, na sua falta pelo Diretor da Unidade Escolar ou por uma

proposta de um terço dos seus membros.

Os suplentes do Conselho de Escola serão convidados a participar de

todas as reuniões.

As reuniões acontecerão alternadamente nos períodos da manhã e da

tarde, no recinto da Unidade, sempre com a participação do Conselho de

Escola e APM, visto que este dois órgãos trabalharão juntos com o objetivo de

aprimorar o trabalho da escola e garantir qualidade no atendimento às

crianças.

IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO

TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos

Objetivo da Educação Básica

LDB: Título V - Dos níveis e das Modalidades de

Educação e Ensino

Capítulo II

Seção I

Das Disposições Gerais

“Art. 22. A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o

educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e

em estudos posteriores.”

Seção II

Da Educação Infantil

“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica,

tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos

de idade (ou zero a cinco, na medida em que as crianças de seis anos

ingressem do Ensino Fundamental), em seus aspectos físico,

psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da

comunidade.”

Lei Municipal nº 5309/2004

“Art. 3º.”. O ensino será ministrado com base nos seguintes

princípios:

- igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o

pensamento, a arte e o saber;

- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

- respeito à liberdade e apreço à tolerância;

- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

- valorização do profissional da educação escolar;

- gestão democrática do ensino público na forma da lei;

- garantia de padrão de qualidade;

- valorização da experiência extraescolar;

- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas

sociais.

2. Levantamento de Objetivos Gerais e

Específicos por Área de Conhecimento/ Tema

OBJETIVO GERAL DA ESCOLA:

Propiciar às nossas crianças um ambiente: acolhedor, estimulante,

cultural, que favoreça as relações sociais por meio da ludicidade,

possibilitando a construção de saberes, atuando como agente

transformador de sua realidade.

A seguir estão descritos os objetivos, conteúdos e orientações didáticas

para cada área de conhecimento. Lembramos que os objetivos estão descritos

de maneira ampla e que cada professor, levando em conta as especificidades

da faixa etária e as necessidades da turma, escolherá quais objetivos trabalhar.

Consideramos a criança como um sujeito histórico e de direitos que se

desenvolve por meio das interações, relações e práticas cotidianas

disponibilizadas a ela e também por ela estabelecida com adultos e crianças de

diferentes idades. Sendo assim:

“...as experiências vividas no espaço de Educação Infantil devem possibilitar o encontro de explicações pela criança sobre o que ocorre à sua volta e consigo mesma enquanto desenvolvem formas de sentir, pensar e solucionar problemas” Nesse processo é preciso considerar que as crianças necessitam envolverem-se com diferentes linguagens e valorizar o lúdico, as brincadeiras, as culturas infantis.” (Zilma de Moraes Ramos de Oliveira – O currículo na Educação Infantil: o que propõe as novas diretrizes nacionais?)

2.1. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

Leitura

“Devo ser um leitor muito ingênuo, porque nunca pensei que os escritores quisessem dizer mais do dizem. Quando Franz Kafka conta que Gregório Sansa apareceu certa manhã convertido em um gigantesco inseto, não me parece que isso seja uma simbologia, e a única coisa que sempre me intrigou é a que espécie de inseto ele pertencia. Creio que houve realmente um tempo que os tapetes voavam e que havia gênios prisioneiros dentro das lâmpadas.” Gabriel Garcia Marques.

De acordo com a proposta curricular Volume II o trabalho com leitura

tem como finalidade a formação de leitores competentes.

Segundo Delia Lerner ler é adentrar outros mundos possíveis. É

questionar a realidade para compreendê-la melhor, é distanciar-se do texto e

assumir uma postura crítica frente ao fato que se diz e ao que se quer dizer, é

assumir a cidadania do mundo da cultura.

A instituição escolar deve ser um ambiente propicio a leitura, criando

condições tais antes mesmo das crianças aprenderem a ler no sentido

convencional do termo, cabendo ao professor assumir o papel de intérprete

para que os alunos possam ler através dele.

Na escola a leitura deve se constituir além de um objeto de ensino em

um objeto de aprendizagem sendo necessário que a mesma tenha sentido do

ponto de vista dos alunos, o que significa, entre outras coisas, que deva

cumprir uma função para a realização do propósito que ele conhece e valoriza.

Para que a leitura, como objeto de ensino, não separe demais da prática social

que se quer comunicar, é imprescindível representar ou reapresentar, na

escola, os diversos usos que ela tem na vida social.

A escola deve ter como norte para a realização de um trabalho com

leitura a diversidade de propósitos, de modalidades, de textos e de combinação

entre eles. A inclusão dessas diversidades , assim como a articulação, e com

as exigências escolares, é um componente da complexidade didática

necessária quando se opta por apresentar a leitura na escola sem

simplificações, procurando conservar sua natureza e, portanto sua

complexidade como pratica social.

Para comunicar as crianças comportamentos que são típicos de leitor, é

necessário que o professor os utilize na aula, que ofereça a elas oportunidades

de participar de atos de leitura que ele próprio está realizando, que estabeleça

com elas uma relação de “leitor para leitores”.

As propostas de ensino devem basear-se em situações de uso cotidiano

que contribuam para as descobertas dos alunos quanto às finalidades dos

diferentes tipos de textos que circulam socialmente. Assim é importante criar

condições reais de uso da leitura como:

Ler para inteirar-se de algo ou para aprender algo novo;

Ler por distração, desenvolvimento da sensibilidade e partilha de

emoções;

Ler para aprender a fazer “coisas”, comunicar instruções, regular o

comportamento;

Ler para comunicar conhecimentos e discutir ideias;

Ler para localizar e/ou ordenar dados concretos, informações pontuais;

Interpretar o que foi lido.

A decodificação é apenas um dos procedimentos que utilizamos ao ler: a

leitura fluente envolve uma série de outras estratégias, isto é, de recursos para

construir significado: sem elas, não é possível alcançar rapidez e proficiência.

Uma estratégia de leitura é um amplo esquema para obter, avaliar e

utilizar a informação. Há estratégias de seleção, antecipação, inferência e

verificação. De acordo com Delia Lerner e Ana Teberosky podemos elencar as

estratégias de leitura da seguinte forma:

Estratégia de seleção: permitem que o leitor se atenha

apenas aos índices úteis, desprezando as irrelevantes. Ao ler

fazemos isso o tempo todo: nosso cérebro sabe, por exemplo,

que não precisa se deter na letra que vem após o “Q”, pois

certamente será o “u”, ou que nem sempre é o caso de se

fixar nos artigos, pois o gênero está definido pelo substantivo.

Estratégias de antecipação: tornam possível prever o que

ainda está por vir, com base em informações explicitas e em

suposições. Se a linguagem não for muito rebuscada e o

conteúdo não for muito novo, nem muito difícil, é possível

eliminar letras em cada uma das palavras escritas em um

texto, e até mesmo uma palavra a cada cinco outras, sem que

a falta de informações prejudique a compreensão. Além das

silabas, palavras, antecipamos também os significados.

Estratégia de inferência: permite captar o que não está

escrito, dito no texto de forma explicita. A inferência é aquilo

que “lemos”, mas não está escrito. São as adivinhações

baseadas tanto em pistas dadas pelo próprio texto com em

conhecimento que o leitor possui. Às vezes essas inferências

se confirmam, e às vezes não, de qualquer forma não são

adivinhações aleatórias. O contexto contribui para a

interpretação do texto, e até mesmo em algumas situações

para inferir na intenção do autor.

Estratégia de verificação: tornam possível o controle da

eficácia ou não das demais estratégias, permitindo confirmar,

ou não, as especulações realizadas Esse tipo de checagem

para confirmar, ou não, a compreensão é inerente à leitura.

Um leitor competente e fluente utiliza todas essas estratégias de leitura

ao mesmo tempo sem se dar conta que está utilizando-as.

OBJETIVOS

Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura, estimulando os sonhos, a

imaginação, a criatividade e a ampliação do vocabulário;

Ter acesso à leitura de diferentes gêneros em seus respectivos

portadores textuais;

Desenvolver a postura de leitor ouvinte;

Ter experiência com outras pessoas em situações de leitura;

Ler com diferentes propósitos e finalidades.

CONTEÚDOS

Participação em situações nas quais os adultos leiam textos de

diferentes gêneros;

Leitura ainda que não o façam convencionalmente;

Observação e manuseio de materiais impressos, livros, revistas,

histórias em quadrinhos, previamente apresentados ao grupo;

Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento;

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Criar clima agradável para a leitura, adequando-a ao gênero lido; por

exemplo, ao ler um conto de assombração, apagar as luzes, acender

uma lanterna;

Garantir que as crianças estejam sentadas confortavelmente, em

ambiente agradável;

Preocupar-se com a entonação de voz no momento da leitura;

Diversificar as formas de ler: ler mostrando as ilustrações, ler toda a

história e depois mostrar as ilustrações ou vice e versa;

Deixar claro para as crianças se você lerá ou contará a história;

Caso vá contar a história, não utilizar o livro; apenas mostrar a fonte, se

necessário;

Não modificar vocabulário, imaginando que as crianças não entenderão,

pois o contexto define o sentido;

Evitar parar no meio da leitura para esclarecimentos;

Ter combinados claros com as crianças sobre este momento;

Contemplar uma ampla variedade textual, divididas pelos dias da

semana, como por exemplo, parlendas, poesias, contos, fábulas, lendas,

mitos, textos informativos, literatura infantil moderna, etc.;

Respeitar seu horário de biblioteca, pois outras turmas também a

utilizarão no mesmo dia;

Atentar para as preferências das crianças, porém sem esquecer os

demais gêneros;

Oferecer às crianças informações convencionais e importantes como:

autor, ilustrador, título, editora;

Utilizar diferentes estratégias para contar as histórias; objetos,

fantoches, tecidos etc...;

Cuidar para não atrelar as práticas de leitura, que possuem um valor em

si mesmas, com atividades subsequentes como desenhos de

personagens, respostas de perguntas sobre a leitura, dramatizações das

histórias. Tais atividades só devem ser realizadas quando fizerem

sentido e como parte de um projeto mais amplo;

Favorecer acesso aos diversos tipos de materiais escritos, uma vez que

isso possibilita ás crianças o contato com as praticas culturais mediadas

pela escrita;

Colocar as crianças nos papéis de leitoras;

Quando se lê várias leituras de um mesmo gênero propicia as crianças

oportunidades para que conheçam as características próprias de cada

gênero;

Para enriquecer uma leitura poderá o professor utilizar a estratégia de

comentar previamente sobre o assunto;

Criar um ambiente agradável e convidativo a escuta atenta, mobilizando

a escuta atenta, mobilizando a expectativa das crianças, permitindo que

elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida;

Favorecer o reconto de histórias, onde o professor auxiliará na

reconstrução do texto original;

Utilizar as imagens das histórias para realizar o seu reconto;

Ler as histórias no seu respectivo portador;

Possibilitar regularmente o empréstimo de livros para serem levados

para casa;

Oferecer textos de qualidade literária para as crianças, o oferecimento

de textos mais curtos e fácies pode resultar em um empobrecimento de

possibilidades ao acesso à boa literatura;

Organizar situações de leitura exploratória, (nestas atividades de

“leitura”, as crianças devem saber o texto de cor e tentar localizar onde

está escrito determinadas palavras). Para isso elas precisam buscar

todos os indicadores disponíveis no texto escrito. Nestas situações os

textos mais adequados são as quadrinhas, parlendas e canções porque

focalizam a sonoridade de linguagem (ritmos, rimas, repetições etc.).

Porém pode-se também realizar este trabalho com listas, tomando o

cuidado de inserir as atividades em um contexto.

Organizar situações de leitura texto e contexto: são situações em que as

crianças precisam descobrir o sentido do texto apoiando-se nos mais

diversos elementos, como nas figuras que o acompanham na

diagramação, em seus conhecimentos prévios sobre o assunto, no

conhecimento que têm sobre algumas características próprias do

gênero. Neste caso os textos mais adequados são as embalagens

comerciais, os folhetos de propaganda, as histórias em quadrinhos

demais portadores que possibilitam as crianças deduzir o sentido, á

parte do conteúdo de imagens ou fotos, do conhecimento da marca ou

do logotipo.

Em 2010 realizamos o empréstimo de livros, biblioteca circulante, para

todas as crianças da unidade, atividade esta que permanece até hoje.

OBJETIVOS DA BIBLIOTECA CIRCULANTE

Possibilitar acesso à leitura em outros espaços;

Permitir que as crianças tenham acesso à diversidade textual;

Que as crianças tenham contato com outras pessoas em situação de

leitura (pais, irmãos, parentes);

Desenvolvam cuidados e responsabilidade com o livro emprestado;

Vivencie uma situação próxima às práticas sociais reais: empréstimo de

livros, que possam escolher e emitir opiniões;

Considerar as crianças como leitoras legítimas, ainda que não

convencionais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Garantir o acesso aos livros da biblioteca circulante, expondo-os de

diferentes formas na sala, para que as crianças possam escolher qual

deseja levar para casa;

Garantir a escolha por parte das crianças; não ser diretiva neste

momento, apenas organizadora e/ou mediadora;

Evitar tempo de espera ou confusão, organizando de forma prazerosa

este momento;

Socializar críticas e comentários das crianças sobre a leitura realizada;

proporcionar um clima agradável para isto;

Estabelecer contratos didáticos com as crianças, e se necessário, com

os pais ou responsáveis;

Retomar com frequência os combinados (coletiva ou individualmente) e,

se necessário, registrá-los por escrito;

A periodicidade do empréstimo será quinzenal intercalando período

manhã e tarde para garantir uma maior variedade no momento da

escolha;

As crianças do primeiro ano inicial farão o empréstimo quinzenalmente;

Cabe a cada professor controlar o empréstimo e devolução dos livros ao

final de cada semana para que a parceira do outro período possa

realizar o mesmo;

Manter os livros utilizáveis, se descolar recuperá-los, ou seja, é

imprescindível garantir que os livros para a leitura individual das crianças

esteja em bom estado.

Combinar com as crianças que este material não pode ser riscado,

desenhado etc...

Anotar no cartão que fica atrás do livro o nome da criança que estará

levando-o para controle, a medida do possível as próprias crianças

poderá realizar essa anotação.

Escrita

Isto Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, Ou que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! Fernando Pessoa

Uma pratica educativa comprometida com o desenvolvimento da

linguagem escrita não se restringe à elaboração de atividades dirigidas aos

alunos. Exige isto sim, a superação da fragmentação dessas atividades de

ensino em sala de aula. Para se assegurar aos aprendizes o pleno

desenvolvimento de suas potencialidades, é fundamental, dentre outros

aspectos, que a ação educativa se baseie em uma orientação teórico-

metodológica, que se definam os objetivos de ensino, a organização do

trabalho pedagógico, o tipo de abordagem que se quer dar ao conhecimento e,

por fim que se considere a realidade sociocultural dos alunos e da escola.

Nossa cultura está permeada de situações onde a língua escrita e a

leitura é utilizada com diferentes intenções e significados. Uma das situações

de escrita é a produção de texto onde se deve preservar as características do

gênero, considerando o destinatário real, o uso e a função social da escrita.

O trabalho pedagógico deve ser pautado pelo texto como unidade de

sentido, sendo possível, a produção mesmo antes de compreender o

funcionamento do sistema de escrita.

Caberá à escola e ao professor considerar que os alunos possuem

conhecimentos prévios propondo situações de aprendizagens onde sejam

colocados em jogo esses conhecimentos a fim de favorecer o confronto com

novas informações e instigar a construção de novos saberes.

As situações de escritas podem ser várias: produção de textos com

destino escrito podendo ser o professor o escriba, escritas de próprio punho1 e

escrita em duplas ou grupos produtivos.

Nas atividades de escrita, parte-se do pressuposto que as crianças se

apropriam dos conteúdos, transformando-os em conhecimentos próprios em

situações de uso, quando têm problemas a resolver e precisa colocar em jogo

tudo o que sabem para fazer o melhor que podem.

OBJETIVOS GERAIS

Proporcionar situações de aprendizagem prazerosas e significativas que

oportunizem o contato das crianças com a palavra escrita;

Que os alunos utilizem a linguagem em situações de comunicação que

envolva argumentação, a narração de fatos, a comunicação de ideias

partindo da utilização de diversos portadores textuais;

Proporcionar aos alunos situações significativas de produção de texto,

tendo o professor como escriba.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Compreender a função social da escrita;

Reconhecer seu nome identificando-o nas diversas situações do

cotidiano;

Familiarizar-se com diversas formas de registro e escrita;

Participar de momentos de escrita ainda que não seja de forma

convencional, tendo ou não professor como escriba;

Respeitar a produção própria e a do outro.

1 Escrita de próprio punho – é escrita que a criança coloca em jogo tudo que sabe para escrever;

CONTEÚDOS

Produção textual: individual, coletiva e oral;

Reescrita de textos;

Revisão de textos;

Reconhecimento do nome próprio.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

É necessário que as crianças tenham acesso a uma diversidade de

textos escritos;

As crianças devem observar o professor e outras pessoas em situações

cotidianas de escrita;

Fornecer a possibilidade da busca de informações através de um

ambiente letrado e significativo;

É preciso que as crianças entendam o significado da escrita, para isso o

professor deve propor situações bastante significativas, que respeitem a

sua função social, o mais próximo possível das práticas sociais,

apresentando um destinatário ou uma situação comunicativa definida.

Além disso, considerando a faixa etária, o aspecto lúdico e simbólico das

atividades também deve ser observado.

Oralidade

“... a linguagem oral, mais conhecida como oralidade, ocupa importantíssimo papel no desenvolvimento da criança, pois possibilita que ela comunique ideias, pensamentos, intenções de diversas naturezas, uma vez que a comunicação é uma necessidade humana de expressão e serve para transformar tanto os interlocutores quanto a realidade que

os rodeia...” 2

A linguagem oral é um dos meios pelo qual a criança se

comunica, expressando seus sentimentos, pensamentos, vontades e desejos.

2 Proposta curricular – caderno 2- educação infantil. 42p

Ao entrar na escola a maioria dos alunos já dispõem de competência

discursiva e linguística para comunicar-se em situações que envolvem relações

sociais de seu dia a dia, inclusive as que se estabelecem na situação escolar.

O que se busca é que o aluno seja um usuário competente da linguagem no

exercício da sua cidadania.

Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil

nas inúmeras interações com a linguagem oral , as crianças vão tentando

descobrir as regularidades que a constitui, usando todos os recursos de que

dispõem: historias que conhecem vocabulário familiar etc. logo acabam criando

formas verbais, expressões e palavras, na tentativa de apropriar-se das

convenções da linguagem. Aponta-se ainda que a linguísticas se dê em tempos

diferenciados, sendo que a condição de falar com fluência, produzir frases

completas e inteiras provém da participação em atos de linguagem.

Para que os alunos se expressem oralmente é necessário que tenham

confiança em si, e para que adquiram essa confiança é fundamental que a

escola precisa promover situações que instrumentalizem o aluno para sua

utilização em diferentes instâncias.

OBJETIVO GERAL

Que os alunos sejam capazes de expressar sentimentos desejos, ideias

e necessidades de forma compreensível.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação por meio

de vários gêneros orais (recados, relatos em rodas de conversa,

recontos de fatos numa sequência temporal);

Expressar-se de forma clara, coerente;

Ampliação do universo discursivo dos alunos;

Desenvolver a linguagem oral para interagir com os interlocutores;

Organizar o pensamento de forma estruturada.

CONTEÚDOS

Narração de histórias, fatos, recontos, e dramatização, acontecimentos

do dia a dia;

Participação em situações orais com diferentes interlocutores;

Uso da linguagem para expor sentimentos, necessidades, experiências,

ideias, opiniões, etc.;

Diferentes gêneros de discurso.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Garantir momentos, dentro da rotina, de forma sistemática e planejada,

onde as crianças exponham seus pensamentos e opiniões (roda de

conversa, levantamento de hipóteses, novidades, discussão de regras,

combinados, brincadeiras simbólicas, etc.);

O professor deve estar atento às crianças mais retraídas, pensando em

estratégias que favoreçam a sua participação;

O professor deve propiciar que o momento da roda de conversa

aconteça de forma tranquila, aconchegante, verificar se as crianças

estão confortáveis, se há silêncio o suficiente para que todos se

escutem;

Propiciar que os alunos se expressem, além da fala, através da

linguagem pictórica, gráfica, numérica, mímica, possibilitando o

desenvolvimento da comunicação de todos;

Considerar as crianças como interlocutoras, dando continuidade à

conversa, mesmo que seja a partir da produção de uma palavra;

Cabe ao professor instigar a comunicação realizando perguntas abertas

que possibilitem diferentes respostas frente a determinadas situações e

quando necessário ajudar com perguntas mais fechadas com uma ou

duas alternativas a fim de favorecer a comunicação da criança frente à

situação;

Cabe à escola reconhecer, compreender e respeitar as variantes

linguísticas de seus alunos;

Aproveitar todos os momentos da rotina para que as crianças

expressem seus desejos, sentimentos, opiniões, argumentem razões,

interajam com os outros – crianças ou adultos;

Acolher a fala das crianças com posturas tal como abaixar para ouvir o

que a mesma estiver falando, prestar atenção à sua fala;

Mediar as situações de conflitos através da comunicação;

Organizar este momento com temas ou situações previamente

planejadas;

Estabelecer combinados com o grupo sobre este momento da rotina,

retomando-os sempre que necessário;

Favorecer momentos onde ocorram diálogos com a professora e

colegas roda de conversa e brincadeiras de faz de conta.

2.2. MATEMÁTICA

“... fazer matemática é expor ideias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que faltam para resolver problemas

entre outras coisas...” 3

A criança aprende a matemática a partir do meio em que está inserida e

das relações que estabelece com o mundo.

A criança passa por um processo constante de mobilidade na

construção do conhecimento matemático: comparações, noções de quantidade

e orientação espacial.

Na medida em que a criança se apropria dos conhecimentos

matemáticos passa a adquirir autonomia para resolver situações problemas do

cotidiano, compreendendo e estabelecendo as regras dos jogos e das

brincadeiras.

Na construção do conhecimento matemático, faz-se necessário a

intencionalidade e o planejamento das propostas.

Vários estudos propõem que para as crianças construírem

conhecimentos matemáticos é preciso que vivenciem múltiplas situações

significativas em diferentes contextos e tenham oportunidade de realizar

reflexões sobre suas produções, interagindo com outros, tanto para explicitar

sua forma de pensar como para confrontar formas de resolução.

A criança aprende matemática a partir das ações que produz para

resolução de uma situação, ou seja, quando compara, discute, pergunta, cria,

amplia ideias e percebe que o parceiro pode encontrar outra forma de resolver

os problemas postos.

Cabe à escola ajudar as crianças a organizarem melhor as suas

informações e estratégias, bem como proporcionar condições para aquisição

de novos conhecimentos matemáticos.

3 Referencial curricular Nacional para educação infantil p.207

OBJETIVOS

Identificar diferentes funções do número nos diferentes contextos;

Desenvolver estratégias para lidar com problemas do cotidiano;

Utilizar a contagem em situações nas quais reconheça a sua

necessidade;

Utilizar e identificar elementos da linguagem matemática ou próximo

dela (símbolos numéricos, marcas ou signos alternativos);

Identificar e comparar quantidades;

Explorar e identificar propriedades geométricas de objetos e figuras;

Identificar diferentes funções do número nos diferentes contextos;

Desenvolver estratégias para lidar com situações problema do cotidiano;

Utilizar gráficos e tabelas na leitura e na interpretação de informações;

Utilizar jogos e compreender regras;

Utilizar estratégias convencionais ou não convencionais de cálculos para

resolver situações cotidianas, envolvendo a linguagem matemática;

Construir as noções de número e sistema de numeração identificando

algumas regularidades;

Utilizar a contagem em situações nas quais reconheça a sua

necessidade;

Utilizar e identificar elementos da linguagem matemática ou próximo

dela (símbolos numéricos, marcas ou signos alternativos);

Identificar, comparar e estimar quantidades;

Aproximar-se de noções de grandezas e medidas estabelecendo

relações com situações cotidianas;

Situar-se e deslocar-se no espaço a partir de pontos de referências;

Explorar e identificar Formas Geométricas de objetos, figuras e espaços.

CONTEÚDOS

Sistema numérico;

Contagem;

Registro de algarismos;

Jogos;

Portadores Numéricos;

Relação número e quantidade;

Notação numérica;

Relação termo a termo;

Situação problema;

Função social do número;

Estimativa;

Cálculo;

Gráficos;

Tabelas;

Espaço e Forma;

Figura geométrica;

Propriedades geométricas de objetos e figuras;

Representações bidimensionais e tridimensionais de objetos.

Grandezas e Medidas

Medida;

Peso;

Volume.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover diversas situações nas quais possam explorar os objetos, o

espaço e materiais de forma lúdica;

Propiciar o acesso ao conhecimento matemático visando a sua

utilização nas relações cotidianas;

Propor atividades nas quais a recitação oral da sucessão dos números

esteja presente (jogos, brincadeiras, cantigas, etc.);

Propor situações nas quais avancem em suas hipóteses matemáticas;

Garantir momento na rotina que envolva leitura, escrita, e comparação

dos números;

Oportunizar o uso de instrumentos de pesquisas (tabelas, calendário,

livros, jogos, etc.)

Propor situações nas quais as crianças construam novos sentidos para

seus conhecimentos;

Oportunizar situações nas quais as crianças através do espaço cotidiano

reconheçam as figuras geométricas;

Proporcionar a exploração espacial, propondo inclusive representação

bidimensional e tridimensional de objetos;

Propiciar situações em que as crianças possam aproximar-se das

noções de grandezas e medidas por meio de comparações;

Propiciar situações em que as crianças realizem estimativa;

Propor situações que favoreçam e estimulem o cálculo;

Propor situações que favoreçam a reflexão, a pesquisa e a comparação

entre as hipóteses do grupo;

Garantir situações que possibilitem o uso do registro convencional ou

não.

2.3. CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental, no Brasil é deliberada pela Lei Federal n°9795, de 27 de abril de 1999, a PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental, que a define:

Art. 1° Entendem-se, por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do Meio Ambiente, bem como uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2° A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.

Nas questões, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável estão

envolvidos os aspectos econômicos, políticos sociais e históricos, que

acarretam discussões sobre a corresponsabilidade de cada indivíduo, voltadas

ao bem-estar comum e ao desenvolvimento social. Isso nos leva a pensar na

necessidade e importância em discutir as ações do homem na natureza e na

sociedade.

Sendo a Escola um espaço privilegiado por agregar diversas ideias,

opiniões e vivências, favorecendo a interação dos indivíduos entre si e com os

elementos da natureza, a equipe escolar compreende a importância em

desenvolver um trabalho pedagógico que atenda as necessidades da

comunidade escolar, principalmente quando essa comunidade está inserida

numa área de manancial.

Considerando o homem um ser natural, com peculiaridades impares,

sendo capaz de pensar, sentir, falar, criar, desejar, compartilhar, conviver e se

reinventar, mas completamente dependente da relação com o meio natural e

social para desenvolver suas competências e habilidades, a escola tem um

papel fundamental na construção desses saberes, se organizando para acolher

os pequenos, planejando espaços que favorecem o desenvolvimento humano

em sua plenitude.

Na Educação Infantil, o planejamento na área de Ciências deve abordar

as reais necessidades da criança, compreendendo sua diversidade e

singularidade, com propostas que ampliem as diversas formas da criança

conhecer o mundo e se expressar, desenvolvendo as suas potencialidades.

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CEB nº

05/09 artigo 7º) considerar a função sociopolítica e pedagógica inclui, entre

outras questões:

“...construir novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico racial, de gênero, regional, linguística e religiosa”. (grifo nosso)

Ou seja, o compromisso com a ludicidade traz à tona o direito à

brincadeira, rompendo relações de dominação etária dos adultos sobre as

crianças e o excesso de controle. Sendo assim, não faz sentido que as

crianças permaneçam por longos períodos em espaços fechados, fazendo filas

e aguardando os comandos dos adultos. As interações e brincadeiras devem

ser os eixos norteadores da proposta pedagógica. Portanto, as práticas

pedagógicas devem levar em consideração desejos e interesse que as

crianças expressam quando brincam livremente entre si.

Sendo assim, Ciências e Educação Ambiental, assim como as demais

áreas de conhecimento precisam ser trabalhadas por meio de situações

lúdicas, partindo das questões e curiosidades que elas trazem a cerca do

mundo em que vivem.

Segundo Léa Tiriba4 há três objetivos para o um projeto pedagógico

compromissado com a vida:

a) Religar as crianças com a natureza: convida a um novo

olhar de admiração, desfrute, reverência e respeito à natureza.

b) Reinventar os caminhos de aprender: rejeitar práticas

pedagógicas que propõem um conhecimento intelectual e descritivo,

sendo necessário entendê-lo como “objeto de estudo”.

4 Coordenadora do curso da NIRIO e coordenadora do Curso de Especialização

“Educação Ambiental para sociedades sustentáveis” NIMA/PUC-Rio

c) Dizer não ao consumismo e ao desperdício: combate às

práticas consumistas, investindo em trocas, valorizando o ser

humano e não o objeto.

OBJETIVOS

Valorizar o homem na sua relação com o ambiente natural e social;

Conhecer a importância da existência dos seres vivos e a sua

diversidade;

Conhecer e valorizar a diversidade histórico-cultural da comunidade

escolar, ampliando os espaços de convivência cultural;

Relacionar-se com os seres humanos e a natureza, valorizando a

preservação das espécies e a qualidade de vida no planeta;

Relacionar o modo de vida característico de seu grupo social e de outros

grupos;

Participar atividades coletivas e individuais;

Participar de situações onde possa questionar, indagar a cerca do

mundo físico e social, ao tempo e a natureza;

Utilizar recursos naturais sem desperdício;

Cuidar, preservar e conhecer a biodiversidade do seu bairro;

Ter atitudes e comportamentos cooperativos, solidários e que valorizem

a vida.

CONTEÚDOS

Biodiversidade

Ambiente Natural e Social

Preservação do meio ambiente

Cooperação e atitudes solidárias

Identidade Cultural

Diversidade Cultural

Saúde e Bem estar

Ciência e Tecnologia

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Favorecer espaços de aprendizagens significativas, envolvendo a

comunidade escolar;

Promover a interação escola x comunidade, através da troca de experiências/

saberes, valorizando e considerando os saberes das famílias;

Planejar atividades que incorporem no indivíduo as boas práticas de preservação

do meio ambiente e o uso consciente dos recursos da natureza;

Planejar atividades em que as crianças se utilizem dos recursos naturais para a

construção de saberes;

Planejar atividades em que as crianças se utilizem dos recursos tecnológicos para

a construção de saberes;

Favorecer situações em que as crianças levantem hipóteses, testem, refutem

sobre os temas estudados;

Favorecer a coleta de dados em diversas fontes – entrevista, história de vida,

pesquisas, leitura de livros, enciclopédia, jornais, revistas, busca na internet e

também na biblioteca.

Planejar atividades que possibilitem a criança ter contato com os elementos da

natureza (água, areia, terra, pedras, argila, plantas e sementes), compreendendo

a sua importância para a vida.

Planejar atividades em que as crianças explorem as possibilidades de interação do

corpo com o ambiente natural e social, destinando momentos para que as crianças

engatinhem, rolem, corram, sentem-se, subam obstáculos, pulem, empurrem,

agarrem objetos de diferentes formas e espessuras;

Organizar espaços de interação criança x criança, criança x adulto, adulto x adulto,

considerando sua diversidade cultural;

Explorar espaços internos e externos da instituição.

Oferecer oportunidade para as crianças vivenciarem a experiência de semear,

plantar e colher os frutos da terra, estabelecendo uma relação de identidade,

reverência e respeito à natureza.

Planejar atividades que possibilitem o desenvolvimento da autonomia e criticidade;

Oportunizar espaços de convivência, onde as opiniões e diferenças sejam

respeitadas e valorizadas;

Promover espaços de escuta validando as conquistas da criança a partir dos seus

saberes, oferecendo condições para que ela elabore sentidos pessoais, se

aproprie de elementos significativos da sua cultura não como verdades absolutas,

mas como elaborações dinâmicas e provisórias.

Possibilitar o acesso a espaços culturais diversificados e a práticas culturais da

comunidade tais como apresentações musicais, teatrais, fotográficas e plásticas,

visita a bibliotecas, museus, monumentos, parques e jardins.

Valorizar as apropriações atitudinais e / ou procedimentais das crianças, mantendo

um olhar mais voltado para o processo do que para o produto ou conteúdo

conceitual.

AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á no decorrer do processo de aprendizagem,

devendo levar em consideração a participação da criança nas discussões. A

grande maioria dos conteúdos previstos para esta área acarreta em uma

mudança comportamental. Portanto, não é necessário que a criança saiba

reproduzir conteúdos trabalhados, mas que participe das discussões e

pesquisas, demonstrando uma atitude cooperativa e solidária com os colegas e

o meio em que vivem.

2.3.1. A INFLUÊNCIA E CONTRIBUIÇÕES DOS

AFRICANOS NA FORMAÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA

“Quem não se vê, não se reconhece. Quem não se reconhece, não se identifica. Quem não se identifica, não se ama, tem baixa autoestima e se desinteressa por tudo o que representa a Educação formal.” (Oswaldo Faustino, “Reflexões diante de um espelho sem reflexo”, Novembro de 2007).

Após avaliação dos Indicadores de Qualidade, realizada em 2011, onde

verificamos que a escola pouco tem trabalhado sobre a influência e

contribuições dos africanos na formação da nossa cultura, bem como a

valorização da diversidade cultural nos projetos que temos desenvolvido com

nossos alunos, o grupo considerou ser importante revermos nossas práticas e

repensarmos nosso currículo, para incluirmos essa temática, procurando

valorizar a diversidade da nossa Equipe e Comunidade Escolar e corrigirmos

atitudes que por vezes tem sido de discriminação e preconceituosas com

relação aos negros e afrodescendentes.

Outro aspecto importante para se destacar é que precisamos

implementar a Lei 10.639/2003 que tem por objetivo contribuir para a

superação dos preconceitos e atitudes discriminatórias por meio de práticas

pedagógicas de qualidade, que incluam o estudo da influência africana na

cultura nacional.

Avaliamos que falta formação sobre o assunto, o que consideramos ser

necessário realizarmos em 2012, tanto com os funcionários em Reunião

Pedagógica, como com os professores em HTPC. Além da formação,

verificamos também a necessidade de ampliação de acervo na BEI, de outros

recursos como: produções artísticas e musicais, para enriquecermos as

propostas de atividades com os alunos. Discutimos com o grupo, que além

deste trabalho com os alunos de valorização da diversidade, toda a Equipe

Escolar, deve estar engajada em combater qualquer atitude de discriminação a

qualquer aluno, familiares ou funcionários da nossa escola, procurando

respeitar as diferenças e a individualidade de cada um.

Discutimos a importância de que todas as crianças nesta faixa etária

estão construindo sua identidade, por isso precisam se reconhecer neste

espaço escola, pois “ao mesmo tempo, reconhecemos que as bases da

construção da identidade da criança, bem como sua relação com os outros e o

mundo que a cerca, dá-se substancialmente durante a infância. A formação da

identidade, à autonomia e construção de conhecimentos são conceitos que

estão diretamente relacionados à autoestima. Se uma criança não se sente

representada em seu meio de convivência nem percebe seus semelhantes

representados, se (mesmo implicitamente) é discriminada, se não se sente à

vontade para falar de sua religião, por exemplo; se a criança não se reconhece

nas histórias, nos brinquedos ou, em caso extremo, rejeita sua origem étnica,

que identidade está construindo? Sua autoestima é preservada ou exercitada?

Ou será que o silêncio denuncia a exclusão não apenas do presente dessa

criança, mas de seus antepassados, de nossa história?” (Orientações

Curriculares Expectativas de Aprendizagem para a Educação Étnico-Racial,

Prefeitura de São Paulo)

Para a formação, utilizamos de diversos recursos para sensibilização do

grupo quanto ao tema (filmes, slides, imagens, relatos pessoais e músicas),

discussão teórica, com base em alguns autores e legislações vigentes, breve

histórico desde a escravidão até o presente momento, vivências com a

participação do Projeto de Alimentação Saudável e algumas atividades

práticas.

O grupo considerou que para o trabalho sobre a cultura afro-brasileira

com as crianças da faixa etária de 3 a 5 anos pode ser realizado por via da

literatura, música, dança, arte e culinária, sendo possíveis a partir da temática

escolhida para a turma fazer um resgate histórico buscando evidenciar com

eles o quanto os negros trouxeram contribuições para a cultura brasileira, com

isso será possível trabalhar a autoestima dos alunos negros que muitas vezes

se sentem inferiorizados diante de um contexto onde os brancos mostram-se

superiores (histórias, desenhos, filmes infantis). A partir disso foi realizada a

seguinte reflexão, com base nas Orientações Curriculares da Secretaria de

Educação da Prefeitura de São Paulo:

Quais brinquedos são oferecidos às crianças? Apenas os padronizados

e divulgados pela mídia? Há bonecas e bonecos? Há bonecas, bonecos

negros? Se existem quem brinca com eles? São procurados pelas

crianças ou esquecidos no fundo de uma caixa ou em uma prateleira da

brinquedoteca? Crianças negras brincam com bonecas brancas? E

crianças brancas brincam com bonecas negras? Qual o padrão estético

desses brinquedos?

Pensando no relacionamento entre as crianças, há rejeição no grupo

das crianças negras ou de outra etnia? Como ocorre?

Na organização da proposta didática, quais histórias estão presentes

para serem contadas às crianças? Somente os contos de fadas

tradicionais? Há presença de elementos da cultura afro? E os desenhos

(DVD’s), em quantos aparecem negros e mestiços?

Em relação à música, que ritmos e letras estão presentes no cotidiano?

O que remete à cultura negra? Quem são os cantores e cantoras negras

que conhecemos e apreciamos no contexto da educação infantil?

Conhecemos canções afrodescendentes, da cultura negra? E quando as

crianças trazem esse universo para a unidade educativa? Qual o

procedimento? Ignorar?

A partir destas reflexões, foram elaborados os Objetivos, Conteúdos e

Estratégias abaixo relacionados, para nortear o trabalho do professor e garantir

que a partir de 2013, a cultura afro-brasileira esteja presente nos projetos

desenvolvidos pelos professores, bem como norteando as atitudes de respeito

à Diversidade Cultural na nossa escola.

OBJETIVOS

Conhecer a história do povo africano na formação da história do povo

brasileiro;

Valorizar a pessoa e a cultura negra;

Valorizar a história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira na

construção histórica e cultural brasileira;

Possibilitar a ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da

nação brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada por

relações étnico-raciais.

Respeitar as diferenças.

CONTEÚDOS

História da formação do povo brasileira (contribuições e influência da

cultura africana);

Música;

Dança;

Comida;

Brincadeiras;

Artes;

Literatura.

ESTRATÉGIAS

Pesquisa sobre quais as contribuições dos negros para a cultura

brasileira, no que diz respeito às brincadeiras, músicas, comidas e artes;

Culinária: receitas de comidas que tiveram influência da cultura africana,

preparo e degustação pelos alunos;

Danças africanas ou danças brasileiras que tiveram influência da cultura

africana, nas aulas de Corpo e Movimento;

Resgate de brincadeiras que foram trazidas ao Brasil pelos africanos e

outras da cultura brasileira que sofreram influência dos africanos,

através de pesquisas, resgate com as famílias e experiências nas

propostas de Corpo e Movimento;

Apreciações artísticas diferenciadas, trazendo para as crianças obras

que retratam os negros ou obras de artistas negros;

Exposições de Artes na escola de artistas negros ou com pessoas

negras retratadas nas obras;

Contação de histórias da cultura africana e de histórias com

personagens negros, utilizando também outros recursos como, por

exemplo, os fantoches;

Disponibilizar estes recursos para a contação de histórias realizadas

pelos alunos;

Dramatizações e teatros onde os personagens negros apareçam como

personagens de destaque;

Imagens e filmes com personagens negros;

Músicas e cantigas africanas e afro-brasileiras;

Confecção de livro ou CD com as pesquisas sobre o tema estudado pela

turma;

Confecção de instrumentos musicais da cultura africana e afro-brasileira;

Sequencias e projetos que tematizem a Cultura africana e sua influência

na construção da cultura brasileira, elegendo vertentes para o estudo:

Artes, Música, Culinária, Literatura e Brincadeiras.

Quem não sabe onde é o Sudão saberá

A Nigéria o Gabão Ruanda

Quem não sabe onde fica o Senegal, A Tanzânia e a Namíbia,

Guiné Bissau? Todo o povo do Japão

Saberá

De onde veio o Leão de Judá

Alemanha e Canadá Saberão

Toda a gente da Bahia sabe já

De onde vem a melodia Do ijexá

o sol nasce todo dia Vem de lá

Entre o Oriente e ocidente

Onde fica? Qual a origem de gente?

Onde fica? África fica no meio do mapa do

mundo do atlas da vida

Áfricas ficam na África que fica lá e aqui

África ficará

Basta atravessar o mar pra chegar

Onde cresce o Baobá pra saber

Da floresta de Oxalá E malê

Do deserto de alah Do ilê

Banto mulçumanamagô Yorubá

LETRA DA MÚSICA: ÁFRICA (PALAVRA CANTADA)

2.4. CORPO e MOVIMENTO

Portinari, Cândido.Futebol, 1935.

O Corpo é o primeiro objeto de interação do sujeito com o mundo e o

seu conhecimento se dá através das vivencias pessoais que o sujeito tem na

interação com o outro e com a realidade.

A criança utiliza seu corpo e o movimento como forma para interagir com

outras crianças e com o meio, produzindo culturas. Essas culturas estão

embasadas em valores como a ludicidade, a criatividade nas suas experiências

de movimento. O que significa que as práticas escolares devem respeitar

compreender e acolher o universo cultural infantil, dando acesso a outras

formas de produzir conhecimento que são fundamentais para o

desenvolvimento da criança.

Nessa área não é trabalhado apenas o movimento, mas também o

autocontrole, a emoção e a autoestima da criança.

É de extrema importância que se de espaço para o movimento dentro da

rotina no ambiente escolar, pois as experiências com o movimento corporal em

muito contribuirá no processo de formação do individuo.

O movimento tem um papel fundamental no desenvolvimento infantil,

pela possibilidade de proporcionar às crianças uma diversidade de

experiências através de situações nas quais elas possam criar inventar,

descobrir movimentos novos, reelaborar conceitos e ideias sobre o movimento

e suas ações. Além disso, é um espaço para que, através de situações de

experiências – com o corpo, com materiais e de interação social descubram os

próprios limites, enfrentem desafios, conheçam e valorizem o próprio corpo,

relacionem-se com outras pessoas, percebam a origem do movimento,

expressem sentimentos, utilizando a linguagem corporal, localizem-se no

espaço, entre outras situações voltadas ao desenvolvimento de suas

capacidades intelectuais e afetivas, numa atuação consciente e crítica.

Quando são vivenciados os desafios com o corpo e movimento,

naturalmente isso é refletido no trabalho com as outras áreas de conhecimento,

porém a importância da área justifica-se por ela mesma, pois ela é tão

importante quanto às demais áreas de conhecimento e possui objetivos

específicos.

O sujeito se constrói na interação com o meio sendo o movimento uma

das formas de interagir com este. Pela exploração a criança vai construindo

conhecimentos sobre as propriedades físicas dos objetos e inicia a

compreensão de quais relações podem estabelecer com eles.

Através do movimento a criança pode conhecer mais sobre si mesma,

sobre o outro, aprendendo a se relacionar. Sendo assim o movimento é parte

integrante da construção da autonomia e identidade, uma vez que contribui

para o domínio de habilidades motoras que a criança desenvolve ao longo da

primeira infância.

De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação

Infantil os conteúdos para o trabalho com o movimento deverão respeitar as

diferentes capacidades das crianças em cada faixa etária, bem como as

diversas culturas corporais presentes nas regiões do país, onde os mesmos

deverão priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas e

instrumentais do movimento.

Após estudos realizados em 2011 com a equipe de docentes constatou-

se que a rotina de corpo e movimento deve contemplar diferentes modalidades

do brincar a fim de contribuir significativamente para o desenvolvimento do

pensamento, da afetividade, da gestualidade, da memória, da capacidade

criativa da criança. Almejando como aponta a Proposta Curricular Volume II –

caderno 2 “...a construção de ser humano, mais sensível, critico e brincante..."p.15

Estudamos algumas das modalidades do brincar: jogos de regras, jogos

expressivos, jogos tradicionais, jogos cooperativos, jogos competitivos e a

brincadeira simbólica.

Jogos de regras:

São jogos onde os participantes obedecem a regras pré- estabelecidas

socialmente, em sua maioria requerem estratégias dos jogadores podendo ou

não ter um viés competitivo.

Neste jogo a principal intenção é que a criança se aproprie das regras do

jogo/brincadeira. E a partir delas compreenda o seu papel no grupo,

entendendo os diversos papéis e contribua para o bom andamento do jogo.

Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: que a criança

brinque obedecendo a regras e compreenda as regras do mesmo.

O papel principal do professor deverá ser o de ensinar os

procedimentos: apresentando as regras, explicitando de que formas elas

devem ser seguidas, esclarecendo as consequências do descumprimento das

mesmas, organizar os grupos de acordo com as brincadeiras e jogos,

jogar/brincar com as crianças e mediar os conflitos que possam surgir.

Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras com regras:

Queimada;

Amarelinha;

Corre-cutia;

Duro ou mole;

Barra- manteiga;

Jogo de taco;

Batata- quente;

Patinho-feio;

Jogo de bolinha de gude;

Jogo das cinco Marias;

Mamãe polenta;

Coelhinho sai da toca;

Tá pronto seu lobo?

Dominó;

Pega- varetas;

Jogo de boliche;

Futebol;

Queimada;

Pega-pega etc.

Jogos/brincadeiras tradicionais:

São situações de jogos e/ou brincadeiras passados de geração à

geração podendo ser modificados ou não com o passar do tempo.

Os jogos tradicionais são muito antigos, praticados desde há séculos e

são transmitidos oralmente de geração para geração. No entanto,

conforme cada região existe diferentes versões de um mesmo jogo e/ou

brincadeira.

Neste jogo e/ou brincadeira a principal intenção é que ocorra um resgate

cultural favorecendo que as crianças tenham acesso à diversidade cultural.

Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: possibilitar o

acesso a diversidade cultural, que as crianças possam ampliar seu repertorio

de brincadeiras e/jogos tradicionais, apresentar para as crianças outras formas

de brincadeiras e/ou brinquedos diferentes vigentes atualmente.

Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras com regras:

Escravos de Jó;

Rodas cantadas;

Cinco Marias;

Passa- passa três vezes;

Passa anel;

Mãe da rua;

Adoletá;

Peteca;

Ioiô;

Bambolê;

Vaivém:

Pé-de-lata;

Telefone sem fio;

Pular corda;

Balança – caixão;

Pular carniça;

Corrida do saco;

Pega-pega etc.

Jogos cooperativos:

São jogos e/ou brincadeiras que favorecem o compartilhar, a união das

pessoas, a ajuda, a colaboração, o fazer junto, onde se necessita do outro para

poder brincar e/ou jogar. .

Neste jogo e / ou brincadeira a principal intenção é que a criança brinque

junto com o outro ou outros, que haja uma dependência de outra pessoa para a

efetivação do brincar.

Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: permitir o viver e

o conviver em grupo, a construção do aprendizado para cooperar e do

cooperar para aprender, exercitando o compartilhar como instrumento de

crescimento pessoal, todos os envolvidos cooperam e não há um vencedor,

pois a vitória é garantida e compartilhada.

O papel principal do professor deverá ser o de planejar as propostas e

mediar as brincadeiras e/ou jogos.

Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras cooperativos:

Dança da cadeira;

Volençol;

Pega-pega de corrente;

Duro ou mole de corrente;

Queimada maluca 5.

Jogos competitivos:

Os Jogos e/ou brincadeiras competitivos tem como sua essência

estimular a competição entre os participantes, porém é importante criar uma

face educativa, para ensinar crianças que perder ou ganhar não é o que

importa, e sim fazer com que todos trabalhem por um objetivo em comum.

Em jogos competitivos é ideal que sejam usados diferentes tipos de

jogos que requerem habilidades distintas, como jogos intelectuais, jogos que

utilizam reflexos rápidos, jogos de estratégia, entre outros, para fazer com que

o lado competitivo seja estimulado, mas em especial o raciocínio. Um dos

problemas dos jogos competitivos é que quando se colocam os indivíduos em

5 - maiores sugestões de jogos cooperativos podem ser encontrados no seguinte endereço eletrônico:

http://www.jogoscooperativos.com.br

situação de rivalidade, sua aceitação é muito relacionada com o fato de ganhar

ou perder, provocando assim alto nível de angústia e agressividade nestas

situações é necessário a mediação e intervenção do professor.

Nos jogos competitivos deve-se evitar a competição como única

motivação, propor o mesmo tipo de jogo, discriminação em geral, seja ela do

sexo, do físico, cor, a valorização excessiva dos vencedores e dos perdedores

e etc.

Neste jogo e / ou brincadeira a principal intenção é que a criança vencer

a brincadeira e ser o vitorioso, ou equipe vitoriosa.

Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: ensinar a lidar

com a competitividade existente dentro de nós e lidar com os sentimentos que

decorrem da vitória e não conquista da mesma. ,

Cabe ao professor planejar esses tipos de jogos a fim de favorecer que

em sempre seja o mesmo vencedor ou perdedor, instigar o trabalho em equipe,

diferentes parcerias para que todos possam ser em algum momento vencedor,

e não vencedores.

Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras competitivos:

Cabo de guerra;

Briga de galo;

Estafetas;

Corridas;

Gincanas, etc.

Jogos expressivos:

São jogos e/ou brincadeiras que envolvem diferentes linguagens

(corporal, facial, musical, teatrais, etc.).

O professor deve trabalhar com as diferentes linguagens de forma que

as crianças desenvolvam diferentes formas de expressão, habilidades motoras

e ampliem seus movimentos.

Neste jogo e / ou brincadeira a principal intenção é que a criança

desenvolva além das possibilidades instrumentais as expressivas do

movimento. Mesmo sabendo que em todo o movimento realizado pelo individuo

existe tanto as a dimensão instrumental quanto expressiva. O grande

diferencial é a intencionalidade do professor ao planejar propostas em corpo e

movimento que favoreça um maior desenvolvimento de uma possibilidade ora

de outra, e em determinados momentos ambas, uma vez que são inerentes ao

movimento humano.

Alguns dos objetivos deste tipo de jogo/brincadeira são: favorecer que a

criança se expresse em diferentes linguagens com intencionalidade.

Algumas possibilidades de jogos/ brincadeiras expressivos:

Danças variadas;

Brincar de dançar;

Estatua;

Sombra;

Espelho;

Mímicas;

Seu mestre mandou;

Diferentes imitações;

Diferentes jeitos de andar;

Teatro;

Karaoquê;

Musicas com movimentos;

Realização de movimentos com: leveza, aspereza, rapidez,

lentidão etc.

Destacou-se a importância do planejamento e intencionalidade do

professor para propor as diferentes modalidades do brincar ao longo do

trabalho realizado com as crianças.

Ao finalizar o plano de formação em Corpo e Movimento o grupo de

professores do ano letivo de 2011 conclui as seguintes questões:

Que toda a equipe compreenda e se comprometa da importância dos

combinados realizados com as crianças e os adultos da unidade escolar

com relação à preservação, conservação e organização dos brinquedos;

O famoso “dia de exploração de materiais” não deve ser confundido com

“atividade livre”;

A importância da realização de atividades de jogos/brincadeiras em

todos os dias da semana e do lúdico permear todos os espaços de

aprendizagem;

Pensar em propostas de aprendizagem com os recursos que a unidade

possui na impossibilidade de compra de outros recursos;

Otimizar as possibilidades que os materiais estruturados e não

estruturados tem a oferecer.

A brincadeira simbólica foi discutida e estudada, porém será abordado

no tema Brincar deste documento.

OBJETIVOS

Compreender e respeitar as regras, desenvolvendo atitudes

cooperativas;

Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo,

conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e

desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o

próprio corpo;

Conhecer o próprio corpo e experimentar diferentes possibilidades do

mesmo, inclusive suas capacidades expressivas;

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc..., para

ampliar suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e

objetos;

Vivenciar vários papéis nas brincadeiras explicitando seus sentimentos e

resolvendo conflitos surgidos nestes momentos, respeitando regras;

Expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação, por

meio da exploração de gestos, sentimentos e ritmos corporais;

Explorar os diferentes materiais e objetos, utilizando diferentes

movimentos;

Realizar diferentes movimentos individuais ou em grupo;

Adquirir noção corporal;

Desenvolver atitudes de confiança nas próprias habilidades motoras;

Controlar gradualmente o próprio movimento;

Aperfeiçoar recursos de deslocamento e ajustes de habilidades motoras,

para utilização em jogos, brincadeiras, danças, e demais situações

individuais ou em grupo;

Utilizar as diversas formas de expressão (música dança teatro, mímica e

brincadeira simbólica);

Valorizar suas conquistas corporais e as do outro;

Ampliar as possibilidades expressivas do movimento, utilizando diversos

gestos e ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais

situações de interação;

Expressar sensações e ritmos corporais por meio de gestos, posturas e

linguagem oral;

Exploração de diferentes posturas corporais através de jogos e

brincadeiras;

Desenvolvimento de habilidades motoras tais como: força, equilíbrio,

resistência, flexibilidade, deslocamento;

Manuseio e exploração dos diferentes materiais e objetos como: (bolas,

corda, bambolês, etc..).

CONTEÚDOS

Consciência corporal;

Equilíbrio, lateralidade e coordenação;

Brincadeiras, jogos cooperativos , tradicionais, competitivos e com

regras;

Brincadeira simbólica;

Danças e brincadeiras de roda;

Manuseio de diferentes materiais e objetos;

Regate cultural de danças, brincadeiras e jogos;

Cultura corporal;

Habilidades: velocidade, força, equilíbrio, resistência, flexibilidade,

deslocamento.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Criar intencionalmente, oportunidades para as crianças se apropriarem

dos significados expressivos do movimento;

Realizar atividades que envolvam a música e o movimento;

Propor brincadeiras e jogos que envolvam a interação, a imitação e o

reconhecimento do corpo;

Considerar os conhecimentos prévios, ao propor atividades e na

elaboração das modalidades organizativas a fim de possibilitar uma

aprendizagem significativa;

Considerar as hipóteses que as crianças formulam para explicar os fatos

observados diante das suas vivencias;

Planejar diferentes atividades e propostas de jogos e brincadeiras para o

tempo na rotina destinado a área de corpo e movimento e demais

momentos da rotina;

Realizar atividades que busquem valorizar o movimento em suas

dimensões expressivas, instrumentais e culturais diariamente de forma

planejada;

Incentivar a participação de todos os alunos;

Propor diferentes desafios motores;

Diversificar os jogos e brincadeiras ao longo da semana;

Realizar quinzenalmente circuitos e estações organizados por duplas

e/ou trios de professores;

Propor para o grupo de alunos atividades que oportunizem a exploração

do próprio corpo;

Garantir durante a rotina escolar momentos de brincadeiras que

envolvam o canto e o movimento;

Planejar jogos e brincadeiras em que possam se deslocar com destreza

pelo espaço ao andar, correr, pular etc., a fim de desenvolverem

confiança em suas habilidades motoras;

Adequar as regras, os espaços, os materiais e as formas de atuação de

acordo com seu grupo e suas especificidades (faixa etária, interesse e

capacidades individuais);

Considerar que em todas as atividades, as regras podem ser

socializadas e/ou construídas com antecedência, e algumas ao longo do

próprio jogo ou brincadeira;

Propor atividades nas quais todos participem, visando desenvolver um

clima de cooperação, superação de desafios e respeito em que as

crianças estejam em movimento, evitando tempo de espera.

Realizamos semanalmente circuito/ estação intercalando, uma semana

circuito, outras estações planejadas e montadas. Neste dia todos os alunos da

escola brincam nas referidas brincadeiras dentro do seu horário da rotina.

Circuito

É uma série de atividades com desafios diferenciados e contínuos que

seguem um percurso. Este tipo de atividade propicia o trabalho com

possibilidades de exploração do movimento.

OBJETIVOS

Que os alunos transponham uma diversidade de desafios;

Favorecer um rico trabalho com diferentes possibilidades instrumentais

e expressivas do movimento tais como: correr, saltar, pular, equilibrar-

se, controlar o do tônus muscular etc.;

Desenvolvimento da autoestima, segurança e superação de desafios;

Favorece a construção da identidade onde os alunos têm a

possibilidade de conhecer melhor o próprio corpo, seus limites e

possibilidades.

Estação

São atividades com desafios diferenciados que acontecem

simultaneamente, mas que não se complementam e não apresentam uma

sequência propiciando o trabalho com diferentes possibilidades de exploração

do movimento.

OBJETIVOS

Trabalhar competências motoras diferentes para cada desafio;

Ajustar as habilidades individuais, limites e possibilidades aos desafios

propostos;

Superação dos próprios limites;

Consciência corporal;

Construção da identidade.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Elaborar as atividades com desafios gradativos e crescentes;

Observar a competência das crianças para propor e planejar novas

atividades;

Registrar as boas ideias;

Fazer combinados claros e pontuais com as crianças, inclusive com

relação à escolha nas estações;

Levantar repertório de atividades e variações por desafios;

Pensar no equilíbrio entre os desafios propostos;

Fazer um esboço do circuito/estação que vai ser montado;

Propor a participação de todos, visando a socialização e superação das

dificuldades;

Propiciar atividades estimulantes, prazerosas, cooperativas, que

estimulem o desenvolvimento de experiências posturais e motoras

variadas;

Planejar previamente a atividade, organizando tempo, espaço e

materiais de forma que estimulem novas descobertas físicas;

Respeitar os limites individuais de cada criança;

Propor desafios que levem em conta os conhecimentos prévios de cada

grupo, os graus de habilidades e competências das crianças;

Adequar as brincadeiras e desafios de acordo com as competências

motoras da turma;

Fazer orientações didáticas para cada brincadeira (os parceiros que a

elaboraram), e deixá-las afixadas para que cada professor possa ler

para seu grupo a fim de realizar combinados na brincadeira;

Propiciar às crianças diferentes desafios motores a fim de

desenvolverem as mais variadas habilidades (correr, pular, saltar,

equilibrar-se etc.);

Organizar o tempo e o espaço para que a atividade se desenvolva da

melhor maneira possível, eliminando ao máximo o tempo de espera;

Deixar a brincadeira organizada para a próxima turma (organizar com as

crianças) parando alguns minutos antes;

A atuação do professor deve ser constante;

Na estação dividir o tempo que cada grupo de crianças irá permanecer

em cada desafio afim de que todos os alunos ao longo da brincadeira

passem por todos os desafios motores propostos;

Uma boa dica para a estação é fazer marcas em cada grupo de crianças

(por exemplo: sol, lua, números, letras etc.).

2.5. ARTES

Desenho realizado pelo infantil III- 2011

Arte é uma maneira das pessoas expressarem seus sentimentos, suas

emoções, de desenvolverem a sua sensibilidade, criatividade, imaginação,

além de ser uma forma de comunicação, sendo essa, por palavras, desenhos,

gestos, toques, etc.

A arte é importante na vida da criança, pois é ela que auxiliará no

desenvolvimento da expressão e da criatividade do indivíduo, tornando – o

mais sensível e fazendo com que ele veja o mundo com outros olhos. É por

meio do trabalho com a Arte que a criatividade da criança é trabalhada e

desenvolvida.

Dessa forma, o trabalho das artes na educação infantil, irá propiciar as

crianças um momento em que elas poderão se expressar de forma livre e

verdadeira, fazendo algo que lhes propicia prazer.

Segundo a proposta curricular volume II - caderno 2, o trabalho com

artes na Educação Infantil deve contemplar as linguagens da dança, teatro,

musica e artes visuais. A criança é um ser global mesma suas manifestações

expressivas. A arte está ligada a diferentes manifestações no tempo e no

espaço. Cabendo à escola oportunizar o acesso ao conhecimento produzido

pela humanidade e inúmeras possibilidades de construção artística pela

criança, pois os saberes e fazeres da criança se transforma ao longo de seus

processos. As crianças avançam progressivamente em seus percursos

enquanto produtores e apreciadores de arte.

“... Desde muito pequenas as crianças

podem e devem apreciar e fazer, refletindo sobre ela. Assim, esses são os eixos que, articulados, determinam a pratica do ensino das artes visuais na escola...” Proposta curricular volume2- caderno 2 - pag.144

Desenho realizado pelo 1 ano inicial do fundamental – 2011

O plano de formação de 2011 - “oficina de percurso criador” teve como

um de seus objetivos levar os docentes desta unidade a repensarem as

propostas realizadas dentro da área de artes e a iniciar um trabalho sistemático

com as oficinas de percurso criador ampliando as possibilidades da expressão,

criação e produção das crianças.

Mediante estudos realizados constatou-se a necessidade da criação de

mais um espaço de aprendizagem na escola – o ateliê.

Sendo este espaço organizado em uma sala que era utilizada organizar

brinquedos e outros materiais sem muita funcionalidade para o trabalho efetivo

com as crianças.

O atual ateliê está longe de ser o ideal, porém tem favorecido inúmeras

oportunidades de construção de saberes para as crianças desta unidade.

Cada turma da unidade escolar tem dentro de sua rotina 50 minutos

semanal para utilização deste espaço, aonde a oficina de percurso criador vem

sendo realizada quinzenalmente com as crianças.

Neste espaço atualmente tem 4 colmeias sendo 3 para organização dos

materiais (suportes, meios e ferramentas) e 1 para ser utilizada como bancada,

existe 4 mesas grandes e bancos. Temos um carrinho de secagem que fica no

espaço externo do ateliê.

Durante a utilização do espaço as crianças utilizam uma das pias do

refeitório, que fica em frente ao ateliê, para lavagem de materiais.

Com muito estudo, reflexões, leituras, tematizações, vivências fomos

construindo e construindo alguns saberes para qualificar a prática pedagógica

da unidade, tendo como norte a construção de um percurso criador individual

nos diferentes espaços de aprendizagens.

O nome da atividade de percurso criador, parte da ideia de que o espaço

de aprendizagem seja transformado em ambiente propicio e estimulante para o

trabalho artístico pessoal, inspirado em ateliês de artistas.

A oficina de percurso criador é uma proposta cujo foco esta na escolha

do que cada um quer produzir. Nela as crianças compartilham o espaço,

materiais e ideias e produzem trabalhos diferentes, favorecendo o

desenvolvimento de procedimentos de organização, tais como lavar os pincéis,

manter a bancada arrumada, guardar os materiais que não vão mais utilizar,

escolher os materiais que desejam utilizar e como desejam utilizar.

A oficina de percurso criador é uma das intervenções mais completas,

pois desenvolve a atitude autônoma frente à construção do percurso individual,

pois as crianças decidem o que vão fazer e como realizarão suas produções.

Nas oficinas são os alunos que pensam nas propostas, a linguagem e

materiais que precisam para concretizar suas ideias.

A oficina de percurso criador pode ser organizada da seguinte forma:

Organizar uma bancada com materiais variados para que as crianças

façam escolhas do que desejam realizar.

Para que as escolhas aconteçam de maneira autônoma, é necessário

que os materiais oferecidos sejam conhecidos, que tenham sido

utilizados em situações de propostas. Desta maneira, as crianças

poderão aprofundar suas pesquisas em relação aos meios, suportes6 e

ferramentas7, de acordo com seu desejo, desenvolvendo pesquisas

pessoais;

Selecionar materiais de pelo menos duas modalidades – desenho e

colagem, por exemplo, uma gama reduzida de meios, suportes e

ferramentas podem ser selecionados segundo critérios de possibilidades

de novas combinações e descobertas, favorecendo a familiarização e

um movimento autônomo na criação;

6 Suportes: papel, papelão, tecido, madeira, lixa, revistas, jornais- Os suportes são a base para realização

de produções bidimensionais.

7 -Ferramentas: pincéis, rolos, tesoura, palitos, martelo, esponjas, escovada de dente, etc...

Organizar a primeira oficina, para que sirva como referencia para as

seguintes. Uma estrutura fixa pode ser organizada aos pouco e de

modo compartilhado entre a turma e professor;

Após o término da oficina de percurso criador, realizar apreciações

das produções realizadas, tomando o cuidado que todos as crianças

falem de suas produções, não necessariamente no mesmo dia;

Enquanto em uma oficina alguns alunos realizam mais de um

trabalho, outros podem levar algumas aulas para finalização, o que

precisa ser reconhecido entre os alunos como marca pessoal;

Se necessário continuar as produções iniciadas e expor as

produções.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A OFICINA DE PERCURSO CRIADOR

O ateliê precisa ter uma estrutura fixa que vai sendo aos poucos

organizados pelas crianças e professores;

É necessário ter uma regularidade e constância na realização das

oficinas de percurso explicitadas par as crianças;

Atividade que deve ocorrer permanentemente ao longo do ano letivo;

As oficinas deverão ocorrer quinzenalmente em todas as turmas da

unidade escolar;

Oportunizar diferentes meios8 (secos e aquosos) para a utilização das

crianças nas oficinas;

Disponibilizar materiais da natureza para as crianças utilizarem nas

oficinas (grãos, terra, sementes, folhas, areia etc...);

No primeiro contato com a oficina de percurso, um longo tempo

precisa ser dedicado à apresentação da atividade, mas os alunos

também precisam experimentar o que significa estar em oficina, por

isto é importante reservar pelo menos meia hora para a realização de

trabalhos pessoais;

Combinar com as crianças onde colocarão as produções construídas;

8 Meios secos: giz de cera, pastel, lápis de cor, grafite, giz de lousa, caneta hidrocor etc...

meios aquosos: guache, anilina, nanquim, tintas de terras e outros pigmentos etc.

Reorganizar o espaço com ajuda dos alunos;

Orientar as crianças para que peçam apoio dos colegas durante a

produção, e se necessário, do professor;

O professor deve observar os alunos durante toda a atividade, realizar

intervenções individuais, conforme identifique a necessidade;

Apreciar os trabalhos realizados na oficina de percurso criador;

Pode-se dividir o grupo de alunos para as apreciações, apenas

garantindo de se apreciar de todas as crianças da turma;

Nas apreciações proponha aos alunos que compartilhem escolhas,

conquistas e resultados;

Outra possibilidade de apreciação é que o professor analise antes da

roda de apreciação produções que deseje tematizar planejando boas

perguntas sobre elas;

Outra intervenção que pode ser realizada pelo professor é escolher

produções de linguagens diferentes para provocar reflexões no seu

grupo e aguçar o interesse de realizar produções na mesma linguagem

As produções não precisam ser concluídas no término da aula, podem

ser continuadas na próxima oficina realizada;

Quando uma nova modalidade passa a integrar a oficina, as crianças

precisam ser comunicados e o espaço reestruturado para comportar

esta alteração sem prejudicar a organização e a autonomia das

crianças;

Expor as produções das crianças;

Identificar as produções para expô-las;

Organização do ateliê após as produções;

Valorizar as produções dos alunos.

O plano de formação de 2011 de oficina de percurso criador tinha duas

partes, sendo a primeira a construção da própria oficina enquanto atividade

permanente da unidade e a segunda, olhar para conteúdos e propostas da

área. Devido a outras necessidades formativas emergentes da unidade no ano

anterior a segunda parte deste plano não foi realizada, houve uma mudança de

tema e de área. Estudamos as modalidades do brincar em Corpo e Movimento

e a atividade diversificada. As práticas na área de Artes foram acompanhadas

pelos instrumentos metodológicos e modalidades organizativas.

Olhando para área de conhecimento Artes muito foi construído ao longo

de 2011, mas como o conhecimento é provisório... com certeza muito há para

ser construído ainda!!!!

OBJETIVOS

Perceber o fazer artístico como forma de expressão;

Conhecer e utilizar diferentes linguagens desenvolvendo o gosto pelo

processo de criação e produção;

Apreciar o fazer artístico (seu e o do outro);

Utilizar diferentes materiais plásticos e gráficos sobre diferentes

superfícies ampliando suas possibilidades de expressão e comunicação;

Participar de situações coletivas de organização do espaço dentro e fora

da escola.

CONTEÚDOS

Oficina de percurso criador;

Expressão artística (produção);

Exploração de materiais, meios e suportes facilitadores do processo

criativo;

Histórico, vida e obra de alguns artistas;

Fazer artístico;

Linguagens: desenho, pintura, modelagem, colagem, escultura,

fotografia, ilustrações.

2.5.1. MÚSICA

“A música está presente em diversas situações da vida humana. Existe música para adormecer, música para dançar, para chorar os mortos, para conclamar o povo a lutar, o que remonta à sua função ritualística. Presente na vida diária de alguns povos, ainda hoje é tocada e dançada por todos, seguindo costumes que respeitam as festividades e os momentos próprios a cada manifestação musical. Nesses contextos, as crianças entram em contato com a cultura musical desde muito cedo e assim começam a aprender suas tradições musicais.” (RCN, vol. 3)

Em 2008, tivemos a aprovação da Lei no. 11.769 que dispõem sobre a

obrigatoriedade do ensino da Música na Educação Básica, entendendo ser

esse conteúdo de extrema importância no currículo das crianças, sancionando

também um período de três anos para que os sistemas de ensino se

adaptassem à essas novas exigências. Sendo assim, para nós surgiu um novo

desafio, pois incluir esse conteúdo no nosso currículo implicar estudar sobre o

tema, oferecer formação aos professores e elaborar um trabalho sistematizado

com as crianças dentro da rotina escolar.

Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008.

Altera a Lei 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e

Bases da Educação, para dispor sobre a

obrigatoriedade do ensino da música na

educação básica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso

Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O art. 26 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a

vigorar acrescido do seguinte § 6o:

“Art. 26. ..................................................................................

§ 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do

componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.” (NR)

Art. 2o (VETADO)

Art. 3o Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos para se

adaptarem às exigências estabelecidas nos artes. 1o e 2o desta Lei.

Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 18 de agosto de 2008; 187o da Independência e 120o da

República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

O ano de 2012 foi a data limite para implementação da Lei nº 11.769,

sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina que a música deve ser

conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica o que moveu a Equipe de

Professores da nossa Unidade Escolar a repensar as práticas pedagógicas,

avaliando que era momento para discutirmos sobre a temática da Música, a fim

de inseri-la na rotina das nossas crianças. Cabe ressaltar que as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil também remetem a “garantir

experiências que favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens

e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão:

gestual, verbal, plástica, dramática e musical”. Assim como a Proposta

Curricular do munícipio – volume II, também indica objetivos específicos sobre

o trabalho com música na Educação Infantil.

Na avaliação dos Indicadores de Qualidade, realizada no final do ano de

2011, o grupo considerou que os conteúdos da Música não estavam

contemplados no Currículo da nossa Unidade Escolar, mas que se fazia

extremamente necessário a realização de uma formação sobre o tema, já que

as professoras consideravam não ter conhecimentos de como trabalhar Música

com as crianças, já que não tiveram formação específica na Graduação.

Diante deste panorama, a Equipe Gestora entendeu ser necessário

atender a solicitação do grupo e elaborou um Plano de Formação sobre

Música, visando discutir os aportes teóricos, bem como práticas que abordam a

música em sala de aula.

Em 2012 iniciamos a discussão com os conhecimentos prévios do grupo

e constatamos que apenas duas professoras tinham alguma formação em

Música (o que possibilitou a coordenação de um Projeto Coletivo da escola que

abrangesse os funcionários e as crianças), as demais apenas traziam músicas

como elementos de passagem na rotina ou para marcar algumas atividades

(escovação, almoço, hora da história ou para se deslocarem pela escola para

garantir que não haja dispersão dos alunos neste momento) ou então

utilizavam músicas para aprender conteúdos da Língua Oral e Escrita

(parlendas, cantigas, trava-línguas, etc.), Matemática (para realização de

contagens) ou Ciências (músicas sobre as partes do corpo). Nenhuma

professora trabalhava música com conteúdos definidos ou tinha algum projeto

com esta temática. Com isso percebemos que era necessário trazer ao grupo

alguns conhecimentos musicais e atividades práticas que pudessem ser

realizadas com as crianças.

Discutimos com o grupo que a Música, “não deve ser necessariamente

uma disciplina exclusiva. Ela pode integrar o ensino de arte, por exemplo, como

explica Clélia Craveiro: "Antigamente, música era uma disciplina. Hoje não. Ela

é apenas uma das linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar

ainda artes plásticas e cênicas”. (Revista Educar para Crescer, fev. 2011).

Destacamos ainda que a Música é uma língua, portanto as experiências

significativas com ela são importantes para o desenvolvimento dessa

linguagem com as crianças, ”contribui para a formação integral do indivíduo,

reverencia os valores culturais, difunde o senso estético, promove a

sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação,

e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a sincronia de

movimentos", explica Sonia Regina Albano de Lima”. (Revista Educar para

Crescer, fev. 2011).

Discutimos também com o grupo, que a Música, presente em todas as

situações do nosso cotidiano (rádio, tv, nas brincadeiras, na escola, etc.), tem

suas características próprias, que devem ser trabalhadas com as crianças.

Segundo o RCN, vl. 3, são elas:

Produção — centrada na experimentação e na imitação,

tendo como produtos musicais13 a interpretação, a improvisação e a

composição;

Apreciação — percepção tanto dos sons e silêncios

quanto das estruturas e organizações musicais, buscando desenvolver,

por meio do prazer da escuta, a capacidade de observação, análise e

reconhecimento;

Reflexão — sobre questões referentes à organização,

criação, produtos e produtores musicais.

Após as discussões teóricas, dos aportes legais e de muitas vivências

com atividades musicais, o grupo elaborou os Objetivos, Conteúdos e

Estratégia, para garantir que no ano de 2013, a Música seja incluída no nosso

Currículo da Educação Infantil. Salientou-se também a importância da

continuidade de um Projeto Coletivo, privilegiando as apresentações musicais

para todos os alunos da escola, a fim de enriquecer as os momentos coletivos

com as crianças, assim como ocorreu em 2012, onde através de parcerias com

uma professora da escola e de um motorista do transporte escolar, as crianças

puderam ter contato com diversos estilos musicais e também apresentações

dos próprios alunos de algumas turmas que trouxeram experiências bem

interessantes que tiveram ao longo do ano com a professora. Dentre as

características próprias da música, tais como Produção, Apreciação e

Reflexão, o que mais ocorre hoje na rotina das professoras é a apreciação de

músicas.

Com o Projeto Coletivo que ocorreu em 2012, tivemos uma formação de

4 encontros, que não foi suficiente, havendo a necessidade de iniciar um novo

momento formativo, devido à mudança significativa dos professores, isto foi

apontado na nossa Avaliação de 2013.

Considerando que mudanças ocorrem tanto no grupo de professores,

quanto nas novidades das práticas musicais no decorrer dos anos, vemos a

importância de retomar todo ano um tempo para repensarmos sobre a Música

na nossa rotina.

No ano de 2014, foi então retomada a formação sobre Música nos

HTPC’s e Reuniões Pedagógicas, visto também que este foi o tema do Projeto

Coletivo desenvolvido na escola, que favoreceu a interação de todos da equipe

escolar com esta temática.

OBJETIVOS

Contribuir para a formação integral do indivíduo;

Difundir o senso estético, promovendo a sociabilidade e a

expressividade;

Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir

com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo;

Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio

de improvisações, composições e interpretações musicais;

Ampliar o repertório musical das crianças, através da vivência de

diferentes ritmos e estilos musicais;

Ampliar o conhecimento acerca da diversidade cultural do Brasil, através

do aprendizado de cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos

regionais e folclóricos;

Conhecer, construir e explorar diferentes instrumentos musicais e fontes

sonoras, bem como explorar os sons corporais;

Vivenciar experiências que possibilitem a percepção e compreensão dos

elementos musicais (som, ausência de som, altura, timbre e

intensidade);

Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e

produções musicais, para desenvolver a escuta musical;

Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais;

Conhecer os gêneros musicais;

Propiciar momentos de apreciação musical;

Desenvolver as habilidades físico-sinestésica, espacial, lógico-

matemática, verbal e musical;

Favorecer o desenvolvimento da autoestima dos alunos, por meio da

criação musical;

Possibilitar momentos de escolha e respeitar o universo cultural das

crianças.

CONTEÚDOS

Fazer Musical;

Apreciação Musical;

Gêneros musicais;

Instrumentos musicais e outras fontes sonoras;

Percussão;

Ritmos musicais;

Elementos musicais: grave e agudo, alto e baixo, forte e fraco, sons

curtos e longos, som e silêncio, frases, partes, elementos que se

repetem, etc.;

Dança e expressão corporal.

SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS

Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e

culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países;

Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores

para iniciar seus conhecimentos sobre a produção musical;

Brincadeiras musicais: rodas, cantigas, músicas cumulativas, etc.;

Jogos musicais;

Atividades corporais que trabalhem ritmo: bater bola no chão, na

parede, pular corda, etc.;

Histórias com música;

Caixa Surpresa musical: com brinquedos musicais produzidos

pela turma para que eles adivinhem através do som, qual é o

instrumento e que tipo de som ele produz;

Confecção e exploração de objetos para produzir e reproduzir

sons;

Construir objetos sonoros: encher potinhos de plástico ou latinhas

de refrigerante com diferentes materiais (pedrinhas, botões, milho, arroz)

e mostrar às crianças as diferenças de sons (graves, médios e agudos).

Depois pedir a elas para organizá-los do mais grave para o mais agudo

e vice-versa. Garantir material igual em cor e formato a fim de que as

crianças possam realizar as experiências guiadas apenas pelo som.

Apreciação musical: músicas, sons do ambiente, bingo musical,

vozes, ritmos, gêneros musicais;

Passear com as crianças pela escola para que elas observem os

sons do cotidiano nos diferentes ambientes, como pátio, cozinha,

corredores. Depois as crianças podem fazer mapas registrando suas

observações, o que vai estimular a audição;

Dramatizações utilizando fantoches e música;

Resgate cultural;

Levantamento de preferências musicais com as crianças e

familiares;

Vídeos musicais;

Parcerias para promover apresentações para as crianças;

Apreciação de concertos musicais;

Música para relaxar, música ambiente, momentos da rotina,

aquecer, motivar;

Confeccionar com os alunos livro das músicas preferidas ou as

que foram trabalhadas com eles e a gravação de CD com os alunos

cantando ou produzindo sons musicais com o corpo, instrumentos ou

outras fontes sonoras.

Apresentação das turmas no final do ano com músicas escolhidas

pelas crianças e a professora.

É importe salientar, que precisamos sair das ações corriqueiras de

apenas utilizar a música para formar hábitos e atitudes - como lavar as mãos,

escovar os dentes - ou para ajudar a memorizar números ou letras do alfabeto.

Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais que são

imitados pelas crianças de forma mecânica, sem criatividade. O importante é

propiciar aos alunos a criação e a liberdade de expressão, assim como Artes, a

Música é uma produção artística, portanto deve haver um espaço para que as

crianças produzam e criem seus próprios movimentos, respeitando a

expressão de cada um deles. Também vale ressaltar que os professores

também são espelho para os alunos, portanto devem cantar dançar e criar

junto com eles, mostrando possibilidades e atentando para encorajar os mais

tímidos, com o cuidado de não expor nenhuma criança, mas convidá-los a

participar e se expressar com muita naturalidade. O professor tem de estar

disposto a ousar e experimentar, sem ficar tão preocupado com um resultado

predefinido.

“...a Educação deve considerar o ser humano, o ambiente e a cultura e

integrar os conhecimentos e todas as áreas. A música não deve ser colocada a

serviço de outras disciplinas consideradas prioritárias porque ela é importante

por si mesma, para a vida. O ser humano é musical, no decorrer da sua

evolução transformou os sons de modo a criar composições. Nunca ouvimos

alguém dizer que a pessoa aprende Matemática para desenvolver a

capacidade musical, mas o contrário, que essa arte é importante para o

raciocínio matemático ou porque estimula o processo de alfabetização. Esse

não deve ser o motivo de ela estar presente. Mas um bom trabalho pode

mesmo facilitar a aprendizagem de outros conteúdos, pois você apura a sua

audição e desenvolve o sistema de relações entre som e silêncio”.(Teca,

Música na pré-escola para ouvir, cantar e tocar, Revista Nova Escola, ed. 249,

jan/fev 2012)

2.6. BRINCAR

Brincadeiras infantis

Onde está a amarelinha?

Pulávamos sem nos cansar...

um pé daqui outro acolá...

joga a pedra pra frente,

pro alto são cinco Marias

se une a uma, a duas, a três...

Corre a criança da mamãe da rua,

de um pé só e o equilíbrio

continua...

E dentro do garrafão, tanta alegria...

mal sabia ela que da garrafa

também correria...

Corre criançada,

olha o paredão

corre molecada

lá vem o cascudão...

Guardei estas latinhas

para andar...

fico equilibrando,

treinando pra na vida

não tropeçar... vou tentando...

Estes três pauzinhos,

formam a casinha,

quantas vezes tomei conta

para a bola não derrubar...

com o taco na mão,

esquecia da vida

corria cruzava o taco

e marcava as vitórias...

Perdia no triângulo,

na bulica

e no cruzo das pipas...

e até os quinze anos,

no meio da rua

jogava futebol...

As bonecas

sempre alimentadas

de banho tomado, dormiam...

E eu assim levada,

menina peralta,

corria o mundo a brincar...

Na perna de pau

cada dia mais alta

eu caminhava...

no rolimã eu corria,

não fazia a curva

e machucava...

Pique pega, de esconder,

pique bandeira...

tanta vida pra viver...

só brincadeira...

mal sabe a criança

que ao crescer

é cobrada...

e fica só a lembrança

da infância,

quando brincada!...

Então pula a corda

para aprender a pular

e na margem, na borda

do rio... vamos nadar?...

Aqui não mais cabe

falar dos amigos

os "imaginários"...

aqueles que sempre

apareciam para brincar...

nem falar dos animais

de estimação

foram tantos

não dá pra citar

no universo da minha infância,

treinava o que sou...

Rita Reikke

Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É

o que a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os

outros.

Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa,

nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz,

vivencia diferentes papéis e situações, elabora situações, descobre o novo,

desenvolve a sociabilidade, faz amigos, aprende a compartilhar e a respeitar o

direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo.

A Proposta Curricular de São Bernardo do Campo Volume II - Caderno 2

aponta várias vertentes para o brincar:

Como espaço de apropriação e confrontação com a cultura –

onde o indivíduo tem a possibilidade de aos poucos ir

construindo e ressignificando o mundo, experimentando

novas formas de ser e de pensar, onde o brincar constitui-se

no estabelecimento de relações interindividuais implicando

uma aprendizagem social,

Espaço de criação do imprevisível – as crianças podem

experimentar, sem riscos, diferentes regras, comportamentos

e papéis, o espaço do brincar é marcado pelo imprevisível,

pela inteireza, pelo experimental, pela construção de

significados e compreensão da realidade, permeado de

negociações e reelaborações por parte de quem brinca.

Espaço de interações aonde a criança vai construindo

referencias para o seu brincar contatando com diferentes

formas de expressar, significar, relacionar, emocionar,

envolver-se etc.. Assim é muito importante que as crianças

brinquem com crianças de diferentes idades.

De acordo com o estudioso Vygotsky a brincadeira é a imaginação da

criança agindo sobre o mundo, logo ela é um fato importante para o seu

desenvolvimento, pois brincando experimenta comportamentos para além de

sua idade, demonstrando um grau de compreensão acerca das regras e

valores do seu contexto sociocultural.

Postula também que a criança em idade pré-escolar através do

brinquedo envolve-se em um mundo ilusório e imaginário onde seus desejos

não realizáveis podem ser realizados.

Segundo Vygotsky (1998), “o intervalo entre um desejo e sua satisfação

é extremamente curto”, já que nenhuma criança pequena pensa em realizar

suas atividades para adquirir resultados a médio e longo prazo. O que

acontece é que nem todos os desejos da criança são realizáveis e é aí que

entra o brinquedo, para experimentar as tendências irrealizáveis. Quando

esses desejos que surgem na criança não podem ser realizados imediatamente

e a criança não os esquece, acontece uma mudança no comportamento delas

e para solucionar este problema elas entram no mundo ilusório e imaginário,

pois somente assim elas poderão realizar seus desejos irrealizáveis no

brinquedo.

Crianças muito pequenas não entram no mundo ilusório, pois a

imaginação é um processo psicológico de atividade consciente que não está

presente em determinadas idades, por isso dizemos que a brincadeira de faz-

de-conta é característica em crianças em fase pré-escolar.

Esta função de consciência surge da ação. A brincadeira consiste no fazer, ou

seja, no conteúdo da própria ação. “Toda ação tem um objetivo consciente para

o qual ela se dirige” (VYGOTSKY, 2001, p.125) 9. Por exemplo, uma criança

que deseja montar um cavalo, mas não sabe como o fazer e ainda não está

apta para aprender fazê-lo. Ela substitui um objeto acessível a ela pelo cavalo

de verdade em suas brincadeiras. Entretanto é necessário chamar a atenção

para a ação real da brincadeira, pois para a criança aquilo reproduz

exatamente o que um adulto estaria fazendo em um cavalo de verdade.

9 In - A formação social da mente

A brincadeira é a imaginação em ação. Há, portanto, uma crença de

senso comum que o brincar da criança é imaginação em ação. Vygotsky (1998)

considera que isto deveria ser invertido, uma vez que a imaginação, nas

crianças em idade da educação infantil e nos adolescentes, é o brinquedo sem

ação.

A brincadeira exerce grande influência no desenvolvimento infantil,

porém nem sempre ela traz prazer para a criança, por exemplo, se o brinquedo

não estiver adequado à idade dela, ela não verá o resultado de maneira

interessante e assim não sentirá prazer. Nem toda brincadeira é geradora de

prazer. Quando os resultados desses jogos são desfavoráveis para a criança

ela não sentirá prazer. Então não podemos classificar o brinquedo como uma

atividade prazerosa para a criança, mas sim uma atividade que preenche suas

necessidades, pois segundo Vygotsky ela é uma forte motivadora da ação.

Através da brincadeira, a criança também desenvolve suas funções

psicológicas superiores, uma vez que ela aprenderá a atuar numa esfera

cognitiva. A criança passa a utilizar materiais que servirão para representar

uma realidade ausente, ou seja, ela será capaz de pensar em objetos

ausentes, planejar ações a serem realizadas funções essas exercidas pelos

processos mentais superiores.

De acordo com Cyrce Andrade o brincar está no centro do nosso

trabalho educativo. Durante a brincadeira a criança investiga, experimenta e

constrói seus conhecimentos sobre o mundo: o seu corpo, sua voz, os objetos

e o outro. Sendo os conhecimentos nascidos nas situações de brincadeira

alicerces de outros. Logo a relação entre o educador e as crianças pode estar

semeada de brincadeiras onde o diálogo entre o professor e o aluno deverá ser

ampliado por este espaço lúdico.

De acordo com Vygostky o brincar é uma das atividades principais da

infância, mas não a única. Cabe à instituição escolar nutrir o brincar de nossos

alunos ampliando seu repertório favorecendo inúmeras trocas, mediações e

infinitas possibilidades de brincadeiras em momentos mais ampliados dentro da

rotina escolar. Ele, juntamente com o lúdico, deve perpassar todas as áreas de

conhecimento e ocorrer em todos os espaços de aprendizagem.

Sabendo que o que determinados objetos e brinquedos dirigem a ação,

o que está no espaço determina o brincar, cabe à escola: observar as

brincadeiras de seus alunos, para enriquecê-las e repensar e organizar os

espaços de aprendizagens para provocar e favorecer diferentes formas de

brincar.

Brincadeira simbólica:

Alguns cantos de brincadeiras simbólicas realizados em 2012

O faz-de-conta, ou seja, a brincadeira simbólica é o responsável por

promover a capacidade de imaginar e criar, nestes momentos lúdicos, a

criança representa situações vivenciadas (ou que gostaria de vivenciar), e se

relaciona com seus pares. Nesta hora ela pode se comportar de maneira mais

avançada em relação a sua idade. Ela aprende a desempenhar papéis, a

reproduzir gestos e falas de pessoas ou de personagens de histórias e inventar

roteiros por meio das linguagens corporal, musical e verbal.

Em brincadeiras de faz de conta a criança separa o significado do objeto

pegando um objeto qualquer e lhe atribuindo novo significado, por exemplo, um

cabo de vassoura pode tornar-se um cavalo. Dessa forma o significado

prevalece sobre o objeto.

Nas brincadeiras e na brincadeira simbólica a criança cria uma situação

imaginária onde ela pode, no mundo da fantasia, satisfazer desejos até então

impossíveis para a sua realidade. Portanto, o brincar “é imaginação em ação”.

Uma criança que brinca de ser a mamãe com suas bonecas assume

comportamentos e posturas pré-estabelecidas pelo seu conhecimento de figura

materna. Para Vygotsky (1991) o brincar é essencial para o desenvolvimento

cognitivo da criança, pois os processos de simbolização e de representação a

levam ao pensamento abstrato.

Dentro desta ótica tanto a aprendizagem quanto o desenvolvimento

humano são construídos e influenciados por um contexto histórico, social e

cultural.

A brincadeira também é uma rica fonte de comunicação, pois até mesmo

na brincadeira solitária a criança, pelo faz de conta, imagina que está

conversando com alguém ou com os seus próprios brinquedos. Com isso, a

linguagem é desenvolvida com a ampliação do vocabulário e o exercício da

pronúncia das palavras e frases.

A brincadeira simbólica fornece à criança a possibilidade de ir ao outro,

viver suas respectivas experiências e voltar novamente ao seu próprio mundo.

A criança, ao brincar, desenvolve sua capacidade de refletir sobre os

fatos reais de formas cada vez mais abstratas, bem como constrói sua

realidade, tanto pessoal quanto social. Brincando, a criança conscientiza-se de

si mesma como ser agente e criativo. A relação do brincar produz e reproduz

emoções, possibilitando nomear e organizar um mundo de caos para um

mundo de descobertas, facilitando a abertura para o campo cognitivo.

A brincadeira estimula a criança a agir como se estivesse em um estágio

mais avançado, experimentando via imaginação o que ainda não pode fazer

sozinha, percebe-se, por conseguinte, que a mesma é uma forte estimuladora

da ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal), caracterizada como a distância

entre o que a criança pode fazer sozinha, e o que ela só consegue fazer com a

ajuda de outra pessoa, adulto ou criança.

Assim, na brincadeira a criança atua como se fosse capaz de realizar

determinadas ações, ainda distantes. É através desta que a criança

potencializa o seu saber.

Na direção brincadeira de papéis sociais, o professor deve esforçar-se

em ajudar a criança na apreensão e compreensão do conteúdo social dos

papeis assumidos. Trazer as ações e atitudes que se espera na formação

deste ser humano. Deve estar atento à distribuição dos papéis, para que haja

certa uniformidade e as crianças possam experimentar diversas posições nas

ações lúdicas.

Na brincadeira simbólica a criança pode colocar no lugar do outro,

distanciando-se de si mesma, facilitando assim o processo de descentração

(deixar de estar preso aos aspectos físicos dos objetos), fator importantíssimo

no processo de formação do pensamento abstrato, que começa quando a

criança consegue se desprender do concreto, evoluindo para o uso de

símbolos para representar a realidade. Quanto mais brinca de ser outra

pessoa, tendo como conteúdo as relações travadas no plano social, mais se

aproxima do que é, toma mais consciência de si.

Na idade pré-escolar o jogo se complexifica, a criança ao invés de estar

mais preocupada com as ações sobre os objetos, passa a se preocupar com a

representação da vida pessoal, dos episódios de seu cotidiano. Atingindo

assim, o ápice no desenvolvimento do jogo.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ajudar a criança na apreensão e compreensão do conteúdo social dos

papéis assumidos;

Cabe ao professor estar atento à distribuição dos papeis, para que haja

certa uniformidade e as crianças possam experimentar diversas

posições nas ações lúdicas;

Quanto aos brinquedos e acessórios da brincadeira, limitar-se a objetos

simples e essenciais para o desenvolvimento do jogo/brincadeira e para

o cumprimento dos papéis sociais;

Para um melhor desenvolvimento da brincadeira, pode-se primeiramente

levantar os temas que as crianças têm mais interesse;

Observar quais são as temáticas que interessam ao grupo e procurar

montar os cantos a partir desses interesses;

Intervir nas brincadeiras junto aos papeis sociais;

Conversar com as crianças sobre as temáticas das brincadeiras

podendo até levantar possibilidades de incrementar os cantos;

Procurar organizar a brincadeira o mais parecido possível com o

ambiente que se origina;

Oferecer uma diversidade de materiais para os diferentes enredos;

Proporcionar desafios às crianças, acrescentando novos elementos aos

enredos já realizados. Podem ser realizadas pequenas interferências no

jogo, na disposição do material e em sua organização, que permitam

uma nova forma de olhar para a mesma brincadeira;

Utilizar sucatas e objetos convencionais como eletroeletrônicos etc...

Nosso percurso na organização de espaços para o Brincar:

possibilidades em contrução

Em 2010 foi organizado um espaço na escola, próximo ao refeitório para

a brincadeira simbólica. Oficializou-se 1 hora semanal de brincadeira simbólica

na rotina de todas as turmas, sendo 50 minutos de brincadeira e 10 de

reorganização do espaço. É claro sem perder de vista que essa modalidade do

brincar deve estar presente em todos os espaços de aprendizagem e que a

criança simboliza o tempo todo.

Em 2013, realizamos novas aquisições de brinquedos; retomamos a

campanha de doações de embalagens, eletrodomésticos e outros objetos para

ajudar na composição do acervo para o “brincar”.

Pensamos em uma organização do espaço, com fotografias para que as

crianças conseguissem organizar o espaço ao término na brincadeira, porém

ainda não foi suficiente, o espaço permanecia desorganizado e brinquedos se

quebraram rapidamente.

Ao longo de 2014 acompanharemos as situações de brincadeiras,

oferencendo orientações e sugestões por meio das devolutivas no plano de

ação. Já conversamos com o grupo sobre a necessidade de termos a

brincadeira simbólica permeando todo o cotidiano da educação infantil. Este

ano fizemos a divisão de quatro kits que circulam pelas salas em esquema de

rodízio:

1) Salão de beleza

2) Mercadinho

3) Ferramentaria

4) Casinha.

Dessa forma, as crianças tem o momento de brincar um pouco mais

incrementado com brinquedos diferentes dos que possuem na sala.

Atividade diversificada

Nos anos de 2010 e 2011 realizamos estudo sobre este momento da

rotina em nossa unidade escolar e muito se avançou em qualidade de

propostas, organização e planejamento.

Ao longo da formação destacamos vários pontos: o que é a atividade

diversificada? Quais são seus objetivos? Orientações didáticas para tornar

esse momento mais qualificado e etc. A seguir a síntese desse estudo.

São várias atividades, diferenciadas, desafiadoras que ocorrem

simultaneamente num mesmo espaço. Essas propostas devem favorecer a

livre escolha por parte das crianças.

As propostas devem primar pelo objetivo das crianças terem certo

domínio para poderem trabalhar com autonomia de forma individualizada ou

em parceria.

Uma das características desse tipo de atividade é que haja a

descentralização da figura do professor e a oportunidade das crianças

decidirem por si mesmas o que pretendem fazer de acordo com suas

preferências.

Este tipo de proposta é utilizado como um momento de “transição”, por

exemplo, entre “casa/escola”. Onde a chegada das crianças pode ocorrer

gradativamente, de forma tranquila, respeitando o movimento e tempo de cada

criança.

As atividades diversificadas têm como objetivos possibilitar que os

alunos possam tomar decisões, realizar escolhas quanto ao material, grupo e

propostas, possibilitando dessa forma a construção da autonomia.

Optando entre várias possibilidades, os alunos satisfazem seus

interesses, realizam escolhas e tomam decisões sobre o querem fazer e com

quais colegas querem interagir e brincar.

Este tipo de atividade consiste na organização de propostas não

necessariamente da mesma área de conhecimento, por exemplo: livros para

leitura montados em um canto podendo ser: uma cabana, em um tapete no

chão, com almofadas, procurando tornar o canto o mais aconchegante e

significativo para as crianças, procurando fugir do comumente realizado- livros

sobre a mesa, canto de Artes, jogos, canto de brincadeira simbólica etc.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Envolver as crianças na organização e reorganização do espaço e

cantos propostos;

Observar como as crianças estão brincando nos diferentes cantos a fim

de um replanejamento da brincadeira;

Que aconteça com a frequência diária;

Cabe ao professor realizar intervenções necessárias durante a

atividade, mediar conflitos, ser o parceiro mais experiente em

determinados jogos;

Utilizar este momento para conversar com os alunos mais

individualmente ou em pequenos grupos;

Pode ser o momento para inserir um jogo novo, aproveitando depois o

referido grupo de crianças envolvido no jogo novo para serem parceiros

mais experientes em situações desse mesmo jogo realizado de forma

coletiva;

Todos os cantos oferecidos devem apresentar atividades significativas

e envolventes, caso contrário apenas o canto mais elaborado será o

escolhido pelas crianças, o que poderá gerar um grande conflito;

É necessário selecionar previamente os materiais para atividade e

deixar acessível para organização;

Ao organizar os cantos com diferentes propostas é importante ter

clareza dos objetivos que se almeja com cada um deles;

Realizar observações da turma: preferências, tipo de escolhas,

conflitos, estratégias resolução de problemas, comunicação,

interlocução entre as crianças, autonomia, escolha de parceiros,

atitudes de cooperação /competição, estratégias de registros,

exploração e uso de materiais, tomada de decisões etc.;

Observar os cantos que provocam maior interesse e oferecê-lo com

maior frequência e incrementá-lo com maiores desafios;

Repensar os cantos que não causam interesse;

Utilizar outros espaços da sala e proximidades: chão, tapetes, cabanas

etc.;

Pensar em cantos que se comunicam, ou seja, tenham uma conexão

entre si, por exemplo, (casinha, médico, salão de beleza para criar

possibilidades de comunicação e enredos);

Uma possibilidade para o enriquecimento dos cantos é a utilização de

materiais não estruturados tais como: tecidos, caixas etc...

Dia do brinquedo

Há alguns anos temos dentro da rotina de nossa unidade o dia do

brinquedo. Ao longo de 2010 realizamos algumas avaliações sobre esse dia: a

forma como acontecia, algumas intervenções realizadas, a tematização de tal

dia enriquecendo com outros brinquedos da escola, a organização de uma

brincadeira simbólica com tais brinquedos etc.

Diante de tais observações e avaliações no inicio de 2011 rediscutimos a

entrada do brinquedo trazido de casa na escola, levantando sugestões e

possibilidades tendo como embasamento teórico Gilles Brougére.

“... o pequeno brinquedo de bolso chega

frequentemente às escolas, seja qual for à idade das crianças. Ele será exibido na escola, no corredor, quase sempre às escondidas e será, às vezes, objeto de cobiça, gerando luta por sua posse... longe de serem rejeitados

esses pequenos brinquedos podem ser aceitos na escola e utilizados como assunto em pauta..” 10

Após discussões e estudo com o grupo de docentes em 2011 foi

concluído que teremos semanalmente, toda sexta-feira, por ser uma

possibilidade de favorecer a interação, negociação e promoção da autonomia.

Foram construídos alguns combinados para este momento:

Os brinquedos trazidos de casa podem ser utilizados no momento da

atividade diversificada e no momento de corpo e movimento;

Que os brinquedos trazidos de casa sejam simples;

Que as crianças tragam brinquedos que possam compartilhar com os

demais amigos;

Que os brinquedos contenham nome das crianças e da professora para

serem identificados facilmente;

Que as famílias não enviem brinquedos muito novos;

Que mesmo com todos os combinados e cuidados alguns brinquedos

podem se perder e quebrar;

Que o professor possa ter uma proposta para o dia do brinquedo;

Que o período de brincadeira não se estenda para todo o período de

Aula;

Após novas discussões em 2012 o dia do brinquedo permaneceu como

atividade coletiva da unidade escolar dentro dos mesmos moldes dos anos

anteriores acrescentando apenas os seguintes combinados:

Que se organizem brincadeiras com os brinquedos trazidos de casa e da

escola considerando as crianças que não tenham trazido brinquedos no

referido dia, podendo criar enredos com os mesmos, (como casinhas

para as bonecas, pistas, postos, guardas de trânsito para tematizar os

carrinhos trazidos etc..);

Que a brincadeira com os brinquedos trazidos de casa no momento de

corpo e movimento não seja proposta com duas turmas juntas;

10 Brougére, Griles. Brinquedo e cultura. 4 edição. São Paulo, Cortez, 2001.

Que sejam mediados conflitos que surjam advindos dos brinquedos

trazidos de casa;

Que seja colocado nome nos brinquedos que não tenham;

Cabe ao professor orientar as crianças nos cuidados com os brinquedos.

O dia do brinquedo permanece em nossa rotina escolar.

E por falar em brinquedos, brincadeiras, jogos, movimentos... Vamos

brincar?

“Lá em cima do piano

Tem um copo de veneno

Quem bebeu

Morreu

O culpado não fui eu.

Foi o filho do Tadeu!”

Feche os olhos e desperte a criança que há em você!

3. Rotina

O Planejamento da nossa Rotina é pautado nas Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil – 2010, considerando também a Concepção

Pedagógica Sócio Interacionista, onde o ser humano se constitui por meio da

sua interação com o outro e com o meio. As propostas compreendem o

desenvolvimento da criança como um todo, respeitando os princípios da

autonomia, responsabilidade, solidariedade, criticidade, cidadania, liberdade de

expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais e da ludicidade

evidenciando em todo o tempo a infância.

Pensando na organização Espacial e Temporal buscamos realizar um

planejamento coerente, significativo e que seja desenvolvido com harmonia e

prazer em cada Espaço de Aprendizagem e ainda que seja necessário à

organização dos horários fixos como o lanche, parque, BEI, corpo e movimento

e ateliê, consideramos que é de suma importância observar a possibilidade de

flexibilizar os horários, em concordância com a proposta que está sendo

desenvolvida.

As atividades eventuais são planejadas e organizadas conforme a sua

demanda e as suas ações podem estar previstas no PPP, ou vir da

organização da Secretaria de Educação e outras Secretarias do Município,

podendo alterar os horários de acordo com a necessidade do evento.

A Avaliação dos Indicadores de Qualidade para a Ed. Infantil realizada

em 2014 traz apontamentos bastante interessantes para o planejamento da

Rotina Escolar em 2015, prevendo atividades de maior interação entre as

crianças até de faixas etárias diferentes, as crianças e os adultos e entre os

adultos pensando em mais envolvimento da equipe escolar e da comunidade

nas ações pedagógicas, com o objetivo de ampliar as possibilidades de

descobertas das crianças através das novas propostas de atividades de

Intersalas e Dia da Integração e do aprimoramento das propostas já

sistematizadas como oficinas de percurso, brincadeiras tradicionais,

brincadeiras simbólicas, gincanas, leitura, contação de história, teatros, etc..

Essas propostas passaram a fazer parte da nossa rotina e já estão

estabelecidas no nosso cotidiano com as crianças.

Atualmente atendemos 660 crianças, 24 turmas divididas em dois

períodos, organizados da seguinte forma:

Manhã Tarde

Infantil III A, B, C e D. Infantil III E e F.

Infantil IV A, B, C, D. Infantil IV E, F, G e H.

Infantil V A, B, C e D. Infantil V E, F, G, H e I.

Quadro Organizacional da Rotina Escolar

Atividades Coletivas/ Horários Fixos

Período da Manhã Período da Tarde

Entrada 8hs Entrada 13hs

Lanche 9hs30 as 11hs20 13hs30 as 15hs30

Saída

Transporte

Escolar

11hs40

Transporte

Escolar

16hs40

Saída Família 11hs50 Saída Família 16hs50

Atividades

Biblioteca Escolar Interativa 2 x na semana

BEI Circulante 2 x no mês

Circuito / Estação 1 x na semana

Ateliê 1 x na semana

Parque Todos os dias

Pátio / Gramado - atividades de

Corpo e Movimento / Simbólica /

outros;

Todos os dias

Atividades de interação

Visto que a interação, embora com avanços, é algo que

precisamos aprimorar em nossa unidade escolar, logo no início do ano,

realizamos discussões sobre a temática a fim de garantirmos as ações

previstas no PPP de Intersalas de Dia da Integração, sendo alternadamente

uma vez por mês.

Dia da integração

Trata-se de um dia diferente da rotina, em que três turmas que

normalmente não se “encontram” no dia-a-dia têm a oportunidade de vivenciar

a rotina juntos. Como propostas para este dia há a contação de uma história,

uma brincadeira em corpo e movimento, além de compartilharem do mesmo

horário para o lanche.

As atividades de integração deverão ocorrer nos meses de abril, julho,

outubro e dezembro.

Atividade de intersalas

Trata-se de um dia em que há diferentes propostas nas salas de aula e

que as crianças escolhem para qual sala vão se dirigir. Parte do grupo de

professores já tinha experiência do ano anterior e avaliava positivamente a

autonomia e segurança que as crianças adquiriram a partir desta proposta,

contribuindo até para o período de adaptação, pois as crianças já conheciam

bem os professores da escola que participavam da proposta.

Para iniciar a atividade, as professoras decidiram fazer a primeira entre

as faixas etárias, assim as crianças que sentem mais a questão de ficar longe a

professora, teriam a oportunidade de experimentar esta nova experiência aos

poucos. Para os próximos meses a ideia é discutir e ampliar a proposta até que

as crianças rodiziem por todas as salas.

As atividades de intersalas ocorrerão nos meses de maio, agosto,

setembro e novembro.

Biblioteca Escola Interativa (BEI)

Por alguns anos a questão da leitura e escrita demonstrou

necessitar de uma atenção maior. Dado este colhido por meio das avaliações

anuais.

No ano de 2014, as contribuições para o aprimoramento deste

trabalho aconteceu por meio do acompanhamento do planejamento e registro

do professor. No ano de 2015, optamos por discutir logo no início do ano,

levantando dificuldades e possibilidades a partir da troca de experiências do

que alguns professores já vinham realizando. Problematizamos a questão de

que as crianças “liam” pouco e que o momento do empréstimo, seria mais

adequado e pertinente que as crianças tivessem este espaço para leitura,

substituindo o que era utilizado como recurso por algumas professoras: o

vídeo.

Foram levantadas diversas propostas que podem ser realizadas

neste espaço. Cada professor faz o planejamento mensal, podendo contar,

com a ajuda da equipe gestora, professores substitutos e volantes, além da

Letícia, do projeto Contando Histórias, no período da tarde.

Estabelecemos um quadro, que não é fechado, pode ser

modificado à medida que for necessário, mas ajuda a distribuir melhor as

propostas e aperfeiçoar o uso do espaço.

1º dia 2º dia

1ª semana Empréstimo de livros - Leitura

individual pela criança

Devolução de livros –

Leitura de uma história pela professora

2ª semana Propostas diversificadas Propostas diversificadas

3ª semana Empréstimo de livros - Leitura

individual pela criança

Atividade diversificada.

semana

Propostas diversificadas Vídeos destinados ao projeto

Entendemos por propostas diversificas as seguintes atividades:

Contação de histórias

Roda de músicas, Baile, Brincadeiras musicais com fantasias.

Audição de história (CD)

Teatro de sombras, varetas, encenação.

História Compartilhada

Teatro de fantoches

Manuseio de fantoches pelas crianças, reconto e elaboração de histórias

Leitura pela professora (utilizar os diferentes portadores: jornais,

revistas, etc.);

Pesquisa (materiais diversos)

Apresentações das crianças

Roda de conversa para socialização de uma história, pesquisa, etc.

No ano de 2016 tivemos um enorme ganho com a vinda da oficial para

nossa BEI, Vanessa, pois o espaço foi ressignificado e as propostas de

contação de histórias ofertadas pela oficial mensalmente enriqueceram os

momentos de leitura das crianças e aumentaram o repertório dos professores,

que passaram a investir ainda mais para qualificação destes momentos.

Tivemos também uma pequena reforma na BEI (troca do piso, aquisição de

almofadas, reorganização do espaço), que favoreceu ainda mais o melhor

aproveitamento do espaço.

Estudo do Meio

Através do desenvolvimento dos projetos as atividades de Estudo do

Meio são planejadas para potencializar as experiências vivenciadas pela

criança, por meio do contato com o objeto de estudo e o universo cultural.

Neste ano como nosso Projeto Coletivo tem como temática a valorização do

nosso entorno, sendo assim planejaremos algumas visitas das nossas crianças

no nosso próprio bairro. Outros passeios também serão planejados de acordo

com os projetos desenvolvidos pelas turmas.

OBJETIVOS

Garantir o acesso e a participação das crianças, considerando os

princípios da escola pública;

Ampliar o universo cultural das crianças, por meio do contato com

diferentes linguagens;

Favorecer a realização de atividades investigativas ou que incluam a

dimensão lúdica, imaginativa e de socialização;

Ampliar o conhecimento da realidade física, social e cultural, levando o

aluno a observar desde o seu entorno até outras realidades.

3.1. Período de adaptação

“Ao acolher a criança em seus primeiros momentos na escola, ou a cada etapa da vida escolar, precisamos fazer com que se sintam cuidados, confortáveis e acima de tudo seguros.” (SME – Acolhimento e Adaptação)

Nos anos de 2013 e 2014 trabalhamos com o texto “Acolhimento e

adaptação”, produzido pela Secretaria Municipal de Educação. Baseando-nos

em princípios trazidos neste texto, organizamos a rotina escolar deste período

de maneira diferente.

Geralmente a Secretaria de Educação já indica a redução do período

letivo de quatro para 2 horas, sendo que o período de adaptação se estende

por 6 dias para todas as turmas. Essa redução é extremamente importante

para a criança, pois permite que ela se aproprie de novos tempos e espaços,

mesmo para aquelas que já estavam na escola e que agora têm outros adultos

como referência e outras crianças nas turmas. Aproveitamos o período após a

aula para conhecer os responsáveis e assim, obter informações (por meio da

ficha de levantamento de dados) que auxiliem o professor a entender a criança.

Sabe-se que muitos pais são trabalhadores e têm dificuldade de comparecer

nos horários estipulados pela escola, portanto, após este período, são

disponibilizados às famílias os horários de HTP e até de HTPC para este

atendimento. Entendemos que a ficha de levantamento de dados não é um

mero instrumento que pode simplesmente ser levado para a casa e trazido de

volta posteriormente, ou seja, o que tem mais valia são a conversa e os

vínculos de confiança que se estabelecem entre a escola e a família.

Para a chegada das crianças, procuramos organizar o quadro de

funcionários de maneira que auxiliem nos corredores, no portão de entrada e

nos momentos de alimentação. Além disso, é disponibilizado pelo menos um

professor a mais na sala de aula, sendo que estes são alocados de acordo com

a faixa etária e a necessidade das turmas. Nesse período os professores de 40

horas dedicam suas horas de atividades em contra turno para contribuir no

apoio às turmas.

Em alguns casos, há a necessidade de se estender o período de

adaptação da criança e para tanto, sempre consultamos a família verificando a

disponibilidade da mesma. Esta ampliação é sempre avaliada, visando uma

boa integração da criança à rotina escolar.

“Um bom planejamento do período de acolhimento garante um processo mais tranquilo para as crianças, suas famílias, os educadores e todos os demais que acompanham esta fase tão importante da vida.” (ORTIZ, Revista Avisa Lá).

Percebemos o quanto este planejamento tem sido importante e bem

avaliado tanto pelos funcionários, quanto pelas famílias que vão sentindo-se

cada vez mais seguras.

Além do planejamento operacional há o planejamento pedagógico, no

qual se privilegiam atividades lúdicas, tais como: rodas de música, contação de

histórias com diferentes instrumentos, brincadeiras, entre outras. Como as

professoras ainda estão conhecendo as crianças não é indicado atividades

com mais de um agrupamento. A rotina é organizada de modo que cada turma

tenha o horário de lanche e uma atividade externa que pode variar entre:

Biblioteca Escolar, Parque, Gramado ou Pátio.

Por fim, nossa escola está sempre recebendo crianças ao longo do ano,

portanto, ressaltamos que o acolhimento é algo que deve estar presente

durante todo o ano letivo e não somente no período inicial.

4. Avaliação das Aprendizagens

A Avaliação na Ed. Infantil é realizada diariamente através das

observações e intervenções que o professor faz em diferentes momentos da

rotina, utilizando caderno de registro para anotar suas observáveis, e através

do portfólio de cada criança, considerando seu percurso de aprendizagem.

Em 2012 houve o convite para as professoras que queriam fazer um

portfólio mais completo, substituindo o relatório de aprendizagens. Em 2013

houve um grande investimento formativo a fim de qualificar o portfólio,

pensando que, além de ser uma coletânea de atividades da criança, poderia ter

mais elementos, como fotografias, filmagens, anotações do professor, entre

outras possiblidades; pois há questões observadas e aprendizagens que não

são possíveis de visualizar apenas por meio do registro gráfico. Alguns

professores, como tiveram a experiência do ano anterior, já haviam iniciado a

construção deste portfólio; já os professores que estavam ingressando na

unidade escolar, estavam mais familiarizados com um portfólio mais simples e

com o relatório de aprendizagens no final do semestre. Portanto, para não

descaracterizar o processo de construção dos professores naquele momento,

uma parte do grupo fez o portfólio mais elaborado e outra fez o portfólio mais

simples e o relatório individual. Sendo que ao final do ano, todas as

professoras fizeram o relatório individual.

Em 2015 retomamos a discussão logo no início, ponderando a

necessidade de que a nossa escola tenha uma única forma de comunicar as

aprendizagens das crianças às famílias. As professoras se colocaram e tiraram

algumas dúvidas e o grupo concordou em fazer o portfólio durante ao longo no

ano letivo, porém a escrita do relatório individual ocorrerá apenas no segundo

semestre.

Durante a formação foi abordado que o professor coleta uma série de

informações e atividades para a composição do portfólio. Estas atividades são

muito úteis e formam o portfólio de aprendizagem. Ao longo do ano muitas

propostas são guardadas, porém ao final deve-se fazer uma seleção de

algumas que realmente demonstram a evolução da criança em sua

aprendizagem. Esta seleção é denominada de portfólio demonstrativo e é este

portfólio que é enviado para o professor do ano seguinte, as demais propostas

desenvolvidas ao longo do ano são entregues às famílias.

Como a grande maioria do grupo já teve a formação o ano passado, a

formação será destinada aos professores novos em seus horários de HTP. A

elaboração do portfólio também será acompanhada nos encontros individuais e

nas discussões de caso.

Quais são suas

maiores dificuldades /

dúvidas no trabalho

com portfólios?

O que podemos fazer...

Como começar os

portfólios?

As atividades diagnósticas são uma boa sugestão,

porém não é necessário marcar um dia de

“sondagens”, você pode se sentar com um grupo a

cada dia, no momento da atividade diversificada e

propor as atividades para ele. O momento da

brincadeira simbólica também é muito rico para

colher informações sobre como a criança pensa a

escrita, por exemplo.

O que deve conter?

Levando em conta as

especificidades de cada

faixa etária.

Como vimos no texto, a criatividade é o limite, nós

não delimitaremos atividades por faixa etária. As

expectativas de aprendizagem por faixa etária pode

ajudá-las a pensar em possibilidades.

Como mandar

atividades e relatórios

para o ano seguinte?

Atividades do portfólio de aprendizagem vão para a

família, atividades do portfólio demonstrativo vão

para o professor do ano seguinte.

Dificuldade em

observar e registrar

Elencar grupos de observação. Aproveitar o recurso

fotográfico e de vídeo.

Os portfólios devem ser

dos projetos ou das

atividades do ano

Pode haver portfólio coletivo de um determinado

projeto, porém o portfólio coletivo não exclui o

individual. Este é imprescindível para mostrar o

avanço da criança em relação a ela mesma.

Portfólios de projetos são bem interessantes.

A partir dos estudos ficaram definidas as seguintes orientações a

respeito do portfólio das crianças:

ORIENTAÇÕES PARA ORGANIZAÇÃO DO PORTFÓLIO

“Portfólio é definido como uma coleção de itens que revela, conforme o tempo passa, os diferentes aspectos do crescimento e do desenvolvimento de cada criança.” (Elizabeth Shores e Cathy Grace – Manual de portfólio.”

Quanto à: Orientações

Atividades Devem ser datadas e quando necessário ter as observações do

professor ou ditada pela criança por escrito.

Selecionar atividades que permitam a comparação.

Fotografias e vídeo Ao detectar alguma proposta que necessita de fotografia o

professor pode deixar o espaço na folha, assim a equipe de

gestão consegue reunir um número máximo de fotografias para

revelar e conseguir um valor mais em conta.

Os vídeos podem ser gravados em CD ou DVD com

identificação da criança, data e momento em que foi realizada a

filmagem.

Participação das famílias Cada professor criará um espaço no portfólio para a

participação da família, seja com questões mais dirigidas ou

uma folha em branco para que os familiares se expressem

livremente.

Participação das

crianças

É importante partilhar este instrumento com a criança e discutir

quais atividades deverão ser guardadas.

Onde colocar Poderão ser colocadas em pasta modelo romeu e julieta ou em

sacos plásticos de acordo com a organização pessoal de cada

professor.

Ao final do ano: o que vai

para casa e o que fica na

escola para a professora

do ano seguinte.

Atividades do portfólio de aprendizagem vão para a família,

atividades do portfólio demonstrativo (somente daquele ano, as

atividades dos anos anteriores também são entregues para a

família) vão para o professor do ano seguinte.

5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

Na unidade adotamos como instrumentos metodológicos: o caderno de

planejamento e o caderno de registro do professor, nos quais usamos as

modalidades organizativas11 como referência para a organização do trabalho

(projetos, sequencias didáticas, atividades ocasionais e atividades

permanentes), bem como os portfólios das crianças e os relatórios de

aprendizagem.

Tais instrumentos são acompanhados pela equipe gestora a fim de dar

suporte e apoio ao professor, bem como promover reflexões sobre as práticas

desenvolvidas na unidade escolar.

OBJETIVOS

Aprimorar a utilização dos instrumentos metodológicos (registro e

planejamento);

Dar significado e uso real aos instrumentos metodológicos do professor;

Realizar reflexões do trabalho a partir dos instrumentos metodológicos

visando à qualidade da educação;

Que os professores possibilitem diferentes experiências às crianças

contempladas nas modalidades organizativas;

11 Conforme proposto por LERNER ao abordar a gestão do tempo e a organização das atividades in Ler e

Escrever na Escola: o Real, o Possível e o Necessário, Délia Lerner, Porto Alegre: Ed. Artmed, 2002.

Acompanhar individualmente os professores de acordo com questões

identificadas pelos formadores ou trazidas pelos mesmos.

ESTRATÉGIAS

Leituras e devolutivas de registros e modalidades organizativas.

Os registros e planejamentos serão entregues mensalmente de acordo

com o cronograma que será entregue às professoras.

Quanto às modalidades organizativas:

serão lidas e realizadas devolutivas assim que elaboradas;

será realizado um acompanhamento do desenvolvimento das

modalidades por meio de observações e discussões das mesmas;

Tematizações de práticas da unidade escolar e de outras unidades.

6. Ações Suplementares

6.1. AEE - Atendimento Educacional Especializado

Resolução CNE/CBB 4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o

Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade

Educação Especial, relacionadas por definição.

O AEE tem como função, complementar a formação do aluno por meio

da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que

eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e

desenvolvimento de sua aprendizagem.

O AEE - DI é realizado em nossa Unidade Escolar no turno em que a

criança está matriculada e o AEE – DV além do atendimento no turno também

é ofertado o atendimento no contraturno. Os professores do AEE acompanham

as crianças com deficiência, conforme o Plano de Ação, elaborado em conjunto

com a Equipe de Orientação Técnica Referência.

Considerando a necessidade da escola, temos o AEE – DI

(Atendimento Educacional Especializado para Deficiente Intelectual), e o AEE

– DV (Atendimento Educacional Especializado para Deficiente Visual)

Neste ano temos dois alunos atendidos pelo AEE – DI no período da

tarde, cujos atendimentos foram solicitados no final do ano anterior, sendo um

deles continuidade do trabalho desenvolvido em 2016. Também temos dois

alunos atendidos pelo AEE – DV, sendo um em continuidade do ano anterior

e uma aluna que foi matriculada neste ano, ambos com baixa visão.

6.2. Plano de Ação – AEE

JUSTIFICATIVA

Considerando a importância do atendimento à criança com deficiência

no ensino regular, através da garantia do seu acesso e permanência, e a

efetivação da sua inclusão na sociedade, faz-se necessário desenvolver um

plano de ação que acompanhe e norteie o trabalho dos profissionais envolvidos

neste Atendimento Educacional Especializado.

OBJETIVOS GERAIS

Garantir às crianças com deficiências o acesso, a permanência e o êxito

escolar;

Qualificar o atendimento e o acompanhamento às crianças com

deficiências;

Ampliar o conhecimento dos dispositivos legais que regem o

funcionamento da escola, da inclusão e acessibilidade e das atribuições

dos funcionários e professores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Sistematizar o acompanhamento à criança com deficiência;

Sistematizar o acompanhamento do atendimento educacional

especializado;

Suscitar a reflexão sobre a prática educativa inclusiva.

ESTRATÉGIAS FORMATIVAS

Encontros periódicos com os profissionais diretamente envolvidos neste

atendimento;

Acompanhamento sistemático dos instrumentos metodológicos;

Observações Empíricas;

Socialização do processo com a família.

V CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO

VI – REFERÊNCIAS

BRASIL. LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008.

BRASIL. Leis e Decretos. Lei de diretrizes e bases da educação nacional:

lei n.9.394/1996. Brasília, 1996.

BRASIL. Ministério de Educação e Cultura: Indicadores da Qualidade na

Educação Infantil. Brasília, 2009.

BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação.

Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil: resolução n.1,

de 7/4/1999. Brasília, 1999.

BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Por uma política de valorização

dos trabalhadores em educação Em cena, os funcionários de escola.

Brasília, setembro de 2004.

BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Referencial Curricular Nacional

para Educação Infantil vol3 – Conhecimento de Mundo. Brasília, 1998.

BROUGERE, Gilles. Brinquedo e Cultura. Cortez, 4 ed. São Paulo, 2001.

CASTRO, Dagmar Silva Pinto de, GANDOLFI, Cristiane, OLIVEIRA, Roberto

Joaquim (Orgs.). Uma nova aquarela, desenhando políticas públicas

integradas para o enfrentamento da violência escolar em São Bernardo do

Campo. São Bernardo do Campo, 2010.

DIONIZIO, Ivan. A relação educador-educando. Artigonal, 07/07/2010.

IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender Artes-sala de aula e formação

de professores. Artemed. Porto Alegre, 2003.

KASTRUP, Virginia. De professor a Aprendiz. Artemed. Porto Alegre, 2008.

REVISTA EDUCAR PARA CRESCER. Música: entenda porque a disciplina

se tornou obrigatória na escola. Fevereiro, 2011.

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Proposta Curricular, Vol. II – Introdução –

Caderno 1 – Temas Transversais, 2007.

SÃO BERNARDO DO CAMPO. “Suleando” Parâmetros Norteadores da

Rede Municipal de Ensino de São Bernardo do Campo, 2011.

SICHILARO, Nereide Santa Rosa. Arte Na sala de aula. Escala Educacional,

2007.

Vygostky, L. A formação social da mente. Ed. Martins Fontes. São Paulo,

1984.

VI ANEXOS

PROJETO COLETIVO “Janelas para o Mundo”

JUSTIFICATIVA

Nas nossas últimas avaliações tem sido apontada a necessidade de

trabalharmos com as crianças o nosso entorno, valorizar a cultura local e

estudar sobre as características do nosso bairro. Também entendemos nessas

avaliações que o primeiro passo seria que os próprios funcionários

conhecessem o entorno da escola, o que conseguimos garantir na nossa

Reunião Pedagógica do mês de março.

A partir dessa visita, nos reunimos e discutimos como poderíamos trazer

para dentro da escola a realidade das nossas crianças, a fim de ampliarmos os

conhecimentos acerca do nosso bairro e da nossa cultura local. Muitas foram

as sugestões de temas a serem trabalhados, por isso decidimos considerarmos

todas as temáticas, sendo que cada turma, a partir dos interesses das crianças

e do olhar do professor, escolher aquela que mais atendesse suas

necessidades.

O tema do Projeto veio da sugestão de um dos grupos “Janelas para o

Mundo”, que retrata o nosso anseio em abrir as nossas janelas para olhar o

nosso entorno e trazer para dentro da escola a cultura da nossa comunidade.

OBJETIVOS GERAIS PARA AS CRIANÇAS

Ampliar os conhecimentos sobre a cultura local e as características

peculiares do nosso bairro (fauna e flora);

Valorizar o nosso entorno a partir do estudo sobre o bairro e as visitas

no em loco;

Levantar hipóteses de ações a serem realizadas para preservar o nosso

entorno;

Valorizar a cultura local a partir das pesquisas realizadas com as

famílias, bem como da sua participação nas atividades desenvolvidas na

escola.

OBJETIVOS GERAIS PARA A EQUIPE ESCOLAR

Conhecer o entorno da nossa escola a fim de ampliar as possibilidades

de trabalho com as crianças;

Promover a interação da nossa comunidade e a escola por meio da

participação das famílias nas etapas do projeto seja ela direta (atividade

desenvolvida na escola) ou indireta (pesquisas, relatos, envio de

materiais para estudo, etc.);

Desenvolver atividades com as crianças que promovam a valorização do

nosso entorno e da cultura local das famílias;

Propiciar a participação da nossa comunidade através de apresentações

artísticas para as nossas crianças e para as famílias no sábado letivo ou

em outros momentos da rotina escolar.

TEMAS QUE SERÃO TRABALHADOS COM AS CRIANÇAS

Janelas para o mundo: Valorizar, explorar e ampliar.

Valorizar a cultura regional considerando a individualização das famílias,

ou seja, o que trazem de experiência cultural.

Explorar seus conhecimentos socializando com a comunidade.

Ampliar sua visão sobre o mundo, partindo de suas experiências

culturais de forma a buscar novas oportunidades.

Diversidade Cultural, identidade dessa comunidade. De onde vieram?

Como chegaram à região do Alvarenga?

Sustentabilidade, cuidados de preservação com a água, considerando

que estamos em uma área de manancial com nascentes e a represa que

está em todo entorno; coleta seletiva; reciclagem; utilização de recursos

naturais.

Bichinhos de jardim;

Tradições nordestinas;

Brincadeiras de rua: resgate das brincadeiras de rua que fazíamos

antigamente. Poderia contar com a participação dos pais para ensinar

algumas delas e fazer apresentações para as turmas, ensinando como

se brinca.

Projeto leitura. Investigação sobre a biblioteca comunitária que

encontramos na Vila Moraes. Que espaço é esse? Quem ocupa? Qual é

o trabalho desenvolvido? Promover ações da escola com esta

comunidade.

Animais encontrados no entorno da escola.

AVALIAÇÃO

Todas as ações realizadas são avaliadas pontualmente nas

Reuniões Pedagógicas e HTPC’s e também ao final do ano na Avaliação Anual

realizada com todos os funcionários e membros da APM e Conselho de Escola.

Também faremos a avaliação com os pais por meio da Reunião com Pais.

Salvador Dali, Rapariga de pé à janela